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Ser Homem é… Fodido

O primeiro mês de vida de um homem é o melhor da sua vida. Basicamente só


dormimos e mamamos. Estamos a dormir, acordamos e pensamos: “quero
mamar”. E logo vem uma bela mulher satisfazer de imediato os nossos
desejos. Tira a roupa, ajeita a maminha e, acima de tudo, coloca-se na posição
que mais conforto e prazer nos dá. E podemos mamar à vontade. Podemos lá
ficar mais um pouco só a curtir a nossa onda e até mandar um olhar maroto
para essa bela senhora como quem diz: “estou mesmo a curtir a cena”. E
depois podemos voltar a adormecer calmamente que ninguém nos chateia. A
nossa amada até é capaz de cantar uma cantiga para adormecermos mais
rapidamente. Não temos de ouvir coisas do género: “não me dás atenção
nenhuma”, “gostava de ter alguém para falar”. Nada, absolutamente nada. Paz,
sossego e prazer. Este é o melhor mês da nossa vida. A partir deste momento
a nossa vida é praticamente um inferno.

Quando chegamos à idade escolar o discurso resume-se: “já és um


homenzinho, comporta-te”, “foste um menino muito mau, apalpaste o rabo à
menina”. Nós rapazes de 6 anos apalpamos o rabo ás meninas por obrigação.
Na realidade nós queremos voltar àquele belo tempo onde podíamos apalpar
as maminhas e mamar livremente. Mas como as nossas colegas de escola
ainda não tem maminhas nós temos de apalpar o rabinho. E depois, as
mulheres, usam sempre aquele tom condescendente a chamarem-nos
homenzinhos, como se estivessem a fazer algo de útil à sociedade quando na
realidade só nos dizem que nos encontramos no fundo da cadeia alimentar.

E na fase antes da puberdade é que começam os verdadeiros problemas.


Começamos a olhar para as meninas e as hormonas começam a soltar-se um
pouco. E começamos a procurar a companhia delas. Mas o que ouvimos
sempre? “quando fores grande vais ser um homem muito bonito. Elas vão ficar
loucas contigo”. E nós começamos a pensar: “quem me dera ser grande, a
partir de hoje vou fazer flexões e comer o nestum todo para ficar grande e
forte”. E na medida em que o tempo vai passando começamos a crescer mas
parece que nunca crescemos o suficiente. Há sempre um palhaço maior do
que nós.

Mas o maior problema é que nos começamos a comportar da forma como elas
querem. Temos de ser gentis, engraçados, cavalheiros, falar bem e tretas do
género. Mas no fim quem fica com a mulher? É o palhaço que coça os tomates,
cospe no chão, arrota em público e tem uma mota de fazer inveja a Lisboa e
arredores e usa roupas de marca. E a seguir tentamos fazer o que as mulheres
dizem que gostam mas começamos a comportarmo-nos como o palhaço que
tem mota e papa as meninas todas. E na fase mais aguda para as nossas
hormonas temos de entrar neste jogo de dupla personalidade que nos deixa
ainda mais perdidos num mundo ao qual não conseguimos dar sentido.

O fim da puberdade também não ajuda. Porque as meninas ficam


transformadas em mulheres que ainda nos deixam mais malucos. Mas como
elas preferem homens com barba e nós ainda não temos muita o que
fazemos? Passamos o dia em frente à Internet ou a ver filmes para adultos.
Mas não podemos dizer nada a ninguém, caso contrário classificam-nos como
depravados. Pensamos todo o dia em sexo, acordamos com erecções às 4, 5,
6 da manhã que não nos deixam descansar, não conseguimos estudar porque
só pensamos em sexo e nem sequer podemos partilhar esta necessidade
fisiológica com as mulheres porque ficamos conotados de tarados sexuais. O
que é que elas fazem para nos ajudar? Vestem mini saias e tops com slogans a
dizer: “não tocar” ou “pára de olhar para aqui”. E nós ainda temos de fingir que
não é nada connosco.
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O pior é quando se caminha para os 30 anos. É que, quando pensamos está a
chegar a minha vez de papar as meninas de 20 anos que gostam de homens
mais velhos, o que acontece? Temos as mulheres de 30 a chamarem-nos
pedófilos. “Vocês gostam de meninas porque não são homens a sério”. Isto
tudo pela inveja que sentem por já não serem o alvo das atenções. Mas
quando olhamos para as mulheres de 30 o que acontece? Nada. Sabem
porquê? Porque entretanto ganhamos barba mas perdemos o cabelo e as
mulheres gostam de homens com cabelo. A não ser que sejam famosos e
ricos, caso em que elas gostam de nós independentemente do nosso aspecto.

Mas atingimos sempre aquele momento em que pensamos: “chegou a minha


vez”. Conhecemos uma mulher, acasalamos um pouco aqui e ali e quando
damos conta temos um anel no dedo e uma bela mulher na cama a dizer: “vem
para perto de mim”. E pensamos que atingimos novamente o nirvana.
Podemos fazer tudo o que quisermos que ela olha sempre com um belo sorriso
para nós. Após esse breve interregno ela diz-nos algo do género: “vais ser
papá, não estás feliz?” E nós ficamos exultados. Nunca compreendi porque é
que os homens ficam contentes com uma noticia dessas. Senão, repare-se:
depois da criança nascer somos completamente esquecidos porque há um
sortudo qualquer que está no seu primeiro mês de vida, e depois desse
primeiro mês de vida parecemos a caixa geral de depósitos. Queremos
miminhos ou só mesmo mamar mais um pouco e qual é a resposta que
recebemos? É um simples “já pagaste a conta da luz?”, “amanhã temos de ir
às compras”.

Vamos às compras e abastecemos o carrinho de compras com tudo o que a


mulher pediu. Chegamos a casa e ouvimos o discurso: “tu não me
compreendes, és um desleixado, não ligas nenhuma à casa”. Isto, porque em
vez de trazermos molas para a roupa cor de rosa, trouxemos as molas de
madeira mais baratas que encontrámos. E como precisávamos de um after
shave comprámos um. E logo a seguir vem o discurso: “para mim é que não
compres nada, tratas-me como se fosse a tua empregada doméstica”. Mas o
pior é que quando deixamos de comprar coisas para nós ouvimos a velha
ladainha: “não tens estima nenhuma contigo. Estás tão mal vestido. Devias
cuidar mais de ti”. E acham que isto é grave? Esperem. Porque quando chega
a noitinha e dá aquela vontade de dar um tau tau na adorada esposa vem o
discurso: “estou com enxaqueca”. E quando compramos aspirina e a mulher vê
que a enxaqueca já não serve de desculpa usa o golpe mais baixo que existe.
Passa da enxaqueca para a obstipação. Um gajo até é capaz de sair de casa
para comprar uma aspirina à mulher e depois dar-lhe uns tau taus e mais umas
aspirinas. Mas quem é que sai de casa para comprar um clister opaco e depois
vai dai uns tau taus na esposa? E isto presumindo que ainda vale a pena dar
tau taus. Chega a uma altura em que damos uma palmada no rabo da nossa
esposa e este já está tão flácido que a onda de choque chega à cabeça. É
deprimente.

Quando damos conta estamos na casa dos 50 e a altura em que mamávamos


e dormíamos descansados já não é mais que uma velha lembrança de um
passado que tomamos por incerto. Olhamos para o chão e já nem os nossos
pés conseguimos ver. É preciso pedir licença ao tecido adiposo para falarmos
com o nosso amigo de uma vida inteira, que é quase um desconhecido.

O tempo passa e passa e nós continuamos a definhar. As miúdas chamam-nos


cotas e cada vez que dizemos alguma coisa inteligente olham para nós com a
cara de quem está a ouvir um velho maluco a falar e gozam-nos porque já não
temos o fulgor da juventude. Até chegar o fatídico momento em que usamos
fraldas e precisamos de andar com ajuda. Até que chega a altura em que
precisamos de ajuda para nos mudarem as fraldas. E aí pensamos na injustiça
que é a vida. Quando tínhamos 30 anos não podíamos pagar a uma mulher
para nos mudar a roupa interior mas com 80 anos somos obrigados a pagar a
uma mulher para nos mudar as fraldas. Quando tínhamos 30 anos éramos
proibidos de olhar para as boazonas que nos passavam à frente e com 80 só
nos metem boazonas à frente… ainda por cima vestidas de enfermeiras.

Até que atingimos um estado de quase nirvana. Se nos mudam as fraldas e


nos ajudam a andar então devemos estar a entrar novamente na fase de 1 mês
de vida. E pensamos nos belos momentos que nos aguardam em que
podemos dormir e mamar à vontade e as mulheres até são queridas connosco.
Mais uma vez nos enganamos. É que em vez de nos darem de mamar fazem-
nos administrações endovenosas. Sem dúvida uma invenção de médicas para
torturarem os homens. E enquanto desejamos por uma canção de embalar tal
como a nossa querida mão nos fazia há 79 anos e 11 meses atrás, mandam-
nos um padre ler os sacramentos. Chega a uma altura em que já nem nos
lembramos daquele belo primeiro mês de vida que tivemos nos braços da
nossa maior amada. FODA-SE. Vida de homem é lixada.

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