Segurança - CCP reuniu hoje, dia 27 de Janeiro de 2009, na qual participaram a Associação Sindical dos Profissionais da Policia - ASPP/PSP, a Associação dos Profissionais da Guarda - APG/GNR, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional – SNCP, a Associação Sócio - Profissional da Policia Marítima - ASPPM, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras - SCIF/SEF, reunião alargada à Associação Nacional de Sargentos - ANS e à Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária - ASFIC/PJ, analisou o actual momento neste sector profissional, tendo concluindo o seguinte:
Nos últimos anos, a Segurança Interna do país sofreu
profundas alterações, não só no que respeita ao quadro legislativo, como também aumentou a criminalidade organizada e violenta, bem como a pequena criminalidade.
Ao nível social, fruto da crise económica e financeira que
levou ao desemprego de milhares de cidadãos, as políticas sociais desajustadas e a falta de orientação pedagógica e ocupacional dos jovens das zonas geográficas mais desfavorecidas dos grandes centros urbanos e factores relacionados com a emigração, conduziram a um estado crítico no tocante à verdadeira percepção do funcionamento da política versus justiça. O sentimento de impunidade, coadjuvado pelo sentimento de insegurança, ultrapassara valores nunca antes alcançados. A criminalidade grupal passou a ser uma realidade, a credibilidade da justiça e da verdadeira eficácia das Forças de Segurança só não foi posta em causa devido ao empenho e desmedida dedicação dos Profissionais desta área. Os Profissionais sentiram, nestes últimos anos, a maior das frustrações não só devido ao resultado da reorganização das Forças e Serviços de Segurança, mas também à sua situação socioprofissional, no tocante ao corte de direitos, à falta de perspectiva de carreira, vencimentos desajustados da exigência da profissão, como também a constante falta de reconhecimento do sacrifício desenvolvido diariamente pelos Polícias. A promessa de alteração do Estatuto Profissional dos diversos Serviços e Forças de Segurança tem sido protelada desde 2005. Estes diplomas extremamente importantes para os Profissionais, têm que ser negociados com as suas estruturas representativas. Exigimos a respeitabilidade do Governo pelas decisões dos tribunais, nomeadamente no que concerne à regulamentação do horário normal de serviço; o desbloqueamento imediato das promoções em atraso; o alargamento e melhoria dos serviços de assistência na doença. Exigimos que o Governo apresente, até meados de Fevereiro, os projectos de Estatutos Profissionais aos diversos Serviços e Forças de Segurança, como exigimos também, posteriormente, uma negociação séria no sentido da aprovação dos diplomas ainda nesta Legislatura.
Neste sentido, a CCP deliberou:
Realizar uma grande manifestação de profissionais das Forças e Serviços de Segurança, a ter lugar no início do próximo mês de Março, antecedida de pedidos de audiência aos Governadores Civis, bem como da tomada de outras medidas consideradas adequadas e que melhor defendam os direitos e interesses da classe policial portuguesa.