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Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará

Gerencia de Artes e Turismo

Curso: Gestão de Turismo

Disciplina: Projeto de Pesquisa

PROJETO DE MONOGRAFIA

BAIRRO BENFICA: POTENCIAL TURÍSTICO E


PERSPECTIVAS
Wesley Castro Sabino

Professor: Dr. Roberto Aragão

Fortaleza

Jan/2008
Tema: Bairro Benfica: Potencial Turístico e Perspectivas

Delimitação: As oportunidades de desenvolvimento turístico do bairro Benfica em


Fortaleza-CE através da utilização do patrimônio cultural como atrativo.

Objetivo Geral

Analisar as oportunidades de desenvolvimento do turismo no bairro Benfica através da


utilização do patrimônio cultural como atrativo.

Objetivos Específicos

1. Inventariar os atrativos culturais do bairro

2. Analisar o potencial turístico do bairro

3. Examinar a atuação das políticas públicas municipais na localidade, relacionadas


ao desenvolvimento da cultura.
Justificativa

É percebido o potencial turístico do bairro Benfica. O rico patrimônio cultural


material e imaterial e o clima agradável do bairro são traços marcantes. Atrativos
esses que podem ser incluídos de alguma forma na atividade turística.

Entre os principais atrativos culturais, são destacados os prédios históricos da


Universidade Federal do Ceará – UFC, as festas populares ao longo do ano
(especialmente os pré-carnavais que resgatam a as características dos antigos
carnavais de rua), os bares universitários e o intangível clima de boemia e
valorização da cultura local percebidos nos eventos não inclusos no calendário do
bairro.

O incentivo a cultura no bairro Benfica é observado em vários eventos, onde é


percebida a valorização desse espaço pelos moradores. Esses incentivos são
provavelmente oriundos de políticas públicas municipais, que contribuem para o
lazer e a cultura dos moradores. Essas políticas de culturas facilitariam o
desenvolvimento do turismo no bairro, tendo em vista que a união de políticas
públicas é a forma ideal de contemplar vários grupos sociais a partir de um mesmo
projeto.

Existem vários estudos a respeito do bairro, onde o enfoque está na memória


ou no patrimônio do bairro. Este trabalho abordará esses aspectos, juntamente com
a questão das políticas públicas de cultura municipais atuantes na localidade, e
principalmente o enfoque turístico prático, mostrando o que pode ser feito na
exploração desses recursos na atividade.

Esse trabalho será de fundamental importância no despertar o interesse


público e privado na utilização do bairro dentro da atividade turística, roteiro,
evento ou qualquer outra forma de inclusão; tendo em vista que não há evidencias
de projetos turísticos no bairro.

A realização da pesquisa contribuirá para a conscientização da população em


relação ao valor do seu patrimônio cultural e sua abrangência, que não se limita os
prédios históricos, mas também, as festas, tradições e muitos outros significados
que o termo cultura abrange.

Será possível contribuir para o desenvolvimento de novos roteiros turísticos


em Fortaleza, pois esse estudo poderá ser encaminhado aos setores interessados,
bem como a Secretária de Turismo de Fortaleza – SETFOR, com o objetivo de
demonstrar o potencial turístico do bairro para a elaboração de projetos turísticos.

Problema

O bairro Benfica possui infra-estrutura, equipamentos de apoio, atrativos culturais e


incentivos públicos municipais capazes de inserir a localidade no roteiro turístico de
Fortaleza de forma integrada a comunidade?

Hipótese Básica

O bairro Benfica possui infra-estrutura, equipamentos de apoio e atrativos culturais


necessários para sua inserção no roteiro turístico de Fortaleza, porém não foram
observadas ações públicas diretas que favorecessem o desenvolvimento da atividade, e
sim, a atuação de políticas públicas que se relacionam de alguma forma com a atividade,
mas ainda de forma isolada, sendo necessárias ações para articular o desenvolver do
turismo na localidade.
Hipóteses Secundárias

1. Os moradores do bairro Benfica consideram que o desenvolvimento do turismo


através da utilização da cultura como atrativo poderia gerar mais oportunidades
de geração de renda e desenvolvimento para a comunidade.
Metodologia

Aspectos Metodológicos

O método em que o projeto será operacionalizado será o hipotético-dedutivo,


como abordagem a natureza qualitativa e quantitativa, e com o objetivo de caráter
exploratório.

Será continuado o processo de pesquisa bibliográfica, com o objetivo de


abranger os conhecimentos em relação ao turismo, patrimônio cultural e políticas
públicas. É percebido o vasto material infográfico envolvendo o patrimônio cultural e
políticas públicas, sendo essa uma excelente fonte de pesquisa.

A coleta de dados será realizada entre os meses de fevereiro e abril, sendo o


inventário da oferta turística o método pelo qual será feita a catalogação dos dados
relacionados aos atrativos. O formulário relacionado aos atrativos culturais possui nove
páginas e engloba tanto a cultura material quanto a imaterial.

Esse método é utilizado para o preenchimento do INVTUR, o sistema do


ministério do turismo que reúne digitalmente todas as informações turísticas de uma
região turística, objetivando seu desenvolvimento de forma integrada. O formulário
relacionado os atrativos culturais encontra-se em anexo.

A partir do inventário dos atrativos culturais, será elaborado um questionário,


com perguntas abertas e/ou fechas, objetivando examinar a visão da comunidade diante
do seu patrimônio cultural, do desenvolvimento turismo e de sua participação nesse
processo. O questionário será aplicado presencialmente em vinte moradores por apenas
um pesquisador.
Serão realizadas entrevistas com lideres comentários, pessoas formadoras de
opinião e organizadores de eventos no bairro, com objetivos semelhantes ao
questionário. Todas as entrevistas serão registradas em vídeo de boa qualidade (VGA
640x480) e áudio estéreo através de uma câmera digital Sony CyberShot 7,2 mega
pixels.

Será pesquisada a existência de políticas públicas relacionadas ao


desenvolvimento da cultura no bairro, na Secretaria da Cultura e do Desporto de
Fortaleza – SECULTFOR. Se existentes, as políticas serão analisadas com o foco no
desenvolvimento turístico.

Os dados serão tabulados utilizando o sistema operacional Windows XP os


programas Microsoft Office Word 2003 e Microsoft Office Excell 2003. Serão
utilizados como apoio o Scanner HPC4280 e o programa Windows Movie Maker.

Ao térmico da coleta de dados, serão analisados os atrativos culturais, levando


em sua visão pela comunidade e as políticas públicas de cultura que contribuem no seu
desenvolvimento, assim será possível a análise da perspectivas turísticas do bairro,
confirmando ou revogando a hipóteses desenvolvida.

Área de Estudo

O Benfica é um bairro da cidade de Fortaleza-CE. É conhecido por ser um bairro


histórico, bucólico, bohemio e marcado pelo clima universitário, onde é observado sua
tendência na criação de eventos que valorizam a cultura local. Para a viabilidade dessa
pesqusia ele será delimitado entre a Avenida Carapinima e Rua Senador Pompeu, e
entre a Avenida Eduardo Girão e Rua Joaquim Magalhães.
Embasamento Teórico

Para compreender o conceito de patrimônio cultural, é necessário compreender


inicialmente a profundidade que cerca o termo cultura.

Cultura, do cultum, trabalho da terra, sinônimo de agricultura, lavoura e trabalho rural.


Figuradamente, cultura das letras, das ciências, das belas-artes. Entendia-se que a
cultura era um exercício da inteligência objetivando algo especifico, nada sistêmico,
nada relacionado ao todo. Do alemão Kulter, ou civilização, ligava-se totalmente à idéia
de Estado. (CAMARA CASCUDO)

TYLOR conceitua:

“A cultura é o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte,


morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos
pelo homem como membro da sociedade”. Portanto
corresponde, neste último sentido, às formas de organização de
um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração
para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se
apresentam como a identidade desse povo.”

ZNANIECK complementa ao afirmar que não há homem sem cultura ou uma superior a
outra diante dos diferentes níveis de sofisticação ou tecnologia. O autor afirma também
que todo homem é um ser social, que de uma forma ou outra pertence a um grupo e nele
vivencia e compartilha seus valores.

O valor é a característica que marca a cultura como algo unicamente humano, seja para
o indivíduo ou para o grupo social. Enquanto qualquer animal executa uma tarefa
unicamente por instinto, o ser humano é capaz de agregar valor às suas ações, possuindo
então conteúdo e significado.

Por exemplo, um pássaro constrói seu ninho inconscientemente, não possuindo


significado algum, pois tudo é feito por instinto. Já a palavra, é dita conscientemente,
possuindo muito mais que elementos auditivos e musculares; ela sugere outros objetos
com os quais foram associados no passado. (ZNANIECKI)
Ao longo do tempo, o termo cultura foi empregado erroneamente em muitas situações.
Ao afirmar que um homem é de cultura, por possui sabedoria, na verdade a palavra está
sendo utilizada como sinônimo de erudição. Ao afirmar que certa pessoa possui
capacidade em lidar com idéias abstratas, na verdade a palavra denota intelecto, no
sentido amplo da filosofia. (ELIOT 1948)

ELIOT constatou o uso popular do termo diante de algumas situações do dia-a-dia. Em


concordância com o autor, percebemos que mesmo após várias décadas, ainda é intensa
a utilização errônea do termo. Esse hábito passa de geração para geração e é
incorporado na cultura dessas pessoas, seja por falta de conhecimento ou pelo
enraizamento dos costumes.

O termo cultura adquiriu muitos conceitos e passou a abranger várias áreas do


conhecimento, tais como a agricultura, sociologia, filosofia, antropologia e outras.

J. BARZUN (2002: 14-5) denuncia a saturação conceitual do uso da palavra cultura:

“Cultura – que palavra! Até alguns anos atrás, significava


duas ou três coisas aparentadas, fáceis de apreender e manter
separadas. Hoje, é uma peça do jargão para todos os fins,
cobrindo uma mistura heteróclita de coisas que se
obrepõem.(...) No fundo da pilha, “cultura” significando a
mente bem provida, sobrevive a duras penas.”

Percebida a complexidade que envolve a cultura, podemos compreender mais


facilmente o significado do termo patrimônio cultural. No Brasil, a Constituição
Federal, no seu Artigo 216, afirma:

“Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza


material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto,
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (...).
(Brasil, 2000, p. 145)“
A partir desse conceito, é percebida a subjetividade que envolve o tema e a necessidade
de preservação do patrimônio cultural brasileiro, tanto no âmbito das políticas públicas,
quanto no dia-a-dia do brasileiro, carente de apego a sua identidade cultural, em parte
causado pelo bombardeio da cultura de consumo rápido e descartável.

Preservar o patrimônio cultural é questão de cidadania. Está relacionado diretamente ao


reconhecimento ao direito a memória e o dever de contribuir para a perpetuação do
valioso acervo cultural brasileiro.

O patrimônio cultural possui características únicas e particulares. Enquanto o sanduíche


do Mcdonalds possui as mesmas características em todo o mundo, um peixe é preparado
de uma forma em São Paulo e de uma forma completamente diferente no Ceará,
(PINSKY 2003) demonstrando assim as características únicas da gastronomia de cada
estado. Essas diferenças despertam o interesse do turista em conhecer tais locais, ao
contrario do sanduíche citado, que contribui para homogeneidade da cultura mundial,
fazendo com que um turista viaje e tenha a impressão que não saiu do local de origem.

Através da exploração turística do patrimônio cultural, a comunidade receptora agrega


mais valor a sua riqueza cultural, alem de gerar renda e desenvolvimento. Essa
valorização e desenvolvimento ocorrem apenas se o turismo for tratado como prioridade
no âmbito público através de profissionais competentes que planejem o turismo levando
em conta a sustentabilidade sócio-cultural da localidade.

Além da gastronomia, muitas outras categorias do patrimônio cultural são utilizadas


como atrativos turísticos. Entre elas o patrimônio histórico-arquitetônico, concreto e
imponente, alvo de muitos órgãos que o protege de qualquer atitude que não valorize
sua estrutura e a memória nele envolvida.

Infelizmente a teoria não é aplicada em muitas cidades brasileiras. Em Brejo Santo,


cidade localizada na região do cariri no Ceará, casarões foram demolidos por seus
proprietários que se incomodaram com a ameaça de tombamento do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Na mesma cidade são percebidas
outras irregularidades na gestão do patrimônio cultural, principalmente em relação ao
museu.
Os museus, segundo o Conselho Internacional de Museus, são instituições sem fins
lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e aberto ao público, que
adquire, conversa, pesquisa e exibe para finalidades do estudo, da educação e da
apreciação, evidencia material dos povos e seu ambiente.

O valor dos museus como atrativos turísticos é algo impressionante, principalmente na


Europa, onde é explorado o maior acervo. O Brasil possui um enorme potencial a ser
explorado, tendo em vista o rico patrimônio histórico, incorporado aos mais de noventa
museus ou sendo parte do processo de abandono cultural.

PINSKY esclarece bem a situação dos museus brasileiros:

“De Fato, a situação é complexa. Nossos museus possuem


acervos preciosos, mas em muitos casos subaproveitados, uma
vez que grande numero de instituições atua à margem dos
princípios musicológicos. Por outro lado, a ausência de
incentivo e de divulgação mais agressiva cria um circulo
vicioso, que afasta o turista dos museus e ao mesmo tempo
impede que o museu se reestruture para atingir um publico mais
amplo. A nosso ver, aqui reside um potencial para ser
explorado.”

O folclore constitui o patrimônio cultural imaterial de um povo, nele estão contidos as


crendices, superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios,
canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e
dialetos. Mas são nas festas folclóricas, sejam profanas ou religiosas, que percebemos
mais claramente a reunião de todas essas características.

A festa folclórica possui função, seja de divertimento ou de preservação dos costumes e


da memória de um povo. A utilização dessas festas como ferramenta de fomento do
turismo, é algo marcante em muitas gestões municipais brasileiras, que através desse
fluxo turístico, consegue fortalecer as tradições e ainda promover o desenvolvimento da
cidade através da injeção de impostos conseqüente do gasto dos turistas nesse período.

As inúmeras categorias do patrimônio cultural são percebidas no Inventário da oferta


turística, que é a ferramenta do ministério do turismo para catalogar toda a estrutura
turística de uma localidade, objetivando o diagnostico da mesma e sua futura inclusão
no planejamento de turismo.

O inventário considera atrativo cultural os sítios históricos: cidade histórica, centro


histórica, conjunto histórico, quilombo, terra indígena, conjunto paisagístico,
monumento histórico, sítio paleontológico e jardim histórico; edificações: Arquitetura
civil, militar religiosa industrial, vernacular, funerária e ruínas; obras de arte: Escultura,
pintura, murais, vitrais e azulejaria; instituições culturais: museu, memorial, biblioteca,
arquivo, instituto histórico e geográfico, centro cultural e teatro.

Em relação ao patrimônio cultural imaterial o inventário considera festas: religiosas,


populares e folclóricas e cívicas; gastronomia típica: pratos típicos, iguarias regionais,
frutas, bebidas e outras; artesanato: cerâmica, cestaria, madeira, tecelagem, bordados,
metal, pedra, renda, couro, plumaria; música e dança: banda de conjunto, salão de
dança, clube, festival, folguedos, centro de tradições e outros; Feiras e mercados: feira
agrícola, agropecuária, livre, de turismo, de carne, de frutas, de peixe, de artesanato, de
produtos variados e outros; saberes e fazeres: contar histórias/casos, recitar
poesias,rezas, preparar receitas tradicionais, elaborar trabalhos manuais e de arte
popular.

Em Brasil.(2008) temos:

“Turismo Cultural compreende as atividades turísticas


relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos
do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais,
valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da
cultura.”

É sabida a abrangência da cultura do patrimônio cultural. Essa vastidão é percebida na


quantidade de tópicos citados anteriormente. Concluímos então que em qualquer
segmento do turismo, há a interação desses elementos, sendo o Turismo Cultural uma
terminologia errada, pois qualquer forma de turismo pode ser considerada cultural,
sendo esse termo aplicado erroneamente ou unicamente como estratégia de marketing.

Ao citarmos a metodologia de análise turística para o planejamento de turismo de uma


localidade, estamos necessariamente falando da intervenção pública na atividade
turística. Essa intervenção ou ação do estado para trazer um benefício à sociedade é
basicamente o conceito básico de política pública.

A política, assim como a cultura, é uma palavra que ao longo da história adquiriu vários
significados, sendo erroneamente utilizada em muitas situações.

A palavra política é de origem grega, e se refere à antiga cidade-estado e até seus


cidadãos em certas localidades, que possuíam uma característica marcante, a
preocupação e identificação com a sua cidade, procurando sempre pensar no bem estar
comum e participar nas discussões e decisões em todos os seus sentidos e necessidades.

A partir dessa essência, cuja finalidade é o bem comum, o conceito básico de política é
teoricamente elaborado, como algo que faz parte de todo ser humano, sem distinção,
que tem um compromisso com a sociedade. Em Santana (2002) há uma citação
pertinente o assunto abordado:

No dizer do poeta alemão Bertold Brecht: “(...) O pior


analfabeto é o político. Ele não vê, não ouve nem participa dos
acontecimentos políticos. Não sabe que o preço do pão, da
farinha, do peixe, do aluguel, do sapato e do remédio depende
de decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se
orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o
tolo, que é da sua ignorância que nasce a prostituta, o menor
abandonado, o assaltante, e o pior de todos os vigaristas, que é
o político corrupto – lacaio das empresas nacionais e
multinacionais”.

Ao longo da história a política adquiriu várias conotações, entre elas: forma de poder,
com suas implicações ou conseqüências; arte: pois exige habilidades especiais,
sensibilidade, vocação peculiar de quem pratica; ciência, pois pode ser sistematizada e
alvo de vários ramos do conhecimento; profissão: por parte de quem perdeu a essência
da atividade; e princípios que norteiam sindicatos, associações, empresas e pessoas.

A política pública pode ser considerada com a política posta em prática pelo Estado,
através de doutrinas, diretrizes e princípios, que norteiam projetos e programas que tem
como objetivo o bem estar comum, no caso, grupos sociais de uma localidade.
Pereira (1994) conceitua:

Pode-se entender a política pública como linha de ação


coletiva que concretiza direitos sociais declarados e garantidos
em lei. É mediante as políticas públicas que são distribuídos ou
redistribuídos bens e serviços sociais, em resposta às demandas
da sociedade.

O termo público, associado à política, não é uma


referência exclusiva do Estado, mas sim uma coisa pública, ou
seja, de todos, sob a égide de uma mesma lei e o apoio de uma
comunidade de interesses. A política pública expressa, assim, a
conversão de decisões privadas em decisões e ações públicas,
que afetam a todos.

A criação de políticas públicas de cultura é fundamental em qualquer localidade, uma


vez que ela contribui para a valorização do patrimônio cultural e contribui para o
desenvolvimento social, através, por exemplo, da musicalização ou qualquer outra
prática que vise à inclusão social de jovens em de risco social.

A produção cultural brasileira é basicamente financiada por leis de incentivo municipal,


estadual e federal. Mas os recursos são tão ínfimos, que as próprias instituições
concorrem com os incentivos privados. Esse processo veio a piorar significativamente
após o governo Fernando Collor de Mello, com a destruição promovida nas instituições
federais responsáveis pelo patrimônio histórico e artístico nacional e pela ação cultural e
artística.

Apesar do descaso ou da falta de competência dos órgãos públicos, principalmente


secretarias municipais de cultura, onde o nepotismo é ainda marcante; é percebida certa
evolução em relação à gestão cultural, principalmente no âmbito federal. Em 2003, foi
criada a secretaria da identidade e da diversidade cultural do ministério da cultura, que
promove o diálogo e o debate com setores representativos da diversidade cultural
brasileira desprovida de políticas públicas.

Para que uma política pública seja eficaz para a sociedade, ela deve estar conectada com
outras políticas, por exemplo, uma política pública de cultura, contribui para o
desenvolvimento social de um lugar, ao mesmo tempo em que desenvolve
indiretamente um atrativo cultural para ser explorado no turismo, que se bem planejado

em uma política de turismo, promove o desenvolvimento cultural e comunitário.

Este círculo de benefícios sociais ocasionados pela união de políticas públicas é


possível, deste que haja profissionais de excelência e não meros ocupantes de cargos
públicos, como ocorre em muitas cidades brasileiras, especialmente as interioranas..
Cronograma

2008/2009

Período/ Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai0 Jun Jul Ago Set Out
9
Atividade 08 08 08 09 09 09 09 09 09 09 09 09

Identificação do X
Tema

Revisão da X X X X
Literatura

Elaboração do X X X X
Projeto

Elaboração dos X
Instrumentos de
coleta de dados

Pré-teste dos X
Instrumentos

Pesquisa de X X X
campo/

coleta

Análise e X X
Interpretação
dos dados

Redação Final X X X X
Entrega do X
trabalho ao
orientador

Defesa X
Referências Bibliográficas

 MELLO, Luiz Gonzaga de. Antropologia Cultural. 8ª Ed. Petrópolis: Vozes


2001.

 HÖFLING, Eloísa de Mattos. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos


Cedes, nº 55, ano XXI, Nov.2001

 ZNANIECKI, Florian. A noção de valor cultural. In: CARDOSO, Fernando


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 BARZUN, Jacques. Da Alvorada à Decadência: a história da cultura ocidental


de 1500 aos nossos dias. Rio de janeiro: Campus,2002.

 BRASIL.Ministério do Turismo. Manual do Pesquisador – Inventário da


Oferta Turística: instrumentos de pesquisa/Ministério do Turismo,
Secretaria nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação e
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 CAMARA CASCUDO, Luis da. Civilização e Cultura: pesquisas e notas de


etnografia geral. Brasília, INL, 1978

 ELIOT, T. S. Notas para uma definição de cultura. Lisboa: 1965

 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Organizada por


Paulo Lenir dos Santos. Porto Alegre:Sagra e Luzatto,2000.

 BITTENCOURT, C (Org.) O Saber Histórico em Sala de Aula. São Paulo, Ed.


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 FUNARI, Pedro Paulo; PINSKY, Jaime (Org.). Turismo e patrimônio


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Contexto).

 BRASIL, Ministério do Turismo. Turismo Cultural: Orientações Básicas. /


Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo,
Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico,
Coordenação Geral de Segmentação, - 2. Ed. – Brasília: Ministério do Turismo,
2008.
 BOTELHO, Isaura. Dimensões da Cultura e Política Pública. Disponível em
www.scielo.br . Vol. 15, nº 2. São Paulo: Perspectiva, 2001
Referências Webgráficas

 Patrimônio Cultural – Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_cultural

 Cultura – Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura


 Três Pilares o Conceito Secular de Cultura – Disponível em:
http://www.gilsonsantos.com.br/htm/post-024.htm
 Valor (pessoal e cultural) – Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_(pessoal_e_cultural)
 Políticas Públicas de Cultura – Disponível em:
http://www.redinterlocal.org/spip.php?article214
Anexos
Inventário da Oferta Turística Ministério do Turismo - Formulário C2 – Atrativos
culturais:

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