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PORTUGAL
Duas centenas de bares e discotecas multados
Cerca de 200 bares e discotecas foram multados pela PSP em seis meses por não cumprirem as
novas regras de segurança , a maioria por falta de equipamento de detecção de metais e de um
vigilante. A Polícia realizou, desde Agosto, 170 acções de fiscalização em bares e discotecas em
todo o país, tendo registado 199 infracções. O decreto-lei que estabelece que todos os bares e
discotecas com lotação para mais de 100 pessoas e com espaço de dança controlem as entradas
através de um detector de metais, tenham um sistema de videovigilância no interior, estejam
ligados a uma central de alarmes e tenham, pelo menos, um segurança privado entrou em vigor há
seis meses. De Agosto a Dezembro do ano passado realizaram-se 124 acções de fiscalizações,
das quais resultaram 163 multas. Este ano, a PSP já fez 46 fiscalizações e detectou 36 infracções.
HOMICÍDIOS
Estudo da ONU revela que Portugal tem
a taxa mais elevada da Europa Ocidental
Com 2,15 homicídios por 100 mil habitantes, localizados no Leste europeu. Bélgica, Bulgária,
Portugal surge como o país com a mais alta taxa de França, Hungria e Luxemburgo não responderam aos
homicídios da Europa Ocidental em 2006, segundo inquéritos que serviram de base ao relatório.
estatísticas do Departamento de Drogas e Crime das A seguir a Portugal - que, ao contrário de muitos dos
Nações Unidas, que apresenta uma lista com dados de países analisados, respondeu a todos os inquéritos
74 países de todo o mundo. solicitados pela ONU e que envolvem polícia,
Os números, coligidos no final do ano passado, tribunais, Ministério Público e prisões -, os países
dizem respeito a 2005/2006, e não incluem a descida de europeus com a maior taxa de homicídios são a
perto de um terço dos homicídios registados no Finlândia e a Escócia, ambos com 2,13 crimes por 100
Relatório de Segurança Interna de 2007, um mil habitantes. No extremo oposto surge Malta, que
documento que apresenta um número de assassinatos não registou nenhum crime deste tipo em 2006.
inferior ao divulgado pela ONU. Seguem-se a Eslovénia (0,60), Áustria (0,73) e
Pedro do Carmo, director nacional adjunto da Polícia Espanha (0,77). Portugal fica muito longe dos piores do
Judiciária (PJ), olha com reserva para os dados das mundo, como El Salvador, na América Central, onde há
IP24 3RU Nações Unidas. “A PJ desconhece as fontes de 58 pessoas assassinadas em cada 100 mil habitantes.
informação utilizadas pelos autores do relatório, bem No documento lê-se que a maior cidade, Lisboa, tem
como os critérios utilizados para chegarem ao número uma taxa de homicídios “baixa comparada com os
de homicídios, sendo que os nossos dados revelam um outros países da Europa Ocidental”. Em 2005, a região
número de homicídios dolosos significativamente de Lisboa, com cercade dois milhões de habitantes,
inferior”, afirma. As discrepâncias, diz, podem estar registou 15 assassinatos e, no ano seguinte, 17.
relacionadas com a qualificação de homicídio. Quanto aos dados globais, a ONU contabiliza 175
Entre os 22 países da União Europeia que aparecem homicídios intencionais em 2005 e 227 em 2006. Os
no documento das Nações Unidas, Portugal ocupa o números apresentados não são, no entanto,
quarto lugar, atrás da Lituânia (8,13 homicídios por 100 coincidentes com os do Relatório de Segurança Interna,
mil habitantes), Estónia (6,79) e Letónia (6,47), todos que regista 161 homicídios voluntários consumados.