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Hélder Paixão

Dossier

Relações Interpessoais

1. Relações Interpessoais: Um conceito no Contexto Pedagógico.


2. Atracção Interpessoal.
3. Agressão
4. Síntese Geral (link)
5. O Efeito da Personalidade no Relacionamento Interpessoal

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Entende-se por relações interpessoais o conjunto de procedimentos que, facilitando a

comunicação e a linguagem, estabelece laços sólidos nas relações humanas. É uma


linha
de ação que visa, sobre bases emocionais e psicopedagógicas, criar um clima
favorável à
empresa (escola) e garantir, por uma visão sistêmica e integração de todo pessoal,
uma
colaboração confiante e pertinente. Cada pessoa é, e sempre será, um verdadeiro
universo de individualidade; suas ações, seus motivos, seus sentimentos constituem
paradigma único. Se não bastasse essa extrema singularidade ser modelada por uma
fantástica constelação de neurônios que jamais se duplica de forma inteiramente
igual em pessoas diferentes, cada um é portador de um código biológico, uma
história particular de vida e um volume imenso de circunstâncias que evoluíram e
evoluem de forma dinâmica, tornando-o absolutamente incomparável. Mesmo que
um determinado vocábulo possa, por exemplo, possuir o mesmo sentido para duas
pessoas diferentes, a intensidade com que cada um o acolhe jamais será
absolutamente igual. Ninguém pode jamais sentir a saudade que sentimos,
experimentar
a felicidade que vivemos, sofrer a angústia da perda que sofremos e porque assim
somos,
constituímos figura impar, ser singular no imenso espaço que emoldura nossa
passagem
pelo tempo. Esta originalidade de cada um dificulta a comunicação interpessoal e
com ela
todo esquema de relações humanas que envolve o segredo do “conviver”. Essa
manifesta
singularidade humana está presente em qualquer família, em um escritório, na
risonha
mesa de um bar, na escolha de companheiros, nos partidos políticos e, naturalmente,
na
sala dos professores e em toda sala de aula. O estudo das relações interpessoais
busca
examinar os fatores condicionantes das relações humanas e face aos mesmos sugerir
procedimentos que amenizam a angústia da singularidade de cada um e dinamiza a
solidariedade entre todos que buscam conviver com harmonia. Talvez, por esse
motivo, o professor tão extraordinário nos cuidados com sua formação profissional,
não perceba de imediato que essa formação abre espaço também para que descubra
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meios de transformar contatos em convívios, colegas em companheiros, que segundo


o sentido etimológico dessa palavra, ao viverem juntos necessitam sempre aprender
maneiras de “dividirem o pão”. Para isso, pois, é importante o domínio de alguns
procedimentos que podem facilitar as relações humanas. Antes, entretanto, de se
avançar por essas sugestões, é importante que se responda a quatro perguntas que
estruturam todo conjunto de motivos para se aprender ou não as práticas que
aprimoram as relações interpessoais. Por quê aprender relações interpessoais no
contexto didático pedagógico ? Quando desenvolver as estratégias ações, projetos
que aprimorem as relações interpessoais ? Como agir para que as mesmas tenham sua
eficiência avaliada ? Que requisitos são essenciais para sua incorporação à prática
pedagógica do professor?
Por quê aprender relações interpessoais no contexto
didático-pedagógico ?
Quando a concepção de escola pressupunha - se é que algum dia efetivamente
pressupôs
- que sua única razão de existir era a de transmitir informações segundo planos
sistemáticos
e garantir às novas gerações o domínio da herança cultural acumulada e o papel do
professor
restringia-se especificamente a exposição desses conteúdos, era possível pensar que
alunos e professores habitassem mundos diferentes que se cruzavam com objetivos
claramente distintos; alguns de dizer, outros de ouvir.
A escola ao assumir, entretanto, um papel “educativo” e, portanto, ao usar a herança
cultural a
ser passada como instrumento para desenvolver competências, aguçar sensibilidades,
ensinar
a aprender, animar inteligências, desenvolver múltiplas linguagens, capacitar para
viver e,
assim, “transformar” o ser humano; as relações interpessoais passaram a ganhar
dimensão
imprescindível. Os laços entre alunos e professores se estreitaram e na imensa
proximidade
desse imprescindível afeto, tornou-se importante descobrir ações, estratégias,
procedimentos
sistêmicos, reflexões integradores que necessitam ir muito além de um singelo “sou
seu
professor e gosto muito de você”. Não mais existe espaço para sala de aula em cuja
porta
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edifica-se o simbólico cabide onde, ao entrar, o aluno ali deixa pendurado as suas
emoções,
posto que lá dentro valerá apenas pela lição que faz, atenção com que ouve e nota
que tira.
Quando desenvolver as estratégias, ações, projetos que
aprimorem as relações interpessoais?
Absolutamente não é fácil responder essa questão. As relações que envolvem alunos
e
professores, professores e professores, professores e pais e ainda muitos outros
“atores”
do universo escolar, são marcadas pelo imprevisível e, como assim são, nem sempre é

possível antecipar o uso de uma ação ou estratégia que atue como sensibilizadora das

relações interpessoais. Muitas vezes, ao começar o dia, não imaginávamos que ao


entrar
nesta ou naquela sala iríamos deparar com situações inesperadas, circunstâncias
especificas que nos impunha uma “mudança de rota” em nome do apelo para uma
reflexão sobre relações interpessoais.
Mas, mesmo considerando a importância das mesmas para uso eventual em
circunstâncias
imprevisíveis e inimaginadas, é essencial que o profissional encarregado de fazê-lo
mostrese
extremamente preparado e com aguda sensibilidade para perceber o oportunismo do
momento e para domínio das estratégias de execução. Além desse uso eventual, não
poucas
escolas brasileiras já incluíram com sucesso um projecto de relações interpessoais -
muitas
vezes rotulado com títulos diferentes que vão desde “alfabetização emocional” até o

nome explícito – e nesse sentido, ainda que não tenham abdicado de usos eventuais
em
circunstâncias específicas, propiciam ao aluno actividades programadas e portanto
iluminadas
por objectivos claros, recursos materiais e humanos previamente organizados, temas
estruturados segundo os anseios da entidade e das famílias, estratégias definidas
através
de uma programação dinâmica e progressiva e sistemas de avaliação consistentes.
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Viver em sociedade significa não viver só, o que implica, por isso mesmo, conviver
e interagir com o nosso semelhante. Ou seja, viver em sociedade gere as chamadas
relações interpessoais, estas emergentes da atracção, positiva ou negativa, que um
sujeito sente por outro.

Atracção positiva quando queremos ou desejamos o bem-estar do outro.

Atracção negativa quando queremos ou desejamos o mal-estar do outro.

Os relacionamentos entre os sujeitos visam, sobretudo, o bem-estar pessoal e o


dos outros. Mas para que os relacionamentos sejam salutares e equilibrados, há que
primeiro conhecermo-nos a nós próprios.

Lugar comum ou não, é um facto de que quanto melhor nos conhecermos, melhor
lidaremos com os outros, pois que assim evitaremos, certamente, não fazer aos
outros aquilo que não gostamos que nos façam a nós (Confúcio).

Atracção

Os teóricos explicam a atracção interpessoal sob duas perspectivas: a


comportamental (concreta) e a emocional (abstracta).

- A atracção enquanto comportamento revela-se através das acções


físicas que um sujeito tem para com o outro que pretende atrair, como por
exemplo: estar presente nos mesmos espaços geográficos que o sujeito alvo
se encontra.

- A atracção enquanto emoção revela-se pelo conjunto de


sentimentos positivos e/ou negativos que um sujeito experimenta ao interagir
com o outro, como por exemplo: a sensação de bem-estar, de conforto,
admiração, quando junto do sujeito alvo, e/ou, no sentido inverso, de mal-
estar, de incomodo.
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Os comportamentos variam consoante as normas sociais e culturais de cada


comunidade humana. Concordando com os teóricos, acrescento ainda que a atracção
comportamental e emocional também depende da personalidade e do carácter de
cada sujeito. Isto, porque pessoalmente diferencio ambos os conceitos. Considero o
carácter como sendo o “genes” (a essência) com o qual nascemos e a personalidade a
moldagem desses genes. Posto de outra forma, o carácter é mutável sem nunca
deixar de ser aquilo que é, de facto. Metaforicamente falando, poderei dizer que o
carácter é o diamante bruto e a personalidade o diamante polido.

Factores de atracção interpessoal

Não obstante as diferenças existentes nas formas de nos relacionarmos uns com os
outros:
- Relação entre pais e filhos;
- Relação entre amantes;
- Relação entre colegas de trabalho;
- Relação entre amigos, etc.

existe, contudo, um conjunto de factores comuns que nos levam a aproximarmo-nos


deste ou daquele sujeito ou grupo, sendo eles:

- Proximidade física;
- Afiliação;
- Beleza;
- Semelhanças interpessoais;
- Reciprocidade.

Proximidade física/geográfica – quanto maior for a proximidade espacial entre os


sujeitos, maior serão os laços de amizade, simpatia, intimidade que se estabelecem
entre eles.
Contudo, e porque para tudo há um oposto, poderá acontecer o inverso, ou
seja, o contacto frequente poderá originar saturação, enfado e
subsequentemente conflitos, inimizades e, portanto, a busca do afastamento do
sujeito que nos incomoda. Um dos exemplos mais comuns é a saturação que surge
entre os casais há muito (ou não) casados.
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Afiliação – o sujeito procura a afiliação (integração numa qualquer comunidade de


vivências comuns), porque deseja ou necessita de partilhar sentimentos, ideias,
experiências, etc., com o outro, ou ainda por medos ou receios incontroláveis,
como o medo da solidão ou da rejeição.

Beleza – a atracção interpessoal é medida pela beleza exterior e não tanto pela
beleza interior. Segundo os teóricos, esta atracção pelo aspecto físico, ou pela boa
aparência exterior, como sinal do que “é belo é bom”, exalta-se na camada social
mais jovem. Eu acrescento que esta realidade – ser e parecer – cada vez mais se
estende a todas as camadas etárias e sociais, o materialismo.

Similaridades interpessoais – é mais fácil estabelecer-se relações interpessoais


com sujeitos com os quais tenhamos opiniões, crenças, valores, ideologias e pontos
de vista comuns. Por exemplo, um benfiquista tende a procurar outro que partilhe
do mesmo clubismo e não um opositor ao seu clube.

Reciprocidade – “gostar de quem gosta de nós”. O sujeito procura afecto,


conforto, alento, etc., no outro, para satisfazer, sobretudo, as suas carências
emocionais.

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A agressividade é a forma mais comum que o sujeito tem de reagir, não só
perante as suas frustrações, os seus complexos, impotências físicas e
emocionais, mas também quando agredido física, emocional e
psicologicamente por outrem.
A agressividade faz parte do mundo animal racional e irracional, sendo que
no animal irracional este comportamento deriva do instinto natural pela
sobrevivência, enquanto que no Homem, que também reage naturalmente por
instinto, muitas das vezes agride premeditadamente.

As formas mais usuais de agressão física são: o bater, o lutar, o homicídio,


etc., e as verbais que podem ser, por vezes, muito mais agressivas do que as
físicas, como, por exemplo, o insulto, a ofensa, o praguejar, maledicência, etc..

Formas de agressão
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Segundo os teoristas, a agressão pode ser sistematizada em função de dois


critérios:

− o do objecto a que se dirige (alvo)


− e o da forma como se expressa (“ferramenta”)

Alvo ou objecto a que se dirige

É do conhecimento geral que nem sempre o agressor liberta a sua ira


directamente contra a fonte/causa da sua ira ou frustração. Com base neste
princípio, tomemos como exemplo a criança que destrói os seus brinquedos
ou outros objectos “à mão de semear”, após a mãe a ter proibido de fazer
algo que ela queria fazer,

ou ainda,

o empregado incompatibilizado com o patrão, que não podendo reagir


franca e abertamente, sob pena de poder vir a perder o emprego, manifesta-se
mais tarde junto da família e/ou companheiros. Nestes casos o agressor
transfere a sua ira ou frustração junto daqueles que à partida não lhe
retribuirão na mesma moeda.

Quanto ao alvo existem três tipos de agressividade:

− Directa
− Indirecta ou deslocada
− Auto-agressão

Agressão directa – dirigida contra a fonte de frustração, i.e., aquela em que


o sujeito agride directamente o alvo causador da sua ira ou frustração.

Agressão indirecta ou deslocada – dirigida contra um alvo alheio à


frustração, i.e., aquela em que o sujeito agride indirectamente o alvo causador
da sua ira ou frustração, transferindo-a/deslocando-a para as pessoas que lhe
são mais íntimas.

Auto-agressão – dirigida contra si próprio, quando em casos extremos, a


agressão deslocada passa a auto-agressão, Ou seja, quando o sujeito é
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simultaneamente o agressor e o agredido, manifestando-se através de


comportamentos variados, como por exemplo: sentimentos de culpa e
remorsos, automutilação e suicídio.

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http://www.scribd.com/doc/10976390/RELACOES-
INTERPESSOAIS

O Efeito da Personalidade no Relacionamento Interpessoal

Já reparou que certas pessoas têm conflitos quase todos os dias, enquanto
que outras são conciliadoras, diplomatas e amadas pela maioria? Já reparou
que algumas pessoas são acessíveis, enquanto que outras são frias e
distantes?

Isto acontece porque somos todos diferentes, ou seja, temos traços de


personalidade diferentes.

Poder-se-á definir personalidade como “conjunto de padrões


comportamentais (incluindo pensamentos e emoções) que caracterizam a
maneira de cada indivíduo se adaptar às situações da sua vida”. Por sua
vez, chama-se traço de personalidade a todo o aspecto particular de um
indivíduo que o distingue dos outros.

Tipos de personalidade

Personalidade Passiva

Caracteriza-se pela incapacidade de exprimir os seus pensamentos e


emoções. Estas pessoas têm tendência a não manifestar claramente os
seus desejos nem comunicar as suas necessidades, optando por ficar à
espera que os outros façam as coisas por eles. Por exemplo, um funcionário
em vez de pedir um aumento ao patrão fica à espera que o patrão lhe
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ofereça um aumento. Quando ocorre um conflito, tendem a ignorar ou a


fingir que nada aconteceu.

Assim sendo manter-se na expectativa e a falta de iniciativa são


características da personalidade passiva.

Em suma,

 Comunica uma mensagem de inferioridade: ao sermos passivos


permitimos que os desejos, necessidades e direitos dos outros sejam mais
importantes que os nossos.
 Alguém que se comporte de forma passiva perde, ao mesmo tempo
que permite aos outros ganhar.
 Seguir este caminho leva a ser-se uma vítima e não um vencedor.

Personalidade Agressiva

É oposta à personalidade passiva. As suas reacções são extremas e a sua


maneira de chegar aos seus fins é o afrontamento, a agressão directa, a
cólera e a humilhação.

São pessoas de uma intransigência excessiva e de uma rigidez desarmante.

Em suma,

 Comunica sempre um impressão de superioridade e de falta de


respeito.
 Ao sermos agressivos colocámos sempre os nossos desejos e direito
acima dos outros, violando os direitos dos outros.
 As pessoas agressivas podem ganhar, ao assegurar-se que os outros
perdem.

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