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O jornalista no: trabalha, luta,
derrama ideias, sistemas, filosofias
sociais
e
populares
estudos
reflectidos, improvisaes, defesas
eloquentes, nobres ataques da
palavra e da ideia, pois bem, tudo
isso passa, morre, esquece: aquela
folha delgada e leve, onde ele pe o
seu esprito, a sua ideia, a sua
conscincia, a sua alma, perde-se,
desaparece,
some-se,
sem
esperanas de vida, de durao, de
imortalidade, como uma folha de
rvore
ou
como
um
trapo
arremessado ao monturo() O
jornalismo ensina, professa, alumia
sobretudo;
ele
o
grande
construidor do futuro; no s o
facto de hoje que o prende - isso o
menos - o facto que o futuro
contm: ele vai das relaes
presentes s relaes futuras e
mostra a revoluo lenta, serena,
imensa, pela qual a humanidade
transforma e refaz o seu destino no
sentido
da
justia.
por isso que ele contradiz muitas
vezes a opinio recebida; e com
razo; nem sempre a grande massa
tem a conscincia do bem, do direito
e da sua verdadeira razo;
necessrio que o jornalismo a
esclarea, que a avise quando ela se
transviar, que a sustenha, quando
ela for a cair. (...)