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6. Partidos políticos, instituições 6.

Partidos políticos, instituições


ECONOMIA POLÍTICA e défices orçamentais e défices orçamentais
† Bibliografia básica:
† 6.1. Evolução dos défices e da dívida pública „ Alesina, A.; Cohen, G. & Roubini, N. (1997). Political Cycles and
the Macroeconomy. Cap. 9 “Political Parties, Institutions, and
† 6.2. Modelos baseados na ideia de ilusão fiscal
Budget Deficits”: 227-252.
† 6.3. Modelos de gestão estratégica da dívida „ Persson, T. & Tabellini, G. (2002). Political Economics and Public
Finance. In Auerbach, A. & Feldestein, M. (ed.). Handbook of
Mestrado em Economia, Mercados † 6.4. Modelos de redistribuição intergeracional Public Economics. Vol. 3: 1549-1659. North-Holland.
e Políticas Públicas † 6.5. Modelos de conflito de distribuição † Artigos a apresentar:
† 6.6. Modelos de interesses geográficos dispersos „ (9) Woo, Jaejoon (2003). Economic, Political and Institutional
Determinants of Public Deficits. Journal of Public Economics 87:
† 6.7. Modelos de instituições orçamentais 387-426. – Mª de Lurdes Fernandes
„ (10) Alesina, A.; Campante, F. e Tabellini, G. Why is Fiscal Policy
Universidade do Minho † 6.8. Aplicações empíricas
often Procyclical? Aceite para publicação no Journal of the
1 2 European Economic Association. 3

Evolução do peso da dívida Dívida pública em % do PIB Dívida pública em % do PIB


pública no produto Alemanha
1970 1980 1990 2000 2005 2007 2008e
18,2 31,2 43,5 60,2 65,8 65,3 64,6
Fontes: (1970-2008)
European Comission,
† Até meados da década de 1970: Austria 18,9 36,2 57,2 63,6 63,2 61 63,2 European Economy; 160
Bélgica 65,3 78,6 129,2 109 97,8 86,1 84,9
„ o peso da dívida pública no PIB era relativamente baixo na maioria OCDE (2000), 140
Dinamarca … 36,5 57,8 46,8 37,9 26,1 27,5
dos países; International Financial
Espanha 15,0 16,8 43,6 60,5 46,3 35,7 39,9 Statistic Yearbook 120
„ a discrepância entre países era moderada. Finlândia 7,8 11,5 14,3 44,0 44,3 31,3 40,8 para os EUA; 100 Bélgica
† A partir de meados dos anos 70. França … 19,8 35,1 57,3 65,6 66,6 73 The World Factbook Holanda
80
Grécia 19,8 25,0 79,6 106 95,0 81,7 97,6 Itália
„ défices persistentes e elevados em vários países industrializados;
Holanda … 46,0 77,0 55,8 55,5 47,7 51,6 Notas:
60 Portugal
„ a discrepância entre os países aumentou muito. Irlanda 53,5 75,1 101,5 39,1 33,8 21,1 30 * Valor referente a 1999. 40
37,9 58,2 97,2 111 106,1 105,6 103,1
† Duas questões: Itália e – estimativa. 20
Luxemburgo 19,0 9,3 4,4 5,6 4,1 2,6 8,9 Os valores de 1980 e
„ Por que razão se verificam défices elevados e persistentes em
Portugal … 32,3 58,3 53,3 60,2 65,8 65,4 1990 para a 0
épocas de paz e por que motivo aumentaram estes défices

1970

1973

1976

1979

1982

1985

1988

1991

1994

1997

2000

2003

2006
Reino Unido 64,9 53,2 34,0 42,1 41,0 43,3 48,5 Alemanha referem-se
tremendamente nas últimas décadas? à Alemanha
Suécia 27,0 40,3 42,3 55,3 50,0 41,9 41,1 Ocidental.
„ Por que razão observamos défices elevados nuns países e noutros 28,0Comissão
† Fonte:
Estados Unidos 26,4 Europeia
44,2 (2003),
40,1* European
36,60 Economy.
36,8 38,00 † Fonte: Comissão Europeia (2003), European Economy; OECE Economic Outlook, Junho de 2007
não? 31,3 37,3 57,5Universidade
60,6 do 56,5
4 Média simples Minho 51,2 54,9 5 6
Desvio Padrão 18,7 19,5 29,5 28,2 26,3 27,3 27,1

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O modelo de estabilização da carga O modelo de estabilização da carga O modelo de estabilização da carga
fiscal como ponto de referência fiscal como ponto de referência fiscal como ponto de referência
„ Os défices/excedentes orçamentais devem ser utilizados para suavizar choques † Este modelo por si só não é capaz de responder às questões acima
† De acordo com o modelo de estabilização da carga fiscal (“tax-smothing model) temporários nos gastos e nas receitas públicas. colocadas.
proposto por Barro (1979) e Lucas e Stokey (1983) a minimização das „ Dois exemplos:
distorções causadas pelos impostos requer estabilidade nas taxas de imposto. † Há que recorrer a aspectos políticos e institucionais para explicar os
Guerra Ciclos económicos
„ As distorções marginais são crescentes com a taxa de imposto. factos.
G, T
G, T
P † Grupos de modelos que procuram explicar os desvios face à política
T
Carga excedentária do imposto = (1/2)tΔX. G
G orçamental óptima sugerida pelo modelo de estabilização da carga fiscal:
T
Elasticidade preço da procura: η = (ΔX/X)/(t/p) Ù „ modelos baseados na ideia de ilusão fiscal;
A C ΔX = ηtX/p Tempo
Tempo
Carga excedentária = (1//2)t2η(X/p)
B B „ modelos de gestão estratégica da dívida;
t
B G „ modelos de redistribuição intergeracional;
„ modelos de conflito de distribuição;
Tempo Tempo „ modelos de interesses geográficos dispersos;
Q

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„ modelos de instituições orçamentais. 9

Modelos baseados na ideia de Modelos de gestão estratégica da Modelos de redistribuição


ilusão fiscal dívida intergeracional
† Hipóteses fundamentais:
† Baseiam-se em duas hipóteses cruciais: † Salientam que a dívida pública pode redistribuir o peso dos impostos entre
„ alternância de partidos no poder;
„ os governantes são oportunistas e usam os défices orçamentais para
„ os partidos têm preferências diferentes. gerações e pode ser usada pela geração corrente para deixar um legado
aumentarem as suas hipóteses de reeleição.
„ os eleitores não compreendem a restrição orçamental de longo prazo do † Encaram a dívida como uma variável que relaciona o governo actual negativo para as gerações seguintes.
Estado. com os governos futuros.
† A geração corrente pode escolher e votar a política orçamental enquanto as
„ Sobrestimam os benefícios das despesas actuais e subestimam os „ Ao manipular a política orçamental o governo pode influenciar as escolhas
custos dos impostos correntes e futuros. dos seus sucessores. seguintes não.
† Desta forma, os eleitores não penalizam os governantes pelas † O governo actual não internaliza os custos de gerar um défice hoje. † Ajudam a explicar o crescimento dos défices mas não as diferenças de
políticas oportunistas geradoras de défices excessivos.
† A tendência para aumentar o défice é crescente com o grau de comportamento entre os países e o facto do aumento dos défices ter ocorrido
† Embora estes modelos permitam compreender o relaxamento da polarização e com o grau de incerteza eleitoral.
nos anos 70.
política orçamental antes das eleições, eles não são suficientes para
explicar a acumulação de défices que se verificou a partir dos anos † Permitem explicar o aumento do défice durante os mandatos de
70, nem a evolução diferençada dos países. Reagan nos EUA nos anos 80 (manobra para restringir os gastos em
10 segurança social das futuras administrações democratas). 11 12

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Modelos de redistribuição
Modelos de conflito de distribuição Modelos de conflito de distribuição
intergeracional
† Salientam os conflitos entre decisores/partidos com influência simultânea na
política orçamental.
† Velasco (1995) atribui a maior tendência para o défice em governos de
† Modelo de “guerra de atrito” de Alesina e Drazen (1991).
coligação ao facto dos ministros não internalizarem a restrição orçamental.
„ Um choque orçamental exógeno permanente cria um défice orçamental.
† Dimensão do executivo
„ Um planeador social reagiria de imediato aumentando os impostos para
equilibrar o saldo orçamental. † Poder do ministro das finanças
„ No caso de um governo de coligação composto por dois partidos:
† A evidência empírica é bastante favorável a estes modelos.
‡ Os dois grupos devem decidir a forma de partilhar o custo de estabilizar a dívida.
‡ É racional atrasar a estabilização se: esta originar custos maiores para um dos
partidos, ou os dois partidos desconhecerem os custos para o oponente que
derivam de adiar a estabilização.
‡ Os custos de adiar a estabilização incluem as acções políticas necessárias para
evitar que o oponente desenvolva um plano de estabilização que o favoreça.
‡ Quanto maior a demora maior o custo da estabilização porque a dívida cresce.
†Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2006 – Edição 2008. 13 14 15

Modelos de interesses geográficos


Modelos de instituições orçamentais Modelos de instituições orçamentais
dispersos
† Enfatizam a interacção entre os diferentes níveis de governo num pais † Instituições orçamentais: regras e legislação aplicadas no processo
(descentralização das actividades do Estado) e a sua influência nas decisões orçamental. „ B. Procedimentos de votação na preparação e implementação do
orçamentais.
† Podem ser identificados três tipos de procedimentos: orçamento;
† Os representantes políticos de uma determinada região sobrestimam os „ A. Imposição de um alvo numérico para o saldo orçamental; ‡ Literatura desenvolvida sobretudo no contexto dos modelos de interesses
benefícios da despesa pública realizada na sua região quando os custos do geográficos dispersos.
seu financiamento são suportados por todos os contribuintes do país. ‡ Leis que exijam um orçamento equilibrado são praticamente inexistentes.
„ A falha de internalização dos custos dos impostos nos programas ‡ Trabalhos recentes baseados nos estados dos EUA, mostram que a imposição ‡ Procura responder fundamentalmente a duas questões:
governamentais leva a um excesso de despesas públicas.
de limites à capacidade dos estados para gerarem défices diminuem os défices „ (1) Que procedimentos de votação tornam a escolha dos projectos,

† Limitações face às questões colocadas: médios, assim como a rapidez da resposta a choques adversos. para um dado nível de despesa, mais ou menos eficiente?
„ São estáticos. ‡ B. Procedimentos de votação na preparação e implementação do „ (2) Qual a influência dos procedimentos de votação na distribuição final
„ O tipo de despesas discricionárias que este modelos realçam não cresceu orçamento; dos benefícios líquidos entre as regiões de um país.
rapidamente nas últimas duas décadas.
‡ C. Transparência no processo orçamental.
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Modelos de instituições orçamentais Modelos de instituições orçamentais Modelos de instituições orçamentais
„ 2- As regras referentes a possíveis alterações ao orçamento. † C. Transparência no processo orçamental
„ B. Procedimentos de votação na preparação e implementação do
† Distinção entre regras fechadas e regras abertas (a proposta
orçamento; ‡ A falta de transparência aumenta a capacidade dos governantes para iludir o
apresentada pode ser alterada antes de ser votada).
‡ Dois aspectos têm sido enfatizados: eleitorado.
† As regras abertas criam atrasos na aprovação das propostas.
„ 1- O timing das votações „ Os trabalhos empíricos nesta matéria
† As regras fechadas (1) levam à adopção de orçamentos mais
† Do ponto de vista da disciplina orçamental é importante determinar se ineficientes; (2) fazem com que os benefícios recaiam „ utilizam índices de transparência nos procedimentos orçamentais;
primeiro vai ser votada a dimensão agregada do orçamento ou se fundamentalmente na maioria mínima necessária para que a
„ concluem que a transparência tem efeitos positivos na disciplina
cada programa de despesa vai ser votado individualmente. aprovação da proposta; (3) tornam os procedimentos de votação mais
hierárquicos . orçamental.
† A evidência empírica sugere que votar primeiro na dimensão
† Uma limitação frequente às alterações orçamentais consiste em não
agregada e depois na composição favorece a disciplina fiscal. † As instituições orçamentais variam muito de país para país e podem
permitir aumentos do alvo para o défice. É frequente a possibilidade de
„ 2- As regras referentes a possíveis alterações ao orçamento. reafectação de dinheiros públicos entre projectos. explicar a dispersão nos comportamentos.
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Análise realizada por Alesina, Análise realizada por Alesina, Análise realizada por Alesina,
Cohen e Roubini Cohen e Roubini Cohen e Roubini
† Dados para os últimos 30 anos dos países da OCDE. † Principais resultados:
† Principais resultados:
† Modelo testado: „ Variáveis políticas:
„ Variáveis económicas:
Δdivit = δ0 + δ1Δdivit-1 + δ2ΔUit + δ3Δyit + δ4divit-1Δ(r-y)it + δ5ELEit + δ6ESQit+ δ7POLit + υit ‡ δ5 > 0: os défices aumentam antes das eleições

‡ i = país; t = ano; ‡ 0 < δ1<1: persistência nos défices e ajustamentos lentos ‡ δ6 > 0 mas não é significativa: os modelos partidários são ambíguos

‡ Δdivit = défice anual medido como a variação do peso da dívida pública no PIB; quanto ao impacto da ideologia dos partidos no défice.
‡ δ2 > 0: aumentos no desemprego diminuem as receitas de impostos
‡ Δdivit-1 = valores desfasados da variável dependente; ‡ δ7 > 0: maior fragmentação dá origem a maiores défices
e aumentam os gastos
‡ ΔUit = variação na taxa de desemprego; „ A inclusão desta variável não altera as conclusões quando aos

‡ Δyit = variação na taxa de crescimento do produto; ‡ δ3 < 0: aumentos na taxa de crescimento do produto aumentam as CPE.
‡ Divit-1Δ(r-y) it = o valor desfasado do peso da dívida no produto multiplicado pela receitas de impostos e diminuem os gastos
variação na taxa de juro real menos a taxa de crescimento do produto; † Outros resultados de R&S:
‡ ELEit = variável muda para o ano da eleição; ‡ δ4 > 0: aumentos na taxa de juro real aumentam directamente o † Os efeitos da fragmentação nos défices ocorreram sobretudo após o
‡ ESQit = variável muda que identifica os governos de esquerda; défice primeiro choque petrolífero.
‡ POLit capta o grau de fragmentação do governo; † A fragmentação não cria os défices, mas atrasa o ajustamento
‡ υit = termo de erro. orçamental a choques externos.
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(Des)vantagens da existência de regras (Des)vantagens da existência de regras
Considerações de ordem normativa orçamentais numa união monetária orçamentais numa união monetária
† A constatação de que factores políticos distorcem a política
† Argumentos a favor da imposição de regras à „ 1º Assume que os países podem aumentar os défices de
orçamental levou à sugestão, de ordem normativa, de que esta
forma a absorver choques negativos sem criarem problemas
deve ser conduzida com base em regras que restrinjam o condução da PO:
de sustentabilidade da dívida.
crescimento do Estado e dos défices.
„ 1º Assume que os países podem aumentar os défices de forma a † Principais determinantes do peso da dívida no PIB:
† Na Europa, o tratado de Maastricht e actualmente o PEC foram absorver choques negativos sem criarem problemas de „ O peso do défice primário no PIB contribui para o
elaborados com base nessa ideia. sustentabilidade da dívida. agravamento do rácio;
† A evidência empírica de que as regras de orçamento equilibrado „ A situação inicial do peso da dívida pública no PIB
„ 2º Países com dívidas excessivamente elevadas geram
restringem, de forma eficaz, os estados americanos de terem externalidades negativas aos demais países da união „ O crescimento da economia facilita a diminuição do rácio.
défices elevados aumentou o número de defensores das mesmas, monetária porque pressionam para a alta as taxas de juro na „ Uma elevada taxa de juro dificulta a sua redução.
como forma de aumentar a disciplina orçamental. união monetária.
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(Des)vantagens da existência de regras (Des)vantagens da existência de regras (Des)vantagens da existência de regras


orçamentais numa união monetária orçamentais numa união monetária orçamentais numa união monetária
† Se um país acumulou uma dívida pública considerável no
† 2º Países com dívidas excessivamente elevadas
passado, terá que ter excedentes nos saldos primários
geram externalidades negativas aos demais países † Os países membros de uma união monetária têm
futuros de forma a evitar que a dívida continue a aumentar
da união monetária porque pressionam para a alta interesse em controlar os défices dos seus
e se torne insustentável.
as taxas de juro na união monetária:
parceiros, em impor regras à condução da política
„ Taxas de juro mais elevadas diminuem o investimento e orçamental.
aumentam os encargos com o serviço da dívida nos demais
países, exigindo políticas orçamentais mais restritivas.

„ O aumento da taxa de juro aumenta a pressão sobre o Banco


Central Europeu para adoptar uma política monetária menos
restritiva tendo em vista uma diminuição da taxa de juro, mas
contribuindo para aumentar a inflação.

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(Des)vantagens da existência de regras
orçamentais numa união monetária O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia
† Argumentos contra a imposição de regras à † Longo caminho de integração percorrido pelos Estados † Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia)
condução da política orçamental: Europeus „ Aprovado em 1991 e ratificado em 1993, após a aprovação
„ Tratado de Roma em 1957 instituiu a Comunidade Económica pelos Parlamentos de todos os países.
„ A primeira externalidade negativa mencionada no segundo Europeia (CEE). „ Definiu os critérios de convergência que os países devem
argumento não se verifica se os mercados de capitais forem
„ A terceira e última fase da União Económica e Monetária (UEM) cumprir para passarem à 3ª fase da UEM.
eficientes.
teve início em 1/1/1999. † Os países participantes foram seleccionados em Maio de
† Neste caso, o aumento da dívida de um país para valores 1998, com base nos resultados económicos de 1997.
† A fixação das taxas de conversão entre as moedas
insustentáveis apenas aumenta o prémio de risco nacionais dos países participantes e o euro. „ 11 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia,
associado à dívida pública desse país. „ Uma moeda única - o euro França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal.
„ Não é fácil fazer cumprir as regras estabelecidas. † A condução de uma política monetária única. „ Dinamarca, Inglaterra e Suécia optaram por ficar de fora.
„ As taxas de juro no mercado monetário na área do euro † Os outros países poderão juntar-se-lhe mais tarde, quando
passaram a ser sensivelmente as mesmas.
cumprirem os critérios de convergência.

O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia
„ Critérios de convergência: „ Critérios de convergência: † Euro
† A taxa de inflação não poderia superar em mais de 1.5 † A taxa de juro nacional de longo prazo não poderia „ 1 de Janeiro de 1999
pontos percentuais a média das três taxas de inflação mais superar em mais de 2 pontos percentuais a média das † Introduzido nas operações realizadas nos mercados
baixas. taxas observadas nos três países com menor inflação. monetários, cambiais e financeiros
„ Objectivo: estabilidade de preços. „ Objectivo: evitar grandes diferenciais nas taxas de
„ 1 de Janeiro de 2002
† A moeda nacional teria que ter pertencido ao Mecanismo juro, que levariam os capitais a fluírem para o país
com taxa de juro mais elevada. † Introdução física de moedas e notas em euro
de Taxas de Câmbio do Sistema Monetário Europeu na
banda normal de flutuação durante os dois últimos anos e † Critérios ao nível da política orçamental:
não ter sido desvalorizada durante este período. „ Peso da dívida pública no PIB inferior a 60%
„ Objectivo: evitar desvalorizações de última hora. „ Peso do défice inferior a 3%.

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O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia
† Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) Dívida Pública (% do PIB)
† O Conselho Europeu de Dublin (1996) procurou 160

assegurar condições de estabilidade para além do início „ Entrou em funcionamento com o início da UEM (1/1/1999). 140
da terceira e última fase da UEM através do: „ Impõe regras à condução da política orçamental na UEM. 120
† Tanto o tratado de Maastricht como o PEC parecem ter 100
„ Pacto de Estabilidade e de Crescimento sido elaborados mais de acordo com a visão de que a Bélgica
80
† Destinado a garantir uma gestão sã e duradoura das política orçamental deve ser conduzida com regras numa Holanda
finanças públicas nacionais dos países participantes no UM do que com a ideia de flexibilidade das políticas 60 Itália
euro. orçamentais. 40 Portugal

„ Foi reformulado em 2005 20


„ Novo Mecanismo de Taxas de Câmbio (MTC2)
† Estava a ser alvo de críticas e tinha pouca credibilidade. 0
† Visa garantir a estabilidade nominal das taxas de câmbio
As regras foram flexibilizadas e os prazos inerentes ao

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†
entre o euro e as moedas dos países não participantes.

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Procedimento do Défices Excessivos foram alargados.
Fonte: European Comission, European Economy – Public Finances, vários anos

O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia
140
Dívida Pública (% do PIB) † O PEC tem duas componentes principais: „ Componente preventiva:

120
„ Componente preventiva: † Cada Estado-membro deve apresentar à Comissão,
100
† Objectivo orçamental a médio prazo „ Anualmente, um Programa de Estabilidade e
„ Cada Estado-membro deve assegurar situações próximas do Crescimento para os próximos 4 anos
80
Portugal equilíbrio ou excedentárias.
„ Semestralmente (Março e Setembro), o Reporte dos
60
Espanha † Na definição de objectivos é tida em consideração a situação défices excessivo.
40 específica da economia de cada país:
Irlanda
„ Necessidades de investimento público, rácio da dívida pública † A Comissão faz recomendações sobre cada programa
20
no produto e crescimento potencial actual.
„ Servem de base aos pareceres do ECOFIN (após
0
† Trajectória de ajustamento para o objectivo de médio prazo: consulta do Comité Económico e Financeiro).
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„ Maior esforço de ajustamento em períodos favoráveis,


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„ Tem em consideração as reformas estruturais.


Fonte: European Comission, European Economy – Public Finances, vários anos

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O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia O caso concreto da União Europeia
„ Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) „ Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) „ Este depósito será convertido em multa se o défice
excessivo se mantiver.
† Dívidas públicas superiores a 60% e défices superiores † A Comissão analisa o respeito da disciplina orçamental
† Em regra, o prazo para a correcção de um défice
a 3% são considerados excessivos a menos que: com base tanto no critério do défice como no da dívida.
excessivo é de um ano;
„ Decorram de uma circunstância excepcional não † Um país cujo défice/dívida seja considerado excessivo será † Anualmente, o esforço orçamental mínimo de
controlável pelo Estado-membro e que tenha um sujeito a uma recomendação do ECOFIN redução do défice deverá ser de 0,5% do PIB, em
impacto significativo na situação das finanças públicas. „ Que deve ser implementada num prazo de 6 meses. termos corrigidos de variações cíclicas e líquidos
de medidas pontuais, e o prazo inicial para a
„ Resultem de uma recessão económica grave. „ Caso não o faça, podem ser aplicadas sanções 16
correcção do défice excessivo deve ser fixado
meses após a verificação do défice excessivo:
„ São tidos em conta outros factores pertinentes e os tendo em conta esse esforço orçamental mínimo.
efeitos de reformas estruturais que impliquem uma † Depósito não remunerado de 0,2% do PIB e mais
0,1% por cada ponto acima dos 3% até ao limite „ O Conselho ECOFIN pode também decidir aplicar
deterioração da situação orçamental no curto prazo
global de 0,5%; sanções não monetárias.

Decisão do Conselho ECOFIN Risco de um défice excessivo.


Procedimentos que se seguem à Decisão do Conselho
relativa à existência de um défice
ECOFIN relativa à existência de um défice excessivo
excessivo
O parecer e a recomendação da O parecer do Comité Económico Fase 5 A recomendação do Conselho ECOFIN é apresentada ao Estado-membro
Estados-membros Fase 3 Comissão Europeia são e Financeiro é apresentado ao
Défice > 3% do PIB Défice < 3 % do PIB
enviam dados do apresentados ao Conselho ECOFIN Conselho ECOFIN.
Fase 1 e/ou e O Conselho ECOFIN avalia a eficácia das decisões anunciadas
orçamento à Fase 6
dívida>60% do PIB Dívida <60% do PIB
Comissão Europeia
Decisão do Conselho ECOFIN O Estado-membro não adopta O Estado-membro adopta medidas
Ausência de risco de défice excessivo: A decisão é tomada por maioria medidas eficazes: o Conselho eficazes: o procedimento é
- rácio do défice é excepcional e qualificada (2/3). Na votação Não existe ECOFIN pode tornar públicas as suas suspenso. A Comissão Europeia e o
O Existe Fase 7 recomendações e notificar o Estado-
temporário e próximo do valor de Fase 4 participam todos os membros da défice Conselho ECOFIN acompanham a
procedimento défice
referência; U.E., quer pertençam ou não à excessivo membro para que tome medidas. aplicação das medidas.
não é excessivo
- o rácio da dívida está a diminuir área euro, incluindo o Estado
iniciado. membro em causa.
Comissão suficientemente aproximando-se do O défice excessivo O défice As medidas não são O défice
Europeia valor de referência a um ritmo mantém-se: o excessivo é aplicadas: o Conselho excessivo é
Fase 2 prepara satisfatório Recomendação do Conselho O procedimento Conselho ECOFIN corrigido: o ECOFIN notifica o corrigido: o
um Fase 5 Fase 8 aplica sanções ao procedimento Estado-membro procedimento
ECOFIN ao Estado-membro. é encerrado
relatório. Risco de um défice excessivo Estado-membro é encerrado. participante para que é encerrado.
participante. tome medidas.
Fonte: Boletim Mensal do BCE – Maio de 1999, pág. 57 (adaptado)

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O défice excessivo O défice As medidas não são O défice
INTERDEPENDÊNCIA
mantém-se: o excessivo é aplicadas: o Conselho excessivo é
Fase 8 Conselho ECOFIN corrigido: o ECOFIN notifica o corrigido: o ORÇAMENTAL NA UE
aplica sanções ao procedimento Estado-membro procedimento
Estado-membro é encerrado. participante para que é encerrado.
† Bibliografia:
participante. tome medidas. „ Programas de estabilidade e crescimento.
„ Resolução do Conselho Europeu de Amesterdão de 17 de Junho
de 1997, relativo ao Pacto de Estabilidade e Crescimento.
As medidas são aplicadas: o procedimento é suspenso. „ Regulamento (CE) 1466/97 do Conselho de 7 de Julho de 1997,
Fase 9 A Comissão Europeia e o Conselho ECOFIN continuam relativo ao reforço da supervisão das situações orçamentais e
a acompanhar a sua aplicação coordenação de políticas económicas
„ Regulamento (CE) 1467/97 do Conselho de 7 de Julho de 1997,
relativo à aceleração e clarificação da aplicação do procedimento
As medidas mostram-se inadequadas: O défice excessivo relativo aos défices excessivos
o défice excessivo mantém-se. é corrigido: „ Regulamento (CE) 1055/2005 do Conselho de 27 de Julho de
Fase 10 2005, altera o Regulamento (CE) 1466/97
O Conselho ECOFIN aplica sanções o procedimento é
ao Estado-membro participante. encerrado. „ Regulamento (CE) 1056/2005 do Conselho de 27 de Julho de
2005, altera o Regulamento (CE) 1467/97
Fonte: Boletim Mensal do BCE – Maio de 1999, pág. 58

Universidade do Minho

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