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ÁGUA POTAVEL – UM RECURSO CADA VEZ MAIS LIMITADO

(*) Por Denise de Mattos Gaudard


No dia 22 de março de 2008 (Dia Mundial da Água), a prefeitura do Rio de
Janeiro, lançou uma campanha camada: “Água como direito fundamental de todo
cidadão e um dever do Estado”.
Ná epoca objetivou viabilizar um projeto de Lei que fala uma emenda
constitucional que garanta um fornecimento gratuito de 45 litros de água por
dia/ habitante como exigência básica de todo cidadão brasileiro.
Mas ao contrário do que muitos pensam, as reservas de agua potável estão cada
vez mais limitadas e a água é cada vez mais estratégica e não se admirem se
num futuro bem proximo começarmos a ver escaramuças e cobiças mundiais por
conta deste precioso bem que ainda é um bem difuso e de direito básico
universal e apesar da quantidade ainda existente na Terra permanecer
inalterada, a sua crescente utilização e poluição são questões cada vez mais
problemáticas.

Breve descrição do Ciclo da Água


A quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases (sólida, líquida
e gasosa), tem-se mantido mais ou menos constante, segundo o CLIMATEMPO
(2004), apesar da sua distribuição por fases se ter modificado pois segundo o
IPCC (2003) na época de máxima glaciação, o nível médio dos oceanos situou-se
cerca de 140 m abaixo do nível atual.
A distribuição da água no planeta é feita em três reservatórios principais: os
oceanos, continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação
constante – ciclo da água ou ciclo hidrológico (CLIMATEMPO – 2004)
A chuva que cai nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é
devolvida diretamente à atmosfera por evaporação; outra, escoa pela superfície
do solo e absorvido na formação dos lençóis freáticos; o restante escoa pela
superfície, através de sulcos, alimentando os cursos de água, rios, lagos e indo
em direção ao mar, realimentando eternamente o novo inicio do ciclo de
evaporação para a formação de nuvens no mar e assim por diante

A direta dependência da Humanidade em relação à água potável sempre


condicionou a formação dos núcleos humanos, desde o inicio da origem humana,
de fato, a água encontra-se onipresente nas mitologias histórica, sempre
associada a deuses, inspirando muitas lendas.

SITUAÇAO ATUAL
Para continuar utilizando a água potável e dominar os seus efeitos mais
negativos (inundações, secas, etc), o Homem tem captando a água potável
através de poços e minas, lagos naturais e barragens, que vem, até o presente,
assegurando o fornecimento regular.
Atualmente este recurso natural está presente em quase todas as atividades
humanas, assumindo um papel cada vez mais estratégico e imprescindível dentro
de abastecimento doméstico e público, dos usos agrícolas, industriais, fora a
produção de energia elétrica.
Nas ultimas décadas, as necessidades de água potável vinham crescendo
gradualmente, acompanhando um lento aumento populacional. No entanto, após
a explosão da era industrial, onde o rápido crescimento da população mundial,
gerando a expansão das cidades, da industrialização, da agricultura e da
pecuária intensivas, exigem cada vez mais um aumento da produção de energia
elétrica, levando a cada vez mais crescentes demandas por água potável

Em todo planeta assistimos os excessos da atividade humana destruindo


rapidamente a capacidade natural de renovação dos mananciais hídricos de
diversas formas e prejudicando sua qualidade. É bem conhecida de todos, a
poluição que vem sendo provocada pelo seu uso doméstico nos grandes centros
urbanos (p.ex. detergentes), agrícolas (p.ex. pesticidas e fertilizantes) e
industriais (p.ex. produtos químicos vários).

OS FUTUROS DONOS DA AGUA

Considerado um dos maiores negócios do século XXI, os serviços de saneamento


básico tem sido disputados pelas grandes multinacionais do setor, de olho num
mercado potencial estimado em mais US$ 400 milhões por ano.(ANA – 2005)

A guerra Israel X Palestina pode exemplificar bem como a água transformou-se


em uma mercadoria de recurso econômico estratégico, fonte de lucros e razão
para conflitos. Sua escassez atinge mais de dois bilhões de pessoas e, se não
forem adotadas medidas para racionalizar sua exploração, em algumas décadas,
4 bilhões de pessoas não terão água para as necessidades básicas.

O curso das águas não conhece fronteiras nem territórios, mas pode unir ou
dividir nações inteiras. A água potável é um patrimônio natural e essencial da
humanidade e de todas as formas de vida. E quase 02 bilhões de pessoas em
todo mundo não tem o devido acesso a água para suas necessidades mais
básicas. Nos próximos anos, se não soubermos gerir nossos mananciais,
principalmente o de água potável, poderemos contribuir para esses números
dobrarem

O Aqüífero Guarani é conhecidamente a maior reserva subterrânea do mundo,


com capacidade para abastecer mais de 700 milhões de habitantes. Limítrofe
entre Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina, esta começando a despertar os
interesses estratégicos das grandes corporações mundiais que estão cada vez
mais interessadas em fazer investimentos na região.

Os EUA vem fazendo uma nem tão discreta campanha mundial, nos mesmos
moldes de Afeganistão e Iraque, alegando que haveria uma célula terrorista
(!?!)na Tríplice Fronteira, onde está Foz do Iguaçu, a mais importante área de
recarga do manancial do Guarani. Temos que estar cada vez mais atentos ao
aumento de, digamos, noticias de jornais norte americanos com sua versão
sobre o assunto. Pode apostar um copo da preciosa água potável.

(*)Denise de Mattos Gaudard tem graduação em Administração com ênfase


em Gestão Empresarial, pela Univ Santa Úrsula (USU-RJ). Pós-graduação em
Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e Comércio Exterior pela Univ
Católica de Brasília (UCB). Extensão em Educação Ambiental, pela Univ Estadual
do Rio de Janeiro (UERJ) e Gestão de Projetos pelo Project Management Institute
(PMI-RJ). Consultora de Gestão Empresarial e Socioambiental, com foco em
projetos de gestão de resíduos, energia renovável, mercado de créditos de
carbono e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Criadora do PROJETO BIOREDES que visa a implantação da formação de redes
cooperativadas que conjugam coleta seletiva com reciclagem reversa de oleo
vegetal usasdo (OVU) feita por associações e ou cooperativas de catadores
urbanos (junto a prefeituras e com empresas financiadoras parceiras).
Escreve artigos em mídias nacionais, participa de seminarios, palestras e
ministra cursos sobre implantação de projetos MDL, florestais; modalidades
Quioto e Não Quioto. Contatos: denisedemattos@gmail.com

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