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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA POLITÉCNICA

BRUNO HENRIQUE FARIAS ROCHA

ANÁLISE DO SGSA – SISTEMA DE GESTÃO EM


SEGURANÇA DO ALIMENTO DA GANOG – GERÊNCIA DE
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA CARGA GERAL DO
TMPM – TERMINAL MARÍTIMO DE PONTA DA MADEIRA

São Luís
2009
2

BRUNO HENRIQUE FARIAS ROCHA

ANÁLISE DO SGSA – SISTEMA DE GESTÃO EM


SEGURANÇA DO ALIMENTO DA GANOG – GERÊNCIA DE
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA CARGA GERAL DO
TMPM – TERMINAL MARÍTIMO DE PONTA DA MADEIRA

Monografia apresentada ao Curso de Pós –


Graduação em Engenharia Portuária, Escola
Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro
– UFRJ, como requisito parcial para obtenção do
grau de Engenheiro Portuário.

Orientador: Prof. MSc Gerisval Alves Pessoa


Co-orientador: MSc Tonnyfran Xavier de Araujo
Sousa

São Luís
2009
3

Rocha, Bruno Henrique Farias. Análise do SGSA – Sistema de Gestão em


Segurança do Alimento da GANOG – Gerência de Operação e Manutenção da
Carga Geral do TMPM – Terminal Marítimo de Ponta da Madeira. 2009. 73 f. il.:
Monografia (Pós – Graduação em Engenharia Portuária) – Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Autorizo a reprodução [parcial ou total] deste trabalho


para fins de comutação bibliográfica.

São Luís, 13 de março de 2009.

________________________________________
Bruno Henrique Farias Rocha
Engenheiro Mecânico

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof. MSc. Gerisval Alves Pessoa (Orientador)
Mestre em Gestão Empresarial
VALE

____________________________________________
Prof. D.Sc. Gilberto Olympio Mota Fialho
UFRJ – Universidade Federal do Rio de janeiro

_____________________________________________
Prof. MSc. Hildebrando de Araújo Góes Filho
UFRJ – Universidade Federal do Rio de janeiro
4

Meus pais, Henrique Rocha e Lucidalva Farias, cujo esforço e ajuda me

faltassem, eu nunca teria conseguido; minha fonte inesgotável de inspiração e

compreensão, com quem aprendi que a persistência é a vitamina do triunfo.


5

AGRADECIMENTOS

A Deus, por sempre me dar forças mesmo quando não parecia haver
esperanças e por me conceder uma família especial, que me fez aprender a não
perdê-las nunca.
A minha família e amigos, pelas constantes palavras de apoio e incentivo,
sem as quais dificilmente teria conseguido vencer mais uma etapa de minha vida.
A minha noiva, companheira inseparável nos momentos de bonança e
principalmente nos maus momentos, sempre como braço direito de um destro nato.
A Dona Zenáite e toda a sua família, pessoas de inestimável valor que me
ensinaram a lição de ser alguém sempre melhor. Gente com muita fé em Deus e
amor no coração que fizeram de suas casas a minha casa fora de casa, durante
toda a minha vida acadêmica em Salvador.
Aos novos Engenheiros Portuários, meus colegas de trabalho, pelo
companheirismo de sempre desde o início desse curso, que sem dúvidas, foi um
divisor de águas em minha profissional e pessoal. Não fosse a ajuda mútua dessa
turma essa jornada teria sido muito mais difícil do que realmente foi.
Ao professor orientador Gerisval Pessoa, pelos ensinamentos em sala de
aula e pela oportunidade de realizar um trabalho de estudo de gestão, como eu
nunca tinha feito. Pessoa que tem o prazer de ensinar e talvez por isso o faça tão
bem. Sempre aberta à ajuda, desde o início entendeu minhas dificuldades.
Ao Engenheiro Tonny, gestor de qualidade da Carga Geral do Terminal
Marítimo de Ponta da Madeira – TMPM, por permitir o acesso ao seu ambiente de
trabalho e pelo tempo dedicado a oferecer-me informações, tudo em favor do
desenvolvimento deste trabalho.
Aos professores Gilberto Fialho e Hildebrando Góes, pelo apoio e todo o
legado deixado ao final do curso de especialização em Eng. Portuária. Pessoas
magníficas, donas de uma energia e vitalidade para transmitir o que sabem, como
poucas vezes eu vi em toda a minha vida.
A Luciano Eça pela capacidade, reconhecimento e respeito que conseguiu
ao longo de sua bela jornada. Sou eternamente grato ao fato de ter visto em mim
alguém com capacidade de fazer o curso de engenharia portuária e, além disso,
trabalhar na VALE, sendo útil à sua gerência.
6

“Quando o homem cria vida com seu trabalho, a coragem nunca o abandona.”

Autor desconhecido
7

RESUMO

Este trabalho visa estudar o SGSA – Sistema de Gestão em Segurança do Alimento


aplicado à movimentação de soja e farelo de soja no Terminal Marítimo de Ponta da
Madeira. O SGSA se figura como conditione sine qua non para observância da
Norma GMP-B2 (Good Manufacturing Practices) no recinto portuário, garantia da
qualidade de todo o processo, além da permanência da autorização para
recebimento e carregamento dos navios. Fez-se inicialmente uma vasta revisão
bibliográfica sobre o assunto, conceitos, ferramentas, escopo e aplicação, muitas
delas em materiais internos da própria VALE, além de toda leitura e entendimento
da Norma GPM – B2 mais atual. Foi feita uma pesquisa descritiva e exploratória

utilizando-se pesquisas bibliográfica, documental e estudo de caso. Posteriormente,


para o estudo de caso, houve um levantamento de dados consolidados em um
questionário de avaliação de gestão que facilitassem identificar os pontos de
destaque e pontos de melhorias potenciais aplicado principalmente ao gestor do
sistema em forma de entrevista. Essas informações foram analisadas
estratificadamentes de acordo com os diferentes tipos de assuntos que envolvem a
gestão do alimento, iniciando com análise gerencial, passando por análise de
documentos relativos ao processo até chegar aos aspectos operacionais. Ao final
percebeu-se que a grande parcela do sistema se encontra com destaque
significativo, mas pôde-se apresentar sugestões de melhoria fundamentadas nas
observações realizadas.

 
Palavras - chave: SGSA – Sistema de Gestão em Segurança do Alimento; GMP-B2
(Good Manufacturing Practices);
8

ABSTRACT

This work focus to study the SGSA – Sistema de Gestão em Segurança do Alimento
(Food Safety Management System) applied to transport soybean and soybean meal
at Terminal Marítimo de Ponta da Madeira. The SGSA is conditio sine qua non to
follow all the requirements from the Standard GMP-B2 (Good Manufacturing
Practices) in the Port area and to ensure the quality of the all process, besides this,
it is mandatory to be authorized to unload and load the vessels.
First, a throughout bibliographic review from the subject was performed, definitions,
tools, scope and application, many of them from internal resources from VALE,
besides the whole reading and interpretation from the GMP – B2 Standard, last
update. After, a survey about the management system was realized to better identify
the highlitghts and potential opportunities improvements.
These data were analyzed and stratified according the different kind of subjects that
involves the food management, starting from the management analysis going
through documents analysis related to the operational and process aspects.
It was made a descriptive and exploratore research using the bibliographic review,
documental research and study of case.
To the study of case was realized a survey to the management system to better
identify the highlitghts and potential opportunities improvements applied mainly to
the manager of the system through an interview.
The results of this work were that most part of the system has a significant positive
distinction, but some suggestions to improve the system were made based on
observations found during the development of this work.

Keys words: Food Safety Management System; GMP-B2 (Good Manufacturing


Pratices);
9

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Classificação Geral das Cargas Marítimas....................................16


Figura 02 – Carregador de navios (Shiploader). ..............................................17
Figura 03 – Grab de 8,5 m³ (à esquerda) e de 10 m³ (à direita).......................18
Figura 04 – Navio de produção FPSO da Petrobrás. .......................................19
Figura 05 – Terminal de contêineres vazios......................................................20
Figura 06 – Elevação de mercadorias em caixotes de madeira. ....................21
Figura 07 – Distribuição de Granel Sólido por Porto em 2007........................24
Figura 08 – Movimentação de Granéis Sólidos de 2007................................24
Figura 09 – Vista aérea dos silos do TMPM......................................................25
Figura 10 – Árvore decisória...............................................................................40
Figura 11 – Organograma da Carga Geral/GANOG..........................................47
Figura 12 – Gráfico do diagnóstico do sistema de gestão do alimento........57
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Escopo da Aplicação do SGSA......................................................31


Tabela 02 – Tabela de Avaliação de Riscos.......................................................38
Tabela 03 – Diagnóstico das Responsabilidades da Alta direção. ................49
Tabela 04 – Diagnóstico do sistema de Gestão ...............................................50
Tabela 05 – Diagnóstico do controle de documentos .....................................50
Tabela 06 – Diagnóstico da aquisição................................................................51
Tabela 07 – Controle de Processos ...................................................................52
Tabela 08 - Ação Corretiva e Preventiva............................................................52
Tabela 09 – Controle de registros.......................................................................53
Tabela 10 – Auditorias Internas..........................................................................54
Tabela 11 – Treinamentos....................................................................................54
Tabela 12 – Identificação de Requisitos Legais................................................55
Tabela 13 – Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactos....................55
11

DEFINIÇÕES:

 BPF: Boas Práticas de Fabricação.


 PDV: Sigla holandesa para Productschap Dievoeder. Em inglês: Product Board
Animal Feed. Em Português: Conselho de Produto para Ração Animal. É o
organismo Holandês formado por representantes das associações de comércio
e sindicatos envolvidos na agricultura e produção industrial de materiais e
compostos de alimentação, comerciantes destes materiais e os fazendeiros
como usuários finais. Desenvolvem regulamentos da qualidade (como o
Standard GMP Animal Feed) para a cadeia alimentar visando o controle da
qualidade integral em todo o setor de produção animal.
 GMP: Good Manufacturing Practices (Boas Práticas de Fabricação).
 GMP+ B2: Norma desenvolvida pelo PDV que define critérios de segurança do
alimento para empresas produtoras, processadoras, comercializadoras, de
estocagem ou de transbordo de ingredientes para ração animal.
 APPCC: Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ou do inglês HACCP
(Hazard Analysis & Critical Control Points) – Sistema utilizado para garantir a
segurança do alimento, composto por um conjunto de sete princípios:
Identificação dos Perigos e medidas preventivas relacionadas; Identificação dos
Pontos Críticos de Controle (PCC’s); Limite Crítico para seu controle;
Monitorização do Limite Crítico; Caracterização das ações corretivas;
Verificação e Registros; e documentação.
 PCC: Ponto Crítico de Controle – Etapas do processo onde o risco de
contaminação do produto não pode ser evitado por Boas Práticas de Fabricação
e requerem um monitoramento rigoroso.
 TPPM: Terminal Marítimo de Ponta da Madeira
 GANOG: Gerência de Operação e Manutenção de Cargas Gerais.
 SAC: Solicitação de Ação Corretiva.
 SGSA: Sistema de Gestão em Segurança do Alimento;
 PGS: Procedimento de Gerenciamento de Sistema.
12

SUMÁRIO

São Luís..................................................................................................................1
2009.........................................................................................................................1
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................13
1.1 TIPOS DE CARGA...........................................................................................15
1.2 DEFINIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO..........................................................21
1.3 MOTIVAÇÃO....................................................................................................23
1.4 OBJETIVO........................................................................................................25
1.5 JUSTIFICATIVA................................................................................................26
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................28
2.1 SISTEMAS DE GESTÃO.................................................................................28
2.2 SISTEMA DE GESTÃO EM SEGURAÇA DO ALIMENTO..............................29
3 METODOLOGIA.................................................................................................43
3.1 UNIVERSO E AMOSTRA................................................................................44
3.2 COLETA E TRATAMENTO DE DADOS...........................................................44
3.3 SUJEITO DE PESQUISA.................................................................................44
3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO.............................................................................45
4 ESTUDO DE CASO............................................................................................45
4.1 SITUAÇÃO ATUAL...........................................................................................45
4.2 ANÁLISE DO ATUAL SISTEMA DE GESTÃO.................................................49
53
57
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.....................................................................57
5.1 DISCUSSÃO DO SISTEMA ATUAL.................................................................57
5.2 PONTOS FORTES DO SISTEMA ATUAL DE GESTÃO.................................58
5.3 OPORTUNIDADES DE MELHORIA DO SISTEMA ATUAL DE GESTÃO.......59
5.4 MELHORIAS PROPOSTAS.............................................................................60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................63
REFERÊNCIAS.....................................................................................................65
APENDICE A – Características dos granéis sólidos.......................................68
ANEXO A – QUESTIONÁRIO DE .......................................................................72
DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE GESTÃO.......................................................72
13

ANEXO B – PERIGOS E MEDIDAS DE CONTROLE POR ETAPAS DO


PROCESSO E ÁRVORE DECISÓRIA E IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS
CRÍTICOS DE CONTROLE ..................................................................................76
REFERÊNCIAS......................................................................................................63
APENDICE A – Caracteristicas dos granéis sólidos........................................66
ANEXO A – Operação e Manutenção.................................................................70
ANEXO B – Perigos e medidas de controle por etapas do processo e
Árvore decisória e identificação dos pontos críticos de controle..............74

1 INTRODUÇÃO

“O transporte aquaviário se caracteriza por utilizar rios, lagos e oceanos para


o deslocamento de pessoas e mercadorias dentro do mesmo país ou entre
diferentes nações”. (PESQUISA..., 2006). Pode ser dividido basicamente em dois
subsistemas de transportes: o fluvial, que utiliza os rios navegáveis, e o marítimo,
que abrange a circulação na costa atlântica.
O transporte marítimo, por sua vez responsável por maior movimentação,
divide-se em dois segmentos principais: a navegação de longo curso e a
navegação de cabotagem1. A navegação de cabotagem é destinada à realização de
viagens dentro da costa brasileira ou entre países vizinhos, enquanto o segmento
de navegação de longo curso diz respeito a rotas internacionais normalmente de
longa distância. Segundo Jorge Couto, Francisco Viana e Luís Walter Filho (2008)
os portos marítimos são os terminais correspondentes, onde ocorre a maioria dos
processos administrativos, operacionais e fiscalização destas atividades.
Analisar os aspectos relacionados à infra–estrutura portuária do país,
identificar os gargalos existentes no sistema e apontar possíveis soluções é
1
Navegação ao longo da costa, geralmente ligando portos de um mesmo país ou de países vizinhos
(quando é chamada de grande cabotagem).: Fonte:Pesquisa aquaviária CNT 2006
14

imprescindível para o crescimento econômico do país, daí a importância das


operações dos portos marítimos e dos transportes que ocorrem nestes
(PESQUISA..., 2006).
A atividade produtiva tem passado por importantes mudanças nos últimos
anos, e o mundo globalizado exige a criação de sistemas logísticos capazes de
colocar insumos e componentes diretamente nos locais de produção, observando
os critérios de qualidade, fluxos e prazos determinados. Em conseqüência,
percebe-se cada vez mais a importância da reestruturação da matriz de transporte
brasileira, de forma que a produção, tanto industrial como agrícola, possa atingir de
forma eficiente uma abrangência nacional.
Neste novo cenário, os portos deixaram de ser apenas locais onde se
realizavam a movimentação, o armazenamento e o transbordo de cargas,
representando hoje um elo fundamental na reestruturação da matriz de transporte,
colaborando significativamente para a elevação da competitividade das empresas e
o aumento das exportações do país (FARIA, 2006).
O Brasil tem uma faixa costeira de mais de 8.000 km de extensão e 50.000
km de rios navegáveis. Dessa forma, percebe – se a importância do setor portuário,
responsável por aproximadamente todo o comércio internacional brasileiro (cerca
de 90%), movimentando recursos de aproximadamente US$ 100 bilhões por ano.
(GÓES FILHO, 2008; ASSIS, 2008).

Com isso, investimentos em modernização tecnológica são fundamentais


para possibilitar uma maior agilidade operacional, assim como a implantação de
uma boa logística portuária. Portanto, o objetivo dos portos é proporcionar a infra-
estrutura necessária para o escoamento de produtos, atendendo às reais
necessidades dos importadores e exportadores (CODEBA, 2008).

Os processos de carga e descarga dos navios geralmente são realizados por


diversos equipamentos portuários, e sua escolha depende do tipo de material ou da
eficiência requerida no escoamento dos produtos. Essa escolha é importante
porque a limitação dos equipamentos portuários utilizados para a movimentação de
carga é um fator decisivo para aumentar o tempo de permanência dos navios nos
portos.

Os portos brasileiros vêm passando por melhorias que incluem, entre outros
fatores, operação privada e modernização de equipamentos e de procedimentos,
15

resultando em aumento de produtividade e redução de custos. Neto (2006) afirma


que os principais portos brasileiros apresentam, atualmente, desempenho
incomparavelmente melhor que o de poucos anos atrás, com tendência a melhorias
mais profundas nos próximos anos.

“A operação portuária pode ser definida como o conjunto de todas as


operações necessárias para realizar a passagem da mercadoria desde o transporte
marítimo até o transporte terrestre e vice-versa.” (FERREIRA, 1986). Ela pode ser
dividida em dois grandes assuntos: operação principal, que consiste no movimento
próprio da mercadoria (carga, descarga, armazenagem e liberação perante a
receita federal); e algumas operações complementares, que são a identificação da
mercadoria, os despachos aduaneiros, o reconhecimento de avarias e os sistemas
de informação, entre outros.

1.1 TIPOS DE CARGA

Quanto ao tipo de carga, as mercadorias transportadas por via marítima são


classificadas basicamente em carga geral e granel. A carga geral subdividide – se
em fracionada, unitizada (palltes e contêineres) e especiais, enquanto os granéis
se dividem em granéis sólidos, líquídos e neogranéis. Estes por suas
características físicas seriam classificadas como carga geral, no entanto, no caso
de embarque em grandes lotes homogêneos, apresentam características similares
aos granéis do ponto de vista do transporte marítimo. (ASSIS, 2008). A figura 01 a
seguir mostra uma classificação dos tipos de carga.
16

Figura 01 - Classificação Geral das Cargas Marítimas.


Fonte: Adaptado de Assis, 2008.

A seguir, encontra-se um detalhamento das principais características dos


granéis e carga geral, e como geralmente ocorrem suas operações.

1.1.1 Granéis

Os granéis podem ser sólidos (minério de ferro, carvão, grãos, rocha


fosfática, bauxita, alumina entre outros) ou líquidos (óleo bruto e derivados de
petróleo, principalmente).

• Granéis Sólidos

O conceito de granéis sólidos engloba todos aqueles produtos que são


transportados de forma homogênea como material solto e que pode ser manipulado
de forma contínua. A densidade do material condiciona os volumes de transporte e
manipulação.
Nas operações de granéis sólidos tem-se, em geral, como equipamento para
movimentação o transportador de correia, que é o elemento básico da composição
da maioria dos sistemas. Sua alimentação pode ser efetuada por meio de silo de
armazenamento ou meios mecânicos.
17

Segundo Silva, A., (2007) os tipos de carregadores que alimentam os granéis


sólidos podem ser: ponto fixo, em que a instalação permanece fixa e o navio se
move; carregador móvel, no qual a instalação se move no cais para efetuar o
carregamento nos porões do navio, que fica parado; e carregador de setor, cuja
instalação pivota sobre um ponto deslizando sobre uma estrutura circular. Veja na
figura 02 a seguir um carregador móvel.

Figura 02 – Carregador de navios (Shiploader).


Fonte: AUTOR, 2008.

Na descarga utilizam-se os equipamentos sugadores (continuidade na


alimentação, nula produção de pó e emprego de elementos flexíveis), como os
elevadores mecânicos (menor flexibilidade e maior ocupação do cais).
Nesses últimos, os processos de carga e descarga dos navios são
realizados por uma estrutura principal (guindaste - padrão para todas as operações)
que se acopla a um equipamento que permite fazer a interface entre a carga que
será transportada e o sistema de movimentação.
Dentre os equipamentos portuários presentes nos portos, os grabs podem
ser destacados no transporte de produtos a granel. Eles apresentam as mais
variadas formas e dimensões o que está diretamente ligado à sua capacidade de
carga e ao tipo de produto transportado.
18

Figura 03 – Grab de 8,5 m³ (à esquerda) e de 10 m³ (à direita).


Fonte: IMMEC, 2008.

• Granéis Líquidos

Entre todas as cargas existentes, os granéis líquidos são as que


apresentam a maior facilidade de operação portuária, já que podem
ser movimentados através de mangotes flexíveis e bombas (que
podem ser dos próprios navios), podendo a movimentação ser
realizada em locais desabrigados. (GÓES FILHO, 2008)
As características básicas relativas à movimentação de granéis sólidos
também podem ser encontradas nos granéis líquidos. Ainda segundo Silva, A.,
(2007) estas operações do ponto de vista da natureza do produto podem ser
classificadas como:
• Ordinárias, que são os produtos líquidos não combustíveis nem tóxicos,
como água, vinho, azeite, etc.
• Produtos petrolíferos, que são o óleo bruto e seus derivados.
• Gases liquefeitos, que são o gás natural, proveniente da destilação do
petróleo (metano, propano, etc.) e produtos químicos (metanol, ácidos,
etc.).
Os terminais de produtos petrolíferos estão condicionados a uma série de
variáveis que requer um tratamento especial das instalações, como por exemplo, as
dimensões dos navios e condições meteorológicas e oceanográficas, para evitar o
risco de poluição e acidentes. “A maior responsável pela movimentação dos granéis
líquidos nos portos brasileiros é a Petrobras” (BARBOSA, 2007). O petróleo é a
carga a mais movimentada do mundo e sua movimentação no ano de 2006
19

alcançou o montante a 2,67 bilhões de toneladas (GÓES FILHO, 2008 apud


UNCTAD, 2007).

Figura 04 – Navio de produção FPSO da Petrobrás.


Fonte: BARBOSA, 2007.

Os tipos de atracações dos navios nas operações de granéis líquidos são:


plataforma com pontos fixos de atracação; torre fixa de atracação; e bóia de
amarre.
As instalações de carga e descarga são feitas através de braços de carga e
descarga, tubulações e bombas (PORTOS..., 2006, ed. 543).

1.1.2 Carga Geral

A carga geral é, usualmente, embarcada em pequenas quantidades,


embalada ou unitizada de alguma forma. Nos dias de hoje, a maior parte da carga
geral é movimentada em contêineres.

• Cargas Unitizadas

A carga geral é constituída por volumes e pesos inteiramente distintos entre


si. Sua movimentação, após a introdução dos contêineres, vem apresentando um
desenvolvimento extraordinário pelas vantagens que esses proporcionam,
ocupando, atualmente, papel majoritário no transporte da carga geral. (GÓES
FILHO, 2008)
20

As operações de cargas unitizadas podem ser feitas por elevação (lift/on –


lift/off), por rolamento (roll on – roll off) ou por flutuação.
As operações por elevação são as típicas dos contêineres que possuem
dimensões padronizadas internacionalmente, assim como os equipamentos
portuários responsáveis pela sua movimentação. A figura 05 mostra um pátio de
armazenagem de contêineres vazios.

Figura 05 – Terminal de contêineres vazios.


Fonte: AUTOR, 2007.

Nas operações por rolamento, a carga apresenta movimento horizontal e sua


movimentação é feita por automóveis ou contêineres sob chassis. A carga e
descarga por rolamento caracterizam-se pela localização das rampas de acesso do
navio ao cais por: rampa na popa, rampa na proa, rampa lateral e rampa diagonal.
As operações por flutuação são realizadas por tipos especiais de barcaças
como Seebee ou Lash (PORTOS..., 2007, ed. 557).

• Carga Geral fracionada

O Segmento de carga geral fracionada é o que se conhece como carga


geral convencional. A carga geral convencional apresenta uma situação bem
distinta dos granéis e da carga unitizada, tanto em relação às características dos
produtos, como em relação à logística exigida para sua movimentação. “Ela sempre
21

existirá numa proporção de cerca de 5 % do total das cargas secas”. ( GÓES FILHO,
2008; ASSIS, 2008).

As operações de carga geral abrangem um escopo grande de produtos,


manuseados e transportados sob diversas formas, incluindo todas aquelas
operações que se realizam em cais geral, com equipamentos portuários universais.
Elas podem ser divididas em três fases: operação a bordo; operação carga (terra
/navio) e descarga (navio/terra); e operação em terra (armazenagem, transporte e
liberação de cargas).
Os meios normalmente utilizados para a passagem da mercadoria dos
porões dos navios para o cais e vice-versa são de elevação. A figura 06 a seguir
mostra um exemplo de elevação de carga.

Figura 06 – Elevação de mercadorias em caixotes de madeira.


Fonte: CODEBA, 2006.
De acordo com Portos..., (2007, ed. 557) alguns exemplos de carga geral
fracionada são: produtos agrícolas em sacarias; frutas e carnes transportadas em
porões refrigerados; bobinas de aço ou papel; pallet transportando mercadorias de
diferentes origens e proprietários. Em decorrência desta variedade de produtos,
formas e embalagens, o segmento de carga geral é o que mais tem incorporado
mudanças tecnológicas no manuseio e transporte de produtos.

1.2 DEFINIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

A VALE é atualmente a maior companhia de mineração diversificada das


Américas, além de ser, em nível mundial, a maior exportadora de minério de ferro e
22

pelotas, a segunda maior produtora de manganês e a terceira maior produtora de


ferro - liga de manganês. No Brasil, a VALE se figura como a maior exportadora de
alumínio e, além disso, produz alumina, bauxita, caulim, ouro, potássio e cobre.
(MANUAL DO..., 2008).
Sua malha ferroviária é a mais extensa do Brasil – 10 mil Km de linhas – um
caminho para receitas expressivas através do transporte de minérios, aço, soja,
contêineres e cada vez mais produtos, com um crescimento estimulado por
soluções logísticas de ponta. (VALE, 2008)
Para garantia do seu crescimento contínuo, ela desenvolve e implementa
projetos de logística nos segmentos de maior importância da economia brasileira,
que representam 40% do PIB – Produto Interno Bruto e cerca de 28% do mercado
total de logística do País. (VALE, 2008)
A VALE administra pátios, armazéns, terminais marítimos e complexos
portuários no Maranhão, Sergipe, Pará, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de
Janeiro, pelos quais passa boa parte da exportação brasileira.

No Maranhão está concentrado o escoamento de minério de ferro produzido


no Pará. O embarque de carga é realizado no Porto de Itaquí através do Terminal
Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, composto de três píeres: Píer I, Píer II
e Píer III, com capacidade atual para 84 milhões toneladas por ano. (VALE, 2008)

Pelo Terminal Portuário de Ponta da Madeira além do minério de ferro,


pelotas e manganês, pode ser recebidos, armazenados e embarcados soja, farelo
de soja, concentrado de cobre e gusa.

Os grãos vêm principalmente do Sul do Maranhão, parte do Piauí, Tocantins


e Bahia e o ferro-gusa, são oriundos das usinas, atualmente localizadas ao longo
da Estrada de Ferro Carajás nos estados do Maranhão e Pará. O píer II é o
responsável pelo embarque da soja em grãos, farelo de soja e gusa.

• Píer II

Localizado na Baía de São Marcos, dentro do Complexo Portuário do Itaqui,


arrendado pela VALE junto à Empresa Maranhense de Administração Portuária
(EMAP), que administra o Porto, o Píer II é uma instalação portuária de uso
23

privativo misto dentro da área do Porto Organizado, situado ao sul de Ponta da


Madeira. (VALE, 2008)

O Píer II recebe em média quatro a cinco navios (panamax de 60 mil TPB


em média) por mês, no período de março a setembro, onde são embarcados soja e
farelo de soja para exportação (MANUAL DO..., 2008).

Seu berço de atracação de 280 metros de comprimento e profundidade de


18m, projetado para operar navios até 155.000 TPB é constituído de uma
plataforma de concreto armado com 24,8m de largura, suportada por estacas de
concreto armado onde está instalada a via de rolamento do carregador de
navios. Possui ainda, um dolfin (ponto de amarração da corda do navio) ao norte, a
uma distância de 26m da plataforma e recuado em relação à linha de atracação.

1.3 MOTIVAÇÃO

De acordo com Jorge Pinto, Rodrigo Vasconcelos e Rodrigo Duhau (2008),


em 2007 os portos e terminais brasileiros movimentaram 442.635.919 toneladas de
granéis sólidos. Três portos se destacam e lideram o ranking bem a frente dos
demais : Tubarão (ES), Itaqui (MA) e Itaguaí (RJ).
O porto capixaba movimentou em 2007 mais de 99 milhões de toneladas de
granéis sólidos, o equivalente a 22,4 % do total. Pouco atrás do lider do ranking
ficou o porto maranhense, com 93,9 milhões de toneladas das movimentadas ou
21,2 % do total.Os dados estão bem representados na figura 07 a seguir.
24

Figura 07 – Distribuição de Granel Sólido por Porto em 2007.


Fonte: PESQUISA..., 2006.

‘‘Em 2007 na movimentação de ganéis sólidos, os Terminais de Uso Privativo


(TUPs) tiveram a maior participação sobre o total, com 68,66 contra 31,34 % dos
portos organizados.’’(JORGE PINTO, RODRIGO VASCONCELOS e RODRIGO
DUHAU, 2008) .Ver figura 08 abaixo.

Figura 08 – Movimentação de Granéis Sólidos de 2007.


Fonte : PESQUISA, 2006.

De toda a movimentação do terminal privativo de Ponta da Madeira, a soja e


farelo de soja representam uma movimentação atual de 2,0 (dois) milhões de
toneladas/ano, possui sistema de carregamento com vazão de 1.500
toneladas/hora (t/h) em média e vazão máxima de 3.500 t/h, enquadrados como um
dos terminais que mais movimentam esse tipo de material. Possui ainda,
25

exclusivamente para a movimentação de soja e farelo, seis silos de estocagem e


um silo pulmão, totalizando uma capacidade de armazenamento de 187.000 ton.,
conforme figura 09 abaixo. (MANUAL DO..., 2008).
.

Figura 09 – Vista aérea dos silos do TMPM


Fonte: MANUAL DO..., 2008.

O Farelo de soja mais comumente transportado até o Terminal Marítimo de


Ponta da Madeira e conseqüentemente manuseado por este é do tipo Farelo Pellet,
não isentando a possibilidade do manuseio do tipo HIPRO.
Embora soja e farelo sejam granéis sólidos (ver APÊNDICE A) como visto
na introdução desse estudo, a gerência responsável por toda a movimentação da
soja e farelo de soja, é conhecida no TMPM – Terminal Portuário de Ponta da
Madeira como GANOG – Gerência de Operação e Manutenção da Carga Geral e
daqui em diante será citada nesse estudo com esse significado. A GANOG não
realiza inspeção de produto no recebimento do farelo. Existe um acordo que todo
farelo enviado pelo cliente e transportado pelas carretas é recebido pelo Terminal
sem análise prévia. (MANUAL DO..., 2008)

1.4 OBJETIVO
26

1.4.1 Objetivo Geral

É reconhecida a grandiosidade do TMPM no cenário portuário brasileiro e


sua importância sócio-econômica não só para a região, mas para o país inteiro.
Além disso, destaca-se sua importância específica na exportação de soja e farelo,
sendo o mesmo um importante ponto de escoamento de parte da produção
brasileira desses gêneros.
Este trabalho estuda o sistema de gestão de segurança do alimento e visa
identificar todas as variáveis envolvidas que ocasionam ou possam vir a ocasionar
problemas na qualidade dos produtos desse sistema, e propõe um estudo daqueles
parâmetros que impactam no controle das variáveis.

1.4.2 Objetivos Específicos

Especificamente, as metas desse trabalho são:

- Realizar um estudo do Terminal de Carga Geral, aprofundando o


entendimento do processo de movimentação ao qual o material é submetido;
- Avaliar os planos APPCC e verificar sua avaliação de risco, para os modais
rodoviários e ferroviários para transporte de soja e farelo de soja;
- Analisar as BPF – Boas Práticas de Fabricação do sistema;
- Identificar o cumprimento da Norma GMP – B2 (Good Manufacturing
Practices) mais atualizada;
- Estudar a aplicação dos métodos de amostragem conforme determina a
ANEC – Agência Nacional dos Exportadores de Cereais;
- Verificar o controle documentacional do SGSA – Sistema de Gestão em
Segurança do Alimento;

1.5 JUSTIFICATIVA
27

O SGSA – Sistema de Gestão em Segurança do Alimento foi originado na


Holanda como veremos adiante, com intuito de controlar a qualidade dos materiais
desde sua produção até o destino final, para garantir sua segurança durante toda a
sua movimentação. (MANUAL DO..., 2008).
A movimentação de produtos alimentícios requer determinados
procedimentos (manipulação, amostragem e classificação) necessários na
elaboração dos relatórios de qualidade e obtenção da certificação, sem a qual os
produtos não podem ser exportados e/ou importados.
Esse estudo revela, portanto, uma preocupação com o desenvolvimento de
informações relativas ao GMP e constitui um instrumento de consulta indispensável
não somente aos profissionais de SGSA a respeito de informações relevantes
relativas ao processo da certificação GMP+ B2, como também àquelas áreas que
dependem desta norma, neste caso específico, aplicado ao transporte de grãos e
derivados em instalações portuárias.
28

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 SISTEMAS DE GESTÃO

A preocupação com a gestão, e o desenvolvimento de seu controle tem sido


intensificada ao longo dos anos, e cada vez mais ocorre mudanças significativas no
processo de controle. No contexto atual de competitividade, com normas de
segurança e meio ambientes cada vez mais reguladoras, a qualidade não se refere
mais à qualidade de um produto ou serviço em particular, mas sim à qualidade do
processo como todo, abrangendo tudo o que ocorre na empresa (sistema), e definir
e cumprir o processo de gestão de forma correta é essencial para garantia de sua
sobrevivência (CANO, 2006).
Estabelecidos os valores, a missão, a visão, as estratégias de atuação, entre
outros, passos já bastante conhecidos, quase tradicionais, a questão é como
gerenciar os recursos da organização para alcançar novos objetivos. Entender o
processo de gestão vai muito além de estabelecer valores, missão, visão de futuro
e estratégias de atuação. O processo de gestão envolve planejamento, execução,
controle e ações corretivas; ele direciona as pessoas e os recursos para agregar
valor aos produtos e serviços, para obter resultados.

‘’ Alguns elementos são, na verdade, parte deste processo, mas


merecem destaque, pois é exatamente no processo de gestão que
as "fórmulas" se esgotam. O gerente enlouquece diante da oferta
de abordagens e da diversidade de variáveis que demandam sua
atenção. Harmonizar e ao mesmo tempo estar atento a estas
variáveis, mostram a extensão do desafio a cumprir. ’’ (MATOS,
2006).
29

Como não é o foco deste trabalho descrever todos os sistemas de gestão, os


principais modelos serão somente citados, logo abaixo : (SILVA, P., 2008)

 Modelo ISO 9001:2000;


 Método PDCA;
 Modelo TQC – Controle da Qualidade Total no Estilo Japonês;
 Sistema Toyota de Produção;
 Manutenção Produtiva Total (TPM);
 Modelo Seis Sigma;
 Modelo de Excelência de Gestão – PNQ;

2.2 SISTEMA DE GESTÃO EM SEGURAÇA DO ALIMENTO

2.2.1 Histórico

Por questões geográficas, situada abaixo do nível do mar, a Holanda sempre


desafiou a natureza para garantir sua existência. Como dizem os próprios
holandeses, ‘’ Deus criou o mundo e os holandeses a Holanda’’. Dentre as várias
medidas adotadas ao longo dos anos, grandes construções de diques secos para
fazer cultivo, criações de monumentais obras de engenharia para evitar a invasão
das correntes marítimas, são alguns exemplos clássicos.
Dessa forma o comercio exterior da Holanda sempre foi estratégico, o que
torna o país potencial mundial no comércio marítimo, uma vez que este tipo de
movimentação logística representa sua sobrevivência. Isso é notável ao constatar
que a Holanda é referência em tecnologias de navegação e dragagem e possui um
dos portos mais importantes do mundo moderno, o Porto de Roterdam, que
funciona como uma espécie de centro de distribuição para o país, e também para
toda a Europa.
Em se tratando de alimentos, visto que suas condições de plantio e cultivo de
alimentos sempre foram muito restritas, a Holanda é um potencial importador,
mas por questões de saúde pública, contaminação de navios e devassadoras
conseqüências da falta de controle de qualidade como a doença da vaca louca,
30

por exemplo, foi desenvolvido na Holanda pelas associações de comércio e


sindicatos envolvidos na agricultura e produção industrial de materiais e
compostos de alimentação, comerciantes, fazendeiros e até usuários finais,
regulamentos da qualidade para a cadeia alimentar visando o controle da
qualidade integral em todo o setor de produção animal, que atualmente são
requisitos de certificação para comércio internacional de alimentos, sem os
quais não se pode realizar exportação/ importação. (APRMT, 2009)
O transporte de alimentos é governado por regulamentações do sistema de
controle de qualidade de Boas Práticas de Fabricação, chamado GMP+, que é um
sistema de garantia de qualidade que incorpora os princípios do sistema de Análise
de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). As firmas certificadas são
inspecionadas por organismos independentes e qualquer uma que falhe em se
adequar aos requerimentos pode perder sua certificação, sendo que a grande
maioria das firmas certificadas para o esquema GMP+, é da Holanda. Em 2004, por
exemplo, treze certificados GMP+ foram suspensos, com três retirados
permanentemente, na indústria de transporte da Holanda e da Alemanha. (APRMT,
2009)

2.2.2 Estrutura do sistema de gestão

O Sistema de Gestão em Segurança do Alimento está baseado na norma do


PDV Quality Control of Feed Materials for Animal Feed, GMP+ B2: Quality Control
of Feed Materials, versão 28-03-2008 e seus anexos aplicáveis ao escopo de
prestação de serviços da GANOG. O ‘’ manual de qualidade’’ (PGS – 00001/
Procedimento Gerencial de Sistema da VALE) referência documentos e estabelece
a forma como o sistema de gestão está estruturado.

As seguintes informações complementam o escopo de aplicação do sistema


de gestão em segurança do alimento, na tabela 01 a seguir:
31

Tabela 01 – Escopo da Aplicação do SGSA


Fonte: Adaptado do Manual do..., 2008.
Aspecto Descrição
 O terminal recebe insumos não processados (grãos de soja) e
farelo de soja;
Posição do
 Os produtos são descarregados, armazenados em locais próprios
terminal na cadeia
ou de terceiros e transportados para embarque marítimo;
do agronegócio
 Esses produtos são destinados a diferentes mercados para
processamento ou uso diversos, como ração animal.
 O terminal possui 01 armazém horizontal, 01 silo pulmão e 05 silos
verticais;
Armazéns  Os silos 01, 05 e pulmão são propriedades da VALE;
 O Armazém 02 e o Silo 06 são propriedades da Bunge;
 Os silos 03 e 04 são propriedades da Cargill.
Tombador de  O terminal possui dois tombadores de caminhão de propriedade
caminhão da Cargill e da Bunge.

Moega  O terminal possui duas moegas para descarregamento ferroviário.

‘’O Sistema de Gestão de Segurança do Alimento do TMPM –


Terminal Marítimo de Ponta da Madeira está estruturado na
implantação das BPF e a utilização da ferramenta APPCC, junto à
conscientização e participação de todos os envolvidos com o
processo. Para isto conta com uma estrutura de controle de
documentação, capacitação, treinamento e verificação periódica da
implementação do sistema”. (MANUAL DO..., 2008)

O conceito de APPCC se aplica a todos os estágios da cadeia de produção


do alimento, desde a geração da matéria prima (plantio, cultivo, colheita, criação
animal, etc.), ao processamento, fabricação, distribuição, comercialização e preparo
para consumo.
A situação do TPPM dentro da cadeia da soja é de desempenhar um papel
de armazenagem intermediária e serviços portuários para exportação, os quais
serão em seguida processados em indústrias de fabricação de ração animal (farelo
de soja) ou extração de óleo (soja).
A VALE não processa os produtos em momento nenhum, prestando só o
serviço de logística e armazenagem, sendo assim, a empresa se isenta da
qualidade intrínseca e própria dos produtos, no que se refere a tipo, qualidade
biológica e/ou química, física e/ou outras.
32

Na garantia das condições adequadas de controle dos perigos de


contaminação devidos à prestação de seus serviços, conforme o cumprimento do
regulamentado do Manual de Qualiadade, a VALE entende: não ser responsável
por realizar testes de qualidade nos produtos (sejam estes finais, experimentais, de
amostra, de tipo, de características biológica, química, microbiológica, física ou
outros).

2.2.3 Gestão do plano de APPCC

2.2.3.1 Reunião da Equipe de APPCC

A Equipe de APPCC, juntamente com o Coordenador de Equipe de APPCC,


discute, analisa e define as formas de adequação para as BPF. Nas reuniões de
equipe são reunidos artigos, livros, trabalhos, especificações de materiais,
históricos e levantamentos de contaminações ocorridas anteriormente com
produtos em questão, legislações nacionais e internacionais vigentes relacionados
com conceitos de APPCC, microbiologia e tecnologia de alimentos.
Todas as reuniões da Equipe de APPCC são formalizadas através das Atas
de reunião da equipe. Em cada reunião é abordado um princípio da APPCC para
que sejam realizadas as análises e definidas todas as formas de Controle e
monitoramento dos PCC’s. Nas reuniões, também são discutidas as ações
corretivas resultantes das auditorias internas e outros assuntos de APPCC.
A equipe de APPCC reuni-se periodicamente para discutir e avaliar os
seguintes itens:

 Eficácia dos treinamentos realizados e necessidades de novos treinamentos;

 Avaliação e acompanhamento de validade da Qualificação dos Prestadores de


Serviços (Lista de Qualificação);

 Verificar necessidade de modificações no processo, suas implicâncias no plano


e na documentação;

 Verificar a adequação da documentação do Sistema de Gestão em Segurança


do Alimento;

 Avaliar a existência de novas legislações, e, conforme apropriado, o impacto no


Sistema de Gestão em Segurança do Alimento;
33

 Programar as verificações do Sistema de APPCC (auditoria interna);

 Análise crítica dos resultados da verificação do Sistema de APPCC;

 Acompanhamento e verificação dos PCC de produto e seus respectivos


registros;

 Definição e acompanhamento de solicitação de ação corretiva (SAC);

 Verificação e acompanhamento de ação corretiva e preventiva;

 Verificar atualização da norma do PDV através de newsletters e visitas a


homepage do órgão.

2.2.4 Comunicação e Atualização

2.2.4.1 Atualização do Sistema de Gestão em Segurança do Alimento

O Manual de Qualidade , assim como todo e qualquer documento


relacionado, é mantido atualizado quando qualquer aspecto abaixo seja alterado:

 Alterações na Norma do PDV, GMP+ B2 ou seus anexos;

 Modificações no fluxograma do processo;

 Modificação de produto;

 Alterações no escopo das atividades do Terminal Portuário de Ponta da


Madeira, como inclusão de novos produtos.

Pelo menos, uma vez a cada dois anos, o manual do Sistema de Segurança
do Alimento e o Plano de APPCC devem ser atualizados. (MANUAL DO...,2008)

2.2.4.2 Comunicação com o cliente

A área Comercial de Logística, através da GACNA – Gerência de


Atendimento a Clientes Norte, situada no complexo do Terminal Portuário de Ponta
da Madeira comunica seu cliente de qualquer descarga ou embarque de produto
não-conforme, ou que esteja fora de suas especificações e requisitos. Os clientes e
partes interessadas são comunicados sobre o escopo de certificação do Terminal
34

Portuário de Ponta da Madeira através de comunicações simples e/ou envio de


cópia do certificado.

2.2.5 Boas Práticas de Fabricação

As Boas Práticas de Fabricação são uma série de conceitos e normas que


estabelecem diretrizes de medidas preventivas, que seguidas corretamente
protegem e eliminam os perigos de contaminações nocivas ao produto alimentício.
Estes perigos podem ser os seguintes:

2.2.5.1 Perigo Biológico

Incluem os microorganismos patogênicos como, por exemplo, bactérias,


fungos, vírus e parasitas (microrganismos patogênicos ou produtores de toxinas,
ex. Salmonela). Quanto à severidade das contaminações pelos perigos biológicos
elas podem ser:
Alta – São as resultantes de contaminações por microorganismos ou suas
toxinas com quadro clínico muito grave. Exemplos: toxinas de Clostridium
botulinum, Salmonella typhi, Shigella dysenteriae, Vibrio cholerae O1, Brucella
melitensis, Clostridium perfringes tipo C, Vírus da hepatite, Listeria monocytogenes
(em alguns pacientes), Taenia solium (em alguns casos).
Média –São as patologias resultantes da contaminação por microorganismos
de patogenicidade moderada, mas com possibilidade de disseminação extensa.
Exemplos: Escherichia coli enteropatogênica, Salmonella spp, Shigella spp,
Streptococcus hemolítico, Vibrio parahaemolyticus.
Baixa – Patologias resultantes da contaminação por microorganismos de
patogenicidade moderada e com disseminação restrita. Exemplos: Bacillus cereus,
Clostridium perfringes tipo A, toxina do Staphylococcus aureus, maioria dos
parasitas, histamina e outros.

2.2.5.2 Perigo Químico

Associado a compostos químicos e/ou substâncias tóxicas que podem ser


resíduos inorgânicos ou orgânicos (como venenos, fertilizantes, pesticidas). Quanto
à severidade das contaminações elas podem ser:
35

Alta – Contaminações diretas e grosseiras dos alimentos por substâncias


químicas proibidas ou certos metais, como o mercúrio, ou aditivos químicos
colocados em níveis excedidos ou acidentalmente adicionados que podem
provocar casos de alergias severas ou intoxicações que podem causar dano a
determinadas classes de consumidores.
Baixa – A contaminação pode ser de ocorrência natural nos alimentos
(derivados de plantas, animais e microrganismos), ou substâncias químicas
permitidas no alimento que podem causar reações moderadas, como alergias leves
e passageiras.

2.2.5.3 Perigo Físico

Objetos estranhos nocivos à saúde do consumidor (vidro, pedra, madeira,


plástico, metais, entre outros) que podem causar enfermidades ou lesões ao
consumidor. A severidade das contaminações pode ser:

Alta – Representados por objetos que podem causar danos ou causar


injúrias, como pedras, vidros, agulhas, metais e objetos pontiagudos ou
cortantes, podendo constituir risco de morte.

Baixa – Representados por objetos estranhos que normalmente não


causam diretamente injúrias ou danos à integridade física do consumidor,
como sujeiras, fragmentos biológicos etc.; que podem, porém causar o
choque emocional ou danos psicológicos, quando presentes no alimento.
As BPF devem assegurar que os envolvidos conheçam, entendam e
cumpram as normas estabelecidas para alcançar a higiene e segurança tanto de
pessoal como de processo, e condições adequadas no processamento para
conservar o produto em suas principais características de consumo ou de um
próximo processamento.
A GANOG possui procedimentos específicos para implementar e manter as
Boas Práticas de Fabricação, compondo o Manual de Boas Práticas de Fabricação
do terminal de grãos.
36

2.2.6 Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle-APPCC

O processo de desenvolvimento do sistema de APPCC – Análise dos


Perigos e Pontos Críticos de Controle – envolve princípios básicos para sua
estruturação do estudo até sua correta implantação.
Estes princípios tratam de estudos sistemáticos do produto em si, as
condições de processo, manuseio, armazenagem, distribuição e a forma de
utilização do produto no cliente. Cada princípio realizado de APPCC deve ser
validado em reunião com a equipe e evidenciado através das atas de reunião. A
partir dessas informações, são determinados os Pontos Críticos de Controle no
processo (no caso, no Terminal Portuário de Ponta da Madeira) que são
monitorados e controlados para garantir a segurança do produto.

2.2.6.1 Etapas preliminares à implementação da APPCC

As etapas preliminares são dividas em três partes da seguinte forma:

• Equipe de APPCC

Essa equipe multidisciplinar tem a responsabilidade de levantar todos os


dados de processo de cada produto (Soja em Grãos e Farelo de Soja)
movimentado pelo Terminal Portuário de Ponta da Madeira na área de Carga Geral,
realizando o estudo de cada linha e a efetiva implantação do sistema de controle e
monitoramento dos Pontos Críticos de Controle determinados pela análise. Todas
as análises, documentos utilizados pela equipe são reunidas e organizadas em
uma pasta como evidência do estudo realizado e se encontra em poder do
Coordenador/Líder de APPCC.
O resultado da análise da equipe é o Plano de APPCC que descreve a
identificação dos perigos em potenciais, avaliação do risco, medidas de controle,
determinação de pontos críticos, monitoramento dos PCC e ações corretivas em
caso de desvio.
37

• Descrição do Produto

Todo produto armazenado e movimentado pelo Terminal Portuário de Ponta


da Madeira na área de Carga Geral é descrito em uma especificação de produto,
elaborada pela equipe de APPCC. A especificação do produto tem a finalidade de
levantar as características principais do produto como:

 Descrição genérica;

 Características físicas, químicas e tolerâncias;

 Possíveis contaminantes de acordo com o Anexo 01, quando aplicável;

 Etapas precedentes ao processo do Terminal Portuário de Ponta da


Madeira na GANOG;

 Etapas posteriores ao processo do Terminal Portuário de Ponta da Madeira


na GANOG;

 Condições de Armazenagem e Transporte;

 Uso pretendido pelo comprador;

 Legislações e Regulamentações aplicáveis.

Com estes dados é possível definir os perigos relacionados ao produto para


a realização do estudo. Nesta avaliação a equipe deve considerar sempre a pior
condição de uso do produto para que o estudo ofereça a melhor segurança em
relação aos controles preventivos que são estabelecidos.

A especificação é formalmente validada e aprovada na Reunião da Equipe


de APPCC, e registrada em ata de reunião.

• Descrição do Processo

Com a elaboração do fluxograma do processo temos informações claras e


simples de todas as etapas envolvidas no processo sob controle direto do Terminal
Portuário de Ponta da Madeira.
Os fluxogramas são validados e aprovados pela Equipe de APPCC. A
validação do fluxograma é realizada in loco (no local de processo) e evidenciada
através de seu registro em Ata de Reunião da Equipe de APPCC.
38

As etapas dos processos anteriores e posteriores ao Terminal Portuário de


Ponta da Madeira na GANOG estão indicadas na Descrição do Produto.

2.2.6.2 Princípios de APPCC

• Princípio 1 – Identificação e Análise do Perigo

A equipe deve identificar cada perigo de contaminação (químico, físico e


biológico) que o produto possa sofrer em cada etapa durante o processo no
Terminal Portuário de Ponta da Madeira. Essa identificação deve considerar os
aspectos de descrição do produto e do processo. A identificação dos perigos deve
ser realizada para cada produto.
Para a identificação dos perigos, a equipe de APPCC deve considerar:

 Os perigos das etapas anteriores, considerando também os perigos


potencialmente oriundos de outros terminais e armazéns;

 Os perigos com probabilidade de serem “adicionados” pelas atividades


realizadas dentro do Terminal Portuário de Ponta da Madeira na GANOG.

Uma vez identificados os perigos, a equipe deve avaliar o risco que este
perigo pode oferecer ao produto. Este risco é avaliado segundo seu grau de
severidade associado à probabilidade de ocorrência. Para avaliação do risco utiliza-
se a tabela 02 a seguir, que correlaciona severidade e probabilidade.

Tabela 02 – Tabela de Avaliação de Riscos


Fonte: GMP+ Standard B2- certification scheme animal feed, 2008.
Severidade Avaliação de risco

Alta 3 4 4

Média 2 3 4

Baixa 1 2 3

Probabilidade Pequena Média Grande

Embora existam dados sobre a avaliação quantitativa de riscos para alguns


perigos químicos e biológicos, nem sempre é possível a sua determinação
numérica.
39

A estimativa de risco é, em geral, qualitativa, obtida pela combinação de


experiências, dados epidemiológicos locais / regionais (quando se tratar de
microrganismo) e informações em literatura específica. A equipe deve analisar o
uso pretendido do produto, as etapas posteriores, a forma de uso, pois a
probabilidade de ocorrência dependerá do processo do estudo em questão.
As medidas de controle preventivo são adotadas pela equipe conforme o
nível do risco avaliado para cada perigo, como aparece a seguir:

 Risco de Nível 1: Não há necessidade de uma medida preventiva;


 Risco de Nível 2: Existe a necessidade de uma medida preventiva periódica;
 Risco de Nível 3:Requer uma medida de controle baseada em Boas Práticas
de Fabricação;
 Risco de Nível 4: Requer um controle específico do perigo.

As avaliações dos riscos são documentadas nos respectivos Planos de


APPCC referente a cada produto e para todas as etapas do processo.(Ver ANEXO
B)

As medidas de controle dos perigos que são identificados devem ser


adotadas como medidas preventivas de sua ocorrência. Essas medidas de controle
são definidas no Plano de APPCC e todos os PCC devem possuir uma medida de
controle baseada em BPF para prevenir ou reduzir o perigo a um nível aceitável. É
de responsabilidade de a equipe verificar e garantir que os requisitos estão sendo
cumpridos.(Ver ANEXO B)

• Princípio 2 – Identificação dos PCC

Os Pontos Críticos de Controle se localizam em qualquer ponto onde os


perigos devem ser prevenidos, eliminados ou reduzidos a níveis aceitáveis.
Utilizando todas as informações sobre o produto e processo, a equipe deve
determinar para cada perigo de cada etapa do processo se o mesmo é um Ponto
Crítico de Controle (PCC). Para efetuar essa determinação é utilizada uma árvore
decisória de questões sobre o produto e processo, que respondida corretamente,
determina se uma etapa é um PCC ou não.
40

Para cada um dos perigos levantados, a equipe deve identificar as medidas


de controle para que este possa ser controlado, através de uma árvore decisória
semelhante à figura 10 abaixo.(Ver ANEXO B)

Figura 10 – Árvore decisória.


Fonte: Manual de Qualidade do TPC, 2007 apud FAO / WHO, 2007.

• Princípio 3 – Estabelecimento dos Limites Críticos

Para cada limite crítico aplicável, deve haver uma ou mais medidas
preventivas de controle associadas a cada PCC identificado no processo, devendo
ser adequadamente controladas para assegurar a prevenção, eliminação ou
redução do perigo a níveis aceitáveis. Cada medida preventiva de controle estará
associada aos limites críticos que servem como fronteira de segurança de todos os
PCC. O limite de segurança pode ser adotado para evitar que os limites críticos
sejam atingidos e/ou ultrapassados
41

• Princípio 4 – Estabelecimento do Monitoramento de PCC

O monitoramento de todos os PCC, quando aplicável, identificado no Plano


de APPCC deve ser estabelecido pela Equipe de APPCC através do
estabelecimento dos limites críticos (tolerância), método, freqüência e local de
realização do monitoramento do PCC. Essas verificações são estabelecidas no
Plano de APPCC (PAPPCC).
O monitoramento do PCC permite verificar a eficiência e assegurar o
controle do perigo. Havendo qualquer tendência para uma eventual perda de
controle, devem-se tomar medidas corretivas para retornar o processo dentro dos
níveis estabelecidos como ideal estes procedimentos são descritos nas
documentações de operação.

• Princípio 5 – Ações Corretivas

Para qualquer não-conformidade que seja verificada no sistema de APPCC,


quando aplicável (desvio dos limites toleráveis no monitoramento dos PCC, não-
conformidades de auditoria, produto não - conforme), deve-se estabelecer uma
ação corretiva de forma a assegurar o tratamento adequado e prevenir a sua re-
ocorrência.
A análise da ação corretiva deve ser realizada pela Equipe de APPCC ou
demais responsáveis envolvidos. Em casos de produto não - conforme, este deverá
ser prontamente segregado, identificado e controlado evitando contaminações de
produto, processo ou conseqüências ainda mais severas.

• Princípio 6 – Verificação dos Sistemas de APPCC

Um dos objetivos mais importantes da auditoria é a avaliação total do


Sistema de APPCC, seu monitoramento e as adequações e atendimento aos
requisitos de BPF, que oferece informações úteis à gerência para tomada de
decisões. Entre outros objetivos da auditoria está a verificação de PCC, quando
aplicável, e de produto, a melhoria de tecnologias, identificação da necessidade de
treinamentos, determinação da eficiência do sistema de controle de qualidade e
verificação da qualidade de produtos e serviços.
42

Além disso o Terminal Portuário de Ponta da Madeira utiliza o resultado das


análises realizadas nos produtos pelos clientes para verificar seu sistema de
segurança do alimento.

Verificação de PCC

Conforme necessidade estabelecida no plano de APPCC, é responsabilidade


do Coordenador de APPCC solicitar as análises para verificação dos PCC, quando
aplicável, de forma a assegurar a sua inocuidade alimentar. As verificações são
estabelecidas no próprio Plano de APPCC, podendo ser realizadas das seguintes
formas:
 Análise microbiológica no produto;
 Calibração de um instrumento de medição que supervisiona um PCC;
 Auditorias.

Estas verificações devem seguir um plano de amostragem, metodologia de


análise, freqüência, registro e análise dos resultados que devem ser definidos pela
Equipe de APPCC durante reunião e documentados em procedimentos específicos.

Registro das Verificações dos PCC

Mensalmente, a equipe de APPCC deve pesquisar e analisar os resultados


das verificações de PCC, quando aplicável, definindo as ações a serem seguidas
conforme cada caso e registrar em ata de reunião.
Caso seja verificado um desvio, cabe à Equipe de APPCC juntamente com o
Coordenador de APPCC e a GANOG, decidir quais as Ações Corretivas são
necessárias e dar a disposição correta para a não-conformidade detectada. A ação
corretiva deve ser registrada no formulário da SAC.

• Princípio 7 – Documentação e Manutenção dos Registros

Todo o SGSA deverá estar devidamente documentado em documentos


específicos, cobrindo todo o processo necessário para garantir a segurança do
alimento do produto.
43

3 METODOLOGIA

A pesquisa científica é um procedimento sistematizado e racional


que objetiva responder problemas propostos, requerido quando não
há informação suficiente a respostas, ou quando a informação
disponível requer ordenamento lógico para subsidiar resposta ao
problema. (GIL, 1999)
Quanto à forma de abordagem do problema, essa pesquisa é qualitativa

devido à interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados serem básicas 

e   não   requererem   o   uso   de   métodos   e   técnicas   estatísticas.   (MADEIRA   E 

OUTROS, 2005).

Com intuito de classificar o tipo de pesquisa a ser adotado, utilizar­se­á o 

critério de classificação de pesquisa em relação aos dois aspectos : quanto aos fins 

(objetivos gerais) e quanto aos meios (procedimentos técnicos). (PESSOA, 2006 

apud VERGARA, 2004).

Quanto aos fins é uma pesquisa descritiva e exploratória. Descritiva porque 

busca a descrição de características do sistema de BPF e da correlação entre suas 

variáveis,   sendo   realizadas   por   meio   de   uma   técnica   de   coleta   de   dados,   para 

assim compreendê­lo. 

Exploratória   porque   objetiva   familiaridade   com   o   problema   objeto   da 

pesquisa, de forma a obter o maior conhecimento sobre o mesmo, tornar a questão 

mais   clara   e   permitir   a   construção   de   hipóteses   para   tratamento   em   estudos 

subseqüentes.
44

Quanto aos meios é uma pesquisa bibliográfica, documental e um estudo de 

caso. Bibliográfica, pois foi feita uma revisão do estado da arte relacionada ao tema 

da pesquisa por consulta a materiais como livros, revistas, artigos, dissertações, 

material   de   treinamento,   internet,   entre   outros.   Em   seguida   foi   realizada   uma 

pesquisa   documental,   no   qual   foram   analisados   alguns   padrões   utilizados   na 

GANOG – Gerência de Operação e Manutenção de Carga Geral. Por último Estudo 

de   caso,   pois   foi   realizado   um   estudo   do   sistema   de   maneira   a   permitir   o   seu 

conhecimento (situações reais) amplo e detalhado.

3.1 UNIVERSO E AMOSTRA

O universo da pesquisa é composto pelo sistema de gestão em segurança


do alimento utilizado na GANOG e a amostra foi composta dos mecanismos do
sistema de gestão. (SILVA, P., 2008).

3.2 COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário de


diagnóstico do sistema de gestão (ver ANEXO A), fruto da gestão estratégica da
qualidade.
O sistema de gestão foi avaliado em 11 (onze) aspectos diferentes através
de um questionário de questões fechadas, todas passíveis de serem pontuadas em
5 (cinco) níveis diferentes, do nível (grau) de mais alto destaque ao grau de mais
alta deficiência.
Alguns dos itens foram tratados de acordo com experiência e conhecimento
adquirido do autor desse estudo, sofrendo, portanto análise totalmente imparcial.

3.3 SUJEITO DE PESQUISA

O questionário foi utilizado semelhante a um formulário de auditoria aplicado


numa entrevista principalmente ao gestor do sistema de gestão do alimento.
45

3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO

A análise de determinados aspectos subjetivos é um exemplo nítido da


limitação do estudo em questão. Pode-se ainda relacionar as seguintes limitações:

- Falta de rigor metodológico;


- Dificuldade de generalização;
- Tempo destinado à pesquisa.

4 ESTUDO DE CASO

De acordo com a estrutura do trabalho de avaliação proposta e sua


utilização, antes da análise do sistema através da observação dos itens do
diagnóstico propriamente dito é importante descrever algumas características mais
específicas do processo em estudo.

4.1 SITUAÇÃO ATUAL

Esse diagnóstico inicial é parte integrante do próprio questionário (ANEXO A)


e necessário ao entendimento do processo geral, para então facilitar o estudo do
sistema de gestão do alimento.

a) Apresentação e histórico da organização (mercado em que atua,


produtos, principais clientes, ...)

O Terminal Portuário de Ponta da Madeira, inaugurado em janeiro de 1986


foi inicialmente projetado para operar com minérios de ferro e manganês
principalmente destinado à exportação, mas desde cedo já demonstrou a sua
inclinação para ser grande.(MANUAL DO..., 2008)
46

Em 1988 iniciou a exportação de ferro gusa fomentando um grande mercado


para produtos semi-acabados ao longo da ferrovia Carajás. Já em 1992, ocorreu o
primeiro embarque de soja, o que propiciou a abertura de um grande mercado
exportador no sul do Maranhão. Os principais clientes na movimentação de soja e
farelo de soja são a BUNGE e CARGILL. (MANUAL DO..., 2008)

Para atender a esta demanda crescente, a VALE vem continuamente


investindo. Em 1994 inaugurou as operações pelo Píer II e em 1999 duplicou a sua
linha de embarque possibilitando atender a uma demanda superior a 50 milhões de
toneladas por ano. E em 2004, entrou em operação o Píer III.
b) Identificar os principais processos da empresa.
Apesar de movimentar ferro-gusa e manganês, serão destacados aqui os
principais processos da Carga Geral no tocante a movimentação de soja e farelo de
soja, que são:
 Descarga de farelo de soja e soja em grãos via modal rodoviário;
 Descarga de farelo de soja e soja em grãos via modal ferroviário;
 Armazenamento de Soja e Farelo de Soja nos armazéns e silos;
 Operação de embarque farelo de soja e soja em grãos nos navios.
c) Descrever de forma sucinta a estrutura organizacional da empresa
(especificar os níveis hierárquicos existentes).
47

Gerente de Área

Gestão de
Qualidade
(Segurança do
Alimento e IEM)

Supervisão de Supervisão de Supervisão de


Supervisão de Supervisão de Utilidades Manutenção Manutenção
PCM Operação Operacionais Mecânica Elétrica

Manutenção Manutenção
Inspeção, Planejamento
Preventiva Preventiva
e Controle da Turno Operacional
Manutenção Mecânica e Limpeza Industrial (Embarque e (Embarque e
Gusa/Soja
Elétrica Descarga) Descarga)

Manutenção Corretiva Manutenção Corretiva


Gestão de Gestão de Pessoas e (Embarque e (Embarque e
Programação
Sobressalentes Indicadores Descarga) Descarga)

Controle de
Apoio Operacional
Indicadores

Carregador de Navio

Operação e
Manutenção de
Veículos Industriais

Figura 11 – Organograma da Carga Geral/GANOG


Fonte: MANUAL DO..., 2008.

d) Estilo gerencial predominante na direção e demais chefias. É


estimulado o trabalho em equipe?
O estilo gerencial predominante na direção se aproxima mais daquele
descrito por Ruggiero, 2008, como o auto-realizador: caracteriza organizações que
valorizam a criatividade, o comprometimento e o crescimento pessoal. Os
empregados são encorajados a obter satisfação no trabalho e a evoluírem
constantemente na carreira. Estilo característico das organizações usualmente
inovadoras e procuram sempre atrair indivíduos excepcionais. Por outro lado, são
também caracterizadas por ambigüidades e paradoxos e difíceis de controlar.
48

Por sua vez especificamente na Gerência de Carga Geral o estilo gerencial


atual se aproxima mais daquele que Ruggiero, 2008, descreve como unionista:
caracteriza organizações que colocam alta prioridade em relações interpessoais.
Os empregados procuram ser amigáveis, abertos, comprometidos e sensíveis aos
problemas de seu grupo de trabalho. Este estilo gerencial busca a efetividade
organizacional, enfatizando a comunicação aberta, a cooperação e a coordenação,
ou seja é estimulado o trabalho em equipe.

e) Comprometimento com o Sistema de Gestão do Alimento.


Ato comprometimento. A gerência entende os objetivos do sistema de
gestão, participa da implantação do mesmo, portanto reconhece sua real
importância e a necessidade para todo o processo.

f) Fluxo de informações / comunicação: formalidade X informalidade


da comunicação, excesso de documentação; como são
disseminadas as informações na empresa?
Todos os documentos pertinentes encontram-se cadastrados e disponíveis
no Sistema de Padronização - SISPAD (Sistema Interno da VALE)

g) Política de recursos humanos: seleção, rotatividade, treinamento,


sistema de reconhecimento/recompensa, nível de escolaridade dos
funcionários, absenteísmo
Todos os treinamentos do BPF são realizados pelo gestor do SGSA.

h) Relações: existência de algum instrumento do Diagnóstico da


satisfação dos clientes, conhecimento do mercado, principais
clientes.
Não.
i) Instalações: aparência geral, lay-out, higiene, organização,
segurança, condições das máquinas e equipamentos, 5 S.
Algumas áreas são críticas em relação à limpeza e condições das
máquinas e equipamentos, como por exemplo, o buraco negro e silo vertical 01.
j) Relações com fornecedores/clientes: critérios de compra,
recebimento de materiais, principais fornecedores.
49

Os materiais dos clientes são recebidos e analisados por amostragem e se


detectada qualquer anormalidade, há o direito de recusa e comunicação imediata.

4.2 ANÁLISE DO ATUAL SISTEMA DE GESTÃO

O primeiro diagnóstico é referente às responsabilidades da alta direção


perante às BPF . A tabela 03 a seguir traduz em escalas, as seguintes evidências
que foram observadas:

a) As BPF são vistas como algo importante, já que o seu não-cumprimento


pode levar a suspensão da Certificação GPM-B2 e consequentemente
proibição de embarque;
b) As BPF tem responsáveis e atenção específicos. Porém sua discussão
ainda são aquém do esperado (necessário), como acotece com outros
assuntos operacionais;
c) As análises críticas são feitas através das reuniões da equipe de APPCC,
entretanto essas reuniões não possuem definição específica;
d) Existe acordos para formação de pools de diferentes clientes, mas a
gestão do alimento não tem retro-alimentação da gerência (comercial) em
relação aos potenciais novos clientes.(Os mesmos precisam possuir
Certificação GMP);
e) As condições de mau – tempo, interferentes no carregamento de soja e
farelo não influem nas disponibilidades do terminal;
f) Os clientes exigem o GMP e APPCC, ambos fornecidos pelo terminal,
mas contribuem (troca de informações) pouco.

Tabela 03 – Diagnóstico das Responsabilidades da Alta direção.


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Deficiência Alguma Algum Destaque
Neutro
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência Destaque significativo
-- - = + ++
Responsabilidades da Alta Direção
a)Definição e Comunicação da
Política e Objetivos da X
(Qualidade);
b)Definição da estrutura
X
organizacional;
c)Realização de Análises
X
Críticas;
50

d)Desenvolvimento de Plano de
Negócios para curto e longo X
prazos;
e)Análise e uso de dados de
X
desempenho;
f)Avaliação da satisfação das
X
partes interessadas;

A tabela 04 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências do sistema de


gestão propriamente dito:

a) Existe todos os procedimentos devidamente atualizados. (PGS’s; PRO’s


entre outros);
b) É aplicado treinamento regular e reciclagens conforme a Norma GMP-B2.

Tabela 04 – Diagnóstico do sistema de Gestão


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Deficiência Alguma Algum Destaque
Neutro
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência Destaque significativo
-- - = + ++
Sistema de Gestão
a)Existência de procedimentos
para garantir o atendimento X
requisitos especificados
b)Aplicação de treinamento
X
regular para os funcionários

A tabela 05 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências do controle dos


documentos necessários:

a) Os Planos APPCC, relatórios de inspeção, de amostragem, os cheklist


estão todos bem elaborados;
b) Os documentos encontram-se aprovados; (Processo dinânico de
disponibilização on-line imediatamente após aprovação);
c) Existe um ‘’manual de qualidade” (PGS – 00001 – GANOG). É feito o
acompanhamento via plano de ação e o mesmo se encontra-se
disponível fisicamente nas áreas afins, e digitalizado no SISPAD –
Sistema de Padronização da VALE;
d) Os documentos são revisados de acordo com o SISPAD e revisão da
Norma GMP-B2.

Tabela 05 – Diagnóstico do controle de documentos


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
51

Deficiência Alguma Algum Destaque


Neutro
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência Destaque significativo
-- - = + ++
Controle de Documentos
a)Elaboração de documentos X
b)Aprovação de documentos X
c)Distribuição de documentos X
d)Alterações de documentos X

A tabela 06 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências das aquisições:

a) É feita a medição do serviço (folha de serviço dos fornecedores)/ É feita


APPCC dos caminhões dos clientes;
b) Os fornecedores são analisados pelo gestor do sistema através da folha
serviço./ Os clientes se comprometem com a qualidade do produto
(Certificação GMP), entretanto não está bem definida os pools de
empresas que não possuem essa certificação;
c) Os fornecedores são auditados em seus serviços/ Os produtos dos
clientes são analisados de acordo com a ANEC 41 e 71 e registros da
NC (Não Conformidades). Não há um Farol, quadro de gestão à vista.
(Melhores e Piores desempenhos);
d) Contratados sujeitos a multa e penalização se desconformes. / Clientes
notificados caso haja NC’s.

Tabela 06 – Diagnóstico da aquisição


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Aquisição
a)Avaliação e seleção dos
fornecedores Contratados / X
Clientes
b)Avaliação e desenvolvimento
do Sistema de Gestão dos X
fornecedores
c)Monitoramento do
X
desempenho dos fornecedores
d)Comunicação dos requisitos X
52

aos fornecedores

A tabela 07 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências do controle de


processos:

a) Existem PRO’s específicos para limpeza e operação da máquinas (pás-


carregaderiras, retro-escavadeiras, entre outros);
b) Os rejeitos são incinerados, há inspeções de BPF semanalmente dos
líderes. Há necessidade de cumprimento mais efetivo das mesmas;
c) O controle dos silos, quantidade e dias estocados são realizados e
disponibilizados por um suporte. Sistema de medição de parâmetros
como temperatura, por exemplo, são deficientes;
d) Embora não haja uso de graxa tipo alimentício nos locais críticos, é feito
o enclaurusamento físico dos esquipamentos críticos.

Tabela 07 – Controle de Processos


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Controle de Processos
a)Instruções para os operadores X
b)Controle da segurança e
X
meio-ambiente
c)Acompanhamento do
X
processo de produção
d)Manutenção preventiva X

A tabela 08 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências das ações


corretivas e preventivas:

a) O SAC – Solicitação de Ação Corretiva é o meio pelo qual o terminal


contempla medidas de ação Corretivas e Preventivas;
b) O Gestor utiliza do métodos do 5 Porquês, diagrama causa e efeito, cria
equipe multidisciplinar, para solução de problemas;
c) Através da SAC é montado plano de ações. (Ponto forte do sistema de
gestão, observado em auditoria como uma boa prática);
d) Idem ao item ‘’c’’.

Tabela 08 - Ação Corretiva e Preventiva


53

Fonte: Adaptado de Meira, 2008.


Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Ação Corretiva e Preventiva
a)Identificação da necessidade
de ações corretivas e X
preventivas
b)Métodos de solução de
X
problemas
c)Implementação de ações
X
corretivas
d)Implementação de ações
X
preventivas

A tabela 09 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências do controle de


registros:

a) São resgistradas as ocorrências críticas de contaminação, controle de


pragas, etc. Entretanto não há resgistro de teste para Salmonela.
(Embora retirada do escopo da Norma GMP-B2, seu controle é
importante, além de ser ponto de observação em auditorias).

Tabela 09 – Controle de registros


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Controle de Registros
Métodos de arquivamento e
X
recuperação de registros

A tabela 10 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências das auditorias


internas:

a) São planejadas duas auditorias internas ao ano;


b) Os auditores são parte do time de APPCC. Há partcipação como auditor
de funcionários VALE, qualificados nessa áera e com mais tempo de
experiência. É importante haver sempre essa intercambialidade e
consequente troca de experiência;
c) As auditorias são realizadas de acordo com o planejado;
d) Seus resultados são divulgados, as ações oriundas delas são realizadas
e as NC’s são tratadas.
54

e) Além da área operacional, toda a área administrativa, pátio, vestiários


recebem vistoria durante a auditoria.

Tabela 10 – Auditorias Internas


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Auditorias Internas
a)Planejamento das auditorias X
b)Qualificação dos auditores X
c)Execução das auditorias X
d)Tratamento dos resultados da
X
auditoria
e)Inclusão da avaliação do
X
ambiente de trabalho

A tabela 11 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências dos


treinamentos:

a) Sempre que é identificada a necessidade de um treinamento, como ação


de uma SAC, por exemplo, o mesmo é realizado pelo gestor do sistema.
Uma boa prática seria formalizar perante ao RH esses treinamentos, para
que o mesmo pudesse dar o suporte necessário e ter em seu banco de
dados informações referentes às BPF e APPCC;
b) É feita a avaliação pós – treinamento.

Tabela 11 – Treinamentos
Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Treinamento
a)Identificação das
X
necessidades de treinamento
b)Avaliação da eficácia dos
X
treinamentos

A tabela 12 a seguir, traz analisadas as seguintes evidências da identificação


dos Requisitos Legais:
55

a) As Normas GMP -B2, a ANEC, e demais normas da NBR são obedecidas


dentro das instalações.
b) O ambiente de trabalho engloba os riscos relativos à movimentação da
soja e farelo de soja como por exemlpo, poeira explosiva, espaço
confinado, entre outros. A VALE contempla em um procedimento
chamado RAC’s – Requisito de Atividades críticas.

Tabela 12 – Identificação de Requisitos Legais


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Identificação de Requisitos Legais
a)Identificação dos requisitos
legais aplicáveis (qualidade do
X
produto, meio-ambiente, saúde
e segurança ocupacional)
b)Avaliação do atendimento a
X
estes requisitos legais

A tabela 13 evidencia o controle dos Aspectos e Avaliação de Impacto

a) Os resíduos são destinados corretamente, os fossos estão em constante


limpeza, entretanto há uma região de transição transportadores (buraco
negro) que apesar de todo esforço ainda é critica no quesito limpeza,
devido à fatores diversos (localização, mistura de material, umidade,
etc.);
b) Existem áreas que necessitam de um tratamento mais criterioso,
principalmente no período chuvoso, devido ao risco de sair de controle no
quesito limpeza .

Tabela 13 – Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactos


Fonte: Adaptado de Meira, 2008.
Algum
Deficiência Alguma Destaque
Neutro Destaqu
ITEM DO DIAGNÓSTICO Significativa Deficiência significativo
e
-- - = + ++
Identificação de Aspectos e Avaliação de Impacto
a)Identificação dos aspectos
ambientais e à saúde e X
segurança
b)Avaliação dos impactos
X
associados a tais aspectos.
56
57

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 DISCUSSÃO DO SISTEMA ATUAL

Depois de analisado o sistema de gestão em segurança do alimento de


acordo com os 11 (onze) itens de diagnóstico, pôde-se observar as fraquezas e
destaques do mesmo. Na figura 14 a seguir, está consolidado todas informações
atribuídas a cada item de acordo com a escala considerada. Observa-se a
concentração dos destaques significativos do sistema e ausência de deficiência
significativa.

Figura 12 – Gráfico do diagnóstico do sistema de gestão do alimento


Fonte: Autor, 2009.
58

Para analisar o atual sistema de gestão, destacarão os seus pontos fortes,


que impactam nos resultados, e os pontos de melhoria. (SILVA, P., 2008)
Para levantamento dos pontos de melhoria, foi feita a análise crítica do
sistema com base nos conhecimentos antigos e naqueles recentemente adquiridos,
principalmente os baseados na Norma GMP-B2 e ANEC, que apesar de
conhecidos são muitos dinâmicos e se atualizam com extrema velocidade. Não
obstante, buscou-se identificar a percepção e comprometimento do gestor de
segurança do alimento e da equipe APPCC no que diz respeito à situação real do
sistema.

5.2 PONTOS FORTES DO SISTEMA ATUAL DE GESTÃO

 A gerência entende o processo de gestão do alimento como algo


importante, com gestor e responsabilidades específicos para alcançar os
resultados, tendo o mesmo, suporte para desdobramento das metas de
qualidade e manutenção da Certificação GMP;
 Possibilidade de controlar a rotina, planejando as ações para o alcance
dos resultados e atuando corretivamente na presença de não
conformidades;
 Possui certificação GMP e plano APPCC totalmente conformes, que além
de imprescindíveis na gestão de segurança do alimento são requisitos
obrigatórios exigidos pelos clientes;

 Exstência dos procedimentos necessários ao sistema de gestão, bem


elaborados e atualizados, além da existência de um sistema de
padronização informatizado, o SISPAD, que possibilita a todos os
empregados ter acesso aos padrões das atividades;
 Possui métodos para identificação, tratamento e gestão das não
conformidades, sejam elas dos clientes, fornecedores ou do próprio
processo;
 Existência do plano de auditorias internas estruturado no plano APPCC,
com intuito de identificar e tratar as possíveis não conformidades do
sistema.
59

 O ambiente de trabalho no que diz respeito à saúde e segurança


ocupacional estão cobertos pela RAC-06 (espaço confinado) referente aos
riscos relativos à movimentação da soja e farelo de soja. A GANOG
respeita isso na execução de quaisquer atividades.

5.3 OPORTUNIDADES DE MELHORIA DO SISTEMA ATUAL DE GESTÃO

 No processo de gestão do alimento, as discussões e medidas para as


manutenção das BPF não acontece como com outros assuntos
operacionais (Suas discussões ainda são aquém do
esperado/necessário);
 Definição específica na realização de reuniões periódicas, da equipe de
APPCC para análises críticas (níveis gerencial e operacional);
 A necessidade de atender à produção dificulta o trabalho dos
responsáveis pelo processo em gerenciar as suas atividades e atuar
corretivamente diante das não conformidades;
 O gerenciamento da rotina do BPF não é totalmente efetivo, e tarefas
como inspeções de BPF semanais dos líderes não acontecem como
deveriam (controle de temperatura dos silos, limpeza, etc);
 A gestão do alimento não tem competência para agir preventivamente
nos acordos para formação de pools de diferentes clientes, que possui
determinadas restrições importantes de serem previamente avaliadas
(Aceitação contratual ou posse por todos os clientes da Certificação
GMP);
 Apesar do bom relacionamento do terminal com seus clientes, o mesmo
pode se tornar mais estreito, no sentido de retroalimentação de
informações relativas ao BPF e APPCC;
 Testes de Salmonela ainda não acontecem no terminal. Embora não
mais exigidos pela Norma alguns testes como os de salmonela são
muitos importantes para o controle do sistema, como indicador, mesmo
que realizados com uma sazonalidade maior.
60

 Falta da prática de formalizar perante ao RH os treinamentos de BPF e


APPCC, para que o mesmo possa dar o suporte necessário e ter em seu
bancos de dado informações referentes a esses temas.

 Apesar do controle, os indicadores do monitoramento de desempenho


dos clientes/fornecedores não estão evidentes em um farol ou similar que
auxiliem no controle e discussão,como por exemlo, nas reuniões.

5.4 MELHORIAS PROPOSTAS

De acordo com o estudo realizado no Sistema de Gestão em Segurança do


Alimento , verfica-se que para atingir seu fortalecimento a fim de manter todos os
itens de qualidade sob controle e portanto permitir que as BPF sejam atendidas
dentro do terminal, além das boas práticas já desenvolvidas, melhorias devem ser
implementadas para tornar o sistema sólido, como está descrito nas análises
anterioes do sub-item 5.3. Entretanto para que essas melhorias sejam alcançadas,
é preciso que ações sejam direcionadas para os seguintes pontos: Liderança
(Gerência e Supervisão), Treinamentos, Pessoas e Processos.

5.4.1 Liderança

Apesar de haver um gestor específico para o norteamento das ações do


sistema de segurança do alimento, o sistema de gestão da GANOG precisa ser
percebido pelos gerentes e supervisores como um caminho que os direciona ao
alcance das metas. Sua liderança tem papel crucial nos desdobramentos dessas
metas para aplicações das diretivas de qualidade, erradicação das NC’s (não-
conformidades), controle e padronização do processo das BFP semelhante
acontece com os processos operacionais, pois ambos processos andam lado a
lado num terminal de movimentação de grãos como é o caso da Carga Geral do
TMPM.
61

Além disso, é papel da liderança, execer o gereciamento de rotina para que


as tarefas de controle do sistema de qualidade sejam exercidas pela equipe
APPCC como todo. Fazer com que o conhecimento por parte dos empregados
responsáveis pelo controle do processo seja suficiente, pois a negativa disso,
significa dificuldades ou mesmo impossibilidade da implantação do modelo de
gestão e conseqüentemente, o fracasso da tão almejada melhoria dos resultados.

5.4.2 Pessoas

As pessoas são as peças fundamentais de qualquer processo e não é


diferente no sistema de gestão de segurança do alimento, e a missão de fazê-las
entender o processo global, das necessidades de cada etapa, dos conceitos
essenciais e importância dos conhecimentos suficientes para que elas possam
contribuir para o resultado de conformidade do SGSA, é talvez a tarefa mais difícil
de todo o desafio, que é o alcançe e manutenção do GMP – B2 .
É preciso portanto, antes de mais nada uma liderança afiada e com foco no
desempenho, respeito e valorização do funcionário. É preciso ainda um ambiente
de trabalho confortante e muita motivação, que se consegue quando o modelo de
liderança é participativa e baseada em exemplos.
É preciso conhecer as pessoas, suas necessidades e competências, porque
determinados funcionários não conseguem alcançar rendimentos satisfatórios
porque não tem competência para desenvolver determinadas atividades ou mesmo
porque, quando tem as devidas competências não possui o perfil necessário.
Outro fator importante é saber definir quais condições minímas são
necessárias para que os funcionários cumpram suas atividades. De nada adianta
que a liderança faça sua parte em relação aos conhecimentos dos funcionários, por
exemplo, se eles não os usam na realização de suas atividades ou se eles carecem
de outros meios (autonomia, condições de trabalhos, ferramentas diversas, planos
de trabalhos bem definidos, etc) para aplicá-los no seu dia-a-dia.
62

5.4.3 Treinamentos

Foi mostrado que dentre outros fatores, os funcionários devem estar


motivados e para isso, os mesmos precisam estar comprometidos e não basta
somente comprometimento, como também, conhecimento para execução de suas
atividades.
É justamnete nos treinamentos que se pode fornecer os conhecimentos
básicos, sem os quais o produto entregue pelos funcionários e consequentemente
pela equipe, não serão satisfatórios. Durante todas as análises do sistema de
gestão observou-se a importância dos treinamentos aos funcionarios, fornecedores
e clientes, quer antes, durante ou mesmo após o ingresso como parte do sistema.
Muito deles são sinalizados como ação de melhoria, depois de constatação
mediante auditoria, SAC, ou evidência clara de despreparo, outros por sua vez são
de cunho geral e diz respeito às atualizações dos procedimentos, normas ou até
mesmo mudança do processo.

5.4.4 Processos

Observou-se que através do gereciamento de rotina pela liderança, era


possível controlar as tarefas de controle do sistema de qualidade exercidas pela
equipe APPCC uma vez a equipe é formada justamente pela liderança. De maneira
análoga só é possivel controlar todo o processo se o gerenciamento da rotina de
todos os envolvidos for realizado. É através dele que define-se as metas,
necessidades do clientes, responsabilidades e monitotamento de resultados.
Analisando o gráfico de diagnóstico e as observações indicadas como
melhorias do sistema, o estreitamento das relações com os clientes por exemplo,
atinge justamentente as necessidades do feedback e responsabilidades, enquanto
a ausência de um farol ou similar, atinge o monitoramento dos resultados.
No entanto, para que o gerenciamento da rotina exerça a sua função e o
processo possa ser realmente controlado é fundamental que a liderança exerca seu
papel, que o SGSA seja conhecido e suas ferramentas sejam aplicadas por todos.
63

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo do SGSA – Sistema de Gestão em Segurança do Alimento se


mostra muito importante, uma vez que ele é o responsável pela implementação,
controle e melhoria das normas e práticas essenciais à movimentação dos produtos
agrícolas (soja e farelo de soja) que a GANOG movimenta no TMPM.
Durante a apresentação deste trabalho pôde-se conhecer todos os perigos
que envolvem as atividades de recebimento, armazenagem e embarque dos
produtos e os respectivos riscos associados a cada atividade do processo. Pôde-se
ainda conhecer a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC
(Equipe APPCC, PCC - tratamento e identificação, e os planos APPCC). Os
planos, que se encontram bem elaborados, são muito importante como ferramenta
no controle de qualidade do alimento,
Houve um levantamento de dados consolidados em um questionário de
avaliação de gestão que facilitassem identificar os pontos de destaque e pontos de
melhorias potenciais. Concluiu-se que o sistema encontra sob controle visto a
relação entre a quantidade de itens com destaque significativo e os pontos fortes
destacados.
Uma das principais dificuldades encontradas na aplicação do sistema de
gestão de qualidade é (devida à rotina de produção) a falta do acompanhamento
efetivo e monitoramento do processo por todos os envolvidos, para garantir o
alcance dos resultados esperados

A reavaliação do SGSA e a análise de suas condições de funcionamento


mostram que mesmo sob controle (o terminal foi reecertificado recentemente),
algumas melhorias podem e precisam ser implantadas, pois impactam diretamente
naqueles pontos de alerta do sistema, principalmente aquelas melhorias referentes
64

à liderança, pessoas, treinamento e processos, como foram exaustivamente


discutidas no transcorrer do trabalho.
65

REFERÊNCIAS

APRMT: Associação dos Produtores do Estado do Mato Grosso – MT. Disponível


em: < www.aprmt.com.br>. Acesso em 10. Jan.2009.

ASSIS, Luís Felipe; Organização e Tecnologia do Transporte Marítimo. 1.ed.


Vitória, ES: [s.n.], 2008. 49 p. Apostila do curso de pós-graduação em engenharia
portuária da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Vale.

BARBOSA, Fernando. Sistemas de produção offshore. Salvador, BA: [s.n.], 2007.


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68

APENDICE A – Características dos granéis sólidos.

Em se tratando de granéis sólidos, o conhecimento das características dos


materiais a granel permite a correta seleção do transportador mecânico e sua
especificação, além da tomada de decisões quanto ao armazenamento do material,
segurança e proteção ao meio ambiente. Segundo Danilo Luna, Rui Rômulo Moura
e Taulo Passos (2003) os materiais a granel podem ser enquadrados em famílias,
tais como:
• Pós: talco, gesso, gipsita,...;
• Minérios: alumina, bauxita,...;
• Farinhas: farinha de trigo, farinha de mandioca, farelo de soja...;
• Cereais: soja, trigo integral, milho,...;
• Areias: argila seca, areia seca,...
O primeiro item a ser observado, para o transporte dos materiais a granel, é
a clareza na sua definição. Como exemplo, tem-se o trigo que pode ser de três
tipos diferentes como em grão, moído e o negro. Estes tipos não podem ser
considerados como simplesmente trigo, pois possuem diferenças no seu estado, os
quais influenciam no cálculo do transportador.
Os materiais são definidos por suas características primárias, que são
comuns a todos os materiais, e secundárias, que são específicas de cada material,
podendo existir em uns ou em outros.

1 – Características primárias

Como características primárias têm-se:


a) Granulometria – análise que visa a classificar as partículas de uma
amostra pelos respectivos tamanhos e a medir as frações correspondentes a cada
tamanho;
b) Peso específico (t/m³) – Relação entre o peso e o volume de um corpo;
c) Escoamento ou fluidez - que é a maior ou menor capacidade do material
em fluir entre os equipamentos (característica avaliada indiretamente pelo ângulo
de repouso);
69

d) Abrasividade – é a capacidade de arrancar, por atrito, partículas de


outros corpos, que se dará pelo contato dos materiais transportados e o
equipamento transportador.
“O peso específico dos materiais a granel está na faixa de 0,3 a 3,0 t/m³,
podendo os materiais ser classificados em sub-faixas. Esta característica influi no
carregamento que é feito sobre o transportador.” (DANILO LUNA, RUI RÔMULO
MOURA E TAULO PASSOS, 2003)
A unidade de medida para granulometria é o “MESH”, que tem sua origem
definida na malha de peneiras (ver figura 07), quanto maior no número, menor o
tamanho do furo das mesmas e, portanto menor a granulometria do material.
O Mesh (nº de malhas por polegada) corresponde a um cálculo percentual, e
define o tamanho do grão. (Ver tabela 01 a seguir)

Tabela 01 – Medidas mesh/mm


Fonte : ASTM – American Society for Testing Material
Medida
4 2 1 0,59 0,25 0,18 0,125 0,075 0,063 0,053 0,037
(mm)
Medida
5 10 18 30 60 80 120 200 230 270 400
(mesh)

Figura 07 – Peneiras Normalizadas .


Fonte: DIN 4188 de 1957 (designação das peneiras: diâmetro da malha em µ).

A fluidez de um material é influenciada ainda por sua vazão, compactação e


granulometria, e os materiais com maior fluidez possui menor ângulo de repouso
estático. Existe ainda o ângulo de repouso dinâmico, que é uma característica do
material quando está em movimento no transportador, sendo 10º a 15º menor que
seu ângulo de repouso estático. (MANUAL DE...,1991)
70

A abrasividade (como foi definida anteriormente) é determinada pela análise


do material a ser transportado, para que possamos especificar cada componente
do equipamento que estiver em contato com o material, para que não cause um
desgaste prematuro de componentes internos do transportador, assim como a
correia em um TC.
As características primárias afetam ainda a velocidade do transportador, pois
uma velocidade elevada pode causar muita poeira no caso de material fino e seco,
ou pode causar o desgaste nas calhas de descarga no caso de materiais pesados,
com baixa fluidez e elevada abrasividade, exigindo assim uma velocidade menor.

2 – Características secundárias

Como características secundárias dos materiais, são citadas abaixo as


principais:
• Higroscopia - propriedade de absorção de umidade;
• Toxidez - capacidade de envenenar;
• Corrosividade – capacidade de um material em desgastar um ao outro
através do contato;
• Poeira explosiva – característica da poeira do material de entrar em
combustão na presença de fagulha ou centelha;
• Friabilidade – capacidade do material se reduzir a fragmentos ou pó;
• Leveza – capacidade de um material ser arrastado pelo vento;
• Compactabilidade - propriedade do material de reduzir a dispersão e o
espaço total ocupado se agregando;
• Desagregabilidade – capacidade que um material possui de desunir;
• Pastosidade, viscosidade – propriedade do material de se aderir à correia
e equipamentos.
É recomendável o uso de componentes na correia como coberturas,
que permitam o isolamento do material com o meio-ambiente em
situações em que as características secundárias do material
possam causar algum tipo de impacto.
Os materiais farmacêuticos e os alimentos são duas classes de
materiais que necessitam de cuidados especiais, como a utilização
71

de revestimentos e coberturas para isolamento, pois são materiais


contamináveis. (MÁRIO JOEL JÚNIOR e ANA MARIA FILHA, 2007).

3 – Codificação dos materiais

Conforme já foi dito, o material pode ser classificado por suas características
primárias e secundárias. A codificação dos materiais tem como objetivo padronizar
e facilitar uma identificação dessas características, fazendo com que cada material
tenha um código. ‘‘ informações verbais”
O código é alfanumérico em que:
• A primeira letra indica granulometria;
• O primeiro número indica fluidez;
• O número seguinte indica a abrasividade;
• As letras em seguida indicam características secundárias.

Vale ressaltar que o peso específico do material não está contemplado no


código. De acordo com o Manual de..., (1991) , têm-se a codificação da soja e o
farelo de soja representada abaixo:

SOJA C27NW
C = Granular – abaixo de ½’’;
2 = Escoamento fácil – ângulo de repouso entre 20 e 29º;
7 = Muito abrasivo;
N = poeira explosiva;
W = Contém óleos ou produtos químicos que podem afetar as peças
de borracha;
Peso Específico (γ) = 0,7 t/m3.

FARELO DE SOJA B35Y


B = Fino - 1/8‘’ e abaixo;
3 = Escoamento médio – ângulo de repouso entre 30 e 39º;
5 = Não abrasivo;
Y = Muito leve e fofo – pode ser carregado pelo vento;
Peso Específico (γ) = 0,6 t/m3.
72

ANEXO A – QUESTIONÁRIO DE
DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE GESTÃO

Estrutura do Trabalho de Avaliação: Diagnóstico de Sistema de Gestão

Empresa : Vale

Endereço : Av. dos Portugueses - Praia do Boqueirão

Município : São Luís CEP : 65.085-582

Unidade : Terminal Marítimo de Ponta da Madeira

Fone : (98) 3218-5220 No de funcionários : 92 próprios (Jul / 2008)

Empresa certificada? : SIM. Desde 2006.

Se certificada, em qual (is) Norma(s): ISO 9001:2000 E GMP+ B2

Contato(s) na empresa/ Participantes do Grupo:

• Flávio Fernando Gurgel de Carvalho Cargo: Gerente de Área

• Assis Souza  Cargo: Supervisor de Utilidades Operacionais

• Fábio Fernando Ferreira da Silva Cargo: Supervisor de Operação

• Wilde do Nascimento Corrêa  Cargo: Supervisor de Planejamento

• Flávio Roberto Silva AraújoCargo: Supervisor de Manutenção Elétrica

• Ronilson Silva Serra  Cargo: Supervisor de Manutenção Mecânica

• Tonnyfran Xavier de Araujo Sousa Cargo: Coordenador de Qualidade

DIAGNÓSTICO INICIAL:

a) Apresentação e histórico da organização (mercado em que atua, produtos,


principais clientes, ...)

b) Identificar os principais processos da empresa.

c) Descrever de forma sucinta a estrutura organizacional da empresa (especificar


os níveis hierárquicos existentes).
73

d) Estilo gerencial predominante na direção e demais chefias. É estimulado o


trabalho em equipe?

e) Comprometimento com o Sistema de Gestão: entrevistar executivos ou o dono e


verificar o seu real comprometimento com a implementação do sistema de gestão.
Entende ou entenderam os objetivos do sistema de gestão? Entenderam o
processo de implantação do sistema de gestão ? Como avaliam o
comprometimento das pessoas para com o Sistema de Gestão ?

f) Planejamento. Existe um processo de Planejamento (Estratégico) da organização


que culmine em um Plano de Negócios ?

g) Fluxo de informações / comunicação: formalidade X informalidade da


comunicação, excesso de documentação; como são disseminadas as informações
na empresa?

h) Política de recursos humanos: seleção, rotatividade, treinamento, sistema de


reconhecimento/recompensa, nível de escolaridade dos funcionários, absenteísmo.

i) Relações: existência de algum instrumento do Diagnóstico da satisfação dos


clientes, conhecimento do mercado, principais clientes.

j) Instalações: aparência geral, lay-out, higiene, organização, segurança, condições


das máquinas e equipamentos, 5 S.

k) Relações com fornecedores: critérios de compra, recebimento de materiais,


principais fornecedores.

Pontos Fortes do sistema atual de gestão

Oportunidades de melhoria do sistema atual de gestão

Questões Específicas:

Usar a seguinte escala

++ destaque significativo
+ algum destaque
= neutro
- alguma deficiência
-- deficiência significativa
74

Item do Diagnóstico -- - = + ++
1.0 Responsabilidades da Alta Direção
Definição e Comunicação da Política e Objetivos da
(Qualidade, Ambiental, Saúde e Segurança e
Responsabilidade Social)
Definição da estrutura organizacional
Realização de Análises Críticas
Desenvolvimento de Plano de Negócios para curto e longo
prazos
Análise e uso de dados de desempenho
Avaliação da satisfação das partes interessadas
Comentários

2.0 Sistema de Gestão


Existência de procedimentos para garantir o atendimento
requisitos especificados
Aplicação de treinamento regular para os funcionários
Comentários

3.0 Controle de Documentos


Elaboração de documentos
Aprovação de documentos
Distribuição de documentos
Alterações de documentos
Comentários

4.0 Aquisição
Avaliação e seleção de fornecedores
Avaliação e desenvolvimento do Sistema de Gestão dos
fornecedores
Monitoramento do desempenho dos fornecedores
Comunicação dos requisitos aos fornecedores
Comentários

5.0 Controle de Processos


Instruções para os operadores
Controle da segurança e meio-ambiente
Acompanhamento do processo de produção
Manutenção preventiva
Comentários
75

6.0 Ação Corretiva e Preventiva


Identificação da necessidade de ações corretivas e
preventivas
Métodos de solução de problemas
Implementação de ações corretivas
Implementação de ações preventivas
Comentários

7.0 Controle de Registros


Métodos de arquivamento e recuperação de registros
Comentários

8.0 Auditorias Internas


Planejamento das auditorias
Qualificação dos auditores
Execução das auditorias
Tratamento dos resultados da auditoria
Inclusão da avaliação do ambiente de trabalho
Comentários

9.0 Treinamento
Identificação das necessidades de treinamento
Avaliação da eficácia dos treinamentos
Comentários

10.0 Identificação de Requisitos Legais


Identificação dos requisitos legais aplicáveis (qualidade do
produto, meio-ambiente, saúde e segurança ocupacional)
Avaliação do atendimento a estes requisitos legais
Comentários

11.0 Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactos


Identificação dos aspectos ambientais e à saúde e segurança
Avaliação dos Impactos associados a tais aspectos
Comentários
ANEXO B – PERIGOS E MEDIDAS DE CONTROLE POR ETAPAS DO PROCESSO E ÁRVORE DECISÓRIA E IDENTIFICAÇÃO
DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE

 PERIGOS E MEDIDAS DE CONTROLE POR ETAPAS DO PROCESSO (Do recebimento de carretas à descarga no
Tombador)

Localização Identificação
Cod. Etapa do Cod. Medidas de Controle
Tipo Perigo Sev. Prob. Risco
Etapa Processo Perigo
Atividade Documento
- Químico Nenhum perigo - - - - -
Recebimento das
1. - Físico Nenhum perigo - - - - -
carretas (Nota Fiscal)
- Biológico Nenhum perigo - - - - -

Óleo Diesel Inspeção do caminhão PRO-00024-GANOG-DESCARGA


01 Químico (vazamento de óleo diesel Alta Pequena 3 antes da entrada para RODOVIARIA DE SOJA EM GRÃOS
descarga E FARELO DE SOJA
proveniente dos caminhões)

Óleo lubrificante/graxa Inspeção do caminhão PRO-00024-GANOG-DESCARGA


02 Químico (vazamento de óleo lubrificante e/ou Alta Pequena 3 antes da entrada para RODOVIARIA DE SOJA EM GRÃOS
descarga E FARELO DE SOJA
Pesagem (BALANÇA graxa dos caminhões)
2.
RODOVIÁRIA). Inspeção do caminhão
Lama, poeira, minério PRO-00024-GANOG-DESCARGA
03 Físico Baixa Pequena 1 antes da entrada para RODOVIARIA DE SOJA EM GRÃOS
(resíduos provenientes do pneu) descarga E FARELO DE SOJA

Cantil, rádio, objetos pessoais do PRO-00024-GANOG-DESCARGA


motorista Inspeção do caminhão RODOVIARIA DE SOJA EM GRÃOS
04 Físico Baixa Pequena 1 antes da entrada para E FARELO DE SOJA
(queda de objetos presentes no descarga PRO-00026-GANOG-CUIDADOS E
LIMPEZA PESSOAL
caminhão)
77

Localização Identificação
Cod. Etapa do Cod. Medidas de Controle
Tipo Perigo Sev. Prob. Risco
Etapa Processo Perigo
Atividade Documento
- Químico Nenhum perigo - - - - -
Recebimento das
1. - Físico Nenhum perigo - - - - -
carretas (Nota Fiscal)
- Biológico Nenhum perigo - - - - -

Objetos estranhos e/ou fragmentos -


Cuidados com as PRO-00029-GANOG-CUIDADO COM
05 Físico Vidros Alta Pequena 3 AS INSTALAÇÕES
instalações
(quebra proveniente das luminárias)
PRO-00024-GANOG-DESCARGA
Aflatoxinas RODOVIARIA DE SOJA EM GRÃOS
E FARELO DE SOJA
(presença de umidade e temperatura Programa de limpeza e
06 Químico Alta Pequena 3 PRO-00028-GANOG-LIMPEZA DAS
inspeção pós descarga. INSTALAÇÕES
incorreta de acondicionamento do
PRO-00029-GANOG-CUIDADOS
produto) COM AS INSTALAÇÕES

Leptospirose Controle integrado de PRO-00027-GANOG-CONTROLE


07 Químico Alta Pequena 3 INTEGRADO DE PRAGAS
(Presença de roedores) pragas

Óleo hidráulico SISTEMA MAXIMO.


Programa de manutenção
08 Químico (vazamento de óleo dos cilindros Alta Pequena 3 PRO-00025-GANOG-MANUTENÇÃO
preventiva DE EQUIPAMENTOS
hidráulicos do tombador)
Programa de manutenção SISTEMA MAXIMO.
Óleo lubrificante/Graxa preventiva PRO-00025-GANOG-MANUTENÇÃO
09 Químico (vazamento proveniente dos Alta Pequena 3 DE EQUIPAMENTOS
Instalação de bandejas de PRO-00029-GANOG-CUIDADOS
equipamentos) contenção de óleo e graxa COM AS INSTALAÇÕES

SISTEMA MAXIMO.
Óleo hidráulico Programa de manutenção
ANEXO 1 PRO-00024-GANOG-
preventiva
10 Químico (vazamento de óleo do sistema Alta Pequena 3 DESCARGA RODOVIARIA DE SOJA
Inspeção do sistema antes
PRO-00025-GANOG-MANUTENÇÃO
hidráulico de elevação do tombador) da descarga DE EQUIPAMENTOS

Mistura de produto bom com úmido


Inspeção do sistema antes ANEXO 1 PRO-00024-GANOG-
11 Biológico (proveniente de infiltração de água do Baixa Média 2 DESCARGA RODOVIARIA DE SOJA
da descarga
3. Descarga no Tombador. lençol freático no fosso do elevador)

Óleo lubrificante/Graxa/Tinta/Solvente
PRO-00025-GANOG-MANUTENÇÃO
78

Localização Identificação
Cod. Etapa do Cod. Medidas de Controle
Tipo Perigo Sev. Prob. Risco
Etapa Processo Perigo
Atividade Documento
- Químico Nenhum perigo - - - - -
Recebimento das
1. - Físico Nenhum perigo - - - - -
carretas (Nota Fiscal)
- Biológico Nenhum perigo - - - - -

... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
79

 ÁRVORE DECISÓRIA E IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (Do recebimento de carretas à
descarga no Tombador)

Questões
1. O controle deste perigo é importante para a preservação da segurança do produto (considerar o nível de risco)? SIM NÃO
Vá para Q2 NÃO PCC
2. A etapa do processo é controlada por pré-requisitos de BPF ou movimentações subseqüentes eliminarão ou reduzirão o perigo a um nível SIM NÃO
aceitável?
NÃO PCC Vá para Q3
SIM NÃO
3. Há procedimentos adequados ao controle, que eliminarão ou reduzirão o perigo a um nível aceitável? PCC Modificar

Identificação do Perigo Árvore Decisória


Cod. Cód. Q1 Q2 Q3 N° N°
Etapa Perigo Risco
Etapa Perigo Sim Não Sim Não Sim Não Mod PCC
- - - - - - - -
1. Recebimento das carretas 00 Nenhum Perigo Identificado -
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar

x - x - - - - Não
Vazamento de óleo diesel do
01 3
caminhão Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
Vazamento de óleo lubrificante e
02 3
graxa do caminhão Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
2. Pesagem (Balança
Rodoviária) - x - - - - - Não
Contaminação com resíduos do
03 1
pneu (lama, poeira, minério) Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar

Contaminação por objetos do - x - - - - - Não


04 próprio caminhão (cantil, rádio, 1
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
objetos pessoais do motorista)
80

Identificação do Perigo Árvore Decisória


Cod. Cód. Q1 Q2 Q3 N° N°
Etapa Perigo Risco
Etapa Perigo Sim Não Sim Não Sim Não Mod PCC
- - - - - - - -
1. Recebimento das carretas 00 Nenhum Perigo Identificado -
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
05 Quebra de vidro das luminárias 3
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
Presença de umidade e sujeira
06 3
(Aflatoxinas) Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
Presença de roedores x - x - - - - Não
07 3
(Leptospirose) Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
Vazamento de óleo dos cilindros
08 3
hidráulicos do tombador Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
Vazamento de óleo dos
09 3
equipamentos Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar

Vazamento de óleo da bomba para x - x - - - - Não


10 3
elevação do tombador Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
Infiltração de água do lençol x - x - - - - Não
11 2
freático no fosso do elevador Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
Resíduos de produtos químicos
3. Descarga no Tombador. 12 utilizados na manutenção (graxa, 3
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
tinta, solvente)
x - x - - - - Não
Queda de ferramentas ou materiais
13 3
utilizados na manutenção Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
x - x - - - - Não
14 Quebra de vidro das luminárias 3
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
Pedaços de borracha resíduo da x - x - - - - Não
15 vulcanização das esteiras do 3
transportador Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar

Presença de umidade e sujeira x - x - - - - Não


16 3
(Aflatoxinas) Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar

Presença de roedores x - x - - - - Não


17 3
(Leptospirose) Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar
81

Identificação do Perigo Árvore Decisória


Cod. Cód. Q1 Q2 Q3 N° N°
Etapa Perigo Risco
Etapa Perigo Sim Não Sim Não Sim Não Mod PCC
- - - - - - - -
1. Recebimento das carretas 00 Nenhum Perigo Identificado -
Vá p/ Q2 Não PCC Não PCC Vá p/ Q3 PCC Modificar

... ...

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