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BLOCO PRELIMINAR Enxugando gelo ...

 Repensando o campo teórico das violências e  Intervenção pública no campo das violências é
dos conflitos uma demanda social aguda
 Agentes de intervenção vivem quotidianamente
os limites e dilemas das explicações tradicionais
 Impotência – Ineficiência
Theophilos Rifiotis
Departamento de Antropologia  Polarização – Politização
Laboratório de Estudos das Violências (LEVIS)
UFSC

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Construção social da violência


Pensando o óbvio
  Truismo: “Todos somos contra a violência.” PERCEPÇÃO SOCIAL
Homogeneização
  Necessidade de um outro olhar
 Pensar e agir diferente INDIGNAÇÃO
Discurso contra as violências
  Informação é uma resposta parcial CIÊNCIA
Discurso sobre as violências
  Novos modelos interpretativos
LINGUAGEM
Discurso das violências
RIFIOTIS, T. “Nos campos da violência”. Antropologia
em Primeira Mão. PPGAS/UFSC, n. 19, 1995.

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Gramática da percepção social


  Negatividade
  Homogeneidade
  Exterioridade

RIFIOTIS, T. (1999). “A Mídia, o leitor-modelo e a denúncia da


violência policial: o caso Favela Naval (Diadema)”. Revista São
Paulo em Perspectiva. SEAD. 13(4). (disponível:
www.scielo.br)
RIFIOTIS, T. (2006). "Alice do outro lado do espelho: revisitando as matrizes do
campo das violências e dos conflitos sociais". Revista de Ciências Sociais.
UFC. 37(2).

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Pressupostos do campo Operador que descreve e qualifica
 Violência “Violência é uma palavra singular. Seu uso recorrente a
tornou de tal modo familiar que parece desnecessário
  Homogeneização defini-la. Ela foi transformada numa espécie de
  Exterioridade significante vazio, um artefato sempre disponível para
acolher novos significados e situações. O seu campo
  Negatividade semântico tem uma regra de formação: a constante
  Indignação diferencial: estigmatização expansão. A aparente unidade deste termo resulta de
uma generalização implícita dos diversos fenômenos
  Independência relativa do sentimento de que ela designa sempre de modo homogeneizador e
segurança em relação às violências negativo. “
RIFIOTIS, T. (1999). “A Mídia, o leitor-modelo e a denúncia da violência policial:
o caso Favela Naval (Diadema)”. Revista São Paulo em Perspectiva. SEAD.
  Novos modelos de sociabilidade 13(4). (disponível: www.scielo.br)
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Violência de gênero Agressor ?


  Limites e efeitos produzidos por uma categoria descritivo- D. Welzer-Lang mostra como esta categoria é inadequada para dar
qualificadora, “violência”, que funciona como substantivo. conta da “violência de gênero”, e que é a indignação que nos
  O termo “violência” passa então por uma operação lingüística leva a considerá-los estrangeiros das relações entre gêneros.
deixando de ser uma qualificação, para torna-se - no mesmo Aliás, a própria construção do masculino nestes termos é
movimento - uma realidade substantiva. Tal operação problemática:
discursiva instaura para o pensamento uma nova realidade que   « Aujourd’hui, il existe toute une remise en cause du masculin
passa a ser descrita e qualificada como “violência intra-familiar”. sans qu’il y ait cependant en face ni analyse ni modèle pour voir
  Sendo a dimensão política explícita e até desejada pelos réelment se dessiner des modèles alternatifs masculins. Les
movimentos feministas, ela está na base da afirmação do caráter estudes de genre concernent encore principalment les femmes.
político das relações conjugais. Les hommes apparaissent alor comme un groupe
  Tornou-se um operador simbólico de catálise das formas naturalisé. »
assimétricas, hierárquicas e excludentes da desigualdade de WELZER-LANG, D. "Entretient avec Daniel Welzer Lang. La Construction du
gênero? masculin". Sciences Humaines. (146), fev. 2004.

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Um objeto singular chamado “violência” Violência: herança problemática


 Continente obscuro do pensamento social   Vontade de saber, sofrimento e indignação
  Vontade de saber e mudança social

 Demandas sociais e objeto científico   Discurso sobre o social e discurso do social


 Fenômeno plural: violências   Vontade de saber e escolhas éticas
  “A violência” é uma armadilha

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Violência e intervenção social
 Vontade de saber: objeto de conhecimento  Discurso da Indignação
 Informações e dados  Intervenção: judicialização
 Modelos interpretativos

 Vontade de agir: objeto de políticas públicas


 Legais
 Sociais

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Judicialização : mecanismo de
Judicialização resolução de conflitos?
  Conjunto de práticas e valores, pressupostos em   Efeitos diferentes conforme o segmento social / grupo
instituições como a Delegacia da Mulher e, que cultural
consistem fundamentalmente em traduzir o conflito
inter-pessoal numa leitura criminalizadora e   Não é o que efetivamente realizado pelas instituições
estigmatizada em torno da polaridade “vítima-agressor”   Tampouco corresponde às expectativas das pessoas
ou na figura jurídica do “réu”.
atendidas
T. Rifiotis. “As Delegacias Especiais de Proteção à
Mulher no Brasil e a judicialização dos conflitos
conjugais. Revista Estado e Sociedade, 19(1),
2004. (disponível em www.scielo.br )

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Estratégias de intervenção Estratégias de curto prazo


 Diretivas específicas para os serviços públicos
 Curto prazo: coercitivas (judiciarizantes)  Diálogo e definição de responsabilidades
específicas (Polícia, Justiça, Saúde, Educação,
Serviço Social, etc)
 Longo prazo: modulação cultural  Planos de ação coercitiva: disque-denúncia, projetos
de valorização
 Programas de atuação junto a grupos de risco
 Material de divulgação de serviços e de prevenção

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Criminalização Justiça
  A criminalização como reconhecimento pelo Estado  "[La justice] peut, au moins un temps, canaliser
poderia ser considerada como uma “dádiva
ambivalente”, no sentido dado por J.Butler na sua la dispute en la soumettant à son ordre. Elle est
discussão sobre o reconhecimento do “casamento gay”. impuissante à l’arrêter. Pour arrêter la dispute en
  Pois a criminalização da "violência de gênero" exige a justice, il faut donc toujours aller chercher autre
aceitação do tratamento penal dos casos. O que
concretamente implica na polaridade vítima-acusado, chose que la justice. »
sendo que a vítima torna-se testemunha do seu próprio BOLTANSKI, L. L'Amour et la justice comme compétences.
caso no processo. Trois essais de sociololgie de l'action. Paris, Éditions Métailié,
BUTLER, J. "O parentesco é sempre tido como heterossexual ?". Cadernos 1990.
Pagu. (21): 219-260, 2003.

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Estratégias de longo prazo


RIFIOTIS, T. “Judiciarização das Relações Sociais  Projetos de mediação de conflitos
e Estratégias de reconhecimento: Uma  Planos de ação educacional
contribuição para o debate sobre "violência  Apoio continuado para casos mais graves
conjugal" e "violência intra-familiar" “. Revista
 Serviços alternativos de base: rede social
Katálysis, n. 13, 2008. (prelo)
 Construção social da violência
 da aceitabilidade e negação ao modelo de resolução
de conflitos

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Legitimidade
  «A ordem respeitada unicamente por razões racionais  Especificidade e autonomia da lógica do
quanto a fins é, em geral, muito mais instável que a jurídico
orientação que se faz pura e simplesmente em virtude
dos costumes em razão do caráter rotineiro do  Modelos implícitos de sociedade
comportamento, que é a atitude íntima mais recorrente.
No entanto, esta ordem é ainda incomparavelmente
menos estável que aquela que se afirma graças ao
prestígio da exemplaridade e da obrigação, quer dizer
da legitimidade. » (M.Weber)

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Sociedade da Ordem
  Homologia entre violência e urbano
  Desestruturação do tecido social
  Repressão e educação

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Sociedade do risco
 Complexificação do social, diferentes lógicas
 Risco inerente ao sistema
 Dissuasão (agressor) e prevenção (vítima)

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Sociedade do Conflito
  Violência não é desordem ou falha de
integração
  Capacidade de resolução dos conflitos
  Co-produção da segurança

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  “Novos” paradigmas da violência
 Parte da sociabilidade
 Expressão de tensões e conflitos

  Positividade do conflito e regulação social


 Justiça alternativa - Justiça cidadã
–  www.rojaq.qc.ca

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Enfrentando desafios
  Novas formas de sociabilidade
  odelos de valorativos de masculinidade
M
  struturas de poder na sociedade co-figurativa
E
 “Fetalização prolongada” (G. Róheim)
 Presenteismo e projetos de vida
  Modos de pensar o social: objeto moral e
conflito
  Conhecimento e ação: limites éticos
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Conhecimento e ação Modelos Valorativos


 Práticas reativas e práticas pró-ativas  Monopólio – Limites e Riscos
 Prevenção: gerir o risco  Indignação
 Desenvolver a rede social e apoiar a autonomia  Judiciarização
 Sinergia: pesquisa e intervenção  Processos culturais valorativos
 Modelos valorativos de masculinidade
 Aprender a viver a diferença e o conflito
– Justiça alternativa (www.rojaq.qc.ca)

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Muito obrigado.
 Deixar de odiar o tempo presente www.cfh.ufsc.br/~levis
(M.Maffesoli)
rifiotis@cfh.ufsc.br
 Aprender e ensinar a construir o
futuro.

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