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ESCALAPB PB ESCALACOR COR

Produto: EST_SUPL1 - INFORMATICA - 1 - 30/03/09


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SEGUNDA-FEIRA
O ESTADO DE S. PAULO L 30 DE MARÇO DE 2009 - Nº 909

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Para falar com o editor ■ link@grupoestado.com.br

A música livre de
Hermeto Pascoal
Músico libera licenças
e põe toda discografia
para download. PÁG. L8

■■■ ‘Matrix’ e os marcos de 1999, que apenas Aproduçãotraziaumahistó-


ria em que o real e o virtual se
hoje podem ser plenamente compreendidos confundiam. Lá pelas tantas
Morpheus, o guru que guiava o
protagonista Neo em sua jorna-

A primeira
da, propunha: “Você pode esco-
lher entre a pílula vermelha e
azul.Seescolheraazul,vaiacor-
MATRIX dar de manhã em casa e sua vi-
dapermanecerá a mesma.Mas,
se escolher a vermelha, desco-
briráquão fundoé a tocado coe-
lho de Alice.” Não apenas Neo

década da
escolheu a pílula vermelha, co-
mo toda uma legião de pessoas
vislumbraram ali o começo de
uma nova era: a digital.
O Link entrevistou estudio-
sos que, por diferentes razões,
apontaram o ano de 1999 como

era digital
um marco para a cibercultura.
Henrique Antoun, pós-doutor
emCultura e Tecnologia,desta-
cou o embrião da organização
política em rede, que recente-
mente foi essencial para a elei-
ção de Obama. “As manifesta-
ções (antiglobalização) de
Seattle marcam o do-
wnload do ciberespa-
Cultura Junto à ‘Bruxa ço para o real. Até en-
de Blair’ mostrou tão dizia-se que a in-
em 99 o poder da
ILUSTRAÇÃO: ADRIANO ARAUJO

: BRUNO GALO rede e influenciou


ternet alienava as
: JULIANA ROCHA pessoas da ação polí-
obras como ‘Heroes’ que tica. É em Seattle
investe em narrativas que, usando a rede,
Háexatos dez anosfomos de- transmídias, com nascem as multidões
safiados com o seguinte dile- Levou a preocu- desdobramentos inteligentes”.
ma: continuar vivendo do pação com a segu- online Mas, sepor um lado,
mesmo jeito ou enxergar as rança online a todos. não vivemos em uma reali-
coisas que começavam a Melissa foi primeiro dade virtual como a imagina-
emergir? Lançado em 31 de grande vírus. Hoje, Dow- da no filme, cada vez mais po-
março de 1999, ofilme Matrix nadup expõe fragilida- voamos uma rede de relações e
não apenas mostrou a saga des e reforça necessi- trocadeinformaçõesquesetor-
de autoconhecimento de um dade de conscien- nainseparáveldenossarealida-
hackerem uma novarealida- tizar usuário de desconectada. “A barreira
de como abriu os olhos de mi-
lhõesde pessoasparaaciber-
cultura – que até então des- 1999: o ano lançou
pontava em nichos e hoje é
onipresente. os pilares do mundo
Oscarros não voam,os ro- digital que vivemos
bôs ainda não pensam como
nós e o espaço segue inabita-
nos dias de hoje
doporhumanos,mas o“futu- BUG DO MILÊNIO
ro” já chegou e o ritmo das entre online e offline será extin-
transformações é intenso o ta com a convergência dos apa-
suficiente para que não nos relhos. O fato de alguns países
surpreendamos com o teor terem tornado universal e man-
de ficção científica em nosso datório o acesso à web também
diaa dia. Em1999a rede vivia BLOGGER contribuirá”, disse ao Link o
um período de efervescência escritor Gerd Leo-
pré-bolha e além de Matrix nhard (entrevista na
uma série de marcos (veja Evan Willians pág. L6).
nesta página e na L5) impul- lança o publicador, Podemos até não
sionou a ainda embrionária que espalha os diá- ser controlados pe-
cultura digital, revelando o rios virtuais. Jimmy Wa- las máquinas, mas
Inaugura a les idealiza a Wikipedia.
poder da organização em re- distribuição digital softwares de inteli-
de e dando início a mudanças Hoje, a web é 2.0, so- gência artificial já in-
de conteúdo, que mais cial e colaborativa,
que só podem ser plenamen- tarde viraria regra. fluenciam nossas vi-
te compreendidas hoje. e Evan criou o das. Programas capa-
A eleição de Barack Oba-
NAPSTER Somado aos aplicativos Twitter zes de tomar decisões
web, que também
ma, a produção de conteúdo surgiram em 99, deu de forma muito mais dinâ-
colaborativo, a febre das re- origem a ‘cloud mica do que investidores hu-
des sociais, equipamentos computing’ manossãoresponsáveisporcer-
portáteiscadavezmaispode- ca de 40% das negociações fei-
rosos, a troca de arquivos tas nas bolsas americanas, se-
P2P, filmes e programas de gundo a consultoria Aite Group.
TV que se desdobram online Para alguns especialistas, esses
como Lost, a revolução da programas contribuíram para
computação em nuvem, a as- agravar a situação dos merca-
censão da internet móvel e a dos na eclosão da crise financei-
distribuição digital são even- ra mundial, em 2008.
tos recentes que, de uma for- O ex-presidente do Banco
ma ou de outra, têm em sua Central dos EUA Alan Greens-
gênese aquele ano no final do pan disse ao Congresso ameri-
século passado. cano que “as melhores sacadas
Matrixpodeservistocomo de matemáticos e especialistas
umametáforadamudançara- em finanças, apoiadas nos últi-
dical que vivemos e da qual mos avanços da computação e
participamos na última MANIFESTAÇÃO DE SEATTLE da tecnologia, têm uma falha fa-
década.Quandoche- tal. Todo o edifício intelectual
gou aos cinemas, entra em colapso porque os da-
Marco do
com o respaldo dos usados para alimentar es-
ciberativismo.
quase unânime ses sistemas de gerenciamento
Organizada pela rede,
da crítica, não só de risco cobrem apenas as últi-
ela não aconteceu
caiu nas graças mas duas décadas - um período
apenas em Seattle.
do público como de euforia”. A declaração deixa
Utilizando recursos da
se tornou, ao la- claro uma lição: quando as má-
web 2.0, Obama
do de obras como quinaserram isso se deve a uma
Metrópolis, 2001 -
soube mobilizar BANDA LARGA falha humana de programação.
eleitores
Uma Odisseia no Es- A revolução digital apenas
paço e Blade Runner, começoue,seemumadéca-
um clássico da ficção datantacoisajáaconte-
científica – gênero que Chega aos ceu, imagine o que os
se caracteriza por pen- emergentes, como próximosanosnosre-
sar tanto a sociedade Brasil. Junto ao amadu- servam. Há previ-
atual como a do ama- recimento do Wi-Fi e a sões para todos os
nhã (veja na pág. L4). ascensão do 3G , permi- gostos: das mais oti-
O longa dos irmãos tiu o sucesso da era digi- mistasàsapocalípti-
Wachowski era “um tal. Hoje, somos mais cas. E o Link se pro-
dessesfilmescomora- de 1,6 bilhão de põe a orientá-lo neste
ro poder de cristali- conectados admirávelmundo–ain-
zarmomentos dasen- da – novo. ●
sibilidadeurbana”co-
modefiniucom preci- † Mais informações nas
sãoo New York Times. págs. 4 a 6

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