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A DESCOBERTA DO OUTRO

A- Objectivo
Os outros são um dom que Deus nos dá gratuitamente porque quer que nos ajude-
mos com uma colaboração mútua e vivamos entre nós o amor e a unidade. Po-
rém, o outro tem de ser descoberto todos os dias…

B- Desenvolvimento do tema
Quem é o outro? Digamos que o outro seja uma pessoa como eu, com uma alma espi-
ritual, com faculdades humanas que vivem continuamente activas à procura do seu
pleno desenvolvimento, com aspirações que têm o seu começo na Terra, porém que a
transcendem, porque são anseios de infinito, com uma formação humana e académica
particular, com condicionamentos sociais bem precisos etc.
O outro foi posto no mundo por Deus, para que, com os outros homens, forme a socie-
dade humana com a finalidade precisa de construir o mundo, numa missão de conti-
nuar a criação de Deus. Deus cria as coisas e o homem recria-as com Ele. O homem
não é uma realidade solitária. Um homem sozinho é inconcebível. Está sozinho duran-
te alguns momentos, talvez dias ou meses, porém por algum motivo muito especial, e
volta sempre ao grupo social onde tem as suas raízes, os seus interesses, os seus afec-
tos, o seu trabalho, a sua família, ou seja, onde tem a sua vida.

Todo este conjunto de relações fazem parte da vida do outro e da minha própria vida.
Todas estas relações bem estruturadas constituíram as sociedades de homens em todas
as épocas e permitiram-lhes evoluir e desenvolver-se culturalmente, até se distinguir
como povos e raças, segundo os avanços aos quais chegaram. A cultura inca é seme-
lhante, não igual, à cultura dos astecas. Os asiáticos são muito parecidos com os ameri-
canos. Cada povo é ele e tem diferenças dos outros povos com os quais forma a raça
humana. E dos povos e raças, com as suas características específicas de linguagem, re-
ligião, trabalho e educação, passamos aos diferentes continentes e nações. Cada nação
organizou-se por regiões, províncias ou estados. Cada província ou estado tem os seus
municípios, distritos, cidades e aldeias. E nas aldeias ou cidades há lugares ou bairros.
Cada bairro ou lugar é composto por famílias. Cada família tem os seus membros ou
componentes, até chegar ao indivíduo, parte de uma família. Porém, o indivíduo nun-
ca estará sozinho. Sempre fará parte de uma família, de um grupo de amigos, de uma
associação, de uma empresa. Necessitamos do outro para cumprir a nossa missão de
seres humanos. Um estudante necessita de outros estudantes do seu mesmo curso
para concluir o curso. Não haveria curso com um único estudante. Tão-pouco haveria
curso sem um mestre ou professor. Tão-pouco haveria mestre ou professor se não
houvesse outros que ocupassem os cargos públicos e cobrassem impostos para pagar
aos professores. E não haveria professores pagos, se não houvesse pessoas que pagam
os seus impostos. Assim, só para ir à escola ou ao colégio, necessitamos da ajuda dos
outros.
Necessitamos do amigo como outro. Muitas vezes, vive longe da minha casa, não é pa-
rente, porém é meu amigo e eu sinto-o próximo e faz crescer a minha vida. Necessito
daqueles que compartilham comigo a mesma casa: da minha mãe, do meu pai, dos
meus irmãos, de alguns parentes. Sem eles a minha vida seria impossível, porque os
meus pais cuidaram de mim durante todo o tempo, alimentaram-me, vestiram-me,
dão-me tecto, cuidam dos meus passos, dão-me formação, cultura, estudos e uma pro-
fissão para que aprenda a defender-me na vida.

O outro é equivalente ao próximo. Uma vez perguntaram a Jesus: quem é o meu pró-
ximo? E ele respondeu com a parábola do bom samaritano. Quis dizer aos seus inter-
locutores que o outro é qualquer um que esteja ao meu lado e necessite da minha pre-
ocupação, das minhas atenções, da minha companhia, ajuda ou solidariedade. Nin-
guém é excluído. Será o velhinho “chato”, o enfermo lamuriento, o amigo incómodo, o
mendigo sujo, o pobre andarilho; e será também a rapariga maravilhosa, o jovem ele-
gante, as crianças bem vestidas e organizadas, os homens de muito dinheiro, etc. De-
vemos encontrar-nos com todos porque todos são próximos, são os outros com os
quais temos que compartilhar a vida, o espaço vital, a alimentação, o tecto, os costu-
mes, a cultura.

Por que não aceitamos o outro? Por muitos motivos: pela sua pobreza, porque as suas
atitudes não nos agradam, pelos seus modos de ser, pelo nosso egoísmo, porque não
compartilhamos os seus pontos de vista, pela sua intransigência, pelas suas exigências,
pela sua maneira de vestir. Muitas vezes, procuramos os outros por motivos unica-
mente utilitários.
Relacionar-se com os outros significa deixar de lado o egoísmo, as próprias opiniões e
pontos de vista para entrar no mundo do outro. É um trabalho longo que se aprende
desde a infância e se vai fazendo connosco enquanto crescemos e nos tornamos adul-
tos.

C- Texto bíblico
* Lc 10,30-37

D- Reflexão
Como são as minhas atitudes para com os meus pais e amigos? Como me relacio-
no com eles? Quais são as relações que eles têm comigo? Que importância lhes
dou?

No final pode exibir o diapositivo A árvore e o menino, levando os jovens a con-


frontar a sua vida com a história apresentada.
E- Compromisso
Melhorar as minhas relações em todos os níveis. Estabelecer, de forma mais posi-
tiva, as minhas relações em casa, na escola, na comunidade. Interessar-me de for-
ma concreta pelas outras pessoas com manifestações como a saudação, um sorri-
so, prestar-lhes atenção, olhá-las no rosto, etc. Cultivar os valores positivos das re-
lações com as pessoas com quem nos damos bem.

F- Oração
O outro cresce em nós na medida em que, em vez do julgamento, damos lugar ao
acolhimento. O cântico que se propõe é um convite à reflexão pessoal. No final
pode haver partilha ou ao sublinhar de palavras/expressões…

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