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Ano VI • Nº 55 • Março 2004 • R$ 9,00

www.embalagemmarca.com.br

INOVAÇÕES EM CARTONADAS ASSÉPTICAS • HÁ PERIGO NAS LATAS?


O mérito a quem de direito
A o aproximar-se o
quinto aniversário
de EMBALAGEMMARCA,
conteúdo jornalístico ino-
vador e instigante.
Se houve algum mérito
po certamente iremos cor-
rigir. Ele depende de nós,
mas depende também de
sua equipe quer comparti- nisso, ele esteve em termos fatores alheios ao nosso ar-
lhar algumas reflexões conseguido retratar um bítrio, como o andamento
com os amigos leitores e pouco do que o setor brasi- da economia brasileira.
anunciantes que a apóiam leiro de embalagem ofere- Estamos acreditando nas
em crescente número e en- ce em qualidade e inova- previsões de que em breve
tusiasmo. Numa das reu- ção. Isso pode ser visto de ela crescerá. Se isso acon-
niões de balanço e corre- forma relativamente ampla tecer, já estão prontos os
A cobertura do
ção de rotas que fazemos na série de reportagens pu- planos que farão adensar-
setor de embalagem regularmente, foi lembra- blicadas nas edições mais se ainda mais a imagem de
pela revista depende do que o sucesso alcança- recentes, sobre o que há de que EMBALAGEMMARCA
de sua equipe e de do pela revista se deve, na novo e de melhor nos seg- desfruta hoje, de revista in-
um fator externo, que maior parte, a críticas e su- mentos produtores de em- dispensável para a divul-
é o andamento da gestões desses apoiadores. balagens feitas de diferen- gação do que fazem as em-
economia do país. A imagem de revista tes materiais. presas de embalagem no
abrangente e isenta de EM- A cobertura só não é mais Brasil e para a informação
Se crescer, já
BALAGEMMARCA consoli- ampla e profunda, basica- de seus profissionais.
estão prontos dou-se porque a equipe mente, por falta de espaço. Até abril.
os planos para conseguiu, na medida do Mas esse é também um
torná-la ainda melhor possível, transformá-la em problema que com o tem- Wilson Palhares
março 2004
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

Reportagem

8 ENTREVISTA:
SERGIO CALATRONI
Designer italiano fala de
22 ACABAMENTOS
Revestimentos da Akzo
Nobel apelam para uma
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
suas premiadas embala- quase-sinestesia para guma@embalagemmarca.com.br
gens de cosméticos e seduzir o público Leandro Haberli Silva
leandro@embalagemmarca.com.br
de seus outros projetos
Colaboradores
Josué Machado e Luiz Antonio Maciel

12 CARTONADAS
ASSÉPTICAS
40 CONSERVAS
Novas embalagens de
vidro para conservas, à
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
arte@embalagemmarca.com.br
Com modernas guisa de barris, são a
Assistente de Arte
garrafas carto- arma da Hemmer José Hiroshi Taniguti
nadas, SIG
Administração
Combibloc e Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Tetra Pak
querem avançar
no nicho de
42 EMBUTIDOS
Brasil atinge estado
da arte na fabricação
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
itens premium de envoltórios para Karin Trojan
Wagner Ferreira
alimentos embutidos
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro

16 REPORTAGEM DE
CAPA: ATOMATADOS
Perspectivas de
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 90,00

Público-Alvo
crescimento do EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
consumo de e supervisão em empresas fornecedoras, con-
polpas, vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
molhos e mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
extratos como prestadores de serviços relacionados
abrem novas com a cadeia de embalagem.
possibilidades Filiada ao
de apresentação
no setorde

48 PESQUISA
Cetea realiza estudo
para esclarecer os Impressa em Image Art 145 g/m2 (capa) e
boatos sobre o perigo Couché Mate 90g/m2 (miolo) da Ripasa
das latas para bebidas Impressão: Congraf

3 Editorial 51 Display
EMBALAGEMMARCA é uma publicação
As necessidades constantes Lançamentos e novidades – e
mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
de corrigir rotas e crescer seus sistemas de embalagens Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
6 Cartas 54 Panorama Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
A opinião, as sugestões e Movimentação na indústria de Filiada à
as críticas dos leitores embalagens e seus lançamentos

20 Ambiente 56 Painel Gráfico


FOTO DE CAPA: STUDIO AG

www.embalagemmarca.com.br
Invenção brasileira para cães Novidades do setor, da criação
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
coopera com um dever cívico básico ao acabamento de embalagens resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
39 Vinhos 58 Almanaque cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
Marca nacional sofistica-se e adota Fatos e curiosidades do mundo
matérias assinadas não refletem necessaria-
inédita garrafa de vidro retornável das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
indústrias, acabam por compreen- marketing, que são complementa-
der a importância de anunciar. Per- res e tão importantes para se maxi-
cebem então porque as ações em mizar o investimento na marca da
feiras são esporádicas, limitadas no empresa. Cada vez mais tenho pra-
tempo e voltadas sobretudo para o zer em ler EMBALAGEMMARCA.
departamento de vendas, não para a Maria Elisa Cappellano
marca da empresa. Propaganda Toro Estratégia em Comunicação
vende conceito, diferencial compe- São Paulo, SP
titivo, auxilia na mudança de per-
cepção do produto, cria identidade, Embalagens para calçados

Verbas de mídia
dá visibilidade para a empresa.
Convém também contabilizar: sai
muito mais barato anunciar o ano
P arabéns pela divulgação da im-
portância das embalagens para a in-

P arabéns pelo Editorial de feve-


reiro. Na agência de comunicação
inteiro do que participar de uma se-
mana de feira, com custos de fun-
cionários que devem ficar à dispo-
dústria de calçados (“Com o pé na
inovação”, EMBALAGEMMARCA nº
51, novembro/2003). Pude cons-
em que trabalho, ao nos contrata- sição, distribuição de brindes, fo- tatar que a repercussão foi enorme,
rem, clientes pedem um trabalho de lhetos etc. Se a empresa tiver um uma vez que o assunto embalagem
comunicação integrada, mas nem bom plano de mídia, o stand na fei- era pouco considerado neste merca-
sempre entendem a importância de ra dará sustentação à comunicação, do. Neste contexto, as perspectivas
anunciar em revistas. Não anunciar o que representa um bom aproveita- são muito favoráveis, favorecendo
acaba com o “integral” de qualquer mento da verba. o crescimento da indústria de calça-
estratégia de comunicação. Parabéns mais uma vez por aborda- dos e de embalagens.
Em geral, somente depois de um rem um tema tão polêmico e difícil, Assunta Napolitano Camilo
planejamento de mídia que traz re- tentando fazer a indústria perceber assuntacamilo@uol.com.br

"
sultados esses clientes, geralmente a diferença entre essas ações de São Paulo, SP

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RAMO DE ATIVIDADE DA EMPRESA:

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:
entrevista

Encanto aliado a conteúdo


Q
uando se fala em atividades li-
gadas à criatividade, poucos
indivíduos incorporam tão
bem o conceito de multitarefa
quanto Sergio Calatroni. Des-
de 1975, esse italiano, nascido
em Pavia e baseado em Milão,
tem desenvolvido um sem-número de pro-
jetos em vários países, em áreas como ar-
quitetura, cenografia, moda, desenho in-
dustrial, design de interiores, escultura, de-
sign gráfico, direção de criação e jornalis-
mo. No entanto, Calatroni ganhou maior
evidência nos últimos anos, com os desen-
volvimentos de identidades visuais e de
embalagens para renomadas companhias
de cosméticos.
Os modernos recipientes que projetou para
a gigante japonesa Shiseido e para a ste-
phanemarais_, atual “hype” entre as grifes
francesas, lhe renderam diversos prêmios,
entre eles o 2003 London International Ad-
vertising Awards, o Good Design Award e
o Category’s Award, estes dois últimos
conferidos pelo Ministério do Comércio
japonês. Hoje, além de ser o responsável
pela criação dos produtos e embalagens da
Shiseido e da stephanemarais_, Calatroni
também coordena os projetos do museu
DIVULGAÇÃO

Craft Design, no Japão, e a construção do


Museu Nacional de História Natural, em
Damasco, capital da Síria.
O designer italiano EMBALAGEMMARCA conversou com Cala-
troni sobre as incursões no campo das em-
SERGIO CALATRONI balagens em São Paulo, mais precisamente
no Museu da Casa Brasileira, onde ele da-
fala de seus premiados ria uma concorrida palestra, no dia 19 de
fevereiro, a convite da direção do Museu.
recipientes para
O senhor tem experiências em diversos
cosméticos e da chance campos das artes, da arquitetura e do de-
sign. Como ocorreu o envolvimento com o
de transformar embalagens design de embalagens?
Estive no Japão por dois anos, entre 1996 e
em mais que meros 1998, como professor visitante do Museu
de Design da Universidade de Tóquio, e lá
espaços para anunciar conheci o pessoal da Shiseido. O trabalho
para a linha de perfumes Untied foi o meu
logotipos e preços primeiro na área de embalagem. É bom

8 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


ressaltar que não sou um designer de em- de mostra que as pessoas não querem ape-
balagens, no sentido usual da coisa, e en- nas contêineres de produtos, mas embala-
tendo que essa foi a razão de a Shiseido ter gens com conteúdo.
me pedido para tocar um projeto. Acho
que eles estavam um pouco entediados O senhor constantemente realiza projetos
com o profissionalismo extremo, no senti- internacionais em diversas áreas. Que ti-
do de processos metódicos, dos criadores pos de fatores – econômicos, culturais, re-
de suas embalagens, e ficaram impressio- ligiosos, tecnológicos – o designer deve
nados com alguns de meus trabalhos. E considerar nos projetos para mercados es-
minha vida tem sido assim. Alguém me trangeiros?
pede para fazer algo e eu digo: “Por que É difícil responder. Mas, de certo modo
não?”. Não gosto dessa corrida pela espe- caindo num lugar-comum, acho que é pre-
cialização. Nem sou graduado em arquite- ciso trabalhar as emoções das pessoas e
tura ou em design. amar o que se está fazendo. Quando você
ama e se agarra a algo, as mensagens sur-
No ano passado, as embalagens que o se- gem. Quando se é frio, não há paixão, as
nhor desenvolveu para a stephanemarais_ coisas não fluem, ficam estandardizadas,
ganharam três importantes prêmios inter- herméticas.
nacionais. Que fatores conceituais de seu
trabalho o senhor acredita terem sido de- Notamos que o senhor trabalhou com mo-
cisivos para a obtenção desses prêmios? delos de madeira, como mock-ups, no pro-
Em primeiro lugar, não faço nada para ga- jeto das embalagens para a Shiseido.
nhar prêmios, não me importo com isso. É Houve dificuldades na transposição des-
um glamour que não me impressiona. Gos- ses modelos para as embalagens finais,
to das coisas simples. Acredito que todas
as pessoas têm talento, são inteligentes, e o
que distingue umas das outras são as opor-
tunidades. No caso de stephanemarais_ , Projeto para a linha
Untied, da japonesa
trabalhei influências da cultura mediterrâ- Shiseido, passou
nea, especialmente de observações que fiz por fase de
de vasos gregos. Os gregos têm vasos mui- prototipagem em
madeira até
to bonitos, todos decorados com imagens chegar às
de deuses, de animais, de sexo. São, nesse consagradas
sentido, embalagens. Eles representam um embalagens
acabadas
conceito muito interessante, pois valorizo
a embalagem que não seja apenas um reci-
piente. Ela é muito mais bela quando con-
ta uma história, quando é uma espécie de
mangá (n. do e.: histórias em quadrinhos
típicas do Japão). Não me impressiono
com embalagens sem esse tipo de back-
ground. A idéia era que as embalagens de
stephanemarais_ fossem um lugar para
histórias, e que misturassem influências de
diversas mídias, uma vez que nós vivemos
atualmente numa era de confusão, de con-
tradições. Então, trabalhei mesclas de uma
série de imagens, as mais diferentes possí-
veis, como fotos de vários lugares do mun-
do, ilustrações diversas, fractais, registros
de fotógrafos profissionais, instantâneos
de anônimos... Foi a chance de contar al-
guma coisa, e sinto que a boa receptivida-

mar 2004 • EMBALAGEMMARCA – 9


alguma restrição em razão de limitações A sua larga experiência como arquiteto o
de materiais ou do método de impressão? auxilia no desenvolvimento de embala-
A Shiseido tem um jeito peculiar de desen- gens? É possível o senhor traçar paralelos
volver suas embalagens, trabalhando com entre essas duas atividades?
modelos gerados digitalmente, para que É claro, essa experiência conta muito.
não haja problemas com máquinas de suas Tudo é importante para o nosso objetivo,
linhas de produção e outros detalhes. Eu que é expressar nossa criatividade. Por
procurei fugir um pouco disso. Recorri, à isso, a visão de diferentes atividades acaba
época, a um amigo italiano, Giovanni Sac- contribuindo como layers (n. do e.: cama-
chi, que é um famosíssimo designer e mo- das, na tradução literal do inglês, mantido
delista de madeira, um artesão com mais no original por ser uma apropriação da
de sessenta anos de experiência nessa área. linguagem dos softwares gráficos). Acho
Na verdade, primeiro bolei modelos de pa- que o designer de embalagem, assim como
pel, à guisa do origami japonês. Estava na o arquiteto, deve ser moderno, muito
piscina, fiz modelos em pequeníssima es- clean, transparente. Porém esse tipo de
cala e mostrei a um diretor da Shiseido, inspiração não vem somente da contem-
que ficou impressionado. Pouco depois, plação de locais modernos, desenvolvidos.
desenhei esboços e pedi a Sacchi que fi- Quando venho a São Paulo ou estou na Ín-
zesse os mock-ups em madeira. No fim, os dia, fico por horas e horas andando sem di-
produtos acabados se basearam numa reção, observando coisas, principalmente
combinação de vidro e plástico. Tivemos arquitetônicas. E o que me chama a aten-
apenas dificuldade na decoração do vidro ção é o que me parece evocar vida, e
e no encaixe da tampa, mas esses contra- isso não é diretamente ligado a coi-
tempos foram rapidamente solucionados sas ultramodernas. Só suntuosi-
por técnicos. dade não me impressiona.

As embalagens que o senhor projetou para O senhor disse que gosta de


Shiseido e stephanemarais_ se baseiam vagar pelas cidades que vi-
em materiais e processos sofisticados. O sita. Chegou a visitar al-
senhor considera essencial para os desig- gum supermercado nacio-
ners estudarem as diferentes matérias-pri- nal? O que notou de diferente
mas, os processos de impressão, enfim, os em relação às embalagens de
detalhes industriais da fabricação de seus produtos de seu país natal e de ou-
objetos de trabalho? tros países?
Não quero ser evasivo, mas acredito que Fui a supermercados, sim, mas não há
isso não seja regra. Sou também professor, grandes diferenças. Claro que produtos
e procuro passar a seguinte mensagem tradicionais do Brasil têm uma cara pró-
para os alunos: esqueçam de tudo, pria, mas quando se fala em produtos de
partam do zero, isso tam- massa não há distinção extrema. Isso é de-
bém é válido. Nossa corrência da globalização do marketing,
cultura é por vezes de uma relevância grande dada a números,
muito restritiva, um o que acaba destituindo as embalagens de
sonho sobre o que é poesia. Isso não é marketing, é violência.
cultura, e não há Veja o caso do Japão do início do século
como dizer que partir passado: as embalagens eram artefatos re-
para a prática, sem pletos de pureza e poesia. Hoje, as emba-
muitas considera- lagens são projetadas somente para apre-
ções, não funcione. sentar o mais imediatamente possível o
Possuir informações preço e o logotipo da empresa. Isso é pro-
pode ser um privilé- fundamente chato.
gio. Por outro lado,
pode ser também peri- De modo similar ao que acontece com ou-
goso, limitador. tros países em desenvolvimento, o design
10 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004
brasileiro é muito influenciado pelo que
acontece no hemisfério norte, em países
com culturas mais fortemente
apoiadas do ponto de vista eco-
nômico e, portanto, com con-
dições de exercer essa in-
fluência. Na sua opinião, e
permanecendo estritamente
no campo do design, o que os
agentes de uma cultura como
a brasileira podem fazer para
que seja mantida, se não a in-
tegridade, pelo menos as pecu-
liaridades que fazem dessa cul-
tura uma cultura específica?
É claro que é impossível se fechar a essas
Nesta página e na
influências, elas fazem parte de uma má-
anterior, alguns
quina que não pode ser parada. Em primei- dos projetos
ro lugar acho fundamental que se ame seu desenvolvidos
por Calatroni
país. O que é original, o que é único no para a francesa
Brasil? Creio que não se pode duvidar stephanemarais_,
de que há uma energia especial, ri- atual “hype” entre
as grifes de
quezas singulares aqui. Vale fazer, cosméticos:
nesse sentido, um exercício de me- embalagens
ditação, de filtragem. Por um com conteúdo
momento, esqueça a contamina-
ção de outros países, e aí volte e
pense numa história brasileira,
no que se pode contar a partir do
que é a realidade do Brasil. Acho
que isso ajuda.

O senhor já recebeu algum convite para


desenhar embalagens para alguma com-
panhia brasileira? Levando em conta o
que observou aqui, o que exploraria, tan-
to para o mercado interno quanto para ex-
portação?
Ainda não, mas quem sabe receba algum
amanhã? (risos) Não haveria problemas,
cada trabalho é sempre uma nova aventu-
ra. Tentaria imprimir nessas embalagens
aspectos curiosos, pois sou um eterno
curioso, sobre todos os assuntos. Se-
ria bom trabalhar com a cultura bra-
sileira, pois ela é tão criativa. O
Brasil é como um vulcão de in-
fluências: não tem só o futebol e
a natureza rica, mas cidades
opulentas, diferenças, e agora
até as supermodelos... Nosso
trabalho é fazer uma ponte entre cul-
tura, educação e o povo.
cartonadas assépticas

Novos desenhos
Provedoras de caixas longa vida inovam com formatos modernos
Por Guilherme Kamio
imensionamento adequado, er- dais ou de paralelepípedo, vêm ganhando a

D gonomia avançada, fechamen-


tos altamente práticos. Essa
tríade, que nos projetos de em-
balagens direciona amiúde buscas por
companhia de desenhos mais sintonizados
com as novas ondas de marketing e com a
preamar que se forma a partir do amontoa-
do de exigências dos hábitos modernos de
apresentações vendedoras às indústrias e consumo. No caso dessas soluções-caçulas
ao mesmo tempo confortáveis ao consumi- das provedoras da praia das embalagens
dor, vem sendo notavelmente priorizada cartonadas assépticas, seus atributos supe-
nos mais recentes desenvolvimentos das riores revelam uma ferramenta convincen-
principais fornecedoras de cartonadas as- te principalmente para alavancar vendas de
sépticas – as caixinhas multicamadas po- produtos com atributos superiores, nobres.
pularmente conhecidas como longa vida. Embalagens
Reflexo disso é que os formatos tradi- combifit, da SIG Claro apelo premium
Combibloc (abaixo),
cionais desses recipientes, como os pirami- Esse direcionamento é explícito pelo nome
e Tetra Top, da
Tetra Pak (na página da novidade de uma das fornecedoras no-
ao lado): maior tórias desse tipo de solução, a SIG Combi-
conveniência ao bloc: combifit Premium. Trata-se de uma
consumidor com
a melhor vazão embalagem que, segundo a multinacional,
da bebida e as oferece diferenciais em relação aos forma-
possibilidades tos standard. Um deles, imediatamente vi-
de consumo direto
e fora do lar
sível, é o fato de ela possuir um desenho
FOTOS: DIVULGAÇÃO

12 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


singular, com as costas côncavas e a parte sicionamentos distintos de mercado com
frontal convexa, bojuda. Mais que conferir um só equipamento; uma linha básica
destaque visual e um manejo mais firme da acondicionada no formato combibloc e
embalagem, esse design confere vantagens uma linha premium em embalagens com-
aos processos logísticos. Suas curvas oti- bifit”, exemplifica Petra. Ela acrescenta
mizam o espaço na disposição de embala- que, inicialmente, a combifit Premium está
gens umas nas frentes das outras, permitin- disponível nos volumes de 500ml, 750ml e
do um encaixe entre elas. 1000ml.
Para o consumidor, um ganho de prati- Até pelo fato de ser um lançamento re-
cidade é revelado pela conjugação do topo cente, a nova embalagem da SIG Combi-
chanfrado do recipiente, que forma um ân- bloc ainda não estreou no mercado nacio-
gulo apropriado para servir a bebida acon- nal, mas Petra acredita que o país guarda
dicionada e que garante o esvaziamento to- bom potencial para ela. “É uma embala-
tal do recipiente, com a presença da tampa gem com a cara dos sucos mais trabalhados
plástica de rosca combiTwist, cujo dese- e de outras bebidas premium, como as ma-
nho, de perfil elevado, garante vazão uni-
forme e sem gotejamentos. Esse fechamen-
to, aliás, é um trunfo para a aceitação da
combifit, no entender de Petra Klöcker, ge-
rente de marketing da SIG Combibloc para
a América do Sul. “Muitas pessoas têm re-
ceio de consumir produtos diretamente nas
caixinhas, mas a funcionalidade da com-
biTwist deve estimular esse hábito”, ela
aposta. “Conseqüentemente, pode-se dizer
que a combifit Premium é uma embalagem
ideal para o consumo fora do lar.”
Do lado do usuário, uma grande vanta-
gem, assinala a executiva, é o fato de as
embalagens combifit poderem ser proces-
sadas na mesma máquina que os formatos
standard da empresa, as combibloc, e de
forma simultânea. “Isso abre a possibilida-
de de o cliente trabalhar produtos com po-

mar 2004 • EMBALAGEMMARCA – 13


tinais com múltiplas vitaminas, formadoras cre inviolável e tampa de rosca, que preser-
de uma categoria em ascensão na Europa va a sua integridade na geladeira após a
que está optando pela combifit em vez de abertura – mais precisamente por 72 horas,
outros tipos de garrafa.” prazo recomendado para o consumo do
conteúdo total da embalagem.
Construção híbrida No bojo dos argumentos brandidos por
Igualmente posicionada como uma alterna- Eisler a favor da novidade, a construção hí-
tiva a garrafas de materiais concorrentes, brida da embalagem vai ao encontro das
com evidente apelo premium, está um dos principais necessidades de marketing atu-
principais lançamentos mundiais de outra ais para bebidas do grande varejo. “O cor-
referência na área de cartonadas assépticas, po cartonado permite aproveitamento total
a multinacional sueca e líder de mercado do espaço da embalagem para a colocação
Tetra Pak. O sistema, que atende pelo de dizeres e para a exposição da marca,
nome Tetra Top, compreende embalagens com vantagens visíveis em relação à im-
que vêm sendo alcunhadas como “garrafas pressão direta das garrafas plásticas e ao
cartonadas” nos mercados estrangeiros. Tal uso de rótulos”, ressalta o diretor da Tetra
apelido é mais que justificado pela constru- Pak. “Ademais, trata-se de uma embala-
ção singular das embalagens: elas possuem gem ótima para o consumo nômade e que
corpo cartonado, mas são fechadas com proporciona ótimo aproveitamento em pro-
um topo de plástico injetado. cessos logísticos e até no armazenamento
A própria Tetra Pak faz questão de es- na geladeira do consumidor.”
clarecer que a novidade, em sua acepção Com relação aos aspectos industriais da
plena, “é um conceito de embalagem que Paulista Top, da utilização do sistema, a máquina integrada
não é um recipiente cartonado asséptico e CCL, é o primeiro ao sistema Tetra Top é posicionada para ca-
tampouco uma garrafa plástica”. Isso não produto brasileiro pacidades altas de produção. “É preciso ter
a se valer do novo
só pela presença da peça em plástico intei- sistema Tetra Top
uma relativa massa crítica de produtos para
riço de seu topo. Ocorre que a embalagem ocupar essa máquina, mas isso não impede
também não tem a propriedade longa vida, que ela seja adaptada a necessidades regio-
necessitando de cadeia refrigerada em sua nais”, garante Eisler, utilizando como
distribuição e comercialização. “É, portan- exemplo o próprio caso da cliente CCL,
to, uma solução para produtos pasteuriza- atuante somente no Estado de São Paulo.
dos, mas não para os ultrapasteurizados, No tocante aos volumes, é possível traba-
que continuam a dispor de outras soluções lhar com recipientes de 200ml, 500ml,
de nosso portfólio”, ilustra Eduardo Eisler, 750ml e 1000ml.
diretor de marketing da Tetra Pak Brasil. A despeito da presença ainda incipiente
Essa característica, no entanto, não por aqui, Eisler compartilha da opinião da
marginaliza produtos cativos das cartona- profissional da SIG Combibloc: as embala-
SIG Combibloc
das assépticas tradicionais, como os leites. (11) 3168-4029 gens cartonadas mais buriladas para bebi-
Tanto é que a estréia da Tetra Top no Bra- www.sigcombibloc.biz das têm tudo para decolar no país – e sem
sil se deu através do Paulista Top, da CCL, arremeter. “Já constatamos que, de modo
Tetra Pak
um leite tipo B com posicionamento pre- (11) 5501-3200 peremptório, o consumidor aprova essas
mium. O produto é comercializado com la- www.tetrapak.com.br modernidades”, arremata Eisler.

Problema do cliente não pára entregas


A crise da matriz italiana da Par- do imbróglio da famiglia Tanzi, não foram interrompidas em ne-
malat refletiu de modo amargo na continua a atendê-la, não só no nhum momento. Todavia, elas es-
subsidiária brasileira, conforme o Brasil mas no resto do mundo. tão sendo feitas mediante precau-
noticiário recente tem mostrado. “Estamos seguindo uma orienta- ções em termos de pagamentos.
No entanto, a Tetra Pak, uma das ção mundial da Tetra Pak”, conta “Como todo o mercado, estamos
grandes provedoras de embala- Carla Coelho, diretora de comuni- acompanhando o caso para ver
gens da empresa, ainda que natu- cação da Tetra Pak Brasil. As en- qual será seu desenrolar”, arrema-
ralmente não esteja saindo ilesa tregas para a Parmalat brasileira ta Carla.

14 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


SIG Combibloc – Eras siderais
na tecnologia de embalagem

2003
SIG Combibloc é a
primeira a dar
forma exclusiva às
embalagens
cartonadas
(combishape)

1930
SIG Combibloc é
a primeira
fornecedora
européia de 1993
embalagens SIG Combibloc
cartonadas para introduz a primeira
bebidas (Perga) 1978
SIG Combibloc tampa para
introduz a primeira embalagens
máquina de envase cartonadas assépticas
asséptica, de alta (combiTop)
produção, com
1962 capacidade para
SIG Combibloc 10.000 embalagens/hora
1985
introduz a primeira SIG Combibloc
embalagem envasa os primeiros
cartonada produtos alimentícios
pré-formada com pedaços em
(Blocpak) embalagens
cartonadas assépticas

Como uma das líderes mundiais na fabricação de embalagens cartonadas


assépticas, há décadas estabelecemos, continuamente, padrões através
das nossas soluções em embalagem. Uma nova era sideral se inicia
com a inovadora embalagem cartonada combishape, que oferece
uma diversidade de formas exclusivas e quase ilimitadas. Com ela
nasce uma nova estrela no universo das embalagens, criando
possibilidades e oportunidades de mercado totalmente novas.
Confira você mesmo: www.sigcombibloc.com

SIG Combibloc do Brasil Ltda


SIG Combibloc Rua Iguatemi, 192 - cj. 14
01451-010 – São Paulo – SP
Tel. +55 (11) 31 68 40 29
Fax +55 (11) 31 68 40 18
www.sigcombibloc.com
reportagem de capa

Os bene
diver
Receptivo a diferentes embalagens, mercado

e existisse um ranking destina- formance inevitavelmente abre espaço para

S do a classificar os diversos seg-


mentos do varejo de acordo
com as oportunidades de atua-
ção que eles representam para a cadeia de
associações com as mudanças comporta-
mentais dos consumidores e as conseqüen-
tes exigências por produtos cada vez mais
práticos. Nesse sentido, a generalizada falta
embalagem, o setor de atomatados possi- de tempo que as pessoas enfrentam para
velmente mereceria ocupar uma de suas preparar suas refeições, aliada ao crescente
mais privilegiadas posições. Essa hipotética número de mulheres que trabalham fora de
condição não se justifica apenas pela diver- casa e ao aumento do público single são al-
sidade de apresentações, que inclui em guns dos fatores que, direta ou indiretamen-
grandes volumes soluções tão distintas te, parecem contribuir para o crescimento
como latas de aço, cartonadas assépticas, das vendas de atomatados no Brasil. “De
embalagens flexíveis e potes e copos de vi- fato, a correria da vida moderna favorece
dro. O mercado de polpas, molhos e extra- nosso trabalho”, resume Daniela Paula, ge-
to de tomate também se tornou estratégico rente de produtos da KnorrCica.
para os fornecedores de embalagem pelas
animadoras taxas de crescimento que vem Reclamação antiga
apresentando nos últimos anos. Afora os motivos, o que se percebe é que os
Segundo estimativas dos próprios fabri- resultados positivos do mercado de atoma-
cantes, em 2003 a indústria brasileira de de- tados têm favorecido a adoção de novos
rivados de tomate movimentou mais de 950 acessórios e soluções de embalagem. A pró-
milhões de reais, acumulando crescimento
de 15% nos últimos seis anos. O número in-
FOTOS: STUDIO AG

clui também o mercado de ketchup, mas


são os molhos prontos e refogados que pro-
tagonizaram os melhores desempenhos de
venda no setor. Menina dos olhos dos fabri-
cantes de atomatados, essas categorias
cresceram 3% no ano pas-
sado, alcançando cir-
culação superior a 90
mil toneladas.
Considerada boa
face às fortes varia-
ções do preço do to-
mate, que compromete-
ram o consumo do produto
in natura durante diferentes pe-
ríodos do ano passado, a per-

16 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


fícios da
sidade
de atomatados vive perspectiva de crescimento

pria KnorrCica, que pertence à Unilever de acondicionamento começam a conquis-


Best Foods, recentemente dotou as caixi- tar usuários no Brasil. É o caso dos stand-
nhas longa vida do Pomarola, uma de suas up pouches, embalagem flexível já utiliza-
mais tradicionais marcas de atomatados, de da nos mercados de maionese, pet food, ali-
uma solução que, apesar de já ser comum mentos liofilizados e condimentos, entre
no mercado de sucos, até então nunca havia outros, cuja base sanfonada permite exposi-
sido usada em molhos de tomate no Brasil. ção vertical nas gôndolas.
Trata-se do sistema de fechamento Pull-
Tab, da Tetra Pak. Formado por uma pelí- Estréia dos stand-up pouches
cula metalizada colada à saída da caixa, o De forma inédita no setor nacional de ato-
recurso permite, além de controle da dosa- matados, o sistema foi adotado no final do
gem, que o produto seja aberto sem tesou- ano passado pela SoFruta, indústria alimen-
ras ou facas. tícia com fábrica em José Bonifácio (SP). O
Segundo a executiva da KnorrCica, esse projeto foi resultado de uma iniciativa con-
fechamento atende a uma antiga reclama- junta que envolveu a subsidiária brasileira
ção dos consumidores de atomatados ven- da convertedora chilena Alusa e a fabrican-
didos em caixinha. “No nosso caso, o pro- te de filmes de poliéster Terphane. Na parte
Com 53% do mercado blema não é o retampamento, já que quase de equipamentos, entrou em cena a G.D do
de atomatados, carto- sempre os produtos são consumidos de uma Brasil, responsável pelo fornecimento de
nadas assépticas em-
placam fechamentos só vez, mas a dificuldade de abertura”, ex- uma máquina de fabricação nacionalizada
diferenciados, como plica Paula. Eduardo Eisler, diretor de de- da marca espanhola Volpak.
o sistema Pull-Tab, da senvolvimento de negócios da Tetra Pak, Pelo menos a julgar pelo panorama de
Tetra Pak, visto abai-
xo no Pomarola, da
acrescenta que a diferença de custo em re- outros mercados sul-americanos, o empre-
KnorrCica lação a uma caixinha desprovida da solução go desse tipo de embalagem tem chances
“é muito baixa”. “Por isso esperamos que de crescer entre os fabricantes brasileiros de
esse e outros tipos de fechamento que atomatados. Segundo Márcia Sato, gerente
hoje são pouco utilizados nas de desenvolvimento de embalagem da Alu-
cartonadas de atomata- sa, o stand-up pouch acondiciona atualmen-
dos conquistem novos te mais de 45% dos volumes de atomatados
usuários no setor.” produzidos no Chile. Ainda de acordo com
Fora dos domínios a executiva, tal desempenho poderá ser um
das embalagens cartona- dia alcançado no Brasil, graças aos preços
das, que estão presentes mais convidativos dos filmes flexíveis em
em aproximadamente relação aos materiais concorrentes. “Os
35% do mercado brasilei- persistentes aumentos das embalagens de
ro de atomatados, com vidro e das latas de aço aumentaram a com-
picos de participação de petitividade dessa alternativa de embala-
até 98% no mercado de gem no mercado brasileiro”, acredita Sato.
polpas, outros sistemas Apesar dos alegados acréscimos, as em-

mar 2004 • EMBALAGEMMARCA – 17


Alusa balagens de aço continuam sendo as mais
(11) 5093-5906
utilizadas no setor de atomatados, com par-
alusabr@alrbrasil.com.br
ticipação estimada pela CSN em 52%. Mas
Cisper em mercados como o de molhos prontos e
(11) 6542-8000
www.cisper.com.br
refogados, a presença das latas é ainda
maior, chegando a 70%. Contribuem para
CSN esse domínio as variações de tamanho ex-
(11) 3049-7222
www.csn.com.br ploradas nas prateleiras de extratos, e os
apelos de praticidade oferecidos pelas tam-
G.D do Brasil pas abre-fácil dotadas de selo de vedação.
(11) 6095-2000
www.gdbr.com.br Além de beneficiadas por esse fechamento,
que tem nos atomatados, inclusive os ven-
Metalgráfica Iguaçu didos em potes de vidro, seu maior merca-
(11) 3078-8499
www.metaliguacu.com.br do consumidor no Brasil, as latas de aço
contam a seu favor com a progressiva ofer-
Nadir Figueiredo Variedade de tamanhos e sistemas de fechamento favorece
ta de embalagens acabadas, alcançada a
(11) 6967-8831 embalagens de aço no mercado de molhos prontos
www.nadir.com.br partir da entrada de novos fornecedores no
mercado. tícias”, afirma Rodolfo Kesselring, superin-
Terphane
(11) 5503-3960
tende comercial da Metalgráfica Iguaçu.
www.terphane.com.br Atendimento personalizado Já no caso das embalagens de vidro, a
Exemplo recente é o da Metalgráfica Igua- possibilidade de reutilização continua sen-
Tetra Pak
(11) 5501-3200
çu, uma das maiores fabricantes de latas do um importante fator de emprego do ma-
www.tetrapak.com.br para óleos comestíveis do país, que no ano terial entre os fabricantes de atomatados.
passado iniciou a oferta de embalagens para Isso é ainda mais perceptível nos extratos
Wheaton
(11) 4355-1800 outros mercados alimentícios, incluindo os de tomate, categoria cujos maiores valores
www.wheatonbrasil.com.br atomatados. Um dos diferenciais da empre- unitários de venda tornam viável o uso de
sa no setor é a oferta de latas dotadas de copos mais elaborados. “A idéia de aprovei-
fundo com diâmetro reduzido. Conhecida tar não somente o produto, mas também sua
como neck, a característica facilita o empi- embalagem, ainda atrai muitos consumido-
lhamento dos produtos, podendo diminuir res, especialmente nas classes C e D”, ob-
Stand-up pouches
os índices de devolução por avarias causa- serva Daniela Paula, da KnorrCica.
adotados pela das durante os processos de transporte e ar- Mas a utilização de embalagens de vi-
SoFruta: mazenamento. “Queremos nos posicionar dro nas gôndolas de atomatados também
perspectiva de
no mercado de atomatados como um forne- encontra resguardo entre os produtos de
crescimento
ancorada em cedor de médio porte, capaz de oferecer maior valor agregado. Isso é perceptível
preços atendimento mais nos molhos prontos acrescentados de ervas
competitivos personalizado por e temperos especiais e po-
trabalhar apenas com sicionados em faixas mais
embalagens alimen- nobres das gôndolas de
atomatados. Embora o
consumo se concentre nas
chamadas ocasiões espe-
ciais, os nichos sofistica-
dos têm garantido junto
com os extratos de maior
giro, participação aparen-
temente estável ao vidro.
Um exemplo do espa-
ço cativo do material nas
gôndolas de derivados de
tomate transparece na es-
tratégia da Predilecta,
marca de produtos ali-
18 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004
mentícios que tem 40%
de seu faturamento li-
gado ao mercado de
atomatados. “Tiramos
algumas extravagân-
cias, como canecas de
chope, mas mantive-
mos seis diferentes mo-
delos de copo de vidro
em nossa linha de ex-
tratos de tomate”, in-
forma Antônio Carlos
Tadiotti, sócio-diretor
da empresa, acrescen-
tando que essas emba-
lagens são fornecidas
por três vidrarias: Cis-
per, Nadir Figueiredo e Wheaton.
A heterogeneidade de apresentações
mostra, enfim, que, não obstante as recentes
turbulências vividas pelo setor – que podem
ser resumidas pela indefinição da situação
da Parmalat, que trabalha a área de deriva-
dos de tomate no Brasil através da marca
Etti, e pelos problemas judiciais enfrenta-
dos recentemente por Sergio Cragnotti, ex-
dono da Cirio (marca que, junto com a con-
trolada Peixe, detém cerca de 5% do merca-
do brasileiro de atomatados) – as empresas
de embalagem não têm motivos para deixar
de depositar suas fichas nas prateleiras de
polpas, extratos e molhos de tomate. “Os
últimos anos mostraram que o papel das
embalagens só tende a crescer no setor”,
conclui Daniela Paula, gerente de produto
da KnorrCica.
Vidro aposta em
imagem premium e,
no mercado de
extratos, no apelo
da reutilização
ambiente

Passeio tranqüilo
“Embalagem” para coletar dejetos caninos tem tudo para dar certo
ada sua nada invejável produ- geral com a mão embrulhada num saco de Jofer Embalagens

D ção diária de excrementos cani-


nos, maciçamente largada em
parques, praças e calçadas, São
Paulo é um mercado promissor para um
supermercado. Martins viu nesse mau fru-
to do amor pelos pets uma oportunidade de
negócio. Deduziu que, além de deselegan-
te e desconfortável, aquele gesto traz em-
(18) 3643-4000
www.jofer.com.br

Katika
www.katika.com.br

produto idealizado pelo empresário José butido um perigo maior que o acúmulo de Ripasa
Roberto Martins como arma de combate sujeira nas ruas – o de “milhões de saquin- 0800 113 257
www.ripasa.com.br
àquele flagelo. Trata-se de uma “embala- hos cheios de caca entupindo os bueiros e
gem” descartável, de uso prático, custo enfeiando parques e praças das cidades”.
unitário baixo para o usuário (quando não, A julgar pelo incessante crescimento do
inexistente, por ser ideal como brinde). mercado de rações animais, a ameaça é
Além de tudo, é um produto ambiental- realmente grande. Só na região da Grande
mente correto. Batizado de Katakaka, com São Paulo há cerca de 4 000 pet shops, do
a marca Katika, o produto, feito de papel total estimado de 10 000 lojas no país. A
cartão, é tão degradável quanto o conteúdo. população de bichos de estimação no Bra-
Seu idealizador conta que a idéia surgiu sil é calculada em 28 milhões de cães e 14
de uma visão corriqueira para quem mora milhões de gatos. Apenas na Grande São
em cidades grandes: pessoas improvisando Paulo, o maior mercado de pet food do
para recolher os dejetos dos seus cães, em país, a população canina é projetada em 8
milhões (7 milhões na capital). Produzem
dejetos em proporções gigantescas. Segun-
do pesquisas feitas na França e nos Estados
Unidos, países igualmente dotados de gi-
gantescas populações de pets, um cão mé-
dio defeca cerca de três vezes por dia.
Os entendidos no assunto calculam que
uma – chamemos assim – porção de fezes
pesa algo entre 100 e 200 gramas, varian-

A montagem do Katakaka é simples, e em sua fase final disponibiliza uma lâmina

20 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


do conforme a dieta e o porte do cão. Por-
tanto, matematicamente cada animal de ta-
manho discreto é capaz de gerar algo entre
300 e 600 gramas de dejetos por dia. La-
mentavelmente, embora bem alojados,
majoritariamente em lares das classes A, B
e C, nessa hora crucial os bichinhos são le-
vados para a rua. Tomando-se a produção
média de um cão paulistano, de 450g, mul-
tiplicada por 7 milhões de animais, tem-se
que o volume de dejetos despejado sobre a
cidade é superior a 3 toneladas/dia. É cocô
de cachorro para ninguém botar defeito –
até pisar no que o pet alheio fez.

“Chique e simples”
Ante esse quadro, e vinte meses de pesqui-
sas depois, Martins patenteou a Katika, que
define como “solução econômica, chique
e, principalmente, simples” para o recolhi-
mento de dejetos caninos (veja abaixo).
Ele concluiu ser essencial que qualquer
novo produto destinado àquele fim teria de
ser feito com matéria-prima celulósica, de-
gradável. Após pesquisar materiais de di-
versos fabricantes, conheceu o papel cartão
Duplexpack, da Ripasa.
A empresa apoiou a iniciativa, cedendo
o material para o desenvolvimento das pri-
meiras maquetes em CAD. Depois de um
teste prático de mercado junto a cinqüenta
proprietários de cães de diversos tamanhos
residentes em São Paulo, o produto foi
aperfeiçoado e ajustado, e está sendo
impresso pela Jofer. A Nestlé/Purina, maior
marca mundial de rações animais, adotou a
Katika, fazendo inicialmente um teste con-
junto de imagem com sua nova linha de pet
food da marca Beneful, em ações nas cida-
des de São Paulo e Rio de Janeiro, em de-
zembro e janeiro últimos. Com o volume
que a cachorrada produz nas duas cidades
(e no resto do país), comercialmente a Ka-
tika tem um passeio tranqüilo pela frente.

a destacável, para auxiliar na remoção dos dejetos


acabamentos

Pela visão e pelo tato


Novas aplicações em embalagens visam seduzir mais o consumidor
om a profusão de produtos nas Akzo Nobel cos Antônio Antoniassi, a empresa espera,

C prateleiras, e com o bombar-


deio de informações a que o
consumidor é submetido nos
pontos-de-venda, a máxima de que o ape-
(11) 2107-7000
www.akzonobel-ti.com.br
em 2004, consolidar no Brasil sua posição
de líder mundial neste segmento, disponi-
bilizando um amplo espectro de cores (que
vão de metálicas a pastel), texturas (va-
lo visual das embalagens é fundamental riando do toque mais suave ao mais áspe-
torna-se cada vez mais incontestável. Se- ro) e efeitos visuais (incluindo cores sensí-
duzir o consumidor pelos olhos, porém, veis ao toque ou a temperaturas). Além das
pode não ser o suficiente. Outros aspec- convencionais aplicações base solvente,
tos sensoriais, como a experiência tátil, estão disponíveis acabamentos base água,
também são decisivos no ato de compra. formulações high-solids (menos sol-
É nesse momento que entram em cena ventes) e UV de cura instantânea.
agentes que, apesar de terem a missão de
fazer a embalagem “gritar” nas gôndolas, Marcas globais
costumam ser pouco comentados. Trata- Tanto cuidado com a aparência do produ-
se dos acabamentos especiais, revesti- to já se justifica para empresas que atuam
mentos capazes de, entre outras aplica- em mercados regionais. Quando as mar-
ções, dar às embalagens cores brilhantes, cas são globais, contudo, há que se ter
texturas diferenciadas e efeitos visuais de cuidado redobrado com a fidelidade de
Revestimentos
alto apelo. cores e com a qualidade dos produtos.
especiais dão
Destinados a adicionar valor a emba- toque fino ao Isso é especialmente verdadeiro para as
lagens e produtos em diversos segmen- acabamento de corporações que deslocam a sua produ-
tos, sobretudo nos mercados dos chama- embalagens ção, ou parte dela, para outros países, a
dos bens de prestígio, nos quais as mar- fim de reduzir custos, quando garantir
gens, em geral, são menos comprimidas, unidade visual para a marca pode ser ta-
tais produtos são naturalmente associa- refa árdua.
dos ao pujante mercado de cosméticos. Para atender esse tipo de cliente, a
Porém, os acabamentos especiais encon- Akzo Nobel decidiu não se limitar a for-
tram aplicações nos mais diversos setores necer os acabamentos especiais, mas um
– mesmo naqueles em que, tradicional- portfólio de serviços. Dessa decisão, sur-
mente, se negligenciam os investimentos giu o que a empresa chama de TRIO –
para agregar valor, como o de cachaças. metodologia de desenvolvimento de co-
Exemplo recente foi dado pelo Grupo Ta- res e de garantia de fidelidade na replica-
tuzinho, com o lançamento da aguarden- ção das mesmas em diferentes localida-
te Velho Barreiro Gold, uma edição espe- des. Ainda de acordo com a empresa, o
cial do produto em que a garrafa de vidro sistema também assegura agilidade na
era revestida por uma tinta ouro. produção de protótipos e no fornecimen-
Por acreditar no potencial desse nicho to dos revestimentos para os clientes. No
de mercado no Brasil, a Akzo Nobel Spe- modo de ver do gerente de negócios da
cialty Plastics, multinacional com sede na Akzo Nobel, o TRIO é um conceito de
Holanda, está apostando suas fichas em trabalho que efetivamente trará inova-
tintas plásticas para revestimentos de ma- ções importantes no que se refere à adi-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

teriais como o plástico e o vidro. A propó- ção de valor através dos acabamentos na
sito, o revestimento da Velho Barreiro área de embalagens plásticas e de vidro
Gold foi fornecido por ela. para perfumaria, cosmética e bebidas de
Segundo seu gerente de negócios, Mar- alto valor agregado.

22 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


vinhos

Popular de luxo
Vinho Natal ganha sofisticação e adota
inédita garrafa retornável de 1 litro
verdade de que “pobre to, à adoção de garrafas retornáveis

A gosta de luxo” (enquan-


to intelectual gostaria
de miséria), exposta há
anos pelo carnavalesco Joãozinho
– “sem descaracterizar um produto
conhecido e bem vendido”.
Além dos aspectos visuais, a
garrafa de vidro, decorada com ca-
Trinta, ganha a cada dia novas evi- chos de uva em auto-relevo, tem
dências, como a que acaba de dar a papel de destaque na estratégica
vinícola Alberto Belesso, de Jun- mudança, pois coloca o Vinho Na-
diaí (SP). Há quase meio século tal como primeiro e único em sua
fabricando e vendendo vinhos po- categoria a adotar a medida de 1 li-
pulares, a empresa concluiu que tro (para os vinhos tinto e branco,
atenderia melhor seu público, com versões seco e suave), em lugar
boas chances de ampliá-lo, se co- dos habituais recipientes de
locasse seu principal produto, o 870ml. Desenvolvida pela Saint-
Vinho Natal, em embalagens Gobain, a garrafa leva rótulo, con-
atraentes e capazes de remeter à tra-rótulo e gargaleira, fornecidos
sofisticação inerente à bebida. pela Gráfica Bandeirante, e usa
Contratou para isso a agência tampa de rosca da Alcoa, com cáp-
Hi Design, de São Paulo, que tra- sula metalizada. Tem aparência es-
balhou dentro do conceito de que guia e paredes mais finas do que a
“popular não precisa ser pobre”. anterior. Por ser mais resistente e
Ao descrever o que foi feito, Sara suportar a pressão da carbonata-
de Paula Souza, designer responsá- ção, esta foi mantida para os fri-
vel pelo projeto, conta que a princi- santes branco e tinto.
pal preocupação foi promover as
mudanças – da tipologia mais mo-
derna e do redesenho da marca, Alcoa Bandeirantes Hi-Design
(11) 4195-3727 (11) 4582-5151 (11) 3284-0445
com brasão dourado e escudo pre- www.alcoa.com.br
DIVULGAÇÃO
conservas
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Conceito de embalagem, consagrado na Europa,


visa conferir apelo de nobreza aos produtos

Barris de vidro
Potes com apelo nostálgico estréiam no mercado de conservas
aturalmente associados ao cionais potes de vidro quanto as latas de

N envelhecimento de bebidas
alcoólicas, os barris e tonéis
de madeira muitas vezes ain-
da são lembrados também por um de seus
aço em que hoje são acondicionados le-
gumes em conserva e chucrute da marca.
“Há muito tempo estudávamos o uso des-
se tipo de embalagem no mercado brasi-
usos mais comuns no passado, como reci- leiro”, diz Ericsson Lues, responsável
pientes para estocar e manter alimentos, pelo marketing da Hemmer. “É um con-
sobretudo nos tempos em que não havia ceito de apresentação consagrado na Eu-
refrigerados nem comida enlatada. Prova ropa que deixará mais visível o posicio-
viva dessa prática são as conservas de ve- namento premium de nossa marca no
getais, que, apesar da evolução dos pro- mercado brasileiro.”
cessos industriais, em alguns casos ainda Com capacidade de 350 gramas, 50 a
são preparadas com salmoura nesse tipo mais do que os potes cilíndricos usados
de vasilhame. na linha de beterrabas e pepinos em con-
Para resgatar essa imagem, que na serva, e bocal com diâmetro de 80mm, as
Europa tem forte apelo de vendas, a ca- miniaturas de barris apresentam outras
tarinense Hemmer, um dos principais fa- vantagens na visão do profissional da
bricantes de conservas, molhos e condi- Hemmer.
mentos do país, está introduzindo aqui, Além da exclusividade no uso do mol-
para seus produtos, potes de vidro com de, garantida por acordo feito com a
formato abaulado e detalhes em alto-re- Saint-Gobain, Lues lembra que, por ser
levo que evocam os tradicionais barris mais bojuda, a nova embalagem permite
Hi Design
de madeira. que os produtos acondicionados sejam
(11) 3284-0445
mais bem visualizados pelos consumido- c.klein@hi-design.com.br
Conceito consagrado res nas gôndolas.
Saint-Gobain Embalagens
Produzida pela vidraria Saint-Gobain e “Isso também acontece porque a área (11) 3874-7211
contando com tampas metálicas recravá- de rotulagem é menor em relação aos po- www.saint-gobain.com.br
veis da White Cap, a nova embalagem tes comuns”, observa Maria Beatriz Mar-
Amcor White Cap
será adotada em toda a linha de conservas tins, coordenadora de marketing da Saint- (11) 5585-0723
da empresa, substituindo tanto os tradi- Gobain Embalagens. www.whitecapinc.com

40 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


Maior fabricante brasileira de pepinos adequada às mãos femininas. Ademais,
em conserva, a Hemmer espera que a mu- como o tamanho do molde é o mesmo
dança de embalagens expanda suas ven- para toda a linha de conservas, foi neces-
das na categoria em até 20%. Para isso, sário um estudo de adaptação aos diferen-
preocupou-se também com detalhes rela- tes sistemas de envase. “Essa foi a maior
tivos ao design estrutural do produto, que mudança de embalagens nos mais de oi-
ficou a cargo da agência paulistana Hi tenta anos de história da empresa”, define
Design. A performance ergonômica, por o profissional da Hemmer. “Por isso nos-
exemplo, foi pensada para garantir pega sas expectativas são tão positivas.”
embutidos

Brasil, o campeão da
País é um dos maiores desenvolvedores do mundo de embalagens de
entre as coisas boas que o mentos começaram a ser elaborados

D Brasil tem a oferecer mas


muita gente desconhece está
a condição de grande produ-
tor mundial de um tipo de embalagem à
por aqui por imigrantes italianos e ale-
mães, que investiram em pequenas fá-
bricas e iniciaram o processamento in-
dustrial de carnes frescas no Brasil. Ao
qual a maioria dos consumidores, por longo da consolidação dessa indústria,
leigos, não dão maior atenção – a tripa que hoje lida com cerca de 10% de toda
para embutidos, película usada para a carne consumida no Brasil, o que se
sustentar e dar forma à massa de carne, percebe é que aquele tipo muito parti-
que por muito tempo foi obtida exclusi- cular de embalagem teve papel decisivo
vamente a partir do trato intestinal de na incorporação dos embutidos ao car-
suínos, bovinos e ovinos. Para conquis- dápio de grande parte dos brasileiros.
tar a posição de uma espécie de “cam-
peão da tripa”, o país acumula uma lon- O peso das mortadelas Mortadela
ga história de tradição, aprendizado, A importância desse peculiar sistema Confiança, marca
pesquisa e avanço tecnológico. de acondicionamento, que hoje também da Perdigão, em
bexiga (nas fotos,
As origens do setor, por exemplo, é feito de filmes sintéticos, colágeno, com a corda) e em
remontam à chegada de famílias euro- ou, no caso das salsichas, de material tripas plásticas.
péias ao Brasil no final do século XIX. celulósico, transparece na trajetória da Versão antiga,
à esquerda, e
Assim como vinhos e outros produtos Perdigão, uma das líderes do mercado redesenhada,
tradicionais no Velho Mundo, esses ali- de embutidos no país. “Juntos com nos- abaixo

FOTOS: DIVULGAÇÃO

42 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


tripa
qualidade para embutidos
sos fornecedores de tripas plásticas,
ajudamos a redefinir a maneira de
acondicionar embutidos no Brasil”,
afirma Geraldo Cofcewicz, gerente da
área de engenharia de embalagem da
Perdigão.
No caso das mortadelas, produto que
a cada mês movimenta no país mais de
22 000 toneladas, das quais 28,6% são
produzidas pela Perdigão, segundo da-
dos da consultoria ACNielsen, os novos
desenvolvimentos começaram a surgir
na década de 80, quando os fabricantes
procuravam alternativas para prolongar
o tempo de vida útil dos produtos nas
prateleiras dos supermercados. “A idéia
também era adotar novas texturas e di-
ferenciar os padrões de tamanho e for-
mato então existentes”, sintetiza Cofce-
wicz.
Aliados à busca de maior maquina-
bilidade, esses direcionamentos impul-
sionaram as primeiras pesquisas com
poliamidas, que visavam criar tripas a
partir de substratos de nylon. Além de
imputrescível, o material ganhou força
pela elasticidade e por apresentar alta
resistência a agentes atmosféricos.
Com os primeiros lançamentos capita-
neados pelas marcas líderes há mais de
duas décadas, tais vantagens foram ra-
pidamente percebidas pelos demais fa-
bricantes.

Supremacia dos plásticos


Além de peças com formatos mais re-
gulares, os invólucros plásticos passa-
ram a permitir que os produtos fossem
mantidos sem refrigeração por dois me-
ses. “Depois que lançamos as primeiras
mortadelas acondicionadas em sacos de
nylon, todo o mercado começou a ca-
minhar para esse sistema”, relembra o
gerente da Perdigão.
Também conhecidas como bexiga,
as tripas naturais, que são comestí-
veis e se caracterizam pela alta
permeabilidade a fumaça, são
usadas industrialmente até
hoje. Mas o incremento de bar-
reiras e o desenvolvimento de
novos processos produtivos
renderam ao nylon e às tri-
pas sintéticas em geral ou-
tros benefícios. Com o
tempo, a validade dos pro-
A marca
dutos acondicionados nes- Bolognella (à
se tipo de embalagem foi esquerda), com
estendida para noventa tripas plásticas,
mudou o diâmetro
dias em ambientes sem refri- padrão das
geração, e novos formatos e ta- mortadelas, e abriu
manhos começaram a ser explorados. espaço para o
segmento premium,
Segundo Cofcewicz, em 1994 o lan-
onde a Perdigão atua
çamento da linha Bolognella, uma das com a marca Ouro,
principais marcas de mortadela da Per- munida de saco de nylon e
digão hoje, tornou-se um marco no se- rede de poliéster

tor, ao contribuir para um novo arquéti- plorando os apelos da alimentação sau-


po de apresentação. “Até então, o diâ- dável, essa categoria vem ampliando
metro padrão das peças de mortadela mais e mais sua participação no merca-
era de 10cm, com peso variando de três do brasileiro. Mas a performance dos
a seis quilos”, informa o gerente de em- produtos com menor teor de gordura
balagem. “Além de fortalecer a presen- não interferiu no desempenho das ven-
ça das tripas plásticas, a marca Bolog- das de mortadelas suínas, que ainda do-
nella inovou com o lançamento de diâ- minam a maior fatia do setor.
metros de 15 e 16cm, e de peças com Além das necessidades de proteção
peso de quatro quilos.” e de extensão de shelf life, o fato é que,
De acordo com o profissional da apesar de em grande parte serem vendi-
Perdigão, tal novidade impulsionou ou- das ao consumidor final já fatiadas, as
tras mudanças que o mercado de morta- mortadelas dependem, como qualquer
delas viveu no Brasil mais recentemen- outro produto, de um bom sistema de
te. Ela teria aberto caminho, por exem- acondicionamento no ponto-de-venda.
plo, para o surgimento do nicho de Por isso as tripas de nylon ganham um
mortadelas premium, onde a Perdigão mercado cada vez maior e não param de
atua com a marca Ouro. Na parte da evoluir tecnologicamente, apresentan-
embalagem, além dos sacos de nylon, do a desejável uniformidade e maior
essa categoria se diferencia por redes maquinabilidade.
externas feitas de fibras de poliéster en- “A verdade é que o Brasil se tornou
trelaçadas e, no caso da própria marca um dos grandes produtores mundiais
Ouro, por cintas de papel cartão empre- desse tipo de embalagem alimentícia”,
gadas como rótulos. acredita Cofcewicz, da Perdigão. “Nin-
guém no mundo usa tripas como nós”,
Contribuições das sintéticas ele compara. Ao mercado de embuti-
Os desenvolvimentos de embalagens dos, que sempre dependeu de evoluções
sintéticas também parecem ter contri- de acondicionamento para se expandir,
buído para a diversificação de produ- só resta comemorar os avanços já con-
tos, principalmente a partir do lança- quistados, e torcer por novas e breves
mento de mortadelas feitas de aves. Ex- evoluções.

44 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


CONGRAF

46
CONGRAF

47
pesquisa

O alarme era falso


Estudo isenta indústria em boato de perigo das latas para bebidas
usuário habitual dos serviços doras, vending machines, ambulantes e

O de correspondência eletrônica
provavelmente já deve ter re-
cebido mensagens que alertam
sobre o risco de se consumir bebidas em la-
quiosques. Os resultados desse estudo estão
agora sendo divulgados (veja detalhes nos
quadros abaixo).
O trabalho detectou boas condições de
tas. Geralmente, tais e-mails contam casos higiene nas latas. Não foram encontradas
de indivíduos que morreram vítimas de lep- bactérias patogênicas nessas embalagens, e
tospirose, doença provocada pela suposta o grau de contaminação das latas na etapa
contaminação desses recipientes metálicos de distribuição mostrou-se desprezível –
por urina de roedores. Segundo a Abal – nenhuma das amostras analisadas apresen-
Associação Brasileira do Alumínio, esses tou contaminação superior ao índice de 50
alertas são o que é conhecido entre os inter- UFC/cm2 (unidades formadoras de colô-
nautas como hoaxes, ou seja, lendas urba- nias), padrão nas avaliações da Organiza-
nas e histórias apócrifas disseminadas pela ção Pan-americana de Saúde. Em bares,
rede mundial de computadores para enga- restaurantes e vending machines, 100% das
Abal
nar os incautos. (11) 5084-1544
latas apresentaram conformidade a esse ín-
Preocupada com uma possível repercus- www.abal.org.br dice. Nos supermercados pequenos, 11%
são negativa da propagação desses e-mails das latas mostraram taxas superiores ao ín-
Cetea
em seus negócios, a entidade solicitou ao (19) 3743-1900 dice da OPAS, porém sem a presença de
Centro de Tecnologia de Embalagem (Ce- www.cetea.ital.org.br bactérias patogênicas.
tea) do Instituto de Tecnologia de Alimen- Contudo, níveis elevados de contamina-
tos (Ital), de Campinas (SP), uma análise do ção, pela presença de bactérias aeróbias
nível de higiene em latas de bebidas carbo- mesófilas, foram detectados no gelo e nas
natadas, como refrigerantes e cervejas, em caixas térmicas usadas por vendedores am-
embalagens plásticas de água mineral e em bulantes e em alguns quiosques. Também
copos de vidro e canudos servidos em ba- se constatou, em todos os pontos de coleta
res, restaurantes, supermercados, distribui- considerados, um nível de contaminação

A área azul escura


representa níveis de
contaminação
superiores a 50
UFC/cm2, acima dos
padrões recomendados
pela Organização
Pan-americana de
Saúde (OPAS) para
níveis de higienização
de copos e outros
utensílios de cozinha.
FONTE: CETEA/ITAL

* por microorganismos
aeróbios mesófilos

48 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


maior em garrafas e copos plásticos de água
mineral do que em latas de refrigerantes e E-mails viram caso de polícia
cervejas. “Os piores resultados foram ob- De acordo com a Abal, as men- fins de medir níveis de vermes
servados nas garrafas plásticas, talvez por- sagens sobre o risco da ou bactérias. A entidade tam-
que elas sejam manuseadas exatamente na ingestão de bebidas direta- bém guarda uma correspondên-
região do gargalo”, registra o estudo. mente em latas surgiram nos cia do Centro de Vigilância
A conclusão do levantamento é clara. Estados Unidos. Essas circu- Epidemiológica (CVE), da
Existe, sim, a possibilidade de contamina- lares, no entanto, não identifi- Secretaria de Saúde de São
ção no consumo de bebidas em latas, mas cavam personagens. No Brasil, Paulo, que afirma não existir,
ela está principalmente associada às condi- porém, as versões desses aler- em todos os casos de lep-
tas ganharam a chancela de um tospirose registrados no
ções de higiene existentes nos pontos-de-
parecer médico, do doutor Estado, ao menos um que tenha
venda e não às embalagens em si. “A indús-
Fábio Olivares, do Centro de sido provocado por ingestão de
tria de latas, assim como os fabricantes de
Biociências e Biotecnologia da bebida em lata. Esse informe
bebidas, respeitam padrões internacionais, Universidade Estadual do Norte pode ser conferido em:
além de normas próprias de produção, e ga- Fluminense, e de uma pesquisa www.cve.saude.sp.gov.br/htm/
rantem a qualidade e a integridade de seus do Inmetro sobre o assunto, lepinforme.htm. Concluindo que
produtos”, assegura a Abal no folheto que que dá conta de óbitos em as informações divulgadas nes-
divulga a pesquisa. “Portanto, a questão a decorrência de leptospirose sas mensagens são falsas, a
respeito da qual se deve alertar a população contraída em latinhas. A Abal Abal resolveu pedir a instau-
é a da higiene no armazenamento e na ma- investigou o caso e descobriu ração de um inquérito policial
nipulação dos produtos em geral, e essa é que o doutor Olivares realmente para apurar a existência de fal-
uma preocupação que vale para todo e qual- existe, porém nega ser o autor sidade ideológica e crimes de
do texto, e que o Inmetro jamais fundo econômico ligados aos
quer produto e/ou embalagem, e não apenas
realizou análise em latas com boatos.
para as latas de bebidas.”
Groselha pronta
para beber em
caixinhas
A linha de xaropes de groselha Mila-
ni, da Wessanen, ganha sua primei-
ra versão pronta para beber, em em-
balagem Tetra Pak de 200ml. A bebi-
União: embalagens da passa a ser enriquecida com cál-

comemorativas cio, fibras e vitamina C, sem conser-


vantes. Além da renovação da logo-
O tradicional Açúcar Refinado União marca, foram
ganhou embalagens comemorativas. criados seis per-
O tema é alusivo à campanha “Viver sonagens inspi-
é o Máximo”, lançada em 2002. Se- rados nas “cari-
rão oito versões diferentes de embala- nhas” da Milani,
gens inspiradas no tema “Viva 2004 que aparecem
ao máximo”, com os títulos “Abrace na frente e no
mais amigos”, “Beije mais”, “Dance verso das emba-
mais”, “Diga menos nãos”, “Tire mais lagens, prati-
fotos”, “Conte mais piadas”, “Vá a cando esportes
mais lugares” e “Coma mais sobreme- radicais. O obje-
sas”. As embalagens, de um quilo, tivo é atrair o pú-
são fabricadas em filme pela Tecno- blico infantil.
val, com design da Benchmark.

FRUTOP LANÇA GELATINA INFANTIL


A DuCôco acaba de apelo visual, persona-
lançar no mercado de gens com cabelos de
sobremesas a Gelatina gelatina em diversas si-
Infantil Frutop. São cin- tuações e brincadeiras
co sabores: morango, no verso para as crian-
chicletinho biruta (sa- ças. O design é da
bor chicle), uva maluca Ph2 Design e a impres-
(deixa a língua azul), são em cartão duplex
cola e groselha azul. foi feita pela Impresso-
Todas trazem, como ra Paranaense.

Coral lança removedor gel


O novo removedor da Tintas Coral para
remoção de esmaltes e vernizes de su-
perfícies chega ao mercado na versão
gel. De acordo com o fabricante, a nova
fórmula e a consistência em gel tornam
seu poder de remoção superior ao dos
removedores líquidos convencionais.
Além disso não escorre nem respinga.
O responsável pelo design é o Estúdio
Maretti. As latas de 3,6 litros e 900ml
de folha de flandres são produzidas
pela Prada.
Smirnoff renova garrafa
A vodca Smirnoff reno- bebida, o nome “Vodka
vou sua identidade vi- Sminorff” está escrito em
sual no mundo inteiro. A cirílico (alfabeto russo)
nova garrafa é marcada em alto-relevo no vidro.
por ombros amplos e um A novidade faz parte de
corpo afilado. Desenvol- um investimento global
vida pela Landor, empre- de US$ 400 milhões e
sa de design de embala- um novo posicionamento
gem, a mudança acom- da marca no mundo.
panha uma nova logo- No Brasil, as garrafas
marca e o ícone de uma são fabricadas pela CIV,
águia passa a ser o sím- com rótulos da Gráfica
bolo da bebida. Para re- 43 e tampas da Guala
meter à origem russa da Brasil.

Fritex em pacotes metalizados


Seguindo uma tendência inter-
nacional, a Fritex está lançando
batatas temperadas com sabo-
res da culinária mediterrânea. A
linha Bistrô Fritex vem em emba-
lagens com 55g, nos sabores
queijo, tomate, manjericão e
azeite; azeitona preta e azeite;
queijo, ervas e azeite. A marca
inova também no segmento de
batatas palha, oferecendo a pri-
meira versão temperada do mer-
cado. A batata palha na nova
versão Cebola & Salsa, vem em
pacotes de 140g. As embala-
gens, fabricadas pela Shellmar
em BOPP e BOPP metalizado,
têm design do Studio D.

Primeiro conhaque em lata


A Companhia Müller de Bebidas, maior produtor
de cachaça do Brasil, está lançando mais uma
inovação no mercado brasileiro de destilados: o
primeiro conhaque em embalagem de lata do
País, com sobretampa plástica.
A marca Domus pode ser encontrada em latas
de alumínio com capacidade para 350ml. O
produto chega inicialmente à região Nordeste.
As latas são fornecidas pela Rexam. As tam-
pas são fabricada pela Costaplastic, de Piras-
sununga, no interior de São Paulo.
Movimentação 1 Exatidão na confecção de frascos
Ricardo Vellutini é o novo presiden-
Grande fabricante nacional de em- 80% de todas as embalagens que
te da DuPont do Brasil, acumulando
balagens plásticas sopradas, a Si- entram no mercado passam por
também a função de diretor global
nimplast investiu na montagem de provas de laboratório. Esses testes
de vendas da DuPont Agrícola. Ele
um laboratório de testes de moldes e pesquisas resultam em novas ma-
passa a se reportar diretamente
e cores em sua fábrica de Diadema térias-primas, em diferentes usos
ao presidente da DuPont para a
(SP). A empresa diz se tratar de para materiais já conhecidos e em
América Latina, o também brasilei-
uma iniciativa pioneira, no país, em novos moldes, métodos de resfria-
ro Eduardo Wanick, igualmente re-
seu ramo. Motivo: o aumento da mento e produção.
cém-alçado ao cargo.
demanda por provas de cores e “As provas realizadas em laborató-
moldes na fase de pré-produção de rio permitem economia de tempo e
Movimentação 2
frascos e de outras embalagens. recursos e oferecem a certeza de
A Politeno tem novo diretor comer-
Segundo a Sinimplast, entre 70% e que a embalagem final estará den-
cial: Henrique Lewi, formado em
tro das especificações necessárias,
engenharia química e em adminis-
sem que para isto seja preciso in-
tração de empresas, com expe-
terromper a produção, como ocorria
riência na Shell Brasil e na Kraton
antes”, explica Ricardo David, ge-
Polymers do Brasil.
rente de engenharia da Sinimplast.
O laboratório, que até agora consu-
Movimentação 3
miu 600 000 reais em investimen-
Cesare Masseroni é o novo geren-
tos, deverá entrar em operação em
te geral do Brasil e coordenador
dezembro.
para a América Latina dos negócios
(11) 4061-8300
da fornecedora de embalagens in-
www.sinimplast.com.br
dustriais Greif. Engenheiro com
mais de 25 anos na indústria quí-
mica, Masseroni vem da Rhodia. Um modelo para cada necessidade
As codificadoras por micropunciona- modelos dessas codificadoras: portá-
Retiro mento da francesa SIC Marking es- til, integrada ou de bancada. A
A Eastman Chemical Company tão sendo comercializadas no Brasil, Sunnyvale garante assistência técnica
anunciou que Roger K. Mowen, Jr., com exclusividade, pela Sunnyvale. para a linha com cobertura em todo
seu vice-presidente sênior e res- Elas fazem gravações do tipo indelé- o território nacional.
ponsável pela área de Desenvolvi- vel (permanente) em materiais que (11) 3048-0147
mento de Negócios, Estratégia Cor- vão de plásticos a metais, e oferecem www.sunnyvale.com.br
porativa e Serviços de Informação, alta flexibilidade, uma vez que po-
está se aposentando. O retiro ofi- dem ser operadas tanto no modo
cial será no fim do mês de maio. manual como no automático. O soft-
ware integrado ao controlador pro-
Controladores on-line gramável possibilita configurar o
A Tracom, especializada em instru- equipamento para que sejam feitas
mentos de medição e controle para gravações automáticas de datas, nú-
processos industriais, inaugurou meros seriais, data matrix (2D), logo-
sua loja virtual. O endereço é tipos, turnos e outros dados, mesmo
www.tracom.com.br/loja. em superfícies irregulares. Há três

Aquisição de peso
A inglesa Domino, uma das maiores
fabricantes mundiais de codifica-
doras, adquiriu a alemã Wieden-
bach, atuante da mesma área e
forte na Europa. No Brasil, a Domi-
no é representada pela Sunnyvale.

54 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


O desempenho do vidro em 2003
A Abividro – Associação Técnica Brasi-
leira das Indústrias Automáticas de Vidro
acaba de lançar seu Anuário 2003, que
traz um balanço do desempenho do se-
tor vidreiro no ano passado. Segundo a
publicação, houve um crescimento de
7,3% no faturamento do setor em relação
a 2002, promovido pelo aumento das
exportações. O segmento de embala-
gens, por exemplo, registrou um incre-
mento de 67% em suas remessas para
outros países. A maior participação, nes-
se campo, foi das garrafas de vinhos,
que foram exportadas para países como
Argentina, Chile e África do Sul.
(11) 3255-3033 • www.abividro.org.br

GlobalShop ganha versão brasileira


Numa iniciativa conjunta, o POPAI Center, e acontecerá paralelamente a
Brasil e a VNU Business Media do outros dois eventos: o PDV no Marke-
Brasil irão promover em São Paulo, ting Mix e o EBEMP – Encontro Brasi-
de 29 de setembro a 1º de outubro, o leiro das Empresas de Marketing Pro-
GlobalShop South America. Realiza- mocional, elaborados respectivamen-
do pela primeira vez na América Lati- te pela ABA – Associação Brasileira
na, o GlobalShop é considerado o dos Anunciantes e pela AMPRO – As-
maior evento mundial de store design sociação de Marketing Promocional.
e in-store marketing, reunindo equi- Maiores informações podem ser obti-
pamentos e materiais para promoção das com o POPAI.
no ponto-de-venda. O evento terá (11) 3284-6878
como palco o Transamérica Expo www.popaibrasil.com.br

Robôs com programação flexível


A austríaca Wittmann, presente no das peças, aumentando a produtivi-
Brasil desde 2000, quer difundir suas dade, garantem peças sem danos na
linhas de robôs para a indústria na- retirada das estações e têm movi-
cional de transformação plástica. mentos livremente programáveis pelo
Uma delas é a de Robôs Cartesia- operador.
nos, dividida em onze modelos bási- (19) 3234-9464 • www.wittmann.com.br
cos, que funcionam
no retiro de peças
de injetoras e na
colocação de inser-
tos ou rótulos nos
moldes, para pro-
cessos de decora-
ção in-mold. Se-
gundo a Wittmann,
seus robôs redu-
zem ao mínimo o
tempo de extração
Dias contados Página especial para a Drupa
A Adobe Systems vai parar de desen-
A Heidelberg lançou um site dedica- tecnologias que a empresa irá expor.
volver o programa de editoração ele-
trônica PageMaker. A idéia da compa- do exclusivamente à sua participação “Trata-se de uma ferramenta adicio-
nhia é promover a migração dos usuá- na feira alemã Drupa, que acontece nal para oferecer a nossos clientes
rios do software para um outro produ- entre os dias 6 e 19 de maio, em todo tipo de assistência referente à
to de seu portfólio, o InDesign. Segun- Düsseldorf. Além de dicas de acomo- nossa participação na feira”, diz Die-
do executivos, os recursos da descar- dação e contatos com agências de ter Brandt, presidente da Heidelberg
tada atualização do PageMaker já es- turismo, a página, que será atualiza- para a América Latina.
tão integrados ao recém-lançado Ado- da diariamente até o evento, conta www.drupa.heidelberg.com
be InDesign CD. Além disso, a Adobe com informações sobre produtos e (11) 5525-4500
planeja lançar um pacote de plug-ins
do PageMaker para o InDesign, com
diversos recursos do aplicativo apo-
sentado adaptados ao seu sucessor.

Última palavra em compressão


As técnicas de utilização de arquivos
no formato PDF/X-1 foram discutidas
no dia 18 de fevereiro último, em even-
to promovido pela Comissão de Estu-
dos de Pré-Impressão do ONS-27, na
sede da ABTG, em São Paulo. No
mesmo evento foi lançada a nova edi-
ção da cartilha “Como criar arquivos
PDF/X-1a”, que explica as melhores
formas de compressão de imagens no
formato.
Estréia em Düsseldorf
Estímulo
Especializada em tecnologia de im- A Ilha Brasil, espaço organizado pela de 32 páginas, formato livro, em ape-
pressão, a Sistem está completando Abimaq (Associação Brasileira da In- nas uma hora. “Acreditamos que
20 anos com mudanças no seu canal dústria de Máquinas e Equipamen- esse é um ótimo momento para in-
de distribuição. A empresa lançou a tos) para exposição de empresas vestir no exterior”, diz Flávio Tosello,
campanha "Impressão que dura", que brasileiras na Drupa, conseguiu um diretor da A Ulderigo Rossi. “Com a
prevê investimentos em qualificação feito inédito. Pela primeira vez em visibilidade que teremos na Drupa,
profissional, além de classificação de seus 60 anos, a A Ulderigo Rossi esperamos levar nossos produtos
seus revendedores de acordo com os participará da feira alemã, que acon- para mercados ainda mais distantes",
níveis de venda. João Gabassi, diretor tece de 6 a 19 de maio, em Düssel- completa ele, acrescentando que o
comercial, afirma que o objetivo de
dorf. Com apoio da Apex (Agência de evento será usado para contatos
tais ações é obter, até o final de 2004,
Promoção de Comércio Exterior), a com representantes e distribuidores
crescimento de vendas de 50% em re-
empresa levará ao evento a dobra- da Europa, Ásia e África.
lação ao ano passado.
deira automática T56, que tem capa- www.aurossi.com.br
Prêmio cidade para dobrar 25 000 cadernos (11) 3338-1600
A Orsa Celulose, Papel e Embalagens
recebeu da LG Electronics o prêmio
de Melhor Fornecedor do Ano – 2003.
A escolha se deu em reconhecimento
à qualidade dos produtos da Orsa,ao
atendimento ao cliente e aos preços
praticados. Um dos principais forne-
cedores de embalagens de papelão
ondulado da fábrica de Taubaté (SP)
da LG, a Orsa fornece exclusivamen-
te para as linhas de CD ROM e moni-
tores.

56 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004


Versatilidade
digital
A Ripasa está trazendo ao mercado
sua nova linha de papéis para im-
pressão digital, a Ripax Digital Photo
Paper. Encontrados nas versões
Matte e Glossy, os produtos são ven-
didos no tamanho A4, em três dife-
rentes gramaturas (120g/m2, 170g/m2
e 260g/m2), com revestimento fosco
ou brilhante. Com design da agência
Packing, as embalagens da linha Ri-
pax Digital Photo Paper são produzi- Menos cliques
das pela Antilhas, com impressão A Corel lançou no Brasil o CorelDraw
em offset, verniz UV localizado e faca 12, nova versão de sua suíte de aplica-
com desenho exclusivo. tivos gráficos, que deverá ser vendida
www.ripasa.com.br por 1499 reais. O pacote inclui os tradi-
0800160606 cionais CorelDraw e Corel Photo-Paint,
além do CorelTrace 12 (para vetoriza-
ção de imagens Bitmap) e do Corel
Capture 12, que facilita capturas de te-
las. A suíte conta ainda com 10 000
imagens clipart profissionais, 1 000 fon-
tes TrueType, 1 000 fontes Type 1
(PostScript) e 1 000 fotos e objetos. Se-
gundo a empresa, a atualização reduz
o número de cliques e de passos ne-
cessários à realização dos trabalhos.
Quem comprou a versão anterior da
suíte será beneficiado pela campanha
de atualização da Corel, que prevê a
entrega do novo produto em condições
especiais de pagamento.
www.corel.com.br • 0800141212

Nova representada pela Gammerler


A Gammerler divulgou sença no mercado de produtos que serão ofe-
durante o Label Latin conversão de rótulos recidos no mercado bra-
America, realizado no adesivos, onde já repre- sileiro, os destaques
início de março em São senta equipamentos da são as revisoras nas lar-
Paulo, sua mais recente também italiana Omet, e guras de 280, 330 e
representação comer- da israelense Matan Di- 400mm (modelos Sa-
cial: a marca italiana gital Printers. Entre os turn, Jupiter e Venus),
Prati, de equipamentos além da desmalhadora
para inspeção eletrôni- Neptune, e da impres-
ca automática e outros sora jato de tinta Ura-
processos de acaba- nus. A foto ao lado mos-
mento de etiquetas em tra a revisora Jupiter.
bobinas. Assim, a Gam- info@gammerler.com.br
merler amplia sua pre- (11) 3846-6877
Almanaque
Maria é que é O nome agora é Dadinho
Causa certa confusão, na em- histórica. No entanto, o apelido
fiel de verdade balagem do doce de amendoim que a população deu ao produ-
Os mais antigos certamente se lembram Dadinho, da Dizioli, a destaca- to, devido ao seu formato, pe-
do slogan que marcou antigas campa- da inscrição “IVº Centenário”. gou – e ele logo foi adotado
nhas publicitárias do tradicional óleo Esclarecendo, não se trata de pela Dizioli. Em tempo: segun-
Maria, o popular um produto com quatro séculos do a fabricante, o Dadinho foi
“Maria, sai da la- de vida. Ocorre que IVº Cente- um dos primeiros produtos na-
ta”. Ao que poderia nário é o nome original da gu- cionais a utilizar papel metali-
soar, num outro sen- loseima, lançada justamente há zado como embalagem, uma
tido, como sugestão 50 anos, quando a cidade de novidade na época de seu lan-
de mudança de em- São Paulo comemorava a data çamento.
balagem, o óleo da
Vida Alimentos se
manteve irredutível e
há mais de sessenta
anos continua com a
lata de aço. Na ver-
dade, Maria só ga-
nhou novas embala-
gens recentemente, quando foram lança-
dos a versão premium dos óleos compos-
tos com ervas finas em garrafas de vidro
e maioneses, também em pote de vidro.

Antigamente, cheirar pó causava esternutação


No Brasil ainda se aspi- ses a fim de alcançar o Embora não desfrute da ciais de rapé mais co-
ra pelo nariz certo pó in- “efeito esternutatório” – popularidade de outrora, muns, atualmente, são
dustrializado, vendido ou, num sinônimo mais o pozinho ainda possui singelas e democráticas
em doses de 5g, com palatável, “espirrar”. An- adeptos. Os mais puris- latas de aço, como as
vistas a acelerar um efei- tigamente, acreditava-se tas o acondicionam em usadas para acondicio-
to causador de bem-estar que isso ajudaria no corrimboques, pontas nar pomadas (foto). Ao
físico, outrora conhecido combate à sinusite e a ocas de chifres de boi que se tem notícia, um
pelo horrível nome de outras doenças respirató- fechadas com rolhas es- dos poucos municípios
“esternutação”. O costu- rias. A ciência rechaçaria culpidas e decoradas. onde ainda se fabrica o
me de cheirar tabaco em essa crença, mas cheirar Outros, em minúsculos produto no país é Gua-
pó, ou rapé, para obter tabac râpé era, no mí- cofres de prata ou mar- rani, em Minas Gerais,
aquele resultado foi ad- nimo, chic. fim ancestrais. No que oferece pelos menos
quirido dos indígenas entanto, as em- duas marcas: Moeda,
pelos colonizadores por- balagens co- em vários aromas, e Im-
tugueses nos primórdios mer- burana. Não é um pó
da brasilidade. Viria a qualquer: é tudo rapé
ser moda nos salões ele- puro, em inconfundíveis
gantes da Europa, onde cores escuras, feito ex-
nobres, burgueses e co- clusivamente à base de
cotes tomavam suas pri- tabaco.

58 – EMBALAGEMMARCA • mar 2004

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