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Web 2.

A rede mundial de informações deixou de ser um conjunto de páginas da web nas quais
os usuários consultam informações e trocam mensagens. As pessoas tomaram as rédeas
do cavalo digital e agora o estão conduzindo, sem rumo fixo, pelo caminho que elas
mesma determina. Trata-se daquilo que veio a ser denominado Web 2.0, uma mudança
de paradigma derivada de um novo ambiente tecnológico e social, "a primeira grande
inovação que não foi planejada", de acordo com Antonio Fumero, engenheiro de
telecomunicações e especialista em Internet espanhol.

Web 2.0 um termo inventado pela O'Reilly Media a que muitos rejeitam porque lhes
parece pouco rigoroso mas ainda assim terminou ganhando aceitação - serve como
nome à transformação por que a rede vem passando desde 2004. Foi então que
começaram a surgir, ou a se popularizar, recursos e ferramentas concebidos para que
usuários montassem páginas próprias, gerassem e compartilhassem informações e
colaborassem online. Essas ferramentas permitem que a pessoa seja mais presente,
participe de forma mais ativa e seja a responsável por aquilo que se encontra ao
percorrer as estradas da informação. Os exemplos mais claros e mais conhecidos são a
Wikipédia enciclopédia colaborativa online -, o site de vídeo YouTube, o site de
fotografia Flickr.com ou a Meneame.net, que permite a usuários votar sobre o conteúdo
apresentado, aprovando ou reprovando o material.

O poder das novas plataformas digitais é notável. A Wikipédia é o sexto site de Internet
mais visitado do mundo, de acordo com dados da consultoria comScore; o mundo
virtual Second Life tem cerca de nove milhões de usuários registrados; e o site de redes
sociais MySpace conseguiu superar o meio milhão de inscritos nos dois meses em que
sua versão em espanhol está em operação; além disso, o número de blogs em atividade
supera os 70 milhões em todo o mundo. "Em termos metafóricos, poderíamos descrever
a situação da seguinte forma: depois do estouro da bolha da tecnologia no final do
século passado, por entre os cadáveres de uma multidão de empresários, consultores e
executivos ¿ que se deixaram fascinar, então pelas possibilidades de uma rede de redes -
, e sustentada por infra-estrutura técnica então desenvolvida, está surgindo uma nova
geração de usuários superpoderosos¿, escreveu Antonio Fumero no livro "Web 2.0".

O surgimento desses usuários superpoderosos a que Fumero se refere tem dupla


explicação. Por um lado, a geração denominada pelo escritor e especialista em didática
da informação Mark Prensky como "nativos digitais" está agora se incorporando ao
mundo profissional da rede. Como explica o psicólogo Jaume Almenara, se trata de uma
geração nascida já sob um novo paradigma, o da imagem e da sociedade da informação.

Almenara sustenta que, como ocorreu com o surgimento da palavra impressa século 15,
a Internet e as novas tecnologias de comunicação e informação pressupõem um
paradigma social.

"As pessoas que nascem sob o novo paradigma se adaptam melhor a ele; as que vivem
um momento de ruptura têm mais dificuldades para participar", disse. Os jovens são,
assim, o propulsor essencial de sites como o da last.fm. A simplificação da tecnologia é
o outro propulsor da Web 2.0 e o objetivo dominante das pessoas que estão promovendo
essa mudança. A participação ativa por meio da Internet estava antes reservada a
usuários avançados e pesquisadores, como aqueles que, nas palavras de Fumero,
"configuraram as primeiras comunidades de software livre".

Mas agora, com uma infinidade de páginas simples de usar e de interfaces atraentes e de
fácil utilização, a rede se democratizou tanto em termos de acesso quanto de criação de
conteúdo. A tecnologia que permitiu esse passo se chama Ajax (Asynchronous
Javascript And XML), um sistema de desenvolvimento de sites que permite modificar
as informações de uma página sem que seja preciso recarregá-la completamente,
agilizando a interação com o usuário, explica a Internality, uma empresa de pesquisa
digital.

Na realidade, a tecnologia Ajax não é novidade. Ela representa, em essência, uma


combinação criativa de tecnologias conhecidas há bastante tempo pelos profissionais
especializados, que permite agilizar as interações entre o browser e os usuários, segundo
Fumero. Além disso, "os sistemas de gestão de conteúdo representam a conexão
essencial das plataformas de serviços editoriais e de colaboração que se baseiam em
blogs e wikis", ele acrescenta.

Por trás da simplicidade dessa ferramenta de tecnologia da informação, se escondem


sistemas tecnológicos complexos. Longe de ser um caminho fechado, com começo e
fim, a Web 2.0 continua evoluindo, e tanto Fumero quanto Fernando Sáez Vaca ¿ o
guru da era digital na Espanha - a consideram como processo emergente. O destino ao
qual poderá chegar dependerá essencialmente da vontade dos usuários.

Nesse sentido os autores definem a Web 2.0 como "a promessa de uma visão realizada":
a rede convertida em espaço social, influenciada por todos os agentes sociais, e por isso
transformada em fenômeno capaz de sustentar e formar parte de uma verdadeira
sociedade da informação, comunicação e conhecimento.

Diante de um movimento de usuários superpoderosos que controlam a Internet, e


decidem de fato o que se passa no mundo de digital, surgem as vozes que se perguntam
se os usuários não passarão a desejar fazer o mesmo no mundo físico, protagonizando
uma revolução que vá bastante além dos computadores e transforme os usuários
superpoderosos em cidadãos superpoderosos.

ALUNA: FERNANDA PORTO SEVERO


CHAVE: 59091

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