Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Texto de:
1
Otília Sousa e Adriana Cardoso (Eds.). (2008). Desenvolver Competências em Língua Portuguesa. Lisboa: Centro
Interdisciplinar de Estudos Educacionais da Escola Superior de Educação de Lisboa. 1ª ed. Novembro
2
"Desenvolver Competências de Análise Linguística". (2008). Cardoso, Adriana. In Desenvolver Competências em
Língua Portuguesa (p. 139). Otília Sousa e Adriana Cardoso (Eds.). Lisboa: Centro Interdisciplinar de Estudos
Educacionais da Escola Superior de Educação de Lisboa. 1ª ed. Novembro
3
ibid.,p. 139
4
ibid., p. 139
5
ibid., p. 139
deverá ser levar o discente “a explicitar um conhecimento interiorizado e
inconsciente” 6. Surge então a importância de lembrarmos que a língua não é
imutável, um “produto acabado”. O esquecimento ou negação desse facto leva
a práticas de ensino ineficazes trabalhando-se exteriormente à realidade do
aluno. Considera-se, por exemplo, a “variação linguística” sendo “uma forma de
“corrupção”, vista como resultante, de certo modo, “da ignorância dos falantes”
7
. Surgem assim as perspectivas “normativas”, as quais pretendem veicular a
forma correcta de falar e escrever uma língua, (…).
6
ibid., p. 139
7
ibid., p. 141
8
ibid., p. 142
9
ibid., p. 143
10
ibid., p. 145
11
Ver pp. 147-150
dedicará ao “ensino da gramática”/ “explicitação do funcionamento da língua”.
Seguindo Richter (2003), convocado pela autora, afirma esta que uma das
razões de polémica quanto ao “ensino das línguas” reside no “dilema” entre
“comunicação ou gramática”. Isto para dizer que alguns perspectivam o ensino
focalizando-o não “na forma, mas sim no significado e, como tal, rejeitam a
apresentação prática por parte de professores, de itens gramaticais isolados”
12
. Para estes, o enfoque na “comunicação” basta para que o discente adquira
13
“a competência gramatical básica” . Concordando com Ritcher, defende que
“a reflexão formal sobre o funcionamento da língua é fundamental (…) não
devendo existir “uma oposição entre comunicação / gramática e forma /
sentido” 14. Dá então o exemplo de não ser incorrecto reflectir sobre os erros, já
que poderão permitir ao professor gerir os mesmos de modo a superá-los. A
propósito cita, então, Folra Azevedo, a qual considera importante a “análise do
erro” no domínio da “língua materna” e não no “ensino de uma língua segunda”.
De um modo inteligente, Adriana propõe uma alternativa para evitar que a
“atitude de correcção” seja “confundida com a de penalização”. Consiste ela na
selecção para o “trabalho em grande grupo” de “erros” que sejam mais usuais
“produzidos por um número significativo de alunos” 15. Deste modo, a correcção
do erro deve constituir um momento de “análise e reflexão”.
18
ibid., p. 153
19
ibid., pp. 157-159
20
ibid., p. 168
21
ibid., p. 168
medidas eficazes que alterem o rumo da situação gravosa a que chegou o
ensino da Língua Portuguesa.