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Título do trabalho
Projecto Escola Amiga:
Infantário “Gotinha de Água”
21 De Maio de 2009
Ano lectivo 2008/2009
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Introdução
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A: A instituição
A2 – Caracterização do Espaço
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A3 – Caracterização do grupo sala
B – Ambiente de aprendizagem
• O tema
• A preparação
• O desenvolvimento/Construção
• O Apoio/conselhos prestados
• A Aplicação/Utilização
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Período da manhã
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um comboio à porta. Aqui notava-se que as crianças tinham já bem marcadas as
regras de uma rotina diária. Á medida que recebiam o chapéu para se
protegerem do sol, iam formando um comboio à porta da sala, agarrando-se aos
bibes uns dos outros de forma a irem brincar para o exterior.
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infância ou de acção educativa, visto que enquanto as crianças brincavam lá
fora, alguns auxiliares tomavam conta da hora do almoço.
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distracções. As restantes escolheram ir brincar para o exterior, sendo a outra
opção a visualização de um vídeo. A parte da manhã chegava então ao fim
enquanto nós aproveitávamos a hora da sesta para a pausa de almoço.
Período da Tarde
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2 – Análise das actividades
Jogos colectivos/Desporto
• Viver em grupo
• Linguagem
• Descoberta do mundo
• Criatividade
• Desenvolvimento dos sentidos
Os jogos colectivos
realizados passam muito pela hora
do recreio. É no espaço exterior que
as crianças exploram mais as
actividades colectivas, de uma
forma mais autónoma, visto que são
eles que vão ao encontro das
brincadeiras, em vez de serem os
educadores ou auxiliares a
imporem. No dia da actividade, apenas se pode observar uma actividade
colectiva, dentro da sala. O educador fazia a chamada colectivamente,
seguindo-se uma actividade de aprendizagem com questões e música.
Pensamos que esta actividade pode ser considerada como um jogo colectivo,
visto que todos inteagiam com o educador. As crianças aprendiam a escutar com
atenção e a ouvir. O corpo é uma parte essencial nesta actividade, visto era
através da imitação de gestos com várias partes do corpo que seguiam as
indicações e os jogos do educador. Contudo era no espaço exterior que mais
interagiam colectivamente. Jogos de corrida, fazer rodas, jogar à bola, à
apanhada, às escondidadas, no escorrega ou nas barras, demonstravam o
conhecimento das suas capacidades e do seu proprio corpo. Só ia para as
barras, quem conseguia, porque tinham a noção de que se podiam aleijar. Os
jogos não tinham regras especificas. As actividades passavam mais pelo
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convivio das crianças do que pela implementação de regras. Contudo notava-se
que as crianças sabiam ao que jogavam tentando fazer as suas próprias regras,
como por exemplo no futebol ou nas escondidas com comentário do género: “Tu
vais à baliza” ou “Tens de fechar os olhos”.
Com estes jogos as crianças aprendem a viver em grupo uns com os
outros através de duas regras essenciais. Aprendem a comunicar, expressando
aquilo que pensam e aprendem a conviver com outras pessoas,neste caso os
amigos do infantário. De notar tambem que é no intervalo que muitas salas se
encontravam, daí o convivio ser ainda maior do que no espaço interior. A noção
de espaço estava bem implementada visto que sabiam onde e quando brincar.
Quando se avisava para fazer comboio à porta, sabia que iam para o exterior,
demonstrando alegria e ansiedade. Quando regressavam para dentro, a
agitação acalmava, ainda que aos poucos, mas sabendo perfeitamente que a
hora do recreio tinha acabado.
As linguagens utilizadas eram muitas. Ora falavam exprimindo-se
bastante bem, ora comunicavam com simples gestos como um abanar de
cabeça ou um sorriso. A criança que necessitava de cuidados especiais, tinha
mais dificuldade em exprimir-se, contudo tanto educador como auxiliares não
tinham grandes problemas em perceber a criança.
No infantário descobrem o mundo dia após dia devido ás diferentes
conversas e actividades. No dia do projecto, o tema era o leite e de onde ele
vinha, sugerindo ideias mais cientificas e ambientais. Notámos tembém que a
reciclagem é um processo adaptado no infantário, como que preparando a
criança para as questões ambientais. A criatividade foi bastante visivel. Através
da musica e dos desenhos efectuados, as crianças exprimiam-se de uma forma
diferente. Gestos, movimento e cor eram realizados através da propria acção. As
actividades sugeriam não só o desenvolvimento das suas capacidades criativas,
como também a capacidade de reagir perante situações diversas. A musica
incentivava a uma maior exposição principalmente para as crianças mais
timidas, enquanto que a pintura fazia com que tivessem que pensar e decidir
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como fazer, começando aqui a fazê-lo já de uma forma autónoma, mas sempre
com o apoio de educador e auxiliar.
Os sentidos estão sempre activos. Conversam muito e são muito
observadoras. Contudo existiam algumas crianças por vezes mais desatentas,
sendo preciso chamar á atenção. Os mais envergonhados falam pouco, mas
dizem muito com o olhar. Nas actividades escutavam atentamente o educador e
viam o que fazia. Mais uma vez, a imitação era notória. Na hora do almoço era
sempre possivel ouvir expressões do género: “Cheira muito bem” ou “Está bom”,
mostrando um claro desenvolvimento dos sentidos.
• Estratégias de Interacção.
• Situações especificas de interacção
• Situações de encorajamento/desencorajamento
• Tipo de abordagem de resolução de problemas face ao conflito
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forma correcta. Um bom exemplo é quando a criança estava a desenhar e
perguntava se estava a fazer bem, ao que o educador respondia que sim ou
não, tendo em conta que se fosse não, interagia com a criança de forma a
demonstrar como era. É aqui que entra o encorajamento. Foi perceptivel
bastantes manobras de encorajamento durante alturas distintas do dia. Durante
as actividades, ensinando e apoiando as crianças. Durante o almoço,
incentivando-as a comer. Contudo a interacção também podia ser realizada
através da negação. Se uma criança não queria comer, então poderia ser dado
um estimulo negativo de modo a que a sua vontade mudasse, se assim se pode
dizer. Um bom exemplo observável, foi quando uma criança estava a fazer
“birra” para comer e a auxiliar disse que se ela não comesse iria ser posta na
sala dos bebés. A criança chorava, dizia que não queria, começando então a
comer. A interacção também era visivel através da disciplina já imposta por uma
rotina evidente e de que falaremos mais à frente. As crianças obedeciam de
imediato às ordens dadas pelo educador. Quando acabavam de brincar
arrumavam os objectos de imediato. Se na hora da sesta não se podia fazer
barulho, não faziam, sabendo à partida que neste campo é sempre dificil uma
criança não se distrair com algumas coisas, fazendo sempre ruídos. Contudo os
ruídos produzidos, eram muito poucos e quando falavam, notava-se a
preocupação em falarem baixinho. Outro bom exemplo, era quando as crianças
voltavam para dentro das salas depois do recreio. O Educador apenas gritava o
nome da sala, neste caso, das tartarugas e depressa todas as crianças corriam
para a porta exterior a formarem um comboio. Os estimulos, como já se sabe é
uma base importante na interacção diária com as crianças. Os estimulos aqui
passavam muito pelo apoio dos educadores e auxiliares. Receber uma palavra
de incentivo era sem dúvida um incentivo bastante procurado pelas crianças,
observável pelas várias perguntas que faziam, como que esperando a resposta
positiva. Assim, perguntas como “Estou a fazer bem?” ou “É assim”, eram
bastante recorrentes.
No caso da menina com necessidades especiais, a preocupação era a
mesma, mas alguns processos eram diferentes. A interacção era mais cuidada e
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nunca realizada de forma tão autónoma, visto que a menina precisava de um
constante apoio. Na hora da refeição este apoio foi bastante visível. A comida
era dada “à boca” visto que a menina ainda não conseguia comer sozinha.
Andava sempre com ajuda, pois também tinha dificuldades na mobilidade. De
notar que todos os comportamentos desta menina, correspondiam a uma
criança de 2 anos, enquanto que a menina já tinha 4 anos. Daí as suas
necessidades basearem-se muito no constante apoio de auxiliares e
educadores.
Perante os problemas existentes a resolução de conflitos era baseado em
exemplos ou perguntas de demonstração, se assim se podem chamar, como por
exemplo “Estás a ver como é”, “É assim que se faz” ou “Tu já sabes fazer isso.
Como é que é?”, “Isso não é assim que se faz. Vai la fazer bem”.
D – Rotina Diária
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que comem relva. Toda esta
actividade é feita com perguntas por
parte do educador e resposta por
parte das crianças, ou seja, o
educador de uma maneira animada
insere em cada criança uma nova
aprendizagem. Dentro deste
momento, algumas das crianças
mostraram-se irrequietas, o
educador de forma astuta, chama-os à razão levantando o seu tom de voz, aí foi
evidente o respeito que eles tinham perante uma voz mais altiva, é de notar que
foi algo que aprenderam a respeitar o educador. Por sua vez o educador
também entoou uma música da “Vaca Leiteira”, de forma às crianças
entronizarem melhor o que tinham apreendido. É de destacar o facto de o
educador recorrer ao corpo para complementar a música, fazendo gestos de
acordo com cada frase da música. O grupo de crianças por sua vez,
acompanhavam-no, entoando e imitando os seus gestos.
Seguidamente dividiram-se em dois grupos, com o mesmo objectivo, o de
pintar uma vaca. No entanto, o que mudava eram os materiais, enquanto uns
utilizavam lápis, outros uma batata, humedecida em tinta pintavam as manchas
da mesma. Foi visível que nesta actividade as crianças trocavam impressões
entre elas, visto estarem mais à vontade. Após acabada a actividade, foram
divididas por outras partes, livres à escolha, no entanto se no dia anterior já
tinham estado na mesma nesse tinham de diversificar. Neste campo podemos
observar que as crianças já tinham muito autonomia, construindo as suas
próprias brincadeiras e divertindo-se me pequenos grupos. E apesar do
ambiente calmo, e nada de discussões umas com as outras, o olhar atento do
educador sempre perseguia cada grupo. Passado algum tempo, o educador
ordena-se que voltassem a colocar tudo no lugar, e as crianças obedientes, sem
recusar tão pouco arrumaram depressa tudo. Talvez isto um pouco rápido,
porque a seguir seguia-se o momento tão esperado, “o recreio”, no pátio, onde
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poderiam brincar livremente. Mas antes do mesmo, mais uma regra que o
educador já introduziu neles, antes de ir para o exterior teriam de colocar o seu
chapéu e formar uma fila indiana, agarrando-se às batas uns dos outros. Após
esta regra, dirigiram-se para o pátio e a partir dai brincaram livremente. Foi
evidente que ai as crianças brincavam mais com grupos distintos, ou seja, já
com a grande ideia de brincar com as crianças que eram as supostas amigas. É
de notar que se visualizou um pouco que as brincadeiras dos rapazes são um
pouco distintas das raparigas, no entanto, houveram ainda mistura de sexos nas
brincadeiras. Todo este divertimento era acompanhado por o olhar atento do
educador e auxiliar.
Por volta das 11:30 voltaram todos para as suas devidas salas para
iniciarem o almoço. Antes de começarem a comer, foram lavar as mãos,
valorizando assim a importância da higiene. Verifiquei que algumas das crianças
eram bastantes lentas, e algumas até inventando dores de cabeça, costas para
não comerem… Mas os
educadores astutos, acabam
sempre por dar a volta fazendo
todas as crianças comerem tudo.
Passando às crianças o quanto é
fundamental alimentarem-se. Após
a hora de almoço, inicia-se a fase
da cesta, voltam a ir lavar as mãos
e fazer o “xixi”, quanto aos
educadores lembravam aos mais
esquecidos. Depois dirigiram-se para as caminhas, excepto os mais crescidos
que nessa fase podiam ver um filme ou ir brincar para o recreio.
Uma hora mais tarde acordaram e à medida que o faziam dirigiam-se à
mesa para lanchar. É de destacar a interacção entre o educador e as crianças,
estimulando as crianças com um “muito bem”, mais uma vez a tentar entronizar
o hábito da alimentação. Após o lanche foram dirigindo-se para à entrada da
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instituição, para esperar uns pelos outros. Entretanto voltaram ao momento de
lazer o recreio, até os pais chegarem.
E: Avaliação
• Trabalho de Equipa
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Conclusão
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