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• Conceito de Software Livre
O conceito de tecnologia da Informação
Desde a década de 1940, com a construção dos primeiros computadores eletrônicos, vem
ocorrendo um processo de transição do perfil tecnológico. Esse perfil tem passado de uma
base eletromecânica para uma base microeletrônica. Os avanços da eletrônica digital, que
inicialmente foram aplicados à indústria de computadores, criaram novos dispositivos
eletrônicos que passaram a ser empregados nas mais diversas indústrias.
Tecnologias de hardware
No contexto da TI, usamos a palavra hardware para designar o conjunto formado pelos
equipamentos empregados em um sistema de informação. Em especial hardware designa os
dispositivos que compõem um sistema de computador.
b) Unidade de saída
A unidade de saída é formada pelos equipamentos que permitem a apresentação de resultados
processados pelo sistema de computador. De forma semelhante às tecnologias de entrada de
dados, as tecnologias de saída de dados têm evoluído no sentido de proporcionarem
resultados mais atraentes e fáceis de utilizar.
- Dispositivos de saída em vídeo: são a forma mais popular de visualização de resultados do
processamento. É uma maneira adequada de apresentação de resultados que não precisam
ser mantidos de forma permanente. Além disso, a saída em vídeo permite, em conjunto com
algum dispositivo de entrada, manter a interatividade com o sistema de computador. Os
dispositivos podem ser caracterizados em termos da tecnologia empregada na geração da
saída, tamanho, resolução e capacidade de apresentar cores e gráficos. Do ponto de vista da
tecnologia, os monitores de vídeo mais populares utilizam tubos de raios catódicos (CRT -
Cathode Ray Tube). Esta tecnologia produz a saída através de um canhão que projeta feixes
de elétrons para iluminar os pontos que compõem a tela. Outra tecnologia empregada é a dos
cristais líquidos (LCD – Liquid Crystal Display). Os LCDs são telas planas que usam cristais
líquidos para formar imagens em uma tela de fundo iluminado e de pequena espessura. Os
LCDs são o tipo de tela mais empregado em computadores portáteis. Quanto ao tamanho, os
monitores de vídeo são classificados pela medida da diagonal da tela em polegadas. A
resolução dos monitores é medida pelo número de pontos por polegada. Cada ponto é
denominado de pixel (picture element) e quanto maior o número de pixels por polegada melhor
é a resolução da imagem. No que diz respeito à capacidade de visualização de cores, os
monitores podem ser monocromáticos e coloridos. Nos monitores monocromáticos os
caracteres são apresentados em uma cor de contraste tal como verde, cinza ou âmbar. Os
monitores coloridos são capazes de apresentar as cores básicas (RGB – Red Green Blue) em
diversas tonalidades. A capacidade de apresentar gráficos requer o uso de tecnologias
específicas. Uma destas tecnologias é a de mapeamento de bits que permite endereçar e
manipular individualmente cada pixel. Isto exige maior quantidade de memória no computador
e na placa adaptadora de gráficos. As placas adaptadoras seguem padrões, dos quais o mais
popular é o Extended VGA – Video Graphics Array.
- Dispositivos de saída impressa: a impressão é a forma de saída utilizada quando é
necessário preservar permanentemente ou por um período de tempo longo os resultados do
processamento. Os dispositivos de impressão podem ser caracterizados pelo tipo de
tecnologia, resolução e velocidade de impressão. Com relação à tecnologia, há a impressão
por impacto e a impressão sem impacto. Na impressão por impacto há um contato físico entre
o dispositivo de impressão (martelo, roda impressora, pincel) e o meio que dá suporte à
impressão (papel, plástico, etc.). Um exemplo deste tipo dedispositivo é a impressora matricial
de impacto. Dispositivos de impressão sem impacto são aqueles onde não há contato do
dispositivo com o papel durante a impressão. Nesta categoria encontram-se as impressoras
jato de tinta, que produzem a impressão a partirda aspersão de tinta, e as impressoras laser,
que produzem a impressão a partir de processo eletrostático. A resolução da impressão é
medida por pontos impressos por polegada (dpi – dot per inch). Quanto maior o número de
pontos impressos por polegada, maior é a qualidade da impressão. A velocidade de impressão
é medida em geral em páginas por minuto (ppm), entretanto há impressoras cuja velocidade é
definida por linhas por minuto. Por fim, deve-se considerar que há dispositivos especiais de
impressão como os plotters e os dispositivos de saída de microfilmes e microfichas.
Plotters são dispositivos especiais que permitem gerar resultados gráficos a partir do
acionamento de pincéis que deslizam sobre o material que dará suporte à impressão. Os
plotters são amplamente utilizados nas áreas de engenharia, arquitetura e design.
Dispositivos de saída de microfilmes e microfichas permitem imprimir miniaturas de
documentos a partir de um computador. Estas miniaturas posteriormente podem ser
manipuladas e lidas através de leitoras de microfilmes e microfichas. Esta forma de produção
de saída é útil em ambientes onde há necessidade de manter grandes quantidades de
documentos. Por outro lado, esta tecnologia vem sendo substituída a partir da digitalização de
documentos e gravação em CDs e DVDs.
- Dispositivos de saída sonora: são dispositivos que permitem a emissão de áudio pelo
sistema de computador. Dispositivos de saída de voz convertem palavras previamente
digitalizadas para uma forma audível, podendo ser transmitidas por um canal de comunicação.
Este é o caso das saídas de voz emitidas por sistemas de atendimento telefônico automático.
Dispositivos de saída de áudio também incluem placas de som que convertem sons
digitalizados em sons audíveis transmitidos para alto-falantes ou outros aparelhos de áudio.
- Dispositivos de saída de sinais: são dispositivos que permitem a emissão de sinais
interpretáveis por outros sistemas. São dispositivos importantes em aplicações que incluem o
controle de processos com o uso de sistemas de informação baseados em computador. Por
exemplo, sistemas que controlam processos industriais (tempo de cozimento de um alimento) e
que são capazes de emitir sinais que ligam ou desligam determinados equipamentos (fornos)
conforme determinada situação é detectada (temperatura ou tempo de preparo do alimento
chegou ao limite programado).
c) Unidade de memória principal
A unidade de memória principal é formada pelos dispositivos que armazenam os dados e
instruções em processamento pela Unidade Central de Processamento (UCP). A memória
principal tem uma velocidade de acesso compatível àquela em que a UCP funciona. Assim, os
dados e programas são armazenados durante o processamento na memória principal.
Posteriormente os resultados são liberados para o armazenamento em memória secundária ou
para a unidade de saída.
A memória principal é constituída por diferentes tipos de componentes eletrônicos fabricados
com material semicondutor e denominados de chips. Dois tipos de chips de memória
destacam-se:
- RAM (Random Access Memory): este tipo de memória permite que dados sejam gravados e
apagados durante o processamento. É a área que o sistema de computador emprega para
armazenar e atualizar os dados e instruções em execução pela UCP em determinado
momento. A principal limitação deste chip é o fato de que os dados são mantidos apenas
enquanto o dispositivo for alimentado com energia. Isto implica em dizer que ao desligarmos o
sistema de computador o conteúdo da memória RAM é perdido. Em função disto, é comum
dizermos que a RAM é uma memória volátil e que é necessário dispor de unidades de memória
secundária para o armazenamento permanente ou prolongado de dados e instruções.
- ROM (Read Only Memory): este tipo de memória recebe dados e instruções de forma única
e permanente. Os chips ROM de um sistema de computador vem gravados de fábrica com
dados e instruções específicos. Um exemplo é o uso de ROM para armazenar os dados e
instruções necessários para que o sistema realize a inicialização ao ligarmos um
microcomputador (boot do sistema). Há variações de ROM que permitem gravações para fins
específicos tais como as PROMs (Programmable Read Only Memory) e EPROMs (Erasable
Programmable Read Only Memory).
Além dos chips RAM e ROM, também são utilizadas memórias do tipo cache. Uma memória
cache é um chip de alta velocidade empregado para armazenar dados mais frequentemente
utilizados pela UCP durante um determinado processamento. A memória cache serve como
uma área intermediária entre a UCP e a memória principal, permitindo um aumento da
velocidade de processamento.
O armazenamento de dados e instruções na memória principal e em outros dispositivos de
armazenamento magnético é feito através da propriedade que determinados materiais tem de
apresentarem um sinal ou corrente eletromagnética. Mais precisamente, é possível considerar
que o dispositivo é composto por uma série de elementos que em determinado momento
podem apresentar corrente ou não. A representação deste fenômeno é feita ao considerarmos
que cada elemento de armazenamento constitui um dígito binário ou bit (Binary Digit). Em
determinado momento um bit pode apresentar ou não corrente eletromagnética, isto é, pode
valer 0 (zero) ou 1 (um). Desta forma, a menor fração de armazenamento de dados é um bit e
este é um dos princípios do processamento eletrônico ou digital de dados.
Por fim, devemos considerar que cada elemento ou posição de armazenamento da memória
apresenta um endereço. O endereço de uma posição de memória identifica cada uma das
posições. Essa identificação permite ao sistema buscar e enviar dados e instruções em
determinada posição de memória para fins de processamento. Esse endereçamento toma a
forma de conjuntos de bits que são emitidos pela UCP e decodificados por um circuito de
endereçamento existente na memória principal.
f) Barramentos
As diversas unidades de um sistema de computador são interligadas através de um conjunto
de linhas por onde circulam dados, instruções, endereços e sinais de controle. Este conjunto de
linhas é denominado de barramento (bus).
- Barramento de dados (Data Bus): é o barramento por onde circulam os dados em
processamento pelo sistema. A largura do barramento de dados é o número de bits que em
determinado momento podem estar trafegando naquele barramento. Esta largura afeta o
desempenho do sistema e deve ser compatível com o tamanho de palavra da UCP.
- Barramento de endereços (Address Bus): é o barramento por onde trafegam os endereços
das posições de memória e unidades de entrada e saída onde vão ser armazenados ou de
onde vão ser lidos dados e instruções. A largura do barramento de endereços é expressa em
bits e determina o tamanho máximo de endereçamento da memória principal.
- Barramento de controle (Control Bus): é o barramento por onde trafegam sinais de controle
e interrupção que circulam entre a UCP e as demais unidades. Os sinais de controle e
interrupção marcam a coordenação do trabalho entre as diversas unidades do sistema de
computador, indicando quando cada uma delas deve iniciar ou suspender sua atuação ou
situações em que o processamento deve ser interrompido.
O projeto de um sistema de computador prevê a forma com que os componentes serão
dispostos e interligados. Este projeto é implementado através de vários tipos de componentes
eletrônicos dispostos em placas de circuito impresso. As placas de circuito impresso
apresentam as diversas opções de conexão dos componentes previstas no projeto. No caso
dos microcomputadores a placa mãe é a principal placa de circuito impresso onde são
montados os demais componentes, incluindo o microprocessador, os chips de memória e as
interfaces com unidades de saída e unidades de entrada.
A evolução dos sistemas de computador pode ser caracterizada por gerações tecnológicas
(Laudon e Laudon, 2000) que se sucederam desde a década de 1940, quando surgiram os
primeiros computadores eletrônicos.
- 1ª geração – Tecnologia de válvulas (décadas de 1940 e 1950): os sistemas desta primeira
geração utilizavam válvulas como componente básico. Neste período os sistemas de
computador apresentavam grandes dimensões, ocupando andares inteiros de um edifício. Sua
velocidade era da ordem de 10 mil instruções por segundo e sua capacidade de
armazenamento era de cerca de 2 kbytes. Neste período os sistemas eram caros e de difícil
manutenção e operação. Eram usados, sobretudo, na resolução de problemas científicos, em
alguns casos para fins militares. Sua operação era realizada por técnicos, engenheiros e
cientistas que os projetaram.
Tipos de computadores
Tecnologia de software
Uma forma de classificar os software é levar em conta as principais funções que este
componente dos sistemas de informação desempenha em relação ao hardware e ao usuário.
O software pode ser compreendido como uma camada intermediária entre o hardware e o
usuário.
Esta camada pode ser caracterizada como sendo uma interface através da qual hardware e
usuário mantém trocas de dados e instruções. Por outro lado a própria camada de software
pode ser subdividida em software de sistema ou básico e software aplicativo.
b) Utilitários
Os utilitários são softwares que permitem realizar tarefas rotineiras que proporcionam
melhoraria da performance e segurança do sistema. Nesta classe se enquadram softwares de
antivírus, backup, segurança, organização de unidades de memória entre outros.
Software aplicativo
Tecnologia de comunicação
A palavra comunicação vem do latim “comunicare” que significa tornar comum. Ao longo da
história, a comunicação tem sido a responsável pela transmissão de dados, informações e
conhecimento entre os homens de uma mesma época e entre gerações de épocas diferentes.
Para isso são empregados diversos sistemas que seguem um mesmo processo básico.
- Emissor: é o componente que emite a mensagem. Para isso o emissor utiliza um código que
permite registrar a mensagem em um determinado meio de transmissão.
- Canal: é o componente que conecta o transmissor ao receptor durante a transmissão de uma
mensagem. Um canal faz essa conexão através de um determinado meio que possa dar o
suporte de transmissão a uma mensagem.
- Mensagem: é o componente que contém as informações que se deseja tornar comum entre
emissor e receptor.
- Receptor: é o componente que capta a mensagem e a decodifica.
- Feedback: é o mecanismo através do qual o receptor confirma para o emissor o recebimento
da mensagem. Neste momento o receptor pode indicar se a mensagem foi recebida ou não.
A tecnologia de comunicação é o conjunto de métodos, técnicas e ferramentas que
possibilita a criação de sistemas de comunicação. Os sistemas de informação utilizam
tecnologias de comunicação para cumprir suas diferentes funções. Dentre as tecnologias de
comunicação empregadas pelos sistemas de informação é possível destacar:
- tecnologia de telecomunicações
- tecnologia de redes de computadores
Tecnologia de telecomunicações
a) Tipos de sinais
Um sinal é uma forma de representação e tratamento da informação através das variações que
um determinado fenômeno sofre ao longo do tempo. Por exemplo, a transmissão de uma
corrente elétrica por um meio condutor pode ser medida através das variações de voltagem.
Estas variações constituem um sinal que pode ser empregado na transmissão de informação.
A tecnologia de telecomunicações emprega dois tipos de sinais:
- Sinal analógico: é o sinal que sofre variação contínua ao longo do tempo entre alta e baixa
voltagem. Ao ser representado graficamente, este sinal terá a forma de uma curva senoidal.
- Sinal digital: é o sinal que sofre variações entre dois estados ao longo do tempo. Os dois
estados representam os valores que um bit pode assumir. Ao ser representado graficamente
um sinal digital toma a forma de retas que se sucedem indicando alta ou baixa voltagem.
O emprego do sinal digital pelo hardware de telecomunicações traz vantagens na medida que
há compatibilidade com os sistemas de computador que em sua maioria são digitais. Além
disso, os sinais digitais tendem a ser mais rápidos e estarem menos sujeitos à distorção.
Entretanto, é possível que haja a necessidade de realizar a comunicação entre um dispositivo
digital e um analógico exigindo um processo de conversão:
- Modulação: é o processo de conversão de um sinal digital em sinal analógico.
- Demodulação: é o processo de conversão de um sinal analógico em digital.
b) Modos de transmissão
A transmissão dos sinais pode ser realizada em três modalidades, conforme a direção do fluxo
de comunicações:
- Simplex: uma transmissão é simplex quando ocorre em um único sentido. É a situação
observada na transmissão das estações de rádio ou canais de televisão.
- Half-duplex: as mensagens podem fluir do emissor para o receptor e vice-versa, mas apenas
em uma direção de cada vez. Um exemplo são os aparelhos de rádio amador.
- Full-duplex: a transmissão pode ocorrer do emissor para o receptor e vice-versa ao mesmo
tempo. É a situação encontrada nas comunicações telefônicas.
A transmissão dos sinais também pode ser classificada de acordo com a forma com que os
dados são organizados:
- Assíncrona: a mensagem é enviada na forma de pacotes de bits onde cada pacote
representa um caractere. Em cada pacote há um bit indicando o início e um bit indicando o fim
do caractere. Além disso, há um bit de paridade que permite ao receptor verificar se o
caractere recebido foi o caractere enviado pelo emissor. A transmissão assíncrona é adequada
em situações onde as mensagens são geradas a medida que a comunicação se processa.
- Síncrona: a mensagem é enviada na forma de pacotes que contém mais de um caractere.
Este tipo de transmissão é melhor empregado em situações onde as mensagens já estão
prontas ou o volume de dados a transmitir é grande.
Por fim, a transmissão dos sinais pode ser classificada levando em conta a transmissão de um
bit de cada vez ou de vários simultaneamente:
- Serial: os bits são transmitidos um a um.
- Paralela: ocorre a transmissão de vários bits simultaneamente através de linhas paralelas de
transmissão.
c) Meios de transmissão
Um meio de transmissão dá o suporte para que as mensagens possam ser transportadas entre
o emissor e o receptor.
- Par trançado: são cabos compostos por dois ou mais fios, geralmente de cobre. São um
meio de baixo custo e adequado para situações em que as distâncias envolvidas são
pequenas. Entretanto, são vulneráveis a interferências e não permitem a transmissão a
velocidades tão altas quanto as conseguidas com outros meios.
- Cabo coaxial: é composto por um fio condutor envolto por três camadas. A mais próxima do
condutor é constituída de um material isolante. A seguir vem uma camada protetora de material
mais rígido e, por fim, uma camada de isolamento adicional. Os cabos coaxiais são mais
resistentes e oferecem uma melhor transmissão que os pares trançados. Entretanto são mais
difíceis de instalar e exigem a utilização de conectores especiais.
- Cabo de fibras óticas: é constituído por milhares de fios de fibra de vidro ou plástico que tem
a capacidade de transmitir sinais através de feixes de luz produzidos por um dispositivo laser.
Alcançam grande velocidade e capacidade de transmissão. Entretanto são mais caros que os
pares trançados e cabos coaxiais. Além disso, sua instalação exige equipamentos e cuidados
especiais.
- Infravermelho: utiliza ondas de luz para a transmissão das mensagens. Esta tecnologia de
transmissão exige que emissor e receptor estejam em linha de visão e seu alcance é de
poucos metros. Tem sido utilizada para a transmissão de dados entre dispositivos que estão a
curta distância e tem a vantagem de não exigirem a instalação de cabos.
- Microondas: este meio emprega ondas de rádio de alta freqüência para transmitir as
mensagens. As microondas são transmitidas através de estações de recepção e transmissão
cujas antenas não devem ser obstruídas. Além disso, como transmitem as mensagens através
da atmosfera, estão sujeitas a interferências climáticas. O uso de microondas é uma forma de
transmissão interessante em situações onde há grandes distâncias envolvidas. Por outro lado
tem um custo elevado e estão sujeitas a autorização de agências reguladores de serviços de
telecomunicações.
- Satélite: são estações transmissoras e receptoras de microondas situadas no espaço. Os
satélites são mantidos em órbita da terra. Um satélite permite a transmissão de mensagens a
longas distâncias inclusive entre pontos situados em diferentes continentes.
Em geral os satélites são propriedade de empresas, consórcios de empresas e governos que
alugam canais para outras organizações.
- Telefonia Celular: emprega o conceito de divisão de uma área geográfica em células que
são interligadas por um sistema de transmissão de ondas de rádio. Assim, um dispositivo de
comunicação móvel, que esteja habilitado, é capaz de utilizar os recursos de transmissão e
recepção do sistema para realizar suas comunicações a medida que trafega de uma célula
para outra.
d) Capacidade de transmissão
A velocidade de transmissão é medida em bits por segundo (bps). Como os bits são
representados por freqüências altas e baixas, o número de bits que um meio pode transmitir
por segundo depende do número de vezes que um sinal pode mudar de uma freqüência alta
para uma freqüência baixa por segundo naquele meio. Ou seja, a velocidade de transmissão
de um meio depende da freqüência do sinal e esta freqüência é medida em ciclos por segundo
ou hertz (Hz).
Além disso, há meios de transmissão que podem transmitir em mais de uma freqüência de
sinal ao mesmo tempo. A diferença entre a maior e menor freqüências que um meio pode
transmitir é denominada de largura de banda. Quanto mais alta a largura de banda, maior a
capacidade de transmissão de um meio.
A escolha do meio de transmissão deve levar em conta a velocidade de transmissão e a
largura de banda de acordo com o tipo de aplicação a ser realizada. Meios de transmissão que
permitem apenas uma freqüência de sinal são mais lentos. Estes meios operam a velocidades
de 300 a 9.600 bps e são de uso freqüente para transmissão de voz. Meios de banda média
operam na ordem de 9.600 a 256.000 bps. Já meios de banda larga oferecem velocidades
acima de 256 kbps.
f) Serviços de telecomunicação
Os serviços de telecomunicação são fornecidos por inúmeras empresas denominadas de
concessionárias de serviços de telecomunicação. Estas empresas atuam em um mercado que
atualmente segue um modelo aberto e que é regulamentado por uma agência governamental.
Há uma gama variada de serviços de telecomunicação que podem ser contratados por
organizações interessadas em fazer uso destes recursos em seus sistemas de informação.
Estes serviços incluem deste a assinatura de serviços de telefonia convencional até a utilização
de canais de satélite. Além disso, a cada dia novas modalidades de serviços são criados com o
intuito de propiciar a melhoria no atendimento das necessidades de comunicação das pessoas
e organizações.
d) Internet
Em 1969 a Agência de Pesquisas Avançadas do Departamento de Defesa dos EUA iniciou o
desenvolvimento de uma rede única que pudesse ser empregada no compartilhamento de
recursos e comunicação entre as diversas áreas daquele departamento. Desde então o projeto
evoluiu e transformou-se no que hoje conhecemos como Internet.
A Internet pode ser conceituada como uma rede global que integra diversas outras redes
locais, regionais e nacionais. É uma grande “rede de redes” que é empregada para fins
científicos, governamentais e comerciais. Não pertence a uma entidade ou organismo
específico e é regulamentada por comitês gestores. Sua criação e disseminação foi viabilizada
a partir da integração de diversas tecnologias (Laudon e Laudon, 2000):
- Tecnologia de redes: a partir da interligação de diversas redes, uma mensagem pode
circular de uma origem até um determinado destino trafegando pelos diferentes caminhos que
podem ser mapeados durante a transmissão.
- Tecnologia cliente/servidor: computadores que disponibilizam informações funcionam como
servidores que podem ser acessados por outro computador cliente, ligado à Internet.
- Padrões de telecomunicações: a utilização de protocolos padrão como o TCP/IP permite
que uma mensagem transite por equipamentos de diferentes fabricantes com baixo risco de
perda de dados.
- Hipertexto e hipermídia: o hipertexto permite que um usuário possa clicar em uma
determinada frase, palavra ou imagem e acessar outro conjunto de informações. Essa
tecnologia potencializou a cesso à informação, permitindo a interconexão de dados que
estejam em diferentes pontos da Internet.
O uso da Internet é feito através de uma série de ferramentas dentre as quais destacamos:
- Ferramentas de comunicação
- Correio eletrônico (e-mail): através de um endereço de e-mail e de um software de e-mail
conectado a um servidor de e-mail o usuário pode enviar e receber mensagens
eletronicamente.
- Newsgroups usenet: são grupo de usuários da Internet que discutem e compartilham
informações e idéias sobre um tema pré-definido em sites específicos.
- Listserv: são grupos de organizados que discutem temas através da troca de mensagens de
e-mail.
- Bate-papo (chat): são sites que permitem que pessoas possam conversar de forma on-line.
- Telnet: é um recursos que permite a um usuário acessar um equipamento a partir de outro..
SOFTWARE LIVRE
O que é software livre
São programas de computadores construídos de forma colaborativa via internet por uma
comunidade internacional de desenvolvedores independentes. São milhares de "hackers", que
negam sua associação com os "violadores de segurança". "isto é uma confusão por parte dos
meios de comunicação de massa", afirma Richard Stallmann, presidente da Free Software
Foundation. Estes desenvolvedores de software se recusam a reconhecer o significado
pejorativo do termo e continuam usando a palavra "hacker" para indicar "alguém que ama
programar e que gosta de ser hábil e engenhoso". Além disso, estes programas são entregues
à comunidade com o código fonte aberto e disponível permite que a idéia original possa ser
aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade. Nos programas convencionais, o código
de programação é secreto e de propriedade da empresa que o desenvolveu, sendo quase
impossível decifrar a programação. O que está em jogo é a independência tecnológica. Para
Stallman, "software livre é uma questão de liberdade de expressão e não apenas uma
relação econômica". Hoje existem milhares de programas alternativos construídos desta
forma e uma comunidade de usuários com mais de 20 milhões de membros no mundo.
O exemplo mais conhecido de software que segue este conceito é o sistema operacional
Gnu/Linux, alternativo ao Windows, que é utilizado por quase metade dos provedores de
internet do mundo, pela Nasa e pelo sistema de defesa norte-americano. Aqui no Brasil, o
governo do estado do rio grande do sul e as lojas Renner estão entre as instituições que já
aderiram aos programas livres.
A Free Software Foundation (fsf) foi criada em 1981, a partir da experiência concreta de uma
comunidade que compartilhava programas de computadores no laboratório do Massachusets
Institute of Technology. Indignados por não terem conseguido o código de programação de
uma impressora xerox, que não funcionava bem, descobriram que os programas, até então
compartilhados por programadores e instituições universitárias e públicas, passaram a ser um
produto de "mercado" e que os códigos de programação, agora secretos, tinham sido
apropriados por grandes multinacionais. A única saída seria construir programas alternativos,
totalmente livres. Liderados por Richard Stallman, criaram os conceitos do movimento, as
licenças públicas (GLP), o copyleft (esquerda autoral) e o projeto GNU em 1984. O objetivo da
FSF é de eliminar a restrição de cópias, redistribuição e modificação de programas de
computadores. Site: http://www.fsf.org.
PROJETO GNU
A partir dos conceitos de liberdade da FSF foi lançado, em 1984, o manifesto e o projeto GNU.
O projeto tem por objetivo o desenvolvimento de programas livres através de uma comunidade
de colaboradores. Os códigos de programação, as dificuldades, as documentações e o
conteúdo dos programas são disponibilizados em sites na internet e através de listas de
discussões específicas que garantem o seu desenvolvimento colaborativo e o aperfeiçoamento
permanente. De lá para cá, já foram desenvolvidos milhares de programas totalmente livres. O
mais conhecido é o sistema operacional Gnu/Linux. Site:http://www.gnu.org.
LICENÇA GLP
É a General Public License, uma licença que protege o direito de liberdade do software livre.
Esta proteção dos direitos se dá através de dois passos; o copyright dos software; e a licença
para copiar, distribuir e melhorar. O sistema operacional Gnu-Linux é GLP. Site:
http://www.gnu.org.
Nos primeiros meses do governo lula, algumas modificações importantes foram introduzidas no
programa de governo eletrônico brasileiro, coordenadas pelo ministro chefe da casa civil, José
Dirceu. Foram criadas duas câmaras técnicas, inexistentes no período anterior: a câmara
técnica de implementação de software livre e a de inclusão digital. O instituto de Tecnologia
da Informação (ITI), subordinado à casa civil da presidência da república, ficou encarregado de
coordenar a migração do governo federal para software livre. Essa migração não ficou
delegada a nenhum outro órgão governamental mas à própria presidência, demonstrando a
prioridade da iniciativa governamental, nos planos para a sociedade da informação.
Questão macro-econômica
O Brasil tem apenas 8,6% da população conectada à internet e, segundo dados oficiais, mais
de 53% desses usuários utilizam software ilegal sem autorização dos proprietários. Portanto,
são considerados criminosos pelas leis de propriedade intelectual. A simples descriminalização
dessa camada da população brasileira, utilizando software proprietário, significaria mais do que
dobrar o envio de royalites para o exterior. Se pensarmos que temos que aumentar o número
de incluídos digitais, por exemplo, a alternativa do software proprietário se mostra inviável no
plano da macroeconomia.
"por definição, um software fechado não pode ser usado por um governo e encarado como um
software seguro, pois o governo não tem acesso ao seu código-fonte. O modelo de
desenvolvimento do software proprietário, na área de segurança, é muito desgastado. A maior
prova disso é que a própria Microsoft, para se manter no mercado, abre parcialmente os
códigos para o governo. Mas o governo fica todo o tempo na mão do desenvolvedor
estrangeiro, chega uma nova versão e temos que rastrear o novo código. Além disso, o técnico
do governo que teve acesso a esse novo código fica submetido a normas draconianas de
acordos de confidencialidades. Portanto, não interessa ao governo utilizar software que ele não
tenha auditabilidade plena. A palavra de ordem na área de segurança lógica é auditabilidade
plena e esse é mais um motivo da nossa opção pelo software livre", afirma Sergio Amadeu.
Programas de inclusão digital, realizados com software secreto e proprietário são, na verdade,
programas de "exclusão" ao conhecimento digital.
Independência de fornecedores
Um governo, pela lógica do direito público, deve comprar seja lá o que for com a máxima
transparência e publicidade, através de concorrência pública. Além disso, o governo tem o
direito de conhecer o que está comprando. As dependências tecnológicas causadas pelas
plataformas proprietárias inibem a concorrência, impossibilitam o conhecimento sobre o
conteúdo do produto adquirido e criam uma reserva de mercado à empresa que vendeu para o
governo. Isso é contra os conceitos públicos de administração.
"o software livre dá maior independência em relação ao fornecedor de soluções. O governo
quando compra uma solução em software livre tem acesso ao código-fonte e às quatro
liberdades básicas do software livre. Então ele não está amarrado àquele que o desenvolveu e
a interoperabilidade está garantida no futuro porque ele tem o código-fonte", esclarece Sergio
Amadeu.
O caso de compra de software proprietário por governos é o mesmo que comprarmos
medicamentos sem termos o direito de conheceremos a fórmula química, ou ainda comprarmos
alimentos industrializados sem termos o direito de conhecer de que é feito.
Compartilhamento do conhecimento
Uma das iniciativas iniciais do ITI foi estabelecer um elo de ligação entre o governo e a
comunidade software livre. Essa iniciativa começou a concretizar-se durante o primeiro
"planejamento estratégico" da câmara técnica de implementação de software livre no ano de
2003. Ativistas da comunidade software livre brasileira foram convidados a participar do
planejamento, juntamente com os técnicos do governo. Foram mais de 140 pessoas envolvidas
com o processo de planejamento estratégico que traçou diretrizes, objetivos e ações para a
implantação de programas livres na administração pública. Ao todo são 18 diretrizes, 12
objetivos e 29 ações prioritárias que formam o conjunto de orientações que estão ajudando na
migração. Em solenidade oficial no palácio do planalto, o ministro José Dirceu entregou ao
"projeto software livre Brasil" uma cópia do planejamento estratégico, demonstrando os passos
iniciais do governo para a adoção do Sl e a sua relação com a comunidade.
Mais uma vez a comunidade software livre foi chamada pelo governo. Durante uma semana,
em abril de 2004, mais de 2.000 técnicos do governo iniciaram um programa de capacitação
em software livre. Hackers, membros da comunidade, foram os responsáveis por ministrar a
formação dos funcionários públicos, em 150 cursos que foram oferecidos.
Acreditamos que, ao engajar o governo federal num sistema que nos permita modificar e
redistribuir livremente programas de software, possamos, aos poucos, nos desprendermos das
amarras tecnológicas impostas pelo poder de monopólio de poucas empresas e desenvolver
softwares próprios, que atendam melhor às nossas necessidades", destacou o ministro.
"o que era para ser apenas um treinamento, se tornou um grande acontecimento, reunindo
uma grande turma de profissionais de todo o país e dando a oportunidade de todos nós
compartilharmos conhecimento com os servidores do governo", observou Marlon Dutra, hacker
e ativista do projeto software livre brasil. "estou aqui ministrando o curso "openldap - formação
completa". Toda a comunidade está muito feliz por participar deste evento, que certamente vai
ficar marcado na história do país, e temos esperança que haja uma nova versão. Sabemos que
dessa forma estamos ajudando o governo a tomar o rumo do software livre de uma vez por
todas. É uma grande honra para todos poder fazer parte dessa história", concluiu Marlon Dutra.
A estratégia de migração do governo brasileiro tem como centro a "libertação" das estações de
trabalho. Ao invés de iniciar pelos grandes sistemas de informações e migração dos grandes
bancos de dados, que levariam anos para ter um resultado concreto e visível, o ITI optou pela
estratégia de migração dos computadores pessoais dos funcionários dos ministérios. A
migração dos grandes sistemas exigiria um plano consistente e de largo prazo, levaria anos
para a sua execução e não alteraria a lógica da dependência tecnológica das compras
governamentais, como explica Sérgio Amadeu: "num plano de migração de uma empresa
privada, sob controle absoluto de um grupo de acionistas, o começo da migração se daria
pelos sistemas estruturadores da empresa, para depois se chegar na estação do trabalho. Se
optássemos por isso, no governo federal, ficaríamos parados como ficaram as tropas alemãs
na batalha de Stalingrado. Temos sistemas estruturadores extremamente complexos que
demorariam muito tempo para serem migrados e reescritos. Enquanto se está escrevendo o
novo sistema, o legado está crescendo, seja em banco de dados ou em software básico para
estações de trabalho".
O plano do governo inverte a lógica e estabelece uma estratégia que tem três diretrizes
básicas:
A alternativa para o aproveitamento dos aplicativos que não rodam em estações com
Gnu/Linux é de construir uma interface web para que o usuário possa acessá-lo pelo
navegador, sem necessidade de reescrever o aplicativo no primeiro momento. "estamos
falando em mudança cultural, por isso é importante ter uma coesão de quem vai migrar muito
fina, porque você está trabalhando com dificuldades tecnológicas e aprisionamento feito no
modelo proprietário e, ao mesmo tempo, está falando de mudanças culturais de milhares de
funcionários públicos que são os usuários", explica Sérgio Amadeu. "descobrimos que a
migração é lenta pois, exige uma batalha cultural diária para romper com a cultura do software
proprietário e do lobby de empresas proprietárias, que não é pequeno", destaca ele.
O ITI escolheu concentrar o trabalho em cinco ministérios que já iniciaram a migração das
estações de trabalho. O objetivo é criar um efeito em rede que desmistifique algumas falsas
idéias sobre o software livre. Além do ITI, que já tem todas as estações de trabalho rodando
com software livre, os ministérios de minas e energia, das cidades, cultura, ciência e tecnologia
e da educação, já estão convivendo com desktop livres e o plano prevê, nestes ministérios, a
migração completa até o final do governo. Isso não significa que o plano de migração é só para
estes ministérios. Um caso da Radiobrás (empresa brasileira de comunicações), que já tem
mais de oitenta desktops rodando com software livre, e de diversos órgãos governamentais,
empresas públicas, como o Serpro (empresa estatal de dados do governo federal) e Dataprev
(empresa de dados da previdência social), estão colocando em prática suas próprias
estratégias de migração.
Sabemos que o trabalho está apenas no início e que ainda há muito trabalho pela frente para a
garantia do sucesso dos programas em andamento. Muitas batalhas, dentro e fora do governo,
ainda serão travadas e serão decisivas para a ampliação e consolidação desta alternativa. Mas
já podemos afirmar que nunca um governo nacional colocou este tema de forma tão profunda
na sociedade, ajudando na ampliação da discussão e do entendimento sobre o software livre.
Além disso, as posições do governo estão ajudando em escala internacional à construção de
uma nova sociedade da informação e da defesa do software livre no contexto das nações
unidas, como foi feito na cúpula da sociedade da informação. Essas iniciativas se materializam,
em forma de solidariedade, nas palavras oficiais do presidente lula quando de sua passagem
pela áfrica, defendendo uma nova sociedade da informação e o software livre como uma opção
fundamental para os países em desenvolvimento.
Outro elemento é que o guia europeu estava centrando na análise dos casos de sucesso nas
empresas privadas, pois tinham muitos poucos casos da administração pública. Nós, então,
tiramos isso e colocamos os casos de sucesso na administração pública brasileira que já são
bem mais importantes", conta Corinto Maffe.
Mas a mudança mais importante é que o guia da comunidade européia diz que "os pontos de
vistas expressos no documento são exclusivamente dos autores e não devem, em qualquer
circunstância, serem interpretados como posição oficial da comunidade européia". No "guia
livre", o governo brasileiro assume a responsabilidade e assina em baixo do trabalho coletivo,
dando um peso institucional e validando uma referência técnica importante para as migrações
que virão a acontecer fora e dentro de nosso país. O Brasil é o primeiro país a ter um
documento institucional neste marco.
Esta é uma tradução não-oficial da licença pública geral Gnu ("Gpl Gnu") para o português do
brasil. Ela não foi publicada pela Free Software Foundation, e legalmente não afirma os termos
de distribuição de software que utiliza a Gpl Gnu -- apenas o texto original da Gpl Gnu, em
inglês, faz isso. Contudo, esperamos que esta tradução ajude aos que utilizam o português do
Brasil a entender melhor a Gpl Gnu.
Copyright (c) 1989, 1991 Free Software Foundation, inc. 675 mass ave, Cambridge, ma 02139,
USA
A qualquer pessoa é permitido copiar e distribuir cópias desse documento de licença, desde
que sem qualquer alteração.
Introdução
Quando nos referimos a software livre, estamos nos referindo a liberdade e não a preço. Nossa
licença pública geral foi desenvolvida para garantir que você tenha a liberdade de distribuir
cópias de software livre (e cobrar por isso, se quiser); que você receba o código-fonte ou tenha
acesso a ele, se quiser; que você possa mudar o software ou utilizar partes dele em novos
programas livres e gratuitos; e que você saiba que pode fazer tudo isso.
Para proteger seus direitos, precisamos fazer restrições que impeçam a qualquer um negar
estes direitos ou solicitar que você deles abdique. Estas restrições traduzem-se em certas
responsabilidades para você, se você for distribuir cópias do software ou modificá-lo.
Por exemplo, se você distribuir cópias de um programa, gratuitamente ou por alguma quantia,
você tem que fornecer aos recebedores todos os direitos que você possui. Você tem que
garantir que eles também recebam ou possam obter o código-fonte. E você tem que mostrar-
lhes estes termos para que eles possam conhecer seus direitos.
Além disso, tanto para a proteção do autor quanto a nossa, gostaríamos de certificar-nos que
todos entendam que não há qualquer garantia nestes software livres. Se o software é
modificado por alguém mais e passado adiante, queremos que seus recebedores saibam que o
que eles obtiveram não é original, de forma que qualquer problema introduzido por terceiros
não interfira na reputação do autor original.
Licença pública geral GNU termos e condições para cópia, distribuição e modificação
Esta licença se aplica a qualquer programa ou outro trabalho que contenha um aviso colocado
pelo detentor dos direitos autorais informando que aquele pode ser distribuído sob as
condições desta licença pública geral. O "programa" abaixo refere-se a qualquer programa ou
trabalho, e "trabalho baseado no programa" significa tanto o programa em si como quaisquer
trabalhos derivados, de acordo com a lei de direitos autorais: isto quer dizer um trabalho que
contenha o programa ou parte dele, tanto originalmente ou com modificações, e/ou tradução
para outros idiomas. (doravante o processo de tradução está incluído sem limites no termo
"modificação".) Cada licenciado é mencionado como "você".
Atividades outras que a cópia, a distribuição e modificação não estão cobertas por esta licença;
elas estão fora de seu escopo. O ato de executar o programa não é restringido e o resultado do
programa é coberto apenas se seu conteúdo contenha trabalhos baseados no programa
(independentemente de terem sido gerados pela execução do programa). Se isso é verdadeiro
depende do que o programa faz.
1. Você pode copiar e distribuir cópias fiéis do código-fonte do programa da mesma forma que
você o recebeu, usando qualquer meio, deste que você conspícua e apropriadamente publique
em cada cópia um aviso de direitos autorais e uma declaração de inexistência de garantias;
mantenha intactas todos os avisos que se referem a esta licença e à ausência total de
garantias; e forneça a outros recebedores do programa uma cópia desta licença, junto com o
programa.
Você pode cobrar pelo ato físico de transferir uma cópia e pode, opcionalmente, oferecer
garantia em troca de pagamento.
2. Você pode modificar sua cópia ou cópias do programa, ou qualquer parte dele, assim
gerando um trabalho baseado no programa, e copiar e distribuir essas modificações ou
trabalhos sob os temos da seção 1 acima, desde que você também se enquadre em todas
estas condições:
A) você tem que fazer com que os arquivos modificados levem avisos proeminentes afirmando
que você alterou os arquivos, incluindo a data de qualquer alteração.
B) você tem que fazer com que quaisquer trabalhos que você distribua ou publique, e que
integralmente ou em partes contenham ou sejam derivados do programa ou de suas partes,
sejam licenciados, integralmente e sem custo algum para quaisquer terceiros, sob os termos
desta licença.
C) se qualquer programa modificado normalmente lê comandos interativamente quando
executados, você tem que fazer com que, quando iniciado tal uso interativo da forma mais
simples, seja impresso ou mostrado um anúncio de que não há qualquer garantia (ou então
que você fornece a garantia) e que os usuários podem redistribuir o programa sob estas
condições, ainda informando os usuários como consultar uma cópia desta licença. (exceção: se
o programa em si é interativo mas normalmente não imprime estes tipos de anúncios, seu
trabalho baseado no programa não precisa imprimir um anúncio.)
Desta forma, esta seção não tem a intenção de reclamar direitos os contestar seus direitos
sobre o trabalho escrito completamente por você; ao invés disso, a intenção é a de exercitar o
direito de controlar a distribuição de trabalhos, derivados ou coletivos, baseados no programa.
Adicionalmente, a mera adição ao programa de outro trabalho não baseado no programa (ou
de trabalho baseado no programa) em um volume de armazenamento ou meio de distribuição
não faz o outro trabalho parte do escopo desta licença.
3. Você pode copiar e distribuir o programa (ou trabalho baseado nele, conforme descrito na
seção 2) em código-objeto ou em forma executável sob os termos das seções 1 e 2 acima,
desde que você faça um dos seguintes:
A) o acompanhe com o código-fonte completo e em forma acessível por máquinas, que tem
que ser distribuído sob os termos das seções 1 e 2 acima e em meio normalmente utilizado
para o intercâmbio de software; ou,
B) o acompanhe com uma oferta escrita, válida por pelo menos três anos, de fornecer a
qualquer um, com um custo não superior ao custo de distribuição física do material, uma cópia
do código-fonte completo e em forma acessível por máquinas, que tem que ser distribuído sob
os termos das seções 1 e 2 acima e em meio normalmente utilizado para o intercâmbio de
software; ou,
C) o acompanhe com a informação que você recebeu em relação à oferta de distribuição do
código-fonte correspondente. (esta alternativa é permitida somente em distribuição não
comerciais, e apenas se você recebeu o programa em forma de código-objeto ou executável,
com oferta de acordo com a subseção b acima.)
4. Você não pode copiar, modificar, sub-licenciar ou distribuir o programa, exceto de acordo
com as condições expressas nesta licença. Qualquer outra tentativa de cópia, modificação,
sub-licenciamento ou distribuição do programa não é valida, e cancelará automaticamente os
direitos que lhe foram fornecidos por esta licença. No entanto, terceiros que de você receberam
cópias ou direitos, fornecidos sob os termos desta licença, não terão suas licenças terminadas,
desde que permaneçam em total concordância com ela.
5. Você não é obrigado a aceitar esta licença já que não a assinou. No entanto, nada mais o
dará permissão para modificar ou distribuir o programa ou trabalhos derivados deste. Estas
ações são proibidas por lei, caso você não aceite esta licença. Desta forma, ao modificar ou
distribuir o programa (ou qualquer trabalho derivado do programa), você estará indicando sua
total aceitação desta licença para fazê-los, e todos os seus termos e condições para copiar,
distribuir ou modificar o programa, ou trabalhos baseados nele.
6. Cada vez que você redistribuir o programa (ou qualquer trabalho baseado nele), os
recebedores adquirirão automaticamente do licenciador original uma licença para copiar,
distribuir ou modificar o programa, sujeitos a estes termos e condições. Você não poderá impor
aos recebedores qualquer outra restrição ao exercício dos direitos então adquiridos. Você não
é responsável em garantir a concordância de terceiros a esta licença.
Se qualquer parte desta seção for considerada inválida ou não aplicável em qualquer
circunstância particular, o restante da seção se aplica, e a seção como um todo se aplica em
outras circunstâncias.
Esta seção destina-se a tornar bastante claro o que se acredita ser conseqüência do restante
desta licença.
8. Se a distribuição e/ou uso do programa são restringidos em certos países por patentes ou
direitos autorais, o detentor dos direitos autorais original, e que colocou o programa sob esta
licença, pode incluir uma limitação geográfica de distribuição, excluindo aqueles países de
forma a tornar a distribuição permitida apenas naqueles ou entre aqueles países então não
excluídos. Nestes casos, esta licença incorpora a limitação como se a mesma constasse
escrita nesta licença.
9. A Free Software Foundation pode publicar versões revisadas e/ou novas da licença pública
geral de tempos em tempos. Estas novas versões serão similares em espírito à versão atual,
mas podem diferir em detalhes que resolvem novos problemas ou situações.
10. Se você pretende incorporar partes do programa em outros programas livres cujas
condições de distribuição são diferentes, escreva ao autor e solicite permissão. Para o software
que a Free Software Foundation detém direitos autorais, escreva à Free Software Foundation;
às vezes nós permitimos exceções a este caso. Nossa decisão será guiada pelos dois
objetivos de preservar a condição de liberdade de todas as derivações do nosso software livre,
e de promover o compartilhamento e reutilização de software em aspectos gerais.
Ausência de garantias
11. Uma vez que o programa é licenciado sem ônus, não há qualquer garantia para o
programa, na extensão permitida pelas leis aplicáveis. Exceto quando expressado de forma
escrita, os detentores dos direitos autorais e/ou terceiros disponibilizam o programa "no
estado", sem qualquer tipo de garantias, expressas ou implícitas, incluindo, mas não limitado a,
as garantias implícitas de comercialização e as de adequação a qualquer propósito. O risco
total com a qualidade e desempenho do programa é seu. Se o programa se mostrar defeituoso,
você assume os custos de todas as manutenções, reparos e correções.
12. Em nenhuma ocasião, a menos que exigido pelas leis aplicáveis ou acordo escrito, os
detentores dos direitos autorais, ou qualquer outra parte que possa modificar e/ou redistribuir o
programa conforme permitido acima, serão responsabilizados por você por danos, incluindo
qualquer dano em geral, especial, acidental ou conseqüente, resultantes do uso ou
incapacidade de uso do programa (incluindo, mas não limitado a, a perda de dados ou dados
tornados incorretos, ou perdas sofridas por você ou por outras partes, ou falhas do programa
ao operar com qualquer outro programa), mesmo que tal detentor ou parte tenham sido
avisados da possibilidade de tais danos.