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ESQUEMA RETIRO DE JOVENS

AS IMAGENS DE DEUS

(Sexta-feira noite):
• Apresentação
• Introdução ao retiro:
- 1. As imagens de Deus
- Oração introdutória ao retiro.

(Sábado de manhã):
• Encontro: Deus em Moisés – Imagem de YHWH
- Oração pessoal
• Oração de meio-dia com partilha

(Sábado de tarde):
• Encontro: Nós em Jesus: Imagem de Deus servo
- Oração pessoal
• Eucaristia simples (ou um outro momento de oração)

Ou: sábado de tarde:


• Peregrinação, em silêncio, com algumas paragens onde serão lidos textos
relacionados com o Natal. Durante o trajecto reflexão individual a partir dos
textos e outras pistas. Chegados ao monte, um momento de oração.

Para isso seria bom informar-se se seria possível utilizar a capela no monte. Penso que
seria interessante uma experiência diferente de retiro.

(Sábado noite):
• Vigília de adoração – com partilha da tarde

(Domingo):
• Encontro: Deus em Jesus Cristo: Imagem do pai
- Oração pessoal e preparação da eucaristia final
• Eucaristia
- A graça pedida, o que fazer dela?
- Que imagem(s) de Deus na minha vida? O que fazer?

No sábado de manhã e domingo de manhã pode não fazer-se nenhuma oração. Pode-se
aproveitar o início de cada encontro para se fazer uma simples e breve oração que
introduz o tema. Ganha-se assim mais tempo para a oração pessoal já que há outros
momentos para a oração comunitária.
Pode assim aproveitar-se o tempo da primeira noite para dar tempo a que cada um se
introduza no retiro e na noite seguinte para fazer uma boa vigília sabendo que haverá
tempo suficiente para dormir.
PREPARAR

• Textos (pequenas orações) para expor na capela


• Oração de sexta à noite
• Oração antes do primeiro encontro
• Oração de partilha sábado de manhã
• Oração no monte
• Vigília de sábado à noite
• Oração antes do encontro de domingo
• Eucaristia dominical

1. AS IMAGENS DE DEUS

Introdução:

Experiências religiosas que se enraízam na vida de cada dia, no quotidiano, na vida


normal de todos os dias.
• É a experiência de uma força cega (Sl 29,3.5.7.8.9.10), que não pode ser
contestada.
• Como resposta e reacção: Islão

YHWH: Fidelidade, liberdade total e soberana, totalmente outro, inacessível, libertador


(que desce para elevar, fazer subir). Apelo ético, a uma maneira de viver, de agir.
• Experiência de um Deus em face do homem (vis à vis), um Deus que se revela,
que se manifesta (eu sou aquele que é Ex 3,14; Os 11,4 (1ss); Ex 15,4)

ABBA: Deus animado por uma opção de bondade radical. Deus invadido por uma
solicitude amante, próximo e acessível. O Deus de Abraão, Isaac, Jacob, a quem se pode
rezar, a quem se deve rezar.
• É a experiência da misericórdia estonteante de Deus para com o seu povo (Os
11,8).
• Jesus faz esta experiência nas águas do Jordão ao momento do seu baptismo.

Este caminho é o caminho que faz toda a gente. Não é um caminho linear, mas salta de
uma etapa para outra, recua, avança... segundo as circunstâncias da via do dia a dia.

Imagens de Deus:
• É uma questão que se põe toda a pessoa: Que imagem tenho de Deus? Nos meus
pensamentos? Na minha maneira de falar ou de agir, que imagem eu deixo
exteriorizar? Qual é a tua (ou tuas) imagem de Deus?
• Nós vivemos um tempo após os mestres da dúvida segundo um filosofo francês
Paul Ricoeur:
• Freud (no livro Moisés) dá uma imagem do Pai assassinado pelo clã, cansado do
poder do pai. Após a morte o clã chora o pai morto, culpa-se (sentimento de
culpa) e para se purificar, diviniza o pai. Deus é este pai. Deus é um produto
cultural do conceito de Édipo.
• Nietzche: a religião é a vingança dos vencidos contra os vencedores. (cf Cristo
na cruz, o perdão dos que nos fazem mal porque não podemos vingar-nos,...)
• Marx: a religião é a forma de alienação dos pobres. É uma consolação na
miséria.
• Reparemos agora na quadra de Natal: Nas ruas há imagens do pai natal, enfeites,
luzes, jogos, presentes,... Mas pouco de Deus. Ou Deus será isso tudo?
• Em todos os momentos, atitudes, experiências do nosso dia a dia, Deus
manifesta-se de uma certa maneira. Ou melhor nós podermos “vê-lo” de uma
determinada maneira.
• Jesus, ao chamar a Deus ABBA, valoriza o símbolo paternal. Claro que chamar
a Deus de pai não é sem problemas: que é que se entende quando se diz pai? O
significado varia de uma cultura para outra. A nossa ideia de pai deriva de uma
cultura monárquica toda poderosa. Mas a mesma concepção já não existe
noutras culturas, por exemplo africanas.
• Seria então interessante de reflectir sobre o que significa para mim dizer ABBA,
ou quando Jesus diz ABBA.
• Da nossa imagem, representação de Deus, depende a nossa maneira de ser
cristão, o nosso relacionamento com os outros:
- Como manifesto a minha fé? As minhas ideias? Com coragem? Medo?
Imposição? Diálogo?
- O meu Deus deve impor-se ou propor-se?
É preciso continuar a perscrutar o rosto de Deus Is 42,13-14 “ 13 O Senhor sai como um
herói, como um guerreiro excita o ardor; lança o grito de guerra, esbraveja, desafiando os
inimigos. 14 Fiquei sem fazer nada desde tempos remotos, guardei silêncio, contive-me... Vou
lamentar-me como parturiente, respirar com dificuldade e ofegar”. duas faces de Deus:
poderoso e fraco.

• A bíblia não é um tratado de teologia sistemática ou uniformizada. A bíblia é um


composto de textos que contam experiências de fé. E o livro e o texto continuam
abertos a novas experiências, a novos sentidos, novos significados.
• É por isso que na bíblia não se encontra uma só imagem de Deus imposta a todos.
Cada autor fez a sua experiência de Deus e mete-a por escrito. Pode ser que a sua
experiência faça sentido para outros.
• Da mesma maneira, Deus não se manifesta de uma única maneira, nem nas mesmas
circunstâncias.
• A bíblia é uma colecção de muitos géneros literários, de leituras de muitos e
variados domínios da vida económica, política, social... escrita ao longo de muitos
séculos; relida e comentada continuamente, em situações distintas. Seria bom
enriquecer as imagens de Deus na Bíblia, com as vossas, se elas são fruto da vossa
vivência (experiência de vida e não só pensamento, porque Deus não é uma ideia
mas uma pessoa).
• A bíblia é um documento monoteísta mas manifestado sob diferentes pontos de
vista. 2 Sam 6,6-12: Deus não quer que lhe toquem (mesmo se é para que não caia)
e abençoa quem o recebe; inspira alegria e medo;...
• Então o homem pode apropriar-se de Deus. Aproveitar-se de Deus? Debaixo da
piedade de David se esconde a vontade de força.
• Deus pode estar perto e longe do homem

PARA A ORAÇÃO (Sexta à noite)

Apresentar-se:
• Apresentar a Deus o que sou, o que tenho, o que sinto, o que me preocupa e
chateia. Não tenhais medo nem vergonha. Mas não é uma apresentação de 15
segundos (chamo-me....). O que estou a viver hoje, ou nestes dias, ou neste
período,...
• Dizer a Deus o porquê da minha presença aqui (por isso a escrevestes). Dizer-lhe
os sentimentos que me habitam (cansaço, doença, tristeza, alegria, desânimo,...)
Dizer-lhe o que ele é para mim:
• Que imagem(s) tenho de Deus? Como o vejo? Como o sinto? Como o
manifesto?
• Quem é Deus para mim?
Pedir-lhe uma graça:
• Alguém a quem não consigo pedir alguma coisa não é meu amigo.
• Pedir é criar uma relação de aliança (eu e Deus).
• Pedir é manifestar-se necessitado, precisar de algo, desejoso de conseguir algo.
• Pedir a Deus o que gostaria de alcançar neste retiro.
Pedir o quê? (medo de comprometer-se ao pedir?)
• Pedir o que quero.
• Não muito vago nem muito geral.
• Algo de concreto. O que me parece que poderá favorecer a minha relação com
Deus. O que eu sinto como exigente e libertador. O que eu gostaria de alcançar
mas não está ao meu alcance.
Com fé:
• Preparar-se a recebê-lo como um presente e não como algo de merecido.

ORAÇÃO

Senhor,
Não permitas que esqueçamos:
Tu falas, mesmo quando estás calado.
Dá-nos esta fé:
Quando estivermos á espera da tua vinda.
Tu calas por amor
E por amor falas.
Assim é no silêncio,
Assim é na palavra:
Tu és sempre o mesmo pai,
O mesmo coração paterno,
E guias-nos com a tua voz
E ensinas-nos com o teu silêncio.
2. YHWH – O ARBUSTO ARDENTE

Começar o encontro fazendo passar um espelho. Cada um toma o tempo que quiser para
olhar ao espelho, como quiser, em que posição quiser. Depois passa-o ao companheiro e
escreve o que viu no espelho.
Se possível fazer em silêncio.

Ex 3,1-16

• Jacob desce ao Egipto, com toda a sua família. Acabam por tornar-se numerosos e
poderosos. Com medo os reis do Egipto tornam-nos escravos. Para travar o
crescimento, matam os primogénitos. Moisés escapa.
• Já adulto Moisés deixa o palácio e vê, repara na situação do povo: escravidão,
pobreza, miséria, sem direitos...
• Ele deixa-se de tal maneira tocar por esta situação que mata o polícia egípcio (Ex
2,11-12).
• Então é obrigado a fugir. Uma nova situação se lhe depara. De novo toma uma
resolução defende as mulheres vítimas dos pastores (Ex 2,16-17).
• Moisés vê a situação de miséria e compromete-se com e em favor dos que sofrem
essas situações.
• Este é o primeiro passo para um compromisso vocacional: Independentemente da
sua fdé, do conhecimento, do relacionamento com as pessoas e do seu
relacionamento com Deus, Moisés vê a situação que é má e compromete-se na
mudança.
• É neste contexto que surge a vocação de Moisés. Deus aparece tarde, mas aparece.
• Foi preciso que Moisés visse para que Deus aparecesse.
• Deus viu o que Moisés viu.

Texto da vocação:
• 3 imagens (deserto, montanha, fogo) e uma voz. As 3 imagens são cheias de
significado. Elas falam, dizem algo, mas são também inacessíveis.
• Do fundo do desespero surge um grito e do fogo, uma voz se manifesta. Uma
resposta ao grito de desespero. Uma promessa.
A voz:
• A voz manifesta o que Moisés viu. A voz de Deus ouve-se, emerge, sobe do grito
dos pobres. O desespero de Deus, o sofrimento de Deus manifesta-se lá onde os
homens se comovem deste desespero, deste sofrimento.
• Deus ouve, vê o que Moisés ouviu e viu. É na medida em que Moisés tomou
consciência da realidade, que Deus tomou também conta da realidade.
• Como é que Deus pode saber o que se passa se o homem não lhe diz nada do
que se passa, não se interessa pelo que se passa, não conhece o que se passa?
Pode Deus ouvir o grito do homem sem o homem?
• Deus dá voz aos que não têm voz (eu serei a tua boca e te ensinarei o que deves
dizer Ex 4,12).

Fogo:
• A voz sai do fogo: realidade misteriosa. O lugar atrai (v. 3 Moisés vai ao
encontro) mas repele, afasta também. Isso intriga Moisés. Aproxima-se mas vê-
se impor uma distância (v. 5 não te aproximes). Atrai e repele ao mesmo tempo.
• A imagem do fogo sugere um Deus impossível de tocar, intocável, inacessível,
não motivo de objecto, de controlo. É ele a origem dos acontecimentos e os guia.

Promessa:
• Ao mesmo tempo que chama, Deus faz uma promessa (v.12: eu estou sempre
contigo).
• A pessoa que responde ao chamamento de Deus é seguro que Deus dá, abre um
futuro, ao seu comprometimento (do homem). Esta promessa é reforçada pela
referência aos antigos, aos pais, aos avós. É como um juramento.
• Moisés volta com a certeza que a sua missão é a missão de Deus.
• Deus fará o que Moisés fizer e Moisés fará o que Deus fizer..

Nome:
• Tradução difícil: eu sou aquele que sou; eu sou aquele que é; eu sou aquele que
será.
• O nome tem algo a ver, está em relação com o ser, com o existir; mas também
com o impossível de dizer, com o mistério onde floresce a linguagem, a
comunicação humana.
• Dizer, mas para dizer que não se pode dizer nada.
• Deus dá-se um nome mas que não se relaciona a nenhum significante nem
significado.

Originalidade desta revelação:


• Há um Deus que se manifesta, se revela, que diz algo no interior das nossas
experiências humanas.
• Sempre que alguém se deixa interpelar pela vida, pelas condições da vida, é aí
que Deus se revela e o chamamento se manifesta.
• As representações de Deus na bíblia estão sempre ligadas a experiências
humanas (Jr 22,15-16: [15] Règnes-tu parce que tu as la passion du cèdre ? Ton
père ne mangeait-il et ne buvait-il pas ? Mais il pratiquait le droit et la justice !
Alors, pour lui tout allait bien. [16] Il jugeait la cause du pauvre et du
malheureux. Alors, tout allait bien. Me connaître, n'est-ce pas cela ? - oracle de
Yahve -): conhecer o senhor é defender o direito e a justiça, assumir a causa do
humilde e do pobre.

Síntese das imagens de Deus:


• Deus como uma voz que se dirige, que fala, que se revela, ao homem nas e pelas
experiências humanas (Dt 4,12: Deus falou-vos do meio do fogo...). os
fenómenos naturais de que Deus se serve são secundários. Servem para situar e
embelezar a voz.
• O discurso de Deus tem duplo objectivo: chamamento et promessa. Isto pede
uma dupla resposta: escuta e obediência.
• Deus revela-se YHWH: um Deus para os homens. Qual é o seu nome? Tu
falarás: “eu sou (para ti) enviou-me a vós...
• Deus não realiza nada sem o homem: é o fundamento ético bíblico. Lv 19,34; Dt
24,17-18. a escuta da voz se conjuga com a vida ética e moral (Ex 24,3: Todas as
palavras que o Senhor disse nós as praticaremos).

Quais as imagens de Deus que mais se manifestam na minha vida? Quais as razões?
Em que lugares, pessoas, acontecimentos da minha vida ou do mundo encontro essas
imagens?
Qual a imagem de Deus que mais me cativa? Porquê?
Que imagem gostaria que Deus me mostrasse dele?

Textos de apoio:
Ex 3,1-15
Dt 6,4-9
Dt 24,17-18
Mt 7,24-27
Mc 4,3-9
Mc 5,1-20

3. CONTEMPLAR CRISTO SERVO

Ser discípulo: Reconhecer e seguir Jesus


Ser cristão, ser discípulo de Cristo (é o que quer dizer cristão), é entrar na maneira de
ser, de agir, de Jesus.
• Pode-se ser um baptizado não praticante, mas não se pode ser um cristão não
praticante.
• Isto não é assim tão evidente. Deveria ser assim, mas no fundo a gente sabe que não
é. E a liberdade da linguagem faz-nos dizer e compreender coisas, conceitos vazios
de significado.
• Além disso uma outra dificuldade aparece: mesmo que a nossa vontade, o nosso
desejo, o nosso querer, estejam voltados para Cristo, como ter a certeza que é nele,
por ele, com ele que vivemos, que agimos? Será realmente ele que seguimos, ou
uma imagem que nos fazemos dele? É ele realmente ou é aquilo que nós
gostaríamos que ele fosse, ou que pensamos que ele é.
• Basta pensar em Pedro (Mc 8,27-33): vai para trás de mim Satanás... Pedro tinha
uma imagem, que parecia boa, a palavra que utilizou era a palavra correcta. Mas o
significado que ele metia nessa palavra ou frase (tu és o Cristo) não era o
verdadeiro.
• E João Baptista? O mesmo que disse “eis o cordeiro de Deus... (Jn 1,29-34); que
disse que não era digno de lhe desatar a correia das sandálias (Lc 3,15-17; Mt 3,11-
12; Mc 1,7-8).
• Depois de algum tempo envia alguns discípulos perguntar a Jesus se é realmente ele
o esperado, o Messias (Lc 7,18-23; Mt 11,7-11). A dúvida instala-se, talvez porque a
pessoa se manifesta diferente daquilo que ele (eu) esperava.
• Jesus não responde directamente ele diz somente que o que JB anunciou se realiza
agora. A ele de tirar as conclusões necessárias.
• É também a questão dos contemporâneos de JB e de Jesus.
• O caminho que conduz ao reconhecimento de Jesus como filho de Deus é um dom
do pai. Ele envia o filho e permite o reconhecimento (Mt 16,13-20; Lc 9,18-21).
• Uns dizem que és Elias, um profeta, Jeremias...
• “Tu és o Cristo o filho do Deus vivo”. “És feliz porque não foi a carne nem o sangue
que to revelaram, mas meu pai que está nos céus”.
• Nomeá-lo, reconhecê-lo, indica que este conhecimento não é mérito meu, mas é um
dom recebido (Mt), é um dom assinado, identificável, com direitos de autor.
• Só a fé é a verdadeira atitude humana e a única capaz de reconhecer o dom e o autor
do dom (Pedro faz-se tratar de Satanás).
• Aqui a atitude de Pedro não vem dele mas se Satanás. O seu reconhecimento,
aparentemente verdadeiro, mas falso de significado, é um obstáculo à missão de
Jesus.

Jesus servo:
• Urs Von Balthasar dizia: “É na medida em que Deus serve, em que ele lava os pés
da sua criatura, que ele se revela na sua intimidade”.
• É quando Deus serve que ele se revela tal como é, no seu foro mais íntimo.
• Isto acarreta consequências: Não se pode entrar neste mistério com o pensamento,
com a cabeça, mas com o coração, com uma inclinação amorosa, através de uma
paixão, no verdadeiro sentido da palavra.
• Então aí sim, podemos contemplar Jesus que se revela como Messias. Jesus que leva
até ao fim a sua missão.
• É Jesus que dá a vida, que oferece a sua vida, que lava os pés, e que por aí manifesta
o verdadeiro Deus.
• A “alteza real” de Deus se manifesta no serviço aos homens.
• A verdadeira imagem de Deus é o Cristo ao serviço de cada homem e mulher em
todos os gestos da sua vida.

REFLEXÃO - ORAÇÃO

Textos:
Jn 13,1-20 – lava-pés
Lc 22,14-20 – ultima ceia
Mt 16,13-20; Lc 9,18-21; Mc 8,27-33 – reconhecimento de Pedro

• Ler um dos textos. Imaginar e contemplar a cena. Tentar discernir e


individualizar os sentimentos que seriam de Jesus, dos outros personagens, os
que me inspira o texto.
• Rezar a oração lentamente e deixar-se penetrar dos sentimentos que ela exprime.

Hino do oficio de leituras de Terça II


Um novo coração me dá, Senhor,
O qual a Ti só tema, a Ti só ame,
A Ti, meu Deus, meu Pai, meu Redentor.

Por Ti suspire sempre, por Ti chame,


Por Ti me negue a mim e tudo negue,
Por Ti saudosas lágrimas derrame.

A Ti busque, a Ti ache, a Ti me entregue,


Com tão intenso amor, com tal vontade,
Que nunca mais de Ti me desapegue.

Ó bom Jesus, por tua piedade.


Não Te escondas de mim, isto Te peço;
Que sem Ti tudo enfim é só vaidade.

Muito pedi, Senhor, pouco mereço;


Tão pouco, que Te não mereço nada,
Se o teu muito ao meu nada não dá preço.

Esta alma tantas vezes desviada


Do caminho do Céu, Tu encaminha;
Que se por Ti não vai, vai muito errada,
Doce Jesus, doce esperança minha.

4. CONTEMPLAR JESUS CRISTO ENVIADO

ORAÇÃO: CRISTO IMAGEM DO PAI

Cristo, Seduzir pelo brilho


Imagem radiosa do pai, Daquilo que passa.
Príncipe da paz,
Que reconcilias deus com o homem
E o homem com deus,
Palavra eterna feita carne,
E carne divinizada no encontro conjugal,
Só em ti abraçaremos deus.

Tu, que te fizeste pequeno


Para te deixares apanhar pela sede
Do nosso conhecimento e do nosso amor,
Faz com que te busquemos com desejo,
Acreditemos em ti na escuridão da fé
Também esperemos em ti
Com uma esperança ardente, Por isso, dá-nos o teu espírito,
Te amemos na liberdade Que se torne em nós
E na alegria do coração. Desejo e fé,
Faz com que não nos deixemos vencer Esperança e amor humilde.
Pelo poder das trevas, Então te procuraremos, senhor, na noite,
Estaremos sempre vigilantes à tua espera,
E os dia da nossa vida mortal
Transformar-se-ão em esplêndida aurora,
Na qual tu virás,
Clara estrela da manhã,
Para seres finalmente para nós
O sol, que não conhece ocaso.
Amen! Aleluia!
Com este tema vamos ver Cristo que salva e a fidelidade de deus para com o seu povo.
Dois pontos de partida:

1. Sl 14(13) e Sl 53(52): dois salmos idênticos


• Deus vê: a situação é pior que no tempo de Noé (Gn 6,5-22). Aqui ao menos a
família de Noé é boa, nos dois salmos, nenhum homem é bom.
• Imaginar, contemplar Deus que olha a humanidade, uma humanidade
corrompida, pervertida.
• Contemplar a resposta decisiva de Deus: Cristo enviado. A resposta ao pecado
da humanidade, ao “todos pervertidos”, ao “nem um de bom” é o Cristo
enviado.
• En Gn 7 Deus apaga tudo e recomeça. Agora é diferente: ele envia o seu Filho
para tentar endireitar.
• É a fraqueza de Deus para com o homem. Em Cristo nós vemos o acto de foi de
Deus. Ele acredita que o homem pode acolher o seu filho.
• Ex 3: eu vi a miséria do meu povo... O senhor viu e desceu para o salvar. Mas
agora há um progresso. Em Ex 3 Deus liberta com mão forte. Em Cristo ele faz-
se um de nós.
• Ninguém conhece o pai senão o filho. Quem me vê, vê o pai.
• Vamos contemplar Deus numa humanidade podre, corrompida, pecadora. Deus
escolheu descer e viver nesta humanidade (em tudo igual a nós – credo)
• No Sinai com Elias: Deus dá-se a conhecer da maneira mais escondida possível.
Em Cristo é num homem.
• Que é que isto quer dizer? Que significa esta mudança de atitude de Deus? Ele
poderia ter vindo meter um pouco de ordem, um sistema mais válido. Que
sentido tem então a vinda de Jesus? É o segundo ponto de partida.

2. Gn1,26
• Enviar o seu Filho é uma maneira de continuar a obra da criação, começada. Em
Jesus a criação realiza-se por todo o homem
• Deus dá pleno sentido à criação do homem à sua imagem ao “revestir-se”
(Paulo) da nossa condição humana.
• Se é verdade que nenhum de nós pediu para nascer, para viver nem como viver,
o filho de Deus escolheu viver e como viver, escolheu uma maneira.
• É este mistério que nos fala e nos revela Jesus. Mesmo se ele não faz nada,
mesmo se o reconhecemos como filho de Deus, não é suficiente. É preciso
reconhecer nele o amor de Deus pela humanidade, pelo homem, por mim, por ti,
por ele.
• Não se pode entrar nestes textos só com a inteligência. É preciso que cada um se
pergunte o que é que tudo isto provoca em mim. Se vejo em Jesus o amor de
deus pela humanidade o que é que isso provoca em mim? Que sentimentos?

3. Reflexão e Oração:
Objectivo da contemplação das cenas evangélicas:
• Tomar consciência da revelação do pai e do filho que se faz homem
• Somos convidados a contemplar uma outra realidade: o amor de Deus pelo
homem.
• É preciso deixar-me chamar, participar desta relação pai-filho para transformar-
me em filho adoptivo (Paulo).

Graça a pedir:
• Conhecer o interior de Jesus que por mim se fez homem para melhor o amar e
melhor o seguir.

Cenas evangélicas:
1. / Incarnação em 3 lugares (escolher um):
• Superfície de toda a terra; todos os homens nas diferentes situações. Nenhum
procura deus.
• A trindade. Representar o pai que contempla esta humanidade e que renuncia a
destruí-la. Representar o pai, o filho e o espírito que cochicham entre si para
verem como fazer.
• A Galileia. Uma aldeia. Uma jovem rapariga. O nascimento de um menino

2. / Lc 1,26-38:
• O sim desta mulher. O risco que deus aceita. Contemplar a situação, a trindade.
• Contemplar as actividades: homem – barulho; trindade envia o filho; Maria
acolhe.
• Como é que eu posso acolher como Maria?

3. / Lc 2,1-7 Mesmo esquema


• Contemplar as personagens, a confusão. No meio um homem e uma mulher.
• Frase sem comentário: Não havia lugar para eles. João vai mais longe: os
homens não o acolheram.
• Maria dá à luz. Nós contemplamos
• Que fazer para lhe dar uma mão, para ajudar? Como acolher este filho que
nasce?

CAMINHADA AO MONTE

Explicação da caminhada:
• É uma caminhada onde vale tudo, mas com um objectivo.
• Objectivo: contemplar Deus que se revela a cada um. Ele revela-se como? Que
características? Que imagens?
• Como alcançar o objectivo?
- Leitura de textos bíblicos relacionados com o natal;
- Reflexão e oração em silêncio sobre os textos;
- Contemplação da realidade (movimento, pessoas, imagens...)
- Eventualmente através do diálogo a dois sobre o texto lido;
• Ter atenção aos sentimentos que os textos ou a realidade desperta em mim.
• Prestar atenção ao que se passa à minha volta. Que imagem manifesta de Deus?
• Não ter medo das distracções, aproveitá-las para rezar; Deus manifesta-se
também através delas.
Lugar de paragem Acontecimento Texto Refl. pessoal
Anuncio do nascimento de JB Lc 1,5-25
Anuncio do nascimento de Jesus Lc 1,26-38
Visita de Maria a Isabel Lc 1,39-56
Nascimento de Jesus Mt 1,18-25
Nascimento de Jesus Mt 1,18-25
Nascimento de JB Lc 1,57-79
Nascimento de Jesus Mt 1,18-25
Visita dos pastores Lc 2,8-20
Visita dos magos Mt 2,1-12
Simeão e Ana Lc 2,15-38
Fuga para o Egipto, massacre das Mt 2,13-18
crianças de Belém
Oração contemplativa: Deus-homem Jn 1,1-18
Visita dos pastores Lc 2,8-20
Visita dos magos Mt 2,1-12
Simeão e Ana Lc 2,15-38
Fuga para o Egipto, massacre das Mt 2,13-18
crianças de Belém
Oração contemplativa: Deus-homem Mt 2,13-18
Oração contemplativa: Deus-homem Jn 1,1-18
Jn 1,1-18
Visita dos pastores Lc 2,8-20
Visita dos magos Mt 2,1-12
Simeão e Ana Lc 2,15-38
Fuga para o Egipto, massacre das Mt 2,13-18
crianças de Belém
Oração contemplativa: Deus-homem Jn 1,1-18
Visita dos pastores Lc 2,8-20
Visita dos magos Mt 2,1-12
Simeão e Ana Lc 2,15-38
Fuga para o Egipto, massacre das Mt 2,13-18
crianças de Belém
Oração contemplativa: Deus-homem Mt 2,13-18
Oração contemplativa: Deus-homem Mt 2,13-18
Oração contemplativa: Deus-homem Jn 1,1-18
Jn 1,1-18
Mt 2,13-18
Oração contemplativa: Deus-homem Jn 1,1-18
Jn 1,1-18
OU CAMINHADA PEREGRINA

Trata-se de uma caminhada. Não uma caminhada turística, mas de peregrinação.


Como todas as caminhadas também esta tem pontos de paragem, recuperação de forças,
retemperar a sede, apreciar a paisagem,...

Objectivo:
• Descobrir o rosto de Deus. Tomar consciência das imagens que Deus nos oferece
hoje para se manifestar presente:

Meios:
• Palavra de Deus:
- A cada paragem escutaremos um texto do evangelho. Daremos um tempo
de silêncio e reflexão/oração. Para que cada um possa através das
palavras que ouviu descobrir que imagem, Deus manifesta de si mesmo;
ou que imagem os homens manifestam de Deus.
- Esta palavra alimenta também os momentos de marcha, em silêncio.
• A realidade ambiente:
- Estar atentos ao que nos rodeia (barulho, silêncio, movimento,
acontecimentos, gestos, expressões, pessoas,...). Em que é que isso me
manifesta Deus? Como o vejo?
- Não ter medo de se distrair com a condição de que depois se possa tirar
alguma coisa.

Como proceder:
• Vamos todos juntos, sem nos atropelarmos, mas sem nos separarmos muito
também, para que não tenhamos de esperar muito uns pelos outros.
• Marcaremos um ritmo calmo e tranquilo, sem pressas. Um ritmo que permita a
reflexão e oração.
• Em cada ponto de paragem, cada um procura instalar-se o melhor possível
(sentado ou de pé) e escutaremos um texto do evangelho seguido de uns
momentos de silêncio. Depois continuaremos a marcha.
• A marcha se fará em silêncio para favorecer a reflexão pessoal. Excepto se
houver indicação para fazer diferente (o que provavelmente acontecera, depois
da leitura dos anjos e dos magos: 2 a 2?).
• Cada um pode, ou em marcha ou quando parado, tentar pôr por escrito os
sentimentos que o habitam.

Chegados ao monte:
• Ficaremos em silêncio na capela. Cada um procure, se necessário pôr as ideias
em ordem, escrever, tomar consciência da experiência que viveu.
• Terminaremos a caminhada com uma oração comum.

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