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PERFIL EMPRESARIAL PAULO NETO LEITE

Os grandes desafios de reinvenção do negócio e posicionamento institucional

Ano 8 // nº 82 // maio 2009 // R$ 9,90 // www.clientesa.com.br

CONFERENCE
BPO
O desafio de ofertar
mais valor

ESPECIAL
Clientes móveis
Empresas apostam em
novas estratégias

TENDÊNCIA
BI
Momento econômico
impulsiona o mercado

NADIR MORENO // UPS

A CULTURA EM FAVOR DO CLIENTE


Em 102 anos, a empresa estruturou todo seu
processo e pessoal centrada no cliente
Ano 8 // nº 82 // maio 2009 www.clientesa.com.br

ABATE EM PLENO VOO


Gostei muito desta frase e me diverti quando de levantar cases de sucesso, apresentamos
XPDPLJRDFXQKRXSDUDH[HPSOL½FDURV os principais fornecedores, com produtos,
GHVD½RVGHDOJXPDVHPSUHVDVTXHQDVFHP serviços e novidades. Na matéria sobre clientes
com forte empenho de empreendedorismo, móveis, revelamos alguns cases que estão
mas seus fundadores perdem a visão em pleno virando referência no mercado, com estratégias
voo empresarial e são fortemente afetados e resultados. Outra grata surpresa é a capa
por problemas econômicos momentâneos – desta edição, que dedicamos à executiva Nadir
ou simplesmente por falta de visibilidade. Moreno, presidente da unidade brasileira da
Sem citar os nomes das empresas em análise, tradicional UPS americana, que nasceu em
durante a nossa conversa, é possível levar o um porão nos fundos de um beco na cidade de
H[HPSORGRHVIRUoRHPSUHVDULDOHPLGHQWL½FDU Seattle. Além de contar sua trajetória, iniciada
as turbulências e tomar as medidas necessárias na área de atendimento ao cliente, Nadir revela
para se manter na rota. Nesta edição, VXD½ORVR½DHPSUHVDULDOWRGDLQ¾XHQFLDGD
retomamos alguns fatores que consistem no pela cultura de gestão de clientes, desenvolvida
que chamamos, já a partir da última edição, ao longo de 102 anos. Esta edição tem outras
de Trilogia de Otimismo, na qual começamos surpresas como a matéria de cobertura da
a mostrar setores que estão passando ao largo Conference BPO, que desvendou conceitos,
da crise econômica, que tem entrado na rota discutiu estratégias e mostrou dois importantes
de alguns países. Entre eles, o mercado de cases como referência para a atividade.
callcenter, o de soluções de CRM e de projetos de
½GHOL]DomRFRQGX]LGRVGHIRUPDFRPSHWHQWH
Damos sequência ao tema, nesta edição, com Boa leitura.
as soluções de business intelligence (BI). Além Vilnor Grube

expediente
Diretores Web Service Comercial / Marketing Gestor TVip
Vilnor Grube Rafael Galvão (Web designer) Danilo Krochmalnik Jonas Grube (jonas@grube.com.br)
editor@clientesa.com.br Ricardo Cantini (Tecnologia) danilo.kroch@clientesa.com.br Rafael Masi (assistente)
Solange Teles Alberto Kohn (Gerente Comercial)
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Colaboradores
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Redação Ana Maria Moreira Monteiro, Enio Klein,
Natiê Amaral, Flávia Ghiurghi, Gislene Fernando Guimarães, Kátia Valente, Marcos Tel.: (11) 3393-3000
Regional Paraná
Trindade, Fernanda Gonzalez e Gisele Calliari, Leonardo Vieiralves Azevedo, Valdeci Carneiro (Gerente Regional)
Sotto (revisora) Marcos Fábio Mazza, Marco Barcellos, Tel.: (41) 3015-4740 / (41) 8818-8061 Visite nosso portal
redacao@clientesa.com.br João Batista Ferreira, Luis Santucci Filho, www.clientesa.com.br
Alessandro Goulart, José Devair Gonçalves, www.callcenter.inf.br
Júlio Xavier, Eduardo Souza Aranha, Daniel ClienteSA CONFERENCE
Projeto Gráfico Joana Teles (coordenadora de eventos) A Grube Editorial não se responsabiliza
Grube Editorial Barna, Livio Giosa e Salvatore Milanese
joana@grube.com.br pelos artigos assinados e permite a
Juliana Bortolin (analista de marketing reprodução dos textos publicados,
Editoração Eletrônica Administração e eventos) desde que com expressa autorização e
Rogério Camara Solange Teles juliana.bortolin@clientesa.com.br condicionada à menção da fonte.

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Uma cultura que chega aos 102 anos
14 Nadir Moreno
O modelo de negócio desenvolvido pela americana UPS está estruturado em processos e
pessoas centrados no cliente

20 ESPECIAL
Clientes móveis
36 Conference
Mais valor ao outsourcing
Com clientes mais plugados, empresas reúnem expertise Evento reúne especialistas
para gerar estratégias agressivas para discutir BPO na área de
gestão de clientes, mostra
alternativas de produtos e
serviços, e experiências
bem-sucedidas

28 (a±n†a‰œ±a´8±8†
O desafio do posicionamento da atividade
Há dois anos na direção da Dedic, executivo assu-
me a liderança do setor, fala sobre novas oportuni- ARTICULISTAS
dades empresariais e o posicionamento do mercado
no cenário socioeconômico
Leonardo Vieiralves Azevedo 08

Paulo Neto Leite,


46 Tendência
O mercado de inteligência
Lívio Giosa 33
presidente da Dedic
Com a retração nos negócios, a bus-
ca pela assertividade na abordagem Marco Barcellos 58
ao cliente impulsiona a venda de so-
luções de BI
12 Case #Pl!TENDE
Empresa entra no ne-
gócio de callcenter, a
54 Estratégia
Inovação
SEÇÕES
princípio, para aten- Portal 06
Conheça os novos mé-
der as companhias do todos e aplicações deste Business Center 10
grupo conceito-chave Back Office 56

www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 5


callcenter.inf.br
SÉRIE ESPECIAL BLOG

Gestão de cliente Blog Ouvidoria


Portal Callcenter.inf.br publica série de matérias sobre ABO visa disseminar conhecimento das melhores
o mercado de callcenter práticas da atividade

Os portais ClienteSA
e Callcenter.inf.br já
contam com mais um
blog. Conduzido pela
ABO, Associação Brasi-
leira de Ouvidores/
Ombudsman, o Blog
Ouvidoria (http://blog-
clientesa.clientesa.
com.br/ouvidoria) tra-
rá as melhores práticas
da atividade. O objetivo
O portal Callcenter.inf. não desacelerou com a cri-
é fazer do espaço um fó-
br traz, em maio, na se- se. Segundo a Associação
rum de discussões com
ção Especial (www.call- Brasileira de Telesserviços,
RVSUR½VVLRQDLVTXHDWX-
center.inf.br/especial), a ABT, as empresas do se-
am no setor de relacio-
uma série de matérias que tor tiveram faturamento
namento com cliente. O importância dentro das
revelam o crescimento do de R$ 5,5 bilhões no ano
blog também irá mostrar estratégias de atendimen-
mercado de callcenter. passado, registrando cres-
a evolução da ouvidoria, to das empresas.
Por meio de Entrevistas cimento de 10% sobre
atividade que vem ga-
Exclusivas com presi- 2007. A expectativa da
dentes e diretores, as re- IDC, por meio do estudo
nhando cada vez mais RANKING
Número total de funcionários
portagens abordam as Brazil Call Center Services
tendências do setor e as 2008, é que o segmento
CALENDÁRIO Pos. Empresa Funcionários
mudanças decorrentes mantenha um crescimen-
01 Contax 74.000
do Decreto do SAC, além to médio anual de 11,7%
02 Atento 73.000
de mostrar como as em- até 2012, chegando a fatu-
presas vêm enfrentando a rar cerca de R$ 10 bilhões. PROGRAME-SE 03 Tivit 26.000

crise econômica. As operações terceirizadas Veja os cursos e


04 Dedic 16.100

Diferente de vários seg- que prometem destaque eventos ligados à


05 Tmkt 10.156
mentos da economia, o são as de SAC e cobrança, atividade. 06 AeC 8.860
mercado de contact center de acordo com a IDC. 07 CSU 8.775
08 Teleperformance 8.500
ESTATÍSTICA www.clientesa.com.br/calendario 09 Brasilcenter 8.369

Números que fazem a diferença 10 Algar Tecnologia 8.300


11 Almaviva 8.120
Acompanhe os principais estudos e pesquisas do mercado no portal ClienteSA 12 Provider 7.044
13 Vidax 7.000
A salvo da crise As marcas mais valiosas do Brasil
Brasil é um dos países que menos sente os %UDGHVFR½FDHPSULPHLUROXJDUDYDOLDGR 14 Spcom 4.400
efeitos da crise mundial, segundo relatório. em mais de R$ 12 bilhões. 15 Call 4.090

Novos caminhos para a governança Um novo comportamento de consumo 16 Sercom 4.000

corporativa Classes D e E lideram o aumento do 17 Uranet 3.580


Efeitos da crise econômica demandam mu- consumo de itens básicos nos últimos anos. 18 Teletech 3.410
GDQoDVVLJQL½FDWLYDVQRSHU½OGRVH[HFXWLYRV 19 Telesoluções 3.200
Supermercados faturam R$ 158,5 bilhões
Baixa renda impulsiona e-commerce em 2008 20 TMS 3.020
Pesquisa estima que 70% do potencial de cres- Vendas do setor representaram 5,5% 21 Grupo NP 2.946
cimento do setor venha das classes C, D e E. do Produto Interno Bruto do País. 22 Sitel 2.500
Consumo dos brasileiros vai superar Informações desencontradas 23 Atendebem 2.330
R$ 1,8 trilhão Pesquisa do Idec mostra que
24 Voxline 2.300
Estudo aponta que as despesas das famílias operadoras de São Paulo informam
25 Actionline 2.250
crescerão mais que o PIB em 2009. errado sobre portabilidade.

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clientesa.com.br
TVIP CALLCENTER ARTIGOS
DICAS DE LEITURA
SUPERDICAS
Novas entrevistas CLIENTE SA
PARA
TVip traz neste mês vídeos com executivos
O varejo vai salvar o
CONQUISTAR
CLIENTES DA503 $EDICE#Pl AL¼MDACOBERTURADA planeta
César Souza Setor desempenha papel im-
Conference ClienteSA BPO
Editora Saraiva portante na consolidação dos
conceitos de sustentabilidade.
A TVip Callcenter momento vivido pela
Por Edson Manzano
INOVAÇÃO E
(tvip.callcenter.inf.br) atividade de contact
EMPREEN- traz neste mês En- center. SMS x carta
DEDORISMO trevista Exclusiva com Outro que falou com a As vantagens do mobile
John Bessant e Nadir Moreno, presi- TVip foi Milton Biral marketing em campanhas
Joe Tidd
Editora Bookman
dente da UPS Brasil. Filho, gerente de aten- promocionais.
Nadir fala sobre sua GLPHQWR GD &S¾  (QHU Por Marcelo Castelo
carreira de 17 anos na gia. O executivo conta
836 H RV GHVD½RV GH como foi a criação da
ANÁLISE
crescimento da subsi-
Conhecendo melhor
empresa de callcenter
DE DADOS
Vários autores diária brasileira. &S¾ $WHQGH TXH LQDX- os clientes
Editora Quem também deu gurou recentemente Cadastro Positivo poderá au-
Campus-Elsevier entrevista foi Paulo um site em Ourinhos, mentar o crédito e estimular a
Neto Leite, presiden- interior de São Paulo. redução da inadimplência.
te da Dedic. No vídeo, Por Claudia Amira
A TVip traz também
o executivo conta a neste mês a cobertura
POSICIONA-
trajetória de cresci- completa da Conference
Urgente versus
MENTO
– A BATALHA mento da empresa e ClienteSA BPO. Os víde- importante
POR SUA MENTE as expectativas para o os contêm depoimentos Um modelo sustentável de ad-
Al Ries e Jack Trout futuro. Ele comenta dos palestrantes, deba- ministração precisa de uma
Editora JHVWmRH½FLHQWH
ainda sobre o bom tedores e mediadores.
Makron Books Por Edmilson Rosa

CALLCENTER
RECURSOS HUMA- É bom trabalhar em
NOS - O CAPITAL
HUMANO DAS telemarketing!
ORGANIZAÇÕES
Fatores que indicam a função
Idalberto Chiavenato
Editora de operador como uma excelen-
Campus-Elsevier WHSUR½VVmR
Por Moracy das Dores

VENDA COM
E-learning ou e-training?
CORPO, MENTE Sutis diferenças que podem de-
E ALMA Nadir Moreno, Paulo Neto Leite,
terminar o sucesso de uma ini-
Rubens Pimentel presidente da UPS presidente da Dedic ciativa.
Neto e Yuri Trafane Por Alceu Costa Junior
Editora Saraiva

Retenção de talentos
BOLSA DE EMPREGOS Hoje, o papel do RH dentro de
um callcenter é sinônimo de
gestão de talentos humanos.
Por Ana Maria Moreira Monteiro
Vagas: 16.072
Mailing: o poder dos
Currículos: 60.224 contatos certos
Ter o maior número de infor-
mações sobre clientes é funda-
Milton Biral Filho, Conference ClienteSA mental para a assertividade.
www.callcenter.inf.br/bolsa da Cpfl BPO
Por Cláudio Sá

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inteligência Leonardo Vieiralves Azevedo

Relacionamento
retroalimentado
É fundamental interagir com os clientes nos momentos de
oportunidade. Então, por que não encontramos operações ativas que
também fazem atendimento?

P
or que é tão difícil para as empresas me parece uma meia-verdade. Tipicamente,
tornar seus programas de marketing o que acontece é que pessoas, processos e sis-
de relacionamento mais inteligentes temas não estão preparados para cuidar do
e integrados? Por exemplo, quando a minha cliente de forma integral, ou seja, entender
operadora de telefonia celular me liga para as suas necessidades e executá-las sistemica-
ofertar um novo pacote promocional e, em mente. Para o cliente, tudo soa complexo,
resposta, recebe uma solicitação diferente, fragmentado e injusto. Como exemplo, nos
sempre caio no limbo do relacionamento, ou perguntamos: por que não podemos reagen-
seja, o canal que me acionou é incapaz de re- dar uma passagem aérea pelo atendimento
alizar o atendimento que solicitei e deixa de telefônico? O que torna diferente o atendi-
aproveitar a oportunidade dada pelo cliente. mento na loja física? Será que a companhia
Estou certo que pequenas variações do tema está querendo nos enganar ou tornar a nossa
devem ter acontecido com todos os leitores. vida mais complicada? (Aliás, quando possí-
Do ponto de vista teórico, todo o arcabou- vel, cabe também elogiar: minha experiência
ço já foi construído há algum de relacionamento com a novata Azul foi bri-
tempo para permitir que planeja- lhante, honesta, uma exceção. Parabéns!)
“O que acontece mento, ação e retorno formem Voltando ao tema, além da integração, ou-
é que pessoas, um ciclo virtuoso, retroalimenta- tro ponto que me parece central na implan-
do. Dessa forma, deve existir um tação da política de relacionamento nos
processos e FRQMXQWRGHIDWRUHVTXHGL½FXO- canais é torná-los bidirecionais. É funda-
sistemas não estão WDPDYLGDGRVSUR½VVLRQDLVGH mental poder interagir com os clientes nos
marketing que querem colocar o momentos de oportunidade. Alguns contact
preparados para conceito em prática. centers receptivos já fazem ofertas de produ-
cuidar do cliente de Em primeiro lugar, cabe uma tos, mas é quase impossível encontrar o con-
curta revisão dos elementos es- trário, ou seja, operações ativas que também
forma integral, ou truturantes do marketing de ciclo fazem atendimento.
fechado. Na retaguarda: uma Finalmente, há um perene obstáculo, ou
seja, entender as base analítica que concentre da- indisciplina, em obter retornos de ações de
suas necessidades dos cadastrais e comportamentais marketing. A imensa maioria das organiza-
dos clientes, e permita uma visão ções não faz a medição dos retornos, o que
e executá-las única, que propicie o entendi- GHVD½DDOyJLFDGRPDUNHWLQJGLUHWR2XVR
sistemicamente” PHQWRGHVHXSHU½ORSRUWXQLGD- regular de grupos de controle, ainda que co-
des, timing, etc.; uma solução de nhecido, é pouco encontrado na prática.
gestão de canais, que permita distribuir as Assim, mais comum é encontrar números de
ações de relacionamento através de linhas e-mails abertos e retornados, mas sem qual-
cada vez mais diversas, além de captar os quer parâmetro de desempenho diretamente
UHWRUQRVGHVVDVP~OWLSODVRULJHQVH½QDO- relacionado ao impacto no negócio. E é exa-
mente, as próprias ferramentas de aciona- tamente nessa falta de métricas concretas
mento dos canais – contact center, internet, que se encontra um dos fatores de desincen-
SMS, cartas, lojas físicas, etc. tivo para as melhorias que farão diferença na
8PDVSHFWRGHVD½DQWHpDUHDOLQWHJUDomR satisfação do cliente. Então, mãos à obra!
de canais, tanto operacional quanto analíti-
ca. As empresas gostam de culpar a terceiri-
Leonardo Vieiralves Azevedo é presidente da
zação como a maior responsável pela falta WG Systems, tecnologia para tomada de decisão
de integração entre seus canais, mas isso E-mail: leo@wgsystems.com.br

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inteligência Leonardo Vieiralves Azevedo

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business center

Diferenciar para perguntas: se o seu problema foi re-


solvido e que nota ele atribui ao
atendimento, de um a cinco. Cada

se destacar atendente tem uma meta de satisfa-


ção a ser cumprida, o que pode ga-
rantir até 40% de aumento na sua
GVT aposta em atendimento de qualidade para conquistar clientes renda mensal. “Esse modelo faz com
que o atendente se preocupe real-

E
m busca de diferen- mente em resolver o problema do
ciação, a GVT nada cliente e se empenhe em causar boa
contra a maré do impressão no atendimento. Com
mercado de telefonia e isso, acabamos criando vínculos
mantém a sua operação cada vez mais fortes com a nossa
de callcenter interna. central de atendimento e com o pró-
Neste sentido, aposta em prio cliente”, ressalta Alcides
metas diferenciadas, nas Troller, vice-presidente de Marke­
quais, ao invés de quanti- ting e Vendas da GVT.
dade, prioriza a qualida- Acostumada a um mercado no qual
de. No final de cada os novos clientes usam os serviços
atendimento, o cliente é das empresas concorrentes – já que
direcionado para uma pes- são poucas as pessoas que não têm
quisa de satisfação, sem acesso à telefonia – a GVT conhece a
qualquer interferência importância de oferecer um diferen-
GVT aposta em hu­mana, na qual é convi- cial relevante. “Quando entramos
callcenter interno dado a responder a duas no mercado, no final do ano 2000,

Accor aposta em terceirização


Empresa fecha contrato com EDS para homogeneizar o que inclui práticas em vendas e estratégias para
atendimento conquistar os clientes. “A EDS foi a empresa es-
colhida porque pode contribuir com sua experi-

R
eorganizar globalmente as atividades de callcenter é a ência em comunicação global e inovação em
aposta da Accor Hospitality para aprimorar as estraté- tecnologia, além da oferta de serviços homogê-
gias de vendas e atendimento. A empresa fechou contra- nea e em diversas línguas, devido à sua presen-
to global com a EDS, que irá prover serviços e ça em mais de 26 países”, explica Baudart.
soluções de contact center. “O objetivo é im- Embora a atividade seja voltada fundamen-
pulsionar a distribuição por meio desse ca- talmente para reservas de diárias, Nivancir
nal, que representa 36% do total de reservas Naville, diretor de callcenter da EDS América
vendidas”, revela Emanuel Baudart, dire- Latina, comenta que a empresa também ficará
tor de distribuição, vendas e CRM da Accor responsável por cancelamentos, já as reclama-
Hospitality América Latina. ções serão repassadas para a Accor. “A equipe
No Brasil, a equipe da A3C da Accor (atual deve estar preparada para atender clientes dos
callcenter interno da companhia) diversos segmentos de hotéis para, desta ma-
será transferida para a unidade neira, ofertar produtos de acordo com o perfil
da EDS em São Paulo, e os cola- e expectativa de cada hóspede. Não deixa de
boradores irão permanecer ser uma forma de vender e promover o produ-
como funcionários da Accor to”, comenta Naville.
até março de 2010, quando a As operações serão realizadas em cinco regi-
atividade irá migrar para a ões. Em São Paulo, com atendimento em por-
EDS. Toda a estrutura dos tuguês e espanhol; Índia, com as chamadas
treinamentos será estabele- em inglês; Malásia, em línguas asiáticas;
cida com base no material China, em chinês; no Marrocos e França, em
disponibilizado pela Accor, francês e demais línguas europeias.
Nivancir Naville, da EDS

10 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


nas nossas pesquisas que a maior re- o cliente crie conteúdo e exponha
clamação dos clientes, no mercado sua opinião sobre diversos aspec-
de forma geral, geralmente estava li- tos, enquanto que por outro “for-
gada aos callcenters terceirizados”, çam a barra para criar uma
explica. imagem”, critica Troller. “É muito
Além da central de atendimento, mais um esforço de marketing do
a GVT mantém contato com os que propriamente uma crença de
clientes pela ouvidoria, central de como a empresa tem de se relacio-
WHOHYHQGDV H  YHQGHGRUHV SRU- nar com os clientes”, completa.
ta-a-porta. Outro meio é o portal, no Manter uma relação transparente e
qual os clientes podem acessar con- respeitar o tempo demandado pelos
tas, trocar de planos, comprar ou clientes são as tendências para os rela-
cancelar serviços e postar suas opini- cionamentos entre empresas e clien-
ões sobre a empresa. Ainda que não tes. “Hoje, se a empresa esconde algo
haja interação entre os comentários, do cliente, é como uma bomba-reló-
Alcides Troller, vice-presidente de marketing como acontece nos blogs corporati- gio, pois a capacidade que ele tem para
e vendas da GVT vos. Troller é bastante realista em re- disseminar a experiência é gigantes-
não existia um usuário novo em tele- lação à web 2.0. “As redes sociais são FD³ D½UPD 7UROOHU H[SOLFD TXH DV
fonia. O cliente da GVT já utilizava o IRQWHV PXLWR ULFDV SDUD LGHQWL½FDU companhias precisam se adequar ao
serviço de outras operadoras, tínha- tendências e oportunidades de mer- padrão de consumo que exige imedia-
mos de apresentar coisas relevantes, cado. É válido nesse aspecto, mas tismo, algo que os clientes demandam
que fossem diferenciais”, comenta. não acho que a gente precise estabe- cada vez mais. “Respeitar o tempo do
Para ele, o callcenter próprio é um lecer um canal da GVT exclusivo para cliente é fundamental e acho que as
desses diferenciais, pois cria mais RFOLHQWH³D½UPDDRH[SOLFDUTXH empresas vão adotar como tendência,
agilidade nos processos. “Detectamos o canal, por um lado, possibilita que HPERUDQmRVHMDIiFLO³½QDOL]D

Metlife tem novo endereço Renovação


Filial da empresa no ABC paulista passa a ser central de
relacionamento
na Telefônica
A
área de relacionamento com o cliente da Metlife está em um novo en-
%MPRESAUNIkCAATENDIMENTODOS
dereço, no ABC paulista. “Embora separados, sempre estivemos rela- callcenters, lojas físicas e on-line
WLYDPHQWHSHUWReLPSRUWDQWHXQL½FDUPRVDJHVWmRSDUDIRUWDOHFHUPRV

C
o callcenter”, comenta Richard Vinhosa, diretor de operações da Metlife. allcenters, lojas físicas e on-
&RPDXQL½FDomRDHPSUHVDLQWHJUDRVHUYLoRGHFDOOFHQWHUGHWRGDVDViUHDV line agora estão sob a respon-
2VSUR½VVLRQDLVTXHDWHQGLDPDVTXHVW}HVUHODFLRQDGDVjYLGDHSUHYLGrQFLD sabilidade de uma mesma
passaram a trabalhar em conjunto diretoria na Telefônica. O primeiro
com os de planos odontológicos, seg- GHVD½R GR GLUHWRU 3DEOR ,YDQ
mento recém-incorporado aos negó- Oyarzun Fracei é a reformulação de
cios da companhia. “Com essa nova 20 lojas, que são responsáveis por
estrutura, melhoramos a monitoria e mais de 60% do movimento registra-
criamos uma gestão de qualidade”, do nos 122 postos da empresa. Serão
D½UPD 600 funcionários contratados para
Além da mudança física, a Metlife atendimento e outros 200 para os
está implementando novidades opera- VHUYLoRVGHYHQGDV$WXDOPHQWH
cionais. Com o novo sistema de work- realizam as duas tarefas. A nova di-
¾RZ R UHWRUQR DRV FOLHQWHV HVWi  retoria também contratou mais cin-
mais ágil, principalmente por conta co mil atendentes para os callcenters
das novas ferramentas, como o chat e o e aprimorou os serviços on-line, a
controle do prazo de respostas. Após a ½PGHTXHRVFOLHQWHVSRVVDPWHUGL-
integração, o departamento passará a ferentes canais para solucionar dú-
contar com 63 pessoas. vidas e adquirir novos produtos.

Richard Vinhosa, da Metlife


www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 11
benchmarking Cpfl Atende

#OMNOVOSITE #Pl
Atende visa oferecer
soluções de qualidade
para o mercado

Expansão da expertise
Biral Filho, gerente de atendimento

7
UDEDOKDUFRPHVSHFL½FLGDGHH
qualidade de serviços, não GD &S¾ (QHUJLD $ LGHLD GH RIHUHFHU
LPSRUWDRSUHoR(VVDpDDSRV- XP VHUYLoR VHJPHQWDGR H GH QLFKR
WDGD&S¾$WHQGHSDUDVHGHVWDFDUQR QDVFHXDSDUWLUGDQHFHVVLGDGHGHFUHV-
FRQFRUULGR PHUFDGR GH FDOOFHQWHU $ FLPHQWRGDVRSHUDo}HVHP&DPSLQDVH
HPSUHVD SURPHWH VHUYLoR GLIHUHQFLD- HP &D[LDV GR 6XO GD &S¾ (QHUJLD
GR VHP VFULSWV H UHVSRVWDV DXWR &RPDDPSOLDomRGRSUySULRQHJyFLR
PiWLFDV DSRVWDQGR HP SUR½VVLRQDLV a empresa viu a possibilidade de apos- Milton Biral Filho
YHUViWHLV ²4XHUHPRV DWHQGHU MXVWD- WDUHPXPDQRYDDWLYLGDGHGHIRUPD da Cpfl Energia
mente as empresas que estão dispos- HVSHFt½FD ²1RVVR SRVLFLRQDPHQWR p Queremos atender justamente as
empresas que estão dispostas a pagar um
WDV D SDJDU XP SRXFR PDLV SDUD WHU DWHQGHUDVHPSUHVDVGHXWLOLWLHV(VVH pouco mais para ter qualidade de serviço
TXDOLGDGHGHVHUYLoR³H[SOLFD0LOWRQ pRQRVVRJUDQGHQHJyFLRQRVVDJUDQ-
GHHVSHFLDOL]DomR³D½UPD 7HQGR FRPR SUHPLVVD FUHVFLPHQWR
LINHA DO TEMPO 1R FRPHoR GH PDLR DSyV DWUDVRV DQXDOGH%LUDO)LOKRD½UPDTXHD
FDXVDGRVSHODGHPRUDQDOLEHUDomRGD &S¾$WHQGHSUHWHQGHFUHVFHUJUDGXDO-
1912 DQXrQFLD GD $JrQFLD 1DFLRQDO GH mente, respeitando a maturação e a
Fundação da Companhia Paulista de Força e
Luz (atual Cpfl Paulista) (QHUJLD(OpWULFDD$QHHOIRLLQDXJXUD- FRQVROLGDomRGHFDGDFOLHQWH²2PHU-
do o novo site, instalado em Ourinhos, FDGR HP TXH HVWDPRV LQVHULGRV p GH
1927 LQWHULRU GH 6mR 3DXOR TXH FRURD GH PXLWD FRPSHWLWLYLGDGH H VH QmR ½]HU-
É adquirida pela American & Foreign Power, em- IDWR R LQtFLR GDV RSHUDo}HV GD &S¾ PRVXPWUDEDOKREHPIHLWRGHLPSOH-
presa do grupo norte-americano Electric Bond &
Share Corporation, ligado a General Eletric $WHQGH°DHPSUHVDMiH[LVWHGHVGHMX- PHQWDomRGDRSHUDomRRULVFRGHSHUGHU
QKR GR DQR SDVVDGR 2 VLWH TXH IRL FOLHQWHVSDUDDFRQFRUUrQFLDTXHRIHUH-
LQDXJXUDGRFRP3$VSUHVWDVHUYL- FH VHUYLoR PDLV EDUDWR p PXLWR JUDQ-
1964 oRV SDUD DV GLVWULEXLGRUDV &S¾ 6DQWD GH³FRPHQWD
Passa ao controle da Eletrobrás, do Governo Federal
&UX]H&S¾-DJXDUL~QDKSRUGLD 1RVSUy[LPRVGRLVDQRVD&S¾WUDED-
OKDUiSDUDDFRQVROLGDomRGHXPDQRYD
1975 GLDVQRDQR%LUDO)LOKRSUHYrRYROXPH
Controle acionário da Cpfl Paulista é transfe- GHPLOFKDPDGDVSRUGLDQHVWHVLWH FHQWUDO 3RU HQTXDQWR GXUDQWH R SUL-
rido para a Companhia Energética do gover- 2 PHUFDGR GH FDOOFHQWHU FDLX QXPD PHLURDQRGHIXQFLRQDPHQWRGRVLWHGH
no do Estado de São Paulo
PHVPLFH SDUD %LUDO )LOKR H DSHVDU Ourinhos, os sites de Caxias do Sul e
1997 dos preços atraentes dos grandes birôs, &DPSLQDVPDQWHUmRRIXQFLRQDPHQWR
Durante o processo de privatização, a com- R LQWXLWR QmR p FRPSHWLU FRP HOHV PDVSURYDYHOPHQWHVXDV3$VVHUmRDE-
panhia passa para o controle do atual grupo,
composto pela VBC Energia, pelo Fundo de ²0HVPR FRP R DGYHQWR GR 'HFUHWR VRUYLGDV SHORV VLWHV GD &S¾ $WHQGH $
Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil e TXHUHJXODPHQWDRV6$&VSHUFH- LGHLDpSDVVDUDRIHUHFHU3$VDRPHUFDGR
pela Bonaire Participações
EHPRVTXHQmRKRXYHPHOKRUDVLJQL½- DSDUWLUGRVHJXQGRVHPHVWUHGH
FDWLYD QD TXDOLGDGH GH VHUYLoR PDV 3RUHQTXDQWRRWUDEDOKRpGHFRQVROL-
2002 dação e apresentação da empresa ao
Cpfl Energia é reestruturada e se trans- VLPPDLRUIDFLOLGDGHQRDFHVVRjVFHQ-
forma em holding WUDLV³D½UPD8PGRVIDWRUHVGLIHUHQ- PHUFDGR ²+RMH QyV WHPRV  3$V
FLDLV SDUD R QRYR QHJyFLR HVWi QR PDV Mi WHPRV SURMHWRV SDUD XP VLWH
2004 UHFRQKHFLPHQWR Mi FRQTXLVWDGR SHOD QRYR1RVHJXQGRVHPHVWUHDHPSUHVD
Oferta pública inicial nas Bolsas de Valores de
São Paulo e Nova Iorque, ocasionando mu- &S¾(QHUJLD²eXPDTXHEUDGHSDUD- SUHWHQGH DEULU XP VHJXQGR VLWH FRP
danças em sua estrutura societária digma muito grande, porque as distri- 3$VSDUDSUHVWDUVHUYLoRVDRPHUFD-
EXLGRUDV GH HQHUJLD HOpWULFD SRVVXHP GR1RSULPHLURVHPHVWUHMiFRPHoDUH-
2008 XP S~EOLFR FDWLYR 7HU D &S¾ FRPR PRV D FRQVWUXtOR WHPRV XPD iUHD GH
Constitui a Cpfl Bioenergia, empresa especia-
lizada em negócios a partir da biomassa. FOLHQWH Gi XPD JDUDQWLD SDUD D &S¾ PLOPHWURVSDUDFUHVFHUHH[SDQGLUR
Recebe o Prêmio IFCs Annual Client
Leadership Award 2008, do Banco Mundial. $WHQGHGHSHUHQLGDGH³H[SOLFD QRVVRQHJyFLR³FRQFOXL

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entrevista Nadir Moreno

U
“ m dia quase surtei de tanta
informação!” A lembrança é
de Nadir Moreno, nesta En-
trevista Exclusiva, ao falar
dos tempos em que traba-
lhava no callcenter da UPS, quando a in-
formatização era mínima e a maioria dos
dados devia ser decorada para informar
aos clientes sobre a situação dos pacotes
enviados. Lá se vão 17 anos, marcados pela
passagem por praticamente todas as áre-
as da empresa – um processo longo de
SUHSDUDomRSUR½VVLRQDOGHQWURGRSURMH-
to de carreira, com trabalhos internacio-
nais na América Latina e Estados Unidos
– e Nadir chegou à presidência da subsidi-
ária brasileira da centenária UPS, em
2007, de forma até surpreendente.
“Estava sendo preparada para subir na
área de gestão de pessoal, mas veio o con-
YLWH H DFDEHL DFHLWDQGR R GHVD½R³ OHP-
bra. Principal executiva da subsidiária
brasileira da companhia de 102 anos, pre-
sente em 200 países, com 425 mil funcio-
nários e faturamento anual global de US$
51,5 bilhões, Nadir tem alguns bons desa-
½RV FRPR ID]HU D VXEVLGLiULD EUDVLOHLUD
brilhar aos olhos da matriz. Para isso, a
empresa precisa crescer internamente
(atualmente ocupa a terceira posição no
mercado de logística no País, segundo da-
dos internos da UPS) de forma rentável,
superando a crise. O caminho para o cres-
cimento está no cliente. “Atendimento
ao cliente, para nós, é foco número zero
de prioridade!”, brinca.

A cultura em
A centenária UPS estruturou
e automatizou seus processos
organizacionais, criando um
plano de carreira internacional
que levou a brasileira Nadir
Moreno à presidência da
operação local. Todos os
movimentos da organização
têm o cliente no centro

14 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


Quando foi sua chegada na UPS?
Foi há 17 anos. A subsidiária brasileira BASTIDORES DE UM SÉCULO
foi criada há 14 anos, no dia 26 de maio
DE HISTÓRIA
de 1995. Eu comecei na UPS no depar-
tamento de atendimento ao cliente, Aparência seria o
Em 1907, nascia a The American
em 1992, quando ela ainda era repre- diferencial, com
Messenger Company, em um porão
sentada pela Jet Services. Fui a nona produtos, carros
nos fundos de um beco na cidade
funcionária no Brasil. A primeira ope- e, principalmen-
de Seattle, em Washington, a partir
ração era pequena. Na época, não ti- te, funcionários
do empréstimo de US$ 100 feito por
nha importação, apenas exportação, sempre limpos e
seu fundador, Jim Casey. O princi-
por isso a operação era em Guarulhos. organizados. A
pal desafio de Casey era se desvincu-
Eu fazia um pouco de tudo, pois a em- UPS acompanhou
lar da imagem de empresa pequena,
presa tinha somente 25 funcionários. os avanços tecno-
comum a toda a atividade de trans- Jim Cassey,
Hoje são 650 funcionários diretos e lógicos e passou
fundador da UPS
portes na época. A chave para supe-
1.500 indiretos. Nesses anos, traba- a ser proprietária da oitava maior
rar essa imagem estava na visão que
lhei em todas as áreas do departamen- companhia aérea mundial.
os clientes teriam de sua empresa.
to financeiro.

Como foi o processo de preparação


de sua carreira? dade 24 horas por dia. Não existe des- uma imersão na cultura da empre-
Quando comecei na UPS, já era for- membramento na UPS, pois é uma sa, na região que administra todos
mada em Línguas, mas como não cadeia de suprimentos. Se eu não os países. Como a empresa é ameri-
agregava para a atividade na qual es- cumpro com a minha responsabili- cana e todos os processos, projetos e
tava trabalhando, decidi fazer Di- dade e obrigação, todo esse fluxo de programas são próprios, eu era res-
reito, pois ganharia visão jurídica na informação será afetado, chegando ponsável pela adaptação destes
área trabalhista. Queria ser da área ao cliente, que é o motivador de toda processos nos diferentes países, res-
de recursos humanos, sempre gostei a atividade. Com isso, a empresa cria peitando a cultura, idioma, lingua-
de lidar com pessoas. Em 1999, um segurança de rotatividade mundial e jar e hábitos locais. Muitas vezes,
ano antes da minha formação, a UPS garante a política de carreira. certos procedimentos acabam sendo
me promoveu a supervisora de recur- recepcionados de forma negativa,
sos humanos e jurídicos. Em 2001, já Como é esse processo? pela maneira como foram imple-
advogada, cheguei a gerente. Em Todo mundo busca crescimento pro- mentados. É o que acontece na
2003, a UPS começou a me conside- fissional, com estabilidade, estrutu- América Latina. Somos muito recep-
rar como potencial candidata para ra e futuro garantido. Fazer cursos tivos e hospitaleiros, mas não neces-
ser aproveitada também fora do País, fora gera autoconfiança e segurança. sariamente práticos e objetivos. A
dentro do programa Career Develop- Fui para várias localidades, a come- UPS se preocupa muito com isso.

favor do cliente
ment. Ele define que o funcionário çar pelos países da América Latina e Quais foram as principais transfor-
tem de preparar três sucessores, o o Canadá, além de Miami, onde está mações da empresa nestes 17 anos?
que cria estabilidade e estrutura se- nossa sede administrativa. Todas as vezes que um funcionário
gura para que a empresa não tenha diz que está com problema no compu-
nenhuma perda. Como foram suas experiências tador ou que o headset ficou um se-
fora do Brasil? gundo sem comunicação, conto a
E essa perda pode ser maior ainda Em 2003, viajei para Venezuela, história do Telex, de quando um
se for na presidência! Equador, Chile e Argentina. Em cliente pedia uma prova de entrega, o
Sim, algumas cadeiras são mais deli- 2005, fui fazer um special assign- POD (Proof of Delivery). Hoje, é cru-
cadas. Mas qualquer cadeira é im- ment em Miami, um projeto com o cial comprovar a entrega do pacote e a
portante, por sermos uma empresa qual todo mundo sonha dentro do coleta. Mas, na minha época, o clien-
de logística, em busca de produtivi- plano de carreira, porque se trata de te solicitava a confirmação e eu pedia

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entrevista Nadir Moreno
para ele retornar depois de quatro
dias, porque tinha de contatar o des-
tino ou a origem, que geralmente era
internacional. Atualmente, este pro-
cesso pode ser rastreado e acompa-
nhado pela internet em minutos.

Qual a posição do Brasil diante das


outras subsidiárias da UPS?
Depois dos Estados Unidos, a or-
dem é Canadá, México e Brasil –
com o Brasil perto dos outros. O
Canadá é uma operação muito
grande e foi iniciada em 1975; o
México, em 1990; e depois o Brasil.
O tempo também conta para defi-
nir o tamanho, ganhar experiência
e mercado.

Quando surgiu o convite para a


presidência?
Em 2005, voltei de Miami respon-
dendo pelo RH e jurídico para a
América do Sul. Como englobava
Argentina e Chile, passava uma se-
mana na Agentina, uma no Chile e
duas no Brasil, durante dois anos e
meio. Essa fase foi muito boa, por- EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
que aprendi bastante sobre as simi-
laridades que existem entre as leis
trabalhistas destes países. Em feve- 17 anos dedicados à UPS
reiro de 2007, me ligaram de Miami 1999 2005
Promovida ao cargo de Tornou-se responsável
questionando sobre meu interesse 1995 supervisora do RH e de- pela região do Mercosul
pela posição de presidente, não ne- Transferida para o partamento jurídico (Brasil, Argentina e Chile)
cessariamente no Brasil. Até então, 1993 departamento F&A,
responsável pelas
PLQKDFDUUHLUDMiHVWDYDSUpGH½QL- Entra na UPS como as-
áreas de compras,
sistente de atendimen-
da para as áreas jurídica e de recursos to ao cliente
contas a pagar, a re-

humanos, a meu pedido, podendo


ceber, tesouraria,
manutenção, depar-
2001 2007
Passou a ser gerente de
chegar a VP de RH em Atlanta. tamento pessoal e recursos humanos e Assume a presidência da
jurídico jurídico UPS no Brasil
Ainda que, um ano antes, eu tinha
sido entrevistada para country ma-
nager da República Dominicana.
(P  DFHLWHL R GHVD½R SRU VHU
uma oportunidade. Era um pouco brasileira, do RH, jurídico e presiden- colocar mulheres em posições exe-
assustador, pois eu não havia me te. A quebra de paradigma é total. cutivas. Só na América Latina,
preparado. A empresa me enviou, quatro países são presididos por
SDUD WUHLQDPHQWRV HVSHFt½FRV D  R mulheres: México, Peru, Equador
É tradição da UPS ter mulheres na
México, Canadá e Miami. Eu preci- presidência? e Brasil.
sava ter visão de, pelo menos, mais Não. Normalmente, vemos mulhe-
80% do negócio. Retornei em abril e res nas posições principais quando Você assumiu todas as operações?
em junho fui promovida. são as donas do próprio negócio. Assumi a presidência das divisões
Na UPS também não era comum, o Small Pocket e Air Cargo. São quatro
E o seu antecessor? que é normal, até porque a nature- GLYLV}HV PDLV R EUDoR ½QDQFHLUR H
Ele aceitou uma proposta para ser za da atividade é masculina. Es- a UPS Capital, gerida pelo Flávio
presidente de outra empresa. Até en- tamos falando de transporte, carga Amaral. Em fevereiro de 2008,
tão, todos os ex-presidentes não eram aérea, carga pesada. E hoje a em- quando achei que a minha agenda
brasileiros. Sou a primeira mulher, presa fomenta programas para se ajustaria dentro das minhas res-

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ponsabilidades, eles me promove- Como surgiu essa política?
ram mais uma vez e me deram a Para Jim Casey, que é o grande fun- NÚMEROS
Supply Chain Solutions, que tinha dador da UPS, a imagem é tudo. O
o dobro da minha operação na épo- prestador de serviços é representado
ca: eram 200 funcionários e me de- por pessoas, como os nossos vende-
ram mais 400. dores e courriers, que foram o
‡ Entregas: 15,5 milhões
de pacotes e documentos
foco principal de Casey em 1907, já diariamente; 700 mil remessas
E o que você construiu como expe- que as entregas terrestres eram o marítimas; e registra,
riência com o cliente? core business da empresa quando anualmente, mais
(PWXGRTXHYRFrID]RIDWRU½QDOp foi fundada. de 5 milhões de passagens pela
o cliente. Se tem um ativo, vai ter alfândega norte-americana
um passivo. Temos os clientes in- Como é a sua relação com os
terno e externo. Passei praticamen- clientes? ‡ Faturamento mundial:
US$ 51,5 bilhões, em 2008
te toda a minha carreira cuidando Se você entrar no site da UPS e locali-
de clientes internos, dentro do RH zar o Brasil, encontrará meu nome e ‡ Clientes: 7,9 milhões por dia
e jurídico. Ao mesmo tempo, mi- meus dados. O mundo inteiro tem o
nha estratégia era fazer com que os meu e-mail e o meu telefone. Não é
‡ Países onde atua: 200
clientes internos tivessem a visão e nada privado. Todos os dias, eu abro o ‡ Fundação: 1907
a preocupação com os externos, e-mail e vejo mensagens questionan-
porque um cliente a menos ou a do o pacote que veio ou o pacote que
‡ Funcionários: 600 no Brasil e
425 mil no mundo
mais fora da empresa está direta- vai. Transmito para o departamento,
mente relacionado ao resultado po- cobrando e depois faço follow-up. Não
sitivo e aos benefícios dos clientes posso nem pensar que o cliente não lhando, todos esses recursos foram
internos. Se uma empresa me con- teve resposta. A nossa estratégia nú- desenvolvidos para absorver a infor-
trata para que eu preste serviços, e mero um é manter os clientes, por- mação e responder. Na época, eu de-
ela está me pagando para isso, o que conquistar já faz parte de qualquer corava. Se um cliente ligava para
mínimo que eu devo oferecer é ex- estratégia de vendas, mas manter é uma coleta, eu já sabia o endereço, o
celência. Menos que isso, a parte difícil. Se você perder um cliente, terá horário. E era manuscrito, enquan-
contratante estará sendo lesada. o dobro de trabalho para reconquistá- to, hoje, está tudo automatizado.
Sempre que vivencio situações pro- lo. Por conta disso, temos vários Ainda assim, um funcionário de call-
EOHPiWLFDVFRPRFOLHQWH½FRDWHQ- departamentos focados em reter center precisa ter 100% das informa-
ta para que isso não aconteça na clientes. Temos programas para ções sobre as operações do Brasil e do
UPS. Se me afetou e irritou, imagi- clientes preferenciais e de serviços ao mundo. Antes de começar o atendi-
no que vá acontecer a mesma coisa cliente, independentes do callcenter. mento, ele passa por um mês de trei-
com o meu cliente. São vários diferenciais que dividem namento, mais três de imersão e,
as carteiras de clientes (pequenos, ainda assim, tem um acompanha-
Há uma cultura de relaciona- PpGLRV H JUDQGHV  HVSHFL½FDQGR mento próximo, porque qualquer lu-
mento na UPS? quem cuidará de cada uma. Além, gar do mundo pode ligar e pedir uma
A UPS é praticamente uma religião claro, do executivo de contas ou do informação, de uma cotação, entre-
e eu sou uma súdita. Nós temos um courrier, que passa todos os dias e ga ou coleta. Ou a instrução de como
Policy Book, que é composto por tem todo o relacionamento. Há tam- liberá-lo na Receita. O atendente
quatro pilares: o pilar número um é bém o programa de sponsorship, no deve conhecer todas as particulari-
associado ao cliente, o dois se refe- qual os gerentes, independente da dades e peculiaridades das Receitas
re às pessoas que lidam com ele, o área, têm uma carteira de clientes Federais do mundo. Está nos siste-
três é a comunidade (a UPS tem VLJQL½FDWLYRV H DWXDP FRPR VH IRV- mas, mas é preciso treinamento e
uma política super forte com insti- sem padrinhos, para dar suporte. conhecimento. E os funcionários são
tuições, organizações e ONGs) e o avaliados em todos os aspectos.
quarto está ligado aos acionistas. O Como é posicionado o callcenter
livro dita uma política de como agir nesta estratégia de relaciona- Como as informações são dispo-
perante o cliente. Mais que isso: mento? nibilizadas ao cliente que liga
existem milhões de procedimentos O callcenter é o principal meio de para o callcenter?
e programas internos voltados para atendimento, detém 100% das infor- Temos um sistema que registra todo
o cliente, sobre como o executivo mações sobre as operações. É difícil o processo, desde o momento em que
deve agir, se vestir, e como o meu trabalhar em um callcenter da UPS. o courrier coleta o pacote com um lei-
courrier deve estar: de cabelo corta- Aliás, eu já trabalhei lá e até surtei tor. Quando chega à base, o leitor ali-
do, com barba feita, botas engraxa- de tanta informação. São muitos menta as informações sobre a coleta.
das e carro lavado. callcenters, muitas pessoas traba- E o cliente pode acompanhar auto-

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entrevista Nadir Moreno
maticamente a sua entrega pela in- na. A segunda é terceirizada. A par- balhar em qualquer lugar, pois o
ternet ou pelo callcenter. Caso haja tir daí, vai até a fase de execução. GHVD½R p PXLWR JUDQGH ,QGH
falta de algum documento de alfân- pendente da crise, a matriz sempre
dega, essa informação estará no sis- 4XDLVVmRRVGHVD½RVGHKRMH" faz com que se trabalhe com redu-
tema. No caso de clientes assíduos, +iVHLVPHVHVRVGHVD½RVHUDPRX- ção de custos e alta produtividade.
instalamos o sistema na empresa, tros. Agora são aqueles mais a crise. É preciso apresentar resultados com
que permite controle de faturamento Quer dizer: fazer com que a opera- muita saúde, até por ser uma em-
HXPDUDGLRJUD½DFRPSOHWDLQFOXVL- ção no Brasil seja mais representati- presa composta por engenheiros,
ve de quem enviou a encomenda. Esse va e que a UPS cresça no País. de logística. Geralmente, a empre-
é um dos diferenciais da UPS. sa se antecipa e prepara projetos e
4XDLVRVSULQFLSDLVGHVD½RVSDUD ações antes que as coisas aconte-
A inadimplência é grande? o crescimento? çam, porque, pelo seu tamanho e
No Brasil, a cobrança é grande. É uma O bom é ter espaço para crescer. Mas participação econômica, ela parti-
característica bem particular, quan- o crescimento precisa ser rentável. cipa de vários órgãos, inclusive nos
do comparada a outros países. E a ma- 2EYLDPHQWH VmR GRLV GHVD½RV SRU- Estados Unidos. Se os EUA decidem
que crescer já é difícil, com rentabi- mudar uma Lei, a UPS é convidada
lidade, ainda mais. Hoje, D SDUWLFLSDU GD GLVFXVVmR D½QDO
tenho de proteger o negócio, emprega 330 mil funcionários. Com
os postos de trabalho e ultra- isso, ela sabe antecipadamente de
passar essa curva. Apesar de algo que vai afetar o mundo e se
estar crescendo com um pro- prepara, repassando as informa-
GXWR HVSHFt½- ções para todas as subsidiárias. A
co, o Service crise ainda não tinha chegado ao
Parts Logistics Brasil, mas a matriz já exigia que
(SPL), ele não eu tomasse ações para me precaver.
compensa os Outro exemplo é a gripe suína.
demais. Mas Sabemos que não foram comprova-
seguramos a dos muitos casos no Brasil, mas to-
operação sem dos os dias eles me ligam para saber
demissão. se eu exigi que os funcionários
Ao contrário, usem máscaras. Tive de explicar
contratamos que a própria Agência Nacional de
81 funcionários Vigilância Sanitária, a Anvisa, não
de dezembro deixou que eu usasse, porque não
para cá. queriam transparecer grande preo-
Miniaturas dos carros, aviões e caminhões da UPS cupação.
enfeitam a mesa de trabalho de Nadir E nos Estados Unidos, houve de-
triz da UPS nos questiona muito. Há missões? Qual é o próximo passo da Nadir?
dois principais motivos: primeiro, é a Também não, pois houve um progra- Alcançar todas as metas que tenho
GL½FXOGDGH HP DFRPSDQKDU D FR- ma intenso para estruturar e conso- no Brasil, dentro da minha área,
brança no Brasil e, segundo, é que a lidar os distritos, associado à redução para poder realmente crescer e po-
cultura do cliente para a atividade de benefícios. A UPS tem uma políti- sicionar o País com uma importân-
ainda está em fase de transição. Os ca muito forte de proteger o posto de cia merecedora e relevante, na qual
consumidores estão se acostumando trabalho, para dar estabilidade ao eu e todos os funcionários acredita-
a recepcionar um pacote que não pe- trabalhador. Cada funcionário é vis- mos. E transformar meus funcio-
diram, que vem com uma nota de dé- to como investimento, desde a análi- nários com esse mesmo foco, com
bito automático. A UPS pré-paga os se para contratar, treinar e depois visão macro do negócio. Se for falar
impostos e o cliente tem de ir ao ban- demitir e buscar outra pessoa. Esse de outra posição ou ainda dentro do
co pagar, mas não há essa cultura. ciclo é desgastante, custoso para a meu plano de carreira, diria que eu
Ele diz: “Se eu não pedi esse pacote, operação e pode afetar o cliente, a gostaria de permanecer nessa posi-
por que vou pagar os impostos?”. Em nossa maior preocupação. ção pelos próximos cinco anos para
outros casos, o cliente nem recepcio- Como uma empresa do porte da poder colher os frutos de todas as
QD'HYROYH(VVHpXPGRVGHVD½RV UPS conseguiu ter agilidade para ações que estou fazendo em conjun-
tomar essas decisões em relação to com o meu time.
Este serviço, como o callcenter, é à crise?
interno? A UPS é uma formadora de executi- Assista a entrevista na TVip
A cobrança de primeira fase é inter- vos. Quem trabalha aqui pode tra- Callcenter.inf.br

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tendência clientes móveis

Impulsionadas pelas perspectivas que desenham


um consumidor muito mais plugado, as empresas
estimulam concentração e união de expertise para
gerar estratégias agressivas

O cliente cada
O
aumento de novas habili- de 2007 para 2008. De acordo com o mista, o mercado de marketing mó-
tações na telefonia celular relatório Mercado de Comunicações vel ganha força e se apoia no excelente
(a Anatel registrou 415,9 no Brasil, o País faturou US$ 55,8 momento para reforçar a discussão
mil somente no mês de fevereiro e, bilhões em telecomunicações, um do tema mobile de forma mais ampla
ao todo, 152,3 milhões de assinan- aumento de 7,8% em relação a e estruturada. Associações que reú-
tes, atingindo 79,94% da popula- 2007. “Se mantiver esse ritmo, o nem empresas para fomentar parce-
ção), atrelado à penetração de Brasil chegará a 222 milhões de li- rias e negócios, padronizar métricas e
tecnologias cada vez mais inovado- nhas móveis e 109% de penetração boas práticas, e alinhar os interesses
ras, impulsionará o mercado brasi- até o final de 2013, o que colocaria de operadoras, integradoras, agrega-
leiro de telecomunicações a gerar o País acima de mercados como o doras e produtoras de conteúdo –
receita de US$ 64 bilhões em 2013. do México e da Colômbia”, afirma como a Mobile Marketing Association,
Segundo a consultoria Pyramid Fernando Faria, analista sênior da a MMA, e a Associação de Marketing
Research, os serviços de transmis- Pyramid Research e autor do rela- Móvel do Brasil, a AMMB –, estão sen-
são de dados por plataformas mó- tório. Além disso, segundo estudo do decisivas para a consolidação do
veis irão alavancar o setor no País, da Fundação Getúlio Vargas, a setor. “Com a evolução das condições
já que a receita média desses servi- FGV, as operadoras móveis, in- de base do mercado (parque tecnoló-
ços por assinante aumentou 50% cluindo prestadores de serviço, for- gico, familiaridade do usuário e au-
necedores de equipamentos e mento do uso dos recursos) e o
fabricantes de aparelhos celulares, gradual amadurecimento das condi-
contribuíram com R$ 69,4 bilhões ções de negócios (modelos comer-
para a economia brasileira, o equi- ciais, regras, educação de anunciantes
valente a 2,39% do PIB. e agências), acreditamos na tendên-
Neste cenário que se desenha oti- cia de crescimento deste setor, que

20 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


conta hoje com mais de 50 empresas panhas de mobile marketing base- grandes avanços e quebra de para-
especializadas”, aposta Terence Reis, adas em SMS, batizado de As digmas, segundo Ivan Rysovas, di-
diretor da MMA. Melhores Práticas no Trato com o retor de negócios e tecnologia de
Luiz Santucci, presidente da Consumidor – lançado recente- mídia.
AMMB, também tem boas perspec- mente pela MMA –, promete orien- Para tornar mais eficiente a inte-
tivas para o mercado, que, segun- tar o setor por meio de uma ratividade com o cliente por meio
do ele, cresceu 45,92% no último compilação de práticas aceitas pelo dos aparelhos móveis, Henrique
ano. A pesquisa da ABI Research mercado de marketing móvel. Ele Vieira, diretor de planejamento es-
indica que o mercado global de mo- contém regras e políticas das ope- tratégico da BG Interativa – agên-
bile marketing deve saltar de US$ radoras de telefonia móvel e do cia de marketing digital da holding
1,8 bilhão, movimentado em 2007, acordo entre membros represen- Total On Demand, pertencente ao

vez mais móvel


para US$ 24 bilhões em 2013. “No tantes do ecossistema de mobilida- Grupo Total –, aposta no entrelaça-
Brasil, teremos crescimento apoia- de sobre questões relativas à mento de quatro estratégias: con-
do em implementações de projetos regulamentação. “O principal de- teúdo relevante + formato updated
diferenciados e com novos forma- safio é alcançar um modelo conso- + situações inusitadas que falem
tos”, afirma. Para Santucci, o mer- lidado, aceito e colocado em prática direto com os consumidores + fer-
cado ainda não deslanchou por por agências e anunciantes”, com- ramentas. “Em um ano no qual a
falta de regulamentação do setor e pleta Luciano Vaz, diretor de mí- preocupação com a crise mundial
de regras claras quanto à política dia interativa da Fischer América. está presente em quase todos os
de preservação da privacidade do Ainda que as ações de mídia celu- ambientes, acreditamos que as
consumidor. “Estamos vivendo um lar representem um percentual tí- ações já estáveis, com resultados
boom no mercado de celulares e o mido no faturamento da agência, comprovados, têm maior chance
mais importante: na forma como ela estima aumento expressivo de deslanchar, ou seja, o SMS para
as pessoas interagem com eles. para este ano, que irá depender da ações promocionais, o Bluetooth
Mas hoje ainda é complicado ela- maturidade e estruturação do mer- para conteúdos personalizados, e a
borar uma campanha para disposi- cado. Assim como na Fischer banda larga móvel, que torna as
tivos móveis. Não existe uma América, o setor de mobile repre- experiências de navegação e consu-
estratégia definida para a mídia senta uma pequena parcela do fa- mo de dados cada vez mais atraen-
celular”, pondera Marcelo turamento da DPZ, mas já se notam tes, valorizando aplicativos
Oliveira, diretor de tecnolo- interativos”, conclui Vieira.
gia da Mobx. Paula Lopes, gerente de marke-
Entretanto, o guia brasi- ting da linha Seda, da Unilever, e
leiro de implementação e Marcelo Castelo, sócio-diretor da
desenvolvimento de cam- F.biz e eleito uma das
Personalidades Mobile 2008 pela
ClienteSA, relembram o sucesso do
projeto Seda Teens, único case bra-
sileiro premiado em duas catego-
rias no MMA Awards Latam, além
de ter sido ouro no prêmio Abanet/
IAB Brasil. “O meio digital possibi-
litou maior interação do consumi-
dor com a marca Seda Teens. Isso
comprova que quanto mais com-
pleta e alinhada for a nossa comu-
nicação no 360º, melhor a percepção
e lembrança do consumidor”, re-
força Paula. Já na Hands, o espaço

www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 21


tendência clientes móveis
publicitário móvel é explorado com Prova disso é a Oi, que, em 2008,
banners que chegam a apresentar faturou R$ 533,4 milhões com ser-
uma taxa de click 12 vezes maior do viços de valor adicionado (SMS,
que a web. Segundo Cesar S. Cesar, down­loads de músicas, vídeos e jo-
diretor de estratégia e marketing, gos). “A Oi adapta a sua prática de
a empresa começou a veicular, no mobile marketing para entender
final de 2008, anúncios em aplica- quais modelos de campanhas são
tivos e jogos para Iphone. No caso de interesse do cliente. Com isso, a
da MR Promoções, que atua há três companhia melhora a eficácia do
anos com campanhas de mobile serviço prestado, tanto para o
marketing junto a Okto, as previ- anunciante quanto para o usuá-
sões para este ano são boas. “Tudo rio”, explica Luis Henrique Castro
indica que 70% dos nossos clientes Lima, diretor de SVA e desenvolvi-
usem SMS de alguma forma, pois mento de negócios.
muitos deles já estão acostumados Do ponto de vista tecnológico,
com a tecnologia. Certamente, com a vinda do 3G e do Iphone ao
Marcelo Castelo
da F.biz adotaremos o SMS para estas pro- Brasil, pode-se perceber o cresci-
moções”, analisa Marcia Regina, mento de empresas que passaram
Somos um dos pioneiros
neste mercado, fizemos presidente da agência. a ver os aparelhos móveis como ca-
os primeiros cases em As operadoras de telefonia móvel, nais estratégicos. “Este é um ano
2004. Desde então, já
são mais de 200 projetos que têm iniciado um movimento em que a tecnologia touch entrará
em mobile de popularização dos planos de da- de vez no segmento, fazendo com
dos, estão direcionando grandes que as possibilidades de interação
esforços para o mobile marketing. sejam mais ricas e em telas maio-

MAPA DA MINA desenho da cadeia produtiva


APLICATIVOS PARCERIAS AÇÕES PARA PRINCIPAIS PRINCIPAIS
UTILIZADOS CELULAR CLIENTES SEGMENTOS

BG Ações promocionais Okto e Hanzo Lançamento do Honda New Fit e sistema Honda Automóveis, Penalty, Financeiro, au-
Interativa via SMS, 3G, games de integração e participação via SMS do Mundial-Impala, Casa.com e tomobilístico,
para download e concurso Tempere sua vida com Maria, TV AutoEsporte telefonia e varejo
ações one-to-one via desenvolvido pela agência de promoções SD
Bluetooth Comunicação para a Cargill

Dentsu QR Code, SMS, Pontomobi QR Code para a Fast Shop e Não divulgou Automobilístico
Latin MMS e games para Gol a Gol, game para celular usado na e marcas relacio-
America download divulgação da promoção Nestlé Torcer nadas ao público
Faz Bem jovem

DPZ SMS, QR Code, Pontomobi, Wapja Promoção da Qualy via SMS Senac e Qualy Todos
Bluetooth, games e e Nokia
click-to-call

F.biz SMS, WAP, Não citou Patrocínio para Rexona por meio de um Unilever, Cadbury Adams, Não divulgou
Iphone, SIM Card, aplicativo em Java com notícias do Campe- Bayer, Netshoes, Polishop
Bluetooth e aparelho onato Brasileiro. Lançamento do 2º projeto
customizado de Seda/Nokia, com inclusão de amostras
grátis de Seda dentro da caixa do aparelho

Fischer Mídia display, SMS, Pontomobi Dois projetos em fase de desenvolvimento Caixa Econômica Federal, Hon- Financeiro, automo-
América download de conteú- (não revelou) da, Vivo e Femsa (com as marcas bilístico, entreteni-
do e geomarketing Heineken, Kaiser, Sol e Summer) mento e bebidas

Giovanni+ SMS e MMS Não possui parceria Imoto, projeto em parceria com a Motoro- Motorola Todos
DraftFCB formal, mas já atuou la para integrar o celular à web
com Okto e Hanzo

MR SMS Okto Ações em parceria com a Okto para Pepsi Financeiro, segu-
Promoções Pepsi, Extra e LG ros, e-commerce e
varejo

Taterka Não divulgou Não possui, mas Patrocínio do McDonald’s no canal Cinema Natura, McDonald’s, Saraiva, Financeiro, en-
tem planos futuros do Guia da Semana para Iphone e patrocí- BMW e Bayer tretenimento e
nio da BMW no canal mobile do portal de serviços
notícias G1

Z+ SMS, Bluetooth e Havas, Mobext e Não divulgou Grupo Caoa (Hyundai, Subaru e Automobilístico,
MMS Media Contacts concessionárias Ford), Penalty, aéreo, seguros e
Brasilprev, Ocean Air, Hospital saúde
Albert Einstein, DKT do Brasil e
Grupo WW
Fonte: dados fornecidos pelas empresas

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www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 23
tendência clientes móveis

tifica Lima. No caso


da Claro, o catálogo
de mobile advertising
e marketing traz ser-
viços como o Minha
TV e o Vídeo Maker,
que se tornaram viá-
veis também em fun-
ção da tecnologia 3G.
Já a Navita lançou,
em fevereiro deste
ano, o BBTranslator,
aplicativo que traduz
palavras e blocos de
textos a partir do e-
mail ou browser do
Blackberry. Nesta pri-
meira versão, o sof-
tware está disponível
nos idiomas inglês,
espanhol e portu-
guês, e é gratuito
para os primeiros
usuários que fizerem
o download e instala-
rem o produto. “A
ideia de desenvolver
Fonte: Ipsos/Ericsson um tradutor para
smartphones Blackberry surgiu ao
res. As palavras conteúdo e rele- forma inovadora, rápida e simples, percebermos que a maioria dos
vância passam a figurar ainda mais a exemplo do Oi Velox Plug, que usuários se relaciona com pessoas
conectadas”, prevê Rodrigo possibilita uma série de novas apli- de diversos países, seja para assun-
Moretz, gerente de marketing de cações no mobile marketing”, jus- tos pessoais ou profissionais, e o
relacionamento da Samsung.
A adoção da tecnologia 3G para o
acesso à banda larga móvel, por A RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO
exemplo, permitiu a sofisticação
do conteúdo acessado e a disparada
Em tempos de crise, o que as Entretanto, Bicarato, da Taterka,
no uso de smartphones. Os dados
marcas estão procurando pode ser lembra que pacotes de dados ainda
do Gartner mostram que o merca- sumarizado pelas ações de mobile são muito caros para a maior parte
do de smartphones registrou cres- marketing. “Por incrível que pare- da população. “Este fato impõe um
cimento de 3,7%, alcançando 38,1 ça, a crise está nos ajudando, pois filtro econômico muito forte para a
milhões de unidades, sendo que os os anunciantes querem cada vez ampliação da base de usuários co-
modelos inteligentes representa- mais saber o retorno de suas cam- nectados e com maior poder de in-
ram 12% das vendas totais de ter- panhas e, com o celular, que é uma teração através de seus aparelhos
minais móveis. As vendas mídia digital e controlada, temos móveis.” Sandra Martinelli, su-
mundiais, em 2008, somaram 139,3 relatórios e resultados para tudo perintendente executiva de mar-
(quantas pessoas foram impacta- keting do Grupo Santander Brasil,
milhões de unidades, com expan-
das, quantas interagiram, etc.)”, que reúne os bancos Santander e
são de 14% sobre o ano anterior.
avalia Castelo, da F.biz. De fato, a Real, acrescenta. “O maior desa-
“Com o aumento de velocidade pro-
mídia celular permite mensurar o fio é atender o consumidor brasi-
porcionado pelo 3G, principalmen- retorno sobre o investimento e me- leiro, em razão da grande diferen-
te em relação ao tráfego de dados, lhorar as taxas de desempenho das ça de renda entre as classes sociais
poderemos fazer o envio de vídeos campanhas de resposta direta que e dos altos custos para distribuir a
e campanhas publicitárias mais venham a ser realizadas. tecnologia.”
elaborados para os usuários Oi, de

24 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


idioma, muitas vezes, pode ser
uma barreira”, conta Roberto
Dariva, diretor-executivo da
Navita.
A chegada do Iphone foi um marco
para a web móvel e, consequente-
mente, para o mobile advertising.
Cesar, da Hands, explica que a pu-
blicidade móvel no País se divide
entre antes e depois do Iphone.
“Para se ter uma ideia, o lançamen-
to deste aparelho foi tão importan-
te que chegamos a registrar um
aumento de dez vezes no acesso ao Henrique Vieira
QRVVR SRUWDO PyYHO DSHQDV QR ½P da BG Interativa
de semana do lançamento. Além E-mails, messengers e
Cesar S. Cesar
da Hands disso, a Hands foi a primeira em- hotsites a qualquer hora.
Não importa o device,
presa a disponibilizar conteúdo em hoje a palavra de ordem
Existem inúmeros cases
no Brasil que atestam formatos para serem acessados ex- é convergência
resultados fantásticos e clusivamente por celulares da gera-
um feedback inédito do
público ção touch. Desde então, nosso

tráfego tem crescido ainda mais, a


uma taxa de 16% ao mês, o que mos-
tra a grande evolução que estamos
O FORTALECIMENTO PELAS PARCERIAS vivendo.” Segundo João Victor
Martins, gerente de conteúdos da
Empresas especializadas em dife- moção vendendo a ideia. “No nosso ca- Claro, além de trazer o Iphone 3G
rentes áreas do mobile marketing têm so, a Okto entra com a tecnologia e o
em primeira mão, a operadora foi
se unido para potencializar a atuação. desenvolvimento de soluções para as
pioneira ao lançar um portal de
“É uma tendência normal, já que di- propostas”, diz Marcia.
conteúdos white label para este
ficilmente uma empresa conseguiria “Em um cenário de ampliação de in-
trabalhar bem sozinha com m-adver- vestimentos, será um caminho natu- tipo de aparelho e fez ações de mo-
tising, Bluetooth, SMS, aplicativos, ral fechar parcerias estratégicas com bile marketing para empresas como
etc.”, defende Cesar. A união de for- fornecedores especializados”, avalia Lufthansa, Volkswagen e Banco do
ças é tanto do lado das operadoras, na Bicarato, da Taterka. Para Rysovas, Brasil. “A Claro acompanha sempre
busca da otimização da infraestrutu- da DPZ, a vantagem é poder experi- as tendências tecnológicas e pensa
ra para reduzir custos e melhorar as mentar novas ferramentas e estraté- em novas formas de oferecer solu-
margens, quanto dos desenvolvedo- gias. “Uma ação em conjunto é o for- ções de mobile marketing ao mer-
res de soluções, que procuram agregar mato mais apropriado para o avanço cado. Isto não será diferente com as
atratividade aos planos mais sofistica- do mercado.” Patrícia Fraga, gerente
novas plataformas que estão por
dos, seja dados ou vídeos. A Claro, por de multimeios da Petrobras, acredita
vir”, garante Martins.
exemplo, apoiou sua estratégia em di- ser fundamental o apoio de um forne-
De acordo com o portal Terra, des-
versas empresas que comercializam cedor especializado e qualificado para
campanhas de mobile marketing, co- evitar frustração por parte do públi- de a vinda do Iphone ao Brasil, sua
mo Pontomobi, F.biz, Supportcom, co. A Fischer América busca parceiros audiência deu um salto expressi-
Okto, Compera nTime e Hands. A ope- de acordo com as necessidades de ca- vo, em torno de 160%. “Isso sem
radora conta também com parcerias da projeto. “O modelo de parceria com mencionar o aumento do tamanho
com desenvolvedores de ferramen- fornecedores especializados nos per- das telas, que tornou a exploração
tas especiais que auxiliam no forne- mite equacionar os recursos necessá- de conteúdo e da internet móvel
cimento de soluções adequadas para rios para a entrega do projeto”, afir- muito mais ilustrativa”, reforça
anunciantes. Com a Fazion, criou o ma Vaz. A russa Isfree, integradora da Fernanda Magalhães, diretora da
aplicativo do Brasileirão 2008, patro- Samsung, implementou uma plata-
Mobext, agência de mobile marke-
cinado pela Rexona (Unilever). Já a forma em 2008 e se propôs a ser uma
ting do Grupo Havas. Vieira, da BG
agência Dentsu Latin America tem co- extensão do departamento de marke-
Interativa, afirma que, hoje, o mo-
mo parceira a Pontomobi para os pro- ting. “O intuito é agregar mais valor
jetos mobile. A MR Promoções, com aos nossos consumidores, que repre- bile marketing representa 5% do
a Okto, acredita que o caminho até as sentam nossa meta primária”, aposta seu faturamento, mas, devido ao
empresas inicia com a agência de pro- Moretz, da Samsung. aumento da base de celulares com
tela grande e de seus recursos, esse

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tendência clientes móveis
número tenderá a subir. “Enquanto
a tecnologia WAP deixava a cara da
internet mobile muito distante da-
quilo que o consumidor estava
acostumado a ver no computador,
agora a experiência é bem próxi-
ma. E-mails, messengers e hotsi-
tes a qualquer hora. Não importa o
device, hoje a palavra de ordem é
convergência.” Para Antonio
Bicarato, diretor de mídia da
Taterka, a chegada oficial do
Iphone marcou uma nova era no
segmento, chamando a atenção
das agências e anunciantes. “Este
movimento fez com que o mercado
Luciano Vaz Fernanda Magalhães
de propaganda começasse a olhar da Fischer América da Mobext
com mais atenção para o universo
Temos a oportunidade de As marcas que testaram já
mobile e a perceber que as opções trabalhar com diferentes contemplam em seus planos de
de ações poderiam ir muito além públicos, utilizando mídia verba para mobile marketing,
diferentes ferramentas e as que ainda não testaram
do SMS e Bluetooth.” começam a considerar o canal
Para ir de encontro à expansão
dessas tecnologias, a unidade de
assinaturas da Editora Abril está no próprio celular, como no caso da amigável aos usuários e, principal-
desenvolvendo um site mobile, si- Apple App Store. Mas o MMS preci- mente, é necessário que a integra-
milar ao Assineabril.com, voltado sa ainda de uma melhora nas fun- ção entre as operadoras seja mais
aos usuários que possuem Iphone e cionalidades para se tornar mais consistente.”
smartphones. A ideia, segundo
Marcelo Brandão, consultor de ma-
rketing da área de assinaturas, é
desenhar estratégias específicas, COM A PALAVRA, O CONSUMIDOR
integrando chamadas de assinatu-
ras em todos os ambientes mobile O principal desafio está em fazer amplamente utilizados no exterior,
das revistas da Abril. “Pretendemos a mensagem certa chegar na hora segundo João Moretti, diretor geral
atingir o público usuário de apropriada e com o consentimen- da Mobilepeople. Entretanto, se-
Iphones e smartphones com reso- to do consumidor, uma imposição gundo Castelo, da F.biz, o consumi-
lução a partir de 320 pixels, por para que o mobile marketing deco- dor é tão incentivado a usar o celu-
meio de aparelhos como Nokia le. “Devemos elevar o nível de ma- lar para participar de votações, bai-
N95, HTC, entre outros mais mo- turidade e conhecimento profun- xar músicas, entre outras finalida-
do das preferências de cada clien- des, que, cedo ou tarde, ele acabará
dernos e com recursos mais apro-
te para que a entrega de conteúdo aderindo de vez ao aparelho.
priados para a digitação de nome,
ou estímulo seja completamente Ainda que as operadoras de tele-
endereço completo e dados de car-
relevante, deixando claro que não fonia, montadoras de automóveis
tão de crédito ou conta corrente”, há spam”, diz Vieira. Oliveira, da e os bancos tenham sido os pro-
detalha Brandão. Mobx, concorda. “O consumidor es- tagonistas deste mercado, 2009 é
O País também deve estar atento tá aberto ao mobile marketing, des- um ano pautado pelo estímulo às
para utilização de conceitos que já de que não se torne invasivo. Ele vendas. “Portanto, todo segmento
fazem parte da realidade dos países tem de permitir esse relacionamen- que vir nas iniciativas de promo-
europeus e dos EUA, como os jogos to. A partir daí, as empresas devem ção uma oportunidade de relacio-
com publicidade (advergaming) e mostrar que essa interação via celu- namento e alavancagem de ven-
interações utilizando MMS. “Ambos lar pode ser interessante.” das terá no mobile marketing uma
Outro ponto é o fato de o consu- grande ferramenta. Mas cuida-
deverão ganhar mais força em 2009,
midor ainda não ter noção clara dos do: se o consumidor não perceber
aliados à criatividade típica brasi-
benefícios que a tecnologia bem em- a vantagem real, o tiro pode sair
leira”, aposta Fernanda, da Mobext.
pregada pode trazer ao seu dia a dia. pela culatra. Além da venda não
Cesar, da Hands, complementa. “O Exemplos são descontos, promoções acontecer, pode-se sair com a ima-
advergaming crescerá bastante, em lojas e uso de cupons por SMS, gem arranhada”, prevê Vieira.
principalmente com o lançamento
de lojas de aplicações embarcadas

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www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 27
œa±n†a‰œ±a´8±8† Paulo Neto Leite

O QUE ELE DIZ...


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de crescimento e abre novas oportunidades FRQDFLRQDORTXHOHYDVHXVGLULJHQWHV
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agregam mais valor aos clientes, e ainda QHJyFLRV 1R kPELWR GRV QHJyFLRV
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maior empregadora do País, com importância JLFR2%32pDSRQWDGRFRPRRJUDQ-
fundamental no cenário econômico GHEULQGH RXFRQTXLVWD" jFRQ½DQoD
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28 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


Conselho Deliberativo da Associação mundo”. No campo
Brasileira de Telesserviços, a ABT, institucional, ele re­ EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
nesta Entrevista Exclusiva. O execu­ conhece a necessida­
tivo português, de 37 anos, veio para de do esforço da
Paulo Neto Leite
o Brasil em novembro de 2006 e em atividade em se pro­ Engenheiro químico, com pós-graduação em logística
janeiro de 2007 assumiu a presidên­ mover para mostrar
cia da Dedic, quarta maior empresa sua importância es­ 2001 – Ingressa na Portugal Telecom.
de callcenter do País – segundo o tratégica no cenário
2003 – Assume projeto de TI para processos de BPO,
ranking Callcenter.inf.br. Apai­xo­ econômico nacional
que envolve US$ 50 milhões, 750 consultores e
nado pelo Brasil, Leite vê potencial ao empregar por
2.500 colaboradores.
de offshore internacional pela sim­ exemplo, 2/3 dos
patia brasileira. Para ele, prestar ­jovens no primeiro 2006 – É convidado pelo chairman do grupo, Ernâni
atendimento a empresas de outros em­prego e gerar 1 Rodrigues, a assumir a presidência da Dedic
países, a partir do Brasil, é um desa­ milhão de empregos no Brasil.
fio possível. A principal barreira que diretos. 2007 (janeiro) – Assume a presidência da Dedic.
identifica é o domínio de idiomas.
Porém, deve-se olhar para os pontos A evolução da 2007
(outubro) – Eleito presidente do Conselho

positivos e superar os negativos. “A Dedic pode ser ava- Deliberativo da ABT para o biênio 2007-2009.
qualidade dos nossos funcionários é liada em três fa-
superior à média. Se compararmos ses. A primeira é
com a Índia, por exemplo, lá eles fa­ sua origem, a Mobitel, uma em- Brasil, o Baby, ele forçou o declínio dos
lam inglês, mas, naturalmente, não presa de pager. Depois, a consoli- pagers. O grupo tinha quase mil teleo­
são um povo simpático como o brasi­ dação no mercado de callcenter. peradoras e aproveitou esse aval para
leiro. Acho que custa mais ensinar E, agora, estamos chegando a começar com os contact centers. Hoje,
simpatia, que não é nata, do que in­ uma nova evolução. Como o se- o modelo é completamente diferente.
glês”, brinca. E afirma, categórico: nhor avalia essa transformação? 26% do nosso faturamento anual está
“No Brasil, temos capacidade para Quando o grupo Portugal Telecom atrelado ao BPO, já não é mais o negó­
ser o maior polo de atendimento do introduziu o celular pré-pago para o cio tradicional do contact center. Essa
é uma mudança constante da ativida­
de. Nós temos atividades de contact
center tradicional, telemarketing, co­
Histórico faturamento brança (que representa 7,5% do nosso
faturamento) e features services (que
representam 10,6% do faturamento).
Faturamento bruto (em milhões de R$) Cada vez mais, a Dedic se posiciona
356
como uma empresa de relacionamen­
Faturamento médio por PAs 290,7 to com cliente. Atualmente, quando o
(em milhares de R$) 288,7
275 consumidor vai a uma loja, espera que
Faturamento médio por funcionários o atendente saiba que ele ligou ontem
(em milhares de R$) ao contact center e recebeu uma carta
há três dias. Esse é o grande desafio.
Não dá para ficar na comoditização. A
178 própria palavra contact center signifi­
ca centro de contato, que não está res­
trito ao telefone. Ele deve gerenciar
52,7 todas as formas de relacionamento
102,4 43,1 com o cliente. Podemos ajudar nossos
44,7
,3 clientes a identificar os perfis dos seus
45,5 22
50,9 20,9 consumidores. Alguns só enviam e-
,1
62,8 19 mails, outros vão às lojas ou só ligam
38,9 ,1
17 no contact center. E há os que, dentro
,5
33 do contact center, só querem o contato
28,4 ,5
17 com a URA. O desafio é unificar todos
21,9
os pontos de relacionamento com o
,6
14,6 16 cliente, para tirar o máximo desta re­
,9 lação, e atender à demanda por parcei­
13
ros que sejam responsáveis pelo
Fonte: ranking portal callcenter.inf.br

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perfil empresarial Paulo Neto Leite
processo de uma ponta a outra. Em Quais as possibilidades de cresci- com o cliente, sem ter o controle de
processos de reclamações, por exem- mento para a atividade? todo o processo. E o contratante preci-
plo, não ficamos apenas no atendi- O setor está crescendo bastante. Se sa ter confiança no prestador de servi-
mento – atender e depois enviar o compararmos o índice de terceiriza- ço. É um processo gradual, pois
problema para nosso cliente resolver. ção de outros países, ainda há um ca- começa com a contratação de uma ati-
Ao contrário, vamos atrás dessa recla- minho muito grande para o Brasil vidade aparentemente simples e pou-
mação. Até chegamos a representar a percorrer. Há muitos caminhos a se- co a pouco vai ganhando confiança.
empresa frente à Fundação de Proteção rem traçados, como uma fusão com Essa velocidade da mudança depende
e Defesa do Consumidor, o Procon. a área de tecnologia ou de cobrança. do próprio prestador de serviço. Se não
Esse é o desafio: a reinvenção do negó- Mas a defesa dos direitos do consu- acrescentar nenhum valor àquilo que
cio de contact center, que passa pelo midor sempre deve estar presente, o cliente quer, estará condenado à ex-
processo de redefinição do papel dos como vem acontecendo. É um setor clusão. Não há espaço para executo-
seus colaboradores e pela mudança de que evolui bastante. Há dez anos, res. Alguns processos de outsourcing
seu perfil. não se imaginava que fosse possível caem por terra, pois o cliente é obriga-
viver sem e-mail. Hoje, um jovem de do a montar uma equipe gigante para
Mas esse desafio não é exclusivo 15 anos pensa que e-mail é démodé, controlar o serviço contratado e, no fi-
da Dedic. É do mercado? pois não é on-line, mas acha impos- nal, a conta não fecha. Depende tam-
Acho que é da Dedic. Nós temos sível viver sem um instant messen- bém da atitude do fornecedor, que
nos posicionado como inovadores e ger. Quando se tem um negócio deve ter mecanismos claros sobre a
os nossos clientes reconhecem este muito atrelado aos desejos do consu- execução do serviço prestado. A moni-
papel. No entanto, mais cedo ou midor, acaba-se por imprimir veloci- toria é um bom exemplo. No início,
mais tarde, o próprio setor irá atrás dade de mudança muito grande. ela estava toda a cargo dos clientes,
dessa redefinição do papel do contact hoje em dia eles dedicam essa respon-
center. Quem quiser ser uma empre- A partir do momento em que se sabilidade à Dedic, por confiança. A
sa de nicho, terá sua atividade e cres- aproxima da estratégia das em- evolução do setor é natural, por agre-
cimento limitados. presas, a atividade abre espaço gar cada vez mais valor.
para crescer. Em que velocidade
Mas muitos executivos estão pro- isso está acontecendo? Mas ainda está longe de passar
curando ampliar o leque de ofer- Os próprios contratantes acabaram da fase na qual o outsourcing visa
tas de produtos. mudando. Hoje está mais claro que se redução de custos?
O mercado está tentando encon- busca contratar mais serviço que pes- Há duas definições para se fazer um
trar o perfil certo de uma empresa de soas. Outsourcing não é uma coisa bom trabalho: fazer o que o cliente
contact center. Se é uma empresa simples. A terceirizada passa a ter a quer e fazer o melhor para o cliente.
próxima a TI, com atividade de BPO responsabilidade pelo contato final Tipicamente, nós fazemos o que o
mais direcionada para infraestrutu-
ra de telecom; se é uma empresa com
vocação para as áreas de atendimen- Histórico PAs e funcionários
to e de promotoria de vendas; se é
uma empresa mais atrelada à gestão
de demanda do cliente; ou se é uma
empresa de BPO. Os desafios são
muito grandes. E o principal deles
não é o tecnológico, mas o pessoal,
de geração de carreira e qualificação,
associada ao tema da grande rotati-
vidade. Treinamos muitas pessoas,
mas treinar muito e não conseguir
reter é o mesmo que treinar para a
concorrência. Estou na Dedic há dois
anos e meio, e a forma como organi-
zo meu dia tem mudado muito. As
minhas preocupações relacionadas à
área de recursos humanos têm se
transformado bastante. Há um con-
junto de prioridades que estão mu-
dando.
Fonte: Ranking portal callcenter.inf.br

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E quanto ao Paulo Neto &UHVFHPRVQRDQRSDVVDGRHQHVWHYD-
Leite líder da atividade? PRVFUHVFHUDLQGDPDLV(QTXDQWRLQV-
7HQKR RUJXOKR GH OLGH- WLWXLomR SUHFLVR PH SUHRFXSDU HP
UDURVHWRU$FKRTXHRVH- UHJXODU DFRPSDQKDU D HYROXomR H DV
WRU QmR WHP VLGR PXLWR WHQGrQFLDVGRVHWRU7HPRVGHDQWHFL-
EHP WUDWDGR SRU WRGDV DV SDUDVSUHRFXSDo}HVGDVSHVVRDV
HQWLGDGHV H DFDED SRU WHU
XPD LPDJHP LQFRUUHWD e A Portugal Telecom tem proje-
RPDLRUHPSUHJDGRUGHMR- ções de internacionalização para
YHQV TXDVH  GHOHV WrP a Dedic?
VHX SULPHLUR HPSUHJR 2IRFRGD'HGLFKRMHpFODUDPHQWH

8††OaŒ¼a±X8 aXOO|at88ÀÎ΍O‰
—¸‰†mÁŒOŒ9±´a·V½‰†(Ï´ GHQWURGRVHWRUGHFRQWDFW RPHUFDGREUDVLOHLURRQGHSRGHPRV
FHQWHU H PH RUJXOKR GH HYROXLU EDVWDQWH e QHFHVViULR HQ-
VHUUHVSRQViYHOSHODFRPSOHPHQWD- WHQGHU R PHUFDGR LQWHUQDFLRQDO 6H
FOLHQWHTXHUTXDQGRQmRWHPRVDFRP- ULGDGH GD IRUPDomR GRV QRVVRV MR- IRUSDUDDWHQGHURXWURVSDtVHVDSDU-
SHWrQFLDSDUDPRVWUDURTXHpPHOKRU YHQV ( LVVR WHP GH VHU YLVWR 1mR WLU GR %UDVLO SRGHUHPRV ID]HU LVVR
SDUD HOH 4XDQGRFKHJXHLDR%UDVLOD VRPRVXPVHWRUGHWUDEDOKRWHPSR- 0DV VH IRU QR VHQWLQGR GH OHYDU D
SUD[HGRPHUFDGRHUDDFRQWUDWDomRSRU UiULRSURPRYHPRVFDUUHLUDeSUH- HPSUHVD SDUD RXWURV SDtVHV HVVD
SUHJ}HV HOHWU{QLFRV (X SURFXUDYD RV FLVR DSRVWDU QD DWLYLGDGH FRPR QmRpDQRVVDSULRULGDGHQRPRPHQ-
FOLHQWHV H IDODYD ²YRFr HVWi WUDWDQGR VHJPHQWR GH FUHVFLPHQWR H ½[DomR WR$WpSRUTXHWHPRVFDSDFLGDGHGH
GRDWHQGLPHQWRDRVHXPHOKRUDWLYRH GH PmR GH REUD 1D &RO{PELD SRU WUDQVIRUPDU R %UDVLO QR PDLRU SROR
YDL HQWUHJDU SHOR SUHoR PDLV EDL[R" H[HPSORRSUHVLGHQWHÆOYDUR8ULEH GH DWHQGLPHQWR GR PXQGR $SHVDU
6HP VH SUHRFXSDU VH p XPD HPSUHVD DEULXDFRQYHQomRGHFRQWDFWFHQWHU GDV GL½FXOGDGHV FRP OtQJXDV WH-
TXHFXPSUHFRPDVVXDVREULJDo}HV½V- SRUTXH HOH HQWHQGH TXH R VHWRU p PRVRVPHOKRUHVSUR½VVLRQDLV
FDLVHFRPRWUHLQDPHQWRGRVRSHUDGR- IXQGDPHQWDO SDUD TXH KDMD XPD
UHVTXHDWHQGHUmRRVVHXVFOLHQWHV"³e PHOKRUDQR3DtVMiTXHDWXDFRPR Os preços e a qualidade dos servi-
PDLVRXPHQRVVHPHOKDQWHDWHUXP½- ½[DGRU GH PmR GH REUD H SRQWR GH ços brasileiros são competitivos
OKR H ID]HU XP OHLOmR SDUD FRQWUDWDU WUHLQDPHQWRGRVVHXVMRYHQV$FKR com o restante do mundo?
XPD EDEi TXH FXVWHPHQRVLQGHSHQ- TXHRGHVD½RpPRVWUDUDWRGDDVR- 7HPRV XPD FDUJD ½VFDO HOHYDGD
GHQWHVHHODWUDWDEHPRXQmRDFULDQoD FLHGDGH TXH VRPRV LPSRUWDQWHV PDVDTXDOLGDGHGRVQRVVRVIXQFLRQi-
6HIRUSDUDFRPSHWLUSHORSUHoREDVWD SDUDDHFRQRPLDGR%UDVLO+iGRLV ULRVpVXSHULRUjPpGLD6HFRPSDUDU-
SLQWDU XP JDOSmR GH EUDQFR FRORFDU DQRV QHP H[LVWtDPRV FRPR VHWRU PRVFRPDÉQGLDVDEHPRVTXHIDODP
FRPSXWDGRUHV GH VHJXQGD PmR 3DE[ HVSHFt½FR HQTXDQWR DWLYLGDGH LQJOrV PDV QDWXUDOPHQWH QmR VmR
GHGpFLPDPmRQmRSDJDURVLPSRVWRV DLQGD TXH HPSUHJDQGR XP PLOKmR XPSRYRVLPSiWLFRFRPRREUDVLOHLUR
HHPSUHJDUSHVVRDVPDOWUHLQDGDVFRP GHSHVVRDVGLUHWDPHQWHeXPVHWRU $FKR TXH FXVWD PDLV HQVLQDU VLPSD-
EDL[RV VDOiULRV TXH VH WHUi XP SUHoR QRYR TXH SUHFLVD VH D½UPDU 'HYH WLDTXHQmRpXPDFRLVDQDWDTXHR
EDL[tVVLPR SRU 3$ PDV QmR JDUDQWLD KDYHU UHJXODPHQWDo}HV PDV VHP LQJOrV 4XDQGR UHFHEHPRV YLVLWDV GH
GHTXDOLGDGH&HUFDGHGRVFXVWRV WLUDU WRGDV DV OLEHUGDGHV 7RGDV DV DOJXQV FOLHQWHV HVWUDQJHLURV HOHV ½-
GRQHJyFLRGHFRQWDFWFHQWHUVmRUHOD- HPSUHVDV GD $%7 HVWmR SUHRFXSD- FDP PDUDYLOKDGRV SRUTXH RV RSHUD-
FLRQDGRV j PmR GH REUD LVVR ID] FRP GDV HP DUWLFXODU R VHWRU PDV WrP GRUHVGD'HGLFHVWmRVHPSUHVRUULQGR
TXHD'HGLFLQYLVWD5PLOK}HVGHUH- GHHQWHQGHUDVSDUWLFXODULGDGHV WrP XPD SUpGLVSRVLomR PXLWR ERD
DLVSRUDQRHPXPDIDFXOGDGHPDLV5 SDUD DWHQGHU 7HPRV TXH DJDUUDU R
 PLOK}HV HP WUHLQDPHQWR R TXH UH- 4XDLVRVPDLRUHVGHVD½RVGRVHJ- TXHKiGHPHOKRUHLUEXVFDUMXQWRjV
SUHVHQWDTXDVHGRQRVVRIDWXUDPHQ- mento? HQWLGDGHVHDRJRYHUQRXPDPDQHLUD
WR 6H HX QmR LQYHVWLVVH QDV SHVVRDV +RMH R PDLRU GHVD½R p FRQVWUXLU
GHUHVROYHURVGHVD½RVFRPRRHQVLQR
WHULDUHVXOWDGRV½QDQFHLURVPHOKRUHV XPD DJHQGD SRVLWLYD SDUD R VHWRU $
GHLQJOrV$OJXPDVFRLVDVWrPGHVHU
PDVGHFXUWRSUD]R$YLGDpXPDPD- PDLRUSUHRFXSDomRQmRpPD[LPL]DURV
QDWDV H RXWUDV HQVLQDGDV $V QDWDV
UDWRQD RQGH DV HVWUDWpJLDV LPHGLDWLV- JDQKRV GD HPSUHVD PDV HQFRQWUDU
QyVMiWHPRV
WDV FRPSURPHWHP R IXWXUR +RMH PHLRVGHDUWLFXODUSDUDTXHRVHWRUFUHV-
HVWDPRV FROKHQGR UHVXOWDGRV GH DSRV- oD 1HQKXPD HPSUHVD TXHU WHU 
WDVTXH½]HPRVQRSDVVDGRRWXUQRYHU GHFRWDGHPHUFDGR2TXHTXHUHPRVp Ï´´´¼88aŒ¼±aÇ´¼8Œ8,2œ
TXHRPHUFDGRFUHVoDGHIRUPDRUGHQD-
8††OaŒ¼a±¡Œm¡F±
EDL[R p XP H[HPSOR 1yV DSRVWDPRV

32 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


sacadas de marketing Lívio Giosa

as grandes
Crise: sinônimo de
desafio para líderes
Fugir do fantasma da crise, com o mínimo possível de erros,
requer muita paciência e perseverança

A
responsabilidade de um gestor é al- inovar com estratégias de médio e longo
tíssima em quaisquer condições de prazos são princípios básicos para a condu-
mercado. Na crise, porém, a co- ção, pelos líderes, ao sucesso empresarial.
brança torna-se mais intensa. Neste mo-
mento, os gestores desempenham um
papel de extrema importância. Eles têm a
responsabilidade de orientar e transmitir DICAS
jVVXDVHTXLSHVDFRQ½DQoDGHTXHRVREMH-
tivos devem ser cumpridos, alicerçados na 9 A 6ª edição das Grandes Sacadas de
comunicação transparente e no exercício 0DUNHWLQJGR%UDVLOMiHVWiPDUFDGD2
pleno da liderança. Além disso, devem Fórum de apresentação dos cases vencedo-
UHVVHUiGLDGHMXQKRHP6mR3DXORQR
abrir um diálogo permanente, demons-
Hotel Ca’d’Oro. Mais informações pelo e-
trando que as medidas tomadas são neces-
mail cenam@cenam.org ou pelo telefone
sárias e fundamentais para a
(11) 3051-2050.
continuidade e melhoria dos
“Ter a coragem negócios da empresa.
9 As empresas escolhidas e que obtiveram
as melhores avaliações quanto à sua estra-
de assumir 'LVFXWLQGRHPFRQMXQWRFRP- tégia de marketing são:
promete o time interno e con-
riscos, planejar solida a credibilidade.
‡3RUWR6HJXUR°&DWHJRULD6HUYLoRV
‡3HSVLFR+2PDom°&DWHJRULD%HELGDV
o crescimento Por outro lado, avaliar os im- não-alcoólicas
pactos da crise e traçar um pla- ‡*0°&DWHJRULD,QVWLWXFLRQDO
e inovar com no de metas são pontos ‡5HFRUG1HZV°&DWHJRULD&RPXQLFDomR
‡1\FRPHG1HRVDOGLQD°&DWHJRULD
estratégias essenciais no envolvimento
Produtos Farmacológicos
dos diversos grupos de colabo-
de médio e radores, que irão sentir-se
‡9RONVZDJHQ&DPLQK}HV°&DWHJRULD
,QG~VWULD$XWRPRELOtVWLFD9HtFXORV
mais participativos, auxilian-
longo prazos do nas ideias construtivas.
Pesados e de Transporte

são princípios Nestes casos, os gestores têm


9 Acaba de ser lançado o livro As Grandes
Sacadas de Marketing do Brasil, de auto-
de enxergar oportunidades na ria de Lívio Giosa e publicado pela Editora
básicos para a FULVH2SHU½OGHOLGHUDQoD Senac. A obra retrata o que há de mais mo-
condução, pelos mais do que em qualquer mo- derno aplicado em marketing e suas estra-
mento, é indispensável. A eles WpJLDVGHLPSOHPHQWDomRMXQWRDRPHUFD-
líderes, ao sucesso cabe ter o faro para encontrar do. Também descreve os principais cases
o caminho correto para as GHPDUNHWLQJGRV~OWLPRVFLQFRDQRVUH-
empresarial” ações, utilizando a visão técni- lativos às melhores avaliações obtidas pe-
las empresas escolhidas como uma Grande
FDHDLQWHOLJrQFLDHPRFLRQDOD½PGHIRU-
Sacada de Marketing.
mular análises e soluções criativas. Ser
claro e saber ouvir são requisitos essen-
ciais aos gestores. Na prática, fugir do
Lívio Giosa é presidente do Cenam; vice-presidente
fantasma da crise, com o mínimo possível
da Advb e coordenador-geral do Pnbe
de erros, requer muita paciência e perse- E-mail: liviogiosa@advbfbm.org.br
verança dos gestores. Ter a coragem de as- Não deixe de visitar meu blog
VXPLUULVFRVSODQHMDURFUHVFLPHQWRH http://blogclientesa.clientesa.com.br/grandessacadas

www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 33


conference
conference BPO
BPO

O desafio de agregar

C
erca de 40% das 500 TI e começam a evo-
maiores empresas bra- luir à gestão de clien-
sileiras planejam co- tes. E, para os
locar seus processos especialistas, são mais
nas mãos de especia- rentáveis se agrega-
listas, buscando agregar valor à rem valor efetivo às
inteligência do negócio, de acordo empresas. Assim, o
com levantamento da Frost & Business Process Out-
Sullivan. A constatação leva a sourcing, ou simples-
acreditar que, cada vez mais, as mente BPO, evolui a
decisões empresariais estão foca- terceirização ao cam-
das em terceirizar processos que po estratégico, en-
agreguem valor, ao contrário de trando nos processos
repassar a terceiros serviços sim- de negócios com volu-
ples como o de limpeza ou segu- me de métricas dife-
rança. Por serem considerados renciadas.
essenciais, passaram pela área de )RL R TXH ½FRX FOD-
Fonte: Eventos ClienteSA

36 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


Fornecedoras de serviços passaram de

valor terceiros a parceiros estratégicos que atuam


lado a lado, junto às contratantes,
na busca por melhores processos e resultados

ro na Conference ClienteSA BPO, realizada no


½QDOGHDEULOQDFDSLWDOSDXOLVWDSDUDGLVFXWLU DEPOIMENTOS
como planejar e implantar a terceirização de
iUHDVHVWUDWpJLFDVLGHQWL½FDUTXDLVDVPHOKR- 9 “A palestra trouxe informações bem relevantes, foi muito
RICA EODEBATEkCOUBASTANTEANIMADOu(Fernando
res práticas de outsourcing e os cases de suces- Guimarães, da Gradual Investimentos)
so – indo além das fronteiras nacionais,
movidos pelas oportunidades crescentes de ne- 9 “O painel foi ótimo, com uma plateia selecionada e
PROkSSIONAISQUEENTENDEMBEMESTENEGÅCIO£MUITO
gócios a todos os envolvidos na cadeia produti- importante levar os debates para outros patamares, e este
va. De acordo com o IDC, o setor deve ESTAVAEMUMMUITOBOMu(Antonio Almeida, da A.T.
Kearney)
movimentar, mundialmente, cerca de US$ 508
ELOK}HVHPGRVTXDLV86ELOK}HVDSH-
9 g'OSTARIADEPARABENIZAR£UMAFUN”»OMUITO
QDVQR%UDVLO$WpR3DtVFUHVFHUiHPPp- IMPORTANTEQUEA#LIENTE3!EST¶EXECUTANDO&OIBEM
GLDDRDQRFRQWUDDWD[DJOREDOGH(P PROVEITOSO CREIOQUETODOSAPRENDERAMUMPOUCOMAISE
PUDERAMRElETIRSOBRECOMOO"RASIL¼CAPAZDEVENCERESSE
PHLRjGLVFXVVmRRVPDLVGHSUR½VVLRQDLV DESAkOMUNDIALu(Luiz Carlos Lopes, da Cpqd)
que se reuniram na Conference apontaram a
necessidade de se criar um modelo brasileiro 9 “O debate foi muito bom e bastante produtivo, pois esse
¼UMASSUNTOQUEAPRESENTAMUITASDÊVIDASu(Enio Klein,
que seja internacionalmente competitivo. Po- da K&G Sistemas)
WHQFLDOHOHVD½UPDPH[LVWLU

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conference BPO

PAINEL 1 estratégica seja pos-


sível, acredita Fer-
nando Guimarães,

A questão é de diretor de mar-


keting da Gradual
,QYHVWLPHQWRV ²e

posicionamento?
preciso discutir mé-
WULFDV TXH UH¾LWDP
uma relação mais
GXUDGRXUD TXH Yi
além do bônus do
O Brasil tem oportunidade de despontar no mercado ½QDO GR DQR³ SRQ-
internacional como fornecedor de BPO. A receita é voltar- dera.
se para os negócios do cliente “Se inicialmente
a terceirização era
vista como elemen-

N
o outsourcing de callcenter e dores de soluções customer care de- to para redução de
TI, a Índia reina absoluta YHPFRQKHFHURQHJyFLRGRVHXFOLHQWH custos, passando
como grande fornecedora e ir além das métricas operacionais, pela alavancagem
mundial de BPO. Tentar competir di- entrando em áreas estratégicas. da tecnologia, hoje
retamente com os indianos “é boba- “Quando se tem a visão do cliente faz parte da estraté-
gem” para Antonio Almeida, diretor FRPR HL[R GR QHJyFLR WRGRV RV VHXV gia do business”,
da A.T. Kearney. Eles começaram pontos de contato passam a ser consi- D½UPD (QLR .OHLQ
antes no desenvolvimento de softwa- derados críticos”, ressalta. Como ten- diretor da K&G
UHVDSRSXODomRPpGLDWHP¾XrQFLD GrQFLD $OPHLGD SUHYr D XQLmR GR Sistemas. Ele res-
HP LQJOrV H D PmR GH REUD p PXLWR mundo estratégico ao operacional, o VDOWD TXH HP DO-
competitiva. O Brasil tem grande po- TXHMiVHUH¾HWHQDVSDUFHULDVGH%32 guns processos,
tencial, porém, na terceirização de 2XWUDPXGDQoDGHFRUUHQWHGHVVDTXH- ainda ocorre a frag-
serviços de maior valor agregado, bra de paradigma será relativa às no- mentação da tercei-
SHOD H[SHULrQFLD DGTXLULGD FRP RV vas métricas. Hoje em dia, nos rização, como nos
DQRVGHLQ¾DomRDOWDHDVFRQVWDQWHV contratos de terceirização de callcen- casos de cobrança,
mudanças de planos econômicos. ter, a remuneração mista ainda de- QRVTXDLVGHSHQGHQGRGRYDORUDVHU
²1RVHWRU½QDQFHLURRIHUHFHPRVVR- monstra imaturidade. “Nos mercados FREUDGRDRSomRGDWHUFHLUL]DomR½FD
luções na área de cartões de crédito mais maduros, o contratante não está entre o callcenter ou empresas de co-
FRP XPD IDFLOLGDGH HQRUPH³ D½U- preocupado com a conta de telefone EUDQoD ²$Wp TXH SRQWR D FXOWXUD GH
ma. Considerando esse know-how, do callcenter, apenas com a meta”, terceirização está olhando de forma
as empresas brasileiras devem apro- D½UPD$OPHLGDeQHFHVViULRSRUpP partida para tentar reduzir custos, ao
veitar o atual momento para ofertar VXSHUDURGLYyUFLRHQWUHFRQWUDWDQWHV invés de entregar toda a operação nas
serviços ao mercado externo. Na opi- H FRQWUDWDGDV SDUD TXH HVVD SDUFHULD PmRVGHXPD~QLFDHPSUHVD"³TXHV-
QLmRGH$OPHLGDDH[SHFWDWLYDpTXH
até 2012, o mercado mundial de
RĐVKRUHGH,72%32FUHVoDDQX-
almente. Mas é necessário pensar
HPXPPRGHORHVSHFt½FRGHRĐVKRUH
brasileiro, aposta Luiz Carlos Lopes,
gerente de planejamento de soluções
GD&STGDVVLPFRPRRVLQGLDQRV½]H-
UDP Ki DOJXQV DQRV TXDQGR GHFLGL-
ram comprar empresas nos Estados
8QLGRV SDUD ½FDUHP PDLV SUy[LPRV
da cultura de seus principais clientes.
“Tudo está sujeito a ser terceiriza-
GR³ D½UPD $OPHLGD 2 PHUFDGR GH-
manda parceiros mais especializados,
DRV TXDLV SRGH HQWUHJDU SDUFHODV LP-
SRUWDQWHV GR VHX QHJyFLR 0DV SDUD Enio Klein Luiz Carlos Lopes
isso, exige reestruturação: os fornece- da K&G Sistemas da Cpqd

38 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


DEPOIMENTOS

9 “Foi uma experiência muito interessante, a oportunidade de


congregar prestadoras e contratantes do complexo mercado de
BPO.” (Fabio Moura, da EDS)

9 “A ClienteSA está de parabéns, sendo pioneira mais uma vez,


abrindo as portas para o mercado e iniciando uma discussão
sobre BPO, que é relevante para todos nós.” (Marco Antonio
de Oliveira Theodoro, da Tivit)

9 “A conferência sobre BPO veio em um momento oportuno,


com presenças importantes e informações relevantes para o
público. O painel contribuiu bastante para os anseios de quem
participou.”
(Wanderley Schmidt Campos, da Todo! BPO)

9 “Eventos como este são imprescindíveis para que


consigamos promover as mudanças necessárias na indústria.
Foi muito bom.”
(Luciana Gonçalves, da Algar Tecnologia)

9 “O debate estava excelente, mostrou a abrangência da


prática no País e, principalmente, das necessidades que temos
internamente.”
ž+b±t+ÁÍ8VX8Œ¼a±n†aŸ

9 “Foi um prazer participar deste congresso. Fiquei


impressionado e satisfeito com o nível de informações que
Antônio Almeida foram trocadas.”
da A.T. Kearney (Marcello Carvalho, do Banco Gmac)

tiona. Almeida discorda. Para ele, a 9 “Foi um painel muito interessante, porque tivemos painelistas
TXHVWmRGRVFXVWRVQmRpSULPRUGLDODR com diversas visões e experiências sobre os fatores críticos
PHUFDGRTXDQGRFRPSDUDGDjH½FLrQ- para o sucesso.”
FLD²6HKRXYHUJDUDQWLDVGHDPDLV (Eduardo Souza Aranha, da Souza Aranha)
na recuperação de crédito ou nas ven-
das – em uma atuação mais estratégi- 9 “De forma geral, foi muito interessante. O importante do
FD QD TXDO VH JDUDQWH H½FiFLD ° R evento é a visão clara e abrangente sobre os diversos aspectos
mercado está preparado para pagar
de BPO que foram apresentados.”
(Marco Leme, da Altran CIS Brasil)
SRULVVR³D½UPD

9 “Parabéns pelo evento, gostei bastante.” (Joice Veiga, da


Spcom)

9 “O evento ocorreu muito bem, diferentes abordagens foram


realizadas e as informações foram passadas para o público de
maneira clara.”
(Roberto Atayde, da IBM)

9 “O debate foi extremamente produtivo, as pessoas estavam


abertas para expor suas experiências, o que é muito importante
para o desenvolvimento do mercado.” (Alexandra Telles, da
Sodexo)

9 “Agradeço pelo evento. O conteúdo foi excelente.”


(Izidro Pedro dos Santos Costa Filho, da TRD
Tecnologia)
Fernando Guimarães
da Gradual Investimentos

www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 39


conference BPO

PAINEL 2

Mudanças internas e
sucessos internacionais
O País começa a despontar com melhores práticas e dispõe do espelho de benchmarkings
internacionais

T
anto o assunto quanto a polí- Tecnologia. Desde 2007, a empresa nas os recursos tecnológicos ou
tica BPO são novos no Brasil. oferece serviços de BPO, com a cria- humanos são contratados, até es-
“Temos players internacio- ção do que a empresa batizou de out- tratégias de otimização e melhorias
nais fortes e, internamente, vemos VRXUFLQJ GH FRQ½DQoD 2 FOLHQWH GRVSURFHVVRV$H[HFXWLYDMXVWL½FD
empresas provenientes do mercado pode contratar desde os projetos ini- que os clientes começam nas pri-
de contact center se posicionando ciais de engenharia física, infraes- meiras camadas e, ganhando con-
para ter ofertas e ampliar suas car- trutura tecnológica e processos de ½DQoD DJUHJDP QRYRV VHUYLoRV
WHLUDV GH SURGXWRV³ MXVWL½FD QHJyFLRV FKHJDQGR j HQWUHJD ½QDO /XFLDQD H[HPSOL½FD R VXFHVVR GR
Wanderley Schmidt Campos, dire- GDH½FLrQFLDRSHUDFLRQDO3DUDHYR- BPO da Algar com o case de uma
tor-executivo da Todo! BPO. “Ou luir nos negócios internos, dentro companhia de telefonia que passou
mudávamos nossas ofertas ou não da sua carteira de clientes, a Algar do 1° lugar do ranking de reclama-
conseguiríamos competir no merca- desenvolveu patamares de serviço o}HV GD $JrQFLD 1DFLRQDO GH
do. Não deixamos o contact center, que podem ser adquiridos de acordo Telecomunicações, a Anatel, para
que é o que sabemos fazer, mas com as necessidades das empresas. RƒUHGX]LX5PLOSRUPrVHP
evoluímos para customer services”, As camadas das operações vão PAs e ainda obteve lucro de R$ 4
conta Luciana Gonçalves, gerente desde a terceirização impulsionada para cada R$ 1 investido, após a im-
executiva da nova área na Algar pela redução de custos, na qual ape- plantação do novo processo.

40 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


contábil, desenvolvimento e Atayde, executivo da área de comu-
manutenção dos sistemas, e nicações para América Latina da
serviços de atendimento pela IBM. A empresa é responsável por
internet. Para ele, com a toda a área de TI da operadora e pelo
oferta destes serviços, os contact center (em 2004, a IBM
clientes podem focar em seus comprou o callcenter indiano
negócios, deixando a infraes- Daksh, especialmente para atender
trutura para companhias a Bharti). O grande diferencial
especializadas. apontado por Atayde é o contrato
“Sair da terceirização de baseado em percentuais da receita.
VHUYLoRV HVSHFt½FRV SDUD D “Não se trata apenas de terceiriza-
gestão e otimização dos pro- ção, mas de um processo de maximi-
cessos” é o conceito de BPO zação contínua, com foco constante
para Marco Antonio de Oli- no aperfeiçoamento, não apenas no
veira Theodoro, diretor de no- que é mais rápido”, esclarece. O
vos negócios da Tivit. Para contrato on-demand foi assinado
sair dessa vala comum, a em- em 2004 e seu formato maleável
presa que se candidatar a ser permitiu que as empresas cami-
prestadora de serviços deve nhassem lado a lado, o que contri-
ter uma visão holística da ca- buiu para o crescimento da parceria.
deia de valor do seu cliente, o De acordo com Atayde, este é o pri-
TXH VLJQL½FD SHQVDU DOpP GR meiro case de terceirização comple-
callcenter. “Atendimento é ta de TI em uma operadora de
muito maior que atender le- telecom. “O coração do acordo não
gislações como a Lei do SAC é o outsourcing, mas a transforma-
PARTICIPANTES
ou do not call. Precisamos ver omR³D½UPD
(da esquerda para direita)
o mercado do cliente e como ele está A parceria de dez anos entre a EDS
z Wanderley Schmidt Campos, sendo afetado pela crise mundial”, e a Ticket na terceirização de con-
da Todo! BPO D½UPD 7KHRGRUR H[HPSOL½FD DV WDFW FHQWHU H EDFN RĊFH UHQGHX R
z Fabio Moura, da EDS práticas adotadas pela Tivit com um reconhecimento da Accor Global
z Roberto Atayde, da IBM case de uma seguradora, no qual (controladora da Ticket) à prestado-
z Marco Antônio de Oliveira
combinou o BPO de Voz (gestão de ra de serviços. Esse prestígio veio
sinistro e atendimento aos clientes) com a escolha da EDS para fazer o
Theodoro, da Tivit
e o BPO Non-Voice (feito pelo escri- atendimento aos hóspedes da Accor
z Luciana Gonçalves, da Algar
tório virtual, que oferece a gestão de Hospitality de todo o mundo. Para
Tecnologia corretores, infraestrutura de TI e HVWHQRYRGHVD½RDHPSUHVDDSRVWD
z Paulo Favorito, da CSU
sistemas aplicativos). De acordo em seis unidades de atendimento
com o executivo, essas técnicas co- divididas ao redor do mundo, ade-
laboram para que haja, de forma in- quadas de acordo com o idioma. Já
WHJUDGD XPD EDVH GH LQWHOLJrQFLD em relação à parceria com a Ticket,
Já a CSU decidiu apostar na pro- com sistema de gestão da informa- Fabio Moura, gerente estratégico de
posta de BPO integrado com full ção, análise estatística dos serviços BPO na América Latina da EDS,
service para as bandeiras de cartões prestados e força de vendas, assim conta que, nos últimos dez anos,
de crédito que atende, entre elas como a realimentação da base de da- foram adequados os processos de
Visa, Mastercard e American Ex- dos após a prestação de serviços, segmentação e as plataformas de
press. “Nosso trabalho começa a permitindo que o BPO seja orienta- atendimento ao crescimento da em-
partir do momento que o cliente do e permeie a empresa. presa, resultante da digitalização
passa o cartão”, diz Paulo Favorito, do processo, que passou de vouchers
gerente comercial da CSU. Os paco- OS MODELOS INTERNACIONAIS em papel para cartões magnéticos.
tes de BPO abrangem análise de cré- Gerenciar a tecnologia de uma Hoje, 80% do atendimento é feito
dito, processamento dos dados, base de clientes que aumenta 1,5 pela EDS. “Um modelo de co-gestão
gravação e emissão dos cartões e PLOK}HVSRUPrVIRLRJUDQGHGHVD- sustentado pelo verdadeiro espírito
welcome kits, prevenção à fraudes, ½RLPSRVWRj,%0SHODHPSUHVDLQ- de parceria e entendimento profun-
expedição de faturas e emissão de diana de telecomunicações Bharti do do negócio do cliente e seus desa-
cartas, atendimento 24 horas a Airtel – hoje, com 92 milhões de ½RV³ VmR RV VHJUHGRV GH XP ERP
XVXiULRVHDJrQFLDVVHUYLoRVGHFR- clientes. “É um case que foge a to- processo de terceirização dos negó-
brança, controle operacional e GRV RV PRGHORV³ D½UPD 5REHUWR FLRVD½UPD0RXUD

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dupla_CIC.indd 43 19/5/2009 15:35:18
conference BPO

PAINEL 3

Alguns cuidados,
em busca de sucesso
Os detalhes que passam pelos cuidados internos com a estratégia que leva ao
outsourcing e os modelos bem sucedidos de cases que viram espelho ao mercado

M
uitas empresas não ava- le”, diz. Mas, para chegar lá, é es- nha, presidente da Souza Aranha,
“ liam corretamente os pro- sencial o alinhamento entre a sobre até que ponto é vantajoso
cessos de negócio que WHUFHLUL]DGDHRVIXQFLRQiULRVGDWHU- SDUDDVHPSUHVDVID]HU%32HFRPR
serão terceirizados”, ressalta Marco ceirizadora. O cuidado com os cola- lidar com as estruturas de poder in-
Leme, practice manager de excelên- boradores internos, antes de apostar terno das companhias.
cia operacional da Altran CIS Brasil. QR%32pHVVHQFLDO²eSUHFLVRGH½- “Não somos mais terceiros, mas
Para ele, a preparação do ambiente QLU R SDSHO GH TXHP ½FD QD HPSUH- parceiros!”, brinca Souza. O trocadi-
interno é essencial para o sucesso de sa”, aconselha. Além de treiná-los OKRUH¾HWHDQRYDSRVLomRGDVHPSUH-
uma estratégia de BPO, evitando para que saibam como gerir a presta- VDVSUHVWDGRUDVGHVHUYLoRVGLIHUHQWH
que o desconhecimento de proble- dora de serviços. “Eles devem geren- do cenário dos anos 70, quando a ter-
PDV DQWLJRV FDXVH GL½FXOGDGHV IX- ciar o serviço e não mandar no ceirização se resumia a serviços sim-
turas à terceirizada e ao processo. IXQFLRQiULR GD RXWUD HPSUHVD³ H[- ples (como segurança e serviços de
“O problema da terceirização pode plica. Para Souza, o sucesso pode es- limpeza). A partir dos anos 90, as em-
vir de questões internas. Resolva-as tar em uma dica importante: “ o BPO SUHVDV SDVVDUDP D GHOHJDU WDUHIDV
primeiro para potencializar sua es- GHYHVHUIHLWRTXDQGRROXFUROtTXLGR PDLV LPSRUWDQWHV H D IRFDU RV HVIRU-
tratégia de outsourcing”, aconselha está bom, e não o contrário, pois a ços internos no seu core business.
Leme. Sérgio Souza, diretor geral da terceirizada não irá resolver isso”. ²2VHPSUHViULRVGHYHPIRFDUDVDWLYL-
,QWHU½OH FRQFRUGD 6HJXQGR HOH R dades na sua marca e no desenvolvi-
objetivo do BPO deve estar muito DE TERCEIROS A PARCEIROS mento de novos produtos para seus
claro. Ele aconselha a criar um ²7RGD PXGDQoD FDXVD GHVFRQIRU- FOLHQWHV³ D½UPD ( DFRQVHOKD ²VH
budget para as necessidades da WRVHDFDEDJHUDQGRFRQ¾LWRVeSUH- você não tiver tempo para visitar
terceirização. ciso, antes de mais nada, criar um clientes pelo menos uma vez ao mês,
O BPO deve ser visto como um meio projeto para alinhar a cultura das terceirize. Pois é sinal que está gastan-
de evitar riscos internos, ao permitir duas empresas e deixar claro os car- do muito tempo com problemas inter-
maior controle operacional. “Evita JRV H HQFDUJRV GH FDGD IXQFLRQi- QRVHGHL[DQGRGHID]HUQHJyFLRV³
aqueles jeitinhos que a gente dá ULR³ D½UPD 6pUJLR 6RX]D TXDQGR
quando tem tudo sob nosso contro- indagado por Eduardo Souza Ara- CASES: UM NOVO MODELO
O mercado contratante demanda
novos conceitos de negociação.
O CAMINHO PARA CONSTRUIR “Sonho com o dia em que negociarei
PAs por metas de qualidade, e não
UM CASE DE BPO DE SUCESSO SRU TXDQWLGDGH RX SUHoR³ MXVWL½FD
Alexandra Telles, executiva da área
9 Objetivos claros e alinhados (custos, clientes, know-how, especialização comercial de pequenas e médias em-
e investimentos em TI) presas da Sodexo. Para ela, é preciso
9 &XOWXUDFRPSDWtYHOHQWUHDVHPSUHVDV quebrar paradigmas e mudar o rumo
9 Quebra de paradigmas – custo por PA dos processos. “Não existe um mode-
9 Experiências comprovadas lo ideal de negócio para as empresas,
9 Percepção e agilidade a prioridade deve ser escutar o clien-
9 Envolvimento da alta gerência e diretoria te e entender o mercado, guardando
9 Pessoas (motivação, incentivos, plano de carreira e desenvolvimento) na manga sempre um plano B, para
Fonte: Alexandra Telles, da Sodexo

44 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


PARTICIPANTES
(da esquerda para direita)
z Eduardo Souza Aranha, da Os resultados positivos decorrentes
Souza Aranha GDVXEVWLWXLomRGHIRUQHFHGRUVmRFRQ-
tados com entusiasmo por Marcello DEPOIMENTOS
z Marco Leme, da Altran CIS
Brasil Carvalho, supervisor de crédito do
Banco Gmac. A empresa contratada, a
z Sérgio SouzaVX8Œ¼a±n†a
,QWHUYDORU½FRXUHVSRQViYHOSRUFULDU
9 “Agradeço a oportunidade
z Alexandra Telles, da Sodexo de ter participado de um
uma estratégia de gerenciamento ele- evento que concentrou grandes
z Marcello Carvalho, do Banco trônico de processos e de documentos personalidades do mercado de
Gmac de crédito que agilizasse os trâmites de BPO.” (Anderson Minasi, da
liberação do crédito para os clientes Œ¼a±n†aŸ
das concessionárias da Rede Chevrolet.
SRVVtYHLV Do}HV H UHDo}HV GR PHUFD- O Banco Gmac é responsável pela ad- 9 “O conteúdo foi bastante
do”, completa. PLQLVWUDomR GRV VHUYLoRV ½QDQFHLURV interessante.”
Com cases de BPO de sucesso em além de lidar diretamente com os (Renata Pádua Pontes, da
VHX FXUUtFXOR $OH[DQGUD DFRQVHOKD FOLHQWHV ½QDLV QHJRFLDQGR ½QDQFLD- -ŒO8±X-ŒF8ŒOŸ
abrir mão dos scripts – são maçantes mentos, consórcios e seguros das
para os clientes e para os próprios concessionárias da rede. Segundo Car- 9 “Um evento sério, com
operadores – e, no lugar, investir na valho, a necessidade de substituição conteúdo de alto nível e muito
FDSDFLWDomR GH SUR½VVLRQDLV ²7UD GH IRUQHFHGRU H LPSODQWDomR GH VLVWH- bem realizado.” (Celina Beatriz
balhamos incentivando nossos cola- PDVID]LDSDUWHGDOLVWDGHGHVD½RVGD 8Ía¼VX82É+†Á¼Œ´Ÿ
boradores, implantando sonhos na HPSUHVD H IRL VXSHUDGD ²7DPEpP p
busca por uma carreira. Essa tática já importante atentar quanto ao alinha- 9 “Agradeço a oportunidade de
trouxe resultados como 14 meses de mento dos processos e da equipe co- poder desfrutar do conhecimento
turnover zero”, diz. Com o case de mercial. Trabalhamos em conjunto, e experiência dos painelistas, além
aquisição de clientes para as Páginas FRPRXPDIDPtOLD³D½UPD(QWUHRV de poder rever velhos amigos
Amarelas, a executiva conta que pro- principais resultados da parceria, está e conhecidos. Parabéns a toda
equipe da Grube Editorial pelo
porcionou crescimento de 137% no vo- o crescimento do uso da tecnologia nas
evento.” (Solange Poça, da
lume de vendas, em um ano, depois concessionárias, que cresceu 12% em
aX†ŒaŸ
da internalização da central. menos de dois anos.

9 “Estava ótimo, o conteúdo


foi bastante atual e completo,
O CAMINHO PARA ADOTAR UM MODELO BPO MOSTRANDOUMAFOTOGRAkADAS
tendências das empresas.”
(Gustavo Paro, da Affair
9 Mapeie os seus macroprocessos ,a†aO‰ÁŒO8Q›a´Ÿ
9 Selecione os indicadores de controle
9 Escolha um processo para outsourcing e estabeleça melhorias
9 3URFXUHIRUQHFHGRUHVHSDUFHLURVH[SHULHQWHV 9 “A Conference ClienteSA BPO foi
muito interessante e de altíssimo
9 Crie um contrato abrangente e com garantias (SLAs, multas e prazo) valor para nosso segmento.”
9 Alinhe a sua área de TI com a do parceiro (Camila Mendes, da Business
9 'HILQDSHULRGLFLGDGHGHDFRPSDQKDPHQWRHDYDOLDomR +†Á¼Œ´Ÿ
9 7HQKDFRPRREMHWLYRDHILFLrQFLDHQmRVRPHQWHUHGXomRGHFXVWRV
Fonte:+b±t+ÁÍ8VX8Œ¼a±n†a

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tendência BI

A inteligência
para chegar
ao cliente
A necessidade de abordagem correta,
na hora certa, é um dos principais
motivos do crescimento de soluções de
business intelligence, amparadas em
resultados práticos

A
Federação das Unimeds do varejo, de utilidades, além de gran- conceitos de gestão por indicadores.
Estado de São Paulo, a Fesp, des empresas de manufatura, espe- “Existe também uma forte tendência
após longa pesquisa por uma cialmente as ligadas aos bens de no aumento da adoção de ferramentas
solução capaz de medir e acompanhar consumo. Segundo o executivo, a analíticas na área de gestão de clien-
seus resultados estratégicos, optou, aposta na ferramenta se deve ao grau tes”, complementa Rossi.
há dois anos, pela Solver como sua de maturidade na utilização de apli- Para alcançar o mesmo sucesso ex-
fornecedora de business intelligence cações de ERP e CRM. “Nesse caso, as perimentado pela Fesp, a Unimed
(BI). Mônica Christina Souza Car- empresas dispõem de bases de dados Nordeste Paulista implementou a so-
valho, gerente de RH da Fesp, conta que oferecem possibilidades diversas lução em agosto do ano passado.
TXHWRGDVDViUHDVIRUDPEHQH½FLDGDV de serem tratadas com ferramentas Segundo o presidente Domingos
pela ferramenta, já que, segundo ela, de análise. Ademais, a gestão da per- Silva Lavecchia, o BI foi decisivo para
o modelo de gestão é integrado e con- formance por meio de indicadores orientar e organizar áreas internas,
templa toda a empresa. “Acabamos será cada vez mais comum entre em especial o setor de distribuição de
de migrar a versão do BI e estamos grandes empresas, isso tem um im- medicamentos, de plano de saúde e
avançando e aperfeiçoando o modelo pacto direto sobre a demanda por pro- OPMES (área voltada para a negocia-
de gestão. As áreas estão envolvidas e dutos de BI”, acrescenta. ção com fornecedores de órteses,
conscientes da importância desse O setor, que movimentou pouco próteses e materiais especiais).
programa para o sucesso da organiza- mais de US$ 121 milhões em 2008 – “Existem algumas ideias para incre-
omR,QWHQVL½FDUHPRVDFRPXQLFDomR sem contar os serviços relacionados às mentar o produto, mas a meta prin-
interna e as campanhas de premiação implementações das soluções e os va- cipal é conscientizar todas as áreas
das áreas com melhor performance”, lores referentes às ferramentas nati- sobre a importância da ferramenta
D½UPD0{QLFD vas de análise dos produtos de bancos de BI na busca de melhores resulta-
É por apostar em benchmarking de dados –, espera para este ano, se- dos”, ressalta Lavecchia.
como este que existe uma expectativa gundo a ASM, um crescimento de 18% Outra que apostou foi a Aon
de investimentos crescentes em solu- no Brasil. Produtos para gestão de per- $ĊQLW\+iWUrVDQRVDHPSUHVDGH
ções de BI, de acordo com Bruno formance devem ser largamente de- seguros percebeu a importância em
Rossi, diretor e consultor da Applied mandados pelas empresas, incluindo obter informações rápidas e precisas
6FLHQWL½F0HWKRGV $60 GR%UDVLO( IXQFLRQDOLGDGHV GH SODQHMDPHQWR ½- para auxiliar na gestão dos negócios.
eles virão principalmente dos setores nanceiro, orçamentação, consolida- Implantou o BI da Solver utilizando a
bancário, de telecomunicações, de ção, além daquelas que incorporam os metodologia do Balanced Scorecard,

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MUNDO CORPORATIVO
A vez das pequenas e médias empresas
De acordo com uma pesquisa encomendada a Access
Markets International (AMI) Partners pela Microsoft,
envolvendo o Brasil, Canadá, Estados Unidos, França
e Inglaterra, 55% das pequenas e médias empresas
irão manter ou aumentar seus investimentos anuais
em TI. No Brasil, onde 38,1% dos entrevistados acre-
ditam que os clientes querem melhores preços, as
maiores tendências para este ano serão a virtualiza-
ção e o backup de dados. “No ambiente atual de negó-
cios, essas empresas brigam com as gigantes e, cer-
tamente, o uso de uma ferramenta de BI irá colabo-
rar para que elas diferenciem-se em um mercado ca-
da vez mais competitivo”, avalia Barbosa, da Benner
Sistemas. Para Leonardo Vieiralves, sócio-diretor da
:*6\VWHPVXPVLVWHPDLQWHOLJHQWHGHQHJyFLRVHP
uma pequena ou média empresa disponibiliza infor-
mações gerenciais que, se bem trabalhadas, podem le-
vá-la a novos patamares competitivos.
David Fernandez, diretor de novos negócios da
Infobuild, confirma. “Muitas das PMEs já aderiram ao
ERP a fim de integrar a operação, fator importante e
facilitador para implementação de um projeto de BI.”
:LOVRQ GH *RGR\ 6RDUHV YLFHSUHVLGHQWH GH JHVWmR GH
desenvolvimento da Totvs, lembra que a diferença na
implementação está nos modelos de ferramentas. “Nas
organizações de pequeno porte, por exemplo, a utiliza-
ção de planilhas eletrônicas é ainda muito latente.”
Raposo, da Solver, afirma que a aproximação das
PMEs com as ferramentas de BI ou de monitoramen-
to da performance se deve ao fato das fornecedoras te-
rem tornado mais acessíveis seus preços. “Todas as or-
ganizações têm necessidade de monitorar seu desem-
penho, acompanhar iniciativas que impactam seus re-
sultados, consolidar dados e comunicar o desempenho
Mônica Christina a todos os envolvidos no processo, independente de ser
Souza Carvalho uma pequena ou grande empresa. Com a populariza-
da Fesp
ção dessas soluções e a redução dos preços praticados
A ferramenta pelos fornecedores, as PMEs passaram a ter mais aces-
possibilitou so às ferramentas.” Anna Zappa, diretora de marketing
avançar no modelo
LQWHJUDQGRWRGDVDViUHDVH½OLDLVGD de gestão focado da Plusoft, concorda que o barateamento dessa tecno-
empresa e direcionando os esforços em resultados
logia tem permitido a inserção de empresas menores
no cumprimento da sua estratégia.
no mercado comprador. “Com o acirramento da concor-
Hoje, segundo Francisco Fernandes,
rência e a situação específica de incertezas econômicas
gerente de gestão da performance da
vivenciada no mundo atual, a inteligência de negócios
$RQ$ĊQLW\/DWLQ$PHULFDDIHUUD-
menta está mais rápida e com novi- é fundamental na melhor destinação de verbas e cus-
GDGHV HP UHODomR DRV JUi½FRV GH tos operacionais. Assim, as informações extraídas das
suporte. Mas Fernandes espera ain- soluções de BI tornam-se ferramentas imprescindíveis
da uma maior praticidade no manu- para orientar estratégias e táticas de go-to-market.”
VHLR GD VROXomR D ½P GH TXH RV

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tendência BI
usuários passem a se preocupar cada corpora todos os conceitos de colabo- IRUPDQFH³ DQWHFLSD (O\ 6RX]D
vez menos com a manutenção e na- ração e tecnologias da web 2.0.” analista sênior da seguradora.
vegação, e mais com a análise e solu- A primeira constatação da Generali Prestadora de serviços do Grupo
ção dos problemas. “Nossa empresa Seguros do Brasil desde que adotou a Telefônica, a Tgestiona escolheu o
é muito dinâmica, sempre deman- solução, há cinco anos, foi a proxi- IBM Cognos para as licenças e a Net-
damos novas funcionalidades na fer- midade com a estratégia e não so- partners como implementadora da
ramenta e a Solver tem se mostrado mente com o lado operacional, solução. “A IBM Cognos, por meio de
aberta a discutir e efetuar estas proporcionando maior conhecimen- seu representante Netpartners, aten-
implementações em um prazo to dos negócios. Os setores que mais deu plenamente aos requisitos técni-
razoável.” Luiz Fernando Raposo, sentiram a implementação foram as cos que estabelecemos como premissa
presidente da Solver, ressalta que a iUHDV GH FRQWURODGRULD H ½QDQFHLUD para a seleção de fornecedor e partici-
empresa oferece soluções que apoiam FRPHUFLDO H PDUNHWLQJ XQLGDGHV pou de um processo junto à área de
os gestores na realização de tarefas RSHUDFLRQDLV VXFXUVDLV H ½OLDLV  compras no qual praticou o menor
que vão desde o monitoramento diá- iUHDVWpFQLFDVHGHSURGXWRVHDiUHD preço entre as empresas participan-
rio dos processos internos à prepara- de sinistros. “Com o conhecimento WHV³ FRQWD /XL] &DUORV 6HUD½P GH
ção de uma reunião para a diretoria. adquirido ao longo destes anos, pla- Andrade, diretor de desenvolvimento
²$R DQDOLVDU XP JUi½FR H SHUFHEHU nejamos iniciar a segunda onda de de negócios e sinergias da Tgestiona.
que as vendas estão com tendência business intelligence na empresa. De acordo com Andrade, o objetivo
de queda, por exemplo, o diretor já Estamos com um projeto de reavalia- era inserir melhorias nas áreas de
pode ler os comentários e ações cor- ção da modelagem do nosso data planejamento, controle e gestão, par-
retivas que estão sendo tomadas pe- warehouse, que inclui a maneira tindo posteriormente para a logísti-
los responsáveis para reverter a como as informações são disponibili- ca, área que, segundo ele, possui
situação. Isso porque o sistema in- zadas no nosso portal BI e a sua per- maior atuação no mercado.

RADIOGRAFIA
O que as soluções fazem e o que devem agregar
FATURAMENTO SOLUÇÃO DE BI FUNCIONALIDADES DA USUÁRIOS DO BI PRINCIPAIS NOVIDADES
ANUAL SOLUÇÃO SEGMENTOS PARA 2009

Não Performance Acompanhamento de perfor- Chase, Hilton, Financeiro, Fluxos de trabalho, tabelas
Aspect

divulgou Edge Manage- mance automático de cada Comcast, Allsta- telecom, out- de relacionamento dos in-
ment agente, supervisor, campa- te, Aetna sourcers dicadores críticos, plano de
nha, operação, diretoria e desenvolvimento
unidade de callcenter

Não Plataforma DSS ETL, gerenciador de me- Aurora Alimentos, Agronegócios, Lançamento da nova geração
divulgou Benner tadados, reporting, dash- ±t±€nOa±O- saúde, trans- da plataforma (hyperview)
Sistemas
Benner

boards, análise Olap, web sul, Unimed (Cha- portes, educa- full web
analysis, delivery pecó e Curitiba), ção, varejo
Dalçoquio, San-
tander Banespa e
Netzsch do Brasil

Não Webfocus ό9†´a´Vt±9nO´Vm±aO8´- Vivo, Petrobras, Telecom, Módulo para data mining
divulgou ting, pesquisa com geren- Telefônica, Grupo nŒ8ŒOa±V que permite análises pre-
Infobuild

ciamento de desempenho, Santander, RPC seguro, indús- ditivas, através de métodos


apontando índices como tria, utilities estatísticos do mercado;
causa/efeito, balanceamento novo assistente ad-hoc, que
de objetivos e indicadores permite criar consultas de
forma rápida e intuitiva;
entre outras

US$ 360 Plataforma inte- Criação de dashboards dinâ- Serpro, Banco Financeiro, Lançamento do Microstra-
Microstrategy

milhões grada de BI Mi- micos, análise Olap, forma- Central do Brasil, varejo, tele- tegy 9, que permite acesso
(cerca de crostrategy 9 tação e geração de relatórios Pão de Açúcar, com, bens de simultâneo a diversas bases
R$ 777,240 com acesso simultâneo a Lojas Renner, consumo de dados, integrando-as em
milhões)* várias bases de dados, distri- Magneti Marelli, um mesmo relatório ou painel
buição ativa de informação EMS, GM de controle, entre outras

Não Oracle Business Análises ad-hoc, relatórios, Não divulgou Varejo, tele- Desenvolvimento de análi-
divulgou Intelligence Enter- t±9nO´Vta±8QEXaF…´V com, serviços ses avançadas (otimização e
Oracle

prise Edition Plus integração com o pacote MS predição), suporte a análises


(OBIEE) e Essbase mnOaVX8´|F8±X´Œ¼a±8- híbridas entre dados rela-
tivos, análises preditivas cionais
como mining

R$ 30 milhões Plusinfo Elaboração de consultas Nestlé, Coca-Cola Financeiro, Não


ad-hoc, exportação de da- Femsa, Grupo farmacêutico, divulgou
Plusoft

dos, criação de relatórios, Sulamérica, indústria, edu-


extração de informações Anhanguera Edu- cação, seguros,
de forma consolidada ou cacional, Golden previdência
segmentada Cross
Fonte: dados fornecidos pelas empresas
* Faturamento global

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em 2006. “Desde a análise de negó- uma grande aposta atual. “O Saas
cio até a mensuração de resultados, tem expectativa de crescimento para
tivemos grandes melhorias. O desa- 2009, principalmente em vista da
½RDJRUDpSODQHMDURUJDQL]DUHLP- contenção de custos das empresas
plantar o database, para extrair dele devido à crise”, prevê o executivo.
todas as informações necessárias”, Especializada em distribuição e lo-
D½UPD 9LYLDQH 6EUDQD GLUHWRUD GH JtVWLFD D 'D\WRQD ([SUHVV DSRVWRX
&50 GD DJrQFLD $ 6\VWHP na solução da Starsoft em janeiro do
Marketing, segundo o presidente ano passado, buscando melhorias no
Guilherme Rocha, atua com BI no gerenciamento comercial e operacio-
modelo Saas (Software as a Service), nal. “O BI, que otimizou especial-

NOVOS NICHOS
ÁÍ
8±†´+a±8n‰XaόX±8Xa
Mercado de recuperação de crédito
da Tgestiona
A IBM Cognos atendeu
plenamente aos A necessidade de segmentações exemplo, se foi possível a localiza-
requisitos técnicos que
estabelecemos como e análises de comportamento e ris- ção do cliente inadimplente, ou se
premissa co mais sofisticadas levaram as em- os dados de endereço são válidos
presas de concessão e recuperação antes da postagem do boleto – evi-
de crédito a correr atrás de conhe- tando devoluções por dados insufi-
Já a Cooperativa Central Oeste cimento maior e mais aprofundado ciente). “Neste momento de crise
Catarinense, detentora da marca do cliente, bem como de estratégias econômica, em que a disponibiliza-
Aurora Alimentos, com 17 cooperati- mais pontuais e assertivas para ga- ção de crédito é restrita e o aumen-
YDV½OLDGDVPDLVGHPLODVVRFLDGRV nhar tempo, maior margem de ren- to das pressões por resultados é ain-
e mais de 11 mil funcionários, inves- tabilidade e liquidez para as cartei- da maior, torna-se fundamental a
tiu em uma solução em 2005 – em ras. “Nesse contexto, as ferramen- atenção aos processos de crédito e
EXVFD GH PDLRU ¾H[LELOLGDGH ° SDUD tas de BI atuam desde a preparação cobrança, analisando maus paga-
oferecer aos gestores um ambiente e segmentação das listas até o mo- dores, tempo de atraso de faturas,
mais amigável e atraente visualmen- nitoramento da performance das previsão de receitas, etc. Empresas
te para análise de dados e informa- carteiras, auxiliando, com infor- que geram conhecimento pela aná-
ções, e também garantir maior mações estatísticas e preditivas, a lise de indicadores detalhados de
controle e gerenciamento dos dados e otimizar os esforços de abordagem, negócio terão vantagem competi-
LQIRUPDo}HVJHUHQFLDLV2VGHVD½RVj ofertas de acordo e recuperação de tiva em relação às outras”, avalia
frente, de acordo com Cláudio Cotini, créditos. Assim, tornam-se impor- Flavio de Andrade Bolieiro, vice-
gerente de TI da fornecedora de ali- tantes aliadas tanto para os donos presidente para América Latina da
mentos, são o gerenciamento do das carteiras quanto para os pres- 0LFURVWUDWHJ\
grande volume de dados gerados dia- tadores de serviços de cobrança”,  $ 6\VWHP 0DUNHWLQJ TXH VH-
riamente que alimentam o BI, o pro- explica Anna, da Plusoft. Barbosa, gundo Rocha, vem atuando cada
cessamento de análises com tempo da Benner, complementa. “Os re- vez mais em gestão terceirizada de
de resposta satisfatório e o atendi- cursos analíticos de uma ferramen- recuperação de crédito, trabalha
mento de cerca de 300 usuários de BI. ta de BI colaboram e facilitam, por com tratamento de dados, enrique-
“Melhorias são feitas constantemen- exemplo, a identificação de inadim- cimento para localização de clien-
te e pela própria equipe de TI da plentes, traçando seu perfil e os ris- tes perdidos, telecobrança e tam-
Aurora, que tem toda autonomia para cos de determinados grupos, possi- bém com impressão, manuseio e
promover alterações e aperfeiçoa- bilitando a definição de estratégias postagem. “É fundamental uma
mentos nas análises, reports e dash- de negócio para cada caso.” ferramenta on-line que permita ao
boards. Além disso, são frequentes as Segundo Fernandez, da Infobuild, cliente enxergar sua base de dados
atualizações das ferramentas da DSS uma das vantagens do BI no seg- única e verificar todo esse proces-
Benner”, explica Cotini. mento é possibilitar a geração de so em evolução. Por meio dos rela-
Para obter informações mais cla- informações e conhecimento, oti- tórios gerados é possível traçar me-
ras, organizadas e agilizar tomadas mizando a gestão da cobrança tas, produzir informações geren-
de decisões, a agência de marketing em conjunto com os clientes (por ciais precisas e em tempo real.”
de relacionamento Sun/MRM tam-
bém investiu na ferramenta de BI,

www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 49


tendência BI
MDPEHPGH½QLGRV³H[SOLFD5HLQDOGR
+RQRUDWR GLUHWRU GD 'D\WRQD
([SUHVV $ 3HWUR½VD HVSHFLDOL]DGD
na produção e comercialização de tu-
bos e conexões, também aderiu ao
produto da Starsoft. Com apenas
nove meses de utilização, a empresa
já sente melhorias principalmente
QDV iUHDV ½QDQFHLUD GH FXVWRV LQ-
dustrial e comercial. “Optamos por
implementar o BI, por recomenda-
ção da própria Starsoft, para termos
uma melhor visão dos números”,
D½UPD)UDL]HU-DEEDUGLUHWRUDGPL-
QLVWUDWLYRGD3HWUR½VD
$RSomRSHOD$½DWRROVHVSHFLDOL]DGD Reinaldo Honorato
Viviane Sbrana
na fabricação de ferramentas, foi deci- da Daytona Express
da Sun/MRM
siva para uma melhor avaliação dos As melhorias são
Optamos pela System
8±…a¼Œtœ±¼a±‰´V pontos fortes e dos que necessitam de estudadas de acordo
com as necessidades do
em uma mesma empresa, uma ação corretiva. Segundo mercado e as solicitações
todos os serviços que
precisamos Wellington Mansur Pontes, diretor da dos executivos de venda

Brasil Service Telecom, a empresa está


preparando, em conjunto com a equipe GHFRQWUDWRVSURMHWRVIRLDPDLVEHQH½-
mente o setor comercial, apresenta a da fornecedora de BI, planilhas que pos- ciada. Para Pontes, isso se deve ao fato
vantagem de se trabalhar com várias sam dar maior suporte a setores como do gestor poder acompanhar o anda-
informações disponíveis ao mesmo ½QDQFHLURHFRQWiELODOpPGHXQL½FDU mento do projeto de forma rápida e
tempo, fazendo com que o planeja- o conhecimento e as visões das diferen- simples, trabalhando sempre com in-
mento e as decisões da empresa se- tes áreas da empresa. A área de gestão formações atualizadas. “Por meio do

RADIOGRAFIA
O que as soluções fazem e o que devem agregar
FATURAMENTO SOLUÇÃO FUNCIONALIDADES DA USUÁRIOS DO BI PRINCIPAIS NOVIDADES
ANUAL DE BI SOLUÇÃO SEGMENTOS PARA 2009

R$ 4 milhões Sadig Painéis, Criação e utilização de Cia Energética do Comércio/distribui- Acesso à ferramenta
Sadig Aná- dashborads personaliza- Maranhão (Cemar), ção, indústria em dispositivos mó-
Sadig

lises, Sadig dos, geração de relatórios, Oi, Mangels, Hospital veis


Performance, integrações com ferramen- Samaritano, Dismar/
Sadig ETL ¼8´+ mnOa Dudony

Não
O…œ¼ Criação de análises e ϐŒÏmnŒ¼ÊV-Œ‰aX Saúde, agroindús- Nova versão da fer-
divulgou relatórios ad-hoc, geração Nordeste Paulista, tria, varejo, servi- ramenta no formato
Solver

automática de relatórios Fesp ços, distribuição, Saas (Software as a


completos de gestão, nŒ8ŒOa± Service)
8Œ9†´aXa±8Œ…ŒtXa
indicadores

R$ 18 milhões Business Geração de relatórios, (a¼±n´8VÏn8¼†´V Construção civil, Nova interface para
Starsoft

Intelligence t±9nO´Vœ8Œb´ŒXO8- Daytona Express, móveis, decoração oferecer melhor usabi-


Starsoft dores e planilhas Brasil Service lidade aos usuários do
Telecom Applications ERP

R$ 10 milhões BI no modelo Relatórios de qualidade Cred-System, Institu- Financeiro, agên- Customização dos
Marketing

Saas (Software da base, resultados de to Ecofuturo, Editora cias, indústria, relatórios, desenvolvi-
System

as a Service) operações de contact 3, Sun/MRM varejo, montadoras mento de ambientes


center, informações tran- restritos e seguros,
sacionais sobre clientes entre outras

R$ 844,854 Microsiga, RM, Extração e visualização Tgestiona, Unimed Todos os segmen- Extração mais simpli-
milhões Datasul, Logix das informações; planos de Sul Capixaba, Fuchs tos, com aumento nO8X8aœ±b~œ±t±8-
Totvs

(mundial) ações; acompanhamento Gewürze do Brasil, na demanda pelas mada dos indicadores
de metas e objetivos; inte- Support Produtos médias empresas do ERP, e a conver-
gração ao ERP Nutricionais gência das soluções

Não divulgou Advizor (data Armazenamento de Atento, Grupo Renac, Farmacêutico, +‰œ†nO8QEXÁ´
Systems

visualization) dados, ETL, reporting e Chiesi Farmacêutica, serviços por parte do usuário
WG

e Kxen (data cubos Olap Foseco, Boehringer nŒ8†


mining)

Fonte: dados fornecidos pelas empresas

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www.clientesa.com.br maio 2009 cliente sa 51
tendência BI
business intelligence Starsoft, empre- MXUtGLFD FRPR DV PDLV EHQH½FLDGDV provedores de soluções de BI pode-
sários e gestores têm total controle dos pela solução, por possuírem a maior riam investir mais em parcerias com
seus negócios e podem assim tomar de- quantidade de indicadores de produ- universidades e centros de treina-
cisões mais rápidas e seguras. Todos os ção. “Ao consolidar as informações mento para formar capital humano
processos operacionais e gerenciais tor- relevantes dessas áreas, garantimos capacitado a operar esse tipo de solu-
nam-se dinâmicos, com custos aos seus respectivos gerentes a possi- ção”, indica Rossi, da ASM.
reduzidos e obtém resultados poten- bilidade de acompanhar os trabalhos O processo educativo vale também
cializados”, conclui Nilton Augusto, di- realizados por seus colaboradores e, SDUDRVSUR½VVLRQDLVGDVHPSUHVDVTXH
retor de marketing e canais de aliança com isso, alterar as estratégias ao querem prover serviços na área de BI.
da Starsoft. longo do mês, buscando maior efeti- Nesse caso, cabe aos provedores auxiliar
Já o Grupo Renac, empresa recupe- vidade em suas áreas.” no desenvolvimento desses recursos, os
UDGRUDGHFUpGLWRYLXQD:*6\VWHPV Um fator crítico na adoção de solu- quais atuam em empresas que, em últi-
não só uma empresa fornecedora de ções de BI é a disponibilidade de re- ma instância, se tornam canais de im-
tecnologia, mas um parceiro que, se- cursos humanos capacitados para plantação de suas soluções e de
gundo Alexandre Zanussi Hernandes, explorá-las. Quando não há essa dis- transferência de conhecimento para o
supervisor de MIS, foi fundamental ponibilidade, a empresa compradora público comprador. A resistência de al-
na implementação de uma solução da solução corre o risco de sentir que guns colaboradores em relação à neces-
adequada às suas necessidades. O não está extraindo o máximo valor sidade e, até mesmo, a veracidade das
executivo cita as áreas de cobrança e do investimento. “Nesse aspecto, os LQIRUPDo}HV FRQWLGDV QRV JUi½FRV H

RADIOGRAFIA
O que os clientes buscam e encontram nas soluções de BI
PORTE FORNECEDOR FATORES DE ESCOLHA EVOLUÇÕES PÓS-IMPLEMENTAÇÃO

Ïn8¼†´ Média Starsoft Linguagem fácil e gerenciamento de rela- Facilidade e agilidade na busca de informações para toma-
(desde tórios da de decisão
2006)

Aon Grande Solver Conectividade a outros sistemas, facilidade Obtenção das principais informações da empresa em um
ÏmnŒ¼Ê (desde de implementação e instalação, custo, ma- único lugar, permitindo que sejam compartilhadas entre
2006) nutenção, segurança, suporte e facilidade todas as áreas
de navegação

Aurora Grande Benner Siste- Ser uma fornecedora local e apresentar uma Redução de tempo com a preparação e entrega de informa-
Alimentos mas (desde boa relação custo-benefício Q›a´¶‰8±œ±aO´EaOŒn8F†X8XaŒ´X8X´aŒm±‰8-
2005) ções gerenciais; maior rapidez na tomada de decisão

Brasil Pequena Starsoft A ferramenta de BI faz parte do pacote do Maior facilidade na extração de dados gerenciais em tem-
Service (desde software de gestão da Starsoft po real
Telecom 2008)

Daytona Pequena Starsoft Proposta acessível, que dispõe de ferra- Métodos de controle de produtividade comercial e operacional,
Express (desde mentas que atendem às necessidades da dando suporte para informações mais precisas e para a elabo-
2008) empresa ração de planos estratégicos

Federação Média Solver Atende a todas as expectativas e necessi- Mudança da cultura no modelo de gestão e no monitoramento
das Unime- (desde dades efetivo dos resultados estratégicos
ds de São 2007)
Paulo

Generali Grande SAP Baseou-se na metodologia adotada pela em- Maior transparência na consulta de informações geren-
do Brasil (desde presa especializada Ventana Research, que ciais e possibilidade de desenvolver novas soluções
2004) auxilia na implantação estratégica do BI

Grupo Média WG Systems Possibilidade de automatizar análises já realiza- Œ¼at±8QEa‰a†|±Ç´Á8†Í8QEX´ŒXO8X±a´X8´n†8´V


Renac (desde das anteriormente sobre indicadores de resulta- garantindo regularidade na análise e aplicação no cotidiano
2008) X´nŒ8ŒOa±´aœa±8OŒ8´

(a¼±n´8 Média Starsoft Já utilizava o sistema integrado da empresa Melhor gerenciamento dos números
(desde 2008)

Sun/MRM Grande System Simplicidade e suporte da ferramenta


Œn8ŒQ8Œ´X8X´a8t†X8Xaœ8±8¼‰8X8XaXaO´E
8±…a¼Œt
(desde 2006)

Tgestiona Média IBM Atende aos requisitos técnicos e oferece Elaboração de previsões e cenários, e mudança de um
Cognos um menor preço entres as fornecedoras processo departamental para um processo colaborativo
(desde 2008) selecionadas

Unimed Grande Solver Indicação da Federação das Unimeds do Esta- Agilidade no acesso às informações, facilitando diretrizes
Nordeste (desde 2008) do de São Paulo, que também utiliza a solução
Paulista
Fonte: dados fornecidos pelas empresas

52 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


entre as áreas, motivando e envolven-
GR RV S  UR½VVLRQDLV³ FRPSOHPHQWD
Lavecchia.
Pela complexidade do ambiente da
Aurora, segundo Cotini, existe um pro-
½VVLRQDO GHGLFDGR DR JHUHQFLDPHQWR
da aplicação que faz atualizações, gera-
omR GH GDGRV H LQIRUPDo}HV GHOLYHU\
administração de usuários e recursos,
o que reduz custos com a manutenção
e facilita o gerenciamento do ambiente
corporativo. “A tecnologia de BI pro-
posta permite total aderência às neces-
sidades do negócio do cliente sem
customização. Nossos clientes conse-
guem reduzir custos, aumentar a
Wellington Mansur Pontes
H½FLrQFLD QD WRPDGD GH GHFLV}HV
da Brasil Service Telecom
democratizar o uso e controlar o acesso
Implementamos o BI por se
tratar de uma ferramenta aos dados e informações dos negócios,
dinâmica, que pode eliminando retrabalhos, ilhas e incon-
mostrar, em apenas uma
consulta, visões diferentes VLVWrQFLD QDV LQIRUPDo}HV³ MXVWL½FD
Anderson Luís Barbosa, gestor da uni-
dade de BI da Benner Sistemas.
$$RQ$ĊQLW\FRQWDFRPXPWLPH
cubos Olap fez com que o Grupo Renac de especialistas dedicado à manuten-
envolvesse, em todo o processo de im- ção e execução de novos desenvolvi-
plementação, os gerentes de todas as mentos na ferramenta, bem como à
áreas, desde as entrevistas realizadas elaboração de um calendário com toda
SHOD:*6\VWHPVDWpDFRQFOXVmR½QDO a programação de treinamentos para
do projeto. “Passadas as reuniões ini- os usuários que necessitam ter acesso
ciais do projeto, em que buscamos ali- à solução. “Além disso, no que se refe-
nhar com cada gerente, supervisor e re ao programa de gestão da perfor-
diretor, quais eram os objetivos de ne- mance que implantamos na nossa
gócio que queríamos visualizar no BI, empresa, temos uma campanha de
SDUWLOKDPRV FRP QRVVRV SUR½VVLRQDLV incentivo, cujos critérios de premia-
cada etapa concluída do projeto, trazen- ção encontram-se diretamente liga-
do o compromisso de todos e a vontade dos ao uso de alguns dos principais
de utilizar a ferramenta o mais breve- recursos da ferramenta”, complemen-
mente possível”, conclui Hernandes. ta Fernandes. Na Brasil Service
Na Fesp, o envolvimento dos Telecom, os funcionários estão envol-
funcionários na estratégia do BI é man- YLGRV HP WRGR R SURFHVVR GH½QLomR
tido por meio de reuniões, do sistema GHVHQYROYLPHQWR YDOLGDomR H UH½QR
de avaliação de desempenho das áreas, das informações. “Dessa maneira, os
do acompanhamento da área estraté- usuários se tornam participantes ati-
gica e do incentivo das campanhas de vos na geração e utilização das infor-
premiação. Além do treinamento mações”, explica Pontes.
periódico, a Sun/MRM disponibiliza Andrade, da Tgestiona, também
visões analíticas pertinentes para cada acredita que o processo de amadureci-
área de negócio. Já a diretoria da mento de uma implementação depen-
Unimed Nordeste Paulista acompa- de da iniciativa dos usuários em
nha sistematicamente as informações LGHQWL½FDUQRYDVGHPDQGDV²3DUDGHV-
contidas no BI e, juntamente com o co- pertar o interesse em melhorias, pro-
ordenador de cada área, avalia os pon- movemos fóruns de tecnologia,
tos a serem melhorados. “A empresa WUHLQDPHQWRV HVSHFt½FRV SDUD FDGD
GH½QLXXPUHVSRQViYHOSDUDDFRPSD- fase dos projetos implementados, além
nhar a alimentação dos dados,fazendo, da divulgação na intranet sobre os con-
com isso, um trabalho de articulação ceitos e benefícios alcançados.”

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estratégia inovação

O motor
do sucesso
Conceitos e teorias sobre inovação, a
Evento reuniu especialistas internacionais para discutir
principal arma contra a crise conceitos e teorias de inovação no mundo corporativo

U
ltrapassar as barreiras dos hoven University of Technology (Ho- os projetos, como costuma aconte-
riscos, colocando em prática landa). Partindo do conceito de cer. “Se você está parado, o cliente
ideias que muitas vezes não inovação aberta, ele comenta que as não está. As expectativas estão sem-
saem do papel. Este espírito de inova- próprias empresas concorrentes po- pre crescendo”, alerta, ao apresentar
ção se perpetua entre as empresas que dem se tornar fonte de inspiração, conceitos de inovação no Innovation
trilham caminhos para fora da crise. desde que o conhecimento sobre elas Conference 2009, realizado pela
“Apesar de não existir uma fórmula seja absorvido e usado como base para Altran, consultoria em tecnologia e
para a inovação, uma ideia inovadora a criação de projetos. “A inovação é inovação.
é facilmente reconhecida pelo impac- um dos fatores que impulsionam a
BERÇO DA INOVAÇÃO
O ambiente interno das empresas
também pode ser propício para gran-
des ideias. De acordo com Vanhaver-
beke, muitas mudanças são geradas
nessa esfera, apesar de poucas chega-
rem ao mercado, por falta de credi-
bilidade. “As empresas não estão
fazendo pesquisas internas, elas pre-
cisam apostar mais e lembrar que a
criatividade individual do funcioná-
rio determina o sucesso de toda a com-
panhia. É preciso mudar os conceitos
de valoração dos projetos”, pondera.
Wim Vanhaverbeke, professor da Hasselt Darrell Mann, diretor da IFR Software
University e Eindhoven University of Technology Systems SDN BHD
E para quem pensa que o dinheiro é
motor da inovação, se engana. Se-
to positivo que gera nas pessoas. É competitividade”, ressalta. gundo Mann, às vezes, ter dinheiro
uma mescla de susto e entusiasmo”, Além do conceito de inovação aber- atrapalha. “No Reino Unido, as pes-
explica Darrell Mann, diretor da IFR ta, as empresas também podem quisas acadêmicas geralmente têm
Software Systems SDN BHD, ao contar com a teoria de inovação sis- XP PRQWDQWH UHVWULWR GH ½QDQFLD-
lembrar o burburinho causado pelo têmica, que consiste na criação de mento, exatamente para forçar a cria-
Iphone, considerado por ele sinônimo soluções para controlar os riscos das tividade nas pessoas. Na verdade, a
de inovação. Embora, normalmente decisões tomadas. De acordo com inovação precisa mais de criatividade
apareça relacionada aos feitos tecno- Mann, na maioria dos casos, o do que capital, embora seja preciso
lógicos, a inovação vai muito além, problema não está nos produtos ou ter dinheiro para transformar a cria-
ressalta Wim Vanhaverbeke, profes- serviços, mas em encontrar as ção em produto”, completa.
sor de organização e estratégia na contradições nas ações e resolvê-las, Assim como o capital não é fator
Hasselt University (Bélgica) e na Eind- ao invés de simplesmente abandonar determinante, também não existe
XPVHWRUEHQH½FLDGRRXSUHMXGLFDGR
com a criação de projetos inovado-
CAMINHOS – A TRILHA DA INOVAÇÃO UHVQHPXPHVSHFt½FRSDUDDDSOLFD-
ção das teorias e conceitos inovativos.
9 Assuma os riscos proporcionais às ações em questão “Já me vi palestrando para setores de
9 Use as informações das empresas concorrentes como fonte de inspiração energia nuclear e, no dia seguinte,
9 Realize pesquisas internas para otimizar os projetos para uma empresa de carros. Às ve-
9 Reveja a distribuição de tecnologias zes, somos forçados a mudar, a
9 Lembre-se que a inovação se esconde no risco. Encontre as contradições nos inovar, justamente para vencer”, co-
seus projetos e tente resolvê-las
menta Mann.

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back office

Sterling Commerce integra par de reuniões semanais sobre estra-


tégias de negócios e metas de vendas.
Essas ações proporcionam o contato

marketing e vendas com cliente e prospects, interligando


a relação com vendas, que poderá ofe-
tes o mais rápido possível), redução de recer um negócio mais direcionado e
Estratégia objetiva atender às custos (com assertividade na alocação HVSHFt½FR
necessidades dos clientes dos orçamentos e investi-
mentos em marketing ali-

A
Sterling Commerce, empresa nhados às ações comerciais e
de soluções de serviços para de negócios) e a colaboração
integração de processos, refor- interna. Os departamentos
mulou a estratégia de relacionamento pensarão juntos em como
junto aos clientes. Entendendo que as oferecer as soluções e os ser-
ações de marketing e vendas precisam viços da empresa de maneira
estar cada vez mais alinhadas, a empre- customizada para cada clien-
sa decidiu integrar as demandas destes te. A Sterling Commerce, por
departamentos. A partir de uma mu- exemplo, realiza eventos
dança no organograma, o departamen- pontuais com cada grupo de Marcelo
to de marketing agora se reportará clientes nas regiões em que Ramos,
presidente
diretamente ao time de vendas. O obje- DWXD D ½P GH DSUR[LPiORV da Sterling
tivo é tornar o relacionamento com os do portfólio de soluções per- Commerce

FOLHQWHVPDLVH½FLHQWHQRPRPHQWRGD sonalizadas oferecidas, con-


negociação, ou seja, as ações de marke- forme o cenário e as necessidades dos INTEGRAÇÃO REFORÇADA
ting estarão relacionadas às estratégias clientes e da região. A empresa acredi- O projeto piloto, que integrou o
que a empresa adotará para negociar ta que esses eventos concretizam re- marketing a vendas, resultou
com os clientes. “Sentimos que o mar- VXOWDGRV H½FD]HV SRLV DSUR[LPDP R também na participação da área de
keting deveria participar do planeja- cliente, de forma efetiva, do que a em- engenharia da companhia. Segundo
mento estratégico comercial de maneira presa pode oferecer. Ramos, a experiência com o marke-
mais íntima, vivenciando realmente o “Com relação aos resultados, o mar- ting foi tão bem-sucedida que este
que é a área de negócio, sentindo as ne- keting conhece toda a cobertura da ano a Sterling Commerce irá traba-
FHVVLGDGHVGRVQRVVRVFOLHQWHV³D½UPD empresa, sabe quais os mercados que lhar com uma interação muito forte
Marcelo Ramos, presidente da Sterling deve manter e iniciar. Além disso, do triângulo formado pela engenha-
Commerce para América do Sul. por meio das informações de inteli- ria, vendas e marketing. “Com a in-
Para estreitar ainda mais o relacio- gência de mercado, cria iniciativas tegração, a parte comercial vai
namento, Ramos aponta três itens es- para novos mercados e demandas, in- LGHQWL½FDU RSRUWXQLGDGHV GH QHJy-
senciais resultantes da união que crementando as oportunidades para cios, que, de certa forma, já foram
EHQH½FLDUmR WDQWR RV FOLHQWHV TXDQWR DFRPSDQKLD³D½UPD5DPRV'HVVD promovidas pela área de marketing e
as empresas. Agilidade no negócio (vi- forma, explica-se a importância do as soluções serão desenhadas pela
sando resolver os problemas dos clien- departamento de marketing partici- engenharia”, explicou Ramos.

Microcity cria fidelização maior produtividade e resultados


SDUDRQHJyFLR½QDOGRFOLHQWH
Empresa quer melhorar o relacionamento com clientes “Costumamos dizer que não somos
uma empresa de TI, mas, sim, de ne-

E
ncantar o cliente. Baseada nessa ideia, a Microcity, empresa de outsour- gócios baseados em relacionamento”,
cing de infraestrutura em TI, tem criado uma série de metodologias para comenta Felipe Nacif, diretor da área
melhorar seu relacionamento com de gestão de clientes. Para este ano,
clientes. Entre as ações, está a criação da área uma das principais metas da empresa
chamada gestão de clientes, que funcionará é reforçar uma cultura totalmente
como uma ouvidoria pró-ativa, sob a respon- orientada aos clientes, tendo como ob-
sabilidade do setor administrativo. A nova MHWLYR SULQFLSDO FRQTXLVWDU D ½GHOLGD-
iUHD ½FDUi UHVSRQViYHO SRU PRQLWRUDU FRQV- de deles, explica. Nos próximos meses,
tantemente a satisfação dos clientes e oferecer segundo Nacif, a Microcity pretende
novas soluções que possam contribuir para aumentar o volume de negócios.
Felipe Nacif, da Microcity

56 cliente sa maio 2009 www.clientesa.com.br


ABT
Confira no site da ABT todo o conteúdo da revista eletrônica Chamada Geral: www.revistachamadageral.com.br

em revista
"TTPDJBÎÍP#SBTJMFJSBEF5FMFTTFSWJÎPT
"W#SJH'BSJB-JNB tBOEBStDPOKJ
DFQt4ÍP1BVMPt41
5FMt'BY
www.abt.org.br

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Rio cria atrativos para o setor P RÊMIO N ACIONAL DE


T ELESSERVIÇOS –

A
prefeitura do Rio EDIÇÃO 2009
de Janeiro criou
um programa de Está quase tudo pronto
incentivos fiscais para para a festa de lançamen-
atrair empresas do setor to do Prêmio Nacional de
de telesserviços para a ci- Telesserviços – edição
dade. Redução de ISS 2009. A comissão organi-
(Imposto sobre Serviços), zadora ainda guarda se-
facilidades de transporte, gredo sobre as novidades
segurança na região e dis- para a premiação deste
ponibilidade de áreas/ ano. Por enquanto, só
imóveis para a instalação das cen-
dades do País, principalmente às adianta que haverá novos
trais de atendimento são alguns
grandes capitais. Essa é uma medi- setores na disputa. Mas,
dos benefícios oferecidos. “O Rio
da importante para o Brasil numa quem quiser ficar por den-
deve servir de exemplo a outras ci-
época de poucas oportunidades de tro do que vem por aí, no
empregos como a que estamos atra- site do Prêmio (www.pre-
MARCAS & MERCADO vessando”, diz Jarbas Nogueira, mionacional.com.br) po-
presidente da Associação Brasileira derá conferir, a partir do
Topázio Silveira Neto, vice-presiden-
de Telesserviços, a ABT. A expec- mês de junho, muitas in-
te da ABT, é o diretor-geral da unida-
tativa do governo é que milhares formações deste grande
de brasileira da Sykes Enterprises,
de novas vagas surjam nos próxi- evento do setor.
instalada em Curitiba. A multinacio-
nal, que acaba de chegar ao País, é es- mos quatro anos, com a chegada
pecializada na área de atendimento ao de mais empresas na cidade.
cliente nos segmentos de tecnologia,
financeiro, telecom, varejo e indús-
tria. A empresa vai iniciar suas opera- ABT NA MÍDIA
ções com 250 PAs. ‡ Mesmo sob os efeitos da crise econômica mundial e das novas Leis para a
atividade do telesserviço (as regras do SAC para todo o Brasil e a Lei do
CURSOS 2009 Não Perturbe em São Paulo), o setor ainda tem conseguido se destacar
como um dos maiores geradores de empregos do País. Isso tem despertado a
Para o mês de junho, a ABT progra- atenção da imprensa, tanto em reportagens como também em artigos. Jornal
mou três novos cursos destinados aos da Tarde, Jornal dos Concursos e Empregos, O Globo, Folha Dirigida e
profissionais do setor: Segredos e Folha de S.Paulo são alguns exemplos de veículos em que foram publicadas
reportagens sobre o assunto.
Armadilhas do E-Mail Marketing;
Atendimento por Chat: entre nessa
onda; e Mídia Training para 1SFTJEFOUFEP$POTFMIP%FMJCFSBUJWP 4VQFSJOUFOEFOUF $POTFMIP'JTDBM5JUVMBSFT
Profissionais de Telesserviços. Os cur- 1BVMP/FUP-FJUF "OOB.BSJB1SBEP 'ÈCJP$BSMPT1FSFJSB
sos acontecem no auditório da sede da 1SFTJEFOUF&YFDVUJWP 7JDFQSFTJEFOUFT -VDBT.BODJOJ
"HOBMEP$BMCVDDJ 1BVMP$ÏTBS4BMMFT7BTRVFT
ABT, em São Paulo, e serão ministra- +BSCBT/PHVFJSB
"MFYBOESB1FSJTDJOPUP
dos, respectivamente, por especialis- 7JDFQSFTJEFOUF BENJOJTUSBUJWPöOBODFJSP Francis James Meaney $POTFMIP'JTDBM4VQMFOUFT
tas da AML, Starcoach e Univoz. Os Marcelo Rissato Hamilton Alves Reis -VJT$ÏTBS$-BTNBS
+PSHF%JFHVF[5FOB 0OF[.BSJPEB4JMWB
interessados em participar podem ob- %JSFUPS
-VJ[.BUUBS 1BVMP'FSOBOEP(EF.PVSB
Carlos Umberto Allegretti
ter mais informações sobre datas, ho- 5PQÈ[JP4JMWFJSB/FUo
rários e inscrições pelo telefone (11)
3813-0068 ou pelo e-mail abt@abt.
org.br.
clube do livro Marco Barcellos

Prepare-se para a economia


do conhecimento
O indivíduo, mais do que nunca, será o principal motor da mudança,
prevê o escritor Ricardo Neves

A
o encarar uma situação adversa, há os que que, de fato, mudarão as regras do jogo. É claro
sofrem com a crise e os que enxergam as que existe um percentual pequeno destes pionei-
grandes oportunidades. Sempre que a hu- ros do tempo. A minoria animada que faz a maio-
manidade passa por uma fase turbulenta, como a ria dançar. Mas nem só de inovadores sobrevive
atual, a sociedade busca formas de responder às uma organização. Para variar, o segredo está no
novas demandas para encontrar um ponto de equi- equilíbrio e Neves aponta as três principais cate-
líbrio. Essa é a proposta central de “Tempo de pen- gorias diferenciadas de colaboradores de qualquer
sar fora da caixa”, o terceiro livro do escritor, organização: os game-players (que simplesmente
pesquisador e consultor Ricardo Neves. Conteúdo e jogam o jogo), os game-changers (fazedores de
timing perfeitos para esse momento de ruptura mudança, os inovadores) e os perigosos game-blo-
que balançou os alicerces do capitalismo e sacudiu ckers (aqueles que não querem mais jogar, são cé-
a economia globalizada do século XXI. ticos e até sabotadores). O segredo é achar o
Os acontecimentos recentes aceleram o principal ve- equilíbrio ideal para a empresa, combinando os
tor no desenvolvimento da humanidade: a inovação. A dois primeiros grupos e livrando-se rapidamente
velocidade das ondas de inovações tecnológicas vem dos zumbis da organização.
FUHVFHQGRVXEVWDQFLDOPHQWHGHVGHDSULPHLUDQR½- Os fazedores de mudança representam a verda-
nal do século XVIII, com o ferro e a energia hidráulica. deira classe criativa propulsora da economia do co-
Passando pela segunda, com as caldeiras e estradas de nhecimento. E as empresas estarão cada vez mais
ferro. Depois vieram a eletricidade e o motor à combus- em busca dos alternativos criadores. Viveremos
tão, seguidos dos avanços na petroquímica e a conquis- uma guerra intensa e silenciosa pelos talentos ino-
ta do espaço, até chegar à quinta onda, com o YDGRUHV$DWUDomRHUHWHQomRGHVWHVSUR½VVLRQDLVMi
desenvolvimento da tecnologia da informação e da bio- pXPJUDQGHGHVD½R(RSULQFLSDOGHOHVpFULDUXP
tecnologia. As mudanças recentes na história da hu- sistema de gestão que valorize o talento criativo e
manidade nos empurraram para a Era da Economia do incentive uma atitude contínua de inovação. Os
Conhecimento. A Sociedade Digital Global já é uma re- modelos mais modernos de gestão estão migrando
alidade, mas não dá para garantir qual será a sexta de um sistema de comando e controle para a criação
onda na transição da era pós-industrial. de conselhos e comitês pautados pela força da cola-
Neves faz algumas apostas: um mundo cada vez mais boração, como funções matriciais intensas e res-
complexo e interdependente, a incerteza sobre o futuro ponsabilidades cada vez mais horizontais e globais.
e alta volatilidade, novas formas de produção e consu- O livro apresenta ferramentas para escaparmos
mo ligadas ao conhecimento, e a decadência de produ- da prisão cognitiva em que nos metemos. Neves
tos de baixo valor agregado. Neves mantém o seu estilo conta histórias ilustrativas de recusa à mudança e
provocador, em um cuidadoso trabalho de pesquisa que exemplos de como começar, de forma prática, a
XQHRVHXSDSHOGHH[SORUDGRUDXPWRTXHUH½QDGR HQFDUDURGHVD½RGHLQRYDU3RU½PHOHWUD]XPD
sempre embasado em referências de primeira linha boa-nova: o mundo está de cabeça para baixo.
como William Bernstein e Guerreiro Ramos. Para pessoas que, como eu, trabalham em organi-
2DXWRULGHQWL½FDGHIRUPDFODUDRSULQFLSDO zações game-changers, é uma dádiva conviver
agente da mudança iminente: o indivíduo. neste ambiente futurista. Particularmente, eu
Cada vez mais preparadas, informadas, ocupa- adoro fazer parte dessa minoria animada. E você,
das, exigentes e colaborativas, serão as pessoas está preparado para dançar?

Título: Tempo de pensar fora da caixa - A grande transformação das Marco Barcellos é diretor de marketing da Cisco e
organizações rumo à economia do conhecimento mestrando da FGV-SP
Autor: Ricardo Neves
E-mail: marcobar@cisco.com
Editora: Campus - Elsevier (2009)
Páginas: 236 Para críticas e sugestões, visite o blog
http://blogclientesa.clientesa.com.br/clubedolivro

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