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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


FORO REGIONAL III - JABAQUARA
1ª VARA CÍVEL
Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355,
São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br

TERMO DE AUDIÊNCIA

Processo: 003.08.107677-2 - Execução de Título Extrajudicial


Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo - Bancoop, CNPJ
013959620001-50
Requerido: Reiko Funabe Higuti, CPF 036235168-64
Data da audiência: 09/06/2009 às 15:30h
Juiz de Direito: Marco Aurélio Pelegrini de Oliveira

Aos 9 de junho de 2009, às 15:30


horas, nesta cidade e Comarca de São Paulo, na
sala de audiências do Juízo da Primeira Vara
Cível do Foro Regional III - Jabaquara, sob a
presidência do Meritíssimo Juiz de Direito, Dr.
MARCO AURÉLIO PELEGRINI DE OLIVEIRA, comigo
Escrevente abaixo assinada, foi aberta a
audiência de tentativa de conciliação, nos autos
da ação e entre as partes supra-referidas.
Apregoadas as partes, compareceram: a preposta
da cooperativa, Sra. Cleusa Santos Paes,
acompanhada de advogada, Dra. Camila Saraiva
Reis- OAB 250652, e o embargante executado,
acompanhado de advogado, Dr. Valter Picasio
Júnior- OAB 219752. Foi deferida, pelo MM Juiz,
a juntada de carta de preposição e
substabelecimento, que seguem nos autos.
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Iniciados os trabalhos e proposta a conciliação,


a mesma restou inviável. Reiko Funabe Higuti
promove embargos à execução movida por
Cooperativa Habitacional dos Bancários de São
Paulo (Bancoop), visando em preliminar a noção
admissibilidade da execução, uma vez que a
admissibilidade do débito perseguido está sub-
judice, constituindo objeto de uma demanda
coletiva já sentenciada pelo juízo da 6 ª vara
cível do foro central da capital, atualmente em
fase de recurso. A embargante deseja que seja
reconhecida a relação de consumo existente entre
a cooperativa e seus cooperados, a revisão
contratual e a declaração de nulidade da
cláusula contratual que prevê apuração final,
além da regularização da situação do
empreendimento imobiliário, fazendo-se cumprir
as exigências da lei 4591/64, além da condenação
à multa prevista no parágrafo 5° do artigo 35 da
lei 4591/64, seguida da outorga dos termos da
quitação das escrituras aos adquirentes. A
petição de embargos (folhas 2/28) veio
acompanhada de documentos (folhas 29/61).
Recebidos os embargos, a cooperativa apresentou
impugnação, suscitando impossibilidade jurídica
do pedido, carência de ação e no mérito
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reclamando o cumprimento da obrigação, além de


expedição de ofício ao SERASA, que representa o
exercício regular de um direito. É o relatório.
DECIDO. O pedido formulado nos embargos é
perfeitamente possível e esta fundada em uma
premissa muito clara: a de que o título ou o
documento que instrui a inicial do processo de
execução não se reveste daqueles requisitos
exigidos por lei, tais como a certeza, a
liquidez e a exigibilidade. Por conta disso
defende que a execução deve ser extinta, já que
o contrato, como está sendo discutido, não
permite que se conclua que ele se revista dessas
qualidades legais. Na verdade a tese dos
embargos merece acolhimento, pois o contrato em
que se constitui o impropriamente denominado
título executivo extrajudicial, não merece essa
qualificação jurídica. Na ação coletiva já se
decidiu que muitas cláusulas são nulas e que
inúmeros cooperados foram vítimas do crime de
estelionato, sendo certo que existe inclusive um
inquérito que advoga a tese de que a referida
cooperativa se transformou em um verdadeiro
balcão de negócios escusos e criminosos. Diante
dessa insegurança jurídica não há meios de se
prosseguir com a execução. Se algum dia a
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sentença da 6ªa vara cível central for


completamente reformada, o que sinceramente se
duvida, e os contratos, todos eles, reconhecidos
como bons, hígidos e perfeitos juridicamente,
outra execução poderá ser ajuizada. O pedido de
condenação dos advogados da cooperativa
solidariamente às verbas de sucumbência não
encontra respaldo na legislação que cuida do
exercício da advocacia, razão pela qual é um
pedido que não pode ser acolhido. Se houve a
prática de atos que feriram a ética
profissional, o conhecimento deles deve ser
levado ao órgão de classe dos profissionais
envolvidos e não diretamente ao poder
judiciário. Face ao exposto julgo procedentes os
embargos, fazendo-o para declarar extinto o
processo de execução, em virtude da ausência dos
requisitos necessários e intrínsecos aos títulos
executivos extrajudiciais. Condeno a embargada a
pagar custas, despesas processuais e honorárias
de advogado que ora fixo em 20 % do valor total
da execução. Determino a serventia que expeça
ofício ao SERASA a fim de que o nome da
embargante seja retirado do cadastro respectivo,
especificamente no concernente à dívida que se
perseguia nesse processo de execução, que por
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força do acolhimento dos embargos será extinto.


Após a intimação do trânsito em julgado desta
sentença, ocorra ele onde ocorrer, no primeiro
grau, na segunda instancia, ou em tribunal
superior, independentemente de qualquer outra
intimação e do retorno dos autos a esta vara de
origem, a embargada terá o prazo de quinze dias
para efetuar o pagamento das verbas de
sucumbência, sob pena da aplicação da multa de
10% prevista no artigo 475 j do CPC que
reformulou o processo de execução brasileiro.
Saem os presentes intimados nesta data inclusive
do prazo para interposição de recurso de
apelação. Em seguida, após a sentença prolatada
pelo MM Juiz, foi dada a palavra à advogada da
parte embargada exeqüente, que disse o seguinte:
“Tendo em vista que o nobre magistrado começou a
discorrer sobre os fatos do processo não
possibilitando a esta patrona a verificação se
tais palavras se tratavam de um despacho
saneador ou dos fatos da sentença lhe restou
impossibilitado a formulação do pedido de
suspensão do processo por prejudicialidade
externa, tendo em vista que a ação coletiva em
tramite perante a 6ª vara cível do foro central,
da qual a embargante compõe o pólo ativo, está
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pendente de julgamento de recurso de apelação, o


que possibilita a alteração da sentença de
primeira instância. Dessa forma requer a
anulação da sentença devido ao cerceamento de
defesa ocorrido, restando o presente como agravo
retido, cuja apreciação se dará em eventual
recurso de apelação. NADA MAIS. Eu, Fernanda G.
Machado, Escrevente, subscrevi.

A: Adv.A:

Repr.R: Adv.R:

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