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PEDAGÓGICO
RESUMO
Toda criança gosta de brincar. Tudo o que faz, naturalmente irá se relacionar com o brincar. Na
realidade, a brincadeira acompanhará toda a existência daquela criança. Como educadores, a boa
notícia é que a brincadeira, o faz de conta, pode ser uma excelente ferramenta pedagógica. A
questão é: Como isso se aplica?
1 INTRODUÇÃO
Na declaração universal do direito da criança está previsto que toda criança tem “Direito à
educação e ao lazer infantil”. A grande pergunta é: Por que o lazer é importante para a criança?
Não é novidade para ninguém que à medida que a criança brinca, ela aprende. Se isso é
verdade, como podemos relacionar o “brincar” com o “processo didático”?
Como professores, precisamos descobrir a grande ferramenta que temos em nossas mãos
para o ensino – “O Brincar”.
2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
A palavra lúdica tem sua origem no latim: Ludo significa “brincar”. O lúdico é uma
necessidade humana.
Segundo a Enciclopédia Barsa (1997, p.338 – v.8) “A denominação jogo é dada a diversas
formas de atividades físicas ou mentais que têm por fim a recreação embora às vezes envolva
também interesse financeiro”. A palavra jogo vem do latim LOCUS, que significa gracejo, zombaria
e que foi empregada no lugar de ludus: brinquedo, jogo divertimento, passatempo.
A criança brinca para conhecer-se a si própria e aos outros em suas relações recíprocas, para
aprender as normas sociais de comportamento, os hábitos determinados pela cultura; para conhecer
os objetos em seu contexto, ou seja, o uso cultural dos objetos; para desenvolver a linguagem e a
narrativa; para trabalhar com o imaginário; para conhecer os eventos e fenômeno; que ocorrem a
sua volta.
Num primeiro momento a criança irá brincar sozinha, depois de um tempo aprenderá a
brincar com sua família e finalmente aprenderá brincar com outras crianças, onde terá momentos de
alegria e frustrações.
Será através das brincadeiras que a criança se tornará mais ativa, criativa, aprenderá se
relacionar com o próximo.
A brincadeira é um instrumento pedagógico, pois prepara e exercita a criança para a vida adulta.
Ajuda na formação do seu caráter. Exercita o poder de concentração da criança. Através dessas atividades a
criança fica mais alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energia, desenvolve a
coordenação motora seu raciocínio lógico, adquire confiança em si mesma e aprimora seus
conhecimentos.
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Precisamos ouvir o que o aluno está dizendo. Uma das formas disso acontecer á através das
brincadeiras. Quando a criança está brincando, ela está falando. O que precisamos fazer é
compreender essa linguagem. Bettelheim afirma que:
Vygotsky, se referindo a Piaget afirma “Até a idade de sete ou oito anos o jogo domina a tal
ponto o pensamento da criança, que é muito difícil distinguir a invenção deliberada, da fantasia que
a criança julga ser verdade” (VIGOTSKY, p.13).
Quando a criança está brincando, ela está fazendo de conta que está vivendo a realidade. Ela
está brincando com a realidade. As crianças de 2 à 3 anos tem entre 10 à 17% das brincadeiras como
faz de contas. Já as crianças de 4 à 6 anos esse percentual aumenta para 33.
O faz de contas é muito importante para a criança, pois ajuda a criança à: Conhecer o ponto
de vista da outra criança, desenvolver suas habilidades, desenvolver sua criatividade, aprender a
cooperar com os outros.
A brincadeira não deve acontecer ao acaso. Cabe ao professor se preparar para esse
momento.
O professor tem que partir da realidade dos alunos, ver suas necessidades, buscar
alternativas de interação. Ocorre que, na fase de mudança, esta tomada de consciência é
importante, até que venha a se incorporar com um novo hábito. (VASCONCELLOS, 1995,
p.74).
O professor não deve tornar o jogo algo obrigatório. Deve buscar sempre jogos em que o
fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores
estratégias, estabelecer regras que possam ser modificadas no decorrer do jogo, trabalhar a
frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la, e analisar as jogadas durante e depois
da prática.
6 CONCLUSÃO
Claro que não caberá apenas ao professor esse esforço, mas também à direção da escola que
deverá prover ao máximo possível as condições necessárias para que o professor avance nessa
direção.
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7 REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, Bruno; Uma vida para seu filho. São Paulo; Artmed, 1984. 358p.
VASCONCELLOS, Celso do S. Para onde vai o Professor? Resgate do professor como sujeito de
transformações. São Paulo: Libertad, 1998