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D e c l a r a ç ã o d e P o s t u r a
As Crianças na
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Família Internacional
Os cuidados e a educação que recebem e a garantia de seus direitos
ísticas, ou pessoas de origem indíge- o padrão original da igreja cristã, colhemos uma
na, não será negado a uma criança quantidade imensa de benefícios sociais, espirituais
que pertença a tais minorias ou que e pessoais.
seja indígena o direito de, em comu- As crianças em nossas comunidades (também
nidade com os demais membros de conhecidas como “lares”) são consideradas dádivas
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seu grupo, ter sua própria cultura, de valor inestimável concedidas por Deus para serem
professar e praticar sua própria reli- amadas e bem-cuidadas por seus pais e criadas den-
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tro dos preceitos do cristianismo. A responsabilidade alcançar nossos objetivos relacionados à educação
principal pelo bem-estar das crianças é dos pais, mas, de nossos filhos.
devido à nossa fé e vida cooperativa, o trabalho de As comunidades da Família empenham-se em
educar as crianças na Família também é um assunto garantir que cada criança receba uma educação
comunitário, já que os deveres relacionados a elas escolar e profissionalizante de acordo com sua ida-
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são partilhados pelos pais e pelos outros membros de, que lhe garanta um diploma de conclusão do
do lar. Cada lar é responsável por proporcionar um ensino médio. Estudando em casa, nossas crianças
ambiente no qual tanto os pais individualmente, recebem supervisão e suas aulas são ministradas por
quanto o lar enquanto coletividade, possam suprir pessoas que se interessam sinceramente por elas, e de
todas as necessidades físicas, espirituais, emocionais acordo com nossos valores cristãos. Normalmente
e intelectuais das crianças. um dos pais ou ambos participam do ensino escolar
Esse estilo de vida cooperativo traz para nossos de seus filhos, o que lhes oferece maiores chances de
filhos como benefícios não só fortes laços fami- participar na educação e na formação de seus filhos,
liares, mas também o cuidado, a assistência e o o que não se observa com muita freqüência quando
apoio moral e espiritual dos membros das comu- as crianças estudam na rede regular de ensino, tanto
nidades onde vivem. Antigamente, grande parte pública quanto particular.
da sociedade partilhava de benefícios semelhantes O currículo escolar das crianças da Família
por viverem em clãs, tribos ou em vizinhanças inclui uma ampla seleção de materiais didáticos,
nas quais as pessoas mantinham fortes laços de vídeos e programas de computador. Publicamos
amizade. São vantagens das quais, de um modo nosso próprio currículo pela primeira vez em
geral, as crianças de hoje são privadas, pois é co- 1981 numa série de livros conhecidos como The
mum seus pais trabalharem fora e elas viverem Childcare Handbooks, (Os Manuais de Educação
em ambientes marcados pela crescente pressão Infantil), depois o programa de ensino em casa
econômica, materialismo, desconfiança, medo, The Family Home Schooling Program (1988), a
indiferença e a falta de tempo ou oportunidade planilha do professor, The Teachers Planner (1992)
de cultivar amizades entre seus familiares e fortes e, em 1996 o Christian Vocational College (o pro-
vínculos dentro da comunidade. grama de ensino secundário e profissionalizante
O fato de a sociedade moderna, no nosso modo da Família). Além disso, muitos membros da
de ver, ter-se tornado extremamente humanista-secu- Família também utilizam currículos para o ensino
larista reforça para nós a importância de transmitir- em casa reconhecidos internacionalmente, como,
mos aos nossos filhos nosso estilo de vida e maneira por exemplo, A Beka, ACE, CLE, dentre outros.
de servir a Deus. A ênfase que se dá ao materialismo, Desde o início, a Família também se especializa
a abordagem dogmática ao ensinamento da Teoria em educação pré-escolar, tendo produzido para
da Evolução, o abandono progressivo de valores esse fim suas próprias publicações, livros, livros
morais e os problemas sociais cada vez mais graves de história cristãos, vídeos educativos e material
e insolúveis são motivos de grande preocupação não de apoio didático. Se por um lado utilizamos re-
só para nós, mas também para milhões de pessoas gularmente material audiovisual, por outro não
de muitas religiões e culturas. incentivamos em nossas comunidades o costume de
assistir a televisão indiscriminadamente, para não
submeter nossas crianças à influência avassaladora
Educar nossos filhos e potencialmente negativa de certos programas.
e criá-los na “instrução e admoestação do Senhor” História, Geografia, Estudos Sociais, Ciências, man-
(Efésios 6:4). Traduzimos isso em termos práticos têm-se a par dos acontecimentos divulgados pela
disponibilizando para nossas crianças uma educa- imprensa local e internacional, Educação Física,
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ção multifacetada, que inclui todas as disciplinas Educação para a Saúde e conhecimentos práticos.
que dizem respeito à sua educação formal, valores Além disso, parte substancial na sua educação é
cristãos, orientação para o serviço cristão, educação voltada à formação de caráter, e à construção de
profissionalizante, relacionamentos interpessoais e habilidades para a tomada de decisões, solução de
conhecimentos práticos. Nosso trabalho e estilo de conflitos e comunicações interpessoais.
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vida cristão contribuem para criar um ambiente Apesar de acreditarmos que a educação em
de aprendizagem ideal no lar que nos possibilita casa é superior à educação geralmente oferecida
Copyright © 2004 por A Família Internacional
em escolas convencionais e por isso incentivarmos descobrir os seus dons, talentos e capacidades, para
o ensino em casa, a “Carta Magna de Deveres e virem a conhecer Deus de uma maneira profunda
Direitos” da Família faculta aos pais a liberdade de e pessoal, e desenvolver qualidades que venham a
contratarem professores de fora ou matricularem refletir nossa fé cristã. “Todos os teus filhos serão
os filhos em escolas públicas ou particulares caso ensinados do Senhor, e grande será a paz de teus
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prefiram ou não tenham condições de lhes suprir filhos” (Isaías 54:13).
uma educação adequada no Lar (79–80, 99). Cada
criança tem o direito de receber uma educação
adequada, quer em casa, quer com um professor
Socializacão
particular ou numa escola fora do lar, e cabe aos
pais e ao lar lhe garantirem isso.
Após concluírem o Ensino Médio, adolescen-
V iver em uma comunidade missionária exige
um tipo de socialização altamente sofisticado,
que é ensinado e aprendido pela experiência. A
tes e jovens adultos podem fazer outros cursos, observância de regras de conduta, a eqüidade nos
como os disponiblizados pelo Christian Vocational tratamentos, o respeito pelos demais, o cultivo de
College (CVC), que oferecem capacitação em mais bons relacionamentos interpessoais, assim como
de 50 áreas de conhecimento. Muitos também saber demonstrar amor, exercitar o altruísmo, ser
optam por obter um certificado de conclusão do uma influência positiva, contribuir com a coletivi-
Ensino Médio por meio de exames supletivos. dade, trabalhar em equipe, ter uma atitude positiva
Como resultado da educação na Família, muitos de em relação às pessoas de todas as raças, etnias ou
nossos jovens são aprovados com notas ótimas nas classes sociais, assumir responsabilidades e muitas
provas do GED (exame supletivo para o segundo outras qualidades sociais precisam ser efetivamente
grau nos EUA). construídas para que as pessoas em um estilo de
Os jovens possuem liberdade, para, caso vida de convivência tão próxima como o nosso
queiram, seguir uma carreira secular ou cursar vivam e prosperem juntas em paz e harmonia.
faculdade. Visto que o estilo de vida missionário Somos um grupo multirracial, reunindo mais
em tempo integral de discípulos na Família exige de 100 nacionalidades, o que permite que as
bastante compromisso e constante capacitação crianças em nossos lares conviam com outras de
específica, essas carreiras e metas seculares seriam várias partes do mundo. A sua vida social não
incompatíveis com as metas e atividades de um se limita ao contato com apenas um segmento
discípulo da Família, portanto seria mais fácil da sociedade, uma cultura ou uma nação, o que
alcançá-las fora das nossas comunidades. proporciana aos nossos filhos o desenvolvimento
de uma visão de mundo muito mais ampla, um
entendimento bem melhor de outras nacionalida-
Educação religiosa des e culturas do que é comum às outras crianças
cia. Consideramos que qualquer curso, material, tivos, excursões, contato com vizinhos ou visitas
ambiente de aprendizagem, influências ou ensi- a parentes. Essas diferentes experiências resultam
namentos que impeçam, contradigam ou desviem num alto nível de socialização e os ajudam a en-
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o processo de educação e desenvolvimento dos tender melhor, se preocupar e ter interesse sincero
valores cristãos essenciais, devem ser evitados. pelas pessoas.
Vemo-nos moralmente obrigados e motivados Concordamos inteiramente com cristãos sin-
pelas Sagradas Escrituras a educarmos dessa forma ceros e pais conscientes que se mantêm atentos ao
nossos filhos. Por esse motivo, incentivamos nossos nível da qualidade moral nos contatos e nas experi-
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lares e pais a garantir para os seus filhos um am- ências de socialização de seus filhos. Discordamos
biente de estudo positivo no lar, que os estimule a em absoluto da idéia de “jogar” as crianças indis-
criminadamente em ambientes sociais com valores disciplinadas que queiram fazer o que é certo. Os
conflitantes em nome da chamada “socialização”, pais ou, na ausência deles, as pessoas designadas
especialmente aqueles regados por “águas sociais” para cuidar das crianças temporariamente, são os
não filtradas, não tratadas, não seguras e sujeitas principais responsáveis pela conduta e disciplina
a altos índices de contaminação pela falta de res- das crianças. Em nossas comunidades existem nor-
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peito, de orientação religiosa e de disciplina. E mas específicas a respeito de disciplina das crianças
isso sem falar nos cânceres sociais mais comuns: para não haver nenhum tipo de exagero ou abuso
as drogas, o álcool, desvios e perversões sexuais, nesse sentido. Essas normas foram publicadas em
violência, truculência, gangues, exclusivismos, “Diretrizes para a Disciplina na Família”, e resu-
crime, tiroteios e uma competição cruel. midas em um apêndice da Carta Magna de Amor
da Família (247, 406-409). Os pontos principais
dessas diretrizes são os seguintes:
Saúde e cuidados médicos
a necessidade de muita disciplina corretiva. Nossa no futuro da Família. Foi feita uma coletânea de co-
meta é ter crianças felizes, bem ajustadas e auto- mentários de jovens no mundo todo e a publicamos
para nossos membros sob o título “A Revolução de sexual. Depois que atingem a maioridade e podem
Encorajamento Pessoal”, apresentando aos pais e tomar as próprias decisões quanto a relaciona-
adultos na Família o desafio de abrirem caminho mentos e envolvimento sexual, de acordo com
para nossos adolescentes mais velhos e jovens adultos a Carta Magna1 da Família, terão que assumir
poderem assumir funções de maior responsabilidade responsabilidade pelas possíveis conseqüências
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nos lares, inclusive de liderança trabalhando ao lado de seus atos, como, por exemplo, gravidez (275-
dos adultos. Essa decisão renovou a inspiração e 304). O uso de métodos anticoncepcionais ou a
o fluxo de idéias por parte dos jovens da Família, abstenção de relações sexuais para evitar gravidez
causando muitas modificações positivas ao serem é uma decisão pessoal dos integrantes do nosso
efetivadas no estilo de vida da Família. Desde então, grupo. Oferecemos informações suficientes aos
membros da segunda geração têm se integrado em nossos jovens para que tomem essas decisões de
diferentes níveis da liderança da Família, muitas forma esclarecida e consciente. Os parceiros de
vezes dividindo responsabilidades no mesmo nível uma atividade sexual devem concordar previa-
que os seus colegas mais velhos. mente quanto ao seu grau de interação sexual e o
Amamos encarecidamente nossos filhos e que farão no caso de uma gravidez. Somos contra
oramos para que eles também sejam chamados o aborto e promovemos o casamento como o
pelo Senhor para servi-lO, como nós fazemos. Da relacionamento ideal.
nossa parte, acreditamos ser nossa obrigação lhes Incentivamos uma comunicação franca e aber-
dispensar o melhor cuidado, educação moral e ta com os pais ou outros conselheiros adultos
exemplo pessoal enquanto são pequenos. Contudo, responsáveis, de modo que os jovens têm acesso
à medida que ficam mais velhos, é decisão deles a orientação em relação a sexo e relacionamentos.
dedicar suas vidas a servir a Deus na Família ou Os pais na Família enfrentam os mesmos desafios
seguir uma carreira fora da Família. que qualquer outro pai ou mãe quando se trata
No geral, os jovens (maiores de idade) que op- de ajudar os seus adolescentes a tomarem decisões
tam por se desligarem da Família integram-se com bem ponderadas e responsáveis. Descobrimos,
êxito no sistema educacional regular e a maioria se porém, que uma atitude madura e aberta em re-
sai muito bem em seus estudos, profissionalmente lação à sexualidade pode ajudar os jovens a evitar
e nos seus relacionamentos sociais. Caso um jovem os excessos típicos dessa fase.
decida desligar-se da Família, espera-se que seus
pais o auxiliem o máximo possível a encontrar
acomodações dentro da sua necessidade, o ajude Garantir a segurança e a
a se matricular em algum curso, ou a arranjar um proteção de nossos filhos
emprego, etc. (Carta Magna 24). Acreditamos que
os pais deveriam fazer tudo ao seu alcance para
essa transição ser o mais tranqüila possível para o
P ara garantirmos que nossos filhos estão pro-
tegidos, foram incluídas na Carta Magna da
Família várias cláusulas especificamente para pre-
jovem, estendendo-lhe nosso amor incondicional, servar a sua integridade física. Estipulamos limites
apoio e orações. bem definidos de comportamento adequado com
crianças e claramente definimos o que é aceito e
o que não é aceito, e, no caso de desobediência a
Educação sexual adequada à idade essas regras, o infrator é excomungado, ou seja,
devem ser ministrados de acordo com a idade da qualquer incidente que fuja ao normal.
criança. Os nossos membros têm a obrigação de de-
Tentamos incutir em nossos adolescentes se- nunciar caso suspeitem ou observem um ato que
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niores (os jovens de 16 anos para cima) um senso poderia ser prejudicial a uma criança. A Carta
de responsabilidade em relação ao envolvimento Magna de Amor da Família também determina
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Pelo fato de nosso grupo ser formado por pessoas de várias nacionalidades e culturas, as diretrizes para atividade sexual/idade permitida
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são padronizadas de acordo com as leis na maioria dos países onde nossos membros se encontram. É expressamente proibida a infração às
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normas da Família que protegem menores de qualquer tipo de abuso e eventuais infratores são excomungados. Os membros deverão levar em
consideração os aspectos culturais e as leis dos países onde residem (Carta Magna xx, 94).
claramente que os pais têm a “responsabilidade de Todos os membros de um lar da Família divi-
proteger os seus filhos de todo e qualquer tipo de dem a responsabilidade de garantir às crianças uma
abuso — sexual, físico, espiritual, mental, emo- educação segundo os princípios cristãos, a provisão
cional, ou psicológico” (67). Sendo assim, cabe de todas as suas necessidades, a proteção efetiva de
aos pais propiciarem aos filhos um ambiente ade- qualquer tipo de abuso, uma educação acadêmica
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quado no qual possam crescer, além de tomarem adequada e, acima de tudo, amor. Entretanto, cabe
as atitudes cabíbeis caso os direitos das crianças aos pais a responsabilidade final de garantir o bem-
sejam infringidos de alguma forma. estar dos seus filhos. Se por algum motivo isso não for
possível na comunidade onde moram, esses adultos
têm a liberdade de provocar as mudanças necessá-
Responsabilidade dos pais rias nesse lar, mudarem-se para outra comunidade
Obras Citadas
“Convenção de Direitos da Criança.” Assembléia-geral das Nações Unidas, resolução 44/25. 20 Nov. 1989
<http://www.unicef.org/crc/crc.htm>. e http://www.onu-brasil.org.br/doc_crianca.php
David, Maria. “A ‘PER!’—Revolução de Encorajamento Pessoal”, Boas Novas, Mar. 1993.
Família, A. Childcare Handbook. 3 volumes. Madrid: Closas–Orcoyen, S.L., 1982.
---. Christian Vocational College Program of Studies. Bangkok: Serviços Mundiais, 1996.
---. Manual do CVC 2000. Bangkok: Serviços Mundiais, 1999.
---. Family Home Schooling Program, Bangkok: Serviços Mundiais, 1989.
---. Carta Magna de Amor, A. Bangkok: Serviços Mundiais, 1998.
---. Teachers Planner. Bangkok: Serviços Mundiais, 1989.
---. Teaching and Activity Guide. Bangkok: Serviços Mundiais, 1997.
3. Criar e distribuir uma variedade de produções de caráter devocional, 2020 Pennsylvania Ave NW
Washington, D.C. 20006–1846
motivador e educativo.
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4. Comunicar uma mensagem de preparação e esperança para os dias
por vir, denominado na Bíblia de “A Grande Tribulação (Mateus 24:21), período Telefone nos EUA:
que antecederá a segunda vinda de Jesus Cristo e o estabelecimento de Seu 1 (800) 4–A–FAMILY [1 (800) 423–3264]
reino na Terra. ou 1 (202) 298–0838
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