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TEORIA COGNITIVA DE JEAN PIAGET

Para Piaget, a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento "total" do
organismo. Assim sendo, ele considerou o funcionamento intelectual como uma forma especial de
atividade biológica. Ambas as atividades, intelectual e biológica, são partes do processo global através
do qual o organismo adapta-se ao meio e organiza as experiências.

Piaget concebeu a inteligência como tendo dois aspectos, o cognitivo e o afetivo. O aspecto
cognitivo tem três componentes: o conteúdo, a função e a estrutura. Ele identificou três tipos de
conhecimento: o conhecimento físico, o conhecimento lógico-matemático e conhecimento social. O
conhecimento físico é o conhecimento das propriedades dos objetos e é derivado das ações sobre os
objetos. O conhecimento lógico-matemático é o conhecimento construído com base nas ações sobre os
objetos. O conhecimento social é o conhecimento sobre as coisas criadas pelas culturas e acontece
através da interação com as outras pessoas e o meio ambiente. Cada tipo de conhecimento depende das
ações físicas ou mentais. As ações instrumentais do desenvolvimento são aquelas que geram
desequilíbrios e conduzem ao esforço de estabelecer equilíbrio (equilibração). Assimilação e
acomodação são os agentes de equilibração, o auto-regulador do desenvolvimento.

Quatro fatores e suas interações são necessários para o desenvolvimento: a maturação,


experiência ativa, interação social e equilibração. O desenvolvimento cognitivo, enquanto um
processo contínuo, pode ser dividido em quatro estágios para fins de análise e descrição:

. Sensório-motor (0-2 anos). O desenvolvimento caminha da atividade reflexa à representação e a


solução de problemas sensório-motores. Surgem os sentimentos primitivos de gostar e não gostar. A
afetividade é investida no "eu".

. Pré-operacional (2-7 anos). Problemas resolvidos pelo emprego das representações mentais -
desenvolvimento da linguagem (2-4). Pensamento e linguagem, ambos egocêntricos. Não pode
solucionar os problemas de conservação.

O desenvolvimento caminha da representação sensório-motora ao pensamento pré-lógico e à


solução de problemas. Tem ínicio o verdadeiro comportamento social. Intencionalidade ausente nos
julgamentos morais.

. Operações Concretas (7-11 anos). Pensamento adquire reversibilidade. Pode solucionar os


problemas de conservação - as operações lógicas são aplicadas na solução de problemas concretos.
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Não pode resolver problemas verbais e problemas hipotéticos complexos.

O desenvolvimento caminha do pensamento pré-lógico à solução dos problemas concretos.


Aparecimento da vontade e início da autonomia. A intencionalidade é construída.

. Operações Formais (11-15 anos). Pode resolver todos os tipos de problemas, logicamente - e pensar
cientificamente. Soluciona os problemas verbais e hipotéticos complexos. Estruturas cognitivas
adultas.

O desenvolvimento caminha da solução dos problemas concretos à solução lógica de todos os


tipos de problemas. Emergência dos sentimentos idealistas e formação da personalidade. Início da
adaptação ao mundo adulto.

O desenvolvimento afetivo ocorre de modo semelhante ao desenvolvimento cognitivo. Isto é,


as estruturas afetivas são construídas como as estruturas cognitivas. O aspecto afetivo é responsável
pela ativação da atividade intelectual e pela seleção dos objetos sobre os quais agir.

Algumas recomendações são interessantes, levando-se em consideração a teoria piagetiana:

1. Os pais e professores devem assumir relações de respeito mútuo com as crianças, e não autoritárias,
pelo menos alguma parte do tempo em que permanecem juntos. os professores podem encorajar as
crianças a resolverem problemas por si mesmas e a desenvolverem a autonomia. Os professores
precisam respeitar as crianças.

2. Quando a punição às crianças se fizer necessária, ela deve estar baseada na reciprocidade e não na
expiação. Por exemplo, o menino que se recusa a arrumar o seu quarto pode ser privado das coisas que
estão no seu quarto. À menina que bate em outras crianças, deve ser negada a interação com outras
crianças.

3. Os professores podem promover a interação social nas salas de aula e encorajar o questionamento e
o exame de qualquer problema que pode ser levantado pelas crianças.

4. Os professores podem envolver os alunos, mesmo os da pré-escola, em discussões de problemas. À


medida em que ouvem os argumentos de seus colegas podem experimentar a desequilibração
cognitiva, que pode conduzir à reorganização de seus conceitos. O conflito cognitivo é necessário para
a reestruturação do raciocínio e para o desenvolvimento mental.

5. As escolas e as salas de aula podem ser reestruturadas de modo a permitir uma maior participação
dos alunos nos aspectos significativos do processo de direção e administração da escola. A
responsabilidade, a cooperação e autodisciplina não podem ser transmitidas às crianças
autoritariamente. Tais conceitos devem ser construídos por elas a partir de suas próprias experiências,
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para o quê as relações de respeito mútuo são essenciais. É discutível a idéia de que as crianças podem
desenvolver os conceitos de justiça, baseados na cooperação, em um ambiente cujo sentido de justiça
tenha por base apenas a autoridade.

BIBLIOGRAFIA

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SER HUMANO. ENSINO RELIGIOSO ESCOLAR - REVISTA DE EDUCAÇÃO
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