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MARINGÁ
2008
MARCELO DEL TREJO
MARINGÁ
2008
MARCELO DEL TREJO
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Almir Teles da Silva Prof. Dr. José Santo Dal Bem Pires
Universidade Estadual de Maringá Universidade Estadual de Maringá
Dedico este trabalho a minha esposa Míriam, por todo apoio que ela me deu, por sua
paciência nos momentos difíceis, que não foram poucos. Por sua tolerância quanto a minha
ausência, embora presente. “Solidão a dois”, foram as sábias palavras que ela tão bem usou ao
se referir a esses anos nos quais a universidade exigiu de nós horas preciosas do nosso
convívio.
Foram longos anos de noites mal dormidas, finais de semana de estudos, férias
adiadas, passeios cancelados, e tantos outros sacrifícios que ela pacientemente aceitou. Mais
que isso, mais que aceitar, ela me apoiou e me incentivou nos momentos em que eu fraquejei,
e que confesso, foram muitos.
Hoje, chegamos ao fim dessa jornada.
Mas a vitória não é minha.
Essa vitória, minha amada, é sua.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado o dom da vida e todas as coisas.
Agradeço à minha família, à minha esposa e aos meus filhos, aos meus pais e irmãos,
em especial à minha mãe, que mesmo sem saber despertou em mim o gosto pela leitura e pelo
conhecimento, nas incontáveis noites em que se sentou à cabeceira da minha cama e leu para
mim os mais belos contos infantis.
Agradeço aos meus professores e aos meus colegas de turma, em especial à amiga
Érica Pazinato, sem a qual dificilmente eu teria seguido no curso.
Por fim, agradeço especialmente ao Professor Dr. Paulo Moreira da Rosa pela
paciência e dedicação a mim ofertadas, pela sua orientação, revisão, sugestões e
acompanhamento. Seu talento e profissionalismo sem dúvida alguma facilitaram o
desenvolvimento deste trabalho, e me tornarão um profissional melhor.
RESUMO
DEDICATÓRIA........................................................................................................................3
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................4
RESUMO...................................................................................................................................5
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................9
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO.............................................................................9
1.2 JUSTIFICATIVA.........................................................................................10
1.3 OBJETIVOS................................................................................................11
1.3.1 Objetivo geral..................................................................11
1.3.2 Objetivos específicos.......................................................11
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..................................................................11
1.5 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO................................................................11
2 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................13
3 METODOLOGIA................................................................................................................27
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES............................................................................46
5.1 CONCLUSÃO.............................................................................................46
5.2 RECOMENDAÇÕES.................................................................................47
REFERÊNCIAS......................................................................................................................48
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Brasil, Rússia, Índia e China. Até 2050, esses países podem se tornar as quatro
potências econômicas dominantes no planeta, responsáveis por uma grande parte da
produção industrial mundial. A China, então uma força econômica 20 vezes maior
do que hoje, terá ultrapassado os EUA. Em 2050, os países BRIC podem ter até
mesmo um peso econômico maior do que os membros do atual G7 (O'Neill, Jim;
Deutsche Welle – 10/05/2007).
Na década de 70, foi o Japão que “pegou carona” na globalização, embora o termo
ainda nem existisse, e fez dela a sua passagem de entrada para o primeiro mundo.
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Nas décadas de 80 e 90, foi a vez dos “Tigres Asiáticos”, países como Coréia,
Taiwan, Singapura, Hong-Kong, usarem essa mesma porta de entrada para o grupo dos países
desenvolvidos.
Agora, é a vez do Brasil. Estima-se que o crescimento econômico acelerado dos
últimos anos tenha inserido no mercado mundial cerca de 2 bilhões de novos consumidores, e
o Brasil tem em abundância o que o mundo precisa. O Brasil ocupa posição de liderança na
produção mundial de grãos e de carne, e tem condições de aumentar rapidamente sua
produção se for necessário. É um dos maiores produtores mundiais de aço e de minério de
ferro. E, atualmente, tem se destacado no setor energético, na prospecção e produção de
petróleo, e na produção de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel.
1.2 JUSTIFICATIVA
Uma operária vietnamita de uma confecção nos arredores da capital Hanói recebe
US$ 0,28 por hora. É o salário mais baixo do mundo nesse setor, só igualado por
Bangladesh, segundo dados da Werner Consulting, principal consultoria global da
área têxtil. No Brasil, uma costureira recebe, em média, quatro vezes mais: US$ 1,06
por hora. No Vietnã, o salário consegue ser menor que na China, conhecida pelas
longas jornadas e pelos raros direitos trabalhistas. Uma operária ganha US$ 0,76 por
hora em uma confecção do litoral chinês e US$ 0,48 no interior do país. A situação
no Vietnã pode ser considerada opressiva, mas o custo do trabalho se transformou na
principal ferramenta de desenvolvimento do pequeno país asiático
(www.valoronline.com.br – em 14/05/2007).
11
Nesse contexto, esse trabalho pretende contribuir para que as empresas do setor de
lavanderias industriais possam conhecer melhor os seus custos, e assim ter melhores
condições de competir no mercado.
1.3 OBJETIVOS
2 REVISÃO DA LITERATURA
_________________________________
KAPLAN e JOHNSON. A relevância da contabilidade de custos. Tradução Ivo Korytowski. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Campus, 1996, p.19.
14
2.2.1 Desembolso
2.2.2 Investimentos
2.2.3 Despesas
2.2.4 Gastos
Pode-se definir gasto como sendo o consumo de bens ou serviços. Quando se utiliza
matéria-prima, mão-de-obra própria ou de terceiros, consumo energia elétrica etc, está-se
realizando um gasto, pois está consumindo um bem ou utilizando um serviço.
Oliveira (2005, p.30), define gastos como “o consumo genérico de bens e serviços
ou, em outras palavras, dos fatores e produção”.
Leone (1997, p.46), diz:
O termo gastos é usado para definir as transações financeiras em que há ou a
diminuição ou do disponível ou a assunção de um compromisso em troca de algum
bem de investimento ou bem de consumo. Desse modo, o gasto pode ser
imediatamente classificado como gasto de investimento (aquele que vai ser ativado)
ou como gasto de consumo (que será batizado como uma despesa).
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Para Martins (2003, p.24) gasto é a “compra de um produto ou serviço qualquer, que
gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por
entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro)”.
Vê-se que as três definições são essencialmente semelhantes, embora Martins (2003)
a defina de forma mais abrangente, ainda que sucinta.
2.2.5 Custos
O conceito que diferencia despesa de custo, embora sutil num primeiro momento,
torna-se bastante claro após algumas definições. Essencialmente, a distinção se dá pelo fato
de que se chama um gasto de custo quando ele está ligado ao processo produtivo. É o
sacrifício de bens e serviços realizado na produção de outros bens e serviços.
Atkinson (2000, p.125) diz que “Custo é definido como o valor monetário de bens e
serviços gastos para se obter benefícios reais ou futuros”.
Para Martins (2003, p.25), custo é um “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na
produção de outros bens ou serviços”. E acrescenta, “O Custo é também um gasto, só que
reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção
(bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço”.
São classificados como indiretos os custos que não podem ser identificados
diretamente ao produto. Para determiná-los, é necessário utilizar rateio, critério esse por vezes
bastante arbitrário e impreciso.
Martins (2003, p.49) diz, referindo-se aos custos, que “outros realmente não
oferecem condição de nenhuma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser
feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias
etc.). São os custos indiretos com relação aos produtos”.
Iudícibus (2003, p.126) chama os custos indiretos de gastos gerais de fabricação, e
escreve que:
Os gastos gerais de fabricação, também chamados custos indiretos industriais,
incluem todos os demais custos incorridos na produção (inspeção, manutenção,
almoxarifado, supervisão, administração da fábrica, depreciação, energia, seguros
etc.) e são, em geral, atribuídos aos produtos por meio de rateios. Tais custos são
geralmente aplicados com base no número de horas ou valor da mão-de-obra direta,
ou horas-máquina etc.
São custos que não variam proporcionalmente em relação à produção, sendo mesmo
fixos realmente em sua grande maioria. Um exemplo típico desse tipo de custo é o aluguel da
fábrica, que para um mês específico tem um valor determinado, independente do volume de
produção.
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Para Atkinson (2000, p.183) os “Custos Fixos não mudam com as mudanças no nível
de produção (ou vendas) durante curtos períodos de tempo. Aluguel e seguro para instalações
de uma fábrica, por exemplo, não mudarão mesmo se a produção cair por 5% ou 10%”.
Martins (2003, p.50) diz: “o aluguel da fábrica em certo mês é de determinado valor,
independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume elaborado de
produtos. Por isso, o aluguel é Custo Fixo”.
Todos os custos, portanto, que não variarem na mesma proporção da produção, são
considerados fixos.
São os custos que não se consegue relacionar diretamente ao produto, e estão ligados
mais ao período que a produção. Também são chamados de Custos Não Inventariáveis. São
por exemplo o aluguel e os salários da administração.
Leone (1997) define os Custos do Período como “todos os custos e despesas que a
Contabilidade de Custos não consegue com facilidade ligar aos produtos, que são repetitivos e
mais ou menos fixos, e pertencem mais ao produto que ao período”.
São todos os demais custos que não são custos de produção. Sob esta classificação
estão a maioria das despesas, em especial as administrativas.
Segundo Atkinson (2000, p126), “Custos de não produção são todos, exceto os
custos de produção”, e cita como exemplo:
− Custos de distribuição;
− Custos de venda;
− Custos de divulgação;
− Custos com pesquisa e desenvolvimento;
− Custos gerais e administrativos.
Os materiais diretos são caracterizados como custos adotados nos produtos da forma
mais direta possível, por serem facilmente identificáveis. São constituídos por todas as
matérias-primas, materiais secundários, peças adquiridas prontas, embalagens e outro que
sejam aplicados diretamente ao produto.
Atkinson (2000, p.127) diz que “custos de material direto são os custos de todos os
materiais e peças que podem ser facilmente identificáveis no produto final”.
Ainda Atkinson (2000, p.127) exemplifica “se a produção de um chassis de
automóvel requer 120 quilo de aço e o preço do aço é $11 o quilo, o custo direto de material
do chassis é computado como: preço por quilo x quantidade de quilos de aço por chassis, ou
$ 1.320 ($11 x 120)”.
Nos Materiais diretos são portanto os materiais que podem ser identificados
diretamente no produto final, não havendo necessidade de se adotar um critério de rateio.
Pode-se mensurar ou calcular sem margem de erros os valores alocados.
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Caso existam impostos recuperáveis incluídos no preço pago pelo material, como
ICMS ou PIS, os mesmos devem ser excluídos do custo da material.
Iudícibus (2003, p.119) afirma que “no caso [...] em que o ICMS é fiscalmente
recuperável, não deverá fazer parte dos estoques”.
Do custo do material subtrai-se, portanto, os valores dos impostos que será
recuperado.
2.3.1.2 Gastos Adicionais
Por outro lado, se houverem gastos com transporte, seguros, armazenagens, impostos
de importação e outros encargos adicionais ao valor pago ao fornecedor, estes devem compor
os custos dos estoques.
Segundo Martins (2003, p.117) “todos os gastos incorridos para a colocação do ativo
em condições de uso [...] ou em condições de venda [...] incorporam o valor desse mesmo
ativo”.
O custo do material é, portanto, o custo necessário para colocá-lo em condições de
uso.
Os custos indiretos de fabricação são aqueles não podem ser apropriados diretamente
aos produtos, necessitando de um critério de rateio. Alguns exemplos são o aluguel da fábrica,
a energia elétrica e a mão-de-obra de supervisão.
Horngren (2004, p.34) diz,
Custos indiretos de fabricação são todos os custos relativos ao objeto de custo
(produtos em fabricação e produtos acabados) que não podem ser apropriados para
aquele objeto de custo de maneira economicamente viável. Exemplos incluem
energia elétrica, suprimentos, materiais indiretos como lubrificantes, mão-de-obra de
produção indireta, como a manutenção da fábrica e a mão-de-obra de limpeza,
aluguel, seguro, impostos prediais e depreciação da fábrica, bem como salário dos
gerentes de fábrica. Essa categoria de custos também é chamada de custos de gastos
gerais de fabricação e custos de gastos gerais de fábrica”.
Os Custos Indiretos de Fabricação são, portanto, aqueles que não são diretamente
identificáveis ao produto, e necessitam pois de rateio para esse fim.
No custeio variável ou direto somente os custos variáveis são alocados aos produtos
ou aos serviços. Este método procura amenizar o impacto das distorções existentes nos
critérios de rateios, alocando os custos fixos diretamente no resultado, sendo tratados como
despesas.
Leone (1997, p.326) escreve sobre o Custeio Variável que: “somente os custos e
despesas variáveis (...) devem ser debitados aos custos dos produtos. As despesas e os custos
considerados fixos (...) deverão ser debitados contra o lucro do período”.
Segundo Iudícibus ( 2003, p.126)
os custos variáveis são considerados como atribuíveis aos produtos e,
consequentemente, debitados na produção e incluídos no custo dos estoques – é o
caso de materiais e mão-de-obra direta; já os custos fixos são tratados diretamente
como despesas do período e, portanto, não são incluídos nos estoques. Assim, os
custos fixos são normalmente debitados ao resultado do exercício em que foram
incorridos independentemente da venda dos produtos para cuja fabricação
contribuíram.
Ao deixar de adotar um critério de rateio para alocação dos custos fixos aos produtos,
o custeio variável permite demonstrar quanto cada produto contribuiu para o resultado final da
organização. Esta é a principal vantagem do método do custeio variável no apoio às decisões
gerenciais de curto prazo.
Sobre o método, Iudícibus ( 2003, p.126), afirma que “o método do custeio direto ou
custeio variável destina-se a proporcionar à administração maior informação sobre a relação
existente entre custos, volume e lucros”.
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Segundo Martins (2003, p.257), “o ponto de equilíbrio (...) nasce da conjugação dos
custos e despesas totais com as receitas totais”.
Leone (1997) diz que o ponto de equilíbrio é o ponto de produção e vendas em que
os custos se igualam às receitas.
Padoveze (2006) afirma que o ponto de equilíbrio é o volume que a empresa precisa
produzir ou vender para que consiga pagar todos os seus custos e despesas fixos, além dos
custos e despesas variáveis que ela tem necessariamente que incorrer para fabricar/vender o
produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo. A partir de volumes adicionais de
produção ou venda, a empresa passa a ter lucros.
Assim, ponto de equilíbrio calcula os parâmetros que mostram a capacidade mínima
em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que ao custo de um lucro zero.
A análise do Ponto de Equilíbrio permite que o empresário possa planejar como terá
de trabalhar para gerar lucro em sua atividade. Para que possa fazer essa análise utiliza-se o
cálculo do Ponto de Equilíbrio, que demonstra o nível de vendas necessário para a obtenção
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do resultado desejado. Essa é sem dúvida uma das informações mais básicas e importantes
para evitar prejuízos.
Para Leone (1997, p.349) “a análise do ponto de equilíbrio é um instrumento
precioso para a gerência visualizar a situação econômica global das operações e tirar proveito
das relações entre as variáveis custo-volume-lucro”.
Vendas
(-) Custo dos Produtos Vendidos
(=) Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Fixos
(=) Resultado do Exercício
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3 METODOLOGIA
Esta pesquisa limita-se a tratar o caso específico dos componentes de custo dos
serviços prestados, em especial aos custos diretos, utilizando-se os dados das atividades
realizadas pela empresa no mês de fevereiro de 2008. Assim sendo, o resultado obtido não
poderá ser generalizado para todas as empresas, pois cada entidade possui suas próprias
particularidades.
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Além disso, o prazo de recebimento dos serviços prestados aos maiores clientes têm
sido bastante alongados, justamente devido ao poder de barganha dos mesmos, pois há uma
grande concentração de faturamento em alguns clientes.
Pelo mesmo motivo, a empresa tem praticado com esses clientes preços abaixo do
que ela considera ideal.
Apesar de tudo, o negócio tem se mostrado bastante lucrativo e tem apresentado
crescimento vigoroso, em parte devido ao crescimento do setor de confecções, em franca
expansão no momento. O espaço no qual a empresa está instalada está ficando pequeno e está
inviabilizando a expansão da empresa, e a mesma já possui uma área maior adquirida num
distrito industrial e pretende iniciar a mudança das instalações para lá no início de 2009.
4.1.3 Estrutura organizacional
Quadro 01 – Organograma
Fonte: Elaborado pelo autor com dados fornecidos pela empresa
eletrônica, na qual são lançados manualmente os valores totais dos serviços realizados por
mês por cliente. O controle dos recebimentos é feito manualmente nessa planilha, e não há
integração com o sistema de informática. Frequentemente o proprietário da empresa nem
mesmo informa à funcionária responsável pelo departamento financeiro da empresa a respeito
dos recebimentos que ele realiza pessoalmente.
Não há separação entre as contas pessoais e as da empresa, e a esposa e os filhos do
proprietário têm o hábito de pegar dinheiro do caixa da empresa sem prestar contas.
Ainda, duas empregadas domésticas, que prestam seus serviços na residência da
família, são registradas como funcionárias da empresa e recebem seus salários juntamente
com os demais funcionários.
4.3 FATURAMENTO
Faturamento - Fevereiro/2008
Cliente Valor
Cliente A 210,00
Cliente B 536,41
Cliente C 2.222,74
Cliente D 17.456,99
Cliente E 4.816,06
Cliente F 17.466,38
Cliente G 31,98
Cliente H 12.378,90
Cliente I 28.244,13
Cliente J 1.036,80
Cliente K 874,50
Cliente L 263,78
Cliente M 1.659,46
Cliente N 43.921,62
Cliente O 339,02
Cliente P 4.745,17
Cliente Q 17.509,60
Cliente R 2.869,54
Cliente S 2.393,20
Cliente T 7,92
Cliente U 3.687,36
Cliente V 10.819,90
Cliente W 3.340,66
Cliente X 2.955,18
TOTAL 179.787,30
Quadro 03 – Faturamento
Fonte: Elaborado pelo autor com dados fornecidos pela empresa
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Por outro lado, ao aceitar esses clientes a empresa obteve um faturamento atípico para
o mês de fevereiro, mês no qual habitualmente os níveis de produção são bem menores e a
empresa opera com ociosidade da capacidade produtiva, resultando em prejuízos.
A coluna à direita, externa à ficha técnica apresentada no Quadro 05, não faz parte da
tabela original, e foi acrescentada para a execução deste trabalho. Representa o custo da
matéria-prima em questão. A empresa não tem qualquer controle dos custos das matérias-
primas que possui em estoque, e para o levantamento destes valores foi necessário recorrer a
tabelas de preços que foram solicitadas aos fornecedores, ou mesmo, em muitos casos, a
informações passadas por telefone.
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Para esta Ficha Técnica apresentada como exemplo, os custos das Matérias-Primas,
levantados junto aos fornecedores, em fevereiro de 2008, são:
Fevereiro/2008
CUSTO
UNIDADE
PRODUTO UNITÁRIO
2,27 Kg
BIOGEM
4,87 Kg
QuadroANTIMIGRANTE
06 – Custos das Matérias-Primas
14,43 junto aos fornecedores
Fonte: Elaborado pelo autor com dados levantados Kg
ENZIMA NEUTRA
da empresa 4,64 Kg
ALVAKOL
1,45 Kg
METASSILICATO
6,63 Kg
AMACIANTE
20,90 Kg
Para SOLFT MT50
cada serviço prestado, existe uma “receita” padrão, que é aproximadamente seguida pela
empresa. Todas as “receitas” foram calculadas para a execução deste trabalho, porém não
serão aqui apresentadas, além desta que foi mostrada como exemplo.
37
Assim, os custos diretos aplicados nos serviços realizados no mês de fevereiro de 2008 foram
os seguintes:
Como se pode ver no Quadro 07, no mês de fevereiro de 2008 a empresa incorreu num
custo direto total de R$ 54.438,60.
38
BASE METAL TOTAL 9.931 1,30 12.910,30 2,80 27.843,12 1,50 14.932,82 11,9% 82.954,93 66,2%
USED 19.769 0,10 1.976,90 0,78 15.486,36 0,68 13.509,46 10,8% 96.464,39 77,0%
PINCELADO 6.871 0,10 687,10 1,35 9.296,24 1,25 8.609,14 6,9% 105.073,53 83,8%
LIXADO 6.208 0,10 620,80 0,87 5.383,05 0,77 4.762,25 3,8% 109.835,78 87,6%
LIXADO LOCAL 2.592 0,10 259,20 0,89 2.297,68 0,79 2.038,48 1,6% 111.874,26 89,3%
PUIDO 3.839 0,10 383,90 0,58 2.207,54 0,48 1.823,64 1,5% 113.697,90 90,7%
PINCELADO LOCAL 1.242 0,10 124,20 1,49 1.846,61 1,39 1.722,41 1,4% 115.420,31 92,1%
BIGODE 1.540 0,10 154,00 0,78 1.205,22 0,68 1.051,22 0,8% 116.471,53 92,9%
FIX PIN SIMPLES 1.741 0,10 174,10 0,68 1.191,24 0,58 1.017,14 0,8% 117.488,67 93,7%
PINCELADO TOTAL 695 0,10 69,50 1,44 998,37 1,34 928,87 0,7% 118.417,54 94,5%
ESPATULADO 763 0,10 76,30 1,21 924,63 1,11 848,33 0,7% 119.265,87 95,1%
BASE METAL PRENSADO 500 1,30 650,00 2,80 1.400,00 1,50 750,00 0,6% 120.015,87 95,7%
REVISADO 9.480 0,10 948,00 0,18 1.685,55 0,08 737,55 0,6% 120.753,42 96,3%
CORROSÃO COSTURA 824 0,10 82,40 0,97 800,64 0,87 718,24 0,6% 121.471,66 96,9%
BIGODE DUPLO PERMANENTE 225 0,10 22,50 2,92 657,00 2,82 634,50 0,5% 122.106,16 97,4%
BASE METAL 505 1,30 656,50 2,54 1.282,80 1,24 626,30 0,5% 122.732,46 97,9%
FIX PIN 1.163 0,10 116,30 0,61 706,56 0,51 590,26 0,5% 123.322,72 98,4%
BIGODE PERMANENTE 383 0,10 38,30 1,26 484,08 1,16 445,78 0,4% 123.768,50 98,7%
RESINADO 170 0,00 0,00 2,37 402,18 2,37 402,18 0,3% 124.170,68 99,1%
USED LOCAL 470 0,10 47,00 0,83 392,35 0,73 345,35 0,3% 124.516,03 99,3%
ESPATULADO LOCAL 211 0,10 21,10 1,41 297,51 1,31 276,41 0,2% 124.792,44 99,6%
CORRO DENIM 76 0,10 7,60 2,20 167,20 2,10 159,60 0,1% 124.952,04 99,7%
CRAQUELADO 110 0,10 11,00 1,49 163,90 1,39 152,90 0,1% 125.104,94 99,8%
SCRUNCH 80 0,44 35,00 1,75 140,00 1,31 105,00 0,1% 125.209,94 99,9%
PIGMENTO 15 0,00 0,00 3,85 57,75 3,85 57,75 0,0% 125.267,69 99,9%
PUIDO SIMPLES 72 0,10 7,20 0,89 64,08 0,79 56,88 0,0% 125.324,57 100,0%
PUIDO B.B.V 36 0,10 3,60 0,71 25,56 0,61 21,96 0,0% 125.346,53 100,0%
BIGODE PRENSADO 2 0,10 0,20 1,18 2,36 1,08 2,16 0,0% 125.348,69 100,0%
TOTAL DOS EFEITOS 69.513 0,29 20.083,00 1,11 77.409,58 0,82 57.326,58 45,7% 57.326,58 45,7%
TOTAL GERAL 152.197 0,36 54.438,60 1,18 179.787,29 0,82 125.348,69 100,0% 125.348,69 100,0%
Exatamente como no Gráfico 02, observa-se nesse outro gráfico, o Gráfico 03, a
grande concentração da margem de contribuição obtida por apenas alguns “efeitos”, porém
com uma concentração ainda maior, como também já foi apontado anteriormente nos cálculos
efetuados na tabela do Quadro 08.
Fevereiro/2008
PRODUÇÃO ADMINISTRAÇÃO
CUSTOS E DESPESAS FIXOS TOTAL
LAVANDERIA PASSADORIA EFEITO DESENVOLV ADMIN
Salários 10.727,92 7.583,07 8.169,00 3.300,00 6.077,80 35.857,79
13º salário 812,62 549,76 597,92 275,00 506,48 2.741,77
Férias 1.083,49 733,01 797,22 366,67 675,31 3.655,70
FGTS 803,17 630,39 685,61 315,33 507,19 2.941,69
Pro-Labore - 10.000,00 10.000,00
Vale Transporte 466,94 1.061,68 973,00 - 139,50 2.641,12
Seguros Func 45,65 45,65 48,69 6,09 24,35 170,42
Água 2.809,26 2.809,26
Alarme / Vigilância 85,00 85,00
Aluguel 2.100,00 2.100,00
Bens/Utensilios Curta Duração 2,64 21,70 24,34
Combustível/Lubrificantes 54,25 49,98 110,02 214,25
Construções/Benfeitorias -
Desenvolvimento e Criação -
Energia Elétrica 5.305,99 663,25 663,25 6.632,49
Equip. de Segurança 25,00 329,28 354,28
Equipamento de Pequeno Valor 248,00 45,00 293,00
Fretes e Carretos / Sedex / Correios 2.557,80 77,00 32,90 2.667,70
Gás 60,00 60,00
Honorários 885,00 2.187,40 3.072,40
Internet 30,00 30,00
IPTU 233,00 233,00
Multa de Trânsito -
IPVA/Licenciamento/Seguro Obrigatório 831,45 831,45
Lenha 9.710,29 9.710,29
Locação de Máquinas e Equipamentos -
Manut. de Imobilizado 100,00 100,00
Manut. de Veículos 210,00 210,00
Manut. Máquinas e Equipamentos 5.165,48 372,80 150,00 5.688,28
Mat. de Uso e Consumo 1.495,17 92,00 78,00 1.665,17
Materiais de Escritório 1.832,60 1.832,60
Materiais de Limpeza -
Patrocínios/Doações 100,00 100,00
Prejuízo c/ Lavadas -
Propaganda/Publicidade -
Seguros -
Serviços de Terceiros 380,00 30,00 410,00
Sindicatos e Associações 173,00 173,00
Taxas 380,00 80,00 460,00
Telefone 1.162,15 1.162,15
Viagens -
TOTAL 42.810,67 10.603,55 13.155,45 4.263,09 28.094,40 98.927,15
4.8 INDICADORES
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1 CONCLUSÃO
5.2 RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark.
Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
HONG, Yuh Ching. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
HORNGREN, Charles T. Contabilidade de Custos. 11.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2004.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de
contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades. 6 ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas,
1997.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
O’NEIL, Jim. G8: a desatualizada elite econômica do planeta. [online] Disponível na Internet
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Vietnã segue os passos da China e avança no Brasil [online] Disponível na internet via
WWW. URL: http://www.valoronline.com.br/ValorImpresso/MateriaImpresso.aspx?tit=
Vietn%C3%A3+segue+os+passos+da+China+e+avan%C3%A7a+no+Brasil&codmateria=43
11971&dtmateria=14+05+2007&codcategoria=195. Arquivo capturado em 20 de abril de
2008.
OLIVEIRA, Luís Martins de; HERNANDEZ PEREZ JÚNIOR., José. Contabilidade de
custos para não contadores. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: Abordagem teórico-
prática. 10. ed. Campinas, SP: Papirus, 2004.