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ÓXIDOS
Nomenclatura
Óxido ExOy:
nome do óxido = [mono, di, tri ...] + óxido de [mono, di, tri...] + [nome de E]
Óxidos ácidos
Cl2O Cl2O7 I2O5 SO2 SO3 N2O3 N2O5 P2O3 P2O5 CO2 SiO2 CrO3 MnO3 Mn2O7
Reações caraterísticas Exemplos de reações
óxido ácido + água → ácido SO3 + H2O → H2SO4
óxido ácido + base → sal + água SO3 +2KOH → K2SO4 + H2O
N2O5 + H2O → 2HNO3
N2O5 + 2KOH → 2KNO3 + H2O
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Óxidos básicos
Li2O Na2O K2O Rb2O Cs2O MgO CaO SrO BaO RaO
Cu2O CuO Hg2O HgO Ag2O FeO NiO CoO MnO
Reações caraterísticas Exemplos de reações
óxido básico + água → base Na2O + H2O → 2NaOH
óxido básico + ácido → sal + água Na2O + 2HCl → 2NaCl + H2O
CaO + H2O → Ca(OH)2
CaO + 2HCl → CaCl2
Óxidos anfóteros
As2O3 As2O5 Sb2O3 Sb2O5 ZnO Al2O3 Fe2O3 Cr2O3 SnO SnO2 PbO PbO2 MnO2
Reações caraterísticas Exemplos de reações
óxido anfótero + ácido → sal + água ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O
óxido anfótero + base → sal + água ZnO + 2KOH → K2ZnO2 + H2O
Al2O3 + 6HCl → 2AlCl3 + 3H2O
Al2O3 + 2KOH → 2KAlO2 + H2O
Óxidos neutros
NO N2O CO
Não reagem com a água, nem com os ácidos, nem com as bases.
Óxidos salinos
Fe3O4 Pb3O4 Mn3O4
Reações caraterísticas Exemplos de reações
óxido salino + ácido → sal(1) + sal(2) + água Fe3O4 + 8HCl → 2FeCl3 + FeCl2 + 4H2O
Peróxidos
Li2O2 Na2O2 K2O2 Rb2O2 Cs2O2 MgO2 CaO2 SrO2 BaO2 RaO2 Ag2O2 H2O2
Reações caraterísticas Exemplos de reações
peróxido + água → base + O2 Na2O2 + H2O → 2NaOH + 1/2 O2
peróxido + ácido → sal + H2O2 Na2O2 + 2HCl → 2NaCl + H2O2
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o Os automóveis modernos têm dispositivos especiais que transformam os
óxidos do nitrogênio e o CO em N2 e CO2 (não poluentes).
o Os óxidos do nitrogênio da atmosfera dissolvem-se na água dando ácido
nítrico, originando assim a chuva ácida, que também causa sério impacto
ambiental.
ÁCIDOS
Ácido de Arrhenius − Substância que, em solução aquosa, libera como cátions somente
íons H+ (ou H3O+).
Nomenclatura
Ácido não-oxigenado (HxE):
Grupo Nox de
Nome do ácido HxEOy Exemplo
de E E
HClO4 ácido perclórico
7 ácido per + [nome de E] + ico
Nox do Cl = +7
Ácidos orto, meta e piro. O elemento E tem o mesmo nox. Esses ácidos diferem no grau
de hidratação:
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2 ORTO − 1 H2O = 1 PIRO
Nome dos ânions sem H ionizáveis − Substituem as terminações ídrico, oso e ico dos
ácidos por eto, ito e ato, respectivamente.
Classificação
Quanto ao número de H ionizáveis:
Quanto à força
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• Ácido sulfúrico (H2SO4)
o É o ácido mais importante na indústria e no laboratório. O poder econômico
de um país pode ser avaliado pela quantidade de ácido sulfúrico que ele
fabrica e consome.
o O maior consumo de ácido sulfúrico é na fabricação de fertilizantes, como os
superfosfatos e o sulfato de amônio.
o É o ácido dos acumuladores de chumbo (baterias) usados nos automóveis.
o É consumido em enormes quantidades em inúmeros processos industriais,
como processos da indústria petroquímica, fabricação de papel, corantes,
etc.
o O ácido sulfúrico concentrado é um dos desidratantes mais enérgicos.
Assim, ele carboniza os hidratos de carbono como os açúcares, amido e
celulose; a carbonização é devido à desidratação desses materiais.
o O ácido sulfúrico "destrói" o papel, o tecido de algodão, a madeira, o açúcar
e outros materiais devido à sua enérgica ação desidratante.
o O ácido sulfúrico concentrado tem ação corrosiva sobre os tecidos dos
organismos vivos também devido à sua ação desidratante. Produz sérias
queimaduras na pele. Por isso, é necessário extremo cuidado ao manusear
esse ácido.
o As chuvas ácidas em ambiente poluídos com dióxido de enxofre contêm
H2SO4 e causam grande impacto ambiental.
• Ácido nítrico (HNO3)
o Depois do sulfúrico, é o ácido mais fabricado e mais consumido na indústria.
Seu maior consumo é na fabricação de explosivos, como nitroglicerina
(dinamite), trinitrotolueno (TNT), trinitrocelulose (algodão pólvora) e ácido
pícrico e picrato de amônio.
o É usado na fabricação do salitre (NaNO3, KNO3) e da pólvora negra (salitre +
carvão + enxofre).
o As chuvas ácidas em ambientes poluídos com óxidos do nitrogênio contém
HNO3 e causam sério impacto ambiental. Em ambientes não poluídos, mas
na presença de raios e relâmpagos, a chuva também contém HNO 3, mas em
proporção mínima.
o O ácido nítrico concentrado é um líquido muito volátil; seus vapores são
muito tóxicos. É um ácido muito corrosivo e, assim como o ácido sulfúrico, é
necessário muito cuidado para manuseá- lo.
• Ácido fosfórico (H3PO4)
o Os seus sais (fosfatos) têm grande aplicação como fertilizantes na
agricultura.
o É usado como aditivo em alguns refrigerantes.
• Ácido acético (CH3 − COOH)
o É o ácido de vinagre, produto indispensável na cozinha (preparo de saladas
e maioneses).
• Ácido fluorídrico (HF)
o Tem a particularidade de corroer o vidro, devendo ser guardado em frascos
de polietileno. É usado para gravar sobre vidro.
• Ácido carbônico (H2CO3)
o É o ácido das águas minerais gaseificadas e dos refrigerantes. Forma-se na
reação do gás carbônico com a água:
CO2 + H2O → H2CO3
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BASES
Base de Arrhenius − Substância que, em solução aquosa, libera como ânions somente
íons OH−.
Classificação
Solubilidade em água:
Quanto à força:
• São bases fortes os hidróxidos iônicos solúveis em água, como NaOH, KOH,
Ca(OH)2 e Ba(OH)2.
• São bases fracas os hidróxidos insolúveis em água e o hidróxido de amônio.
O NH4OH é a única base solúvel e fraca.
Um ácido (1) doa um próton e se tranforma na sua base conjugada (1). Um ácido (2) doa
um próton e se tranforma na sua base conjugada (2).
Teoria eletrônica de Lewis − Ácidos são receptores de pares de elétrons, numa reação
química.
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SAIS
Sal de Arrhenius − Composto resultante da neutralização de um ácido por uma base,
com eliminação de água. É formado por um cátion proveniente de uma base e um ânion
proveniente de um ácido.
Nomenclatura
nome do sal = [nome do ânion] + de + [nome do cátion]
Classificação
Os sais podem ser classificados em:
Reações de salificação
Reação da salificação com neutralização total do ácido e da base
Todos os H ionizáveis do ácido e todos os OH− da base são neutralizados. Nessa
reação, forma-se um sal normal. Esse sal não tem H ionizável nem OH−.
Reação de salificação com neutralização parcial do ácido
Nessa reação, forma-se um hidrogênio sal, cujo ânion contém H ionizável.
Reação de salificação com neutralização parcial da base
Nessa reação, forma-se um hidróxi sal, que apresenta o ânion OH− ao lado do
ânion do ácido.
Sais naturais
CaCO3 NaCl NaNO3
Ca3(PO4)2 CaSO4 CaF2
sulfetos metálicos
silicatos etc.
(FeS2, PbS, ZnS,HgS)
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o O gesso é uma variedade de CaSO4 hidratado, muito usado em Ortopedia,
na obtenção de estuque, etc.
Hidrocarbonetos
Hidrocarboneto é qualquer composto binário de carbono e hidrogênio.
Tipo de cadeia
Classe Exemplo
carbônica
ALCANO ou alifática saturada CH3CH2CH2CH3
PARAFINA butano
ALCENO ou alifática insaturada CH3CH=CHCH3
ALQUENO ou etênica com um 2-buteno
OLEFINA
H2C=CHCH2CH3
1-buteno
ALCADIENO ou alifática insaturada H2C=C=CHCH3
DIOLEFINA etênica com 2 1,2-butadieno
H2C=CHCH=CH2
1,3-butadieno
ALCINO ou alifática insaturada H3CC≡CCH3
ALQUINO etínica com um 2-butino
HC≡CCH2CH3
1-butino
ALCENINO ou alifática insaturada H2C=CHC≡CH
ALQUENINO etenínica com um butenino
e um
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CICLOALCANO ou alicíclica saturada H2
CICLANO ou C
CICLOPARAFINA
C
H2
H2
C
C
H2
ciclobutano
CICLOALQUENO ou alicíclica insaturada H2
CICLOALCENO ou etênica com um C
CICLENO ou
CICLOOLEFINA C
H2
H
C
=
C
H
ciclobuteno
ARENO ou cadeia aromática
HIDROCARBONETO
AROMÁTICO
benzeno
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H3C
metil
H3CCH2
etil
H3CCH2
CH2
n.propil
H3C
C
H
CH3
isopro
pil
H3CCH2
CH2CH2
n.butil
H3CCH2
C
HCH3
sec.butil
H3C
C
H
CH2
C
H3
isobuti
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fenil
α-naftil
β-naftil
ortotoluil
metatoluil
paratoluil
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H2
C
me
til
en
o
H2
C
C
H2
e
til
en
o
H3C
C
H
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Polímeros
1. Polímeros de adição
2. Polímeros de condensação
3. Copolímeros de adição
4. Copolímeros de condensação
Polímeros de adição
POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO
Polietileno etileno baldes, sacos de lixo, sacos de embalagens
Polipropileno propileno cadeiras, poltronas, pára-choques de automóveis
PVC cloreto de vinila tubos para encanamentos hidráulicos
Isopor estireno isolante térmico
Orlon acrilnitrilo lã sintética, agasalhos, cobertores, tapetes.
Plexiglas "Vidro plástico" metilacrilato de plástico transparente muito resistente usado em
Acrílicos metila portas e janelas, lentes de óculos.
Teflon tetrafluoretileno revestimento interno de panelas
Borracha fria isobuteno
Borracha natural isopreno pneus, câmaras de ar, objetos de borracha em geral
Neopreno ou duopreno cloropreno
Buna 1,3-butadieno
Polímeros de condensação
POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO
Amido α glicose alimentos, fabricação de etanol
Copolímeros de adição
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POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO
1,3-butadieno
Buna-N ou perbuna
acrilnitrilo
pneus, câmaras de ar e objetos de borracha em geral
1,3-butadieno
Buna-S
estireno
Copolímeros de condensação
POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO
1,6-diaminoexano rodas dentadas de engrenagens, peças de maquinaria em
Náilon
ácido adípico geral, tecidos, cordas, escovas
Terilene ou etilenoglicol
tecidos em geral (tergal)
dacron ácido tereftálico
Baquelite aldeído fórmico revestimento de móveis (fórmica), material elétrico (tomada
(fórmica) fenol comum e interruptores)
poliéster ou poliéter colchões e travesseiros (poliuretano esponjoso), isolante
Poliuretano isocianato de p. térmico e acústico, poliuretano rígido das rodas dos
fenileno carrinhos de supermercados
Eletroquímica
1. Pilha
o Representação IUPAC da pilha
2. Eletrodo padrão
3. Corrosão
4. Eletrólise
o Galvanoplastia
o Aplicações da eletrólise
Pilha
Pilha é qualquer dispositivo no qual uma reação de oxirredução espontânea produz
corrente elétrica.
Os elétrons saem do ânodo (pólo negativo) e entram no cátodo (pólo positivo) da pilha.
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Pilhas comerciais
• Pilha de combustível
Eletrodo padrão
Eletrodo padrão é aquele no qual as concentrações das substâncias em solução é igual
a 1 mol/L e a temperatura é de 25°C.
No caso de um gás participar do eletrodo, sua pressão deve ser igual a 1 atm.
→
2H+ + 2e− ← H2
E0red = 0 (convenção)
A IUPAC eliminou o termo potencial de oxidação. Sempre deve ser usada a expressão
potencial de redução.
• Quanto maior for o E0red, mais fácil será a redução e mais forte será o oxidante.
• Quanto menor for o E0red, mais difícil será a redução e mais fraco será o
oxidante.
• Quanto maior for o E0red, mais difícil será a oxidação e mais fraco será o redutor.
• Quanto menor for o E0red, mais fácil será a oxidação e mais forte será o redutor.
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fluxo de elétrons
←
reação não-espontânea (∆G > 0)
Corrosão
Corrosão do ferro
Eletrólise
Eletrólise é uma reação de oxirredução não-espontânea produzida pela passagem da corrente
elétrica.
Cátodo da cela eletrolítica é o eletrodo negativo, isto é, ligado ao pólo negativo do gerador. Nele
ocorre sempre uma reação de redução.
Ânodo da cela eletrolítica é o eletrodo positivo, isto é, ligado ao pólo positivo do gerador. Nele
sempre ocorre uma reação de oxidação.
Na eletrólise em solução aquosa de sais de metais alcalinos (Na+, K+...), alcalino-terrosos (Ca2+,
Ba2+...) e de alumínio (Al3+), a descarga no cátodo não é a dos respectivos cátions, mas ocorre
segundo a equação:
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Nas eletrólises em solução aquosa e com ânodo inerte (Pt ou grafite) de sais oxigenados (SO42−, NO3
−
, PO43−...) não há a descarga dos respectivos ânions oxigenados, mas ocorre a descarga segundo a
equação:
O ânion F−, embora não seja oxigenado, comporta-se como os ânions oxigenados em relação à
descarga no ânodo.
Nas eletrólises em solução aquosa com ânodo de metal não-inerte M (prata ou metal mais reativo
que a prata), a descarga que ocorre no ânodo é segundo a equação:
M → M x+ + xe−
Ag → Ag+ + e−
Cu → Cu2+ + 2e−
Purificação eletrolítica do cobre − Faz-se a eletrólise de CuSO4 em solução aquosa usando como
cátodo um fio de cobre puro e como ânodo um bloco de cobre impuro. Nesse processo, precipita a
lama anódica que contém impurezas de Au, Ag, Pt, etc., da qual são posteriormente extraídos esses
metais.
Galvanoplastia − Douração, prateação, niquelação, cromeação, etc., feitas por via eletrolítica.
Aplicações da eletrólise
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