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‘ADRIANA DE ALMEIDA MENEZES Procuradora Federal Especialista em Engenharia Econdmica e em Direito Pabico. Professora do Curso Praetorium, do Instituto 108, do Curso Logos. | + questdes comentadas | + Questdes de concursos separadas por t6picos + Principals simulas dos Tribunals Superiores. | 11.457 extinguiu, com efeitos a partir de o2/ ‘maio/2o07, a Secretaria da Recelta Previdencidria e a Secretaria da Receita Federal passou a se chamar Secretaria da Receita Federal do Brasil, “Super Receita’, vincu- {ada ao Ministério da Fazenda, com a atribuicao de arrecadar, cobrar e fiscalizar todos os tributos federais, incluindo, agora, a partir de o2 de malo de 2007, as contribuigdes previdencidrias. 0s créditos previdenciatios origindrios, a partir de centdo, pertencem & Unido, segundo a nova lei. HOIE: 0 INSS tem a atribuicio de conceder e manter os beneficios previdenc- rios € 0 beneficio de prestacao continuada da assisténcia social, mais conhecido Como LOAS, niio mals atuando na arrecada¢ao e na cobranca das contribuigses chamadas previdencirias. A atriouigao de arrecadar, cobrar e fiscalizar as contribuigdes previdenctérias € da Secretaria da Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda. > RESUMINDO: ‘A preocupacao com os infortinios da vida tem sido uma angistia constante 4a hurmanidade. Desde tempos rematos,o homem tem se ajustado no sen. i tido de reduzir os efetos das adversidades de sua existéncia, como fome, S doenca, velhice, et. Com o tempo, nota'se a assunco por parte do Estado de alguma parcela de ‘esponsabilidade pela asistencia aos desprovides de renda até, fnalmente, ser crlado um sistema securtrio coletivo e compulséro. Resumidamente, a evolucio da protegio socal campreende o aumento da ‘esponsabilidade do Estado pelo bem estar da sociedade de modo cada vez [9-84] mals abrangente, visando & protegio total seguridade socal, i © Hoje, no Bras, entende-se por seguridace socal o conjunto de a¢bies do Es- 55 2 tado no sentido de atender as necessidades bisicas de seu povo nas areas de Previdencia Social, Asssténcla Sociale Said. A seguridade social compreende um conjuntointegrado de agbes de inidativa | dos PoderesPablcos eda socedade, destinado a asseguraros direitos sade, oe 4 previdéncia e &assisténca social (CF, ar. 194 caput). + «| Asaide 6 direto de todos e dever do Estado (art. 155, F/88). Assim, indepen JG ee] dente de eontrbuigio, qualquer pessoa tem o direto de obter atcndimento na rede pba de sade. ‘assisted social serd prestada a quem dela necesstar (art. 203 7/88), ou onveinzacao | 825s 7 A i: soja, Aquelas pessoas que no possuem condigdes de manutenezo propris, ‘Assim como a sate, Independe de contribu para a sistema. 0 requis b ara o audio assistencial & a necessidade do assistido, |Aprevidéneia social é seguro colo, contribute, eompuls6ro, de organizacio | estatal (SS), organizado no regime financeio de repartico simples e deve coneliar este repime com a busta de seu equitbro finance e atuarial (ar. 201, CF). [A Securspine Soci D> Histérico no Mundo Inglaterray4601 | Poor Relief Ac~ primero ato relative & assisténda socal “TT ehaneeler Bismark obteve a aprovario do pariamento de seu projeto de — : rode acenes de vaio Ai 5 | Segue de doen, qu apie po sepa de 2 (4884) € pelo seguro de invalidez e velhice (1889) ‘appi | Encelca Rerum Novorum, de Leo x “oy ‘A primeira Constituigao a mencionar 0 seguro socal foi a do MEXICO "sig. | AConstnlgao de Weimar traz varios dlspostvosrelatvos &Previdéndia ‘crc protetva espalhow-se pelo : ‘A partir €o modelo Bismarkiano, esta técnica protetva esp a sit, mundo senda que, no perio ene a ins wandes eas, howe Papas | maior abrangénca da técnica, atingndo um nimero cada vez maior de Vr | pessoas Neste perodo, pode-e ct o Sd Sart At. ‘Relatdrid BEVERIDGE) Este relatério, responsével pelo surgimento do plano de ‘mesmo nome, fol que eu.arigem & Seguridade Social, ou sej, a responsa~ blldade estatal nao s6 do seguro social, mas também de agBes na rea de safde-c assiténca social _ > Histérico no Brasil i secret rassresaler aaa Sed ee eon Recast tae eee "| era concedida a funciondrios piiblicos, em caso de invalidez. iemeiaeiee Gaara McRae omebeaee Legislative n° 4.682, de 24/01/1923), que criou caixas de aposentadorias e pensies saree “ Ieee duroptcodee newman caine ute cs a reer ectoleees certian cee oes oneness empresas de servicos telegraficos e radiotelegréficos. See ecards aaen ne ir aspera | peace q riplice da fonte de ne 4 rae ‘com contribuigdes do Estado, de empregador € do ‘em Cee ea Sa oe eee oe pe eee 25 Anwina 0 Auton Menezes ‘ Constnuicdo de 1946 ola primera a uillzar a expressio “previdenda socal, 2948. | substuindo a expresso “seguro soca ‘seo |_| Ale? 5807, de 26/0/56, uniicou toda a legisla seca e ficou conheciéa 2° | como a tel Organica da Previdéncia Socal - LOS. 563. | stig do Fundo de Assténda ePrevidnda do Tabalhador Rural—FUNRURA, instudo pela lel 1? 4.214 de 02.03.1963. ‘nda na C46, fl incu, em 365, pardgrafo probindo a prestagio de beneo sem 2 correspondentefonte de csteo,. Wes foram unificados no INPS, por meio do Decreto-ein* 72, de 23.1396. || 2967 Aci 5.6, de 14.00.1967 Integrou o seguro de acidentes de trabalho & 2967" | previdenda socal fzendo assim desaparecer este Seguro como ram & part. Alsi complementarn xa, de 2505.97, nstuu o Programa de Asssténca 20 gp | Taattador Purl PRoRURAD, de natureza asistencia, co pindpal beneiGo i era.aaposentadoria por vetice,apés 6 anos de dade, equvalene a 50% do | salriovninima de maior valor Pa 47 | Alsi? 6.9/7 silo SNPS. ____ | Aconstiugéo de 1568 ratou, pela primeira vez no Bri, da Seguridad Soda, 988 | ertendda esta como um conju de ages nas reas de Sad, Previdenca © Assisténca Sodal. ‘OSNDAS foi extinto em 1950. Ll n® 8.029, de 22/04/1999, iow o SS muro "Nacional do SEGURO SOCIAL autarquia federal, vinculada 20 hoje MPS, por meio da fuso diH63 com off) ci 8.212 (Plano de Custelo e organizaczo da Seguridade Soda) e tel n> 8215 (Plano de Benetidos da Previdénda Soca), Decreto a 3.0899, 1 Reforma da Previdénda, ransformando aposentadorla par tempo de serigo em aposentadora por tempo de contribu, 2 Reforma da Previdenda, mudando regras de apasentadoria do servidor, com | ‘fim da integrakdade e i parade, ‘Complement a £C ne 4ajog trazendo mals uma regra transla, (Gago da Secretaria da Receita Previdenciri vinculada ao Minstrio da Pre- ‘dena Social com atibuiao de fscalzr,cobrar e arrecadar as contbuigbes revidencirias Dingio da Secretaria da Recelta Previdenciria - SRO, conferindo & Secretaria da Receta Federal do Brasil a atribuigao, também, da fiscalizao, cobranga € ‘arrecadacao das contribugbes previdencirias Decorreu o prazo para sua conversa em lel e manteve'se,entlo, a SRP tele ;] de Secretaria da Recelta Federal do Grasil~SRFB-, com a atribulcSo, a partir ‘xtinglo da SRP. A Secretaria da Recelta Federal passa a ter a denominacio ide malo/or, de iscalzar,arrecadar e cobrar as contribuigBes previdendaras, 26 \ | | [A Secure Soom. ‘QUESTOES COMENTADAS DE CONCURSOS PUBLICOS ‘x, (DefensoriaPéibca da Unio /CESPE/2010) Ate Eloy Chaves (Decreto Legilativo no 4682/3825), ‘considerada o marco da Prevdencla Social no Brasil criou as cabas de aposentadoria e pen- ses das empresas de estradas de feo, sendo esse sistema mantido e administrado pelo trade, > comentério ssa assertvaencontra se errada na medlda em que a caxa de aposentadoria epensio dos tr balhadores das estradas de fero ndo era Somente com contbulgbes do Estado, Haviaconibuides das empresas e dos prprios trabalhadores. Porém, esd crreta a parte em que diz que a Lel Eloy Chaves & consderada o marco ca Prev nia Socal no Bras. Fundomentaguo: rt. Decreto 4683, 102, (Advogad da Unio /CESPE/2006)- Ap6s modelo de previdéncia sodalconcebido por Wiliam Beveridge, implantado na Inglaterra a partir de 2946, novos sistemas surgiram no cendrio raional mundial 0 sodal-democrata, adotado nos pases nGalios, co objetivo era asse- \ gurarrenda a todos mediante redistribuicio Iualtria; eo liberal ou residual, cjo exerplo mals expressWvo € o ile, caracerizado, especialmente, pela indivicualzagéo dos riscos socais > comentério ‘Aassertvaestécoreta e demonstra dots stems ditnts de previdénca socal que sugram, tendo, de um lado a Inglaterra como representante do modelo social-democratae, de outro, 0 Chile ‘com um sistema liberal 03. (Fiseal Ss/aterada/CESPE/s997) ~O Sistema Nacional de Previdéncia e Asistencia Socal (Ginpas),Introduzido em 2977, buscou reorganizar a previdéncia soca, integrando suas diversas atlvidades, por melo de 6reios tls como: INPS, NADIPS, FUNABEM, DATAPREV e pas, > comentério. ‘Aassetva encantrase coreta, na medida em que, de fat, © SNPAS buscava organiza Prev- dénca a Asst Social no Bras com a inegraguo de virios Gros acima todos, akém da (BA (eCEME. Fundamentagao: Ans. 3 , ambos date 6439/7 ‘QUESTOES DE CONCURSOS ox, (alist Judicirio/frea judilria/r 21 Regio/CESPE/2010)~ As atuais regras consttuco- nals impedem que os municipios tenkam seus prépriosInstttos de previdénda. ‘ABO Certo Derado oz (Avalita Judcro/hrea yudicéria/TRT 21 Repido/CESPE/2030)~Até a década de go do século 1%, previdéncia social brasileira caracerizava-se pela esisténca de insttsos previdencé ios dsites que atendiam a diferentes setores da economia. ABs0 cero D erado 27 Anais 0¢ Aun Menezes 5. (Analista Judiirio/Area juicria/Met 23+ Regiio/CESPE/2020) - Com a crlagdo do Instituto "Nacional do Seguro Social foram unficados,nesse insttuto, todos os dros estaduals de Drevidéncia sodal (10:0 certo D erado 2%. (Defensor Piblico do Estado do Cear4/CESPE/2008) - No ordenamento lurdico brasiro, a primeira referénca a instiuiBes que promovessem agbes relaconadas 20 que hole se omens ree ute amos lds Pbres oor aw em ei astnde Sod endo a roads seal stb spr doco Yor Bana, iia Meant em lt com sae dua st Ge sepres sos eeoeeaeee aa € [areca ¢ [ease E | Art. 27, Lei 8oa9/90 ¢ [boar € [bose 06 | € | Art. 29, Decreto 4682/23 ae [bane ape f 7 c : a [nt el 3807/60, at lel 6499/77 ‘As, Decreto 4682/23 Doutina 2 ‘An, cpu el 8029/90, Doutrina 29 Capfruto 2 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL Sumrio + 1, A seguridade socal - 2. Sade - 3, A assistncia socal - 4. A previdnia social ~ ‘QuestBes comentadas de concursos pabllos ~ questdes de concursos 1. A SEGURIDADE SOCIAL Como dissemos no capftulo anterior, a Constituicio Federal de 1988 foi a primeira constituicio brasileira que introduzlu no seu texto o conceito de seguridade social. ‘A Seguridade social brasileira, como prevé a Constituigdo de 1988, no art. 194, ‘caput, € um conjunto integrado de agGes nas areas de previdéncia social, assis- téncia social e satide. 0 termo “seguridade” fol trazido pelo constituinte de 1988, a partir do termo espanhol “seguridad”. Por isso, em Portugal fala-se em “seguranca social”. Para nosso estudo, seguridade e seguranca social séo expresses sindnimas. Da ‘mesma forma, 6 comum chamar a previdéncia social de “seguro social” que, para nosso estudo, devem também ser compreendidas como sinénimos. Seguridade provém do latim securitate(m), decorrente de securitas, eviden- ando a concepgio de proviso para o futuro. Conforme preceitua 0 art. 194 da Constituigdo Federal, a Seguridade Social: COMPREENDE UM CORIUNTO ITEGRADO. DE ACOES DE IMICATVA. 005 ‘PODERES POBUCOS E DA SOCEEDADE, DESTIADAS A ASSEGURAR 0S DIRETOS FUNDAMENTAS RELATVOS A SAUDE, PREVIDENCAE A ASSSTENCIA SOCAL. Dai, entZo, conclulse com facilidade que a seguridade social é um género, do ‘qual so espécies a previdéncia social, a assisténcia sociale a saiide. Esse 6 conceito de Seguridade Social factivel [Ensina MARTINS que “o Direito da Seguridade Social é um cénjunto de principios, de normas e de insttuigbes destinado a estabelecer um sistema de protegao aos indi- ‘viduos contra contingéncias que os impecam de prover as suas necessidades pessoais bsicas e de suas familias, integrado por agOes de iniciativa dos Poderes Piblicos e da 4 MARIN én Pit, Reforma da Previdenci Socal n Reus de Preven Soi ano +25, D- 31 Abana De AUD Menezes sociedade, visando assegurar os direitos relativas & satide, d previdéncia e a assis- tncia sociar”. Importante ressaltar que, ainda, 0 seguro social € usualmente Incluido como direito de segunda geracio, por se tratar de direito social criado no século XIX. J a seguridade, como grau méximo da protecdo socal, por materializar de mado mais evidente a solidariedade do sistema protetivo na atualidade, deve ser necessaria- ‘mente inserida na terceira geracio. ‘A Seguridade Social é verdadeiro direito de terveira geracéo, jé que é exten- sivel a toda a sociedade, transcendendo 0 aspecto individual, & semelhanca dos direltos cléssicos de primetra geracto. E de se registrar, no entanto, que a ordem social ndo esgota todas as agdes, ‘em favor da sociedade, mantidas pelo Estado. O constituinte de 1988, ao criar um Fstado Social com amplas acées em prol da sociedade, nao se limitou, a previ déncia, & assisténcia e & satide, mas também direcionou a ago estatal para outras reas de interesse, como a educacéo. Por isso, apesar da seguridade social reunir as principais agBes socials do governo, nao estdo todas af incluidas. A seguridade social é somente um compo- rente (mas o principal) do Titulo “Da Ordem Social” da Constituicio. 2, SAODE ASatide 6, conforme dispe o art. 196 da Constiuicao Federal, “direto de todos dever do Estado, garantido mediante politcas sociais e econdmicas que visem & redugtio do risco de doenga e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio as ‘ages e servicos para sua promogdo, protec e recuperagao". Nao esta o servico de satide sujeito A contribuigdo prévia do beneficiério de seu servico, qualquer pessoa tem o direito de obter atendimento na rede pablica e, atualmente, esse sistema possui organizagao totalmente distinta da previdéncia social. |sso significa que o usuario do sistema de sate piiblica nao necessita comprovar ualquer contribuicao para o sistema de seguridade socal para ser atendido. Inde- pendentemente de qualquer contribuiao, tem-se o direito & satide no Brasil. Com 0 novo modelo de sade trazido pelo constituinte de 1988, néo se exige daquele que vai receber 0 tratamento de saiide, pelo Poder Piblico, qualquer contribui¢do prévia ou mesmo que ele pertenca a um sistema de previdéncia. bom relatar que a confusto que muitas pessoas fazem entre 0s conceitos de previdéncia social e de prestacio de satide pelo Poder Pablico se deve ao fato de ‘que, no modelo anterior & Constituigao Federal de 2988, a protecio a satide no era considerada um direito para todos, universal. As pessoas que tinham direito 32 (A Seaunmace Soa Yo BRAst. A prestagéo do servico pblico de satide eram aquetas vinculadas & Previdéncia ‘Socal, ou seja, 0 trabalhador que contribufa para a Previdéndia Sodal. Para exemplificar, 6 eram atendidos por meio do INAMPS (Satide) os trabalha- dores vincutados ao INPS (Previdencia). A satide, entéo, a partir da nova concepeéo trazida pela Consttuigéo de 1988, 6 garantida mediante polticas socials e econOmicas, visando & redugao do risco de doenca e de outros agravos necesséria para sua promocao, protecdo e recupe- racdo. As condigSes para implantacdo de tais ages da satide, além de sua orgat zaGio e de seu funcionamento, s4o objetos de regulamentacao pela Lei ne 8.080/00. AgBes ¢ servicos piibicos de satde integram uma rede regionalizada e hierar: uizada e constittem um sistema tnico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralizacdo, com direcio Ginica em cada esfera de governo; aten- dlimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuizo dos servicos assistencais; e partcipacdo da comunidade. Percebe-se que, com a nova concepedo das agbes de satide, 0 INAMPS nido mals atendia a0 comando constiucional ¢ fol extinto em 1993. AS agBes de satide passaram, ento, para a responsabilidade direta do Ministrio da Savide, por meio do Sistema Unico de Satide ~ SUS. ‘Ao SUS compete, além de outras atribuigBes, nos termos da lei: + controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substancias de interesse para a sate, além de partidpar da producao de medicamentos, equipa- mentos, imunobiolégicos, hemoderivados e outros insumos; + executar as agies de vigilincia sanitéria e epidemiolégica, bem como as de satide do trabalhador; + ordenar a formacao de recursos humanos na area de satide; ‘+ participar da formulacdo da politica e da execucdo das acies de sanea- mento basico; + Incrementar em sua érea de atuagdo 0 desenvolvimento clentfico e tecno- \éshco; + Ascaizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor rnutricional, bem como bebidas e Aguas para consumo humano; + participar do controle e fiscalizacao da producao, transporte, guarda e ut zacdo de substancias e produtos psicoatives, téxicos e radioatives: + colaborarna protecdo do meto ambiente, nele compreendido o do trabalho. 0 Sistema Unico de Satde é financiado com recursos dos orcamentos da segu- Fidade social, da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, além de otras fontes. 33 onan De Aus Menezes ALel ne 8080/99, que dispde sobre a organizacio e o funcionamento dos servigos de satide, traz em seu art. 31 que “o orgamento da seguridade social destinara 20 Sistema Unico de Satie (SUS), de acordo com a receita estimada, os recursos necessérios & realizacio de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua diregao nacional, com a participacao dos érgaos da Previdéncia Social € da Assisténcia Social, tendo em'vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orcamentérias.” E pertinente destacar que a Constituigéo Federal, em seu art. 198, $2, deter- mina que a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios devem aplicar, anualmente, em acbes e servicos piblicos de satide, recursos minimos derivados da aplicagao de percentuais calculados sobre suas arrecadagies tributérias, além de parcela dos valores obtidos a partir de repasses da Unido, dos Estados e dos Fundos de Particpacio de Estados e Municipios. Esses percentuais minimos deverao ser fixados em lei complementar, a qual, até 0 momento, nao velo a ser elaborada promulgada. Entretanto, até que venha a ser editada essa lei complementar, a propria Emenca Constitucionat ne 29/2000 inseriu no art. 77 do Ato das Disposigoes Cons- ‘titucionals Transitrias - ADCT regras a serem cumpridas relativas & aplicagio de recursos minimos aplicados nas aces puiblicas de satide, quais sejam: ‘+ no caso da Unio, no ano de 2060, 0 montante empeniado em agbes e servicos piibicos de satide, no exercicio financeiro de 2999, acrescentando- Se, no minimo, 5% (cinco por cento); para os anos de 2001 @ 2004, seria 0 valor apurado no ano anterior, corrigido pela variagao nominal do Produto Interno Bruto - PIB; + no caso dos Estados e do Distrito Federal, 12% do produto da arrecadacao de impostos estaduais € dos recursos repassados pela Unido a titulo de ‘mposto retido na fonte e os obtidos com 0 Fundo de Participacao, dedi zidas somente as parcelas que forem transferidas aos respectivos Muni pos; * no caso dos Municipios e do Distrito Federal, 5% do produto da arre- cadagdo de impostos municipais e dos recursos repassados pela Unio Cimposto retido na fonte e fundo de particpacao) e pelos Estados. Percebe-se que, mesmo apés 2004, no veio a Lei complementar, o que faz com aque as regrasacima sejam respeitadas até que decorra a rferia lel. A Constituicao evidenciou; ainda, a possibilidade de assisténcia 4 satide pela iniciativa privada. Vale dizer, a satide nao é exclusividade do Poder Ptiblico, podendo as instuigdes privadas paricpar de forma complementar do Sistema Unico de Satide, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito piiblico ou convénio, tendo preferéncia as entidades flantrpicas e as sem fins lucratvos. 34 (A Secuioaoe Soci. no Bras. Entretanto, € vedada a destinagZo de recursos piblicos para auxfios ou subvengdes as instituies privadas com objetivo de Wucro (ar. 198, CF). ‘A Constituiglo ndo veda a criaglo de empreendimentos voltados ao lucro na rea da saiide. Apenas veda 0 aporte de recursos péblicas, salvo a quitacdo de servigos prestados ao SUS. Veda, também, a participacao direta ou indireta de ‘empresas ou capitais estrangelros na assisténcia & satide no pais, salvo excegies previstas em lel. Por fim, vale destacar a ditima alteracdo do art. 198 da Constituigéo trazida pela Emenda n. 63/2010 que dispde que “lei federal disporé sobre o regime juri- ico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira 2 regulamentacao das atividades de agente comunitério de satide e agente de combate as endemias, competindo a Unido, nos termos da lel, prestar assisténcia financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios, para 0 ‘cumprimento do referido piso salarial”. 3. A ASSISTENCIA SOCIAL ‘A-ssisténcia Social é tratada pela Constitulcdo nos arts. 203 ¢ 204: “Serd prestada a quem dela necessary, indepenientemente de contr bug & seguridad socal e tempor objetivos: 1-4 proteeo& fama, & matemidade,d infncla,& adolescéncia €@ vec. 11 amparo ds criangase adolescentesearentes 1a promogto da integra ao mercado de trabalho IVa habiitago e reabitagio das pessoas portadore de defkinca 4 promogio de sua itegrato vide comuntra, V2 gpranta de um sald mimo de benfio mensal& pessoa portadora de defténia e ao idoso ave comprovern nao possi melos de prover @ prépria manutengo ode ta provda por sua fama, conforme dispusr ale.” A pessoa dotada de recursos para a sua manutencdo, logicamente, nao seré destinataria das agbes estatais na area assistendal, no sendo possivel a ela 0 fornecimento de benefico assistencal pecunisio. Vale dizer que 0 beneficio pecunidrio s6 serd concedido & pessoa que neces- sita desse amparo, por no ter condicdes financeiras suficientes para suportar sua subsisténcia.Jé em relagio aos servigos socials, ndo hé exigéncia de comprovacio de falta de condicao financeira. Uma pessoa poderd ser atendida, por exemplo, por programas de promocio e integracio ao mercado de trabalho. A assisténcia social € regida por lei prépria (Lel ne 8742/93) ~ Lel Orginica da Assisténcia Social - LOAS, contemplando a concessdo do benefico assistencial 35 ‘Annan de Auweioa Menezes correspondente a um salério minimo, na forma de beneficio de prestagio cont- ruada, para pessoa portadora de deficigncia e idoso com 65 anos ou mais, que comprovem no possuir meios de prover a prépria manutencao ou de nao té-la provida por sua familia, atendidos os requisites legals. 0 benefico de prestacio continuada da Assisténcia Social sera objeto de ‘estudo em capitulo préprio. ‘Que comprovem no poss mmeios de prover 2 propria rmanutengo ou de néo t&- 4a provida por sua fai, _tendidos os recuiskos leas. ‘outro ponto a se destacar diz respeito & incusio do pardgrafo Gnico do art. 204 na Constituigio Federal pela Emenda Constitucional 42/2003, que faculta a0s Estados e ao Distrito Federal a vinculacdo de-até 0,5% (meio por cento) de sua receita tributéria liquida ao programa de apoio & inclusdo e promocao social Neste caso, tais recursos ficam, necessariamente, atrelados &s agBes sodais previstas, sendo protbida a aplicacao destes com despesas com pessoal e encargos socials, servgo da divida ou qualquer outra despesa corrente nao vinculada direta- mente aos investimentos ou agBes socials apoiadas. 4. A PREVIDENCIA SOCIAL {A Previdéncia Social, como um dos pitares da Seguridade Social, pode ser ‘conceituada como 0 conjunto de ages governamentals que tem por objetivo asse- {urar aos respectivos beneficiérios os meios disponivels de manutenco, uma vez Dresentes 05 riscos sociais basicos assim considerados: + Incapacidade; + desemprego involuntario; + idade avancada; + tempo de contribu + encargos familiares; + prisdo ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Vale ressaltar que, juntamente com a educe¢zo, sate, alimentagdo, trabalho, moradia, lazer, seguranca piblica, protecdo & maternidade, & infancia e a assis- tncia aos desamparados (assisténcia socal), a previdéncia social consttul um direito subjetivo do trabalhador, conforme previsdo do art. 6 da Constituiclo Federal, in verbis: ‘Ar. 6+~ Art 6S crits sodas « eduengto, sade, a alimentago, © trabalho, a morada,o lazer, © segurange, a previdéncia social a 36 ‘A Secunpave Soci. no Bras roteg & materidade ein, a ossstca cos desomparods, ‘fora des Contino. Conforme preceitua o art. 201 da Consttusao Federal: “A previdnca socal ser onpnzoda sob a forma de regime gra, de carter conto de Mago obits, ebseradesctéris que reserve eqilo fiance aural, © atenderd as termes da isa |-eoberura ds everas de doen, nade, mre dade avangnda. l= protegdo@ maternidade, especaimente dgestante I protesto ao trabahadorem stuagao de desemprego Inoluti. Iv sliofantia e audioredusto para os dependetes dos sep rads debates rende; \V- pensto por mort do segurad, homem ou mulher, ao cnuge ou companteroe dependents, abservadoo dispsto no 6." Veja que a Constiui¢do foi dara quando tratou da previdéncia social: + organizada sob a forma de regime gerak vamos ter um regime geral de previdéncia social, abrangendo trabalhadores rurals e urbanos num s6 sistema; + de caréter contributivo: significa que hd a compulsoriedade da contribuicio para a previdéncia social. 0 segurado da Previdencia Social deverd pagar contribuicéo para a manutencio do sistema previdenciario; ‘+ de filiagao obrigatéria: significa que aqueles que venham a exercer ativi- dade remunerada licta deverao obrigatoriamente se fillar & Previdéncia Socal ‘+ preservacdo do equilforiofinanceiro e atuarial: devem-se criar crtérios de modo que o sistema previdenciério se mantenha equilibrado financeira ¢ aluarialmente. Nao se pode admitir que o sistema previdencidrio seja criado sem a preocupacio com o equilrio das contas no intulto de poder arcar com 0 pagamento dos beneficios. Como exemplo, podemos citar: + Jodo, empregado de uma grande indiistria no municipio de Araraquara, vai ser segurado obrigatério da Previdencia Social e terd que contribuir para o regime. No aso, Jodo exerce atividade remunerada Wcita, serd considerado filaco a Previ- déncia Sociale deverd contribuir para a manutengio do sistema. Uma questio relevante deve ser apontada em relaco aos objetivos da previ- déncia social elencados no art. 201 da Constituigdo Federal -a protecio do traba- thador contra o desemprego involuntario. Embora 0 seguro-desemprego seja um benefico criado pelo Governo como forma de proteger o trabalhador quando este é demitido involuntariamente & 37 Abrus o€ Auacion Wlxezes possuir natureza previdenciéria, a Previdéncia Social nao é responsével pela sua ‘administracao e concessao. 0 seguro-desemprego é concedido e administrado pelo \Ministério do Trabalho e do Emprego com recursos advindos do Fundo de Amparo 20 Trabalhador ~ FAT -, no fazendo parte da lista de beneficios da Previdéncia Social. Portanto, a natureza do beneficio é previdenciatia, visto que a Constituicio deu previstio expressa para que a previdéndia social se preocupasse com a questio do ‘desemprego lnvoluntério. No entanto, como o beneficio nao é fornecido pelo Plano dda Previdncia Social, ele ndo é considerado um beneficio previdenciario. ‘A previdéncia brasileira comporta dois regimes basicos que so o Regime Geral de Previdéncia Social - RGPS - e os Regimes Préprios de Previdéncia de servidores péiblicos ~ PPS, este ditimo para servidores ocupantes de cargos efetivos e mil- tares. Em paralelo aos regimes basicos, hd o regime de previdéncia complemeintar trazido pelo art. 202 da CF. ‘Ao RGPS esto vinculados os trabalhadores brasileiros de modo geral, sendo disciplinado no art. 201 da Constituicao. J4 08 RPPS so organizados por Unidade Federada, sendo abordados no art. 40 da Constitulgao. Isto é, cada Ente Federativo (Unido, Estados, DF e Municfpios) ‘tem competéncia para criar um tinico regime previdencidrio para seus servidores, desde que estes sejam ocupantes de cargo de provimento efetivo. Assim, quais- quer outras pessoas contratadas pela Administracdo Piblica que nao ocupem cargo piiblico efetivo so vinculadas ao RGPS, como, por exemplo, empregados piblicos, comissionados, etc. Quando o regime proprio de previdéncia é criado, © ente instituird uma contribui¢do social para financiar o sistema, cobrada de seus servidores, cuja aliquota nao serd Inferior & da contribuicao dos servidores titulares de cargos efetivos da Unido, conforme dispde 0 art. 149, pardgrafo nico da Constituicéo Federal. Percebam que, enquanto 0 RGPS & tinico para todo o Brasil, os RPPS sao varios, criados por Entes Federativos e restritos aos servidores efetivos das respectivas unidades federadas. Cada Ente Federative paderd ter um tinico RPPS. ‘Além dos regimes bésicos da previdéncia brasileira, hd ainda a possibilidade de qualquer pessoa ingressar na previdéncia complementar, que € de natureza facultativa. S6 entra quem desejar. E de fundamental importancia perceber que a adesdo & previdénda comple- mentar nunca excluiré a vinculacio obrigatéria dos trabalhadores aos regimes bisicos! ‘A previdéncia complementar pode ser privada ou pablica, sendo que a privada pode ser aberta ou fechada, enquanto a piiblica é sempre fechada. 38 | Secummoane Soon. No BRAst. Vela 0 quadro que sintetiza, portanto, 0 conceito de Seguridade Social: SEE Seclmibdibe Soca st 15a ee ‘Previdéncia Social, ~Assisténela Social so |) 2.) stp Satide +30: Oanzada sob a forma de Deo de todos regime geral fare bach na am e dever do Estado; ardetercontributivo; Independe indepenc “mugen se cmotito deconbuto (art. 201, CF) Gas, 203 204, 7) (arts. 296 a 200, CF) (QUESTOES'COMENTADAS DE CONCURSOS POBLICOS ‘ox. (IGenleo Previdencri/Iss/CEScRANRO/2005) ~ A seguridade social compreende um con- Junto integrado de aches de Inidatva dos poderes piblicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relatvos a: 1b satide; educacio; ML habitacdo; IN. assiséncia socal ¥._previdéncia social sido corretos os tens: ) Wvevapenas. @ Luev,apenas. © wey, apenas. © tmen, apenas. © Limen, apenas. > comentério Conforme dispe 0 art 194 da Consttulgo Federal os dietos compreendidos no sistema de seguridad soda sto os relatives @ SAUDE, PREVDENCAE ASSSENCA SOC, soment. Edveagio e habagzo, embora sejam direitos socials, ndo estdo abrangidos pelo sistema de Segurdade Soca. Portato, a respasta coreta &o letra C 02, (Iéerico da Recelta Federal/SAF/2006) - De acordo com a Consttuigdo Federals, as inst ‘ulgBes poderao paridpar do Sistema Gnico de Sade, segundo diretrzes deste, mediante contrato de direto piblico ou convénio, tendo preteréncia as entidades flaniépicas e as sem fins luerativos, podendo elas pantcipar de forma: 0 alternative © supletva (© complementar ©) contibutha © suspensiva 39 ‘Anns oe Avena Mees > comentério ‘Aresposta correta& a letra C Temse que a Sade & um elreto constituelonal grantide a todos, ‘mas a iniatva privada poder aivar nessa dre, ‘Aesposta encorarespao no art 159, §1° da Constivigao Federal: “ar 199. A asistencia dt sade fore @inlcatva privada. 452 ~ As instuigdes privadas poderdo partipar de forma comple- ‘mentar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contato de direc piso ou cnvénio, tendo preferencia as entdades flardpiense as sem fn lucatvs.” 05. (Fiscal MSS/CESP/a997)~A preexsténca do cuselo total em relacdo a0 benefio ou servico dda seguridade socal € fetor Indispensivel, sem o custelo, no hé benefco ou servia de sepuridade. Porém, esse principio nao impede que a asistencia social seja prestada Inde pendentemente de contrbuicio do beneficério & seguridade socal. > comentério ‘Acasserva esd coreta. fsa questo, multas vezes, leva 0 létor ao err, Imagnando que os benefes da essisténca social ndo preisam de prévo cstio. ‘So cosas dstnas:o beneicrio da asist2ncia socal ndo precisa ter contribu prévia para ‘sistema de seguridad soca nto se exige dele contibugto para receber bene asistencia. No entanto,todes 0s benefis da Segoridade Social selam de sade, pevidénca ou assstnca neces: sitam da préviafonte de custeio para que seam conceids, estendidas ou majorados, ‘undamentago: Arts. 295, Se 203, ambos da C8 ‘QUESTOES DE CONCURSOS ‘1. (Médico Perito/Nss/CESPE/2020) - 0 benefico de prestaclo continuada é a garantia de 1 salério minimo mensal& pessoa portadora de defcincia e 20 idoso com 7o anos de idade ‘ou mals e que comprovem nfo possuir melos de prover 2 prépria manutencio e nem de tla provida por sua familia. (ch-C cero Derrado (02. (Médico Perito/Nss/CESPE/2020)~ A competéna do SUS para exeeutar as agbes de sade do trabalhador est expressa na CE. (Médico Perito INS- CESPE2010) co: cero D erado 3 (Médico Perito/tss/CeSPE/2030) ~ Cabe zo SUS partiipar da normatizagao, ficallzacio controle dos servicos de satide do trabalhador nas institulgdes e empresas péblicas privadas, cas: (eno D erado (04, (Médico Perito/tss/cEsPe/2010)~€ vedada 2 adogio de requisites e ertéros lferenciados para.a concessdo de aposentadoria aos beneficrios do ROPS,ressalvads os casos de aii ads eneredas sob condicdes especials que prejudiquem a saide ou a integridade sca & ‘quando se tatar de segurados portadores de necessidades espec em el complementar 5. 06. or 8. os. A Seaurnane Soi no Beast (Quécico Pertofnss/CesPE/2010) 0 benefio de prestaclo contnuada deverd ser revisto a ‘ada 5 anos, para reavaliar as condigdes que he deram origem. A cere erado ‘inalsta Previdenclrlo/NSS/CESPE/2008 - As acBes e servgos pblcos de saide Integram ‘uma rede regionalizada e hlerarquizada, que constitul um sistema tnico, organizado de corto com as diretizes de descentralizacio,atendimento integral e partcipacao da comu: nidade, ARO cero ada (inatista Previdenctrio/Mss/CESPE/2008) ~ Considere-se que técnicas da secretaria de fazenda de determinado estado estelam preparando 0 ofgamento para o préximo ano & ecam a José carlos elabore proposta para gastos em programas volades para a promocso social. Considere ainda que José Carlos caleule que o estado ceva aplicar RS 5.00300 em programas desse tipo, corespondentes & parcel, estipulada em lel, da receltawibutrla Tiguida, estimada em RS:oomihdes. Nesse caso, 2 proposta de José Carlos é correta, pos (05 estados devem vineular 05% de sua receta tributiria lqulda a programas de apoio & Incusto e promogdo social GA0:0) certo 0 Erado (écnico Previdenciéri/INss/CesPE/z008) - Pel fato de serem concedidos independente- mente de contbuicio, os benefes e servos prestados na érea de assisténca sodal Drescindem da respect fonte de custeio prévio. ancora 0 trade (naka PrevidenciriINSS/CESPE/2008) ~ As acBes e services piillcos de sade integram uma rede regonalizada e hlerarquizada, que constitu um sistema dnico, organizado de acordo com as diretrizes de descentralizacio,atendimento integral e partcipacio da comu: nidade. AC) Cero ada (Géenico Previdenclrloftss/CESCRAO/2005) - & asisténda social & a poltica socal que Drové o atendimento das necessidades bisias, raduzidas em protegio & fama, & mater nidade, &infancia, A adolescéncia, & velhce e & pessoa portadora de defcénda. A esse respeito, pode-se affmar corretamente que: 6 exigda a comprovacio de ao menos 2 (um) recolhimento & seguridade social para ter iret 4 assisténda. 6 aplcivel em carter excusvo aos segurados e seus dependentes menores de 2 (inte © umm) anos ou maiores de 7o (setenta) anos. 6 independente de qualquer contribuclo a seguridade soca ‘fo benefciados apenas os dependentes de segurados que tenham cumprido 0 period de ‘aréncia previsto em le slo benefcados apenas os seguradas em dla com as contribuigées previdencéias. ‘ABs Cero Cerrado ‘Gnalista Previdencirio/ISS/CESPE/203) A sequridade social compreende um conjunto inte grado de acbes de iniatva dos poderes piblicos e da sociedade, destinado a assegurar 0 ‘iret relatvo& sade, 2 previdnda e & assisténcia social ‘catsCcena Cerrado a1 ‘onus ¢ Auneon Menezes CaPfruzo 3 TS HNOAMENTAGHON. | oe | 35 cn et sy | PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS ape] maou / ee | me bste, nie eae DA SEGURIDADE SOCIAL wfe maine i |e “A. 2, Le 674293 i she ME ‘Sumario + 1.Introdugac Da uni lidade da cobe de ii ‘Da unifor- or |e | Mac pd || Bila eogultt cas tones seins fr popes uous ¢ rau Be afe] mma | Wffmidhnems oe pro erie denanraece da scbuate see Ouves wie AML. 203, CF 1 prineipic Da solidariedade; 9.2 Da solidariedade contributiva; 9.3 Da preexisténca de SF | ECR es cmenstar de onaor pds estes de css LINTRODUCAO Neste capftulo apresentamos os mais importantes principios constituclonals da Seguridade Social. Mas, antes, € necessario defini © que sio principios. ‘Wiadimir Martinez ensina que “o voadbulo principio provém do latim principium. i ‘Quer dizer, origem, comego. (..) Vérias silo as concep¢Ges elaboradas a propdsito dos principios; eles sao considerados 0 inicio, fundamento, ferramenta do ordenamento clentfico. juridicamente, principio & preceito, regra elementar ~ elementar compare- i ccendo no sentido de profundidade e nao de superfcialidade - requisito primordial do i direit, aicerce”. s principios constitucionais da Seguridade Social, conforme Wan Kertzman, “slo idéias matrizes orientadoras de todo 0 conjunto de normas e versam, basica- mente, sobre a esséncia e estrutura da protecio social. So normas programaticas que devemn orientar 0 poder legislative, quando da elaboragdo das leis que tratam sobre 0 regime protetivo, assim como o executivo e o judicdrio, na aplicagao destas”. A constitui¢ao federal de 1988 elenca os principios da seguridade socal, prin- ipalmente, no art. 194, paragrafo tnico, quando os chama de objetivos a serem observados pelo poder piiblico na organizacdo do sistema, in verbis: compete ao Poder Plo, nos termos da te, orgnizar « seguridaie social, com base nos segues objetvos: | -unversalidade da coberurae 0 atendimento; 43 ‘oni 0¢ Auteion Menezes 11-niformidade e equvalncia dos benofiose servigas ds populagbes turbans e rural; lM ~ seletvidade e dlstibutvidade na prestagao dos benefiias © serio: 1W--ireduibitdade do valor dos benefies; '-ealidade na forma ce partcipagao no custeio; 1 - dversidade da bose de Mhanciamento; \Wi-cartker demorético e descentralizado da administagto, mediante ‘estdo quadripatte, com parilpagto dos trabaliadores, cos empre ‘dores, dos aposentados e do Governo nos dros colegiado.” Em relagéo aos objetivos podemos dizer: 2. DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO. Auniversalidade da cobertura é vista sob a 6tica objetiva do princfpio. significa ‘que todas as espécies de infortinios e riscos sodals basicos devem ser cobertos pelo sistema de seguridade social por meio de seus benefcios e servigos. Nesse ‘aso, por exemplo, tem-se entendido que 0 SUS ndo pode recusar & prestacdo de todo 0 tipo de atendimento em satide, sob a alegacdo de falta de recursos. Ja universalidade do atendimento é vista sob a ética subjetiva, uma vez que diz respeito a todas as pessoas residentes no territério nacional, sem distingBes, Inclusive quanto aos estrangeiros residentes no pafs, que também fazem jus aos beneficios da Seguridade Socal. Deve-se procurar atender 2 todos. Em outras palavras, o que se pretende com esse objetivo é cobrir todas as cespécies de infortinios sodiais que possam ocorrer e atender a todos os residentes ‘no Brasil, em termos de beneficios ou servicos da Seguridade Social. 3. DA UNIFORMIDADE E EQUIVALENCIA DOS BENEFICIOS E SERVICOS AS POPULA- (GOES URBANAS E RURAIS. Esse princplo ordena que as populagdes urbana e rural devem possuit os mesmos direitos a titulo de seguridade social. Os segurados e dependentes urbanos fe rurals devem ter 0 mesmo tratamento. Essa norma atende, também, ao preceito da isonomia, de modo que serdo tratadas igualmente aquelas pessoas que se encontrarem em situacBes seme- thantes e, desigualmente aquelas em sitracbes desiguals. € interessante salientar que a Constituicio Federal de 1988 iguatou os direitos das populacBes urbanas e rurais pela primeira vez. A parti de entdo, urbanos € rurais esto filados ao Regime Geral de Previdéncia Socal, ndo havendo mais um sistema de previdénda urbana e outro rural. 44 q | | i Penicinos Covstrucionas DA SecuRIoaDE Soci ‘Apesar de exisir a determinago da uniformidade e equivaléncia de trata- ‘mento em relagdo as popuiagdes urbana e rural, o proprio texto consttucional ‘trouxe uma distinlo com relacao & aposentadoria por idade entre o trabalhador rural e 0 trabalhador urbano. Enquanto o trabalhador urbano precisa ter 65 anos de idace, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher, para obter a aposentadoria, por idade, ao trabalhador rural Ihe & exigia a idade de 60 anas, se homem, e 55 anos, se mulher. No caso acima mencionado, no houve ofensa ao principio ora estudado, uma ‘vez que a prépria constituicao assim o determinou, preocupada, talvez, com a dife- renca do ponto de vista laboral em fun¢ao da natural desigualdade material entre cessas pessoas. 4, DA SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE DOS BENEFICIOS E SERVICOS. © principio da seletividade propicia ao legisiador estudar as caréncias social priorizando-as em relacdo &s demais, vabilizando a promocio da Seguridade Social factivel, Cobrem-se as necessidades mais essenciais e planeja-se, para 0 futuro, a cobertura das demals, visando alcancar a Seguridade Social ideal. ‘Ao eleger os beneficios e servicos mais fundamentais e necessérios & popu- lado, o legislador define os requisitos que devem ser preenchidos para a obtencao do benefcio e aquele que se enquadrar nos requisitos da lei poderd ter a protecéo social, Conforme menciona ivan Kertzman, “a seletividade serve de contrapeso ao prin- ‘pio da universalidade da cobertura, pos, se, de um lado, a previdéncia precisa cobrir todas 0s riscos sociais existent, por outro, 0s recursos ndo sd ilmitadas, impondo a ‘administrago piilia a selecio dos beneficios e servos a serem prestados”. Em outras palavras, em face da limitacao de recursos para se cobrir todos os infortinios socias, caberd 2o legislador e a0 administrador piblico escolherem os beneficos e servigos mais essenciais & populacio em termos de protegao socal. A distributividade consagra que, apés cada pessoa ter contribuido com o que podia, dé-se a cada um de acordo com suas necessidades. ustiicam-se, com esse Principio, os beneficios de valor minimo a fim de que possam garantir um minimo de subsistencia. Outro exemplo da aplicacéo do principio da distributividade é o caso do bene- ficio previdenciério do salério famfia, na medida em que somente alguns segu- rados o recebem por se enquacrarem nele devido & renda e & existéncia de filhos menores de 14 anos ou invilidos. Esse beneficio & concedido aos segurados da Previdéncia Social na qualidade de empregados e trabalhadores avulsos que tém filhos menores de 14 anos ou invAlidos e cuja remuneracio mensal seja menor ou ‘gual a RS 862,60. 45 ‘ons 0¢ Ausion Menezes 55. DA IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFICIOS. A previso da irredutibilidade do valor dos beneficios no art. 194, parégrafo nico, inciso WV, da Constituigdo Federal, preceitua que haverd nenhuma reducao efetiva dos valores nominais dos beneficios. £ importante destacar que, apesar desse principio ter se preocupado com a irredutibidade nominal dos beneficios securitérios, 0 constituinte em outro dispo- sitivo trouxe a preocupacio em relacio & preservacio do valor real dos beneficios previdenciitios. Isso restou evidenciado no art. 203, §4° da CF/88, que assegura o reajustamento dos beneficios para preservar o valor real destes, conforme critérios fixados por lel ordinaria. abe, entdo, 20 legistador ordinario escolher e fixar o indice de reajustamento dos beneficos previdencidrios de modo que eles mantenham 0 poder aquisitivo. ‘Ao estudar © principio da irredutibiidade dos beneficios, € muito comum ‘encontrar pessoas que confundem esse preceito com a possibilidade de manter valor dos beneficios atrelado ao nimero de salérios minimos. Nao é esse o melhor entendimento. ‘A Constituigdo rio quis determinar e nem poderia, em razio da vedacdo contida no seu art. 7, nciso IV, que 0 reajustamento estaria atrelado a variagao do salério minimo. © art. 7+, em seu inciso WV, veda a vinculagao do salério minimo para qualquer fim, No se pode vincular o valor do beneffcio ao niimero de saldrios minimos, tampouco vincular © seu reajustamento com aquele praticado em relacdo a0 satério minimo. Esse entendimento, inclusive, j4 esta pacifieado perante o Supremo Tribunal Federal ~ STF. (© que se tem, nos Gitimos anos, 6 que o salério minimo vem sofrendo um aumento acima do indice inflaciondrio, havendo ganhos reais. Jé os beneficios ‘pagos pela Previdéncia Social vém tendo aumentos de acordo com o indice infiacio- nrio escolhido pelo legislador ordindrio, de modo a garantir a preservacao do seu valor real. Trata-se de uma poltica governamental que pretende conceder aqueles. de renda minima ganhos maiores que a inflacao para melhorarem suas condicBes de vida. Na verdade, niio houve perda ou irredutibiidade nominal ou real no valor dos beneficios previdenciérios, se comparados os aumentos concedidos com o indice dia inflagdo. Apenas o saldrio minimo teve aumentos acima da inflacéo, propiciando ‘ganhos reais. E muito importante destacar, no entanto, que houve um perfodo em que 1s beneficos previdenciérias foram expressos e pagos em ntimeros de salérios 46 Prncinns Corsnvcowits 94 SecuoAne SOON. rminimos. £ 0 que determina o art. 58 do Ato das DisposicBes Transitérias da Cons- tituigdo - ADCT-, in verbs: “os beneftios de prestagio contiwode, mantdes pela previdéncia social na date da promulgacto da Constinuigto, terdo seus valores revistos,a fim de que sea restabelecido 0 poder aquistvo, expresso fem nero de sliriosmirimos, qu tnham na data de sua concessto, obedecendose a esse crtério de atalangio até a impantagao do plano de custeioe benefios.”. Nesse caso particular, os beneficios concedidos até a promulgacao da Consti- tuigdo de 1988 seriam, apés esta, pagos em nimeros de salérios minimos corres- pondentes & época de sua concessao até que o Plano de Beneficos da Previdéncia Social fosse impiantado e, a partir de entao, sofreriam os reajustamentos de acordo com os indices escolhidos pelo legislador ordinério. Esse entendimento, indusive, encontra-se sumulado pelo STF na stimula 687 6. DA EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPACAO NO CUSTEIO. Senso de equidade significa senso de justia. 0 principio da equidade na forma de participacdo do custelo da seguridade social esté intimamente atrelado aos preceitos da igualdade,e da capacidade contributiva. Aqueles contribuintes que apresentarem maior capacidade contribu tiva para o sistema da Seguridade Social arcardo com uma parceta maior de contri- buigéo. 0 sistema de custelo da seguridade social serd mals justo a medida que aqueles que apresentarem maior capacidade econdmica tiverem malor Gnus com ‘ financiamento do sistema de protegao social ‘ACC/88 criou varias formas de participacio neste custelo, em que aqueles que estiverem em iguais condigGes de capacidade contributiva deveraio contribuir da mesma forma. £ um principio dlrigido ao legistador, que deverd observé-lo quando tratar do custeio previdencisrio, por exemplo. ‘Aaplicasio desse principio encontra-se presente no art. 195, $5" da CE em que © constituinte prevé que as contribulgGes discriminadas no mesmo artigo, inciso | ‘ontribuicao das empresas incidente sobre a folha de salérios e demais ren ‘mentos pagos ou creditados a qualquer titulo a pessoas que lhe prestam servigos, sobre a receita ou 0 faturamento e sobre o luero), poderdo ter suas alfquotas ou bases de céleulo diferenciadas, em razdo da atividade econdmica, da utilzacdo intensiva de mao-de-obra, do porte da empresa, ou da condigdo estrutural do mercado de trabalho. AW presenca desse precelto, também, se faz sentir quando o leglstador optou por fazer variar a contribuigao previdenciéria das empresas incidente sobre a emuneragdo de empregados e trabalhadores avulsos para o financiamento dos beneticios em razio dos riscos ambientals do trabalho ~ SAT ou GILRAT. 0 art. 10 da 47 ‘Aoniana 0€ Avan Menézis Lel 1066/2003 prope a diminuicdo da aliquota dessa contribuigio em até 50% ou 0 seu aumento em até 100%, a depender do investimento em seguranca do trabalho, ‘0 que veremos com mais detalhes em capitulo préprio. 7 DA DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO. ‘Abase de financiamento do sistema de seguridade social nao se concentraré em uma s6 fonte de tributacdo, atingindo, em contrapartida, o maior nimero de pessoas capazes de contribuir e a malor constancia de entradas. Verifca-se que o art. 195 da Constituigdo traz diversas possibilidades de tribu- tagdo para que sejam criadas as contribuicdes que vao custear a Seguridade Social. Este artigo elenca, em seus incisos | a 1v, como financiadores: ‘+ as empresas, os empregadores e as entidades equiparadas a empresas, na forma da lel cujas contribuiges podem incidir sobre a folha de salérios «e demais rendimentos pagos ou creditados a qualquer titulo a pessoas que Ihe prestam servigos, sobre a receita ou o faturamento e sobre 0 lucro; + 08 trabalhadores e demais segurados do regime geral de previdéncia social; * os concursos de prognésticos; + oimportador ou a quem a lei a ele equiparar. Além das possiblidades jé expressamente delineadas pelo constituinte, restou a possibilidade da Unido criar novas fontes de custeio da seguridade social, obede- cidas as regras impostas pelo art. 195, Su» da CF/88. 8. DA GESTAO DEMOCRATICA E DESCENTRALIZADA DA SEGURIDADE SOCIAL Esse preceito deriva dos principios superiores atinentes & origem democratica do poder e & particpacto popular. Nesse caso, reza 0 art. 194, pardgrafo tinico, il da CF/88, “o caréter democré- tico e descentralizado da administracao, mediante gestdo quadripartite, com parti- Gpacao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos ‘rgaos colegiados”. significa dizer que os diversos 6rgaos colegiados que compdem a estrutura da Seguridade Social terao 2 participacZo de segmentos da sociedade representada pelo governo, pelos empregadores, pelos empregados e pelos aposentados. Verifca-se a aplicacio desse principio na criacao € organizagdo, por exemplo, do Consetho Nacional de Previdencia Socal, do Conselho de Recursos da Previdencia Social, do Conselho Nacional de Assisténcia Social. A adiministracdo desses Grgos conta com a partidipagao de representantes da sociedade, conforme preceitua a Constituigéo Federal. 48 a | | | | | Pancras Cosstmucionas oa Secuamane Soca 9. OUTROS PRINCIPIOS Embora tenthamos dado @nfase maior aos principios insculpidos pelo art. 194 da Constituicao Federal, ha que se ressaltar que outros igualmente importantes aparecem na Constituicdo Federal e deverdo ser observados. Vejamos: 9.1 Da solidariedade A Constituicio Federal traz em seu art. 3, inciso |, in verbis: “An. 5» Constiuem objetvos fundamentais da RepblenFederatva do eras " 1-consrutr uma sociedade tne, jstae solirianegrito nosso) 1n-garanti 0 desenvohimento nacional or Verifica-se que a Constitulcdo entendeu como principio fundamental a solidarie- dade e nessa diretriz esté assentada a Seguridade Social. No sistema securitério brasileiro as pessoas contribuem para o bem de toda a coletividade, prestam contribuicao ao sistema e a sociedade, como um todo, vai usufruir dos beneficios trazidos pela lei A exemplo disso, pode-se citar 0 caso de um trabalhador contribuir para a Previdéncia Social e morrer precocemente, sem deixar dependentes e nao ter tido a oportunidade de usufruir qualquer beneficio previdenciario, Ha casos em que empresas contribuem para o financiamento da seguridade social, sem qualquer contrapartida. Os que deverdo obter beneficios e servicos de satide, por exemplo, serdo todos os residentes no Brasil 9.2 Da solidariedade contributiva Esse principio jé esté expressamente previsto no Capitulo da Seguridade Social da Constituigao de 2988, In verbis: “a seguridade social seréfianciada por toda a socedade, de forma rete incieta, ns terms da le, mediate recursos provenientes dos orgamentas da Uniao, dos Estados, do oistto Federal e dos Municbs, das sequintescontrbuigdes soca.” significa que a responsabilidade pela manutencio do sistema da seguridade social 6 compartithada entre o Estado e a sociedade ci Asociedade, de forma direta ou indireta, serd responsavel pelo financiamento do Sistema de Seguridade Social, visto que 0 orcamento seré composto pelos recursos provenientes dos orcamentos dos préprios entes federativos e por todas as contribuicées socials criadas pela Unido para custear o sistema. ‘Aoiuata 0¢ Audion Menezes 9.3 Da preexisténcia de custeio Consoante ao que dispe o art. 195, 85» da Constituicdo Federal, nenhum bene- fico ou servico da Seguridade Social podera ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Isso quer dizer que para se criar, ampliar ou estender um benefido ou um servico prestado pelo sistema da Seguridade Social deve haver, antes, a previso da fonte dos recursos que custearé esse novo beneficio ou servigo. Ndo se pode criar um novo beneficio, por exemplo, sem saber, de antemo, de onde viré 0 recurso para isso. Um erro muito comum cometido pelos estudantes e concursandos & pensar que esse principio nao estaria sendo respeitado quando se trata dos servigos ¢ dos beneficios de satide e assisténcia social. Entendem muitas vezes que a satide e a assisténcia social, por nao exigirem uma contribuigao prévia, estariam ofendendo © principio em questi. Nesse caso, & bom explicar que 0 beneficio tera a preexisténda do custeio ‘sempre, muito embora os beneficidrios da Sade e da Assisténcia Socal nao tém a obrigasao de contribuirem previamente para 0 recebimento dos beneficos. A fonte de recursos deverd existir previamente, ni significando, por outro lado, que quem val receber 0 beneficio tera que ter vertido alguma contribuigao para tal Exemplo: + Um idoso, maior de 65 anos de idade e com renda per capita familiar inferior a ¥ do saldrio miaimo, teré direito ao beneficio assistencial no valor de um salério ‘minimo mensal. Esse idoso ndo vai ser compelido a comprovar 0 pagamento de ‘qualquer contribuicao para o sistema de seguridade social, mas o beneficio assis- tencial, ao ser criado pela Lel 8742/93, teve que trazer a previsto do recurso que custeard 0 seu pagamento, > QUADRO RESUMO +) uriversalidade da cobertura edo atendimento (r.a9, pardgrato dno, | 2) unlformidade e equivalenda dos benefcos servcos is populacbes urba- nas erurals (tig, parégrafo nico, I CF) 5) seletivdade e distributvidade dos benefidos e servigos. (artasa, pare srafo Gnico, tl, CF) machi a ‘guridade Social: pars hicy |Dieedublidade do valor dos benefice, Qraoa, parva dio, W. cD G5) equidace na forma de paricipacio no custelo.(Ar.294, parderafo tno, V, soir @ (-5. | Dversidade da base de fnandamento. (rasa, pardgrafo Gneo, VCP) ‘Tivda gestio democritica e descentralizada da seguridade social (At.94, pardgrafo nico, Wi, Cf) | Prnctees Consrmucionns ox Secunsoane Soca soldariedade (vt. 5G. Soldariedade contibutva Gr 95, Preevisténda de custlo (Ar. 185, 5, CD Eo Pringles QUESTOES COMENTADAS DE CONCURSOS POBLICOS ‘ox. ((6enicojuticrio/freajudieéria/mt 21 Repido/CESPE/2020) A despeito do principio cons ‘ucional da universalidade da cobertura e do atendimento, os menores de dezesseis anos ‘nfo podem ser segurados do RCPS. > Comentirio Correta a assertva pela banca examinadora Na verdade 0 menor de dezessets anos no pode flare ao RGF, saivo na condo de menor aprendiz (qualidade de empregado). oz (Assistente Fazendrio/inistério da Fazenda/ESAF/2005)- Assinale a opcio correta entre as asserives abalio relacionadas & organizaglo e principio consttucionais da Seguridade Soda (@ Diversidade da base de financiamento & objetivo da Seguridad Social. (© O valor dos benefcios pode ser diminuido gradativamente . (© Pode haver benefcas matores para a populagdo urbana em detrimento da rural (0) A gestio da Segurdade Socal & ato privativo do Poder Palco. (© os servcos previdencérios devem ser sempre 0 mesmo independente do destinatétio. > comeniro fespasa: aaa sped ese rnc no at. 394, par tie, da CAs demas ones ncanram se corte pare + valor dos beneftoe io pode ster reduco, segundo o princi da iedutidade do ‘alo dos benecos, + deve haver tater tnforme € equates em reac &s populates urbana era a getto da sericace socal & democria,deszenraadae uaiparte com represen ‘etd de wabahadores,aposenados,empregadorse govern os ros clegiados + exbenefdos esnio a seprdace socal ae, previgends e assist soca) obede cema princi da sleateedtroutvidade, pocend aver benef Soment para Saueles que olegadr entender qv nesta dees (3. (Analsta Previdencério/WsS/CESPE/2008) - 0 principio da cistributvidade na prestacio de beneficios e services tem sua expressz0 malor na dea de satide, dado 0 amplo alcance conferido pela intensa uilaagao do Sistema Unico de Sade. > comentério sa assertivaencontra-se err. Ess principio da seguridade social tem maior expresso nos reas da Previenciae Assistnca Social. No cas, vai se prorizar a concessdo de um benefio em detrimente de outro e concedé-o aquele que tem maior necessidade. Tem-se como exemplo osaldrio Jamiia que & concedido aos segurados empregndos e trabalhadores avusos de baba renda que possuem fies menores de 14 anos ou inalids. Fundamentagdo: A394, § nico, CF 51 ‘Ania be Austion Menezes 14, (Auditor/ICE/cO/esAF/2007) - Com relacfo aos princplos que regem a Prevdnca Socal no Basi, julgue os itens ababo, considerando o dispasto no Tiulo Vil - Da Ordem Socal na Constuicio de 298, e assnale a opgio correta. |L__ A previdéncia social tem princpios consitucionals préprios e ni se vineula aos objetivos ‘estabelecidas para a seguridade social no ar. 284, IL A.unversalidade de atendimento da Seguridade Socal na Sade como “direto de todos" apresenta-se deforma dstnta da universalidade de atencimento prevista para a Previdén da Socal. |i, Previdéncla Social, Assisténca Socal e Sade slo partes de um conjuntointegrado de agées de indativa dos Poderes Piblicos e da sodedade. IN. A Assisténcia Social e a Previénda Socal confundem-se nas normas constitucionals como atvidades digas aos hipossufkientes. Todas estao corretos. © Weesto cometos. © lewestéo corretos (©) Somente | est ncorreto. © Wewestio cometas. > comentirio ‘esposta: Letra b. Somente os tens We i sao coretos.Vejames o ero nos demas tens. No item Io erro esté em dizer que Prevdncia socal nfo se vineula aos objetvos estabelect dds para a seguridade social A previdénda social, como parte do sistema de sepuridade social deve ‘obedecer aos princpios e objets tracados pelo art. 94 da CE No item Wo erro encontrase na questo rlacionada aos hipassfcentes. A previdénca socal io estéatelada aos hipossuientes, na medida em que atenderd aos que contribuirto para 0 regime geral de previdencia, independentemente da condo soda. Oar. 202 da CF ded caro que ‘a previdéncia soil ter carter contibutivo, filagdo obigntcra e sed organizada soba forma de regime geal )é a assstncia socal seréprestada somente a quem dela necessitar, independente- ‘mente ce conrbuigo prévia, ‘QUESTOES DE CONCURSOS 01, (Wtédico Perito/mss/20x0/CESPE)-€ perfeltamente admissivel que se estabeleca uma base ‘ica de financiamento para 2 seguridade socal, desde que a adminisracto do sistema se ‘mantenha democratic © descentralzads. 18.0 cero Cl erade ‘2, Ginalsta Mibutério da Recelta Federal do Brasi/ESAF/2005) Tendo em vista os principios € lretrizes da Seguridade Social, nos termos do texo da Constiuicio Federale da legstacio de custeio previdencia,assinale a opga incorreta: (0 Diversidade da base de nancamento (© Universalidade da cobertura e do atendimento (© Equidade na forma de partiipagio no austeio (©) ‘tredutibitdace do valor dos beneficios e servigos (© Uniformidade e equivalénda dos beneficos e servigos &s populagbes urbanas e rurals. 52 a 7 06, 8. # © © o © 0. Prnictoos Constmucioass na Secumnane Soa, (éenieo judirio/Area judiciria/Is 44 Reglto/FCc/2009) ~ 0 principlo constucional que Consiste na concessio dos beneticlos a quem deles efetivamente necessie, devendo a Seguridade Social apontar os requists para a concessio de beneficis e serigs &, espec ficamente,o prindpio da Uuniversalidade da cobertura e do atendimento cequidade na forma de partipagéo no custeio. seleividade e disufbutividade na prestaclo dos benefcios e servis. versidade da base de inanclamento, uniformidade © equivaléncia dos benefios e serigas as populagbes urbanas e rurls. (inatsta Previdencirio/iss/CESPE/2008) - De acordo com o principio da vniformidade © cequivaléndia dos benefios e servcos as populacbes urbanas e rurais, uma das condos para a aposentadoria por dade do trabalhador rural é@ exigéncia de que atin 6s anos de kage, se hamem, ou 60 anos de idade, se mulher. Gas:0 cen Dado - ralista Prevdenciério/Nss/CESPE/2008) ~ A seguridade socal tem como objetivo o carter democrtico descentralzado da adminisracio mediante gestio quadripartte, que envolve aposentados, rrabalhadores, empregadores e representantes do governo nos Grgios coe siados. Ga8:0 cero 0 trade (inalsta Previdencléro/NSS/CESPE/2008) A seguridade socal, em respeito 20 principio da solidariedade, permite 3 incdénda de controulcso previdenciria sobre os valores pagos & tulo de aposentadoria e pensio concedidas pelo regime geral de previdencia sodal. GAe:C) cen D erado Gnalista Previdenclérlo/MSS/CESPE/2008)- import2nca da proteclo socal justi a arpa dliversidade da base de financiamento da seguridade socal. Com o objetvo de expandir ‘ou de garantr a seguridade social lel poderd insur utras fontes de ftandamento de ‘acordo com o texto consituconal ‘cats cero O erado (inalica judicério/IRF 4¢ Reglo/FCcf2007) ~ Para um wrabalhador que ndo possua depen dentes, © benefco salério-famfla nao seré concedido; para o trabalhador que se encontre temporariamente incapaz para o trabalho, por motivo de doenca, nfo seré concedida a aposentadoria por ivalidez, mas auidlo-doenga. Nesses casos, esta sendo aplicad, espec= ‘icament, o principio consttuonal da seletividade na prestagio dos benefidos e servicos. unlverealldade na cobertura e no atendimento, ‘equidace na forma de partipacio no cuseto. civersidade da base de fnanclamento, demacratizacio e descenwralizagzo da adminisraclo. (écnco da Receta Federal/ESAF/2006) - A Constulgio Federal, no seu art. 394 pardgrafo Unico elenca os objetivos da Seguridade Soca. Ene os quai, esté coreta: 53 @ ® © o © © © © © © © © o B ue w © © o ©. 54 Asana oe Austin Menezes a diversidade de atendimento a equidade na forma de partiipacao no custelo. a redutibiidade do valor dos benefides. a universaldade e a equivalénca dos benetfios e servcos as populagSes urbanas eruras. a unicidade da base de fhancamento. (Técnico da Recelta Federal/ESA¥/2006) - os termos da CF/88, no seu art. 194, pardgrafo ‘nico, inciso Via gestao da Segurade Socal ocorre de forma, sdescentralizada, monocritica e quadripartite. centrazada, monoeritea e quadripartte. centralizada, colegiada e quadriparit. sescentralzada, olegada e tripartite. escentralzada, democrética e quadripartte. (Quédieo Perto/nss/CESCRANRIO/2005)- Mtio esté coreto afirmar que a Previdéncia Socal rege-se pelo seguinte princpio ou objetivo: sistema contribuivo de capitalizaclo. unlformidade e equlvalénda dos benefidos e servigos a populacbes urbanas e rural universalidade da cobertra e do atendimento. selethvidade e distribuividade na prestacdo dos benefiios. lnrecusblidade do valor dos beneticios. (Guditor Fiscal Receta Federal do Brasi/ESAF/2005) Indique qual das op Ges esti correta com ‘elagio 20s abjetivos consituconals da Seguridade Social: Irrecusbildace do valor dos serics. quldade na eobertura. Usiformidade e equivalénca des benefios e servigos &s populacBes urbanas e rural. Seleividade na prestacio dos beneficis e servigas &s populacBes urbana e rurals. Diversidade de atenclmento, ‘Guidtor Fiscal Previdéncia Socal/CEsPE/a003) - A eqildade na forma de panipagio do caste, como principio da previdénca soda, &clretrizdirigda 2o legstador ordindrio corolirio do prindpio da solidariedade, procura estabelecer normas que alustem a capac dade contributva dos sequrades, podendo, Indusive, variaralfquotas ou bases de célaulo em razdo da atividade econémica ou da utiteagio intensiva da mdo-de-obra. (Cénieo Previdenclrlo/NsS/CESPE/2003) A previdéncia tem carster democrétco e descen tralzado da administracio, mediante gestio tripartite, com pariipacao dos trabalhadores, dos empregadores e do governo nos 6rgios colegiados. (Quditor Fiscal da Previdéncia SocalESAF/2002) ~ Com relacio aos objeives consiuconals da Sopuridade Social assinale a opcio comreta: Universalidade da base de financlamento. Selethvidade e dstbutividade na prestagdo dos beneficos e servcos. Irredutbiidade do valor dos servis. quidade na cobertura. Dhersidade do atendimenta, © © m Pancinos Constmuciowis oa Secumoaoe Soca (auditor Fiscal da Previdéncia Socal/ESAF/2002)~Assinale a op¢o coreta entre as assetivas ababo relacionadas & gestzo da Seguridade Social, no termos da Constiuiggo Federal [Agestdo da Seguridad Soddal ocore de forma centralizada, monocratica, uadriparte. [Agestio da Seguridade Social ocore de forma descentraizada, monocritice, quadrinarite. ‘Agestio da Seguridade Sodal ocorre de forma centraizada,colegiada, quadripare. | gestio da Seguridad Socal ocorre de forma descentralizada, colegiaa, triparite. {A gestdo da Seguridade Social ocore de forma descentralizada, colegiada, quacrpartte (iscavis/anerada/CEsP&/s99#) principio constiucional da universalidade da cobertura € do atendimento, que informa a orgnizacao da seguridade social, corresponde 20 ideal de ‘que a todos os residentes no pais seré garantida Igual cobertura diante da mesma contin génda ou drcunstanda, desde que atendidos certos requisite observadas determinadas ‘condi, definidos pela leilacao previdenci aasC cere O errado scaymss/aterada/CESPE/1996) - 0 principio da preexsténcia do austeio em relagio a0 benefico ou servo admite apenas uma tnica excecio, identificivel nas prestacdes da asdsténca socal, para culo acesso no hd necessidade de qualquer contribuicéo por parte do segurado, GA0:0 cero D1 erado (cal nss/cesPe/i9g7) ~Seletividade e distributvdade na prestagio dos beneficos eservi- ‘08 si0 princplos constinudonals da seguridad social. At 14 io, CF At 194. ico, WCE ‘cans cen rado Ar. 294 p ico, W, CF At 2 57 WF ‘AL 294, p.drico, iL F Nt. 195 At. 195, § CF [Art 394 . nico, CF [Ar 296, nico. V, CF ‘Ak. 394. Gio, Vi, CF ‘At. 20, caput, CF ‘Nt. 394 p. Geo, CF Art. 295. 5 9% F An. 394. Vi. CE A. 394 p. Gio, i CF [Ar 394, nico, Vi, a 304, Po, 1 F It. 255 § 5 CF Ar. 394 § nico, WCF 55 z 4 g Capfruto 4 A LEGISLAGAO PREVIDENCIARIA, SUA APLICAGAO, INTERPRETACAO, INTEGRAGAO ‘sumérlo + 2, Conceto ~2. Fontes ~ 3, Autonomia ~ 4. AplicacRo, vigénca, interpretagzo e ite sgracio da legilacio previdenciara. 2. CONCEITO Entende-se como legislagao previdenciria o conjunto de normas e atos adminis- trativos referentes 2o funcionamento do sistema securtéro. Nesse conjunto estao as leis, as medidas provisGras, os decretos, os tratados internacionals e as normas, complementares. ‘Apesar da adjetivacio previdendidria, este complexo de normas juridicas costuma tecer relagies com toda a seguridade social, ou seja, previdénda, assis- téncia social e sade. A Constituigao Federal, em seu art. 22, inciso XXi, outorga competéncia priva- tiva a Unido para legislar sobre a Seguridade Socal, elaborando as normas sobre © sistema securitrio. No entanto, em relacdo a Previdéncia Socal a competéncia legisativa € concorrente, conforme preceitua o ar. 24, Xi, da Carta Magna. Toma-se necessério, no momento, fazer alguns comentarios acerca das normas para que 0 leitortenha uma nogéo mais concisa sobre o assunto: A) Let 6 a fonte primaria de obrigacdes € direitos. Ao Poder Legislativo cabe criar e disciplinar o sistema de seguridade social trazido peta Constituigdo de 2588 Cabe & Unizo, repita-se, elaborar as leis Sobre a organizacao da seguridade socal. As els, conforme dispde 0 art. 59 da CF/88, podem ser ordinérias, complemen- tares ou delegadas. Embora nao seja objeto principal do nosso estudo, devemos destacar alguns aspectos dessas leis, a saber: + Em relagdo ao seu aspecto formal, as leis ordindrias sao aquelas que para serem aprovadas necessitam do quorum da maioria simples de votos dos 37 ‘Annus oe Austin Menezes membros presentes na casa legistativa, no dia da votacao. jé as leis comple ‘mentares exigem um quorum privilegiado de aprovacio pela maioria absoluta dos membros da casa legisiativa, ou seja, a maioria do total dos ‘membros integrantes da casa, sempre. ‘+ Em relagdo ao aspecto material, ensina Lenza que “as hipéteses de regu- amentacdo da Constituigdo por melo de lel complementar esto taxativa- mente previsias no Texto Malor, Sempre que o constiuinte origindrio quiser ‘Que determinada matéria seja regulamentada por lei complementar, expres- samente, assim o requererd”. As leis ordinérias cabem as matérias que nio orem regulamentadas por lel complementar, decreto legislativo (matéria de competéncia exclusiva do Congresso Nacional) e resolugées (matéria de ‘competéncia exclusiva do Senado e da Camara dos Deputados). 0 campo ‘material ocupado pelas leis ordinérias € residual, portanto. + As leis delegadas sto elaboradas pelo P ‘do Congreso Nacional. Haverd a solictacio ao Poder legisla- tivo, delimitando o assunto sobre o qual ira se legislar. 0 Congresso, emtéo, aprova o pedido e espeeifica 0 contetido da delegacdo ¢ 0s termas de seu exercio. € bom registrar que matérias que exigem a regulamentacZo por {ei complementar no podem ser objeto de let delegada. ‘As matérias relativas & segutidade social sdo tratadas, em regra, por lei ordi- nria, Apenas nos casos expressamente dispostos na Constituigao Federal exigit-se ‘ tratamento da matéria por lel complementar, conforme se verifica nos arts. 195, See 196, S5>; 201, Bre © 202, £8) Medida Proviséria: ato editado pelo Poder Executivo ~ Presidente da Repi- bilica ~ com forca de lel. Para sua edigdo tomna-se necessério que haja situaco de relevancia e urgéncia, conforme previsto nos arts. 59 e 62, ambos da CF/88. Na érea securitaria é muito comuma utlizacio da medida proviséria, no entanto, 6 bom frisar que matérias que exigem a regulamentacao por lel complementar no poderdo ser objeto de medida provis6ria, em face da vedacio prevista no art. 62, $1, indso Il do Texto Maior. © Tratado internacional: acordo celebrado entre o Brasil € outro pais, pelo Presidente da Reptilia, com a aprovacéo do Congresso Nacional por meio da expedicao de um decreto legislativo. € bom registrar que, conforme o art. 382 do Decreto 3048/09, “os tratados, convencées e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria previdencidra, serdio Interpretados como lei especial’. Vale dizer que eles deverdo ser observados em relacao a leglslacao previdenciéria interna. 58 i a vi [A LeasuacKo PRenDENaKRA, SUA APUCACO, IMERPRETARO, INTEGRAGAO ) Decreto: & ato normativo expedido pelo Poder Executivo para regulamentar, “explicar” as leis, conforme previsdo do art. 84, IV, da CF/88. 0 decreto, no entanto, ‘do poderd ultrapassar o alcance da lel que estiver regulamentando a ponto de inovar ou alterar o texto legal. como exemplo de decreto relative A matéria da seguridade sodal, temos 0 Decreto ne 3048/99 que regulamenta as Leis ne 8212/91 € ne 8233/9 que tratam, respectivamente, do plano de custefo da Seguridade Social e do Plano de Beneficios, do Regime Geral de Previdéncia Social. E) Normas complementares: so atos expedidos pelas autoridades adminis- trativas, pressupondo sempre a existéncia da lei ou de outro ato legisiativo a ‘que estejam subordinados. Nesse grupo encontram-se as Portarias, as Instrugdes Normativas, as Circulares, etc. Como exemplo em nosso estudo, podem ser citadas as Instrugdes Normativas do INSS ne 20/2007 € ne 45/2010, em que a citima revogou expressamente os arts. 1° 0 622 da primeira. 2. FONTES Qualquer fonte de Direito, inclusive na rea securitria, decorre de uma estru- tura de poder, a qual traz a necesséria garantia de cumprimento de determinada norma imposta & sociedade. Ainda que seja esperado o cumprimento espontaneo da lei por parcela da populacéo, a certeza da sanclo pelo descumprimento deve exist. ‘segundo Fabio Zambitte Imbrahim “pode-se afirmar que temos, como fonte de Direito e, por conseqiéncia, da legsagto previdencdria, as leis ea jursprudéndio. segundo alguns, a doutrina também seria fonte de Direita, devido a sua intensa partcipagdo no desenvolvimento de lise constante inuéncia nas decisbes dos magis- trades. Entretanto, devido & auséncia de coatividade de suas posigBes, muitas vezes ‘antaginicas, a doutrina € aqui excluda como fonte do Diretto, adotando-se posictio. ‘mais tradicional. A paler em seu sertido ais pastel 9 Const eer 28 leis ordindrias, as leis complementares, as, das, as medidas provisorias e 65 alos administrativos em geral (como as See ss arate oO. 4 em sentido estrto, © conceito de lel situa-se nos atos elaborados pelo CCongresso Nacional, com 6 poder de criar as leis ordindrias e complementares € as medidas provisorias e leis delegadas, elaboradas pelo Poder Sxecutvo. Jurs- prudénca segundo o Professor Henrique Corela “é a deistoreterada no mesmo 9". Ajurisprudncia, como geradora de norma jurdica indiidual em razao das decisbes judicials, € fonte de Direito, pois suas dedsées s&o vinculantes para as partes. Aon 0€ Auweion Menezes ‘Também as decisbes reiteradas dos Tribunals patrios formam a jurisprudéncia e so capazes, até mesmo, de modificar 0 contetido dos atos administratives, adap- tando-os &s interpretacBes oriundas do Judicirio. 0s demais ramos do Direito so fontes, também, para o Direito Previdenciério e para o Direito Securitério. Podem ser citados o Direito Constitucional, 0 Direito ‘Administrativo, 0 Direito do Trabalho. Na verdade, 0 Direito é Gnico, sendo dividido, apenas, por questdes de didética. 3. AUTONOMIA Nao obstante & denominagao do ramo legal previdencidrio, este segmento trata ‘nao somente da previdénca social, como também da satide e da assisténcia social. Alguns autores preferem usar a terminologia de Direito da Seguridade Social ou ito da Seguranca Social. ‘A autonomia do Direlto Previdenciétio ainda nao é pacifica entre os doutrina- dores. ‘Nguns entendem que o surgimento do Direlto Previdenctério se deu a partir da segmentacio do Direito Administratvo, devido & organizacdo estatal da protecio social, enquanto outros consideram-no como evolucao do Direlto do Trabalho. 44, ainda, aqueles que consideram 0 Direito Previdenciério autdnomo, desde o seu surgimento, jé que desde épocas remotas os conceitos e principios revidenciérios sdo conhecidos, sendo alguns até anteriores 20 préprio Direito do Trabalho. Fablo Zambitte Ibrahim defend a autonomia do Direito Previdenckério ao dizer que “a autonomia do Dirito Previdencidro é consequéncia do conjunto de prnciios jridicos prdprios deste ramo,além do complexo de normas aplicivels a este segmento Pode-se, ainda, encontrar concetos jurdicos excusivos do bireto Previdencdro, como or exemplo, salitio de contribuigio e saldrio de benefco, estranhos a outras ramos do birelio”. Comungamos com a posi¢ao do autor referido, uma vez que entendemos que © Direito Previdenciério surgiu antes mesmo do Direito do Trabalho e tem conceitos prdprios, especificos em relagao & matéria de que trata. ‘4. APLICACAO, VIGENCIA, INTERPRETACAO E INTEGRACAO DA LEGISLACAO PREVI- DENCIARIA. ‘Aplicar a lei significa reconhecer a subsun¢ao de determinado caso concreto a situaco genérica prevista em lei, ou seja, enquadrar determinado evento aconte- ‘ido numa previsao legal que o preceda. 60 ‘A Leostacho PREWosncuR, SUA RFUCACKO, WTERPREICKO, WTECRACTO Como exemplo: + Maria, casada com Jodo hd 2 anos e segurada da Previdéncia Social Brasileira na ‘qualidade de empregada, vem a falecer. Nesse caso, odo tert direito a penstio por ‘morte de Maria, conforme dispBem os arts. 74 € 26, | da Lei 8233/01. Nesse contexto, houve um fato concreto (a morte de Maria) que ensejou a ‘concessio do beneficio da pensio por morte. Foi aplicada a lei previdenciéria para ‘esse caso em concreto, concedendo a penséo por morte ao seu marido, ‘Avigéncia 6 a qualidade daquilo que esta em vigor. ‘lel passa a estar em vigor quando completa todos os trmites para a sua formacio, estando, portanto, pronta ¢ acabada, e, ainda, apta para irradiar seus efeitos. € a chamada aptidao da lel para surtir os efeitos que the so préprios. Em geral, a vigencia da lel previdenciaria nao difere das demas leis que, salvo disposic&o em contrario, comecam a vigorar em todo 0 pais 45 dias depois de oficialmente publicadas, conforme dispSe o art. 1° da Lei de Introducdo a0 Cédigo ivil~ uc. No entanto, com o advento da Lei Complementar ne 95/98, nasceu a exigéncia para que a data da vigéncia da lel fosse indicada expressamente, contemplando prazo razodvel para que dela se tivesse amplo conhecimento, reservada a cldu- sula “entra em vigor na data de sua publicacao” para as lels de pequena reper- cussao. Em outras palavras, segundo o comando previsto no art. 8 da Lei Comple- ‘mentar ne 95/98, a lel tem que trazer em seu texto, de modo expresso, quando & que entrard em vigor, quando comegaré a produzir seus efeitos. Exemplo: + “Bssa lel entrard em vigor 90 dias apés a sua publicagdio”. Em regra, sendo vigente a lei, ela esté apta a produzir seus efeltos, dotada, portanto, de eficécia. ‘Quando nada disser a lei, entrard em vigor 45 dias apés a sua publicacao, salvo as excegdes previstas. H4 que se atentar, contudo, em relacdo & eficicia da lei da Seguridade Social, ‘a excegdo prevista no art. 195 da Constituicao Federal, que introduz o principio da anterioridade mitigada ou prazo nonagesimal ou noventena, o qual retéma eficécia dda nova lei que cria ou modifica a contribuicao social. Conforme 0 artigo mencionado, a cobranca da contribuicao social da segu dade social, caso venha a ser insttuida ou aumentada, somente ter4 eficacia apos decorridos 90 dias da data da publicacao da lel 61 ‘Aorunnbe Auasion Minezes Assim vale dizer que, muito embora a lel possa entrar em vigor na data por cla estipulada, a eficécia da cobranca da contribuicdo aumentada ou criada para 0 financiamento da Seguridade Social somente poderé acontecer apés 90 dias decor- Fidos da publicacao da lel que a insttuiu ou aumentou. Nao se pode cobrar uma contribuicdo de financiamento do sistema de Seguri- dade Social antes do prazo de 90 dias da publicacao da lei que criou a contribuigdo ou causou-the um aumento. Bxemplo: + Uma lei publieada em 30/02/2010 trouxe um aumento na aliquota da COANS (contr- buigto para o financiamento da seguridade social incdente sobre a receita). Esse ‘aumento somente passa a vigorar apds sodas decorridos do dia 30/02/2010, antes fesse aumento nfio poderd ser cobrado dos contribuintes. A interpretagdo de uma norma se d4 quando se quer saber 0 que a lei quer dizer. ‘Ao interpretar um texto legal, o intérprete deve buscar, dentro das opsbes cexistentes no mesmo, aquela que seja a mais compativel com o caso concreto, no se limitando &s situagSes previstas pelo legislador quando da elaboracio do text. De acordo com Hugo de Brito Machado, “o intérprete nao cria, no inova, imi- tando-se a considerar o mandamento legal em toda a sua plenitude, declarando-Ihe 0 significado e 0 aleance”. De fato, deve-se lembrar que a lel, devido a sua natural abstracdo, acaba por atingir © regular casos que sequer foram pensados pelo legistador. Na busca da Interpretacao mals adequada, o intérprete utiliza-se de variados processos, tals, ‘como: 1) método gramatical ou itera: & luz do préprio texto da norma sob exame, busca-se o sentido da lei mediante a andlise do significado das palavras utlizadas pelo legislador. Valse buscar o sentido da norma juriica a partir do significado das palavras que esto no seu texto, Em relaco a0 método literal, € importante registrar que o art. 111 do Cédigo ‘Tributério Nacional - CTH determina a interpretacao literal nas seguintes situaces: + exclusdo e suspensdo do crédito tributério; + outorga de isencao; + dispensa do cumprimento de obrigagdes tributérias acessérias. O lettor pode estar se perguntando por que estamos registrando a determi- racio do CIN, visto que o objetivo presente & o estudo do Direlto Previdendirto. ‘A resposta encontra respaldo na medida em que as contribuigdes socials ‘que financiam o sistema de Seguridade Social tém natureza tributéria, devendo ‘obedecer as regras deste cédigo, também. 62 [A Lecco PRennencin, SUA APUCAGKO, HTERPRETACO, WTEGRACRO Assim, por exemplo, uma lei que venha conceder isencéo do pagamento de uma determinada contribuicio previdenciéria, somente poderd ser interpretada Iiteralmente. 8) método histérico ou genético: 0 intérprete deve examinar os elementos, as Cireunstancias e as causas que implicaram na criacdo da lei. A andlise que se faz € ro sentido de saber o que levou aque lel ser criada. © método teleoligico ou fnalstico: a interpretacéo deve ser feta mediante a apuracio da finalidade objetivada peta norma. A interpretacio teleol6gica da le se {faz perguntando o que o legisiador quis buscar, atingit com a sua criacdo; qual seria (0 seu objetivo a aleancar com a nova lei D) método légico ou sistemético: a interpretacao se faz partindo do entendi- ‘mento de que todas as regras jurdicas devem ter, entre si, um nexo, pois so parte de um s6 sistema juridico. A norma deve ser interpretada, considerando a sua existéncia dentro do ordenamento juridico como um todo. 1 método da interpretagéio auténtica ou legal esse método é utilzado quando © proprio Poder Legislativo etabora uma nova lei que interpretaré a lei anterior. A lei posterior vem para interpretar a anterior. De acordo com a fonte de onde promana a norma jurfdica, a interpretaco assifica-se em auténtica, jurisprudenctal e doutrindria. ‘A auténtica € aquela que, como jé vimos, o legislador elabora outra lei mera- mente interpretativa da lel anterior. {A interpretacio jurisprudencal 6 feita pelos érgos do Poder judiciario para resolver as quest®es aos mesmos submetidas. Por fim, a interpretacdo doutrinéria é aquela felta pelos estudiosos da Ciencia Juridica em seus trabalhos doutrindrios. Aintegragio é o melo de que se vale o aplicador da lel para tornar o sistema juridico inteiro, sem lacunas. £0 que pode acontecer caso o intérprete verifique ndo existir uma regra jurt- dca que se amolde especificamente para o caso concreto. #4 uma lacuna na norma ue precisa ser preenchida. ‘Aintegracdo difere da interpretacZo na medida em que aquela nao visa a mens legis, o significado de determinada norma, mas sim 0 preenchimento de lacunas do ordenamento jurfdico, pols 0 juiz nao pode deixar de resolver a lide proposta, alegando a inexisténcia de lel a respeito. Cabe ao aplicador do Direito utiizar-se de recursos integrativos, buscando a soluco adequada para a lide. Como ferramentas de integragao, temos a analogia, a equidade, os costumes € 5 principlos gerals do Direito. ‘nmi ve Auwerna Menezes ‘Aanalogia consiste na aplicacio a um determinado caso, para 0 qual inexiste preceito expresso, de norma legal prevista para uma situacZo semelhante. Funda- -se em que as razes que ditaram o comand legal para a situacao regulada devem levar & aplicagao de idéntico preceito ao caso semelhante. Deve-se procurarrelacao juriica similar, para a qual exista regramento juridico. ‘A equidade atua como instrumento de realizacio concreta da justica, em que a aplicacao rigida e inflexivel da regra legal escrita repugnaria ao sentimento de justica dda coletividade, que cabe ao aplicador da lei implementar. Este deverd utilizar 0 senso de Justica para preencher a lacuna que se encontra na lei Pela utlizaco da lequidade corrige-se a insufciéncia da norma decorrente da sua generalidade. 0s costumes sdo praticas reiteradas, de longa data, pela sodedade e aceitas ‘como corretas. Tém forca normativa, desde que ndo sejam contrarios & lei. 0s principios gerais de Direito sto aqueles que fornecem as principals dire- trizes do ordenamento jurdico, responsdvets pela fundacio de toda 2 construgio juridica, Sao os principios basicos que orientam todos os ramos do Direito. Podem ser mencionados o principio da igualdade perante a lel, o da ampla. defesa, entre outros. > QUADRO RESUMO * ordindra: aprovagio por maioria simples dos votes. + complementar: aprovacdo por maforia absoluta dos votes. + delegada: elaborada pelo Poder Executvo com autoriza- ‘io do Poder Legislative. ato do Poder Executivo com forga dele. Ro pode tratar ide matéria que exige lei complementar. ‘fo interpretados como “lei espedal. ato expedido pelo Poder Erecutvo. Regulamenta all. ‘Expedidas pelas autoridades adminisrativas: ‘em sentido ampio: Constiuicfo Federal, leis, medidas Droviséras ¢ tos adminitrativos em geral ‘+ em sentido estrito: leis ordindrias, complementares, delegadas e medidas provisérias decisoesjudiisreteradas sobre a mesma matéria 64 sabdonteesectenatertd specie ‘A Leaistacho PRevDeNciin, SUA APLICAGRO, INTERPRETACKO, TEGRACKO = Leral ou gramatical + Histbreo ou genético * Teleol6gico ou fnalistico + Ligico ou sistematico + Auténtico ou legal *hnalogla| + Equldade + Costumes + Prineipios Gerais de Dreto 65 CapiruLo 5 O REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL - RGPS ‘sumirio + .roducio- 2. 0s beneficios do REPS: 23 Os seguradosobrigtérios; 22.0 segurado facultative; 23, Os dependentes ~3, Dos beneidos e serigns do regime geal de previdénca soda 1. INTRODUGAO ‘art. 59 do Ato das Disposicbes ConstitucionaisTransit6rias - ADCT- determinou ue, in verbs: 0s projetos de fel relatos &orpntagto da sepuridade sociale os planas de estlo ede benefidoserdo apresentados ro praze maximo de sels meses da promuigngto da Const ao Congreso Nacional, ‘que ted sets meses para oprecos. Nesse sentido, a Unido, responsével pelo sistema previdencidrio, teve que tomar as medidas necessérias para se adequar 20 novo comando constitucional. Veio, entio, a Lei ne 8.213 de 2g de julho de 199: € criouse 0 Plano de Beneficios da Previdéncia Social - PBS. 0 Regime Geral de Previdéncia Social veio assegurar a cobertura das conti sg@ncias ou riscos sociais expressos no art. 1° da referida lei, exceto o desemprego involuntério, quals sejam: + Incapacidade temporéria ou defintiva, ‘+ Diminuigdo da capacidade laborativa, + Idade avangada, + Tempo de servico ou de contribuiczo, + Encargos familiares, + Prisdo ou morte, amparando nesses dois titimos casos, os dependentes dos segurado. Veja que a Lei ne 8223/91 excluiu 0 desemprego involuntério do amparo previ dencidrio.Tecnicamente, 0 seguro-desemprego & uma espécie de beneficio previ dencidrio, pois como todo benefitio securitério, visa providenciar o sustento do segurado e de sua familia, quando atingidos pelos riscos sociais, como o desem- prego, como se pode verificar no art. 201 da CF/88, Entretanto, este beneficio, atualmente, ndo tem origem previdenciaria, pois fol cexciuido expressamente peta lei que cuida do Piano de Beneficios da Previdéncia, 67 ‘Apna oc Auton Mens Social. 0 seguro-desemprego esti vinculado ao Ministério do Trabalho e do Emprego ‘que disponiliza o seguro com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador ~ FAT. 2. OS BENEFICIARIOS DO RGPS (0s sujeltos da relacio previdenciéria, no modelo em vigor, sSo 0 beneficirio (Gujelto ativo) e 0 Estado ‘(sujelto passivo), atualmente representado pelo INS, tendo por objeto o beneficio previdenciério (prestacao de natureza continuada ou Instantanea). No pélo ativo da relagio juridico previdenciaria esté 0 beneficério e, no polo passivo, 0 Estado. 0 objeto da prestacao previdenciéria € representado pelos beneficios e servigos concedidos pelo INSS. [RELACAO PREVIDENCIARIA: 0s beneficirios do RGPS so dlassifieados em duas categorias: segurados e dependentes. remunerada € mediante recolhimento de contribuigées, vinculam-se direta- mente 20 RGPS, na condi¢ao de titulares da prestacdo previdencidria, nos casos previstos em lei. Sao divididos em duas categorias: segurados obrigatérios € segurados facultativos. 2. Os segurados obrigatérios ‘So aqueles vinculados, obrigatoriamente, ao sistema previdenciério, sem a possibilidade de exclusdo voluntéria. Exercem atividade remunerada que os vincula obrigatoriamente ao RGPS. 68 his 0 Reciwe Gera oe Pasinotucx Soaat ~ RGPS Estdo elencados no art. 11 da Lei ne 8.213/92 e no art. 9» do Decreto ne 3048/89 € divididos em cinco categorias: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e segurado especial. 2.2. 0 segurado facultativo 0 segurado facultativo & a pessoa fisica que ndo se enquadra na qualidade de segurado obrigatério do RGPS, tampouco figura como segurado obrigatorio de regime préprio de previdéndia social e que, por vontade propria, fila-se 20 RGPS a fim de obter protecéo previdenciaria do Estado. Vale dizer a flaca do segurado facultativo ao RGPS decorre exclusivamente de ato voltivo do interessado, que deverd preencher os requisitos exigidos pelo arts, 13 da Let ne 8213/91 e 11 do Decreto me 3048/99. 2.3. 0s dependentes Os dependentes sao as pessoas fisicas cujo vineulo juridico com o segurado autoriza que a protecio previdenciaria seja estendida de forma reflexa, quanto a algumas das prestacdes pecuniérias indicadas na lei. Isso resulta numa vinculagao Indireta ao RGPS. Os dependentes estio divididos em trés classes dispostas no art.a6 da Lei ne 8213/91 € no art. 16 do Decreto ne 3.048/99, que serao abordados em capitulo proprio. D> QUADRO DOS BENEFICIARIOS: *Empregado *Empregado doméstco Obrigatérios: | «Trabalhador Avulso + Contrbuinte individual + Especial Facultativos 3 Casse 2 Casse . 3 Casse 3. DOS BENEFICIOS E SERVICOS DO REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL Se de um lado foram apresentados os beneficiérios do RPGS, do outro vale registrar os beneficos ¢ servigos que sero concedidos aos segurados e depen- dentes. 69 ‘Anes oe Auseion Menezes Percebe-se que a Previdéncia Sodal, por meio do Regime Geral, cobriu os infor- ‘tGnios sociais previstos no Texto Maior, exceto o desemprego involuntario, se se analisar os beneficios elencados no art. 18 da Lei ne 6233/02. ‘Mesmo sendo tratados em capftulo proprio, ha que se registrar as prestagies expressas em beneficios e servicos do RGPS. H4 beneficios que sao concedidos aos segurados e outros aos dependents. Jé 0s servicos prestados pelo RGPS contem- plam tanto os segurados quanto os dependentes. Para os segurados, 0 art. 38 da Lel ne 8213/91 contempla: + Auxfio-doenca + Auxfio-acidente = salério-famfia + Salériomaternidade + Aposentadoria por invalidez ‘+ Aposentadoria por idade + Aposentadoria por tempo de contribuicdo + Aposentadoria especial Para os dependentes hé os beneficios: + Pensdo por morte + Auslio-reclusio ara segurados e dependentes esto previstos, a titulo de servigos, 0 servico social e a reabilitacao profissional. D> QUADRO DOS BENEFICIOS E SERVICOS + Avalo-doenca + Ausfloacidente + Aposentadoria por invader parao | + Aposentadoria poridade segurado | « Aposentadoria por tempo de contribuicso “+ Aposentadoria especial + Salério-famfia Salériomaternidade nal ‘uo reds ependente | + pensio por morte Reabitagio profssionat Servo social ara segurados dependentes CapiruLo 6 OS SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL -RGPS Sumério + 2 ntrodugio - 2. Seguracos obrigatéros: 2.2. Segurado empregado; 22. Segurado ‘empregado doméstico; 2.3. Seurado trabalhador avuso; 2.4. Segurado especial; 25. Segurado ‘ontribuinte individual, ~ 3 Segurado facultativo - 4 Outras disposicses acerca dos segurados = questBes comentadas de concursos pablicos ~ Questdes de concursos 1. INTRODUCAO Como jé fo! abordado no capitulo anterior, os segurados sao os sujeitos ativos da relacao obrigacional juridica previdenciaria que, em razio do exercicio de certa atividade remunerada e mediante o recolhimento de contribuigdes, vincular-se diretamente 20 RGPS, na condicéo de titulares da prestacao previdenciaria, nos ‘casos previstos em lei, Sdo divididos em duas categorias: segurados obtigatérios e ‘segurados facultativos. abe registrar que € muito importante saber enquadrar a pessoa fisica na qualidade correta de segurado, uma vez que se saberd exatamente quais so os beneficios que the poderao ser concedidos ou nao. Como exemplo, para agucar a cutfosidade do leitor, se enquadrarmos uma pessoa como empregada doméstica e, de fato, seu trabalho a qualificar como empregada, ela ndo terd direito ao auxtlio-acidente, visto que esse tipo de bene- ficio ndio contempla os empregados domésticos. Por outro lado, ao enquadrarmos de forma equivocada um empregado como segurado contribuinte individual, a forma de contribuicio para o sistema de Previ ddéncia Social, também, ser4 equivocada, causando transtornos para 0 proprio indi vviduo e para o orcamento da Seguridade Social. 2, SEGURADOS OBRIGATORIOS (Os segurados obrigatérios so aqueles vinculados, obrigatoriamente, 20 sistema previdenciério, sem a possibilidade de exclusao voluntaria. Exercem ativi- dade remunerada que 0s vincula obrigatoriamente 20 RGPS. n ‘Aonuma oe Austann Menezes Fstdo elencados no art, 11 da Lei ne 8.213/92, no art. 12 da Lei 6232/91 e no art. ‘9° do Decreto ne 3048/99 e divididos em cinco categorias: empregado, empregado ‘doméstico, trabathador avulso, contribuinte individual e segurado especial. 2.1. Segurado empregado ‘As pessoas fisicas enquadradas pela legislagao previdenciéria como empre- gadas nem sempre so aquelas que traduzem o conceito de empregado utiizado pela legislacao trabalhista. A lel previdencidria fez incluir pessoas na qualidade de empregado além daquelas que, de fato, teriam vinculo empregaticio com a empresa ou o empregador. Por isso, chamamos a atengao dos leitores quanto a esse tipo de segurado, ‘uma vez que 0 enquadramento do trabalhador na condigio equivocada de segu- rado obtigatério pode Ihe causar prejuizos ou beneficios indevidos ao se conceder ‘ou no um tipo de prestacao previdenciéria. A legislagdo previdencidria traz como segurados empregados as seguintes pessoas: '®) aquele que presta servico de natureza urbana ou rural é empresa, em cardter néo eventual, sob sua subordinagio e mediante remuneragio, inclusive como diretor empregado; ‘Trata-se de conceito semelhante ao da legislacao trabalhista previsto no art. da QI. £0 trabalhador que executa uma tarefa com pessoalidade, subordina¢ao, onerosidade e habitualidade. Veja que nao ha distingo entre trabalhador urbano e rural. Por isso, serdo ‘empregados tanto aqueles que prestarem servicos de natureza urbana ou rural. Um ponto que deve ser lembrado de que rido ha necessidade do empregado trabalhar diariamente para haver a habitualidade. 0 que se exige é a nao ocasiona- lidade. Por isso, um médico que presta planto em um hospital todas as segundas e quartas-feiras, serd considerado empregado, pois ha habitualidade na prestacao dos servigos. 0 mesmo pode ser dito em relacao a um professor universitério que ministra aulas uma vez por semiana na universidade. 8) aquele que, contratado por empresa de trabalho tempordrio, definida em legislagdo especffca, presta servigo para atender a necessidade transitéria de ‘ubstituigdo de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordindrio de servicos de outras empresas; ‘Trata-se da figura do trabalhador temporério, disciplinado pela Lei me 6.019/74. E aquele que, contratado por empresa de trabalho temporério, presta servico para atender & necessidade de substituicio de pessoal regular e permanente ou acrés- imo extraordinario de servico de outras empresas. 72 (0s secunaaos oo Recie Gena ne Paevotuc Soci - RGPS. 0 prazo do contrato firmado é de, no méximo, 03 meses, havendo a possibl- lidade de prorrogacdo, desde que expressamente autorizado pelo Ministério do ‘Trabalho e Emprego. Como exemplo, podemos identificar a contratagio de trabalhadores nas fabricas de chocolate, no perfodo que antecede a Pascoa, para poderem atender a todos os pedidos de ovos de chocolate. © 0 brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para traba- thar como empregado no exterior, em sucursal ou agéncia de empresa constitulda ‘sob as leis brasileiras e que tenha sede e administracito no Pais; Nesse caso, 0 segurado pode ser brasileiro ou estrangeiro. Porém, deve ser domiciiado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agéncia de empresa nacional no exterior. Apesar de trabalhar no exterior, 0 empregado val atuar numa empresa nacional. D) 0 brasileiro ou estrangeiro domiciiado e contratado no Brasil para traba- thar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituida sob as leis brasileiras, que tenha sede ‘administracdo no Pais e cujo controle efetivo esteja em cardter permanente sob a tinularidade direta ou indireta de pessoas fisicas e domiciliadas e residentes no Pais, ‘ou de entidade de direito puiblco interno; No presente caso, a empresa pode ser domiciiada no exterior, mas a maioria do capital votante pertence a empresa, constituida sob as lels brasileiras, e 0 seu controle efetivo esto com pessoas fisicas domiciliadas € residentes no Brasil ou ‘com entidade de direito pablico interno. ®) aquele que presta servico no Brasil a missiio diplomdtica ou a repartiio, consular de carreira estrangeira e a érgiios a elas subordinados, ou a membros dessas missdes e reparticdes, excluidos 0 ndo-brasiieiro sem residéncia perma- nente no Brasil e 0 brasileiro amparado pela legislacdo previdencidria do pais da respectiva misstio diplomdtica ou reparti¢ao consular; sta modalidade esta de acordo com as normas da Convencao de Viena sobre Relagées Diplométicas que dispGem sobre Imunidades e isengdes que gozam o Estado Acreditante e agentes diplomaticos no Estado Acreditado. Vela que so pessoas que vio trabalhar no Brasil para as embalxadas e os consulados de outros paises. Nao estio cobertos pelo RGPS, no entanto, os estran- gelros ndo residentes permanentes aqui e os brasileiros que jé tém a protecao previdenctéria do outro pat Para ficar daro, vamos ao exemplo: + Antenor, brasileiro, trabalha no Brasil na Embaikada dos Estados Unidos ¢ ndo amparado pela legslagdo previdencidria norte-americana. Nesse caso, Antenor & ‘qualificado como segurado empregado no RCPS. B ‘Aonuma 0¢ Auton Menezes Po brasileiro civil que trabalha para a Unido, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionats dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda ‘que I domicliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislagdo vigente do pais do domictio; Esse caso trata'de brasileiro que trabalhia para a Unio no exterior em orga rismos internacionais dos quais 0 Brasil é membro efetivo ou em organismos oficiais brasileiros, ndo importando se € domiciliado aqui no Brasil e se vai ser contratado no nosso pais ou no exterior. 0 que vai qualificé-lo na condicéo de empregado é ‘que, mesmo atuando nesses organismos no exterior, ele trabalha para a Unio. O estrangeiro no é contemplado com essa protecao. Vamos ao exemplo: + Beatriz, brasileira, domicilacla em Paris, foi contrataca pela Unido para trabathar ‘em um dos organisms da ONU naquela cidade. Caso ela ndio seja segurada pela legislacto previdencidria da Franga, serd segurada empregada do RGPS. 0 empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funciona- ‘mento no Brasil, salvo quando coberto por regime proprio de previdéncia social; esse caso, trata-se de empregado pelo organismo internacional ou organismo estrangelro em funcionamento no Brasil. W 0 servidor da Unido, Estado, Distrito Federal ou Municipio, incluidas suas ‘utarquias e fundagdes, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissio decla- ‘rado em lel de livre nomeagiio e exoneragio. 1 o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que ‘no vineulado a regime préprio de previdéncia social; Nesse caso, esto incluldos os vereadores, deputados, governiadores, etc, desde que ndo estejam vinculados a regime préprio de previdéncia social. Exemplo: + 0 beputado Federal Trrca, nessa condicio, enquadra-se como segurado obriga- t6rio do RGPS na condicilo de empregado. Deverd, portanto, contribuir e receber beneficios previdencidrios nos termos da legislagto previdencidria. Do aprendiz, malor de 14 € menor de 24 anos, sujelto d formagiio técnica -profissional metédica, sob a orientaco de entidade qualifieada. [Aparticularidade do contrato de aprendizagem consiste em permitir o trabalho a partir dos 14 anos. Para os maiores de 14 e menores de 16 anos somente é permi- tido o trabalho na condigao de menor-aprendiz. Veja que o lite méximo de idade para o contrato de aprendizagem & de 24 ‘anos, no se aplicandlo tal limite para os aprendizes portadores de deficiéncia. 74 0s sequeanos oo Reaime Great ne Prevoéwcis Soc - RGPS (0 menor-aprendiz é o tinieo segurado do RGPS que é aceito com a idade entre 14 € 16 anos. Do bolsista eo estagidrio que prestam servicos a empresas em desacordo com Lei n. 11.788/08. Nesse caso, 0 servico niio estard de acordo com a Lei do Estégio e terd as carac- teristicas do vinculo empregaticio. Todavia, se o estagiério e o bolsista prestarem servigos de acordo com a lel, nao serdo segurados obrigat6rios. 1M) trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa fisica, na forma do art. 14-4 da Leln. 5889/73, para o exerticio de atividades de natureza tempo- réria por prazo ndio superior a dois meses dentro do periodo de um ano. esse caso, a Lei ne 21.738/08 tornou possivel a contratacio de trabalhadores rurals por um perfodo de, no maximo, dois meses no ano, na tentativa de forma- lizar as contratagdes dos “diaristas do campo”. Esse contrato sera por prazo determinado, com duracio maxima de dois meses dentro do periodo de um ano, podendo haver perfodos descontinuos. Exemplo: +4 Contrato por duas semanas; depois de dois meses de intervalo, contrata-se por ‘mais um més. Ndo poderd, dentro do ano, ultrapassar o limite maximo de dois meses. Eimportante chamar a atengao de que esse tipo de contrato somente pode ser firmado por pessoa fisica, no podendo as empresas rurais, cooperativas e demais pessoas juridicas contratarem esse tipo de trabalhador. N) 0 servidor contratado pela Unido, Estado, Distrito Federal ou Municipio, bem como pelas respectivas autarquias e fundagdes, por tempo determinado, para atender a necessidade tempordria de excepcional interesse piiblico, nos termos do Inciso do art. 37 da Constituigfo Federal. 2.2. Segurado empregado doméstico. A legislagao previdenctéria caractetiza como empregado doméstico aquela pessoa fisica que presta servigos de natureza continua, mediante remuneracio, & pessoa fisica ou famfia, no mbito residencial desta, em atividade néo lucrativa. observe que esse segurado, além das caracteristicas tipicas do empregado, deverd exercer o trabalho em ambiente familiar e em atividade nao-tucrativa, trabalhando para 0 chamado empregador doméstico, que pode ser pessoa fisica ou familia. Registra-se que o conceito de ambiente familiar & mais amplo do que a simples residéncia da familia. 75 Anau of Ausson Menezes ‘Assim, podem ser citados como empregados domésticos a baba, 0 caseiro da casa de fim de semana, a cozinheita, o motorista particular, o piloto de avigo part- cular, a cuidadora de idosos. Agora, é Imperioso destacar, mais uma vez, a finalidade nao luerativa da ativi- dade desenvolvida para a caracterizacao do trabalhador doméstico. Assim, a empregada doméstica que ajuda sua patroa a confeltar bolos de aniversérios, os quals sero comertializados, deixa de ser doméstica e deverd ser enquadrada como empregada. Fabalho doméatico para pessoa fsca ou urdade familar ‘Carter no eventual ‘ividades sem fins Werativos| 2.3. Segurado trabalhador avulso. Oar. 23, Inciso VI da Let ne 8213/02, dispoe “como trobabador awiso: quem presta, a dlversas empresas, sem viculo empregnttio, servo de natureza urbana ou rural defnidas no eplamento”, J4 0 Decreto ne 3048/99, no seu art. 2M, dispde: como trabahador avuso ~ aquele que, sindcalizado ou nto, presta _servgo de natureza urbana ou rural, a versas empresas, sem vinculo ‘empregaie, com a intermediagao obigntéria do Gro gest de mt -de-obra, nos termos da Lei n. 8.63, de 25 de feverero de 3993, ou do ‘indicato da categoria, assim considerados: @) 0 trabalhador que exerce atividade portucria de capatazia esta, ‘conferénciae conserto de carg,viglincia de embareagzoe bloc; b) 0 abalhador de estva de mercadorias de qualquer natureza ince ‘ive cardio e minéo; © @ rabalhador em avarenga (embareago para carga e descarga de navies; Do.amarrador de embareacio; ©) o ensaendor de café, encnu, sale similares; ‘Do trabalhador na indistra de extrago de sal ‘Do carregndor de bagngem em porto; Ho prétco de bara em porto: Do puindastero,e 1) 0 dassfeador, 0 movimentador e o empacotador de mereadorias em ores 76 tte 4 i s securaoos 00 Reaute Gena! oe Prevtcr Soci — RGPS Veja que o trabalhador avulso é aquele que presta servico de natureza urbana ou rural a empresas, sempre com a intermediacio obrigatéria do sindicato para ‘05 nao portudrios ou rgio gestor de mao-de-obra - OGMO ~ para os trabalha- dores portudrios. Caso niio haja essa intermediacao, 0 trabalhador nao poderd ser tido como avulso. € Imteressante destacar que a intermediaglo do sindicato é obrigatora, mas o trabalhador avuiso ndo precisa ser, necessariamente, sindicalizado. Mesmo 0 trabalhador ndo sindicalizado poderd ser captado pelo sindicato ou OGMO e vir a prestar servico na qualidade de avulso, Este no possui vinculo empregaticio com a empresa, tampouco com o sindi- cato ou OGMO; seu trabalho tem cardter eventual. As atividades desenvolidas pelo trabalhador avuiso esto elencadzs no art. 9 do Decreto ne 3048/99, cuja lista TAXATIVA, uma vez que vinculou a intermediacao, nos termas da Lei re 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Esse trabalhador n&o poder ser confundido com o trabalhador temporario, com 0 trabalhador auténomo ou com o cooperado de cooperativa de trabalho. Estes sao enquadrados em outras categorias de segurados e nao preenchem os requisits de trabalhador avuso. Embora o trabalhador avulso exerca atividade de carater eventual, tendo a Intermediagio do sindicato ou 0 OGMO com a empresa tomadora do servigo, ele tem assegurado todos os direitos previstos para os empregados no art. 7, HO, da CF/88. Assim, tera direito a férias, décimo terceiro satério, depésito do ae etc. Frabatho de cardter eventual [para empresas urbanas ou rurais | a ntermediagio fetta pelo sindicao ou go gestor de mio de obra 6 OBRIGATORA no precisa ser o trabalhador avulso sindicalzado lista de atidades constantes no Decreto n= 3048/99 & TAKAINA 2.4, Segurado especial. 0 segurado especial € 0 Gnico que se acha definido no texto consttucional, tamanha é a preocupacio com essas pessoas que assim se enquadram dentro do sistema de previdéncia social no pais. Veja 0 que traz o art. 195, § 8» da CF/88: 0 protutor 0 pacer, © meeto e oarrendatéiorurais ¢o pescador artesanal bem como os respectvos ciuges, que exercam athidades fem reime de econonia fair, sem empregidos permanente, contr: buito para a seguridad socal mediante « epicago de una alquota sobre o resultado da comerilizac da producoefardo jus cos bene ‘iis ns termes dale. 7 ‘Aon 9 Auyeon Menezes A Lei ne 8213/92, com as alteracBes trazidas pela Lei ne 12.718/2008, define 0 segurado espedal: ort 06.) \W-como sepurado especial: a pessoa fica residente no iméve! rural ‘ou em aglomerado urbano ou rural primo a ele que, individualmente ‘ou em regime de economia familar, ainda que com 0 aux eventual de tercstos, na coiiio de: ©) produtor, seja proprietiro, usufrutuirio, possuidor, assentado, Parceiro ou meeiro outorgados, comodatirio ou arrendatéro ruras, ‘que explore atvidade: 14 agropecudria em drea de até 4 (quatro) médulos iscais; 2. de seringueiro ou extratista vegetal que exersa suas aividades nos termos do Incso do caput do art. 2° da Lei n® 9.985, de 38 de julho de 2000, e aga dessas atividades 0 principal melo de vida; ) pescador artesanal ou a este assemehhado que fasa da pesca ‘rofisto habitual ou principal meto de vida; 0 cénjuge ou companteiro, bem como flo mator de x6 (dezes- sels) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alineas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo famillar respectivo (incuido pela Lel n+ 33,75, de 2008)" Veja que 0 segurado especial esté ligado as atividades de agropecuria, pesca artesanal e de extratiismo vegetal, desde que exercidas individualmente ou em regime de economia familiar, Nao precisa ser, necessariamente, o proprietario da terra. Pode ser meeiro, arrendatario, parceiro, possuidor. regime de economia familiar segundo o comando do gi» do art. 11 da Lei ne ‘2ig/o1 & “a atlvidade em que o trabalho dos membros da famfia é indispensével 4 prépria subsisténcia e ao desenvolvimento socioeconémico do niideo familiar e cexercido em condigoes de miiua dependéncia e colaboracto, sem a utilzagao de empregados permanentes”. Em relagao & atividade agropecudria a lei exige que o tamanho do imével rural seja inferior ou igual a quatro médulos fiscals, nao havendo essa exigéncia para as atividades de pesca e extrativismo vegetal. Aatividade pesqueira capaz de qualificar a pessoa fisica como segurado espe- cial deve ser artesanal e ser 0 meio principal de vida do segurado, obedecendo ao disposto no art. 9, § 14 do Decreto ne 3048/98, in verbis: “considerase pescador artesanal aquele que, individvaimente ou em regime de economia familar, faz da pesca sua profssdo habitual ou meio principal de vida, desde que: 78 s secunsoos bo Reciwe Genat o& Prewotwca Soca ~ RGPS Wo utiize embarcasio: 11 uttize embarcagao de até sets toneladas de arqueaso bruta, inda que com auxo de parceiro; 1m ~ na condigfo, exclusivamente, de parceiro outorgado, ute ‘embarcagio de até dex toneladas de arqueagao bruta” Na hipétese de extrativismo, entende-se este como sistema de expioracao baseacio na coleta e extragao, de modo sustentdvel, de recursos naturals renovdvels. 0 segurado especial pode exercer suas atividades com 0 auxiio da famfia, assim entendida cOnjuge e filhos maiores de 16 anos. E nesse caso, todos os membros que participam da atividade vao ser, também, qualificados como segu- rados especiais. Veja a tabela abaixo: até quatro médulos | Ao cOnjuge ou cpecira _| #8¢28, tndependen-| companhetro, ce ee ee temenie da regito do | bem como fiho roprietario, usv- fs maior de 26 0s fri, psslcor - lace ous ese assentad, parce, | SeTingvero ou exratsta eaulparade, a ineciro, outorgados, | ¥zeal ~ que exerca suas Ge eae tara ea | aidades nostenmos cai | emlimitacto de éree | Semrado enqua- Fenda raraiz | 9.985, de 28 de jutto de ate ae oo, «faa dessa aida Cece {eso principal meio de vida I a ‘que, comprovads pescadoraresanalou | = 22 a pest profissfo mente tabalher fescadorartesaral ou | faba ou prncpal mei | sem initagto de dea | como grupo fam de vida. lar respective. No caso da atividade pesqueira, observe a tabela abatio. “qamoioé | UnGho baBaaascacho | RHACTO DO SecimnnO PUDADE |. UMITAGAO DARMBARCAGRO. |. COMA EMBARCACKO UTILZADA Sem embarcagzo| - a + Proprietiio arqueagio brit «6 tonetadas Pesca | Saves + Adiitido o auto de parceiro. resanal + Somente como parcero outorgado. 6 9876/99. 0a fisicas que exercem atividade por conta prépria e ndo tém vinculo com outras. ‘So, por exemplo, dentistas, médicos, advogados que mantém seus consul- térios e Id exercem suas atividades. Sao também taxistas, bombeiros hidréuticos, faxinelras que trabalham por conta prOpria, nao estando vinculados a empregos. 87 ‘Aorana o€ Austen Menezes £ bom ressaltar que o Regulamento da Previdéncia Social - Decreto ne 3048/99 ~ traz uma lista exemplificativa de trabalhadores que se enquadram nessa condicdo, asaber: ar 96.) 55.) |= 0 condutor autdnomo de vefculo rodovirio, assim considerado ‘aquele que exerce atividade profisional sem vinculo empregatti, ‘quando proprietaro,co-propriecro ou promitente comprador de um 6 veil; £ 0 que exerce atividade profissional sem vinculo de emprego, sendo proprie- trio, co-proprietério ou promitente comprador de um sé veiculo, a exemplo do motorista de camintiZo que realiza fretes e carretos ou, até mesmo, do taxista 11 aquele que exerceatlvidade de auntiar de condutorauténomo de velco radavcro, em automével cedido em resime de colaborago, os termos da tein 6.09% de 3 de agosto de 2974 ‘M-aquele que, pessoalmente, por conta prépriae a seu risco,exerce equena ativdace comercial em va piblian ou de porta em porta, como comercante ambuiante, nos termos da Let me 6386, de 6 de novembro de 578 1-0 trabalhadorassocado a cooperativa que, nessa qualidade, presta senigos a tereeres; Nessa condigo encontram-se os chamados cooperados de trabalho ou de mao-de-obra que vio prestar servicos a terceiros por intermédio da cooperativa. A ‘cooperativa de trabalho ou de mao-de-obra é a sociedade formada por operérios, artifices, pessoas da mesma profisséo ou offcio que, na qualidade de associados, Drestam servicos a terceiros, por seu intermédio. vo membro de conselho fiscal de socedade por aes; ‘i aquele que presta serio de natureza no continua, por conta prépra, a pessoa eu fama, no émbito residencal desta, sem fs hra- tives: W-o notéro ou tbelito e o ofa de regsios ou regstrador,tlar de cartério, que det a detect do exerci da atvidade notarial e de registro, nfo remunerados pelos cofres pablcs, adnitides a partir, cde 21 de novembro de 3994; mt - aquele que, na condi¢fo de pequeno felrante, compra para revenda produtos horifutgranjetrs ou assemelhados; 1a pessoa ca que edfiea obra de construtioci; X-o médic residente de que trata a Le 6932, de 7d uo de 196. X10 pescador que trabaiha em regime de pareria, meago au arren- ddamento, em embareagto com mais de ses toneladas de arqueagio bua, ressalvado 0 dsposto no incso mt do § 14; Os securaoos vo Reams Geant be Paevotnc Soa. ~ RGPS 221-0 ncorporador de que tata o ar. 29 da tel > 4soa, de 16 de dezembro de 2964 Dal 0 bolssta da Fundagto Habiaconal do Bxérito contratado em conformidade com a tei 6.85, de 18 de novembro de 298; avo drbitroe seus auliares que atuam em confrmidade com Lei ‘mass, de 24 de margo de 1998. _xv-omembro de conselho tuelar de que trata oar 32 da Ll 8.069, ‘de 33 de uno de 1950, quando remunerado;, 201 0 Interventor, 0 iquidante,o administrador especial ¢ o dretor fiscal de instuig fnanceira de qu trata 0§ 6 doar. 201” H) 0 cooperado de cooperativa de produpflo que, nesta condigio, presta servico 4 sociedade cooperativa mediante remuneragdo ajustada ao trabalho executado; Esse individuo esta associado a uma cooperativa de producéo, assim entendida ‘como a sotiedade que cletém os meios de produc, e seus associados contribuem ‘com servigos para a producao em comum de bens ou servigos. 1) oMicro Empreendedor Individual - MEI- de que tratam os arts. 18-4 e 28-C da el Complementar n. 123/2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribut- es abrangidos pelo simples Nacional em valores fixos mensais. {A previsdo do MEI veio com o art. 18: da LC n. 123/06, com redacio trazida peta LC ne 228/08, 0 micro empreendedor individual € 0 empresério individual, nos termos do art. 966 do Cédigo Givi, que tena auferido no ano-calendrio anterior receita bruta anual de até RS 36.0000 (trinta e sels mil reals), optante pelo SIMPLES NACIONAL que rio apresente nenhum impedimento legal pela opgio dessa sistemitica. © Mel poderd ter apenas um empregado que receba, no maximo, um salério minimo ou o piso salarial da categoria. Tem uma série de vantagens no que diz respeito & burocracia e recolhimento de contribuicies previdenciatia, tema que serd tratado na parte de custefo da Seguridade Soca Nem todos os empreendedores podem optar pela sistemética do MEL. No pode ser aquele empreendedor: * caja atividade seja iributada pelos Anexos IV ou V da LC ne 223/06, salvo autorizagao para exercicio de atividade isolada na forma regulamentada pelo Comité Gestor do simples acional; ‘= que possua mais de um estabelecimento; = que participe de outra empresa como titular, cio ou administrador. Confira a tabela no final desse capitulo o enquadramento do ME. 89 ‘Annas n¢ Auiok Menizes 3. SEGURADO FACULTATIVO lilcalmente, devemos lembrar o leitor que a Previdéncia Social, segundo o art. zor da CF/88, ter4 filiagdo obrigatéria e cardter contributivo. Isso nos leva a pensar que o vinculo que se forma entre 0 atividade remunerada e 0 RGPS se faz de maneira obrigat6ria. Ho entanto, existem pessoas que, no momento, por um motivo ou outro, no apresentam as condigGes necessérias para, obrigatoriamente,filiarem-se 20 RGPS. Tampouco se enquadram na qualidade de segurados obrigatorios de um regime préprio de previdéncia social institufdo por um ente federado (no caso, servidor ppAblico efetivo). Assim, fcariam sem qualquer protecio previdenciaria estatal. (0 Plano de Beneficios do Regime Geral de Previdéncia Social, entdo, possibitou que esse individuo se vinculasse ao RGPS na qualidade de segurado facultativo. © segurado facultative , portanto, a pessoa fisica que nao se enquadra na qualidade de segurado obrigatério do RGPS, tampouco figura como segurado obri- gatério de regime préprio de previdéncia socal e que, por vontade prépria,fiia-se 220 RGPS a fim de obter protecéo previdenciéria do Estado. Para tanto, sao exigidos alguns requisites, a saber: Fa reson tem que ter mals de anos ebiF do. | no pode ser segurado obrgatGrio do RGPS ou de qualquer RP; HEIN® asa lagi eC por so volo (te vortade) om ia sco © 0 paEAMEN £57 a primeira contibuiio prevideneléra sem atraso. fduo que exerce Como exemplos de segurados facultativos, temos a lista prevista no art. 22 do Decreto ne 3048/99: 1a dona-decasa; 11-0 sindco de condomio, quando nao remunerado; -o estudante; Wo brasileiro que acompanha cdnuge que presta servco no exterior ‘V-aquele que deiou de ser segurado obripatrio da previdénca social Vi-o membro de conslto ntelar de que trata 0 a. 152 date n 069, ‘de 13 de uo de 2950, quando ndo estjavinclado a qualquer regime de previdenca social, \I-o boksta e o estagirio que prestam servos a empresa de acordo ‘com a tein 6.494, de 7 de dezembro de 1977; Vil 0 bolssta que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especalzagio, pésgruduagto, mestrado ou doutorado, no Bras ‘0u no exterior, desde que ndo estja vinclado a qualquer regime de previdéncia soda 90 4 4 (0s secueapos bo Reaive Great be Paevtnck Sociat ~ RGPS 1-0 presiddrio que nao exerceatuidade remunerada e nem esteja vineulado a qualquer regine de previdénca social (Ateredo pelo Decreto ne 7.054 de 28 de dazembro de 2005) Nesse caso, se 0 presidiério nao estiver, mesmo preso, exercendo atividade remunerada, ele poderd se inscrever e recolher suas contribuigdes na qualidade de segurado facultativo, Para isso, no poder estar inscrito em nenhum regime paiblico de previdéncia socal. 1X0 bras residente ou domicltado no exterior, salvo se fiado a regime previdenddrio de pats com 0 qual o Brasil mantenha acordo Iternaconal (iterado pelo Decreto ne 7.054 de 28 de dezembro de 2005) A= 0 segurade recolhido A pristo sob regime fechado ou semi- -aberto, que, nesta condigfo, preste servco, dentro ou fora da ‘unidade penal, a uma ou mals empresas, com ou sem intermediagao da organizagao carcersria ou emtidade afm, ou que exerce ative dade artesanal por conta prépria. (chido pelo Decreto 7.054 de 28 de dezembro de 2009) Chamamos a atenco para esse titimo exemplo de segurado facultativo, visto {que ele era enquadrado como contribuinte Individual antes do Decreto ne 7054/2009. Por este Decreto alterou-se o entendimento quanto ao segurado recolhido & prisdo ‘que venha a prestar servigo a uma ou mais empresas ou exercer atividade arte- ssanal por conta prdpria. ELE, AGORA, € SEGURADO FACULTATIVO. ‘4, OUTRAS DISPOSICOES ACERCA DOS SEGURADOS ‘A) Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade rermu- nerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente fliado em relaco a cada uma delas. Isso quer dizer que se um segurado exerce mais de uma atividade e cada uma, por si s6, 0 enquadraria dentro do RPGS, entdo, ele serd considerado fiiado em relagio a cada uma delas. Por exemplo, temos o seguinte: + Maria trabalha como empregada em uma escola privada nas segundas, quartas e sextas-feiras.da semana. Nos outros dias da semana, exceto domingo, faz faxina nas residéncias das pessoas. Nessa condicto, Maria é fillada ao RCPS na condigdo de empregada por trabalhar na escola e contribuinte individual, ‘em relagdo aos services de faxina que presta as pessoas fisicas, sem vineulo ‘empregaticio. 8) Caso o servidor civil ou militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo RGPS, tornar-se-o segurados obrigatérios em relasdo a essas atividades. 91 Annu 0€ Aweion Menezes Nesse caso, ndo se trata de pessoa jé fiiada ao RGPS, mas servidor que esté Vinculado a um regime proprio de previdéncia social. Esse servidor vai exercer, 20 mesmo tempo, seu cargo e alguma atividade que o file obrigatoriamente ao RGPS. or exemplo: + Catarina, servidora da Unido e, portanto, fllada ao regime préprio de previdéncia social da Unido, é professora em uma universidade privada. Nessa condigao, Cata- rina serd fiiada do RGPS na qualidade de empregada, devendo contribulr para esse regime também. Na verdade, Catarina figura como segurada obrigatéria do PP da Unido, enquanto servidora, e como segurada obrigatéria empregada no GPS por ser professora na universidade privada. © Ocdirigente sindical mantém, durante o exercicio do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura. Sigifica que se antes de investir no cargo de dirigente do sindi era empregado, ele continua nessa qualidade durante o mandato. ‘Agora, se ele era contribuinte individual, por exemplo, e val ser dirigente de tum sindicato, continuaré durante o mandato flliado ao RGPS como contribuint vidual to, 0 segurado, Assim, para caracterizar o dirigente sindical & importante verificar seu enqua- dramento no RGPS antes da investidura no cargo. 1D) 0 aposentado pelo RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer ativi- dade abrangida pelo RGPS é segurado obrigatério em relagao a essa atividade, ficando sujeito ds contribuigdes de que trata a Lei ne 8212/01, para fins de custefo da Seguridade Social. Esse € 0 caso do aposentado pelo RGPS que continua ou volta a exercer alguma atividade remunerada que, por si s6, JA enquadraria 0 individuo como segurado obrigatério do RGPS. Embora aposentado, ele esta exercendo atividade remune- rada abrangida pelo RGPS e, nesse caso, volta a contribuir para a Previdéncia Social. ©) A pessoa pode passar de uma categoria de segurado para outra dentro do OPS. Muitas vezes, 0 leltor tem dévidas quanto & possibiidade de mudar de uma categoria de segurado para outra dentro do RGPS. sso é possivel. Pode um individuo que era empregado vir a perder o emprego e exercer ativ- dade como diarista, por exemplo. Nessa condicao ele deixa de ser empregado no GPS e passa a ser enquadrado como contribuinte individual. Porém, outra vez deixa de trabalhar e passa a pagar suas contribui¢des como segurado facultativo. No entanto, mais tarde consegue um novo emprego e volta para a qualidade de empregado para 0 RGPS. Fssas_alterages nao Impedem que os tempos contribuldos como. esse ou aquele enquadramento sejam computados como tempo de contribuicao. 92 0s seounanes 00 Reanee Gena 5€ PrewoBwca Soca ~ RGPS > QUADRO RESUMO - MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Instulgio | gua erada através da tei Complementar ne 328, de 1p/12/2008, que traz alteragies 8 Lei CComplementarne 123/200, que institu 0 Simples Nacional. =[ A pattie de ox/o7/209. ~ Receta rata Anual «5 9620000, + optante pelo imples nacional + Mi estjaimpedio de optar pla sstematica de recofimento de inpos- tos € comtribugbes abrangidos pelo simples Nacional em valores fos rmensais,intependentemente da ReeftaBruta por ele auferida no més; + No poder exercer atiidade enquadrada nos Anes W € V da LC ne 23/205" ReceitaBruta quando oir de | RE = RS 3000.00 x re meses athldade atvidades apésjanelro | (ragto de més = més inteiro)_ ‘CONTRIBUIGRO PROPRIA DO hel = 33% x Galrio-minimo) até @ competEnda de Shion 5% sobre um aio mimo apart dacompetnc de mal/2031. (Geet, | sion est tenons de aoe i: {RGPS | Sura obrigtrio na condo de consbuint indica * aposenadora poridade, | Or dependentes ero drow | + aposentadoria por inval | + audiorecisto; “| + aposentadoria por iva a dex; ‘+ pensdo por morte, + muio-doens satrfo-materidade. [fo beneficio aposentadoria por tempo de contibuiggo, a no ser que com plemente a contibuigio mensal recolhida com a diferenca de aliquota (20% ~abquota paga) mals juros de more "[ io reeothe contbulgio patronal previdenciéia, ‘rceco: empresa contratante de servigos de hdréulea,eleriddade, pinture, +) alvenarla,carpintariae de manutencio ou reparo de veils, executados por intermédlo de MEL, mantér, em relagio a esta contrataco, a obrigatoriedade «de recohimento a contribuigo patronal incdente sobre a remuneraco paga ‘ou credtada a contrbuinte individual, ou seja 20% x (total das remuneracoes 1 | pagas no decorrer do més) Em regra @ MEI no pode contratar empregados. Entretanto, obedecendo as ‘seguntes condos, & permitda a contratara + Possua 1 nico empregado; + Salério do empregado = 1 salirio-inimo ou o piso salaral da categoria; _ | + doverd reter erecolher a contribuigio do empregado a seu servco. onic aFOWLDO Wel |» Gemineeco pag 20 empre- ado) 93 Anais 0€ Awan Mevezes ‘RESULTADO DA APURAGAO DAS SEGUINTES PARCELAS| {hx remuneragio paga ao a. PRON contivzo eee, | 6% x remuneragio paga a0 Ss fo met com | emprecado emipregado’ | x slii-minimo do MEI (a parti da ul s29/20u)-Antesa conuuicho ada Biquota era de 23% * Imposto sobre a Renda da Pessoa jridia ~ RP; + tmposto sobre Produtos industrialzados ~ Pt + Contrbuigio Socal sobre o Luero tiquldo ~ CSL; + Contrbuigao para o Financiamento da Seguridad Socal ~COFNS; || + Contrbuigao para o Ps/Pasep: + Contibuigdo de Terceros. D> ATIVIDADES CONSTANTES NOS ANEXOS IV E V DA LEI COMPLENTAR Ne 2123/2006 1. Construgo de imévels e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execucdo de projetos e servicos de paisagismo, bem como decoragao de interiores. Servico de vigitincia, impeza ou conservacio. ‘Administracao e locacio de Iméveis de terceiros, cumulativamente ‘Academias de danca, de capoeira, de ioga e de artes marciais Academias de atividades fisicas, desportivas, de natacio ¢ escolas de esportes 6. Elaboracdo de programas de computadores, inclusive jogos eletrénicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante 7. Ucenciamento ou cessio de direito de uso de programas de computacdo 8 Planejamento, confeccio, manutencio e atualizacao de paginas eletrénicas, desde que realizadas em estabelecimento do optante 9. Empresas montadoras de estandes para feiras, 20, Produgio cultural e artistica 11, Produgdo cinematogréfica e de artes cénicas 12, Laboratérios de andlises clinicas ou de patotogia clinica 13. Servigos de tomografia, diagnésticos médicos por imagem, registros gréficos ‘@ métodos éticos, bem como ressonncia magnética 14, Servigos de prétese em geral 94 siti 0s secueaoos oo Recie GeRd. O¢ Prevotica Socal - RGPS QUESTOES COMENTADAS DE CONCURSOS POBLICOS ox, (Analita Judicirio/execugo de Mandados/Tet 23° Regido(CESPE/a010) - Um servidorefetvo {de determinado municipio que esteja em pleno exerccio de seu cargo sera obrigatoriamente filado a pelo menos um regime previdencisro, quer seja 0 geal se nfo houver regime pré- pio, quer seja 0 dos servidores daquele municipio, se houver. > Comentirio ‘A cassertva estd coreta. Apesar de se watar de servidor efetvo ele estard obrigatoriamente fiado ao RCPS, aso 0 municipio nto tvercriado o regime prdprio de previdénca dos seus serideres, 22. (\édico Perito/NSS/CESPE/2020)-JoZ0 aposentou'se pelo RPPS em 26/32/2009 e, partir de entio, passou a prestar consutera a dversas empresas do Distrito Federal, atividade que ro interrompeu mesmo apés a sua contratacio para trabalhar em missio dipiomstca nor- ‘teamericana localzada no Brasl. Nessa sitwacio, Jodo & segurado obrigatéro do RGPS, ainda ‘que jd receba aposentadora orunda de regime proprio de previdéncia, > comentario ‘A assertva estd comet, 0 fato de ser segurado obrigtéro de RPPS, ainda que aposentado, rio impede Jodo de ser fiado obrigatério do RGPS caso venha a exercer aldade remunerada que © obriga estar vinculaco ao RGPS, No caso, prestaservgos de consutoia sem vinculo empregatio fom as empresas, serd qualfcado como segurado obrigndrio do RGPS na qualdade de contribuinte individual, Confira 0 dsposto no ar. 1, § 2 lei 823/51. os, (Analista Judlelério/Area Judiiéria/Mer 26+ Regio/FCC/a00s) Diana & empregada de uma FepGblica de estudantes; Danio & vigia da residéncia de Joo, presidente de uma empresa rmulinacional; Magali & governanta da residéncia de Ménica; e Marco & janeiro da casa de praia de Ana. Nestes casos, (GD apenas Magali & considerada empregada doméstca. @ apenas Marcio 6 considerado empregado domestic. © apenas Magall e Marco so considerados empregados doméstics. (© apenas Diana, Magali e Marcio sfo considerados empregados doméstics. (© todos sto considerados empregados doméstios. > comentério esposta: Letra E. ta verdade, Diana Danilo, Mage Meio so empregados doméstcs, vez ‘que exercem trabalho de natureza ndo eventual para pessoa fsca ou unidade mia sem fnaliade lucrative. Observe que mesmo seado jardinero da cnsa de praic, Marcio é empregndo doméstic, porque se enquadra na conceto previsto no art. 1,1 Lel 8233/1, como todos 0s demas. ‘04, (inalsta Wibutério da Receita Federal do Brasif/eSAF/200s)- Pedro Lu, servidorpiibtco ‘estadual concursado, deseja se ilar a regime geral de previdéncia. Assim, entra com reque- rimento na Secretaria de Administragio do Estado pedindo que ndo seja mais descontado 0 ‘valor da contribulgio para o sistema estadual de previdénda propria pica decorrente do ‘cargo piblic efetive que exerce na repanicio estadual. Com relagzo ao pedido formulado or Pedro luis, é correto afirmar que: () Pedro tuis pode partkipar do Regime Geral de Previdénda Socal como segurado obrigatério empregado. 95 ‘Ania be Kinin Menezes (® Pedro ius no pode patcpar do Regime Geral de Previdéncia Soda, pois é participa de Reglme Préprio de Previéndia Socal como servidor ocupante de cargo efetivo. (© Pedro us pode partcpar do Regime Geral de Previdéncla Social como segurado obrigat6rio contrbuinte individual. (©) Pedro tus pode partcipar do Regime Geral de Previdénca Socal como segurado facultative. © caso haja compensacio das contibuigbes Jd pagas, Pedro Lufs pode particpar do Regime Geral de Prevdéncla Socal > comentirio Resposa: Letra 8.0 caso apresentado nessa questao diferencia da anterior, vez que Pedro Luis somente servidorefetivo do estado e,nesse caso, & flada obrintéro no RPPS daquele estado. A ‘Mlagao € obigncra e ele ndo poderd escoluer a qual regime de previdéncia se vinuar. Confira 0 disposto no at. 9%“, Decreto 3048/9. ‘QUESTOES DE CONCURSOS ‘1. (analsta juetério/Exeeurio de Mandados/Ter 21 Regifo/CESPE/z030)~ 0 servidor estadual ‘que ocupa apenas um cargo em comissdo em érgo estatal deve ser obrgatoriamente con- ‘ribuinte do RGPS se o estado no qual éservidor nao the oferecer cobertura previdendira. 6A8:0 Geno 0 trad 2. (iécico do Seguro Social/tss/CESPE/2008) - Beatriz trabalha, em Brasfia, na sucursal da Organizacio das NagSes Unidas e no tem vinculacio com regime de previdénda estran geiro. Nessa shuagio, Beatriz 6 segurada da previdenda socal brasileira na condido de contrbuinte Individual ‘x00 cero Orato 103. (Técnico do Seguro SociaVINSS/CESPE/2008)-Otivio, contador, é aposentado por regime pré- prio de previdénca socal e comecou a prestar servcas de contablidade em sua residéndia Dada a qualidade de seus serge, logo foi contratado para dar expediente em uma grande empresa da cdade, Nessa siuacio, Otévio nao & segurado do regime geral, tanto porter pertencldo a um regime prépri, quanto por ser aposentado. (a8 certo Eada (04, (iéeico do Seguro SocialNSS/CESPE/2008) ~ laudlonor tem uma pequena lavoura de feifio ‘em seu so e exerce sua aivdade rural apenas com o auxilo da familia. Dos seus fos, somente Aparecda trabalha fora do sto. Embora ajude diariamente na manutengio da plantagio, Aparecda também exerceatvidade remunerada no grupo escolar rémo & pro- briedade da familia, Nessa stuagio, Claudionore toda a sua familia sio segurados espedials da previdéncia socal cae: cert Cerado 05. (Técnico do Seguro SocialMSS/CESPE/2008) - Um cidaddo belga que seja domiciado e con- tratado no Brasil por empresa nacional para trabalhar como engenhelro na construclo de ‘uma rodovia em Mogambique é segurado da previdénda social brasleira na qualidade de ‘empregado. ‘ens cere rrado 96 ® © o Os secueaoos oo Recime Gerav'oe Prewoéncs Seca. ~ RGPS: (Técnico do Seguro Social/NSS/CESPE/2008) Um sindico de condominio que resida no condo- rminio que administra e receba remuneragio por essa atvidade € segurado da previdéndia social na qualidade de empregado. (caB-0 Cero Oerado 7. (Xbenico do Seguro Socia/NSS/CESPE/2008) Para a previdéneia social, uma pessoa que adm ristra a construgéo de uma casa, contratando pedreios e audlares para edifcacao da obra, 6 considerada contibuinte individual. (8:0 cero O trade (enico do Seguro Socals/CESPE/2008)- Um tabeléo que sea ular do cartrio de regis- 120 de imévels em determinado municipio é vinculado ao respecva regime de previdéncia estadual, pots a atvidade que exerce & controlada pelo Poder judicrio. cass (cero B erade (Técnico do Seguro Social/SS/CESPE/2008) - Miguel, cv, brasileiro nato que mora hé muito ‘tempo na Suga, fol contrtado em Genebra para trabalhar na Organizacio Mundial de Safde ‘Seu objetivo € trabalhar nesse entidade por alguns anos e retornar ao Bras, razao pela {qual optou porno se fiir 20 regime préprio daquela organizagio, essa sitwaczo, Miguel 6 segurado obrigatrio da previdenca soda brasilera na qualidade de contribute indiv- dual. (x81 cert ado (Técnico da Rectita Federal/sA*/2006) - Nao esti previsto, em caso algum, como segurado- -empregado obrigatrio da Previdéncia Socal do Brasil: ‘ tabalhador contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa consttulda efun- ‘onando em tertério nacional segundo as leis brasileiras com salirlo estipulado em moeda cestrangeira. ‘brasileiro ou o estrangeiro domictiado e contratado no Brasil para trabalhar como empre: do no exterior, em sucursal ou em agéncia de empresa consttuida sob as leis brasleiras € que tenta sede administracio no Pais. ‘brasileiro ou o estrangeiro domicltado e contratado no Bras para trabalhar como empre- gado em empresa domiciiada no exerior, com maloria de capital votante pertencente @ ‘empresa constuida sob as leis brasliras, que tenfa sede e administragio no Pais e cujo controle efetivo esteja em cardter permanente sob a ttuaridade dirta ou indreta de pes s0as fica domicliadas eresidentes no eras. © estrangeiro que presta servigos no Brasil a missZo diplomatica ou a reparticio consular de carrera estrangeira, ainda que sem residéncia permanente no Brasil, e 0 brasileiro amparado pela legislacio previdendaria do pals da respeatva missfo diplomética ou da epartio consular ‘o menor aprendiz, com idade de quatorze a dezoito anos, ainda que sujeito& formaczo técnico-profisional metédica, sob a orientagao de entidade qualfcada, nos termos da lei (¥écnico da neceitaFederal/ESAF/2006) - Segundo a consolldagio administrativa das normas ferais de tributacio previdenciria ¢ de arrecadacio das contrbulcbes sodals administra- das pela Secretaria da Recelta Previdenciéra - SRP, deve contrbuir obrigatoriamente na ‘ualidade de “segurado-empregado": 97

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