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Formação Profissional

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LRD

Direitos Universais

25 de Outubro de 2008

JaneteRodrigues

Curso: Técnico/a de Controlo de Qualidade Alimentar

Governo da República
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Introdução

Esta pesquisa é um estudo sobre a moral e a ética dos direitos humanos


fundamentais de toda a pessoa humana e dos crimes contra a humanidade. Está
incluído também os tipos de crimes, irrevogáveis e imprescritiveis que são julgados
no Tribunal de Haia. Neste Tribunal estão representados os cinco continentes, por
juízes que caracterizam e defendem as tradições jurídicas de vários países.
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É referido neste tema um novo estilo de cometer crimes contra a humanidade, que
é a possibilidade de modificar a espécie humana, sem atentar contra o direito à
vida.

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Desenvolvimento

É certo que os factores de universalização do direito parecem depender tanto da


economia como da ética.

A mundialização económica incita à emergência dum direito fortemente


instrumentalizado, que se universaliza ao serviço do mercado e da economia
mundial, frequentemente em detrimento da moral e da ética. No entanto, o
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desenvolvimento duma ética humanista favorece o aparecimento de um «direito
dos direitos do homem», referência comum cujo reconhecimento universal é
confirmado, senão demonstrado, pela Declaração Universal dos Direitos do Homem
de 1948 (adoptada pelos 60 Estados existentes na altura e confirmada em Viena,
em 1993 pelos cerca de 180 Estados que compõem, actualmente, o planeta).

Alguns pontos de direito universal assentam em normas combinadas com sanções e


procedimentos, tendo por objecto, afirmar e interditar: afirmar o universal humano,
reconhecendo a todo o ser humano direitos oponíveis (opostos) aos Estados; e
interditar os comportamentos mais graves de negação daquilo que funda o
universal humano, através da noção de crime contra a humanidade.

Mas as coisas complicam-se rapidamente, porque as definições de homicídio ou de


roubo variam de cultura para cultura. Tudo depende, precisamente, do significado
desse direito universal.

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A Declaração de 1948 não abre a via a um direito único, mas a um direito pluralista
e universal, logo organizado, precisamente em torno dos direitos fundamentais de
toda a pessoa humana. Mais do que a unificação, surge a harmonização dos
sistemas de direito, admitindo certas diferenças, mas sob a condição de serem
compatíveis com os princípios fundadores, logo um certo universalismo. A
Declaração pode dirigir-se directamente aos indivíduos e aos Estados.

Surgiu um direito único aplicável a todo o indivíduo no caso extremo de crime


contra a humanidade. Noção definida a partir do pós-guerra, primeiro pelo Estatuto
do Tribunal de Noremberga 1945, que visa”o assassínio, a exterminação, a redução
à escravatura, a deportação e qualquer outro acto desumano cometido contra as
populações antes ou durante a guerra, ou determinadas perseguições por motivos
étnicos, raciais ou religiosos”.

Outros textos acrescentarão o genocídio, o apartheid e mais recentemente “ a


limpeza étnica, as violações generalizadas e outras formas de violência sexual,
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incluindo a prostituição forçada”. Paralelamente será consagrado o princípio de
imprescritibilidade desses crimes.

Com efeito, o crime contra a humanidade não é um crime vulgar, ele significa a
negação daquilo que funda a própria ideia de humanidade, isto é, o respeito de
todo o ser humano, qualquer que seja a sua origem. Universal por definição, o
crime contra a humanidade faz apelo a um juízo por parte de toda a comunidade
internacional.

Em Haia existe um tribunal composto por juízes dos cinco continentes,


representando todas as tradições jurídicas, família romano-germanica, direito
muçulmano, direito chinês, etc. No entanto parece um tribunal com competência
limitada no espaço e no tempo. Ao mesmo tempo, a noção de crime contra a
humanidade deve ser retrabalhada, para se distinguir mais abertamente dos crimes
de guerra e alargar-se para lá dos actos de exterminação. Porque a grande
novidade do final do século XX, é a possibilidade de modificar a espécie humana

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sem atentar contra o direito à vida: manipulação genética, selecção com fins
genéticos, clonagem, são algumas das práticas que deveriam ser igualmente
definidas como crimes contra a humanidade, na medida em que se coloca em risco
a espécie humana, na sua dupla componente da singularidade de cada ser humano
e da sua igual pertença à comunidade humana, que subentende as definições
jurídicas já em vigor.

No entanto parece haver acordo quanto a colocar no cimo da hierarquia, na


qualidade de direitos «irrevogáveis» que os estados devem respeitar em qualquer
circunstância (mesmo em caso de guerra), o respeito pela dignidade da pessoa
humana, que se traduz por interdições de valor universal: as interdições da tortura
e dos tratamentos desumanos ou degradantes, da escravatura e igualmente a
interdição de impor a uma pessoa, sem o seu consentimento uma experiência
médica ou científica.

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A Via da Harmonização

Ela deriva, no essencial, dos textos sobre os direitos do homem. A maior parte dos
direitos (à excepção dos direitos irrevogáveis) são colocados de forma imprecisa
(pouco definida) e acompanhados de limitações destinadas, seja a satisfazer as
exigências”da moral, da ordem pública ou do bem-estar geral numa sociedade
democrática”.

Por outras palavras, é reconhecido um direito à diferença a cada Estado, mas


dentro de certos limites, porque o controlo incide sobre a proporcionalidade da
medida aplicada em relação à finalidade invocada.

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Conclusão

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Como conclusão, o direito o direito universal definido como direito único, adquire a
dupla forma de crimes imprescritíveis e de direitos irrevogáveis. Esses são os
limites intransponíveis que o direito procura impor, tanto aos Estados como aos
indivíduos. Limites frágeis, contudo, visto que ainda não há um tribunal penal
permanente para julgar todos os crimes contra a humanidade e no caso de violação
dos direitos irrevogáveis a Comissão para os Direitos do Homem da ONU, apenas
tem competência de observação, sem possuir um verdadeiro poder de sanção.
Donde a necessidade de explorar a outra via.

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Bibliografia

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Livro: Repensar a Cidadania
Noticias Editorial 1998

Uma mesma ética para todos?

Jean Pierre Changeux

Instituto Piaget 1997

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