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HISTÓRICA DA
GEOPOLÍTICA
ENERGÉTICA
documento de estudo
SÍNTESE
HISTÓRICA DA
GEOPOLÍTICA
ENERGÉTICA
documento de estudo
APOIO
A Geopolítica Energética
Interesses do Governo
Para assegurar o acesso a suprimentos externos, um governo tem
várias opções: pode procurar relações bilaterais com os principais
produtores; pode criar um sistema de fornecedores preferen-
ciais; pode participar de movimentos mais gerais como o diálogo
Mercado Comum-País Árabe ou de acordos de comércio como a
Convenção Lomé; pode oferecer assistência tecnológica; ou pode
participar de esforços internacionais ainda mais amplos, como a
Agência Internacional de Energia (AlE) e a Conferência de Coope-
ração Econômica Internacional (CCEI). Pode, naturalmente, fazer
tudo isso ao mesmo tempo.
O carvão, por outro lado, que havia sido a principal fonte de ener-
gia, ainda era responsável por 47 por cento do consumo mundial
de energia em 1960, mas caiu para 30 por cento em 1976.
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Observe na Tabela 1 que:
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Fontes de Petróleo
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A Indústria Internacional de Petróleo
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A Política dos Países Carentes de Energia
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As tentativas neste sentido começaram em dezembro de 1975 em
Paris. Com o lançamento da Conferência de Cooperação Econô-
mica Internacional, uma iniciativa da Arábia Saudita c da França,
começou o processo de discussão das questões interligadas de
energia, outros bens primários, desenvolvimento econômico e
questões financeiras. As teses da CCEI foram combatidas inicial-
mente, e, segundo alguns, permanentemente pelos Estados Uni-
dos, mas foram apoiadas por outros países, que as consideravam,
pelo menos, como uma forma de evitar o “confronto” e de chegar
possivelmente a um entendimento mais satisfatório, do qual o
acesso confiável ao suprimento energético fosse uma parte im-
portante. Trata-se de outro esforço para estabelecer uma relação
mais satisfatória para ambas as partes entre os fornecedores e os
consumidores de matérias-primas que o antigo sistema imperia-
lista. O sucesso da CCEI não esta. assegurado; grandes interesses
estão em jogo, e talvez não seja possível conciliar a todos.
As razões para esse insucesso não são muito claras, mas três con-
siderações parecem válidas:
Por mais radicais que alguns países árabes possam parecer, pro-
vavelmente muito poucos estão dispostos a se submeterem a um
novo controle estrangeiro depois de se livrarem do controle do
Ocídente.
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A Política dos Países Produtores
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A importância geopolítica do petróleo resulta de dois fatores
principais: (I) o petróleo, como combustível e matéria-prima, é o
sangue das economias industrializadas; (2) as reservas e a produ-
ção de petróleo tendem a se concentrar cm certos países menos
desenvolvidos. Com efeito, as reservas e produção de petróleo
são mais abundantes cm um pequeno número de países em de-
senvolvimento, enquanto que a necessidade de um suprimento
adequado e continuado de petróleo cm grandes volumes é mais
urgente nos países desenvolvidos, industrializados.
A Importância do Petróleo
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3. Se a queda do consumo de petróleo foi mais uma conseqüência
da recessão do que um resultado da alta dos preços, a recupera-
ção econômica estimulará o consumo.
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O efeito desses longos prazos de maturação se torna mais cla-
ro quando somamos a esses números os atrasos na tomada de
decisões, resultantes de políticas governamentais ambíguas, e o
fato de que o inicio das operações não corresponde ao ponto de
máxima contribuição.
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O programa de conversão da economia interna para o petróleo
provavelmente sofrerá certo atraso. Por outro lado, os russos po-
dem preferir importar petróleo do Oriente Médio. Na Europa
Oriental, os russos deverão encorajar países a também importar
mais do Oriente Médio. Os soviéticos se comprometeram a for-
necer 67 por cento do petróleo consumido pela Europa Oriental,
uma redução substancial mas em quantidades suficientes para
manter a influência e o controle soviéticos. Os russos vão tentar
manter as exportações para a Europa Ocidental, talvez mesmo à
custa da redução dos fornecimentos para a Europa Oriental.
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A ex União Soviética dispõe de vastas reservas “desconhecidas”
de petróleo. Assim, a partir 2000 talvez os russos recuperem sua
posição de auto - suficiência energética.
Reservas de Petróleo
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É extremamente improvável que este padrão venha a sofrer qual-
quer mudança significativa. Pelo contrário, a tendência é no sen-
tido de que as reservas se concentrem em um número de países
cada vez menor - isto é, os países do Golfo Pérsico à medida que
o consumo dos países industrializados for aumentando em rela-
ção a suas reservas. Não é provável que o aumento das reservas
de petróleo dos países industrializados seja maior que o aumento
do consumo.
Categorias de Reservas
Reservas Recuperáveis
Secundária e Terciária
Relação Reservas-Produção
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O relatório do Congressional Research Service “Toward Pro-
ject Interdependence: Energy in the Coming Decade” contém
um cálculo interessante. Se a produção de petróleo aumentar
à razão de 4 por cento ao ano e se a demanda de petróleo au-
mentar à razão de 4 por cento ao ano, 844 bilhões de barris de
reservas recuperáveis serão necessários para manter uma rela-
ção reservas/produção de trinta e cinco anos. Subtraindo a pro-
dução acumulada das reservas recuperáveis atuais, chegamos à
conclusão de que para isso será preciso descobrir novas reservas
que totalizem 490 bilhões de barris. Para fazermos uma compa-
ração, a produção mundial de petróleo entre 1918 e 1973 foi de
pouco menos de 300 bilhões de barris, e as novas reservas vêm
sendo descobertas à razão de apenas 15-20 bilhões de barris por
ano desde a década de 1940, um número que inclui os fabulosos
campos do Oriente Médio e da ex U.R.S.S.
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Consumo e Demanda de Petróleo
Refinação
Capacidade de Refino
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A adequabilidade da frota se refere à capacidade de transportar o
petróleo em quantidades suficientes. Além disso, a frota pode ser
avaliada em termos de sua capacidade de transportar outras fontes
de energia como o carvão, que, embora hoje em dia de pequena
importância relativa, podem tornar-se mais importantes no co-
mércio internacional do futuro. Finalmente, a adequabilidade pode
também ser avaliada em termos da capacidade de servir a certas lo-
calidades; adequabilidade implica uma certa flexibilidade para lidar
com acontecimentos imprevistos, que exijam remanejamentos.
Adequabilidade da Frota
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No final de 1979, a frota mundial de petroleiros totalizava 327
milhões de DWT. Embora tenham sido canceladas as encomendas
de muitos navios novos e cerca de 13 milhões de DWT tenham
deixado o serviço ativo em 1977 e no primeiro semestre de 1978
(comparados com 10,5 milhões de DWT nos dez anos anterio-
res), o excedente de petroleiros continuou sério. Além disso, em
meados de 1978, o volume de encomendas era de 56 milhões de
DWT. Se todos os navios continuassem em uso, a frota mundial
de petroleiros chegaria a 362 milhões de DWT.
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2009