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Actualidades
Aludindo às «patifarias que o Sócrates e a sua gente fizeram à Madeira» e que, como faz questão de
lembrar, foram feitas “por vingança» e «para atacar o povo madeirense», Jardim insistiu na ideia de
que «só os loucos é que votam no seu carrasco», nas próximas eleições legislativas nacionais.
Apesar de tudo, salientou que na Região, «todos juntos, privados, Governo e Câmaras agarrámos
nisto, continuamos a ir para frente e vamos continuar a ir para a frente». «Se não se mantinha obras
como se tem feito, se não se deixava o sector privado ir para a frente, a desgraça ia ser igual àquilo
que nas vossas televisões vêem, que é todos os dias no continente empresas a fechar e gente a ir
para o desemprego», apontou.
Alberto João Jardim sublinhou ainda que «o grande segredo da verdadeira política é não mentir ao
povo» e disse isto para alertar a população para os tempos difíceis que aí vêm, até porque «a União
Europeia ainda está muito longe de ser aquele projecto que nós sonhámos». Por isso, sustenta,
«temos que ter mais autonomia», pois «com mais autonomia nós vamos enfrentar as dificuldades
que o mundo tem pela frente».
Ambiente
Há “demasiado barulho”
à volta do teleférico do Rabaçal
O presidente da Ordem dos Biólogos e ex-director regional do Ambiente, Domingos Abreu, afirmou
esta semana que há «demasiado barulho» à volta do projecto do teleférico do Rabaçal e garante que
não há nenhum obstáculo ao desenvolvimento da obra por parte do Comité de Património Mundial
da UNESCO.
Em declarações ao Jornal da Madeira, Domingos Abreu salientou o facto de a UNESCO reconhecer
e validar a informação que o Governo Regional disponibilizou através dos canais normais,
reconhecendo que o estudo de impacte ambiental, feito no âmbito do procedimento normal e
administrativo, quer nacional, regional e comunitário, segue os trâmites internacionais.
«Sobre esse mesmo procedimento, a UNESCO regista que não foi feita uma avaliação específica
sobre a propriedade que corresponde ao bem considerado património mundial. E é sobre esse que
tem, do ponto de vista regulamentar, a sua intervenção em análise. Pelo que recomenda que seja
feita, de uma forma expedita, uma análise complementada, confrontando o bem – que é muito maior
que o Rabaçal – e tendo em consideração o acompanhamento do desenvolvimento das diferentes
fases do próprio projecto. E é essa a razão porque é dada a data de 1 de Fevereiro de 2010, ou seja,
daqui a 8 meses», frisou.
Sobre este assunto, o biólogo estanha o facto de a comunicação social não ter mencionado todos os
aspectos do documento, nomeadamente, a mais valia e aquilo que é o reconhecimento da UNESCO
relativamente ao projecto, dado que este encerra também alguns aspectos que estavam em falta
desde 1999.
«É importante que se aprenda nestes processos que a culpa não está de qualquer lado. É importante
que a Região entenda que não basta ganhar prémios. É preciso depois criar condições de
funcionamento desses títulos, nomeadamente, da Laurissilva. Não basta pôr num logótipo que
temos o património mundial. É preciso ter uma estratégia de comunicação e de gestão quotidiana
que não pode estar ao sabor da conjuntura nem da maior ou menor pressão que venha deste ou
daquele lado. Tem de haver, sim, um fio condutor e um trabalho quotidiano, inclusivamente, com
estruturas capazes de dialogar em permanência com os órgãos da UNESCO e outros parceiros
envolvidos neste processo», sublinha.
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