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Exortação

“Poesia sem
Título”
AUDREY RODRIGUES

I
Quero ver o sol nascer
Sair da escuridão
Não quero morrer
Eu quero ver a imensidão
Acreditar em seus olhos
Ter certeza que há pureza em vida
E na essência gozar sua beleza
Provar de seus beijos
Sentir sua natureza
Orar por nós dois
Pois queremos vida longa
E crer no que nos faz crer: O amor

“Quero ver o sol nascer” todos queremos ver. Em tempos que corremos a céu aberto não
sentimos mais os raios de luz dos quais todos temos direito. Os tijolos empilhados das construções
já terminadas tiram o nosso brilho por alguns instantes, e podemos perder alguns anos do nosso
viver, se não nos libertamos das muralhas.
“Sair da escuridão” A escuridão de sentir-se só, por vezes, abandonado, sem ter com quem
falar, se abrir. Precisamos fugir dela confiando nas pessoas.
“Não quero morrer” A morte é uma preocupação de todos, não devemos ter medo dela,
devemos compreendê-la.
“Eu quero ver a imensidão” Existe muitas coisas que não vemos porque não queremos ver.
A imensidão está ao nosso alcance, não só dos nossos olhos, mas da alma. Deixar-se ser tocado pela
natureza e tocá-la, ver e sentir diferentes sensações... como se aprofundar no conhecimento,é uma
forma, outra forma, é praticá-lo.
“Acreditar em seus olhos” Desviar os olhos das telas da TV, Monitor, e qualquer mídia,
por um momento, e olhar nos olhos de quem você ama, e redescobrir a felicidade existente dentro
de você, lembrando-se que essa pessoa faz parte dela.
“Ter certeza que há pureza em vida” Nem sempre estamos certos que em nossos tempos há
pureza, ela parece ter virado uma mistura de competição com ganância em nosso modelo capitalista,
se esquecermos um pouco disso, conseguimos achar no outro, mas temos que ensiná-la a achar em
si própria. Você pode ensinar e deixar-se ser ensinado.
“E na essência gozar sua beleza” Nós copiamos a beleza, ou o que achamos que é belo,
apenas a beleza externa. Muitas vezes esquecemos nosso interior e viramos escravos da aparência,
lembre-se sempre que existe algo mais bonito dentro de você.
“Provar de seus beijos” O toque nos faz sentir seguros e confiantes, tocar as pessoas sem
medo é uma demonstração de que você pode ser confiado, mais que isso, amado. Se Tratando da
pessoa que você ama, faça isso sempre. Se não ama, o gostar é o começo de amar . Independente do
ambiente que se esteja, demonstre seus sentimentos, e eles retornaram com o gosto que você deseja.
“Sentir sua natureza” Muitas pessoas parecem ser cópias sem valor de outras. E esse valor
descobrimos em nossa natureza, o que há de natural em nós, a nossa originalidade.
“Orar por nós dois” Ter fé na vida, é ter fé no amor, devemos orar e não precisa ser uma
oração religiosa. A oração pode ser palavras sinceras proferidas em direção a quem você ama.
“Pois queremos vida longa” O amor se traduz em saúde quando o cultivamos, pois nos
sentimos felizes e ocorre mudanças no nosso organismo. Além de nos sentirmos motivados a
abandonar maus hábitos, quando se deseja abandonar a favor do mesmo amor.
“Crer no que nos faz crer: o amor” Não existe sentimento mais sublime, por isso vivemos
e por isso acreditamos.

II
Que motivo maior há para chorar
Se minhas noites passo em claro
Meus olhos doem a cada lágrima
Quando caem sou esmagado ao chão
Para enfrentar dias tão escuros
Avançando em direção ao sofrimento
Um silêncio mórbido entra em minha boca
As pessoas sofrem tanto
São como lobos famintos
Criando seus próprios problemas
Com grandes dilemas
Que sem caça devoram-se uns aos outros
Não há ordem, não há ordem!Apenas intenções
Não há bem ou mal, nem liberdade, apenas opções
Não há viver e sim querer sobreviver
A vida parece um suicídio lento
prazeroso e quase sempre doloroso
E quando a mente se deixa mentir mesmo sem sentir a vida
Continuo rumo ao tempo que não chegou
Junto aos ponteiros do meu relógio, giros de esperança
Acreditando que o tempo do amor ainda não acabou

“Que motivo maior há para chorar” Qual o seu motivo? Conte a alguém, chore, libere os
sentimentos que levam ao martírio da alma.
“Se minhas noites passo em claro” O motivo não são as noites que passa em claro, mas o
porquê passa. As noites em claro são os sentimenos confusos que não se conseguem achar solução.
“Meus olhos doem a cada lágrima”Uma lágrima é a expressão física da dor, das imagens
irrefletidas que seus olhos físicos não vêem, mas os olhos da alma enxergam nitidamente quando
exteriorizamos.
“Quando caem sou esmagado ao chão” Desabamos quando estamos sozinhos. A lágrima
só cai quando não temos ninguém para segurá-la.
“Para enfrentar dias tão escuros” Estes dias, as vezes se alternam com dias claros, mas se
permanecem escuros, parece não haver saída. Procure dentro de você, todos somos capazes de
encontrar uma saída mesmo estando sózinho, mas facilita se temos quem mostre, além de saídas,
novos caminhos.
“Avançando em direção ao sofrimento” Ninguém quer sofrer. Se estamos felizes,
procuramos infelicidade ironicamente, é um fato. Mantenha seu estado de espírito quando se sente
bem, se não conseguir se esforce e não se deixe abalar pelo sofrimento, ainda temos muito tempo de
vida, mas continua sendo pouco.
“Um silêncio mórbido entra em minha boca” Os homens como seres sociais, precisam
falar, mesmo que falem besteiras, coisas absurdas ou um desabafo, ou, ainda, aquilo que quis falar
outro dia, e você foi embora pensando o porquê de não ter falado. Precisamos falar, aprendemos a
ser sociais desde a infância, isso não muda na idade adulta.
“As pessoas sofrem tanto” Muitas pessoas sofrem motivadas, outras não sabem porque
sofrem, ou sofrem sem motivo, mas para todo o sofrimento existe um motivo. Descubra os seus, ou
tente procurar pela origem real do seu sofrimento, porque não vale a pena sofrer, mas vale muito a
pena viver.
“São como lobos famintos” Parecemos como lobos famintos em busca de alimento para
suprir um instinto de fome, em nosso caso, o do amor, mas não necessitamos agir como lobos para
tanto.
“Que sem caça devoram-se uns aos outros” Como foi dito não necessitamos agir como tal,
muito menos “devorar” outra pessoa para conseguir o amor dela.
“Não há ordem, não há ordem! Apenas intenções” Se for a fundo, realmente não existe
ordem, e sim, muito sofrimento, e os culpados, não se relacionam diretamente com quem sofre,
passam por cima a uma altura que não os vemos. Eles jogam bombas de intenções e estão no poder.
“Não há bem ou mal, nem liberdade, apenas opções” O bem e o mal, são cores do mesmo
arco-íris, você vê a cor mas não sabe se é boa ou má, (se existisse a concepção de boa ou má para
uma cor, suponha-se) numa ponta existe o “pote de ouro”, na outra não, mas as cores são mais
vivas, no cume encontra-se a liberdade de escolha que são influenciadas por suas emoções. As
opções são suas, acredito que devemos escolher somente com serenidade e reflexão.
“Não há viver e sim querer sobreviver” A vida, não para todos, não goza de um sentido
real, e se conformam em sobreviver sendo que todos temos o direito de vivenciar, viver mesmo,
com quem você acha que está a culpa? Pode ser sua se tiver condição para viver(de verdade) e não o
fizer. Pode ser do estado se não dão estas condições a quem precisa. Precisamos cobrar cada vez
mais a luta pelo viver verdadeiro. Só pensamos em sobrevivência.
“A vida parece um suicídio lento prazeroso e quase sempre doloroso” Deixamos de cuidar
da saúde, se esta de mal com a vida, simplesmente esquece do seu corpo. Unir mente e corpo
aumenta a longevidade. Não se mate aos poucos nem com prazer excessivo da comida, do álcool e
tabaco, sem contar as drogas, os medicamentos, também em excesso, nem com os malefícios
internos causados pela culpa de atitudes ardis e não pensadas. Identifique o que acontece no cerne
de seus comportamentos procurando sempre controlar seus impulsos.
“E quando a mente se deixa mentir, mesmo sem sentir a vida” Vivemos porque temos
consciência do que existe, porque enxergamos e tocamos o que vemos, mas não podemos tocar os
sentimentos. Podemos e não podemos ter consciência deles, se temos, podemos resolvê-los, se não
temos, nos afundamos em águas obscuras. Se não possui uma consciência sólida, construa uma sem
mentir para si mesmo. Fuja da culpa, fugindo das atitudes erradas.
“Continuo rumo ao tempo que não chegou”Apesar de identificarmos as mazelas que
solapam boa parte das esperanças, não podemos nos entregar. As fases ruins da vida, são fases, mas
que dependem de nós para que passem, caso contrário podem levar uma vida inteira, não perdemos
as esperanças, elas parecem fugir, mas quando queremos, arranjamos energias suficientes para que
isso não aconteça.
“Junto aos ponteiros do meu relógio giros de esperança” Esperança na sociedade moderna
se tornou uma palavra arcaica desprovida de sentido. Não seja mais um a pensar assim, temos
tempo para esperar, ainda mais para concretizar, mas o tempo não deve ser desperdiçado. Temos
que trabalhar cada segundo em proveito da vida.
“Acreditando que o tempo do amor ainda não acabou” Nunca vai acabar!Você sabe disso.
Aliás, uma ótima forma de “desperdiçar” o tempo é amando. Ame quem está ao seu lado, quem
não está, perdoe.

III
“Que tu queres”, diz a dor
Eu digo a dor, “a dor!”
“Por que a dor” diz a dor
“Porque a dor adoro a dor”, digo a dor
“Adora a dor?” pergunta a dor
“Sim, adororo a dor”, digo a dor
Delira a dor: “Me adora?!”
Respondo o que nunca será resposta:
“Dor,Dor, adoro a dor”

Existe muito sofrimento e não vale a pena, é um tipo gratuito de dor que atrapalha nossa
concentração no dia-a-dia. Lutamos contra ela e não surte efeito, nos sentimos desgastados e sem
forças. A nossa auto-estima fica degradada. Estabeleça um “diálago” com a sua dor quando a tem.
Pergunte a si mesmo quantas vezes forem necessárias: porque estou sofrendo? Será que vale
realmente sofrer por isso? Quem me causou esta dor esta sofrendo também? E se não estiver,
porque sofro? E se estiver, é minha a culpa? Ou ele é responsável por eu estar me sentindo assim,
eu preciso aceitar isso? Essa dor me perturba muito? pouco? Pergunte-se sempre quando alguma
coisa lhe incomoda, ou faz sofrer, para prevenir-se de mais sofrimentos.

IV

A um ano era insano, durante um mês chorei


Há um dia eu sorria, lembrava que há um ano eu era insano
É que há um ano eu chorei, pois louco, louco virei
Hoje ainda sinto dor, amanhã, talvez, amor
Quem sente angústia sabe de súbita: Corroe o coração
A ansiedade vem antes da verdade faz implorar para não matar
A panacéia dopa, ela quer amenizar?
Sem norte , a vida faz errar
A mente é o conjunto de tudo vira uma cruz de pedra para carregar
você quer morrer, se matar
Esse era eu há um ano, mas há um dia eu sorria
Pois lembrei que a um ano era, eu era insano

“A um ano era insano, durante um mês chorei” A insanidade e a consciência, são dois
lados opostos, você pode ser chamado de insano em um acesso de raiva quando por impulso agride
alguém. Se você for a pessoa que tenta acalmar outra que esteja nesse acesso, será chamada de
consciente, visto ser certa a sua atitude. Mas se a “insanidade” é permanente, como numa depressão,
que não levaria o título de “insanidade” exatamente? Por mais que tente conscientizar esta pessoa
do que é a depressão, só dependerá dela querer, e de quem a cerca, serem e ser conscientizada.
“Durante um mês, chorei” Quase ninguém sabe o que é real na depressão. Tem pessoas que
acham ainda que é “doença de madame”, na verdade não. Ela existe e uma a cada cinco pessoas no
mundo passa por episódios depressivos durante a vida. Sem compreender o que se passa com
alguém com depressão, não há intervenção eficiente dos outros. Se informe não só sobre isso, mas
por tudo que está relacionado com você.
“Há um dia eu sorria, lembrava que há um ano eu era insano”A pessoa recuperada,
mesmo depois de estar, ainda guarda lembranças dos tempos depressivos... sem perceber, ela
retorna aquele estágio inconscientemente. A melhor forma de evitar isso, é se auto-afirmar que está
bem agora, e que não quer mais ser prejudicada pelo que passou.
“É que há um ano eu chorei pois louco louco virei” A pessoa quando cai nas garras de uma
depressão vê seu eu ir embora, assumindo por conta, quase sempre, a posição de “louca”, ou
“coitada”. Estas palavras, tem um desprestígio unânime na sociedade, e começa a agir como tal,
pois lhe falta apoio moral, toma atitudes contraditórias, que, para alguns pouco informados,
confirmam sua loucura. O louco é um mito que nós criamos, ele existe por comprovação , mas os
fatores sociais se sobrepõe. Ninguém pode se tornar louco, ela pode nascer assim. Somos comuns
enquanto comuns, e “loucos” enquanto “loucos”.
“Hoje ainda sinto dor amanhã, talvez, amor” A dor da lembrança deve ser apagada, as
lembranças não se apagam, se esquecem procurando o amor próprio, e o dos outros também
simplesmente.
“Quem sente angústia sabe de súbita: Corroe o coração” A angústia é o que mais sufoca
na depressão, parece não haver mais saída se não a morte. Como já coloquei nestas linhas, sempre
haverá saída, mesmo que esteja numa cela, sempre haverá quem mostre os caminhos que devem ser
percorridos para livrar-se dela.
“A ansiedade vem antes da verdade faz implorar para não matar” A ansiedade chega por
desespero, você quer baixá-la a qualquer custo. Uma forma de baixá-la é se abrindo com alguém
que você confie, seja franco, não esconda nada, o alívio virá aos poucos.
“A panacéia dopa, ela quer amenizar?” Os remédios tem efeitos, mas depende de
organismo para organismo, podendo até levar a efeitos contrários, piorando em muito a situação. Se
você os toma, tente perceber como sua mente está reagindo, e como seu corpo está se comportando.
Aos primeiros sinais de que não está adiantando, procure seu médico, mas não seja cobaia dele,
procure opinião de outros.
“Sem norte , a vida faz errar” O que lhe dá o norte, a sua orientação nessa vida? Já pensou
sobre isso, quais os seus sonhos? Se está com depressão, difícil é pensar nisso num aspecto positivo.
Mas pense incessantemente e não se sinta incapaz de chegar. Esses sonhos nos dão a motivação para
viver, não os jogue fora. Todo dia é um novo dia, e todo novo dia, um novo recomeço.
“A mente é o conjunto de tudo vira uma cruz de pedra para carregar” Pense que está
pensando em pensar... pense o que é a sua mente que te faz pensar... pense que ela também o
modifica diáriamente... exato, ela o modifica. Sabendo isso faça bom uso dela sempre para o bem,
não há outro motivo que nos force a fazer o contrário, e se fizermos nos emaranhamos numa teia
difícil de sair.
“Você quer morrer, se matar” A vida tem muitos contrapontos, demais por sinal, mas ela é
e continua sendo boa mesmo quando se está desesperado, sempre há saídas, sempre haverá saídas,
mesmo que se esteja numa cela....
“Esse era eu há um ano, mas há um dia eu sorria” Fique feliz por estar curtindo seu
presente, ele é o seu presente que é dado a cada segundo, e cada segundo é um segundo de vida
preciosa.
“Pois lembrei que a um ano era, eu era insano” Lembre-se que o passado da suposta
“insanidade” acomete muitas pessoas agora, no presente. Sorria para a vida, e faça alguém que
precise sorrir também.

V
É tão escuro não vou suportar a luz no fim do túneo é uma miragem
Só me resta chorar, uma lágrima que cai faz-me inundar
Não vejo nada, com lágrimas até o pescoço, irei eu me afogar?
Não há mais saída a tristeza me fez cativo
Um soldado sem armas, isso que sou? tenho que me entregar?
Minha alma esta num círculo, não há pecado, só punição
O amor se esvaiu mas alguém me fará acreditar que voltará, o amor voltará!

“É tão escuro não vou suportar a luz no fim do túneo é uma miragem” Parece-nos
simples, pensar em esperança, a qualquer sinal achamos que conseguiremos escapar do sofrimento,
se não conseguir, somos inundados de mais frustrações. A esperança deve ser mantida, ela tem um
significado nobre, mas devemos ser realistas quando chegamos perto das encruzilhadas da vida, o
trem não costuma parar.
“Só me resta chorar, uma lágrima que cai faz-me inundar” Se acha que o que lhe resta é
chorar, chore, deixe um sentimento puro inundá-lo. As lágrimas nos aliviam, não faça força e não
prenda a vontade de chorar, deixe as lágrimas escorrerem naturalmente. Mas saiba que o que lhe
resta não é apenas chorar, você pode achar que é isso, e, no máximo, achar .
”Não vejo nada, com lágrimas até o pescoço, irei eu me afogar?” Não deixe sentimentos
rancorosos encobrir-lhe os cabelos, a água é turva, e se quiser continuar, terá que respirar o ar da
compaixão, suba até a superfície e respire.
“Não há mais saída a tristeza me fez cativo” Não seja subordinado de sentimentos hostis
contra a própria alma. Sua alma é a sua vida literalmente. Estará sendo hostil com a própria vida, a
qual você tem a obrigação de viver com prazer (ninguém é obrigado a nada, aceite a opinião se
quiser), você só tem uma vida, e a vida tem a todos.
“Um soldado sem armas, isso que sou? Tenho eu que me entregar?” Você apenas entrega-
se se não tem o conhecimento, ele é sua arma, e também o seu escudo, o seu aliado perene, eterno.
Ninguém vai tirá-lo de você até que a morte o faça.
“Minha alma esta num círculo, não há pecado, só punição” Voltamos as causas, o que
que você errou? Você não sabe muitas vezes, mas sabe que está sofrendo mais. Procure amigos,
peça apoio se precisar, não se envergonhe, tente assim descobrir o que você fez... se é que fez.
“O amor se esvaiu mas alguém me fará acreditar que voltará, o amor voltará!” Coloque
um termômetro no seu amor, que nível ele se encontra? Se o nível estiver baixo aproximen-se de
quem você sente que o amor transpira pelos poros, eles não precisam falar nada para ensinar. Não
perca o seu amor-próprio de vista, se perdê-lo, mais tempo irá demorar para encontrá-lo novamente,
continue o seu caminho em busca de humanidade-própria.
VI
Diga si que está sofrendo, lembre-se que tem uma memória
Todas a imagens envolvem emoções, mal pode defini-las
Você tem uma memória e revive na imagem
trabalha para produzi-la no mundo externo
Lembre-se que é animal humano ou apenas animal
Lembre-se das imagens boas... as ruins são frequentes
Lembre-se que ninguém é bom ou mal, lembre-se quem você é
Lembre-se da vida e da morte ou da morte e da sorte de viver
Lembre-se que é jovem em qualquer idade mas que também pode ser velho
Lembre-se do início para compreender o final,
lembre-se de quem te gerou você deve muito a ela
Lembre-se de quem te criou você deve muito a ela
Lembre-se aonde você está, você não está apenas por estar
Lembre-se de lembrar alguma coisa, ninguém vive no esquecimento

“Diga si que está sofrendo lembre-se que tem uma memória” Reconheça seus sentimentos,
diferencie-os, separe-os. As pessoas com quem convive, seja em casa, ou no trabalho, onde for, se
transformam em alvos de seus sentimentos quando se sente confusa fazendo com que elas sofram
também e sem necessidade. Reconhecê-los faz com que se sinta um pouco melhor, deixando uma
abertura para as outras pessoas lhe ajudarem a organizar suas emoções.
“Todas as imagens envolvem emoções mal pode defini-las” Na memória temos as imagens
do passado, elas são mais fortes quando as situações passadas envolvem emoções fortes. Você
consegue definir as emoções dessas situações? Você consegue definir o que significou esta situação
para você? O que significou realmente? Você consegue, assim como consegui-rá refletir sobre isso.
“Você tem uma memória e revive na imagem” Parece triste o ser humano ser reduzido à
memória, na verdade, não é assim. Somos humanos, temos mente, corpo, temos até alma se
quisermos... se quisermos. Mas na memória temos estas imagens que mudam o funcionamento do
seu corpo para melhor ou para pior, e fazem bem ou mal para alma. Quais imagens prefere cultivar
dentro da sua memória? Melhor, o que quer reviver?
“Trabalha para produzi-la no mundo externo” Você faz com que os sentimentos e
emoções dessas imagens internas se reflitam no lado de fora inevitavelmente. Inevitavelmente,
também, temos memórias que não são fáceis de serem apagadas. Recomece a construir novas
memórias com um conteúdo de paz, amor e solidariedade. Esta última nos faz esquecer mais rápido,
pois envolvem os dois primeiros. Fazer bem a outras pessoas, é um inicio, para fazer bem a si
próprio.
“Lembre-se que é animal humano ou apenas animal” Você sabe que tipo de animal você
é?
“Lembre-se das imagens boas... as ruins são frequentes” É verdade, não é? Lembre-se das
imagens ruins apenas se tiver que resolvê-las externamente com quem está retratado na imagem.
Resolva o quanto antes. Lembre-se que temos muito tempo, mas ainda é pouco.
“Lembre-se que ninguém é bom ou mal, lembre-se quem você é” Ser bom ou mal com os
outros, dependem do que estas pessoas nos fizeram. Se fizeram bem sua atitude será boa com ela, se
fizeram mal costuma-se dar o troco na mesma moeda. Mas você se considera uma pessoa boa? Se
sim, não precisa dar o “troco”, faça essa pessoa reconhecer o seu erro tentando criar um diálogo.
“Lembre-se da vida e da morte ou da morte e da sorte de viver” Isso mesmo, você está
vivo, não precisa lembrar-se disso, mas nos momentos de crise, lembre-se. Você tem sorte de viver
como individuo único entre bilhões de pessoas, e as muitas pessoas que vivem ao seu lado dão
graças de você estar vivo. Porém, tenha ética e deposite valor nas pessoas, faça o certo, para cultivá-
las ao seu lado.
“Lembre-se que é jovem em qualquer idade mas que também pode ser velho” Mantenha
seu espírito jovem, mesmo com o passar dos anos. Se fizermos isso, nunca acharemos que o tempo
estará se esgotando, apesar de estar. Além de adquirir disposição para o corpo, que tiramos energia
da alma se ela continuar jovem, o corpo retarda o envelhecimento. Nunca se dê por vencido pelo
tempo. Continuar a fazer atividades tanto físicas quanto mentais coloboram para a jovialidade da
alma e saúde do corpo.
“Lembre-se do início para compreender o final” Se não souber como você iniciou sua vida,
como compreenderá o seu final?É como nos filmes. Busque informações sobre sua infância remota,
descubra como você era, como sua família era contigo. Se aproxime das suas raízes, para se
aproximar mais e mais de você mesmo. Você é a sua história.
“Lembre-se de quem te criou você deve muito a ela” Os pais, sendo biológicos ou não, tem
importância para toda vida, mesmo assim, às vezes, os abandonamos. Eles foram sua referência,
mesmo sendo maus pais, até poder mover suas próprias pernas e ser independente. Seja grato por
isso, demonstre o seu amor e sua gratidão sempre, que ainda será pouco.
“Lembre-se aonde você está, você não está apenas por estar” Realmente, se você acredita
que está aqui para nada, o universo também estaria, mas por algum motivo desconhecido ele existe
e nós temos o privilégio de ter cosciência dele. Existimos por incontáveis motivos, e por quais deles
nos sentimos mais vivos? A resposta está dentro de cada um.
“Lembre-se de lembrar alguma coisa, ninguém vive no esquecimento” Voltando, um dos
motivos parece-nos ser a de eternidade, é dificil alcançá-la pois somos mortais . Mas existe um
meio que é único, o da criação, use sua criatividade. Todos somos capazes de criar. Faça criações
artisticas, ou de qualquer tipo. Crie mais que isso. Crie atitudes boas e que não o deixarão ser
esquecido por mais tempo que as atitudes e vicissitudes que são supérfluas, não valem nada e,
principalmente, não nos motivam. Ninguém, ou quase ninguém, costuma guardar jornais velhos o
resto da vida.
VII
Somos como livros: Fechados, abertos terminados, ou não ou mal terminados
Como livros...Capa velha, nova, dura ou mole
Nenhum , nem outro, com traças ou sem
Bons, ruins, péssimos, ótimos... ridículos
Como livros... Religiosos, amorosos, científicos
Com início, sem dúvida
com meio, depende de você
Com final, somente de você
Contém sabedoria, mesquinharia
Ensinamento e depravação
Enigmas e simbolismos
Fluência e tempo perdido
Idealismos, ideais, idéias
Somos como, e como somos... como livros!
Com autores, ou sem eles talvez livros nunca lidos

“Somos como livros: Fechados, abertos, terminados, ou não, ou mal terminados” Somos
como livros diferentes em uma mesma estante. Fechados... não queremos que ninguém nos leia,
pois temos medo das nossas próprias escrituras. Abertos... deixamos folhar nossa vida sem
preocupação, queremos conhecer e ser conhecidos. Terminados ou não... Muitos livros ficam pela
metade ou nem chegam a introdução. Queremos ter um final, feliz preferencialmente, é uma questão
de escolha.
“Como livros...Capa velha, nova, dura ou mole” Somos velhos livros se não deixamos ser
lidos, ficamos na estante, fechados, e sem ser prestativos, ficamos ainda mais velhos. Deixe-se ser
lido, mostre o seu conteúdo. A espessura de seu livro não quer dizer bom conteúdo. Nos tornamos
livros novos quando queremos transmitir novos conhecimentos e os velhos conhecimentos também.
Nossa capa pode ser dura se temos valor e ensinamentos nas nossas informações, produz, assim,
consciência que é de maior valia para a vida. Caso contrário, somos moles, é horrivel até de se
escrever, imagine ser.
“Nenhum , nem outro, com traças ou sem” Se estamos em crise, não conseguimos definir
nosso conteúdo. Parece não haver ligação entre as palavras, ficamos novamente sem interpretação.
Pode haver traças que estão corroendo seus significados, como não pode. Abra-se página a página
para o sol que você escolher(o que é o seu sol?), deixe as traças morrerem e leia-se e releia-se
novamente até recuperar os seus significados.
“Bons, ruins, péssimos, ótimos... ridículos” Somos bons livros se a mensagem alcançou o
seu objetivo. Ruins, se a mensagem não conseguiu alcançar. Péssimos, se não tentamos reescreve-
la. Ótimos se, além de alcançar os objetivos, provocamos mudanças duradouras, ou até eternas. E
ridículos, se nos sujeitamos a ser ridículos por falta de persistência.
“Como livros... Religiosos, amorosos, científicos” Haverá quem acredite que a religião é
mais importante que a ciência, condenando-a. Os objetivos são o mesmo, o da religião é de levar o
amor através de Deus... claro! O da ciência de mostrar como podemos amar através da nossa
constituição física ou fenomenológica, em resumo é isso, não é??? O amor é um só, não será a
ciência que vai medi-lo, muito menos a religião vai conseguir implantá-lo, se isso depende muito
mais de você do que qualquer outra instituição. Temos que dar o primeiro passo sozinhos, depois
procuramos nosso equilíbrio no que for.
“Com início, sem dúvida” A partir do momento em que nascemos, damos início a essa
breve jornada chamada “vida lá fora”, com muito mais títulos em nosso desenvolvimento que serão
escritos mais pelas pessoas que nos cercam que por você mesmo.
“com meio, depende de você” Você escolhe o caminho que quer trilhar a partir das suas
escolhas, um pouco de reflexão e consciência de seus atos ajudam em cada passo. Se sente que está
no meio da sua vida, significa que já fez boas escolhas, elas foram bem aceitas e não fizeram mal
pois conseguiu chegar por você mesmo. Se o direito de escolha foi tolhido, você se quer começou.
Você não vive inconciente, pode escolher, porém faça a escolha com ética.
“Com final, somente de você” O final de seu livro, pode ser interrompido pelo acaso, pelo
destino como queira... isso pode ser inevitável. Mas enquanto o acaso e o destino não chegam, isso
dependerá exclusivamente de você. Você faz sua sorte, bem como o azar de escolher errado. As
escolhas são suas, pense que o seu final não pode ser infeliz, isso o fará refletir antes de escolher.
“Contém sabedoria, mesquinharia” Não precisamos ser estudiosos para adquirirmos o
saber, temos uma capacidade incrível de adquirir isso através do diálogo e da observação.
Aprendemos com nossos erros, mas podemos aprender muito mais com os erros dos outros se nos
colocamos no lugar destes. Podemos treinar a empatia. Assim como podemos nos tornar
mesquinhos se não aprendemos, e se repetimos nossos erros, nos condenamos a involução do nosso
ser.
“Enigmas e simbolismos” Nossos enigmas são nossas indecisões e falta de diligência e
ímpeto para solucioná-los. O conhecimento do seu corpo e da sua criatividade são os primeiros
passos para torná-los solúveis. Bem como os simbolismos que carregamos em cada expressão de
nossa face, nos dizem muito sobre o que achamos de nós mesmos e dos outros, e quase sempre não
percebemos, ou percebemos demais, sem existir. Podemos ajudar a partir disso, descobrimos o que
está desativo nesta pessoa e em você. O altruísmo leva-nos a ser confiáveis e dignos de ajuda, ao
contrário de quem não ajuda e não quer ser ajudado.
“Fluência e tempo perdido” O tempo se torna fluente quando estamos aprendendo a viver
bem consigo e com os outros, se não existir esforço para isso, ficamos estagnados, mas as horas
continuam passando, e o tempo bom da vida é jogado fora.
“Idealismos, ideais, idéias” Qual o seu time? O que lhe traz mais significados? A política?
A religião?A instituição família? O meio social. Os quatro? Nenhum, não seria a resposta. Nossos
idealismos tem a função de nos dar mais plenitude em nossa vida, completar não só o individual
como o coletivo. Temos que nos apoiar nesses conceitos para alcançar ideais de paz entre a massa
humana, fazer com que seja um organismo vivo e funcional. Parece otimismo demais, não acha?
Basta ligar a televisão e vemos um mundo infestado de guerras, e luta incessante por religião e pelo
poder, além de propagandas usando e usurpando do amor e o sexo para vender e satisfazer a
ganância dos poucos homens mais ricos do mundo. Qual é mesmo os significado de idealismos?
Esqueci! Procure por ideais concretos passando e adquirindo idéias novas, elas se propagam quando
se tem a razão.
“Somos como, e como somos... como livros!” Realmente parecidos, se não fosse de papel.
Escolha livros que lhe tragam mudanças reais internas e externas para aproximar daquilo que você é
e almeja ser.
“Com autores, ou sem eles talvez livros nunca lidos” Quem são nossos autores? Não estou
falando de nossos pais, mas também pode ser. Quem influenciou você para ser você? Você os
guarda como modelos de vida? Você se esqueceu quem eles foram, o que fizeram? Autores de
verdade nos ensinam a viver como arte criada, arte criativa. Criamos o nosso eu verdadeiro a partir
dos nossos autores que nos ensinaram sem ao menos conhecê-los pessoalmente, ou conhecendo-os
intimamente. Escolha seus autores e seja autor também, para não ser um livro que fique na estante
fechado e com as traças lhe corroendo os significados.

VIII
Não siga a linha branca pois é torta
Quando segue, cego fica
É quando o amargo vira doce
E o doce amarga a vida
A Ilusão não deixa de ser realidade
Tua realidade é a ilusão
Seja forte coloque os pés no chão
Não deixe a ira tomar posse não diga que não pode
Pois ainda existe um coração
tua alma ainda é triste Teu semblante, pálido
Mas o amor ainda existe ainda é válido
Se não posso ajudá-lo procure quem o possa
Talvez mais acima Deus quem o diga Que o diga
A depressão pode induzi-lo a morte
Mas não precisa ter sorte você pertence a vida
Ela ainda é mais forte
Creia no amor, mesmo que não sinta
creia na vida, mesmo com dor
Procure teu norte procure tuas raízes
Esqueça seus cortes esqueça suas crises
Esqueça a linha branca
Pois é torta
Quando segue, cego fica
É quando o amargo vira doce
E o doce amarga a vida.

“Não siga a linha branca pois é torta”... A linha branca pode ser uma carreirinha de
cocaína.
“Quando segue, cego fica”... Você cheira, fica cego.
“É quando o amargo vira doce”... O pó amargo vira doce por um momento.
“E o doce amarga a vida”... O que era doce por um momento amarga uma vida inteira.
“A Ilusão não deixa de ser realidade”... Realidade, você não sabe mais o que ela é?
“Tua realidade é a ilusão”... Isso mesmo.
“Seja forte coloque os pés no chão” Seja forte, você é independente... independente, estou
lhe falando, você nasceu assim, independente.
“Não deixe a ira tomar posse, não diga que não pode”... E esse sentimento vazio, encheu
de raiva? Calma, tem sentimentos melhores.
“Pois ainda existe um coração” ... está ai dentro do peito, sinta-o bater
“tua alma ainda é triste Teu semblante, pálido”... Não dá para esconder, é muito... muito
bom, não é?
“Mas o amor ainda existe, ainda é válido”... O amor é muito, muito melhor, hã?
“Se não posso ajudá-lo procure quem o possa”... não estou ajudando? Nem sempre
conseguimos.
“Talvez mais acima, Deus quem o diga, Que o diga”... Se não posso ajudar, quem não tem
amor ao lado, peço que olhe para cima.
“A depressão pode induzi-lo a morte”... ou chegar bem perto dela.
“Mas não precisa ter sorte você pertence a vida”... estou sem palavras.
“Ela ainda é mais forte” ... continuo sem palavras
“Creia no amor, mesmo que não sinta”... parece não sentir, quando o temos demais, só
que, só dentro nós sem darmos a chance dos outros o sentirem.
“creia na vida, mesmo com dor”... vida, vida, vida... você ainda acha que ela prega peças?
“Procure teu norte procure tuas raízes”... temos mais em que, e em quem se apoiar, as
carreirinhas desaparecem dentro de você, as pessoas que nos amam não.
“Esqueça seus cortes esqueça suas crises” Não é fácil esquecer um vício, acontece de
lembrarmos dele a vida inteira. Se nos lembrar menos desse vício se torna árduo e, às vezes,
aumenta a vontade. Pense que ele nunca valeu a pena, se valesse, você e eu não estariamos sofrendo
de jeito nenhum agora.
“Esqueça a linha branca Pois é torta.
Quando segue, cego fica.
É quando o amargo vira doce.
E o doce amarga a vida.”...

IX
Um olhar, e logo sinto que não sentes
agora que acabou acredito que o amor é um dom
Que poucos o tem alguns o consomem
em nossos tempos já não convém
Mas tem vida própria
Não depende de mim e de você sim, de ambos
Como podemos amar, adorar
Se podemos repudiar, e odiar
sempre há um revés, uma pedra no caminho
Uma mágoa, Um passado, Aquela verdade... uma mentira
Um olhar e logo sinto que não sentes
Mas o amor tem vida própria
Não depende de mim e de você
sim, de ambos

“Um olhar, e logo sinto que não sentes” É muita dor, ver que alguém que você ame, não se
interessar mais.
“agora que acabou acredito que o amor é um dom” Parece que o amor é um privilégio
de pessoas que aprenderam amar certo, você se sente errado.
“Que poucos o tem alguns o consomem” O privilégio é de poucos, e desses poucos, só
alguns o sentem verdadeiramente... só parece.
“em nossos tempos já não convém” Somos tão infernizados pelos nosso compromissos, que
ele, o amor, fica esquecido, mas você lembra dele a cada segundo.
“Mas tem vida própria” Se para muitos o amor morreu, ele continua vivo, o amor tem vida
própria.
“Não depende de mim e de você, sim, de ambos” Ele tem que ser recíproco, se não há
troca, não há amor, mas ele continua vivo.
“Como podemos amar, adorar?” Como podemos ser felizes?
“se podemos repudiar, e odiar” invertemos o amor para não sofrer mais, e acabamos
sofrendo o dobro.
“sempre há um revés, uma pedra no caminho” Encontramos pessoas sem vê-las em nosso
caminho, elas estão também em busca de amor, algumas querem chegar na sua frente, são as pedras.
“Uma mágoa, Um passado, Aquela verdade... uma mentira” As pedras, se magoadas ou
topadas, querem colocar o teu passado como mentira, se essa mentira virar verdade na consciência
de quem se ama, nós topamos e caímos.
“Um olhar e sinto que não sentes” Você topou com as pedras, mas, você caiu? Se você
acha que sim, levante-se, continue seu caminho, continue sua busca, pois o caminho é só seu. O
amor continua vivo, não se esqueça.
“Mas o amor tem vida própria. Não depende de mim e de você, sim, de ambos” O amor é
um só, são duas metades perfeitas que se entrelaçam, mais que isso... querem se entrelaçar, tem que
querer. Se existe só de um lado, o amor não existe, mas ele continua vivo.

X
Um amor é passado, as cicatrizes são presentes
Não vejo o futuro, ele me faz sentir caçado
Uma incógnita um sentimento, duplo
Duas afeições, meu coração transborda
Sem aguentar, agoniza!
Junto aos erros, os desesperos que na memória ficam guardados
Pior que repeti-los, é senti-los novamente
Quanta tolice! quanta tolice!
e arrependimento
atitudes triviais, sem noção
Custam caro, mais que isso
Um duplo coração
Sinto nojo, repulsa sinto pena, culpa de mim...
apenas de mim, assumindo meus erros sei que passará

“Um amor é passado, as cicatrizes são presentes” O amor é o ápice dos sentimentos
humanos, se é nos tirado, as marcas podem perdurar o resto das nossas vidas, segundo após
segundo. As cicatrizes ficam pra sempre, mas não podemos deixá-las abertas, ou então
continuaremos sofrendo sem necessidade. Existe como fechar as cicatrizes embora as marcas
possam continuem.
“Não vejo o futuro ele me faz sentir caçado” Não somos videntes, não sabemos exatamente
o que nos aguarda para o futuro. Apesar disso, somos seres imaginativos, ou seja, podemos nos
projetar no futuro pela imaginação. Esta ilusão do futuro, continua sendo ilusão enquanto
imaginação. Com base no conhecimento dos seus potenciais, faça uma imagem de futuro que você
pode alcançar, para que não se frustre e desencadeie sentimentos de desesperança. Conheça seus
potenciais, o funcionamento do cérebro dos seres humanos são quase idênticos, se não, identicos, o
que quer dizer que não nascemos com os potenciais, desenvolvemo-os através do que aprendemos e
conhecemos. Não queira se sentir caçado pelo futuro, ele ainda não é presente.
“Uma incógnita um sentimento, duplo” Um sentimento mesclado com outro, vira uma
incógnita, pois não sabemos separá-los, e parece não haver fórmulas para tanto. Ao mesmo tempo
que sentimos amor, também odiamos, acontece muito. Mas o que prevalesce? Você diria o amor. E
se for o oposto, continuará sendo uma incógnita, continuará sem saber distinguir seus sentimentos.
“Duas afeições, meu coração transborda” Aquela afeição que sentia, não leva mais esse
título, e quando lembra desses momentos, o coração não aguenta e nos faz chorar. Depois ficamos
com medo se achamos outra pessoa, não dando a mesma afeição, pois não queremos chorar
novamente. O medo de ser feliz, é o medo que carregará sua tristeza (tanto no amor e na profissão),
o resto da vida se não tentar perdê-lo. Trabalhe seus medos. Não quer dizer que tem que perdê-lo
completamente, isso seria pior, mas trabalhar para quando realmente precisar senti-lo. O medo é
essencial para viver, nos faz tomar decisões.
“Sem aguentar, agoniza!” Como foi dito o coração não aguenta, resta-nos a angústia de não
poder fazer nada. Não é bem assim. Você pode fazer alguma coisa, distrair o pensamento, é uma
ótima opção. Sair e conversar com pessoas do seu círculo de confiança.
“Junto aos erros, os desesperos que na memória ficam guardados” Nossos erros são os
causadores do desespero. No entanto, só quando não lutamos para corrigi-los.
“Pior que repeti-los, é senti-los novamente” Se repetimos os erros estamos fadados a um
sofrer multiplicado, pois sentimos a dor dos nossos erros gravados na memória a cada vez que
lembramos. A lembrança vem aconpanhada de sofrimento. Até quando deseja repetir(lembrar ou
reviver) os próprios erros?

XI
Explode a bomba em seu cérebro
Ele não aguenta, quer mais!
Você então pensa: “O que que tem de mais?”
Respondo: “é demais”
Você não controla, é um idiota, um idiota sem querer
Pois não controla, seu vício sim, te domina
Domina tua mente, teu comportamento, pensamentos, reflexos e impulsos
Mas eu sei do que você gosta: Baixar a tensão, a ansiedade, aumentar a libido
Estragar seu cérebro, Auto-flagelo
De sentir dor, prazer
De achar que tudo esta perdido
Quando não é dono de teu domínio sempre estará...

“Explode a bomba em seu cérebro” Falamos de drogas novamente. São como bombas que
minam seu cérebro, alteram seu funcionamento e, em conseqüencia, sua consciência, a qual você
precisa cultivar da melhor maneira possível se deseja ter uma vida melhor. Quanto menor o grau de
consciência, mais vendados os olhos ficam.
“Ele não aguenta, quer mais!” Quanto mais as minas são detonadas em seu cérebro, mais
ele pede para ser minado, você pode não perceber.
“Você então pensa: 'O que que tem de mais?'” Você já deve saber de tudo isso, e mesmo
assim, não dá a mínima atenção para o que acontece no seu organismo, pior, não enxerga as
mudanças que ocorrem fora dele, na sua vida exterior. Você se internaliza e vive dentro de você
mesmo esquecendo que existem pessoas que sofrem bem a sua frente quando vêem o seu
sofrimento, mas, 'o que que tem de mais?'.
“Respondo: 'é demais'” Se está viciado, já perdeu o controle faz muito. A tendência será
sempre aumentar o consumo. Sua química do organismo já se modificou, e está dependente
químico. Sua mente já não funciona da mesma maneira, e criou dependencia psicológica. Você acha
pouco?
“Você não controla, é um idiota, um idiota sem querer” A perca do controle sobre nossa
cosciência nos faz “idiotas sem querer”. Você foi um idiota sem querer quando quis experimentar
pela primeira vez só por curiosidade. Você foi um idiota sem querer se começou a usar para se
inserir na turma dos amigos legais que são seus amigos e que usavam drogas. E... um idiota por
querer se começou a usar por conta própria e sem motivos colocando outros na beira do abismo
chamado droga.
“Pois não controla, seu vício sim, te domina” Agora que perdeu o controle, quem é que
está no controle? Não apenas o controla, ele(o vício) dominou sua consciência usando seus atos
inconscientes. Virou escravo de substâncias inanimadas.
“Domina tua mente, teu comportamento, pensamentos, reflexos e impulsos” É o que
acontece.
“Mas eu sei do que você gosta: Baixar a tensão, a ansiedade, aumentar a libido” São as
premissas, também as desculpas para continuar a usar.
“Estragar seu cérebro, Auto-flagelo” Drogar-se nada mais é que autoflagelação, e
autodestruição do seu consciente, ou seja, destruir-se a si mesmo... simplificando, falta de amor
próprio.
“De sentir dor, prazer” Engraçado sermos assim. Às vezes sentimos prazer através da dor.
É quase que uma condição do ser humano. A droga tem esse poder. Pagamos para cheirar por uma
“peteca” de dor(cocaína). Compramos uma pílula de enxaqueca(ecxtasi). Enrolamos um cigarro
tirado de um “tijolinho” de confusão mental (maconha). Inalamos a fumaça da pedrinha de
depressão (crack). Sem contar os farmacos e seus possíveis adjetivos de sentimentos indesejáveis,
só que... desejáveis?.
“De achar que tudo esta perdido” Realmente se está perdido se não procurar largar as
drogas, se você se enquadra, procure ajuda. E esse papo de que é um usuário ocasinal,
ocasionalmente você pode se tornar um viciado.
“Quando não é dono de teu domínio sempre estará...” Não é fácil ser dono do próprio
domínio. Estando drogado, dificulta ainda mais. Só que inventaram uma palavra combinada
chamada “auto-controle”, ela existe. Mas ela existe dentro de você? O que você faz para se
controlar? Você prefere não fazer, não é mesmo? Está bom assim, com as drogas fazendo você
perder tempo de vida aproveitável e que não recupera nunca mais? Perdeu o domínio de você
mesmo? Você pode encontrar como os muitos exemplos que já conhecemos. O primeiro passo é
largar as drogas e segurar a mão de quem vai lhe ajudar(centros de apoio; família; amigos
verdadeiros e quem estiver disposto). O segundo é enfrentar a abstinência de frente, sem medo. O
terceiro é recusar, mesmo sob pressão, e se afastar de quem possa influenciá-lo a retornar. O quarto
é ser feliz se cumprir os três primeiros, eu posso afirmar.

XII
Nos lábios de uma louca palavras quer usar
Palavras cortantes cicatrizes quer deixar
A experiência não vingou suas palavras são tentativas
Que uma mente jovem pode suportar
A não deixar que atinja pois sempre existirá uma porta
Isso que importa quando passar
Para que não venha sentir novamente a dor das palavras
Cuidado! Não deixe aberta
Cuidado com a tentação do querer abrir sem pensar
Atenção!

“Nos lábios de uma louca palavras quer usar” Não podemos negar que existem pessoas
que querem nos transformar com palavras das quais não se obtém nenhum proveito, são as palavras
do mau.
“Palavras cortantes cicatrizes quer deixar” A partir das palavras proferidas sentimos de
súbito sua intenção... querem deixar marcas.
“A experiência não vingou suas palavras são tentativas” Se já não estamos bem, as
palavras fazem eco em nossa mente, aumentando nosso sofrimento. Se ficamos abalados, estamos
dando mais abertura para que as palavras destas pessoas se repitam. Encare as palavras do mau
como tentativas sem sucesso.
“Que uma mente jovem pode suportar” Sem importar sua idade, você pode suportar tais
palavras. Você sabe quem você é e ninguém pode te mudar por críticas que são intencionais
(intenção de fazer sofrer), mas apenas por críticas sinceras, construtivas.
“A não deixar que atinja pois sempre existirá uma porta” Se as palavras do mau lhe
afetam, tangindo sua mente de pensamentos ruins ao seu próprio respeito, e criando sentimentos
hostis de raiva contra você mesmo e contra quem as proferiu, qual é o seu lucro? Nenhum suponho.
Você se sente num labirinto fechado, sem portas. Para sair dele livre-se das palavras do mau que
ficam ecoando na sua mente inserindo as palavras do bem, que são maiores por excelência. Você
sabe quais são as palavras do bem.
“Isso que importa quando passar” Ao passar pela porta, saiba quais chaves usou para
fechá-la. Se usou as chaves do amor, do perdão, do diálogo, mantenha estas chaves preciosas em
sua mão e a mantenha firme para não perdê-las. Se acontecer de perdê-las, a porta que o separa do
sofrimento se abre espontaneamente.
“Para que não venha sentir novamente a dor das palavras” Não queremos sentir a dor das
palavras, mas isso também depende do que falamos. Se ofendemos, somos ofendidos. Se
retornamos aos erros passados do outro, erramos mais que ele.
“Cuidado! Não deixe aberta” Tenha certeza que fechou a porta com as chaves certas, ou
seja, tenha sinceridade nas suas palavras.
“Cuidado com a tentação do querer abrir sem pensar”A vingança se torna mais forte que
tua mente, até mesmo que seu corpo, podendo levá-lo a cometer atos insanos. Se ainda alimentamos
um desejo de vingança, iremos abrir a porta do sofrimento sem pensar. A vingança se torna uma
tentação. Pela palavra, muitas vezes, não há justiça, e ninguém suporta ser injustiçado, resta-nos ela
somente. Dizem que ela é um prato que se come crú, pode-se acreditar nisso. Mas no caso das
relações entre humanos civilizados? Civilizados? Não podemos ser possuidos por esse desejo,
nenhuma das partes ganha com isso, e ao fazê-la dá chances para ser retalhado e “re-vingado”, cria-
se uma bola de neve, como acontece entre palestinos e judeus (você assiste jornal, sabe como é,
ainda bem que esta tendo um fim aparentemente definitivo). Use o perdão, ele sempre nos alivia, se
não adiantar, se a pessoa não reconhecer o erro, é porque não é digna do seu perdão. Continuamos
em busca de humanidade-própria.

XIII
Num simples suspiro de paixão não sinto mais meus pés no chão
A realidade sai do meu pulmão, num simples suspiro de paixão
A realidade sai e vaga como brisa
Percorre os cantos da cidade onde os segredos são sabidos
Além da minha mente sem sentir... onde estou?
Na cidade onde tudo acontece, aqui onde estou agora
Formigas no volante, atrás da mesa, formigas pedestres
Doentes
Querendo sossego, sucesso dinheiro, querendo Amor, Sexo
Aonde estou mesmo?No céu? Na cidade? No inferno?
Aonde estou tudo é sentido
Tudo é movido por sentimentos

“Num simples suspiro de paixão não sinto mais meus pés no chão” A paixão é
arrebatatora, nos tira o folêgo tornando os seres humanos comuns em super-humanos, é verdade,
acredite. Devemos fazer tudo que nos dá prazer com paixão, e o que não nos dá prazer, também... o
que importa é manter viva nossa paixão.
“A realidade sai do meu pulmão, num simples suspiro de paixão” É normal confundir a
paixão com a loucura, ela pode até ser caracterizada assim. Nos sentimos loucos pois conseguimos
os sentimentos mais nobres de felicidade em seu expoente máximo.
“A realidade sai e vaga como brisa” Nossa realidade fica leve, os problemas cotidianos são
encarados com mais humor sem deixar nossa seriedade e competência de lado.
“Percorre os cantos da cidade onde os segredos são sabidos” A paixão nos encanta a
ponto de ficarmos cegos,
“Além da minha mente sem sentir... onde estou?” Além da nossa realidade subjetiva, a
nossa mente, onde estamos? Existem mais pessoas que precisam da paixão. Elas ainda não tiveram
a oportunidade de senti-la em sua essência.
“Na cidade onde tudo acontece, aqui onde estou agora” Estamos na cidade e é bem
perceptível que não se vê pessoas apaixonadas como deveriam. As feições são tomados por um
certo desanimo, estresse, é a corrida pelo sucesso, ou será apenas pela sobrevivência?Há! Onde fica
o viver? E o viver bem?.
“Formigas no volante, atrás da mesa, formigas pedestres” Vemo-os dirigindo
agressivamente, sentados atrás da mesa com a cabeça baixa fazendo o que tem que ser feito. E nas
ruas os mais variados rostos mostram como a vida aqui na cidade não é fácil.
“Doentes” Muitos estão doentes sem saberem.
“Querendo sossego, dinheiro, querendo Amor, Sexo” Existem os doentes que querem
sossego, os estressados. Os doentes querendo dinheiro, os gananciosos, que fazem tudo por este
“Deus”. Os que querem amor, os solitários que preferem ficar sozinhos (é uma escolha?). E os que
querem sexo, se estão sozinhos são promíscuos, se tem alguém que os amam, continuam
promíscuos. São doenças que na maioria das vezes só causam solidão e cegueira das nossas
habilidades humanas e destruição dos nossos sentimentos inatos. Entregam-se a cidade, esquecendo
de si próprio e do seu potencial humano que faria uma cidade melhor, mais harmoniosa. Lemos
jornais, mas o que nos chama a atenção são as notícias ruins.
Aonde estou mesmo?No céu? Na cidade? No inferno? Estamos na cidade. Ela nos divide
entre o céu e o inferno. Estamos no céu se valorizamos nossos sentimentos inatos, e fizemos nossas
atividades com paixão independente do que se faça. Estamos no inferno, se cultivamos sentimentos
e atitudes opostas as da paixão(raiva, inveja, ódio, solidão, mentira etc...).
“Aonde estou tudo é sentido” Quando apontamos para uma pessoa feliz, o nosso desejo é
estar nessa mesma condição. Quando vemos uma pessoa triste e estamos felizes, não queremos nos
“contaminar” com suas tristezas. Sentimos tudo o que vemos e traduzimos como bom ou mau.
Estender a mão a quem precisa é uma forma de ficar feliz mesmo se estando triste, e se esta feliz,
fazendo isso, é uma forma de ficar mais feliz. É bem lógico. Temos que colocar em prática nossas
habilidades humanas de altruísmo. Deixamos de ser macacos pela cooperação e conseguimos
evoluir até a humanidade. Mas a humanidade encontra-se num processo antagônico à evolução por
falta de cooperação. Será que tem de ser assim mesmo para que seja continuado o nosso processo?
“Tudo é movido por sentimentos” Queremos ter família, filhos, amigos. Ninguém quer
fazer inimigos. Mas, as situações nos forçam. Os sentimentos são o que nos fazem se mover,
ninguém vai a um lugar festivo se não quiser alegria, ou a uma igreja se não quiser paz, pular de
para quedas se não quiser medo. Assim nós procuramos sentir o que se espera desse sentimento,
assim como somos amigos ou inimigos pelo que esperamos deles. Dos inimigos não podemos
esperar nada, é perca de tempo se não esperar o próprio perdão. Os amigos, podemos cultivá-los, e
esperar por eles, apenas quando longe... para que cheguem depressa. Quando perto, sabemos que
são nossos amigos. Em outras palavras sofremos por pessoas que estão fora do nosso circulo de
amizades quando guardamos rancores e mágoas destes. É comum e é perca de tempo. Dê
movimento aos seus sentimentos bons, temperando-os com a paixão. E dê movimentos aos seus
sentimentos ruins perdoando quem lhe causou esses sentimentos. Se é culpado perdoe-se a si
mesmo e peça o perdão. Mas seja sincero e coerente com você e suas atitudes posteriores
principalmente. Não quer dizer que não possa errar, só não podemos repetir os erros. Quando
deixamos a paixão nos possuir, ficamos menos propensos a errar. Estamos nos dedicando com
prazer e vontade de fazer certo para que se alcance a felicidade no que se faz. É, precisamos muito
de paixão, ela é propulsora absoluta da felicidade.

XIV
Se tu entendes porque deplora?
Quando te surpreendo porque me ignora?
Com Tantas páginas escritas agora queres rasgar
Fiz o que pude... e o que não poderia
Então me punes com razão muito mais punição deveria me dar
O que há de errado comigo?O que vai além da traição?
Como ser tão estúpido eu consigo?
As juras foram em vão, cansado de escutar seus nãos
Agora, apenas amigos e... distantes
Correndo diferentes caminhos com diferentes pedras para tirar
Reconheço todos os meus erros
Não há mais como consertar
Mas se reconheço, sei que a dor passará

“Se tu entendes porque deplora?” Estou entendendo, você está entendendo, mesmo assim,
está me odiando.
“Quando te surpreendo porque me ignora?” Uma surpresa que foi feita somente para seu
bem, isso merece ser ignorado?
“Com Tantas páginas escritas agora queres rasgar” O tempo passou, e não percebemos.
Errei, persisti, mas, apenas no meu erro. O tempo que julgamos bom, foi perdido, e o nosso tempo
que sabemos estar mal, foi o tempo suficiente para que eu lhe feri-se.
“Fiz o que pude... e o que não poderia” Fiz tudo o que foi preciso para não te perder, mas
fiz o que não poderia, eu trai. Como iria saber, se não sabia, você não disse nada, mas você sentia.
“Então me punes com razão muito mais punição deveria me dar” Eu errei, errei! Posso
admitir isso para mim, mas como vou admitir para você?
“O que há de errado comigo?O que vai além da traição?” Foi um impulso, eu não sei, eu
fiz e senti prazer, depois me sobrou a culpa, e depois a perda de quem eu amava de verdade: você.
“Como ser tão estúpido eu consigo?” tentando agir certo foi o que fiz de mais errado.
Achava certo esconder a verdade para não magoar.
“As juras foram em vão, cansado de escutar seus 'nãos'” Fiz tantas promessas e planos,
todas levaram um “não” como resposta, o que queria realmente comigo? Sei que queria me amar.
Mas, como você sabia, se não sabia? Eu sei, você apenas sentia. O meu erro, que você não sabia,
estava escrito com todas a letras em meu olhar.
“Agora, apenas amigos e... distantes” Todo o tempo foi perdido, e nossa amizade, não era
amizade. Você diz que agora somos amigos? Nunca fomos, se o que se queria era o amor. Eu errei,
eu sei.
“Correndo diferentes caminhos com diferentes pedras para tirar” Nossa relação se tornou
uma pedra, dura... estática! E o pior, está no meu caminho o qual tenho que seguir. Você não quer
me ajudar porque nunca fomos amigos.
“Reconheço todos os meus erros” Não posso fazer mais nada além de reconhecer os meus
erros, as minhas traições em sua direção e contra mim mesmo.
“Não há mais como consertar” Nunca mais, isso depende mais de você do que de mim,
mas é tarde, os erros sufocam e matam os sentimentos.
“Mas se reconheço, sei que a dor passará” O reconhecimento dos meus erros é deixar o
meu velho orgulho que me fazia trair a mim e a quem eu amava, ir embora, e deixar o
arrependimento nos abraçar por um momento. Ele nos fará sofrer, mas nos fará livrar-se do
sofrimento contínuo.

XV
Vamos em direção à Meca, a mecatrônica do mundo ocidental
Vamos viajar de ônibus... Espacial, o espaço é meu lugar
Vamos comprar dinheiro, é o que vende para se armar
Vamos calar a boca pois a TV fala em meu lugar
Meu lugar é aqui mas não é meu, pois tenho que alugar para estrangeiro
Vamos parar de chorar, a culpa é de poucos
Pouco competentes, pois o poder não souberam usar
Milhões pagam para não saber que a dívida é nossa
Conformando-se com a farinha enquanto ainda há água
Diga o que quiser?No que que vai dar? não sei.
Mas aqui... aqui é o meu lugar

“Vamos em direção à Meca, a mecatrônica do mundo ocidental” A parafernália


tecnológica diminuiu as distâncias entre humanos. Mas será que o nosso calor que também é
humano não está diminuindo?Nossos modelos e padrões de vida são satisfatórios? Conseguimos
perceber o que esta evolução tecnológica esta desencadeando em nosso potencial humano? Será
que não perdemos um pouco de nosso potencial para as máquinas? Perdemos com certeza para às
máquinas, estamos ficando gelados como sua superfície.
“Vamos viajar de ônibus... Espacial, o espaço é meu lugar” Qual espaço você costuma
estar, no real, ou virtual? Os espaço real é onde tudo acontece e onde todos os sentidos podem ficar
ativos, você ganha muito mais experiência conhecendo coisas que podem ser sentidas neste espaço.
Por outro lado, o espaço virtual, não é de todo ruim, desde que se saiba aproveitá-lo. Não se dedicar
integralmente ao computador mestre de sua mente. Quando viajar neste espaço procurar coisas que
você realmente precisa saber. Entretenimento também é bom, mas não pode-se exagerar para não
ficar cercado por uma multidão dentro do espaço virtual, e na solidão fora do computador, no
mundo real. Você não é obrigado a concordar comigo. Se prefere este espaço, o virtual, aproveite,
mas não esqueça que você continua sendo real e, com mais ênfase, continua a ser humano e não
máquina.
“Vamos comprar dinheiro, é o que vende para se armar” Temos no dinheiro um valor
universal, sem ele não vivemos, necessitamos pois somos “forçados a necessitar” pelo sistema,
digamos. O dinheiro é fundamental na sociedade atual, mas também é uma doença degenerativa da
visão. Por vezes, transforma-se em arma, tendo-o, manda-se fazer o que quiser, como matar, por
exemplo. Incrível um ser humano dotado de racionalidade e inteligência corronper a si próprio,
também ao próprio benefício, se desculpando no lugar dos poderosos, pois se esconde atrás da
pobreza que estes lhe causam. O dinheiro digno é valorizado, o dinheiro fácil é lixo, como tal é
quase sempre jogado fora quando fora do poder. Os assassinos do poder, não puxam o gatilho,
fazem assinaturas em papeis de bancos.
“Vamos calar a boca pois a TV fala em meu lugar” Pior que ser assassinado e cegado aos
poucos e sem saber, é se colocar na posição de mudo. Temos a voz que realmente governa o nosso
país, isso é claro. Nem tudo que assistimos e temos como notícia é imparcial, muitas vezes,
desconfio, as notícias não são notícias, mas velharias que esperam a hora de serem publicadas
conforme a conveniência do jogo político. Nós, como meros cidadãos, assistimos a tudo engolindo
cada palavra sem pestanejar, e o máximo que conseguimos fazer é lamentar e trocar comentários em
bares e esquinas.
“Meu lugar é aqui mas não é meu, pois tenho que alugar para estrangeiro” O nosso lugar
é o nosso país, óbvio, mas, sem xenofobia, quem é que se apropria dele? Acredito que nossa querida
amazônia é mais explorada por extrangeiros que por nós mesmos. Tráfico de animais e plantas
medicinais geram bom capital, pena que para internacionais, e em grande parte, só para citar um
exemplo. Alugamos o que é nosso e não recebemos por isso, sem contar a especulação de capital
que além de alugar pagamos para alugarem, e dizemos ao término da operação “Bye! Bye! my
money”. No brasil somos peritos em aumentar a dívida externa, e “adaptados” a pagar os juros mais
altos do mundo. Pense “coisa de brasileiro” é a tolerância política exagerada que a nossa história e
nossa cultura ainda ignorante nos fizeram sucumbir, é menos complicado governar quando os
súditos estão cegos, mudos e surdos, o povo paga alto preço pela falta de educação qualificada, e o
governo se beneficia .
“Vamos parar de chorar, a culpa é de poucos” Não vamos nos lamentar a vida inteira, por
causa da falta de identidade política, da corrupção, da criminalidade, do desinteresse social, da falta
de educação qualificada, da fome e saúde deficiente, da falta inescrupulosa de vergonha na cara e o
patriotismo pútrido que nossos políticos se orgulham em transparecer nas ditas e malditas CPIs.
“Pouco competentes, pois o poder não souberam usar” Salários de políticos excedem e em
muito a média de sálario da população. Porém, não parecem estar contentes em serem privilegiados
neste país cheio de agravantes, e preferem agravar ainda mais a situação, sem saberem, agravam a
sua própria. Perdem o orgulho nacional em troca de dinheiro, uma mansão com piscina, mulheres,
drogas, todas essas coisas que eles fazem questão de ocultar, que, por vezes, vasa para algum meio
de comunicação, temos que deixar claro que não são todos. Do outro lado da moeda está a cara do
cidadão brasileiro, apagada e gasta, com fome, desempregado, criminoso e doente, seguindo
exemplos motivadores($) e escancarados de nossos políticos. Seus pensamentos são 'Tu me
roubas, eu não sinto que me roubas, sou cidadão comum e, de certa forma, ignorante, vou fazer
alguém não sentir que estou lhe roubando, Dr. Político'.
“Milhões pagam para não saber que a dívida é nossa” Pagamos para sermos roubados.
Nossa dívida, é, sem mais palavras, a nossa dívida. Pagamos com a miséria e com o sofrimento,
estamos descartando seres humanos e suas vidas como garrafas plásticas de refrigerantes, mas não
podemos ser reciclados. A vida e a morte se tornaram uma questão de dinheiro, isso não soa natural.
Estamos em busca de felicidade e também de qualidade de vida para todos. Mas só alcançaremos
quando começarmos a pagar para saber a verdade sobre o nosso dinheiro pelo meio da voz das
massas, cobrando transparência em cada centavo de nossos impostos. Todo dinheiro público tem
destino, mas o destino do dinheiro não se torna público, por quê? Queremos representantes não-
políticos no congresso, pessoas que se comprovem incorruptíveis e traduzam o sofrimento do povo
para os políticos que se escondem atrás da máscara da corrupção, e tentando passar a imagem de um
filantropo, só que, caricaturizado .
“Conformando-se com a farinha enquanto ainda há água” O povo concorda com sua
miséria, pois acham que nada pode mudar que não seja para pior. O pessimismo, a falta de tempo
do trabalhador comum, a depressão do desempregado, a conformação da situação de pobre é o que
mantém a pobreza acentuada. Ficar esperando ajuda, sabendo que virá, é outro motivo para a
acomodação da pobreza. O governo ajuda quando querem votos, e de novo, elegemos os corruptos.
Continuamos empobrecendo e alargando a base da pirâmide de seres sub-humanos.
“Diga o que quiser?No que que vai dar? não sei.” São minhas opiniões, torno-as públicas
neste livro. Tento ser um pouco de voz, um pouco de escuta, um pouco de visão, mas sei que em
relação a política, sempre seremos um pouco de mudo, um pouco de surdo e teremos uma visão
política apenas parcial, se não cega absolutamente. Lutar contra nossa falta de sentidos, é o caminho
do desenvolvimento. Deixar de tatear no escuro e acender a luz que ilumina o caminho para nos
equilibrarmos e deixar o sofrimento do cidadão pobre('menos favorecido' como os maquiamos!)
amenizado. Só conseguiremos acender a luz do equilíbrio quando incentivamos o conhecimento
para quem for, mas principalmente aos pobres que são maioria, ou seja para pessoas que querem se
desenvolver mas neste pais faltam-lhe a opurtunidade nesta luta de classes, que para mim, não
existe. Classe é para o que se pode classificar. O ser humano só se classifica como ser humano, no
sentido literal de nossa confirmação pelo nome “humano”. Somos semelhança independente de
raça, credo e o que quiser se acrescentar. As classes sociais, são meros indicadores do nosso
preconceito. Claro, é mais provável que nunca acabaremos com a pobreza, com a corrupção, fome,
falta de moradia etc... E se fechando ou ficando indiferente a estes problemas, a velocidade em que
estamos caindo do abismo aumenta, as gerações futuras sofrerão mais, mas o foco não é o futuro,
estamos falando do agora que deve ser mudado, e precisa de colaboração global. Você não precisará
ir para uma ONG. Mas tentar conscientizar o maior numero de pessoas possíveis, conscientizá-las
que devem todos ser empáticos com o sofrimento, que ninguém quer sentir, como a fome e a
miséria.
“Mas aqui... aqui é o meu lugar” É meu, é seu, é o nosso lugar em que vivemos, sorrimos,
choramos, acertamos e erramos, aprendemos com os acertos, se erramos aprendemos também.
Enfim, nosso país é a nossa casa, temos que deixá-la limpa, cuidar de suas portas, da sua parede, do
piso, tudo deve estar sendo bem cuidado e preservado para que passe uma boa energia e mostre que
há pessoas morando nela que se preocupam com ela, pois são moradores que normalmente não vão
morar em outras casas, mas visitá-las, sem se preocupar se a casa do vizinho é melhor ou pior que a
sua própria, o que importa é que sua casa é sua e só sua, você a ama pois lhe dá o abrigo necessário
e as condições de viver e sobreviver. Você então procura a felicidade dentro dela, mas existem
pessoas que moram contigo que não estão felizes, estão na mesma casa mas não tem colchão, nem
cobertor, nem travesseiro, se quer possuem roupas, os pratos delas são emprestados, e comem os
amontuados de restos lhe causando humilhação humana, e o vômito de sua dignidade: “Nasci com
boca, meu estomago dói, cadê a minha comida? não me fale mais nada... não tenho emprego.
Calma, só estou com fome. Desculpe, eu sei que isso não é meu, mas eu vou vender mesmo assim...
eu estou com fome, mas quero comprar drogas, eu estou com fome! Merda! Eu estou com fome!”
XVI
Jurar pela grandeza, optar por excelência
Dizer o que nunca foi dito
Mesmo estando escrito nas páginas do livro mundo
Jurar pela grandeza da ordem da vida
Optar pela excelência da harmonia da vida
A optar pela excelência da ordem e da harmonia
Entre homens da mesma raça, a raça humana
humana sem violência, humana.
“Jurar pela grandeza, optar por excelência” Vamos nos sobressair ao que nos devora sem
querer. Jurar, isso mesmo! Jurar pela grandeza da paz de espírito que será o mesmo que optar pela
excelência da harmonia entre pessoas... que de diferentes mesmo, tem apenas sua personalidade.
“dizer o que nunca foi dito” Quantas vezes um sentimento bom e reconfortante invadiu sua
consciência e você nunca teve a coragem de falar? Fale na primeira ocasião sempre, não importa sua
timidez, ela não é mais forte que esse sentimento, pode ter certeza.
“Mesmo estando escrito nas páginas do livro mundo” Pode-se dizer que tudo esta escrito
como manda o destino, assim estaria escrito que eu escreveria esse livro. Assim como poderia estar
escrito nas páginas do destino do mundo, que eu seria um fracassado se não fizesse isso, e não
estaria tendo nenhuma utilidade aqui, se não ocupar o espaço ao qual me insiro. Estando ou não
estando escrito nestas páginas, acreditando ou não no destino, no livro de Deus,no que for, as
perguntas são: O que você quer? o que você procura? O que você vê? O que você não vê? O porque
você quer, procura, vê, e não vê? A resposta esta na multidão, essa aldeia global, que está doente,
espalhando o seu câncer para a natureza, provocando as mudanças que geram catástrofes “naturais”
no ambiente e dentro do crânio de cada ser que não se esforça para melhorar essa situação, volto a
dizer, o sofrimento humano é impossível de ser extinguido mas pode ser atenuado, se não nos
deixarmos ser controlados pela facilidade da desonestidade, se não nos deixamos ser controlados
pela comodidade do egoísmo, pela superficialidade de caráter, pela abstenção de responsabilidade
com o próximo e consigo mesmo, e principalmente por perpertuar a ignorância que torna o mundo
tal como ele é. Pergunte-se o que quer, procura, o que vê, e o que não vê, as respostas estão no livro
que pode ser visto sem ver as palavras, o livro mundo visto dos olhos de sua consciência.
“Jurar pela grandeza da ordem da vida” Depois desse discurso inquieto, talvez um pouco
resignado, e com sofrimento nas entrelinhas,onde deixo transparecer o que sinto, o que quero e
procuro, o que vejo e não vejo, não me resta mais nada que jurar pela grandeza da ordem da vida e
...
“Optar pela excelência da harmonia da vida” E não me resta mais nada a não ser seguir
meus propósitos que me dão interesse e sei que me levarão irremediavelmente a minha felicidade,
como quero que o coletivo, tenha usofruto do que penso como quero que não pense igual a mim,
mas crie alternativas diferentes das minhas seguindo o propósito ao qual os seres humano tem em
comum e é “destinado” nesse mundo de abalos sísmicos e sentimentos abalados, o próposito de
melhorar a vida de quem precisa , não podemos fugir disso, nossa vida depende da simbiose, da
ajuda, e da troca de ajudas e também...
“A optar pela excelência da ordem e da harmonia” São nossas melhores opções. Agora,
se conseguiremos alcançar essa excelência, dependerá exclusivamente do esforço individual para o
coletivo. Mas você deve pensar que já não há tempo o suficiente para você mesmo, como tirar
tempo para quem ao menos se conhece? Se pode dispor uma hora por semana, junte-se a quem pode
oferecer essa mesma, e teremos muitas horas, talvez mais que a soma das horas da semana, do mês
e do ano. Essas horas dedicadas vão ajudar a restabelecer a ordem conforme a quantidade e a
qualidade daquilo que pode oferecer, compomos então a harmonia que fica cada vez mais
agradável, ao vermos pessoas mais felizes, são pessoas que ficam mais motivadas, e com vontade
de produzir, pois recuperaram a auto-estima e as esperanças em relação sua qualidade de vida e ao
seu futuro. Não devemos nunca deixar essas opções esquecidas, se não queremos escolhe-las,
também não podemos esquece-las pois são opções que compõe a vida de todos, mas não são todos
que alcançam, mas tudo isso acontece...
“Entre homens da mesma raça, a raça humana” Engraçado, antes achava-se que os únicos
mamíferos capazes de matar seres da mesma espécie eram os humanos. A algum tempo descobriu-
se que os chimpanzés tem essa mesma capacidade, não é a toa, seu DNA é 98% idêntico ao nosso.
“Humana sem violência, humana.” A violência é um isntinto de sobrevivência que se
desenvolveu a milhões de anos e é bem visível em todos os animais, principalmente em nós, mas
não estaria na hora de começar a suprimir em leve escala este instinto, que como instinto é um
impulsionador do nosso prazer? Tentar usar um pouco da nossa massa cinzenta para não violentar
os outros, não só fisícamente, mas verbalmente, nem gestualmente, nem simbolicamente, nem
gradualmente da forma que se queira agredir. Falo em leve escala pois não há como suprimir um
instinto por completo, nem seria essa a intenção. A intenção é achar válvulas de escape para esses
instintos. Esportes são a melhor alternativa, bem como ter um saco de pancadas em casa é outra,
mas um saco de verdade, não estou falando dos seus filhos ou da sua mulher, ou o 'cristo' que for.
Assim continuamos em busca de humanidade-própria, e da realidade que queremos alcançar.

XVII.
Adiar o dia por odiar a vida
É o tolo que age com dolo
Cria uma reação sem ação, cria uma ração social
Da qual se alimenta para que não haja razão
Para dar vazão ao que não presta pois é o que lhe resta
Quando não há alguém que o impeça, para que peça que pare
de criar reação sem ação
Cai num mundo chamado terra se enterra como vegetal
Pois não crê na vida como um animal de codinome racional
Desintegra seu saber que não criou...
evoluíu no espaço-tempo
Tempo perdido para quem não acorda
Pois dorme com a corda no pescoço
discorda?
Discorda que se confie nas pessoas?
que o dia não se adia?
que não se odeia a vida? Não se odeia a vida.

“Adiar o dia por odiar a vida” Nosso dia tem vinte e quatro horas, e você pode adiá-lo em
apenas alguns minutos.
“É o tolo que age com dolo” Está agindo intencionalmente sempre que acaba de adiar o seu
dia. É você apenas que tem o poder de torná-lo bom. As pessoas que o cercam sendo amigas,
colegas ou familiares, tem o dom de estraga-lo como também de deixá-lo melhor. Para não
adiarmos nosso dia temos a obrigação de zelarmos por boas relações, se não conseguimos nos resta
se afastar de quem não nos faz bem, mas que está próximo de quem pode nos fazer muito bem, para
completar, isso não é bom, pois...
“Cria uma reação sem ação, cria uma ração social” De quem não gostamos, alimentamos
a desconfiança a cada olhar, onde, por conveniência social, nos dispusemos a ser falsos com sorrisos
amarelos e beijos que não tocam os rostos. Mas eu tenho o direito de gostar, de não gostar, de ser
falso e ser sincero a hora que quiser, não estamos numa sociedade livre em que a liberdade de
expressão já alcançou o cume da montanha chamada sensura? Isso não tem nada a ver com a
liberdade de expressão, a questão real é até onde nossa falsidade pode prejudicar nossas relações?
“Da qual se alimenta para que não haja razão” Como humanos, servimos mais as
emoções e sentimentos do que a própria razão, por isso nos tornamos tão imperfeitos e passíveis de
errar. Claro, dizem que para o coração a razão não existe, a não ser a razão da pessoa que se ama
que se torna a “razão do viver”, como comumente falamos a quem se ama. Mas o amor não é o
assunto que queremos tratar, estávamos falando em falsidade. Por quais motivos, ou razões nos
tornamos tão falsos? Uma pergunta difícil de responder, mas temos uma afirmação inquestionável:
Lutamos incessantemente para sermos mais verdadeiros, em busca de nos encontrarmos mais
acima, buscamos sonhos subindo os degraus defeituosos da escadaria da vida, se pisamos em falso,
é o que basta para rolarmos até que alguém nos segure, mas se somos os falsos, subimos a escada
sozinhos, e aí, rolaremos degrau a degrau, sem apoio, passando por todos os defeitos que já
tinhamos passados,o que é pior, podendo chegar ao primeiro degrau de nossa escada, nos sobrando
apenas a chance do reinicio, o que não é ruim, podemos agradecer de se ter essa chance.
“Para dar vasão ao que não presta, pois é o que lhe resta” Neste sentido, o da falsidade,
estamos nos apropriando de um sentimento destrutivo da alma, ele simplesmente não nos faz bem, e
alimenta o nosso ódio, por isso a falsidade não presta. Mas, cada pessoa se insere em situações
muito diferentes, às vezes, até mesmo para sobreviver ela precisa ser falsa, e agora o que posso falar
mais da falsidade? Acredito que para essas pessoas a falsidade é o que lhe resta ...
“Quando não há alguém que o impeça, para que peça que pare” Retornamos a questão de
que não estamos sozinhos neste mundo, e entre tantos que nos cercam, muitas vezes, ninguém se
predispõe a comentar onde você está errando, indicando como o certo é um forma de libertação
depois que se experienciou o errado, e quando tentam aconselhar é porque existe alguma intenção
de interesse próprio, e que não há sentido real para quem iria se “beneficiar” deste conselho. Diga-se
um “conselho invertido”, que se deseja o oposto do se queria, se fosse sincero. Então a pessoa acaba
errando tanto, caminhando tanto pelo labirinto, que para ela não existe mais nada naquele momento
que não o labirinto e ela somente. As saídas deixaram de existir em sua cabeça, e sem deixarem os
suprimentos (os conselhos), suas energias vão se esgotando, e começa a rastejar sobre seus erros e
arrependimentos. Como não existe mais saída, e esta pessoa esta preste a sumir, ainda existem as
entradas que você pode invadir e levar os suprimentos que ela necessita, então você sai pela
entradas que não são as saídas, e mostra que há saídas que não são mais as entradas do labirinto do
sofrimento.
“De criar reação sem ação” Neste labirinto se cria reações, mas não encontra-se as ações
que as causam, sabe-se apenas do sofrimento e o sucumbi por não ter mais aquele fio de esperanaça
que o mantinha firme mesmo que na beira do precipício.
“Cai num mundo chamado terra e se enterra como vegetal” Estamos vendo os nossos
muros, às vezes muralhas, que nos limitam. Estamos num mundo enorme com vários países, várias
culturas, mas nossos muros não cosnseguimos transpor nesta ânsia por enxergar do outro lado. Nos
interramos em nossa terra criando a consciência de que o mundo é nosso, não apenas nosso país.
Graças ao comércio e criação da civilização fomos divididos, e por isso não podemos mais mudar
nossa situação, mas alcançaremos a felicidade mesmo assim, quando quisermos, e se estando
enterrado, não nos movemos por todo este espaço que nos foi dado: a terra de todos os homens, de
diferentes culturas, de todas as raças, de todos os credos, de todas as filosofias e religiões, mais o
que não podemos nos orgulhar: a terra da guerra. Somos excursionistas do mundo e estamos em
busca do viver bem sempre, já que sempre estamos com os pés nele, no mundo, mas nossas raíses
não estão apenas em um local, ou país. Nossas raízes estão espalhadas por cada milímetro de
natureza, porém não devemos se limitar a ser enterrarados, e, além de tudo, ficar satisfeito e
conivente com estas situações que nos fazem vegetar em nosso conquistado cubículo, esquecendo-
se que mais adiante, no mundo, ainda há um universo de sentimentos bons e que devemos sentí-los
sempre que podemos para nos tornarmos melhores em relação ao pessimismo real do qual o mundo
faz parte.
“Pois não crê na vida como um animal de codinome racional” Ressalto aqui novamente
a importância da nossa racionalidade, mas não a racionalidade do cidadão comum, ele nunca foi
culpado pois fica perdido no obscurantismo imposto pelos nossos queridos políticos(em ano de
eleições são muito, mas muito queridos mesmo) que detendo o poder detem também seus fantoches
na posição que quiserem, menos na posição de donos absolutos da terra onde pisam. Se mudando a
racionalidade destes, muda-se também a racionalidade daqueles que ainda não sabem seu real poder,
o poder da opinião, junto a união pelo bem comum. O nosso bem comum seria uma vida digna com
emprego, moradia, comida na mesa, ensino de qualidade, lazer (também de qualidade), saneamento,
bons hospitais com bom atendimento. E engrenassem no poder pessoas com o talento de diminuir
nossa pequena dívida e conseguir, o que foi dito acima, com toda a responsabilidade que se valeu
dos votos dos cidadão dotados de racionalidade, mas também sentimentos, que quando não se
cumprem(as promessas) os sentimentos são jogados fora como os papeis das urnas pós-eleições, no
caso do Brasil, se formatando os disquetes pertencentes ao escrutínio eletrônico do qual nos
orgulhamos tanto.
“Desintegra seu saber que não criou...” Nosso saber não é criado, ele é descoberto...
Quando insistimos em não cultivar o saber, ficamos pendendo para a violência que pode ser
entendida de várias formas, temos violência até no olhar, e aí fizemos propaganda gratuita de um
dos sentimentos que mais desgraça traz ao mundo dos animais humanos, o sentimento de raiva
“evoluiu no espaço-tempo” se passamos o conhecimento e o saber encontrado na filosofia,
na religião (de forma consciente), enfim, o conhecimento de que os seres humanos não são
perfeitos, e enquanto buscam a perfeição, ou a posição de Deus, estão se transformando em seres
sem sentimentos humanos e de humanidade. Pois não há motivos para desigualdade se não a
ganância, não há motivos para o preconceito se não a falta de conhecimento de si próprio, que se
conhecendo, apreende a conhecer o outro.
“Tempo perdido para quem não acorda” Está chegando a hora de nos libertarmos e sair da
cela invisível em que estamos presos com sete ou mais chaves, cada chave que não aprendemos
seu valor real tem, também, um nome real: Amor, paixão, esperança, solidariedade, perdão,
conhecimento, respeito e tolerância, são algumas das chaves que nos libertam com muita certeza.
“Discorda?” Não há donos do mundo que possam refutar isso, apesar, de não ser a opinião
deles, como eles insistem em deixar claro através de suas atitudes..
“Discorda que se confie nas pessoas?” Quando damos chances de ser confiados,
conseguimos confiança, e quando conseguimos confiança contagiamos quem precisa de confiança
para se tornar feliz, pois quem não confia e não se deixa ser confiado tem a infelicidade como um
dos comandantes da alma.
“Que o dia não se adia?” Não se pode adiar um dia, este dia tem que ser de trabalho, de
lazer, ou, o que é melhor, misturar trabalho com lazer, o que quer dizer, fazer o que se faz com
muita paixão.
“Que não se odeia a vida? Não se odeia a vida!” Por pior que a vida possa parecer algumas
vezes, não podemos fazer nada além de agradecer que ainda se está vivo, e que nos mantemos vivo
quando lembramos que a vida é cheia de surpresas, já que hoje posso estar mal, mas amanhã posso
estar muito bem. Mas é importante lembrar também que estar bem ou mal depende do que
escolhemos, e lembrar mais uma vez que temos tempo o suficiente para substituir escolhas erradas
por escolhas certas.
XVIII
Dói saber que um bem aparente que vaga como o pensamento
É fumaça que sai por de baixo da saia que forma a muralha de dor
porque dói saber a cabeça embaralha
É uma ameaça daquele que procura a caça
Mas cura com cachaça, a dor, porque dói saber
Como o fruto que não se come é veneno
Mais chances de sobreviver
Assim sinto-me um pouco, mas ainda me sinto caçado

“Dói saber que um bem aparente que vaga como o pensamento” Seus pensamentos não
são um bem aparente, mais um bem que tem valor real, que nos faz viajar e tomar decisões sérias
sobre a vida e o destino que ela seguirá. Refletindo-o, o pensamento nos fortalece. Usando-o, nos
enaltece. Temos que sentir o valor real dos pensamentos, eles não tem aparência, mas quando
externados nos fazem formar uma imagem real do que queremos. Se quisermos o bem, as imagens
se assemelharam a belas montanhas com campos e bosques, com lindos jardins e cachoeiras e um
pequeno chalé em sua subida onde você se encontrará frente a uma lareira com pessoas que você
ama conversando sobre assuntos que pessoas que se amam conversam e conversam bem. Esse é o
poder do pensamento positivo. O poder do bem, de tornar a nossa cosciência leve, limpa, trazendo
clareza aos nossos problemas e situações. Em oposição, o mal que causamos com pensamentos
negativos (e que só causamos se quisermos), se reflete como a imagem de uma floresta devastada,
com seus campos queimados e animais mortos por onde passamos. Então percebemos nossa falta de
consciência e enxergamos que a nossa única opção foi ter ateado fogo ali onde você foi o único
animal que ficou vivo, mas pode se considerar que se está morto, pois não há mais com quem
conviver e amar, o que quer dizer que já não há como viver, pois dependemos dos outros e vice-
versa, do nosso valor humano, do qual realmente dependemos, que é muito mais coletivo e nos
abrange muito mais do que quando sozinhos.
“É fumaça que sai por de baixo da saia que forma a muralha de dor” Causamos a dor
sempre através do pensamento. Por exemplo, quando temos uma prova importante e difícil para
fazer, este pensamento é causador da ansiedade: “A prova é difícil, é importante (dependo dela para
me aproximar dos meus sonhos), eu vou conseguir ir bem?”, acabamos por sofrer antecipadamente
por algo que ao menos aconteceu. Parece tolice dos homens, mas não é. Isso nos induz a trabalhar
para baixar a ansiedade buscando segurança. A segurança que se busca em provas difíceis, só
conseguimos se estudamos, gravamos e entendemos o conteúdo da prova. Isso é árduo para muitas
pessoas, mas, se não quiser sofrer mais, é o único caminho. Não há mais soluções para essa
ansiedade inata do homem. Assim, isso se aplica também ao nosso cotidiano, o qual as provas
aparecem sem serem comunicadas. Se sempre buscamos conhecimentos, mesmo sem provas
previstas, quando elas aparecerem estaremos preparados, se não estivermos, estaremos menos
despreparados, não é?, e mais aptos a encarar novos desafios. Essa fumaça que forma a murulha,
forma uma muralha de dor que é de fumaça, não é difícil transpor, não é difícil destruí-la se
buscarmos além do conhecimento necessário (que difere do saber), buscamos o saber que nos fará
ver fumaça, sem dúvida, no lugar de tijolos.
“Porque dói saber a cabeça embaralha” E se pensando em conhecimento e saber, o
excesso deste, que se refere ao primeiro, o segundo é dificil alcançar, mas não impossível e depende
não tanto do conhecer, mas de formar uma consciência própria sobre si mesmo que sugere
autonomia e domínio das condições inatas e não influenciáveis do ser humano. Quando alcançamos
esta autonomia, conseguimos tocar o saber, mas ainda não o abraçamos. Se desviamos desta busca
do saber, que também é inata, ficamos a mercê da dor, não saberemos reagir contra ela, a confusão
se estalará, e a “cabeça embaralha” pois não tocamos ainda o saber, apesar de se ter o conhecimento.
Por isso dói saber que, sem ele, o próprio saber, não estaremos aptos a organizar nosso
conhecimento, quem dirá usá-lo em prol de nossa felicidade. Então, o que se busca realmente e
primeiramente, é a consciência das condições inatas, como você se comporta independente do que
aprendeu: seu temperamento( o seu tempero é amargo, doce, apimentado, salgado? você se acha
sem tempero? Todos temos um temperamento) Se é amargo, já se perguntou porque é assim? Ou se
é doce, você tem muitas vantagens, mas não existem pessoas que se aproveitam de sua doçura? E o
estilo salgado, faz o outro ficar com sede e o deixa sem água. E o apimentado, com todo seu
queimor, não da chances para se respirar, e a ansiedade o cega a ponto de não conseguir achar água.
Criar uma consciência sólida sobre este aspecto será a essência da busca do saber pela felicidade. Se
você se sente feliz, já se considere um sábio, mas não esqueça que para mantermos a felicidade
precisa-se se colocar na posição de um ser quase supremo, que por mais incrível que seja, temos
carregado tal título desde a nascença (da fecundação eu diria). Porém, ninguém sabe disso, ou
prefere não se lembrar, mas posso afirmar sem mais e soletradamente: cada ser vivo, é um ser
supremo. Se a infelicidade ainda lhe acompanha e fugir dela parece algo tão difícil quanto fugir de
um holocausto, se considere um sábio que persiste além do que o conhecimento pode oferecer, algo
como transcender a busca da felicidade, colocando a busca do conhecimento de si próprio como
crédito de vida insuperável. A partir daí, a felicidade não se demorará. Mas, se encontrando a
felicidade, não quer dizer cessação da nossa busca, que não é só direcionada a felicidade, nem
mesmo ao conhecimento próprio, mas como já escrito nestas páginas, da humanidade própria,
muitas vezes esquecida e, não raro, perdida em algum lugar de nossos corações. Mas ainda melhor,
é que ela, a humanidade, não foge das barreiras que o nosso coração impõe a nossa própria condição
de seres semelhantes que independente de nossas diferenças e, também, indiferenças, não
deixaremos, de forma alguma, de sermos humanos, que falam e escutam, mas que, muitas vezes,
temos o que falar, mas não há um par de ouvidos se quer para escutar, e quando nos dispusemos a
escutar não se há com quem falar.
“É uma ameaça daquele que procura a caça” Nossas vidas são ligadas tão estritamente a
desafios, que a falta deles seria a causa hegemônica dos nossos desesperos. Um budista, não seria
budista se não carrega-se consigo o desafio de se alcançar o nirvana. Até mesmo um ladrão
profissional entraria em conflito consigo mesmo se, de repente, começasse a abater carteiras e
relógios em vez de assaltar bancos, pois o seu “nível de desafio” caiu, não tem consciência disso,
tem apenas a consciência de que tem que continuar roubando para sua sobrevivência. Perdeu aquela
coragem, aquela audácia que alimentava seu profissionalismo como ladrão. Meu Deus! Estou dando
um exemplo de um ladrão! Vamos falar de um ser humano ético, detentor de valores, cultura, e
musicalidade de seus feitos... bem... ninguém é perfeito. Carregamos nossa imperfeição como a
característica humana mais evidente, por isso anseiamos tanto pela perfeição, tanto no trabalho,
quanto no amor. A nossa imperfeição é justamente a corrida pela perfeição. Tentar alcançar a
perfeição é diferente de se querer fazer o melhor para si, para que se alcance êxito e felicidade. E os
desafios? Os desafios são quase sempre visto como ameaças, mas que, na verdade, não passam de
desafios, que tem a intenção preeminente e motivadora de nos elevarmos de estágio a estágio
procurando um pouco de perfeição. Não a perfeição completa impossível de se alcançar, e reservada
exclusivamente a Deus (qual Deus se quiser). Mas, ainda que a exclusividade da perfeição seja
Dele, existe uma pequena fissura que tem o nome do amor, a qual podemos entrar muito
apertadamente. E como é o melhor que se pode conquistar numa vida, o amor leva o título de
perfeita imperfeição, este é o amor. Mas muitos tem um medo mórbido de senti-lo justamente por
isso, pela perfeição da sua imperfeição, que se pensando em um futuro, acha que ele poderá
magoá-lo ao ponto de nunca mais se recuperar. E continuar em frente, seria um martírio
indestrutível possuidor de todos os seus dias e horas restantes... Resumindo, acredita tanto nisso
que acaba tornando-se verdade e profetizando seu destino. “Ninguém é perfeito” diz o ditado da
sabedoria popular, realmente, mas somos capazes de trabalhar nossos medos, estes que conferem
mais imperfeição aos nossos juízos e as nossas capacidades, nos impedindo de conquistar um viver
mais pleno ou próximo dele.
“Mas cura com cachaça, a dor, porque dói saber” Por que nos refugiamos sempre em algo
sem vida e que tem o poder de aumentar a depressão, para resolver algo que só pertence a própria
vida, e que se resolve apenas com as vidas em questões? Dói saber que precisamos preencher o
nossa vazio interior com uma vida que não podemos alcançar ou que foi perdida, e achamos que ela
é insubstituível. Na verdade, é porque cada vida é uma vida única, mas, não quer dizer que não
conseguiremos preencher esse vazio com outra vida? O amor e a vida são sinônimos que não se
podem questionar. Se cultivamos amor, cultivamos a vida da melhor forma. Esse amor tem que
surgir primeiro dentro de si próprio para si próprio, e não esperar que alguém o sirva, porque olhará
para você em seus olhos e não verá o que você procura, se não houver amor em seus olhos.
“Como o fruto que não se come é veneno” Se alguém, que você nunca viu, um mendigo
pode ser, percebe que você está com fome, muita fome a ponto de desmaiar, oferece-lhe o único
pão que está segurando em sua mão suja, lustrada de sujeira rejeitada que homens de ternos com
sobrenomes... rejeitam. O que você faria? Alternativa A: Tentaria melhorar por esforço próprio,
sabendo que aquele que já passou muita fome, e continua com fome, lhe oferece um pão, e diria:
“Não! Obrigada!”? Alternativa B: Você comeria mesmo sabendo que se desmaia-se, ainda assim,
não morreria, e daria a chance a si próprio de se desculpar depois. Porque em primeiro lugar,é você,
e depois os outros? Alternartiva C: você pediria que lhe desse apenas um pedaço, agradeceria muito
por este ato, e, beijaria o seu rosto? Alternativa D: DNA., desculpe-me... N.D.A. (Nada haver,
DNA pentence a todos os seres humano, e é quase 100% idêntico, com diferenças muito sutis) . Não
quero ser moralista, ou manual de boas maneiras, são apenas coisas que penso, estão dentro de mim, e nada
valem se eu sei diferenciar o bem do mal, e, ainda assim, mesmo sem levar o título de sábio, não falar o que
penso.
“Mais chances de sobreviver” Quando evitamos o sofrimento através da atitude consciênte,
é porque chegamos ao ponto em que merecemos realmente este evitamento do no nosso sofrer,
bem... não é tão simples assim. A atitude consciente é dificil de senti-la. Ela demanda muito
conhecimento, admnistração desse conhecimento, e aplicação dele. Admito que não alcancei, mas,
minha busca é incessante, e talvez nuca alcance, mas, o mais certo, é que não me canse desta busca.
“Assim sinto-me um pouco, mas ainda me sinto caçado” O saber e o conhecimento nos
afasta de nossos caçadores, só para citar alguns como o tempo, a rotina, as “pessoas que eu não
tenho empatia”, o preconceito e desafeto, e muito mais, e para muitos soma-se o amor como um
caçador fatal que se esconde sem notá-lo, e só engatilha tiros certeiros. Talvez o amor caçe, mas
não seja caçador. Seus tiros podem ser certeiros, mas não são letais. A intenção do amor é sempre
para o bem, não existe como fugir dele independente da cultura ou o que quiser suprimi-lo. Pode-se
ser um gladiador do império romano, ele sente amor, um soldado da segunda-guerra, sentirá amor,
um astronauta que foi perdido no espaço, continuará a sentir amor até que morra. Todos carregam o
amor , todos o tem, o que dificulta esse amor são os sentimentos que o bloqueiam, os seus opostos
tais como: ódio, inveja, desgosto pela vida, falta de empatia, magoas não resolvidas, e a própria
depressão causada por achar que não existe mais quem amar, ou pensar que sua vida já não tem
mais motivações que valham a pena. Nossas motivações existem sempre, assim como o amor, assim
como existem pessoas capazes de tirá-las. Aí chegamos ao ponto culminante da falha humana de
não formar defesas contra essas pessoas, que, muitas e muitas vezes, não possuem culpa em tirar
nossas motivações, ou o fazem porque essas motivações lhe foram roubadas com violência, e estão
a muito tempo perdidas de sua consciência (talvez, no íntimo de sua infância). O nosso
entendimento é complexo, e não serão livros de auto-ajuda como este, que lhe diram onde chegar.
Antes de tudo, ainda somos influenciados biologicamente mais que pelo ambiente. Disso, tiramos a
consciência que precisamos de conhecimentos adicionais sobre nosso corpo, sobre nossa mente,
conhecimentos mais científicos eu diria, sem esquecer do espírito, e sem esquecer que sua busca
está sempre começando como a consciência de uma criança em desenvolvimento, curiosa e sedenta
pelo conhecimento que tem apenas um objetivo: alcançar o domínio de seu corpo, unido a sua
mente, para se ter o predomínio do ambiente que a circunda, aumentando suas oportunidades de
exploração e conquista deste espaço. O nosso espaço a ser conquistado poderia ser a postura em
relação a si próprio, “como sou?”, “porque sou?” e “por onde posso começar para ser e me sentir
melhor?” e, mais, como ninguém quer ser infeliz, “onde está o caminho que me levará a
felicidade?” Independente dos seus objetivos, a felicidade é nosso objetivo principal que se
encontra, inseparavelmente, da humanidade própria . Porém é um objetivo de caminhos sinuosos e
de longa metragem, que o tempo não avisa quando acabar de percorrê-lo. Pode ser que de repente
chegue ao objetivo, ou alguém lhe dê de presente, dando todo o amor que você precisava. Ainda que
alguém não lhe dê o amor, mas abra seus olhos para a vida, que será o balde água fria em cima
daquele pessimismo exagerado sobre a própria vida e suas capacidades.
IXX
Será um dia bom para você, se tens o dom
de ser assim... bom para com os outros
Assim como o som que se espalha em todas as direções
Seu dom que é ser bom será como o som!
Que som bom! Para os ouvidos da alma
E para os olhos humanos, ver alguém tão bom
Mas todos somos até que o contrário se prove
Ou será mentira,
Todos somos maus
E ponto final???

“Será um dia bom para você, se tens o dom” Qual dom carregamos? Quais dons não
reconhecemos em nós,? E por quais, somos capazes de transformar nossos dias?.
“De ser assim... bom, para com os outros” Um dom que que carregamos, mas não temos o
reconhecimento, tão pouco fizemos força para preservá-lo, sendo este dom digno de ser cultivado,
que dom seria?
“Assim como o som que se espalha em todas as direções” Tão bom quanto ouvi-lo, é
pronunciá-lo para seus ouvidos absorverem as ondas sonoras de libertação e direcionamento para a
evolução interior.
“Seu dom que é ser bom, será como o som!” Nossas vibrações que saem de palavras
conscientes e bem proferidas em direção do amor, o mesmo que o tornará bom, e da matéria,
transformar-se-á em som que se espalhará tão rápido quanto a própria velocidade do som, desde que
as ondas percorram o caminho da sinceridade e toquem os tímpanos de quem ouve, trazendo as
mudanças que almejamos e difícil de renegá-las: as mudanças para o bem.
“Que som bom! Para os ouvidos da alma” E quem ganha com esse discurso, é, nada mais,
nada menos, que a nossa alma. Ela ouvirá um conserto feito apenas com nossas palavras capazes de
transmitir força, carisma, amor, paixão, compaixão, bem como pedir o perdão, e dar chance ao
nosso arrependimento para nos ajudar a livrar da dor, que, não raro, afeta nossas vidas, e não raro, é
capaz de destruí-la.
“E para os olhos humanos, ver alguém tão bom” Se a alma se reconforta com a
sonoridade da bondade, quem nos vêem, enchem os olhos com um brilho que sempre nos dizem
algo mais do que suas palavras. Como aquela forma de olhar que transfere frases inteiras do tipo:
“Você é legitimo, pois há muita bondade dentro de você”, “Você é confiável”(pois não existe
confiança sem a bondade), “Meu sorriso, foi a reação ao ver os seus olhos(de bondade)”
“Mas todos somos até que o contrário se prove” Não se pode mentir para si mesmo, pelo
menos não por muito tempo. Podemos passar uma imagem de pessoas boas mesmo mentindo,
trapaceando, armando conflitos, enganando os outros e a si mesmo (porém sem ser prejudicado?),
obtendo quase sempre prazer e orgulho ou lucro nestes atos. A questão se estende: “essas pessoas
não são do meu círculo”, “elas mereciam muito mais pelo que são e pelo que não são”, “Se pudesse
faria de novo”. Agora fizemos as perguntas principais: “Para onde meus atos estão me levado?”,
“Minha consciência, ela não é afetada pelo meu comportamento?”, e a principal de todas as
perguntas “Faço o que fiz, pensando apenas em mim, não me arrependo, pois ganhei muito com
isso, os outros que se danem... continuo feliz, nada vai me mudar, sou ruim mesmo, sou mal, sou
vingativo, armo contra os outros como ninguém... e daí?” E daí? Nada. Não ganhou nada. Não
produziu nada. Fez outras pessoas se sentirem um... nada. Não passou de um nada fazendo o que
fez. Mas ganhou. Ganhou a chance de ser desmascarado. Ganhou a chance de perder prestígio.
Ganho a chance de não ser confiado. Ganhou a chance de ser isolado. Ganhou a chance de se dar
bem fazendo o mau. E o pior de tudo, não ganhou nada, absolutamente nada com isso.
XX

Projetado para a loucura


Infestado de desejos obscuros
Há de ser o meu bel-prazer
Insignificante mundo das idéias
Que da mentira faz-se verdade
E faz-me cair no abstrato

“Projetado para a loucura” É como se sente quem ainda não descobriu a vida. Sua vida foi
um projeto exclusivo de Deus, Ele apontou o seu dedo fazedor ao ser que ele insistiu em chamar de
supremo, dando uma quase igualdade de discurso aos humanos, e depois se arrepende, alguns
milhões de anos mais tarde, porque não achou a via de comunicação possível para esclarecer que
sua criação não saiu conforme o planejado, comparando o ser humano com um filme que ele não
gostou muito de assistir: Frankenstein. O monstro que pela sua feiúra e desprezo recebido é tomado
pelo ódio que o fez matar o seu criador.
“Infestado de desejos obscuros” Os desejos do seres humanos ultrapassaram os limites de
sua exibição em mostrar o poder com sua fisionomia debochada para os problemas alheios, para
mostrar que sua fisionomia não vale mais nada, não pelo deboche, mas porque precisava encontrar
uma forma mais sofisticada que fosse de metal e carregasse pólvora e gasolina em seus cilindros, e
ainda mais linda com muitos buns e bang- bang, ao melhor estilo velho oeste! prejuízos que só
chegaram até o terreno adversário atingindo o cúmulo do engano de matar membros da mesma
família como o castigo desnecessário de muitos que não tiveram a oportunidade de saber porque
morreram, e porque foram mortos por irmãos de sangue. Seriam estes os “sangue-sugas” da raça
humana, infestados de desejos que nos levam a guerra. As vezes, por que não, um pedido solene de
desculpas, muito simples de se pedir, mostrando que poderia fazer muito para que restassem mais
sobreviventes. Seria mais rápidos que tratados e discussões que nunca justificam os reais motivos,
mas aumentam o pergaminho da nossa triste história, da nossa triste e pouco evoluída civilização,
mas que ainda tem um gozo múltiplo em chamar a si mesma de moderna pelo seu orgulho
irrefreável.
“Há de ser o meu bel-prazer” Lembrando-se do gozo múltiplo estabelecido pela evolução
tecnológica. Neste lugar, onde a média de habitantes não se calcula mais por metro quadrado, mas
pela quantidade de prazeres que se pode oferecer, sendo sua única forma de ser visto, respeitado,
invejado, desejado, e para alguns excêntricos, amado.
“insignificante mundo das idéias” Com palavras se formaram todas as idéias que já se
imaginaram e as que se concretizaram que não fossem artísticas, então, ainda viveremos e
continuaremos a formar novas idéias, e repetir velhas idéias para que se transforme cada vez mais o
nosso presente. Mas de tantas velhas idéias (muito melhor do que idéias velhas) , que se passaram e
não tiveram, quem sabe, o esforço necessário para que se concretizassem, perecendo nos livros que
mudariam a história e ajudariam a mudar... talvez não, mas “remodelar” o que se é tido como o
“modelo” capitalismo. Este, que muitas legiões chamam de selvagem e predatório (e adjetivos
piores). Realmente predatório se olhamos pela ótica da tela de vidro, na sala ou do escritório do
qualquer cidadão do mundo, que recebe a nóticia diária, e em tempo real, mais que isso,
catastrófica, de que seres humanos morreram em explosões, em acidentes de trânsito entre outras
formas piores de se morrer. Salvo as catástrofes naturais as quais não achamos meios realmente
eficientes de se previnir, mas que está engrenada e é inseparável dos nossos atos com o meio
ambiente e não tivemos a vergonha de admitir (ainda mais quando o sotaque vem do norte do
mundo). As idéias continuaram a existir, a paz, talvez, um dia chegue a sumir, se as idéias da
bondade dentre todos os povos não se proliferar. Porém se o mercado mundial ter algum
envolvimento a ponto de ser regido por guerras, o mais certo é que nunca alcançaremos ideais de
paz, e seja a guerra entendida como a tensão necessária para que a máquina capital não pare de
funcionar.
“Que da mentira faz-se verdade” A conscientização dos problemas do mundo, bem como
do seu causador, o ser humano, vem sendo divulgada em maior escala. Mas os pilares de
sustentação da guerra, diga-se “os cabeças, os crânios, os gênios, os superdotados, os nossos
heróis” conhecidos como políticos e religiosos, e demais detentores do poder não criaram a
consciência ideal, apesar de serem as chaves do problema e de todo o processo para mudar o que
quase cem por cento dos estudiosos chamariam de imutável: a triste situação do ser humano em
pleno século vinte e um, a era da modernidade e da falta de escrúpulos e respeito pelo ser humano.
“E faz-me cair no abstrato” Daí eu fico chocado com toda essa situação embaraçosa de ser
um ser imperfeito falando das imperfeições que são tão mais cabíveis a mim quanto a qualquer
outro ser, independente de sua posição social, política, religiosa ou de comando. Mas o que me faz
crer que pela crítica somos capazes de construir novos horizontes, não se estendendo apenas aos
problemas do mundo, mas onde está a origem deles, que vem do problema individual antes de mais
nada. Sei que nada, ou quase nada, adiantará colocar palavras em seqüencia tentando um misto de
consciência e humanidade, mas adiantará, se por iniciativa de quem lê, tomar uma pequena parcela
desse conhecimento para uso próprio e de quem necessita de conhecimento para ser melhorado em
alguns características desumanas, aprendidas, em direção a humanidade própria, inata.

XXI

Por que não falas comigo eu que jurei ser seu amigo
Calei perante multidões nossos segredos
Sem agravo para você ficou
E um coração agora inútil machucou
Porque não aparece mais em minha mente?
Nem que de repente, juro não falar, mas me libertar
Saia da caixa, apareça
Não desobedeça!

“Por que não falas comigo, eu que jurei ser seu amigo” Pode se ter muitos amigos, e um
melhor amigo, mas o seu melhor amigo de todos as vinte e quatro horas do seu dia, continua sendo
você mesmo.
“Calei perante multidões nossos segredos” E os segredos?. Devemos admitir que tem
coisas que não queremos contar para quem seja, até mesmo sob tortura diriam alguns.
“Sem agravo para você ficou” Os próprios segredos não se machucam e são tratados como
entidades vivas, como seres que o acompanharam o resto da vida e...
“Um coração, agora inútil, machucou” Esses segredos, se não trabalhados, ou moldados
para que se encaixem em um lugar que não cause dor, poderão inutilizar sentimentos bons que
desde que se intrincou no seu coração, não afloraram mais na sua consciência, e a partir de então,
sente uma falta inconsciente desses sentimentos, mas que continuam a existir dentro de você, e aí...
“Porque não aparece mais em minha mente?” E o seu melhor amigo, lembra-se quem ele
é? Acertou! você mesmo. Algumas ações, conversas, discussões, brigas com conteúdo violento e
sexual, e nuanças de pessoas que revelaram querer colocar medo e estragar um dos seus dias,(
muitas vezes, estragando uma vida inteira e difícil de se recuperar.) são os responsáveis diretos por
muitas de nossas dores que estão encazuladas em algum segredo que insistimos em guardar
inconscientemente.Não lembrar-los, como forma de se defender, mas que só podem nos mudar
quando nos ajudamos para descobrir onde se esconderam. Trazidos a consciência, virá o
desbloqueio dos sentimentos bons a muito perdido e desejosos de se sentir novamente com o
mesmo gosto de quando nada tinha acontecido.
“Nem que de repente, juro não falar, mas me libertar” Guardando um segredo para si
mesmo, repetindo os olhares que o condenaram a guardar, não é o melhor caminho para a libertação
dos nossos sentimentos anteriores a nossa pequena ou grande lesão de consciência. Nem mesmo os
segredos mais sabidos, que outros podem considerar uma bobagem perto de seus outros segredos,
assim, dando o devido valor que acham merecer. Mas se estamos falando em segredos, talvez, eu
não saiba dizer o que o são realmente, já que para se discorrer sobre essa questão, tenha que ter
muitos segredos, ou saber de muitos segredos que não são esclarecidos, mas já estão na
consciência e que posso falar para alguém que confie e, assim, mostrando os caminhos limpos onde
respiramos um aroma de jasmim que suaviza o ar enchendo os pulmões de vida e de novas
esperanças. Esses serão os resultados da fala e audição quando envergados para a libertação, e diga-
se, ainda, da liberação de energia negativa acumulada em forma de segredos em sua mente.
“Saia da caixa, apareça” Vamos libertar nossos segredos. Os maus segredos que estão
bloqueando sentimentos bons que você quer sentir novamente com a plenitude de que só o ser
humano pode alcançar através da exteriorização de seus sentimentos junto aos segredos intimos
esquecidos ou guardados ainda em consciência. Fizemos isso através da nossa fala e confissão. Na
falta de uma pessoa de confiança, tenta-se alcançar a transcendência em terapias alternativas, não
que não gerem resultados, eu as respeito muito, mas, quando estas terapias são efêmeras e não
geram resultados, são causadoras de um certa falta de esperança em relação a si mesmo que pode
perdurar. Se não quisermos um tratamento mais profissionalizado, com uma forma de se conhecer
mais dinâmicamente, sem interferências da cultura tradicional, que se buscou se persuadir de que
seria a chave de todos os seus problemas, para a cultura atual, experimentada, como assim mesmo
se chama, atualizadas pela ciência. Nos conhecemos mais rápidamente, e temos mais ênfase em um
tratamento quando suas práticas forem comprovadas pela experimentação e observação. E ter fé
nestas práticas, é ter fé no conhecimento que o ser humano conseguiu alcançar com muito empenho
e suor. Então... Porque não um psicólogo, ou um psiquiatra? Não se pode se sentir mal sempre, e
bem só de vez em quando? É muito melhor o contrário! Ou não? Mas, em todo caso, busque sempre
o que achar melhor para si mesmo desde que perceba mudanças reais interiores.
“Não desobedeça!” Se deixando os segredos que você mesmo não sabe, ainda a perturbá-
lo, estará contrariando uma lei natural que possivelmente surgiu após descobrimos a fala em nossa
linha evolutiva quando descemos dos galhos. Está lei que eu mesmo cunharei como a lei do
amadurecimento emocional. Consquistamos o amadurecimento emocional com palavras que tem
que ser ditas (e outras bem ouvidas), tolerância, aprendizagem pelos erros, motivados pelos acertos.
Contentes por sua condição (de falantes), mas em busca sempre de evolução, desenvolvimento de
caráter, da personalidade como um todo, e quebra de preconceitos que estão enraizados em parcelas
gradativas, antes de mais nada, nas nossas passagens históricas, que vem desde o ínicio,
percorrendo geração a geração até o ponto que nos encontremos. Em resumo, o neandertais ainda
estão vivos! Sem ironia nenhuma! Continuamos a competir violentamente tentando confrontar e
matar “seres humanos de outras espécies!”, revela-se aí um segredo que ninguém quer falar, mas
apenas como exemplo.

XXII
Percorrer caminhos obscuros
É aquilo que ao meu destino ofereço
ver pedaços do amor cair, espatifar-se no chão
Pois não há mais coração para alguém como eu
Por que não há mais como amar
Que sem querer morreu e vivo basta estar,
Não há mais como suportar as dores, a vida
não tem como fugir, tenho que aceitar

“Percorrer caminhos obscuros” Estou com medo, meus olhos estão se fechando sem sentir,
e uma sensação anestesia a minha consciência que vai se preenchendo calmamente a um desespero
que estava adormecido com os erros. Então a última refração de luz que formou a imagem dos
sonhos perdidos antes que os olhos se fechem completamente.
“É aquilo que ao meu destino ofereço” E como se não bastasse, agora em minha
inconsciência, no meu sono profundo, ver todos os erros e a incoerência de meus atos e minhas
palavras se misturarem. Sem saber, um pecador não religioso é o que sou. Sem mais críticas a mim,
sem mais o que falar a não ser o que tem que ser dito para quem sabe um dia alcançar uma redenção
plena que mostrará realmente quem eu procurei ser.
“Ver pedaços do amor cair, espatifar-se no chão” Meu Deus! Eu mal acredito em Você, e
agora me faz acreditar que nem tudo que aos seus passos se referem, causem indignação. Pois tua
intuição é benevolente. Na direção contrária, com passos alongados, sentindo todo o peso nas
pernas do ódio que se instalou em minhas costas, são os estilhaços do meu amor com a amargura
que carrego, que me fez penar e acreditar que o amor é um sentimento sorrateiro capaz de me trazer
a morte, antes disso fazendo que eu o destruisse para minha ida fosse menos conturbada. Seja qual
for o lugar que irei descobrir, esse foi o meu maior de todos os erros, destruir o que faria minha
viajem tranqüila. E como a classificação do meu erro não fica por conta do próprio erro, mas dos
enganos que cometi sem querer. Se enganar, não me fez necessariamente errar. Um erro do
acometimento de minha personalidade, é o pensar extravagante, e as fagulhas que se soltam dela,
que ofuscam meus olhos ao ponto de nada ver que não seja a névoa acizentada onde estou
caminhando e se escurecendo até chegar ao breu total da minha falta de amor.
“Pois não há mais coração para alguém como eu” Debruçado sobre pedras escaldantes que
me ensinaram lições em cada marca de meu corpo. O terror que me assolava, fez ver fantasmas reais
de aspirações internas nunca ditas. O coração foi extirpado com a violência imaginada que corria os
dentes-de-sabre da outra era. Caminhando em cordas sobre o chão vazio da ansiedade , e cada
passo formador do circulo representava a distância que faltava para encontrar a minha consciência
que viajava em mundos paralelos de dor, angústia e incompreensão. A falta de ternura para aceitar
as coisas simples que, em toda a minha vida, fiz questão de não ver. Daquela vida que eu tinha
como minha, mas não achava meios de controlar.
“Por que não há mais como amar” E o amor estava distante, no horizonte de um dia de
céu límpido, aparecia como um ponto que ainda indicava que ele existia. O caminho para percorrer
se mostrava tão longínquo que barris transbordantes de água não seriam suficiente para a minha
caminhada nem mesmo teria como carregá-los. Uma solidão desastrosa dos meus sentimentos
acabaram com todos os suspiros de esperança que ainda fingia em soltar, mas o ar que respirava
tinha o cheiro do ódio que deixava meus pensamentos insalubres e dando impulso aos meus atos,
que se fossem consumados, seria tão mais desastrosos quanto a minha solidão.
“Que sem querer morreu e vivo basta estar” É então que vejo o capuz da morte me cobrir
a cabeça, sem tapar o meu rosto, ainda via a luz encandenscente a minha frente brilhando ao ponto
de tornar minha visão da vida cega, queimando a retina que via a deterioração do meu ego acontecer
em imagens salteadas e confusas. Pois não sabia onde eu estava. Sabia que ali se encontrava tudo
que eu queria e não consegui, e quando confessei, foi decretado a mim mesmo a prisão dos meus
desejos para fora do meu crânio. E minha mente se deu conta como a liberdade pode nos fazer
felizes e bons, mas era tarde, e já tinha ocorrido o pior. Precisava agora libertar minha alma para
enxergar além de uma montanha de problemas que já havia escalado, mas nunca chegado ao topo
que me daria novamente a visão da solução e a força que faltava para dizer que me contento com
o pouco. Mas todos os dias meus olhos pedem mais, meus ouvidos querem ouvir melodias
honrosas, e, alguns minutos depois, sinto os gritos da vergonha, e em segundos contínuos, a
frustração se intercala com as lembranças das atitudes mal pensadas que dilaceraram corações, e o
meu próprio, sendo eu jogado para um mar turbulento com uma água tão espessa quanto o óleo,
deixando-me sem os movimentos dos meus instintos de sobrevivência e os sentimentos ainda mais
paralizados, eu não alcançaria porto-seguro em qual direção escolhesse, foi então que uma corrente
me arrastou para um redemoinho daquele gel transparente tão espesso quanto a àgua. Morri em
voltas da insanidade, mas o corpo seguiu vivo, mas minha mente não estava vivendo.
“Não há mais como suportar as dores, a vida” Meu coração sentia tanta angústia, que os
refrões das músicas com as letras mais lindas não eram capaz de acalmá-lo. Percebi então, que o
capuz da morte se fechava lentamente conforme meus olhos. Algumas horas se passaram, a luz da
vida diminuiu sua intensidade anunciando também a morte do meu corpo, enquanto alguém do meu
lado dizia que eu iria sobreviver, eu ainda preferia a morte do que aquela combustão discrepante de
quem eu não era mais. Foi então que percebi que esse alguém estava me levando, mas não queria
saber para onde, pois para mim nada interessava que não a morte, ainda assim, sabia que a
consciência de muitos que me amavam iriam morrer. Mas o problema era comigo e me sentia
sozinho, abandonado, não confiava em ninguém e achava que esse era o meu destino.
“Não tem como fugir, tenho que aceitar” Como a consciência de mim mesmo eu só podia
sentir através da dor, atravessando os asfaltos ferventes de via dupla entre certo e errado, que por
onde se vai, também volta, sendo a culpa, o motivo de se retornar a qualquer situação. Minha
personalidade se tornou arredia, fugindo de tudo, e de todos que estavam ao meu lado, mas a venda
dos meus olhos era de metal e possuia travas com cadiados que apenas um chaveiro com a idade da
experiência era capaz de abrir. Eu o achei dando tropeços em pedras que eram maiores que eu e se
interravam para baixo da terra onde não podia ver, até criar coragem e pedir que alguém me levasse
até ele, já que ninguém podia trazê-lo até mim. E foi aí que descobri a cura: dando a mim mesmo a
chance de ser ajudado. Não demorou muito e meus sintomas haviam se volatilizados, numa
evaporação lenta e ainda conturbadora, mas o ar já não era de ódio, e em cada respiro trocava este
ódio pelo amor recém descoberto dentro de mim que tirou o capuz da morte como se fosse a mão de
Deus dando uma oportunidade de recomeçar e enfrentar os problemas sem dar oportunidade para
sofrimento, pois ele estará sempre buscando formas agudas de me derrubar, e isso, terei que aceitar.

XXIII
Dos dias das Flores os espinhos se esquecem
Para que o amor amadureça nas estranhas daqueles que enlouquecem
dos dias das flores os espinhos se esquecem
Mas não se quebram pelo dom que nos é dado
De ser quem queremos ser, talvez sejamos espinhos?
Talvez flores?
Ou ainda, jardins a espera de chuva
Chuva de amizade
de amor... até tempestade
Para que quebre os espinhos dos homens que são muitos

“Dos dias das Flores os espinhos se esquecem” Os dias belos que presenciei, foram como
dias de chuva. Uma chuva diferente que os relampagos não eram relampagos comuns. Nem mesmo
o som do troverjar causava estrondo perturbador dos ouvidos daqueles que tem medo. Os pingos
eram coloridos das mais impressionantes cores com o poder de me deixar carregado de energia e
disposição para sentir a vida como ela é. Os relampagos espalhavam sua luz com uma velocidade
lentificada ao máximo e que não desaparecia com outros relampagos que se somavam deixando as
cores dos pingos de chuva ainda mais impressionantes, aumentando minha energia que faria a
ruptura e ebulição da minha pele sentindo tudo o que se é desejável. Estava possuído de um amor
tão contumaz e obstinado que queria salvar o mundo com um olhar.
“Para que o amor amadureça nas entranhas daqueles que enlouquecem” Todos os erros
tinham sido suprimidos, e transformados em pecados sem valores. A minha loucura já não existia,
mas uma sensasão de felicidade me tomava como um império invadindo um pequeno vilarejo.
Ainda assim, sentia que o amor não tinha amadurecido o suficiente e que estava em uma demência
relativamente calma, mas que os olhos brilhavam com certo desamparo ao me ver no espelho.
“Dos dias das flores os espinhos se esquecem” Sabia então, que aqueles dias eram dias
especiais, nem mesmo o espelho e suas revelações podiam tirar a magnitude que se estalara em meu
âmago. A vontade de viver era profundamente extasiante e parecia ter alcançado o ápice.
“Mas não se quebram pelo dom que nos é dado” E a condição da capacidade de lembrar,
fez-me pensar que o amanhã seria outro dia e a tempestade do amor que me possuía poderia não
estar mais comigo. Porém lembraria deste dia como um dia que queria muito que se repetisse por
outros incontáveis, mesmo que se formasse um ilusão inalcançável em minha mente.
“De ser quem queremos ser, talvez sejamos espinhos?” Talvez essa disposição de querer
sentir e tentar descrever o inefável, que são os sentimentos, seja o meu objetivo em terra. Mas sei,
que, como ser humano, posso ter tantos espinhos que minhas pétalas exalariam um perfume tão
fraco e sem sabor, que eu seria, por assim dizer, apenas um roseiral sem seus frutos, assim como em
outros dias, seria eu tão somente, um roseiral sem espinhos e com algumas rosas. E parece comum
sermos roseiras com espinhos e com rosas que nos dariam o equilíbrio natural, pois assim saiu da
própria natureza. Penso que aí, talvez, eu nunca alcance esse equilíbrio que para cada pétala existem
inúmeros espinhos.
“Talvez flores?” Como penso que das flores tiro meus momentos felizes, dos espinhos, o
ódio, da raiz parece surgir a seiva que alimenta todo ódio e todo amor, que depende tanto da terra
que estou plantado, é então que um beija-flor voa como anjo e prova do meu nectar que o fará cair,
ou voar o mais alto possível em busca dos ares mais limpos que combinam com o nectar que não
poderia ser outro se não o amor. Equivalente, o nectar oferecendo um prazer excessivo, é possível
que o beija-flor caia rapidamente agora em seu primeiro deguste, e quando ameaçado por se
encontrar no solo, depois de recuperar vôo, não irá mais beijar-me até que outro beija-flor o faça
com o êxito, mas se não vier, sobrará uma rosa que não terá para quem dar o seu nectar, nem o
nectar do amor e nem o do ódio que o acompanha e que me esforço para não produzir, mas por
vezes, ele vence a minha vontade. Talvez sejamos flores? Mas de que tipo? Todas as flores são
iguais com aparências e perfumes diferentes? Seria essa... uma triste pergunta?
“Ou ainda, jardins a espera de chuva” Como posso falar só de mim se quero amar o outro,
e o que mais quero nessa vida é ser amado? Sou flor, faço parte do jardim, e quais ventos traram o
pólem de outra flor até mim? Os ventos que não canso de pensar, como o mais certo, abstrato, mas
indissolúvel substância, de inata origem que faz crer em Deus por tamanha sua complexidade de
transformação do ser humano. Este é vento que sopra suavemente a brisa que levará o pólem da
mais linda flor até minha compleição, transcendendo-a ao ponto dos pingos de chuvas revelarem o
frescor imensurável da felicidade, e com os olhos cerrados, a luz que perpassa minhas pálpebras,
mostrará, sem mais imagens, como tamanha foi a obra desta jardinagem e como o jardineiro seria a
própria força suprema que interliga todas as coisas a uma só e que revela o real motivo pela vida e
pelo viver.
“Chuva de amizade” Os pingos dos sentimentos que quero que caia e encharque meu
coração e de quem esta ao meu lado e de quem não está.
“De amor... até tempestade” Desses sentimentos, o mais nobre, quero dilúvio.
“Para que quebre-se os espinhos dos homens que são muitos” E o mundo que infesta-se
de homens bons e maus, que só assim se ordenam, mas que também trocam de lugar
constantemente, devem sair da casa dos sentimentos que causam o horror e as tristes fábulas dos
homens, para chuva que purificará cada coração, aliviando de quase toda a dor, apontando para um
mundo de novas esperanças e mais dignidade da nossa raça. Estaremos nús, os pingos de cores
variáveis e luminosidade intensa serão embebidos por nossa pele tão rapidamente que acordaremos
prontos em nossa cama sabendo que há motivos por demais, e por isso querer ainda mais motivos
que dêem o ânimo para que se enfrente o dia com calma e leveza de pensamentos que nos
modificará, transformando nosso cotidiano aceitável e belo. Mesmo que se demore, o importante é
não desistir.

XXIV
Me diga agora sr. Devoto, para qual senhor vai sua devoção?
Quero saber sr. Devoto, se és puro de coração?
Ou se neste peito, há alguma aflição?
Que dos céus não cairá salvação
Para que cumpra, cumpra com devoção Sr. Devoto
A sua oração
Diga ao mundo que o ama
Não esconda a compaixão
Para aliviar seu sofrimento
E aproximar-se do perdão
Não importa se Jesus ou Maomé
Para a bruxa ou o diabo
Se quer perdão
Ajoelhe-se ao chão
E peça sr. Devoto
Peça com devoção
Aquilo que o alivia
Que é a fé, a admissão
Ninguém escapa da Srª. Culpa
Sr. Devoto, claro que não.

“Me diga agora sr. Devoto, para qual senhor vai sua devoção?” Entre tantos assuntos não
achamos o meio de fugir da religião, pois alguma causa aconteceu em algum ponto da história da
vida, ou no seu início ou na ruína, e nossa consciência tem a certeza da própria existência, deve
haver alguém mandando sinais por todos os lados nos avisando sobre o que se deve ser feito, antes
que nos debatamos como peixes que acabaram de ser tirados dos anzóis, prontos para dilatar a
pupila e ser servido na casa do pescador faminto.
“Quero saber sr. Devoto, se és puro de coração?” Meu coração não é puro, nunca foi, será
que é tão difícil de admitir? Ainda tenho carne, e tenho olhos, logo tenho desejos e anseios. Tenho
febre e combustão, suor quente e frio, quando acerto, quente, se erro, frio, quando nada, nado em
um mar que a água não é salgada, não há peixes, nem parece ter água, não se bóia, não se afunda,
viro algas, ora no fundo fora do alcance da luz,ora na superfície sem saber como. Produzo aí o
oxigenio do qual me mantenho vivo, mas, sem sentir o viver.
“Ou se neste peito, há alguma aflição?” Tanta aflição que guardo e nem sei de onde surge.
Pode ser que sempre existiu, pode ser que é porque sou pobre, porque sou rico, sou médio ou sou
indigente. Pode ser porque me acho feio, ou dou tanta importância a minha beleza que esqueça da
própria vida, melhor era ter nascido pavão... Ou será que é porque ninguém consegue explicar de
onde vem a própria aflição? Entendi. A aflição que causou a vida, é a aflição que não conseguimos
explicar, a aflição que criou o universo, é a aflição do homem, e o homem a aflição da natureza, e o
amor a aflição da não morte, e o ódio da não vida.
“Que dos céus não cairá salvação” E as respostas, onde estão? A minha fé foi perdida, um
monge abandonado numa selva com animais predadores de homens é como me sinto. Assim parece
quem perde a fé. Deixa-se ser tomado por um medo que o faz fugir dos objetivos que nos são
cobrados, ou pelo nosso povo, ou pelo nosso Deus. Minha aflição aperta o meu coração e exige
respostas rápidas, mas que numa vida inteira, encontrariamos nada mais que meias respostas. Então
me pergunto: do que quero me salvar? se o que aconteceu comigo fez acreditar em uma semana
inteira de orações incessantes e ainda assim continuei sem ter consciência do que estava
acontecendo com os meus pensamentos e, assim, piorando a cada dia. Talvez fosse tarde tê-Lo
procurado apenas no momento de desespero.
“Para que cumpra, cumpra com devoção Sr. Devoto” Minhas orações, que de repente
lembrei depois de anos, datando da minha infância, sem ao menos pensar que existe salvação fora
dos homens comuns, que conseguiria com o Homem supremo. Fez pensar na bondade que se inseria
naquelas palavras direcionadas aos seus fiéis, e eu agora era um deles. Por derradeiro, meu estado
de consciência era a insconsciência, e o pior, a infedelidade de todos esses anos me causaram uma
avalanche de neve escura que arrastou todos os meus sentimentos para o pé da montanha onde
estava a culpa, soterrado, agonizava e orava tanto mais quanto pudesse para que não me levasse, ou
eu mesmo fizesse com que minha partida para o outro lado acontecesse de próprio punho. Minha
realidade não existia.

XXV
Os centavos que me restam
Não são meus
Nunca foram
O mundo é um banco
De imundos
Sedentos pelo poder
Pelo dinheiro
Sistemáticos
Analíticos
Comprrensivos
Se conseguir comprar

XXVI
Ouve-se gritos em toda parte
Sim, gritos de ajuda
Pessoas que choram
Como crianças sem mãe
Essa que nunca vem
Delas mesmas dentro está
Essa mãe criadora
Da segurança que todos procuram
todos precisam
De ser amado
De não estar só
Aqui no planeta
Com tantos bilhões
Ainda assim, se sentem sós
Como viúvas nunca casadas
Cansadas de esperar
Por alguém que almejam
Essas que nunca vem
Moderno é o homem
Para suportar tanta solidão
É a chuva mais responsável pela vida que a própria água que dela é resultante? Tudo parece estar
cercado por ciclos que compreendem nada mais que nossa privilegiada consciência de sermos frutos
desses ciclos. Esses ciclos vieram numa rotação muito veloz por milhões de anos, descobrimos isso.
E os ciclos da mesma consciência, será que descobrimos?
XXVII
Solidão me devora
Logo pesso que vá embora
Logo penso que não é mais solidão
Apenas um estado triste
Logo vejo que não é
Logo sei o que é...
Algo maior que isso
Tão grande quanto o amor
Que não posso dar
Pois ainda não existem para quem
Então...
A solidão me acolhe
tento ser amigo dela
Até achar este alguém capaz
de receber o amor maior
Logo vejo que é lógico
O amor não é lógico
Mais lógico, é a certeza que não se morre
Se antes ter amado alguém

“Solidão me devora” Um triste pensar, e estou me vendo a voar longe de todos e por todos. A
solidão está dentro de mim e não de quem me cerca que faria eu me sentir menos vazio, e sem
trilhos a trilhar, seria eu um ser sózinho rodeado de pessoas? É a solidão que me faz pensar sobre
isso.Mas os outros fazem tanto a favor da mesma solidão que não querem que me sinta sózinho,
pois talvez, estão tão sózinhos quanto eu, buscando a minha solidão se agrupar junto as suas para
assim não se sentirem sózinhos. Um triste pensar, uma pausa, e estou agora com pessoas a me
cercar querendo o meu amor, criando o meu ódio, tentando dispersar a minha raiva, esperando que
eu seja feliz, que eu seja infeliz, que pelos dois eu me sinta mais vivo, mais morto, mais cruel
comigo e com os outros, que meu coração se transforme em cristal e ainda assim não conseguem
pois o cristal seriam muito resistente para mim. “Logo pesso que vá embora” Digo a mim mesmo,
quantas vezes forem necessárias, para que isso passe, como se não soubesse que não irá passar. Não
irá passar eu sei. Tão imerso nessas profundezas que vi semblantes que não expressavam sua fúria
por mim, mas vi nos olhos sua alma disfarçada de morte e o desprezo que senti, foi mais que
dilacerante, foi causado por sua opinião que não é a minha, nem a minha será a sua e de ninguém,
você é apenas o que é, e eu o que sou, com o mesmo olhar pesso que vá embora.
XXVIII
O belo da vida não existe
A vida é o próprio belo
Por assim dizer ela persiste
Mesmo num mundo indiferente
Este que vivemos
formamos uma corrente
Estamos presos
Em elos de liberdade
Mas ainda indefesos
Qualquer motivo
é motivo para dor
Porém quando adquirimos amor
Nos tornamos fortes
Alcançamos o belo, ou a vida
Caímos em um mar de contemplação
A dor se desprende
e nos resta a união

IXXX
“Uma dama faz-me pensar em amor
jovem, Bela, de traços tocantes
Faz-me querer em sua perfeição
Com suas poucas palavras, esqueço-me do passado
Este triste, o passado já não existe
Meu presente torna-se ela e ela meu presente
É por ela apenas que existo.

“Uma dama faz-me pensar em amor” o que causa a sensualidade da minha boca, do eixo que
transforma dor em prazer. Do saber que tem bocas que falam do amor, e sente apenas sensualidade,
que nos compromete apenas pelo prazer. O sexo seria amor?. A dor seria amor? amor seria
felicidade? Felicidade seria o bem e mal em comum acordo? O acordo do ótimo? Do estável? Que
geraria um resultado inumérico, porém igual a zero? Ainda assim ela me faz pensar no amor.
“jovem, Bela, de traços tocantes” Seria a beleza essencial? O amor não faz a verdadeira beleza?
Seria eu produto do que me dizem que é belo e o que não é? Beleza rima com felicidade? E a
falsidade rima com o quê? De qualquer forma, qualquer forma você me traz a beleza. “Faz-me
querer em sua perfeição” Perfeição, você exite? Para o cético é uma alegoria. Para o que ama, é o
amor sincero. “Com suas poucas palavras, esqueço-me do passado” e o passado ainda existe? O
que existe é só o que amo. “Este triste, o passado já não existe” e o que existe? E diria o eu
perfeito que não existe, mas o eu perfeito que só existe porque está cercado de amor. “Meu
presente torna-se ela e ela meu presente” como dádiva me incendeia, iluminando o meu caminho.
As perguntas mencionadas, ficam sem valor, é então que sinto que não preciso mais me perguntar
sobre o que é o amor, pois agora estuou amando você. E isso é o presente maior que aqueles que
ainda vivem podem ter.

XXX
Pode sim pensar assim
Sem pensar
Pois palavra certas se evadiram
e uma mulher que interessava
Fez chorar com agonia
Como bobo foi falar
É a mulher, agora magoada
Que antes sorria
Não tem certeza de nada
Mas tem certeza das incertezas
Que a vida dá
Por isso continua a caminhar
Sobre os caminhos sinuosos
também, mais que também
arborizados da vida

XXXI
Agora criará a experiência
Nem que mínima
Para que sua profissão
Agora vire vida
Ainda mais quando você sente
E não sabe o que lhe causou
Por tantas portas vai entrar
Tantas outras vai querer sair
Ainda assim
Muitas vezes não vai conseguir
Sem saber para onde ir
Mais tristeza irá sentir
Em sua pequena vida
Que se tornará grande
Quando a felicidade estiver ao seu alcance
ela sempre estará
Muitas vezes nós mesmos somos
Pra não dizer mais
Obstáculos de nós mesmos!
Então queremos nos castigar!
Não adianta
A vida é uma só
Você não será feliz em outro lugar
A não ser aqui
Onde a dor é sentida
No mundo real

XXXII
Segredos são chaves
Estão guardados dentro do coração
A porta está sem chaves
Não posso entrar
Para descobrir onde você está
Não há como conhece-la
Sem alcançar as chaves
Da porta sem chave
Que desmistificam seu ser
Seus sentimentos
Terei que percorrer horizontes inteiros
Para encontrar
E descobrir que sua felicidade esta em um segredo
Talvez um segredo triste
Condenado por ser um segredo o resto da vida
Entregue as chaves
E acredite nesta pessoa
Ela pode ser sua
E sua felicidade

XXXIII
Já viu a vida de outra maneira?
Como ela é para quem não é?
Para quem for e que nunca será?
Para quem um dia via nascer e agora morrer?
Sem o desespero e o esmero do seu ser?
Ver a vida de outra forma
Com outras criações e imaginações
O que se repete, não o impede
De ser diferente
E cravar os dentes
Em uma maça do Sol

XXXIV
A cabeça manda
O corpo obedece
Tua alma sente
Tua mente enriquece
Num estalo de dedos
você se esquece
Enquanto envelhece
Há dias você se perçgunta:
Quem?
Olhe a sua frente la longe
Logo vem
Alguém que lhe ama muito
Sente muito a sua falta
Sem ao menos te conhecer
sem ao menos viver
e acreditar que viva está
Mas por crêr que o amor
É apenas isso: amor
O que basta para viver
O que basta quando encontrar
La longe aquela que logo vem.

XXXV
Pense no bom
Mesmo que não ache
Pense no deleite
No deleite de tua vida
Não procure saída
Apenas saia
Não vaia
Apenas ria
Sorria
Mostre dentes
dentes de leite
De crianças
Olhe a abundância
Que nos cerca
Não crie cercas
Destrua-as
E pise no desconhecido
Com cautela
Então crie vida
Ou o sinônimo: o amor
diga não ao rancor
Pise e deixe marcas
Para que possa voltar
então olhe para o céu
Ou o véu, azul
Pense num santo
Ou num canto
Ou o seu canto
Onde quer ficar
Onde você é
Não onde estaria
Mostre dentes
Dentes de leite
De crianças
Para seu deleite
Deleite de tua vida

XXXVI
Você vê
Mas mesmo assim
Não crê
Naquilo que... sim!
É você
fique longe de mim
Por que?
Porque não aguento mais
O que?
Sua insistência em insistir
No que?
Que precisa de mim
Pra que?
Pra acreditar em você

XXXVII
Seja lindo, feio, alegre, triste
forte, fraco, franco, branco ou preto
Com olhos verdes, azuis, castanhos ou vermelhos
Com inocência, inteligência ou ingenuidade
Com destreza, pureza e negligência
Desafiador, sincero ou traidor
Ladrão ou insano
Seja satisfeito (ou in)
Com problemas no rim ou no coração
Com dores ou com morfina
Como pedra, com sentimentos
Não culpe as aparências
Mas o que transparece
Não espere pelo parecer
Apareça
Não julgue, não jogue com a vida
Pois ela vence
Mesmo nos momentos ruins
Então viva, reviva
Avalie, reavalie
você, apenas você
Porque você merece saber
Quem você realmente é
e é realmente.

XXXVIII
Dias estranhos esses
que num repente irrelevante vem
O sol menor que nasce
e sem ousar
Nos braços cai
Tão pequeno, inocente
com traços fortes
Tornando laços ainda mais
E num leve balanço
Faz-me esquecer das amarguras da vida
que a tempos foi triste
Agora tempera
A mesma
Com a felicidade
Visível nos olhos da criança
Que sutilmente passa para os meus

XIL
Meu amor é tão lúcido
Quanto um louco de rua
Minha raiva é tão grande
que a deixo na lua
Sou tão sincero
que só minto para mim mesmo
Sou tão inocente
Quanto um presépio
Sou tão idiota a ponto de escrever o que escrevi
Mas o que eu escrevi?
Se nada fiz?
Eu só queria me abrir
Me abrir para que?
Se não confio em você
Mas me diga meu bem
Se existe algum bem neste peito?
Será que este coração procura alguém?
Ou você tem medo de quem te faz bem?
Alguém de bem detém você como fefém.

XL
Teu forte
É ser fraco
Teu norte
É um pólo imantado
Teu espaço
é no vácuo
Você não é ninguém
Porém,
alguem lhe impede que seja
Para ser forte
Achar o norte
E ganhar espaço

XLI
Do lado não há
No centro, quem saberá?
A vida estará
Cercada de sentimentos
Que são alheios
Não para ti
que carregas um dom
Absoluto e verdadeiro
Do homem de índole indubitável
Apesar disso
Não guarda convicções
A respeito de si próprio

XLII
você acolhe
Mas ainda escolhe
Você sabe perdoar
Mas não sabe doar
Você coleta
Mas não sabe semear
Você fala
E não sabe opinar
E quando opina
Só sabe racionar
Você luta
Não sabe golpear
que importa
O mundo é muito...
Muito hipócrita
XLIII
Deixe-me pensar
Vontade de te sentir
Deixe-me pensar
Vontade de te amar
Deixe-me te adorar
Deixe-me ver
Só quero você
Deixe-me sorrir
Pois estou feliz
Deixe-me nada ou tudo fazer
Mas não me deixe

XLIV
Toda minha vida
Sempre vi
que um dia apareceria
A derrota daqueles que não entendem
que a vida é um nó
Um dó
é uma pena!
De um pássaro
com a asa amarrotada
Quando olha sua asa
Rasteja
Enxergando todas as possibilidades irem pelos ares
Onde não poderá mais voar

XLV
Natural ver o verde incompleto
Saturado os humanos
De serem repletos
Para nós não basta o pasto
temos que comer a raiz
Não sou eu quem diz
O que os olhos vêem o coração sente
ficando infeliz
Não há felicidade sem o verde completo
Com o ser humano é assim
Se não é chamado
Aí é que mete o nariz

XLVI
Detesto meu ego
Porque não é perfeito
Não, mentira e nego
Agora estou eleito
Hó! não! São meus sentimentos
Melhor... são os argumentos
do ego
que nego
que não são perfeitos
Por causa dos sentimentos
Aumentados
Encontrados
Perdidos
Obscuros
empenhados
desastrados
Inseguros
desestruturados
Ambicionados
Intrínsecos no meu ser

XLVII
João e maria casaram
João tinha manias
E maria não podia suportar
Maria que não era perfeita
Achava que era rainha
João que não era rei
A tratava como sei
Um dia acabou o mel...
João foi buscar mais
Maria fez cara de mal
Pois ela... João não quiz levar
Quando voltou, trazia sal
Pois o mel era da rainha
e rainha que não era rainha
Chorou!
João diz que é porque ela é assim...
Insossa!
E maria descobrio que o amor
Tempera-se com mel
Enquanto as manias
Todos têm
Têm que suportar

XLIII
Multiplicidade do falante
Com tom alto e vibrante
Versatilidade do amante
com toque suave, ofegante
Indiscrição de quem escrever
Descreve por ser descrente
Não há mais dor de dente
Para não dizer que é carente
O olhar não continua rente
Quem entende o que ela sente?

IL
Veja nela!
Ser! Veja nela!
Ser! Veja nela pela dona
Pela dona da janela
Ser! Veja nela pela dona a gamela
Vi o tito o tito mela
Na gamela pela dona
dona da janela
Na janela vejo nela a gamela
pela dona o tito mela!

L
Se pudesse, claro que sim
Mas se sim, minha culpa diz não
num retrocesso de pensamentos
espantosos
claro que sim!
Mas e se sim
vai machucar um coração
Um coração de apego
que mostra um amor singelo
é como um riu
que se vai construindo
conforme sua geografia
Assim, sim, acontece sem querer
As aguas de sentimentos
inundam-me
vão sedimentando o caminho
e formando eixos que, por vezes ,
não queremos
Mas a gravidade, duas vezes
nos impulsiona para baixo
formando uma corrente
ou seria uma torrente?
que desemboca em uma cachoeira
onde se espera encontrar o melhor
o melhor para si
Mas e se sim
claro que não
pois assim
machucará um coração
Então
penso que sim
Pois se achar que não
magoará meu coração
assim como a paixão
que sem querer envaidece
envaidece o mesmo coração
Em busca de sentidos
mesmo ressentindo
em busca de valor
de calor
em busca de amor!

LI
O fim para um novo começo
Um salto para maturidade
Concebida no ser informado
Daquilo que concebemos como vida
Inato nosso traço humano
indiferente aos verdadeiros valores de liberdade
Do que chamamos valores que abrandam-nos
Como seres intitulados humanos
humanos comprendem,
sentem, aspiram amor, compaixão
assim como brigam, dificultam relações
estas que nos tornam tão especiais
e veementes por conseguir liberdade
Em outras palavras, somos tão fracos
Quanto achamos que somos
Um pequeno toque com unhas afiadas,
A muralha que de tijolos um a um se construiu
desaba

LII
Que tu dizes
margarida indigna...
palavras de compaixão?
Amor, também solidão?
que estão, antes de tudo
dentro de seu pequeno e impuro coração?
Hó triste e desolada margarida!
Que se perde em sua escuridão
Mas ainda enxerga o branco de suas pétalas
devolvendo o brilho
de quando quer amor
Quer em suas mãos
Estou aqui indigna
Para achar o que perdeu
Dignidade
Estou aqui desolada
para que saia
Solidão
Estou aqui, triste!
Para junto a ti encontrar
felicidade.
Estou aqui para servir e ser seu servo
já lhe dizia isso antes de ver o pôr do sol
Para assim servir amor

LIII
Ouve-se o grito do perdão
inconsciente e depravado
não se explica com a inspiração
apenas se grita com dor
sente-se com afeição
Diga a si então
Que ouve as vozes da culpa
aquelas que te consomem
assim len-ta-men-te...
Num revés de sentimentos
preconcebidos e insensíveis
estereis, condenados
dilacerantes as preocupações
invisíveis e não sensíveis
para um mundo estupefato
Pobre carrasco da imaturidade
desprovido de amor!
o machado que carregas
decapita as paixões
esquarteja os amantes
comendo seus pedaços
dando voltas de revoltas
para um mundo de sentimentos
onde jamais existiu felicidade
mas apenas o prazer e a culpa

LIV
De todo meu sangue,
alguém me apraz
Com o sopro do destino
Os cardumes da imperfeição estão por traz
dos homens, que como eu,
quer somente paz.
Há meu bom rapaz!
Há meu bom rapaz!
Há meu bom rapaz nada tenho a lhe oferecer
a não ser o sofrimento de quem procura a paz
Meu fado será,
aquilo que tu queres
paz.
Há meu bom rapaz, PAZ.

LV.
Tudo é assim
Como assim?
Tudo é assim?
Assim como?
Assim será sempre?
Sempre assim.
Mas assim sempre será
Pra sempre assim?
Assim como sempre será
Porque deves ser assim, assim sempre
sempre que se diga sempre parece que nunca será assim
Mas sempre será nunca quando digo que nunca sempre será
Para sempre será nunca quando eu quero que seja nunca
Porque sempre será quando quero que seja o que desejo, sempre
Sempre desejo,
Nunca concretizo
Sempre concretizo o nunca
Mas apenas desejo o sempre
Para sempre tentar ser feliz, sempre
Mesmo quando o nunca pareça ser uma opção

LVI
Mesmo que pedisse
Não iria querer que ficasse
Mesmo contra os meus sentimentos
Não existe argumentos para se tirar sonhos
Mas, ainda me resta a chance de que um dia volte
Com os teus sonhos realizados
E tua felicidade cintilando em seus olhos
Visto o que almejamos ser,
É mais importante que nós mesmos
eu e você
Pois é real o sonho de ser feliz...
Ainda que já se esteja
Seja o que quer ser
Para ser mais do que você já é

LVII
Como camaleão
Teus atos mudam de cor
de um sangue puro
E coração sujo
Ninguém entende
Que pensas mais
Mas, como camaleão
Seus atos,
Tu sabes
Mudam de cor
Tão repentinamente
Mas tens tudo...
O que ninguém têm
Explique suas ações
Teu coração sujo
Se tu pensas mais
Então abuse
E esqueça do que te faz mudar
Que muda tuas ações
Como um camaleão
Sem pele
Com a carne viva
Com teus dias cinzentos
As cores não aparecem mais
Estais morrendo
Como todos que vos cercam

LVIII
Meus caprichos
Não os tenho
São como bichos
Animais de estimação
Por assim dizer
um valor estimado
Que não vale nada
As samambaias valem mais
mas, o que é, é o que... é?
O que vale mais?
uma vida vivida?
uma vida vendida?
ou ainda, o que não se sabe?
se sabe dela
não se sabe
e se sabe, o que vale?
E o que vale mais?
Os Valores?
quais são?
Honra, amor, compaixão e ainda mais?
Ou os átomos agrupados?
O prazer em estar vivo?
Ou desprazer de não saber por que ainda se está?
Somos animais de estima ou estimação?
Ainda assim
queremos estimar valores
em vez de vive-los e senti-los

LIX
Verdadeira, à mente
O fascínio
A ternura
A beleza
O homem
A mulher
A natureza
Os valores
As vidas
O som
A visão
O gosto
O gosto mais o cheiro
O cheiro mais o tato
O gosto do amar
O cheiro do viver
O amor de quando ama
quando se sente verdadeira, à mente
o amor
LX
De amor vive
quem diz que o amor não existe
se não não viveria
De amor precisa quem diz que existe
mas que não sente sua falta
De amor nós vivemos e precisamos
se não não haveria graça
nem divina
nem humana
Ele não reprime
Apenas faz seu papel
Seja em evolução
Seja em espécie
Seja na alma
Amar tudo e o quem nos dá valor
Para termos o nosso próprio
Pensar sobre o amor faz ele ressurgir
Em sua consciência
De ser alguém
Que trilhará pelo melhor caminho:
O da felicidade

LXI
Lapsos salteados
Sentimentos ofuscados
Amores isolados
vidas desperdiçadas
Causas anuladas
Sentimentos ofuscados
Delírios contrários
Amores isolados
Dúvidas Constantes
Semblantes cortantes
Jogos arrojados
Corações espedaçados
Mar turbulento
Afogados
Sobreviventes
Restos ausentes
Vidas desperdiçadas
Dúvidas constantes
Sentimentos ofuscados
Decorados
Ancorados
Que não se sentem
Sem sentimentos
Que deviam ser sentidos
E sentidos que não deviam ser usados
Para não sentir quando se sente:
Dor.

LXII
Acordo cedo todo dia
Logo vem a melodia
De um dia que se repete
No mundo quadrado onde tem vida
Por direito sou cidadão
Mas aqui não tenho direito ao pão
Como posso ser tão... viajão?
Para crer que essa bosta toda vai mudar
E por que não?
Cada um faz sua parte
E tudo estará lá
Em cima da mesa da casa do projeto
Do projeto de cidadão
Como eu, como você
Que não crê que essa merda vai mudar!

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