Vous êtes sur la page 1sur 5

SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2008

Cachorro adopta filhotes de leão

Em visita à Africa, a jornalista Juliana Bussab


encontrou um labrador que adoptou uma leoa,
rejeitada pela mãe por nascer com um problema
nas patas traseiras. E não foi a primeira...

Na província de Limpopo, na África do Sul, em


uma das muitas reservas usadas para safáris
fotográficos, encontrei uma história de amor que
é, no mínimo, curiosa.
Prince, um "labralata", de mais ou menos 6 anos,
não é como os outros cães de estimação comuns.
Quando ele vem correndo pelas trilhas em sua
direcção, você logo toma um susto: ao lado dele
vem uma leoa, Chuby, dois anos de idade e três
vezes maior do que Prince. E os dois saem
rolando no chão e brincam de pega-pega como
velhos amigos.
Chuby, a leoa, nasceu com um problema
congénito nas patas traseiras e por isso foi
rejeitada pela mãe. A reserva, que tem um
programa de protecção e preservação da espécie,
criou a felina em cativeiro. E Prince é a única
mãe que ela conhece.

Mas ela não é a única. Ao longo dos anos, Prince


adoptou diversos leõezinhos, e cuidou de cada
um, como cuida sempre, como se fosse seu.

Manso, esperto e amigável, Prince é um cão sem


igual. Ainda filhote, os donos da reserva notaram
que ele tinha uma afinidade especial com os
leões. Desde o primeiro filhote rejeitado pela mãe
(e foram muitos), Prince vai fazer de babá. E,
desde então, vem criando filhotes e mais filhotes
felinos.
É ele quem ensina o leãozinho ainda bebé a
desenvolver atenção e reconhecer os perigos.
Prince também ensina a socialização com os
humanos e, por isso, esses órfãos se tornam
confiáveis o suficiente para caminhadas com os
turistas. Se é amigo do Prince, é amigo deles
também.
A ideia é que proporcionando essa interacção
entre humanos e leões, as pessoas se convenção
da importância do trabalho de proteger a espécie
que, acreditem ou não, ainda sofrem com a caça
na África do Sul por estrangeiros ricos, que
viajam especialmente para isso. Basta pagar
uma pequena fortuna por um documento que
autoriza a caça dos animais. Eu tive a
infelicidade de ver alguns deles e o arsenal de
armas que carregavam.
Quando completam por volta de 2 anos, as leoas
já tem uma força incontrolável. E quando o
instinto do felino que estava adormecido, começa
a aparecer, é o cão que as acompanha nas novas
empreitadas, apesar de não fazer a menor ideia
do que é caçar. Não é a toa que Chuby atacou um
javali, e como não sabe matar, começou morder
a perna do bicho ainda vivo, achando que era
mais um pedaço de carne. Enquanto Prince
olhava com desaprovação, o javali correu,
mancando, provavelmente pensando: mas que
diabos de leoa é essa?
É por causa dessa força e por não obedecer mais
aos comandos do cão ou dos tratadores que as
caminhadas são suspensas e um outro leãozinho
entra em cena. Aquilla um bebé de 2 meses é o
mais novo amigo de Prince. Enquanto Prince
corre entre os turistas, o filhote desbrava a mata,
sobe em troncos e aguça seus instintos. Mas
quando se vê sozinho, chora pedindo ajuda e lá
vai Prince rápido como uma mãe que vê seu
filhote em perigo. Uma bela lambida depois e
Aquilla segue o cão, que indica o caminho seguro
a seguir.

Com Chuby, as
caminhadas são mais emocionantes. Prince corre
na frente, a leoa corre atrás, o alcança, o derruba
e os dois começam a brincar. Mordidas, tapas,
movimentos traiçoeiros e muita agitação.
Quando a brincadeira sai do controle e um dos
dois reclama de dor, um dos nativos que
acompanha a caminhada tenta separá-los com
uma vareta, e balbucia em “africanés” sua
sabedoria: "Errado! Errado! Espécies
diferentes". Mas parece que nenhum dos dois está
ligando muito para isso. No final do dia, Prince
pega seus "gatinhos" e dormem aninhados.

Vous aimerez peut-être aussi