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TRIBUNAL

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Processo Te n° 02255/07
Instituto de Previdência do Município de
Alagoinha - IPEMA - Prestação de Contas
do exercício de 2006. Irregularidade.
Aplicação de multa. Comunicação ao
MPAS. Assinação de Prazo.Recomendação.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do processo TC n° 02255/07, referente à


Prestação de Contas do Instituto de Previdência do Município de Alagoinha - IPEMA,
relativa ao exercício financeiro de 2006, sob a responsabilidade do Sr. Mário José da Silva Leal
referente ao período de janeiro a maio e da Sr' Magda Martins Amorim referente ao período de
junho a dezembro, e

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos das


Constituições Federal e Estadual, c/c a Lei Complementar n" 18/1993, julgar as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer do Ministério Público junto ao


Tribunal, o voto do Relator e o mais que dos autos consta,

ACORDAM os integrantes do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, à unanimidade,


com declaração de impedimento do Cons. José Marques Mariz, em sessão plenária hoje
realizada, em:

1. Julgar irregular a Prestação de Contas dos ex-Gestores do Instituto de Previdência do


Município de Alagoinha - IPEMA, relativa ao exercício de 2006, Sr. Mário José da Silva Leal
(período de janeiro a maio) e Sr"Magda Martins Amorim (período de junho a dezembro);

2. Aplicar multa individual ao Sr. Mário José da Silva Leal e a Sr" Magda Martins Amorim, no
valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), em razão das irregularidades constatadas, com base no
artigo 56, inciso II, da Lei Orgânica deste Tribunal;

3. Conceder-lhes o prazo de 60 dias para recolhimento das multas aos cofres do Estado, sob
pena de cobrança executiva, nos termos da Constituição Estadual;

4.Comunicar ao Ministério da Previdência e Assistência Social sobre a situação de


funcionamento do Instituto de Previdência do Município de Alagoinha - IPEMA,
encaminhando-lhe cópia desta decisão;
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5. Assinar prazo de 30 (trinta) dias para que o atual gestor do Instituto encaminhe para este
Tribunal de Contas o termo de parcelamento do débito, autorizado pela Lei Municipal n~ .

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Processo Te n° 02255/07
205/2006, como também o pagamento das contribuições previdenciárias dos meses de outubro,
novembro de dezembro de 2006;

6. Recomendar ao atual gestor do Instituto a adoção de medidas administrativas e contábeis com


vistas a não repetição das falhas ora debatidas, obediência à legislação previdenciária em vigor, a
Lei 4.320/64, a LRF e às Resoluções baixadas por essa Corte de Contas. E ao atual Prefeito de
Alagoinha que encaminhe Projeto de Lei ao Legislativo Municipal para adequar a alíquota de
contribuição do servidor à legislação federal.

Presente ao julgamento a Exma. Sra. Procuradora Geral.


Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. João A~ino, 03 de junho de 2009.

CONS. SUBST. OSCA ~E


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PROCURADORA GERAL
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te n° 02255/07

o processo TC n° 02255/07 trata da prestação de contas do Instituto de Previdência do


Município de Alagoinha - IPEMA - relativa ao exercício de 2006, sob a responsabilidade do
Sr. Mário José da Silva Leal no período de janeiro a maio e da Sr' Magda Martins Amorim
no período de junho a dezembro.

o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que
compõe os autos, destacou os aspectos institucionais e legais do IPEMA, analisou os resultados
da execução orçamentária, financeira e patrimonial e, ainda, apontou as seguintes
irregularidades:

De responsabilidade do então Chefe do Poder Executivo, Sr. Marcus Antonius Brito Lira
Beltrão,

1. Não encaminhamento de Projeto de Lei ao Legislativo Municipal, com o objetivo de


adequar a alíquota de contribuição do segurado à legislação previdenciária federal;
2. Retenção da contribuição previdenciária dos segurados mediante a aplicação de alíquota
inferior à estabelecida na Lei Municipal n" 447102, no período de janeiro a junho;
3. Ausência de repasse das contribuições previdenciárias do exercício em análise, no valor
de R$ 126.151,27.

De responsabilidade do primeiro gestor do Instituto, Sr. Mário José da Silva Leal.

1. Divergência entre o montante das contribuições contabilizadas pelo instituto e os créditos


efetuados nos extratos bancários;
2. Inconsistência de informações referente à dívida da Câmara Municipal e do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de Alagoinha - SAAE junto ao IPEMA;
3. Realização de despesa com serviços contábeis sem o devido procedimento licitatório,
descumprindo o art. 24, inciso II, da Lei n" 8.666/93;
4. Ausência de encaminhamento a este Tribunal, de 16 processos de aposentadoria e 09
processos de pensão, descumprindo as Resoluções RN TC n " 103/98 e 15/01;
5. Ausência de empenho das obrigações patronais relativas às despesas com vencimentos e
vantagens fixas e assessoria contábil e jurídica;
6. Emissão de cheques sem provisão de fundos, acarretando despesas bancárias no montante
de R$ 90,63;
7. Crédito na conta-corrente do instituto, no mês de abril, no valor de R$ 22.394,46, cuja
origem não foi identificada por esta Auditoria;
8. Instituto sem Certificado de Regularidade Previdenciária e apresentando irregularidades
com relação a vários critérios avaliados pelo Ministério da Previdência e Assistência
Social. ~'

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Processo Te n° 02255/07

De responsabilidade da segunda gestora do instituto, Sra. Magda Martins Amorim.

1. Divergência entre o montante das contribuições contabilizadas pelo instituto e os


créditos efetuados nos extratos bancários;
2. Inconsistência de informações referente à dívida da Câmara Municipal e do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de Alagoinha - SAAE, junto ao instituto;
3. Realização de despesa com serviços contábeis sem o devido processo licitatório,
descumprindo o art. 24, inciso Il, da Lei n° 8.666/93;
4. Presença de déficit na execução orçamentária, descumprindo o § 1° do art. 1° da Lei
Complementar n" 101/2000;
5. Contabilização da dívida do Município para com o instituto como ativo realizável,
descumprindo as determinações da Secretaria de Tesouro Nacional;
6. Saldo das consignações superior ao montante do disponível final do instituto,
descumprindo o disposto no §10, do artigo 10, da LC n? 101/2000;
7. Ausência de encaminhamento a este Tribunal, para fins de registro, de 17 processos de
aposentadoria e 09 processos de pensão, descumprindo as Resoluções RN TC n° 103/98
e 15/01;
8. Realização de despesas administrativas acima do limite estabelecido na Portaria do
Ministério da Previdência e Assistência Social n° 4992/99, art. 17, § 3°, e pela Lei n"
9.717/98, art. 1°, inciso IlI;
9. Ausência de empenho das obrigações patronais, relativas às despesas com vencimentos
e vantagens fixas e assessoria contábil e jurídica;
10. Ausência de envio, a este Tribunal, de Termo de Parcelamento do Débito do Executivo
e da Lei que autorizou o parcelamento da dívida da câmara junto ao instituto;
11. Descumprimento do art. 10, inciso I, da Lei n" 9.717/98 e art. 2°, inciso I, da Portaria n°
4.992/99, uma vez que não realizou a avaliação atuarial referente ao exercício de 2006;
12. Instituto sem Certificado de Regularidade Previdenciária e apresentando irregularidades
com relação a vários critérios avaliados pelo Ministério da Previdência e Assistência
Social;
13. Não cumprimento às determinações constantes do Acórdão APL- TC n" 685/06.

o Prefeito e os Gestores do Instituto foram notificados, porém apenas o ex-Chefe do


Executivo Municipal apresentou defesa.

A Auditoria analisou a defesa apresentada e não alterou o seu entendimento inicial com
relação às falhas praticadas pelo ex-Prefeito Sr. Marcus Antonius Brito Lira Beltrão, porém
como foi acostado aos autos o documento enviado pelo Presidente do Instituto à época, Sr. João
de Lucena Beltrão, referente à avaliação atuarial do exercício de 2006, o Órgão Técnico
considerou sanada a falha que trata da ausência dessa avaliação, retirando-a da responsabilidade
da Sr' Magda Martins Amorim. ~ ,
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Processo Te n° 02255/07
O processo seguiu ao Ministério Público que opinou pela Irregularidade das contas em
apreço dos Presidentes do Instituto de Previdência do Município de Alagoinha, pela aplicação de
multa pessoal, pelo conjunto de irregularidades de suas respectivas responsabilidades, ao ex-
Chefe do Poder Executivo, Sr. Marcus Antonius Brito Lira Beltrão, aos ex-gestores, Sr.
Mário José da Silva Leal e SfI Magda Martins Amorim, com base no art. 56, inciso II, da
LüTCEIPB e pela recomendação à atual Direção do Instituto no sentido de cumprir os ditames
da Carta Magna, da Lei n" 9.717/98, das Portarias do Ministério da Previdência Social e demais
legislações cabíveis à espécie e, especificamente: determinar à assessoria contábil a não incursão
em insuficiência de saldo financeiro de qualquer espécie; adotar as medidas para controlar a
dívida do Município e do Poder Legislativo e regularizar a situação do Instituto perante o
Ministério da Previdência e pela recomendação ao atual Prefeito do Município no sentido de
tomar as medidas necessárias para: encaminhar os repasses das obrigações patronais devidas ao
Instituto de Previdência Municipal e dar fiel cumprimento às leis municipais que disciplinam o
parcelamento de dívidas junto ao Instituto de Previdência.

É o relatório, informando que os interessados e o representante legal do ex-Prefeito foram


notificados da inclusão do processo na presente sessão.

Concernente à falha referente às contribuições previdenciárias, sob a responsabilidade do


ex-prefeito de Alagoinha, Sr. Marcus Antonius Brito Lira Beltrão, informo que como já existe
a Lei Municipal n" 205/2006 que autorizou o Poder Executivo a parcelar a dívida correspondente
às contribuições previdenciárias do Município junto ao Instituto de Previdência de Alagoinha,
referente ao período de janeiro de 2004 a setembro de 2006, deve o atual gestor enviar a esta
Corte de Contas o termo de parcelamento do débito e comprovar o efetivo pagamento das
parcelas, como também o pagamento da contribuição previdenciária dos meses de outubro,
novembro de dezembro de 2006, que não foram inseridos na referida Lei, para que seja
averiguado se o montante que deixou de ser repassado, conforme relatório da Auditoria, já se
encontra regularizado. Deverá também, o gestor municipal encaminhar projeto de lei ao
Legislativo Mirim com o objetivo de adequar a alíquota da contribuição dos segurados à
legislação previdenciária federal.

Das falhas comuns aos ex-Gestores:

Com relação às falhas contábeis apontadas, verifiquei que a divergência na contabilização


das contribuições se deu pelo registro incorreto do salário família como receita orçamentária, o
que ocasionou a diferença entre o valor contabilizado e os créditos nos extratos bancários.
Também ficou evidenciado a falta de registro da dívida da câmara municipal e do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de Alagoinha - SAAE, falta de empenho das obrigações patronais,
referente aos meses de janeiro a agosto de 2006 e a contabilização incorreta da dívida do
Município, registrada no ativo realizável a longo prazo, decorre da não observação dos ditames
da Lei n° 4.320/64, das determinações das portarias da Secretaria do Tesouro Nacional e d~" ..\,' ...
normas previstas nos princípios de contabilidade geralmente aceitos. \ ~\

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Quanto às licitações não realizadas, como se trata da contratação exclusiva de serviços
contábeis e levando em consideração que já é jurisprudência neste Tribunal, aceitar a contratação
direta dos referidos serviços, considero relevada essa falha; e quanto ao não encaminhamento
dos processos de aposentadoria e pensão, entendo que foi desobedecida as Resoluções
Normativas desta Corte, pois nelas está previsto o envio desses processos para efeito de análise
da legalidade e a concessão dos respectivos registros.

Como o Certificado de Regularidade Previdenciária é importante para o Instituto, pois


sem ele a entidade não pode receber transferências voluntárias, celebrar acordos, contratos e
convênios, fazer empréstimos e financiamentos, sugiro que o atual gestor atenda ao que preceitua
a Lei 9.717/98 e regularize a situação perante o Ministério da Previdência e Assistência SociaL

Quanto à emissão de três cheques sem fundo, verifiquei que o fato ocorreu devido a uma
aplicação financeira feita antes do pagamento dos referidos cheques, o que ocasionou o
acometimento de taxas do Banco Central, no valor de R$ 90,63, que a meu ver, não traz
repercussão negativa às contas. À questão do crédito em conta-corrente no valor de
R$ 22.394,46, cuja origem não foi identificada, trata-se de um estorno bancário feito na conta do
instituto, conforme consta às fi. 163, todas cometidas na gestão do Sr. Mário José da Silva Leal.

Quanto ao déficit na execução orçamentária e o saldo das consignações em valor superior


à disponibilidade final, ficou evidenciado que houve falta de planejamento na execução
orçamentária, como também, uma afronta à Lei de Responsabilidade Fiscal, cabendo ainda
destacar, a não observação das normas contidas nas portarias do Ministério da Previdência e
Assistência Social e descumprimento às determinações constantes do Acórdão APL- TC n°
685/06, todas essas falhas cometidas na gestão da Sr" Magda Martins Amorim.

Ante o exposto, voto no sentido de que este Tribunal:

1. Julgue irregular a Prestação de Contas dos ex-Gestores do Instituto de Previdência do


Município de Alagoinha - IPEMA, relativa ao exercício de 2006, Sr. Mário José da Silva Leal
(período de janeiro a maio) e Sr' Magda Martins Amorim (período de junho a dezembro);

2. Aplique multa individual ao Sr. Mário José da Silva Leal e a Sr" Magda Martins Amorim, no
valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), em razão das irregularidades constatadas, com base no
artigo 56, inciso II, da Lei Orgânica deste Tribunal;

3. Conceda-lhes o prazo de 60 dias para recolhimento das multas aos cofres do Estado, sob pena
de cobrança executiva, nos termos da Constituição Estadual;

4.Comunique ao Ministério da Previdência e Assistência Social sobre a situação de


funcionamento do Instituto de Previdência do Município de Alagoinha - IPEMA,
encaminhando-lhe cópia desta decisão;

5. Assine prazo de 30 (trinta) dias para que o atual gestor do Instituto encaminhe para este
Tribunal de Contas o termo de parcelamento do débito, autorizado pela Lei Municipal ~
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Processo Te n° 02255/07

205/2006, como também o pagamento das contribuições previdenciárias dos meses de outubro,
novembro de dezembro de 2006;

6. Recomende ao atual gestor do Instituto a adoção de medidas administrativas e contábeis com


vistas a não repetição das falhas ora debatidas, obediência à legislação previdenciária em vigor, a
Lei 4.320/64, a LRF e às Resoluções baixadas por essa Corte de Contas. E ao atual Prefeito de
Alagoinha que encaminhe Projeto de Lei ao Legislativo Municipal para adequar a alíquota de
contribuição do servidor à legislação federal.

É o voto, em 03 de junho de 2009.

CüNS. SUBST. üSCA ~E S'ANTIAGOMELO


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