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TRIBUNAL D~S
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Processo Te N° 02363/07

Instituto de Previdência dos Servidores


Municipais de Campina Grande - IPSEM,
exercício de 2006, sob a responsabilidade do
Senhor Juraci Félix Cavalcante Júnior,
Prestação de Contas considerada regular com
ressalvas. Aplicação de multa Assinação de
prazo. Recomendações.

I ACÓRDÃO APL - TC li p ~ /09

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do Processo TC N° 02363/07,


referente à Prestação de Contas do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campina
Grande - IPSEM, exercício de 2006, ACORDAM os integrantes do Tribunal de Contas do Estado
da Paraíba, à unanimidade, com o impedimento declarado do Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras
Nogueira, em sessão plenária, hoje realizada, em: a) julgar regulares com ressalvas, as contas do
Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campina Grande - IPSEM, exercício de
2006, sob a responsabilidade do Senhor Juraci Félix Cavalcante Júnior, b) aplicar a multa de R$
1.500,00 ao gestor nos termos do que dispõem os incisos II e VI do art. 56 da LüTCE; c) assinar
ao referido gestor o prazo de 60 (sessenta) dias para efetuar o seu recolhimento ao Tesouro
Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, cabendo ação a
ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, em caso do não recolhimento voluntário,
devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do
§ 4° do art. 71 da Constituição Estadual; d) determinar ao atual gestor que envie ao Tribunal, no
prazo de 30 (trinta) dias documentos que certifiquem a real situação da dívida dos órgãos
municipais para com o IPSEM, inclusive parcelamentos porventura realizados, comprovando o
registro nos demonstrativos de acordo com as normas contábeis e previdenciárias conforme
exigência de Notas Técnicas da STN; e) recomendar ao gestor a estrita observância das
disposições legais e normativas, especialmente no que tange ao empenhamento de despesas e
tombamento de bens; 1) determinar à Auditoria desta Corte que traslade para os autos da prestação
de contas do Prefeito Municipal os fatos de responsabilidade deste, porventura apontados como tais,
se já não estiverem consignados nos autos respectivos.
Assim decidem tendo em vista que, conforme demonstrado nos autos, a direção do Fundo
desobedeceu a algumas exigências legais e contábeis, mas que não levam à irregularidade das
contas.
Foram registradas receitas de contribuições na contabilidade do Instituto no montante de R$
20.669.753,61, sendo R$ 14.641.398,29 registrados no sistema orçamentário e R$ 6.028.366,32
como receitas extra-orçamentárias, acima da soma dos valores contidos nos extratos bancários. Tal
fato demonstra que podem ter sido contabilizadas como contribuições, outras receitas do Instituto
ou a falta de algum extrato contendo lançamentos de receitas.
Deixaram de ser retidas, para posterior repasse ao INSS, contribuições patronais sobre
serviços prestados ao Instituto no montante de R$ 16.383,63, devendo o atual gestor adotar
providências no sentido de calcular as contribuições devidas e cobrá-las dos prestadores de serviço.
Processo Te N° 02363/07

Não há nenhuma irregularidade na contratação de assessoria de imprensa por parte do


IPSEM. As atividades do Instituto podem requerer uma divulgação a fim de conscientizar os
servidores e a população em geral sobre as reais atribuições do órgão previdenciário. Além disso, o
valor mensal do contrato é de R$ 500,00, não comprometendo a saúde financeira do Instituto ou o
percentual permitido com gastos administrativos. Também não podem ser considerados irregulares
os gastos com flores para distribuição com aposentados e pensionistas no total de R$ 474,50, vez
que não ficou comprovado o uso de recursos de contribuições para tal fim.
As despesas não licitadas referem-se à contratação de serviços contábeis e de consultoria,
entendendo o Tribunal que tais gastos são passíveis de inexigibilidade.
Cabe determinação à direção do Instituto com vistas ao cumprimento das normas contábeis
que regem o sistema previdenciário, especialmente no que conceme a contabilização e o
conseqüente controle das dívidas previdenciárias dos órgãos municipais para com o Ente. No caso,
quando da diligência in loco, foram solicitados documentos com vistas a calcular a dívida real ao
IPSEM, porém, tais documentos não foram entregues naquela ocasião e nem foram juntados à
defesa. Também deve a atual direção do IPSEM cuidar para que não se repitam as falhas relativas
ao empenhamento de despesas a posteriori e ao tombamento de bens móveis.
Finalmente, é de bom alvitre que se traslade para os autos da prestação de contas do Prefeito
Municipal os fatos de responsabilidade deste, porventura apontados como tais, se já não estiverem
consignados nos autos respectivos.

Publique-se e cumpra-se. \

TC - Plenário Min. João Agripino, e de /YYl t'lh I;" de 2009.

N<J~m.:NDO DINIZ FILHO

CO':RSf:llli~~~~~~~F~ER~.N~ANDES

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\ ANA· SA NÓBREGA
Pro uradora Geral
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Processo Te N° 02363/07

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos do Processo TC N° 02363/07, referente à Prestação de Contas do


Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campina Grande - IPSEM, exercício de
2006, de responsabilidade do Senhor Juraci Félix Cavalcante Júnior.
A Auditoria deste Tribunal, ao analisar a matéria, destacou as seguintes irregularidades de
responsabilidade do gestor do Instituto:

1. diferença de R$ 3.769.928,83 apresentada entre as receitas de contribuições e os créditos nos


extratos bancários, a ser justificada pelo gestor;.
2. falta de retenção do INSS referente à prestação de serviços de terceiros;
3. falta de contabilização da dívida da Prefeitura para com o instituto como ativo compensado,
descumprindo as determinações da Secretaria de Tesouro Nacional, em especial as Notas Técnicas n?
4912005 - GENOC/CCONT/ STN e 515/2005 - GEANC/CCONT/ STN;
4. situação irregular com relação ao critério Demonstrativos Contábeis avaliado pelo MPS;
5. ausência de controle de dívida do Município para com o Instituto;
6. descumprimento ao que determina o art. 42, da Lei Complementar n° 18/93;
7. provimento de cargos em comissão ("Motorista", "Agente Administrativo" e "Técnico") que não se
destinam às atividades de chefia, assessoramento e direção, o que contraria o art. 37, inciso Il, da
Constituição Federal, bem como, contratação de prestador de serviço, no cargo de Assistente Social,
constituindo violação ao princípio do concurso público;
8. despesas realizadas indevidamente, em desacordo com os objetivos do Instituto contrariando o que
preceitua a Lei 9.717/98, art. 1°, inciso III e a Portaria n? 4.992/99, art. 2°, inciso III;
9. despesas realizadas sem processo licitatório no total de R$ 184.190,96;
10. despesa paga a título de pro labore vinculado ao salário mínimo, contrariando o inciso IV, do art. 7°
da CF;
11. despesas pagas com empenho a posteriori;
12. ausência de tombamento de bens móveis adquiridos pelo Instituto.

De responsabilidade do Prefeito Municipal, Senhor Veneziano Vital do Rego Segundo Neto. o


orgao técnico considerou como irregular a ausência de repasse, na totalidade, das contribuições
previdenciárias ao instituto.

Devidamente notificado, o interessados apresentou esclarecimentos de fls. 532/765.


Ao analisar a defesa o órgão técnico concluiu como elididas as falhas relativas aos
demonstrativos contábeis e ao pro labore e parcialmente sanada a irregularidade concernente às
despesas não licitadas, passando o valor para R$ 44.000,00 ou 0,23% das despesas totais. No mais,
o órgão técnico permaneceu com o entendimento inicial.
Instado a se pronunciar, o Ministério Público Especial, em parecer da lavra do Procurador
Marcílio Toscano Franca Filho, opinou pela irregularidade das contas com aplicação de multa ao
responsável, comunicação à Receita Federal do B . imputação de débito, recomendações e
remessa de cópia dos autos à PGJ.

É o Relatório.
Processo Te N° 02363/07

VOTO

Foram registradas receitas de contribuições na contabilidade do Instituto no montante de R$


20.669.753,61, sendo R$ 14.641.398,29 registrados no sistema orçamentário e R$ 6.028.366,32 como
receitas extra-orçamentárias, acima da soma dos valores contidos nos extratos bancários. Tal fato demonstra
que podem ter sido contabilizadas como contribuições, outras receitas do Instituto ou a falta de algum extrato
contendo lançamentos de receitas.
Deixaram de ser retidas, para posterior repasse ao INSS, contribuições patronais sobre serviços
prestados ao Instituto no montante de R$ 16.383,63, devendo o atual gestor adotar providências no sentido
de calcular as contribuições devidas e cobrar dos prestadores de serviço.
Não há nenhuma irregularidade na contratação de assessoria de imprensa por parte do IPSEM. As
atividades do Instituto podem requerer uma divulgação a fim de conscientizar os servidores e a população
em geral sobre as reais atribuições do órgão previdenciário. Além disso, o valor mensal do contrato é de R$
500,00, não comprometendo a saúde financeira do Instituto ou o percentual permitido com gastos
administrativos. Também não podem ser considerados irregulares os gastos com flores para distribuição com
aposentados e pensionistas no total de R$ 474,50, vez que não ficou comprovado o uso de recursos de
contribuições para tal fim.
As despesas não licitadas referem-se à contratação de serviços contábeis e de consultoria,
entendendo o Tribunal que tais gastos são passíveis de inexigibilidade.
Cabe determinação à direção do Instituto com vistas ao cumprimento das normas contábeis que
regem o sistema previdenciário, especialmente no que concerne a contabilização e o conseqüente controle
das dívidas previdenciárias dos órgãos municipais para com o Ente. No caso, quando da diligência in loco,
foram solicitados documentos com vistas a calcular a dívida real ao IPSEM, porém, tais documentos não
foram entregues naquela ocasião e nem foram juntados à defesa. Também deve a atual direção do IPSEM
cuidar para que não se repitam as falhas relativas ao empenhamento de despesas a posteriori e ao
tombamento de bens móveis.
Pelo Exposto, VOTO no sentido que o Tribunal: a) julgue regulares com ressalvas, as contas do
Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campina Grande - IPSEM, exercício de 2006, sob a
responsabilidade do Senhor Juraci Félix Cavalcante Júnior, b) aplique a multa de R$ 1.500,00 ao gestor nos
termos do que dispõem os incisos 11e VI do art. 56 da LOTCE; c) assine ao referido gestor o prazo de 60
(sessenta) dias para efetuar o seu recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização
Orçamentária e Financeira Municipal, cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, em
caso do não recolhimento voluntário, devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de
omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual; d) determine ao atual gestor que
envie ao Tribunal, no prazo de 30 (trinta) dias documentos que certifiquem a real situação da dívida dos
órgãos municipais para com o IPSEM, inclusive parcelamentos porventura realizados, comprovando o
registro nos demonstrativos de acordo com as normas contábeis e previdenciárias conforme exigência de
Notas Técnicas da STN; e) recomende ao gestor a estrita observância das disposições legais e normativas,
especialmente no que tange ao empenhamento de despesas ~tombamento de bens; t) determine à Auditoria
desta Corte que traslade para os autos da prest o d contas do Prefeito Municipal os fatos de
responsabilidade deste, porventura apontados c . , se já não estiverem consignados nos autos
respectivos.

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