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o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, no uso de suas atribuições que lhe confere
a Constituição Estadual, em apreciação aos presentes autos do Processo TC n° 02423/07, que trata
da prestação de contas do Sr. Hércules Barros Mangueira Diniz, Prefeito Municipal de
Diamante, exercício de 2006, e
DECIDE, por deliberação unânime de seus membros, em sessão plenária hoje realizada:
1. Emitir PARECER FA voax VEL à aprovação das contas do Prefeito Municipal de
Diamante, Sr. Hércules Barros Mangueira Diniz, relativas ao exercício de 2006,
encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, ressalvando
de que essa decisão decorreu do exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo
suscetível de revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante diligências especiais deste
Tribunal, vierem a interferir de modo fundamental nas conclusões alcançadas;
2. Recomendar a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não repetição das
falhas ora debatidas, e a realização de controle mais efetivo com relação aos veículos, para
cumprimento das Resoluções Normativas desta Corte de Contas.
Processo TC n° 02423/07
o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que
compõe os autos, destaca o seguinte:
a) A Prestação de Contas foi encaminhada a este Tribunal no prazo, instruída com todos os
documentos exigidos;
b) O orçamento para o exercício, Lei Municipal n" 245, de 13 de dezembro de 2005, estimou a
receita e fixou a despesa em R$ 6.001.980,00, autorizou, ainda, a abertura de créditos
adicionais suplementares até o limite de 50% da despesa fixada;
c) A receita orçamentária arrecadada representou 88,76% de sua previsão;
d) A despesa empenhada correspondeu 92,71 % de sua fixação;
e) Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 422.494,79, correspondendo a
7,59% da Despesa Orçamentária Total;
1) A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito obedeceu aos ditames da Lei Municipal n°
227/2004;
g) Os percentuais aplicados em educação e em ações e serviços públicos de saúde
corresponderam, respectivamente, a 32,84% e 17,67% da receita de impostos, inclusive os
transferidos;
h) Os gastos com pessoal do Poder Executivo representaram 52,16% da RCL;
i) Os recursos repassados ao Poder Legislativo atingiram 7,04% da receita tributária, inclusive
transferências, efetivamente realizada no exercício anterior;
j) A inspeção in loco foi realizada no período de 16 a 18 de junho de 2008;
k) A denúncia protocolizada sobre irregularidades praticadas no Instituto Próprio de Previdência
foi apurada no processo 02461/08;
I) O município possui regime próprio de previdência, o qual foi criado pela Lei Municipal n" 211
de 22/08/2002.
2) Déficit orçamentário
O déficit orçamentário que inicialmente era de R$ 236.889,87 baixou para R$ 137.374,09, o
que equivale a 4,45% da receita orçamentária arrecadada.
Processo TC n° 02423/07
O Ministério Público veio aos autos e opinou pela emissão de Parecer Contrário à aprovação
das contas em apreço, pugnou pelo atendimento integral às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal, e pela comunicação à Receita Federal do Brasil referente ao não
recolhimento das contribuições previdenciárias e pela recomendação no sentido de evitar toda e
qualquer ação administrativa que venha macular as contas da gestão municipal.
Processo TC nO02423/07
a) Quanto à publicação dos RGF e do REO, entendo que foi cumprido o art. 48 da LRF, pois o
defendente comprovou que foram publicados no Órgão Oficial do Município os referidos
instrumentos de transparência da gestão fiscal;
b) Já que a LRF tem como pressuposto basilar o equilíbrio das contas públicas, deve o Gestor
planejar as suas ações no sentido de prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o
resultado da gestão fiscal responsável, evitando assim, os déficits de execução orçamentária;
c) Com relação às despesas realizadas sem licitação, entendo que essa falha pode ser relevada,
tendo em vista que os gastos com combustíveis e locação de veículos para transportes de
estudantes estão amparados pelo art. 24, inciso V, da Lei 8.666/93, como dispensa de licitação.
Em face de que foram intentadas licitações com este objeto, no entanto não acorreram
interessados e foram consideradas desertas, as demais despesas, ou seja, aquisição de gás de
cozinha e serviços de assessoria administrativa, ficaram próximos ao limite dispensável. Quanto
às falhas referentes à não apresentação do processo de licitação, em tempo hábil, e o processo
na modalidade convite, considerado irregular pela Auditoria, entendo serem formais e que as
falhas apontadas não trazem repercussão negativa às contas em apreço;
d) O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEF, é um colegiado, cuja função
principal, segundo o art. 4° Lei 9.424/96, é proceder ao acompanhamento e controle social
sobre a repartição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo em cada esfera
Municipal, Estadual ou Federal. Dessa forma, deve o Gestor observar essa norma e implantar
definitivamente esse Conselho;
e) Concernente aos gastos com veículos e máquinas, inclusive combustíveis, essa Corte de Contas
já baixou Resolução Normativa que trata desse assunto, cabendo ao gestor cumprir o que foi
determinado nela;
1) No que tange às contribuições previdenciárias, entendo que essa irregularidade está sanada, pois
o interessado acostou aos autos o Termo de Parcelamento de Dívida Fiscal, compreendendo
todo o exercício de 2006, porém sugiro ao Gestor que evite essa prática, pois esses débitos
geram multas e juros para os cofres públicos.
Processo TC n° 02423/07
2. Recomende a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não repetição das
falhas ora debatidas, e a realização de um controle mais efetivo com relação aos veículos,
conforme determinam as Resoluções Normativas desta Corte de Contas;