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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


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Processo TC n° 02423/07 11 secreta I do Tribun-'


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Prefeitura Municipal de Diamante. Prestação de


Contas do Prefeito Municipal referente ao exercício
de 2006. Emissão de Parecer Favorável à aprovação
das contas. Recomendações.

o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, no uso de suas atribuições que lhe confere
a Constituição Estadual, em apreciação aos presentes autos do Processo TC n° 02423/07, que trata
da prestação de contas do Sr. Hércules Barros Mangueira Diniz, Prefeito Municipal de
Diamante, exercício de 2006, e

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos das


Constituições Federal e Estadual, ele a Lei Complementar n° 18/1993, apreciar as contas prestadas
anualmente pelos prefeitos municipais, emitindo sobre elas parecer prévio;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer da representante do Ministério


Público, a proposta do Relator e o mais que dos autos consta,

DECIDE, por deliberação unânime de seus membros, em sessão plenária hoje realizada:
1. Emitir PARECER FA voax VEL à aprovação das contas do Prefeito Municipal de
Diamante, Sr. Hércules Barros Mangueira Diniz, relativas ao exercício de 2006,
encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, ressalvando
de que essa decisão decorreu do exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo
suscetível de revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante diligências especiais deste
Tribunal, vierem a interferir de modo fundamental nas conclusões alcançadas;
2. Recomendar a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não repetição das
falhas ora debatidas, e a realização de controle mais efetivo com relação aos veículos, para
cumprimento das Resoluções Normativas desta Corte de Contas.

Presente ao julgamen a Exm", Sra. Procuradora Geral.


Publique-se e cump a-s .
TC - Plenário Mi . oão gripino, em 25 de março de 2009.

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/ ANAttRESA NÓBRE~' - '1-.)'


PROCURADORA GERAL
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02423/07

o Processo TC n° 02423/07 trata da Prestação de Contas do Prefeito Municipal de


Diamante, Sr. Hércules Barros Mangueira Diniz, relativa ao exercício de 2006.

o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que
compõe os autos, destaca o seguinte:
a) A Prestação de Contas foi encaminhada a este Tribunal no prazo, instruída com todos os
documentos exigidos;
b) O orçamento para o exercício, Lei Municipal n" 245, de 13 de dezembro de 2005, estimou a
receita e fixou a despesa em R$ 6.001.980,00, autorizou, ainda, a abertura de créditos
adicionais suplementares até o limite de 50% da despesa fixada;
c) A receita orçamentária arrecadada representou 88,76% de sua previsão;
d) A despesa empenhada correspondeu 92,71 % de sua fixação;
e) Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 422.494,79, correspondendo a
7,59% da Despesa Orçamentária Total;
1) A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito obedeceu aos ditames da Lei Municipal n°
227/2004;
g) Os percentuais aplicados em educação e em ações e serviços públicos de saúde
corresponderam, respectivamente, a 32,84% e 17,67% da receita de impostos, inclusive os
transferidos;
h) Os gastos com pessoal do Poder Executivo representaram 52,16% da RCL;
i) Os recursos repassados ao Poder Legislativo atingiram 7,04% da receita tributária, inclusive
transferências, efetivamente realizada no exercício anterior;
j) A inspeção in loco foi realizada no período de 16 a 18 de junho de 2008;
k) A denúncia protocolizada sobre irregularidades praticadas no Instituto Próprio de Previdência
foi apurada no processo 02461/08;
I) O município possui regime próprio de previdência, o qual foi criado pela Lei Municipal n" 211
de 22/08/2002.

Segundo a Auditoria, persistiram as seguintes irregularidades, após análise de defesa, pelos


motivos que se seguem:

1) Falta de comprovação da publicação dos REO e RGF em Órgão Oficial de Imprensa


A Auditoria não acatou cópia do Boletim Oficial - Órgão Oficial do Município de Diamante,
apresentado na defesa.

2) Déficit orçamentário
O déficit orçamentário que inicialmente era de R$ 236.889,87 baixou para R$ 137.374,09, o
que equivale a 4,45% da receita orçamentária arrecadada.

3) Despesas realizadas sem o devido processo licitatório


A Auditoria acatou parte da documentação apresentada e diminuiu o valor das despesas
realizadas sem licitação de R$ 437.265,71 para R$ 350.683,61, isso corresponde a 22,69% da
despesa licitável, contra 28,29% anteriormente apontado. ~ ,
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Processo TC n° 02423/07

4) Despesas com pessoal não empenhadas no exercício de sua competência.


Nesse item, o Defendente justificou que as despesas com pessoal foram empenhadas com base
no art. 37 da Lei 4.320/64, ou seja, no elemento "Despesas de Exercício Anterior", hipótese
prevista para esse caso. O Órgão Técnico discordou dos argumentos apresentados e não os
considerou por observar que houve falha com relação ao registro de tais despesas.

5) Conselhos de Alimentação Escolar e Acompanhamento e Controle Social do FUNDE F


Embora o defendente tenha apresentado as Leis de criação dos referidos conselhos, a Auditoria
só considerou como criado o Conselho Municipal de Alimentação Escolar, por terem sido
apresentadas as atas das reuniões desse Conselho.

6) Inexistência de controles dos veículos e máquinas


Com relação aos controles dos veículos, a Auditoria entendeu que houve desobediência à
Resolução Normativa TC OS/2005.

7) Despesa excessiva com locação de veículo


A Auditoria considerou excessiva a locação do veículo para o Gabinete do Prefeito, tendo em
vista que os veículos locados mensalmente para a Prefeitura orçavam em R$ 1.000,00 cada,
enquanto que o veículo locado para o Gabinete do Prefeito custou aos cofres públicos
R$ 4.000,00 mensais. Com isso, a Auditoria considerou uma afronta aos princípios basilares
que devem ser seguidos pelo Administrador Público.

8) Contribuições previdenciárias não repassadas à Receita Federal


No que tange às contribuições previdenciárias, o defendente reconheceu a falha e informou que
pediu parcelamento da dívida com o Instituto Nacional de Seguridade Social para regularização
do débito apontado.

9) Processo licitatório que apresenta irregularidades


A Auditoria considerou irregular o processo de licitação, convite n'' 03112006 por constar nele
termos genéricos em seu objeto, além de não constarem as especificações do veículo locado e
também os documentos necessários para habilitação dos participantes.

O Ministério Público veio aos autos e opinou pela emissão de Parecer Contrário à aprovação
das contas em apreço, pugnou pelo atendimento integral às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal, e pela comunicação à Receita Federal do Brasil referente ao não
recolhimento das contribuições previdenciárias e pela recomendação no sentido de evitar toda e
qualquer ação administrativa que venha macular as contas da gestão municipal.

É o relatório, informando que o interessado e o seu representante legal foram notificados da


inclusão do processo na pauta desta sessão.

Em, 25 de março de 2009.

AUDITOR OSCAR MAM1lfjJ,;,s,vrt


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Processo TC nO02423/07

Sobre as irregularidades remanescentes, passo a comentar:

a) Quanto à publicação dos RGF e do REO, entendo que foi cumprido o art. 48 da LRF, pois o
defendente comprovou que foram publicados no Órgão Oficial do Município os referidos
instrumentos de transparência da gestão fiscal;
b) Já que a LRF tem como pressuposto basilar o equilíbrio das contas públicas, deve o Gestor
planejar as suas ações no sentido de prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o
resultado da gestão fiscal responsável, evitando assim, os déficits de execução orçamentária;
c) Com relação às despesas realizadas sem licitação, entendo que essa falha pode ser relevada,
tendo em vista que os gastos com combustíveis e locação de veículos para transportes de
estudantes estão amparados pelo art. 24, inciso V, da Lei 8.666/93, como dispensa de licitação.
Em face de que foram intentadas licitações com este objeto, no entanto não acorreram
interessados e foram consideradas desertas, as demais despesas, ou seja, aquisição de gás de
cozinha e serviços de assessoria administrativa, ficaram próximos ao limite dispensável. Quanto
às falhas referentes à não apresentação do processo de licitação, em tempo hábil, e o processo
na modalidade convite, considerado irregular pela Auditoria, entendo serem formais e que as
falhas apontadas não trazem repercussão negativa às contas em apreço;
d) O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEF, é um colegiado, cuja função
principal, segundo o art. 4° Lei 9.424/96, é proceder ao acompanhamento e controle social
sobre a repartição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo em cada esfera
Municipal, Estadual ou Federal. Dessa forma, deve o Gestor observar essa norma e implantar
definitivamente esse Conselho;
e) Concernente aos gastos com veículos e máquinas, inclusive combustíveis, essa Corte de Contas
já baixou Resolução Normativa que trata desse assunto, cabendo ao gestor cumprir o que foi
determinado nela;
1) No que tange às contribuições previdenciárias, entendo que essa irregularidade está sanada, pois
o interessado acostou aos autos o Termo de Parcelamento de Dívida Fiscal, compreendendo
todo o exercício de 2006, porém sugiro ao Gestor que evite essa prática, pois esses débitos
geram multas e juros para os cofres públicos.

Em conclusão, como as irregularidades remanescentes não comprometem a lisura das


contas, proponho que este Tribunal:

1. Emita PARECER FAvonx VEL à aprovação das contas do Prefeito Municipal de


Diamante, SI. Hércules Barros Mangueira Diniz, relativas ao exercício de 2006,
encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, ressalvando
de que essa decisão decorreu do exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo
suscetível de revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante diligências especiais deste
Tribunal, vierem a interferir de modo fundamental nas conclusões alcançadas;
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Processo TC n° 02423/07

2. Recomende a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não repetição das
falhas ora debatidas, e a realização de um controle mais efetivo com relação aos veículos,
conforme determinam as Resoluções Normativas desta Corte de Contas;

É a proposta, em 25 de março de 2009.

AUDITOR OSCAR ~A~TIAGO MELO


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