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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


PROCESSO TC 2.437/07

Prestação de Contas do Prefeito Municipal de


Amparo, Senhor João Luis de Lacerda Junior,
relativa ao exercício financeiro de 2006 - Parecer
favorável - Atendimento integral aos dispositivos da
LRF

PARECER PPL TC N° J 3 /09


o
Processo TC nO 2.437/07 trata da Prestação de Contas
apresentada pelo atual Prefeito do Município de Amparo, Sr. João Luis de
Lacerda Júnior, relativa ao exercício financeiro de 2006.

CONSIDERANDO que a douta Auditoria, após analisar reiteradamente


os documentos que instruem os presentes autos, inclusive a defesa
apresentada por aquele gestor, e realizar inspeção "in loco" naquele município,
apontou a ocorrência das seguintes irregularidades:
1) Falta de comprovação da publicação dos REO e dos RGF do exercício;
2) Abertura de créditos especiais sem autorização legislativa no montante
de R$ 350A35,93;
3) Excesso de gastos com combustível no montante de R$ 21.920,92;
4) Pagamento indevido de diárias no montante de R$ 1.825,00;
5) Despesas indevidas com veículo locado no montante de R$ 3.106,00;
6) Despesas empenhadas incorretamente, descumprindo o regime de
competência, no montante de R$ 199.639,72;
7) Indícios de superfaturamento na aquisição de veículo no montante de
R$ 10.000,00;
8) Despesas não comprovadas com recursos do FUNDEF no montante de
R$ 1.568,55;
9) Não apresentação dos comprovantes de recolhimento de despesa extra-
orçamentária com o INSS no montante de R$ 101.784,86.

CONSIDERANDO que o Ministério Público junto a esta Casa


constatou não ter a despesa empenhada ultrapassado o limite dos créditos
especiais autorizados pelo Poder Legislativo;

CONSIDERANDO que aquele órgão ministerial entendeu não sere


os critérios adotados pelo Órgão Técnico deste Tribunal suficientes para
demonstrar haver excesso de gastos com combustível;

CONSIDERANDO que, no entendimento do Parquet, as despesas


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com locação de veículo atenderam às normas contidas em contrato especifico; cJ-/'
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CONSIDERANDO que, segundo o representante ministerial, não há
nos autos prova demonstrando a efetiva ocorrência de gastos excessivos com
diárias e suposto superfaturamento na aquisição de veículo.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.437/07

CONSIDERANDO que, em razão desses fatos, o Ministério Público


Especial, pugnou pelo:
a. Declaração do atendimento parcial aos requisitos da gestão
fiscal responsável, previstos na LC 101/00;
b. Emissão de Parecer contrário à aprovação das contas anuais
de responsabilidade do Sr. João Luis de Lacerda Júnior,
Prefeito Municipal de Amparo, relativas ao exercício de
2006;
c. Irregularidade das despesas não comprovadas com recursos
do FUNDEF, no valor de R$ 1.568,55;
d. Irregularidade das despesas junto ao INSS no valor de
R$ 101.784,66;
e. Regularidade das demais despesas ordenadas;
f. Representação ao órgão previdenciário sobre o fato
relacionado às contribuições previdenciárias;
g. Recomendação de diligências no sentido de prevenir a
repetição das falhas acusadas no exercício de 2006;

CONSIDERANDO que a douta Auditoria, atendendo determinação do


Relator e com base nos ditames da Resolução Normativa TC OS/2005, efetuou
novos cálculos em relação ao consumo de combustível e retificou o valor
inicialmente apontado para R$ 34.178,94;

CONSIDERANDO que, conquanto tenha sido a autoridade


responsável notificada para apresentar esclarecimentos quanto a este novo
valor apurado, ela não trouxe aos autos qualquer nova justificativa;

CONSIDERANDO que o Relator entende haver sido dada a devida


publicidade aos REü e RGF, através da publicação realizada, segundo
informações do Gestor e declaração do Secretário de Administração do
Município, no átrio da Prefeitura Municipal, no mural da Câmara Municipal e no
Mural da Secretaria de Agricultura;

CONSIDERANDO que, segundo o Relator, os referidos relatórios


foram homologados pela Secretaria do Tesouro Nacional, não apresentando
falhas ou incompatibilidades;

CONSIDERANDO que, de acordo com o Relator, o montante de


créditos especiais cuja abertura foi autorizada pelo Poder Legislativo municipal
superou em apenas R$ 435,93 os efetivamente utilizados, podendo, desta
forma, ser relevada a falha em comento.
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y 2
PROCESSO TC 2.437/07

CONSIDERANDO ainda que, consoante o Relator, a despesa


empenhada durante o exercício situou-se abaixo do limite de créditos
ordinários e especiais autorizados pelo Orçamento Municipal;

CONSIDERANDO que, consoante o Relator, as despesas realizadas


com veículo locado pela edilidade estavam previstas em contrato previamente
firmado;

CONSIDERANDO que, no entendimento do Relator, não foi


comprovada a ocorrência de gastos excessivos com diárias, superfaturamento
na aquisição de veículo, bem como a existência de despesas não
comprovadas com os recursos do FUNDEF, existindo apenas indícios do
cometimento de tais falhas.

CONSIDERANDO que, segundo o Relator, encontram-se nos autos


extratos bancários, demonstrando o recolhimento compulsório ao INSS do
valor em relação ao qual a douta Auditoria indica não haver sido comprovado o
recolhimento;

CONSIDERANDO que o único fato capaz de macular as presentes diz


respeito aos gastos excessivos com combustível, podendo, no entendimento
do Relator, excepcionalmente ser relevado, em razão de os demais aspectos
ora examinados estarem dentro de uma razoável regularidade, sem prejuízo de
se recomendar ao Administrador Municipal que atente para o princípio da
economicidade quando da realização de despesas desta espécie;

CONSIDERANDO a situação de equilíbrio financeiro demonstrada ao


final do exercício, o encaminhamento dos REO e RGF a este Tribunal dentro
dos prazos regulamentares, bem como a obediência aos artigos 19 e 20 da Lei
de Responsabilidade Fiscal.
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CONSIDERANDO que as aplicações em Magistério, em Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino e em Ações e Serviços de Saúde atenderam d
forma satisfatória os índices exigidos pela legislação aplicável.

CONSIDERANDO que a edilidade realizou todos os procedimentos


licitatórios aplicáveis às despesas realizadas, bem como não houve falta de
retenção ou recolhimento das verbas previdenciárias no decorrer do exercício
em análise.

CONSIDERANDO o Relatório e o Voto do Relator, o pronunciamento do


Órgão de Instrução, o Parecer escrito e oral do Ministério Público junto a esta
Corte e o mais que dos autos consta;

r 3
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.437/07

DECIDEM os Conselheiros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


DA PARAíBA, na sessão realizada nesta data, por unanimidade de votos em:

1. Emitir Parecer Favorável à aprovação das Contas apresentadas pelo


Sr. João Luis de Lacerda Júnior, Prefeito do Município de Amparo,
relativas ao exercício financeiro de 2006.
2. Emitir Acórdão, em separado:

a) Declarando o atendimento integral às exigências da Lei de


Responsabilidade Fiscal, relativamente ao exercício de 2006;
b) Recomendando à Administração Municipal a prevenir a
repetição das falhas apontadas no exercício de 2006, sob
pena da desaprovação de contas futuras, além da aplicação
de outras cominações legais pertinentes, inclusive multa.

Presente ao julgamento a Exma. Senhora Procuradora Geral.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

TC - PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRIPINO

João Pessoa, ti Y de /VY1úA f4J de 2009.

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ANTONIO OSÉ MARQUES MARIZ


Con ~ Conselheiro Relator

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.437/07

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FÁBIO TÚLlO FlúiUEIRAS NOGUEIRA
Conselheiro

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I PROCESSO TC 02437/07.
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[RELATÓ]!q

Sr. Presidente, Srs. Conselheiros, douta Procuradora Geral, Srs. Auditores.

o Processo em pauta trata da Prestação de Contas apresentada


pelo Prefeito reeleito do Município de AMPARO, Sr. João Luis de Lacerda
Júnior, relativa ao exercício financeiro de 2006.

A Auditoria desta Corte ao analisar os documentos constantes na


PCA, bem como a documentação colhida em inspeção "in loco" no Município,
realizada no período de 18 a 20 de fevereiro de 2008, evidenciou, em relatório
inicial de fls. 1573/1582, as observações a seguir resumidas:

1. A Prestação de Contas foi encaminhada ao Tribunal no prazo legal.


2. O Orçamento para o exercício, aprovado por Lei Municipal, estimou a Receita
e fixou a Despesa em R$ 4.468.530,00, bem como autorizou a abertura de
créditos adicionais suplementares equivalentes a 50 % da despesa fixada.
3. No decorrer do exercício foi autorizada a abertura de créditos adicionais
especiais no montante de R$ 80.000,00.
4. A Receita Orçamentária Total Arrecadada somou R$ 4.712.112,79 para uma
Despesa Orçamentária Realizada de R$ 4.352.393,69, gerando, na execução
orçamentária, um superávit correspondente a 2,47 % da receita orçamentária
arrecadada.
S. O Balanço Financeiro registrou um saldo para o exercício seguinte de
R$ 363.273,91, sendo 99,91 % deste valor registrado em "Bancos".
6. O Balanço Patrimonial apresentou déficit no valor de R$ 983,30.
7. A Dívida Municipal registrada ao final do exercício, equivalente a 18,34 % da
receita orçamentária total arrecadada, importou em R$ 865.654,65,
representada, em sua maioria (56,60%), pela Dívida Fundada.
8. Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 518.555,05,
correspondendo a 11,91 % da Despesa Orçamentária Total. Deste total foi
pago, no exercício, o montante de R$ 402.161,41, do qual R$ 320.436,59 com
recursos estaduais e R$ 81.724,52 com recursos próprios.
9. Houve regularidade no pagamento da remuneração do Vice-Prefeito, enquanto
o Prefeito optou por receber a remuneração do cargo de médico que já
ocupava no Estado.
10. No tocante as despesas condicionadas:

• As aplicações dos recursos do FUNDEF em remuneração e


valorização do Magistério alcançaram o percentual de 80,43 %,
atendendo ao disposto na legislação aplicável.

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Processo TC 2437/07 - PCA PM Amparo, exercício 2006.


• Os gastos com MDE corresponderam a 32,10 % da receita de
impostos e das transferências recebidas, situando-se acima do
mínimo constitucionalmente exigido.
• As aplicações em Ações e Serviços Públicos de Saúde
corresponderam a 15,34 % da receita de impostos e transferências,
atendendo, portanto, a disposição constitucional.

11. Gastos com Pessoal correspondendo a 48,92 % e 45,07 % da Receita


Corrente Líquida, obedecendo aos limites de 60% e 54%, respectivamente,
estabelecidos nos artigos 19 e 20 da LRF.
12. Os repasses realizados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo situaram-se
dentro do previsto nos incisos I e 111, § 2° art. 29-A da Constituição Federal.
13. Os REO e RGF do exercício foram encaminhados ao Tribunal dentro dos
prazos legais.
14.0 Município não possui Regime Próprio de Previdência.
15. Não há registro de denúncias sobre irregularidades ocorridas no exercício de
2006.
Em razão das irregularidades inicialmente apontadas pela Auditoria
desta Corte, o Prefeito foi notificado e apresentou, através de seu patrono, a
defesa de fls. 1587/1660, fazendo juntada de documentos.
Após análise da defesa apresentada, a Auditoria, em relatório de
fls. 1701/1713, entendeu que remanesceram às seguintes irregularidades:

1) Quanto à Gestão Fiscal:


a) Falta de comprovação da publicação dos REO e dos RGF do exercício.

2) Quanto à Gestão Geral:


a) Abertura de créditos especiais sem autorização legislativa no montante de
R$ 350.435,93.
b) Excesso de gastos com combustível no montante de R$ 21.920,92.
c) Pagamento indevido de díárias no montante de R$ 1.825,00.
d) Despesas indevidas com veículo locado no montante de R$ 3.106,00.
e) Despesas empenhadas incorretamente, descumprindo o regime de
competência, no montante de R$ 199.639,72.
f) Indícios de superfaturamento na aquisição de veículo no montante de
R$ 10.000,00.
g) Despesas não comprovadas com recursos do FUNDEF no montante de R$
1.568,55.
h) Não apresentação dos comprovantes de recolhimento de despesa extra-
orçamentária com o INSS no montante de R$ 101.784,86.

Instado a se pronunciar nos autos, o Órgão Ministerial junto a este


Tribunal, em parecer de fls. 1715/1723, registrou que:

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• O total de créditos autorizados pelo Legislativo alcançou o montante de
R$ 6,6 milhões, enquanto a despesa empenhada situou-se na casa de
R$ 4,3 milhões, situação compatível com a previsão orçamentária e que
não aponta para um desequilíbrio financeiro.

I-Pág. 02/06j

Processo Te 2437/07 - PCA PM Amparo, exercício 2006.


• Os parâmetros utilizados pela Auditoria para apontar o excesso de
combustível não se revestem de prova suficiente para caracterizar a
irregularidade da despesa.
• No tocante as despesas indevidas com veículo locado pela edilidade todas
foram feitas em conformidade com a previsão contratual existente entre as
partes.
• Em relação aos gastos excessivos com diárias não restou evidenciada
prova concreta da materialidade da irregularidade, bem como em relação
ao superfaturamento na aquisição de veículo.
Feitas as devidas considerações o representante do Ministério
Público opinou no sentido de que este Tribunal:
a) Declare o atendimento parcial dos requisitos da gestão fiscal responsável,
previstos na LC 101/00.
b) Emita Parecer Contrário à Aprovação das contas anuais de
responsabilidade do Sr. João Luis de Lacerda Júnior, Prefeito Municipal
de Amparo, relativas ao exercício de 2006.
c) Julgue irregulares as despesas não comprovadas com recursos do
FUNDEF, no valor de R$ 1.568,55, e aquelas junto ao INSS no valor de
R$ 101.784,66, com imputação pessoal destes valores ao Gestor
Municipal.
d) Julgue regulares as demais despesas ordenadas.
e) Represente ao órgão previdenciário o fato relacionado às contribuições
previdenciárias.
f) Recomende diligências no sentido de prevenir a repetição das falhas
acusadas no exercício de 2006.

O Relator determinou o agendamento do presente processo para


sua apreciação na sessão plenária de 03 de dezembro do ano passado, quando,
na oportunidade, retirou os autos da pauta de julgamento, com baixa à Auditoria
para que esta procedesse ao levantamento do excesso de gastos com
combustíveis, apontado como irregularidade no processo, considerando, para
tanto, as despesas realizadas e os consumos informados a este Tribunal,
referentes aos meses de abril a dezembro de 2006, tendo em vista que os efeitos
da Resolução Normativa TC OS/2005 iniciaram-se a partir do mês de abril daquele
ano.
Em Complementação de Instrução, fls. 1731, o Órgão Técnico de
Instrução, após proceder aos cálculos solicitados, apontou um novo valor para o
excesso de combustíveis no montante de R$ 34.178,94. Em razão de que o novo
valor do excesso foi superior ao anteriormente apontado nos autos, o Relator
determinou a renotificação do Prefeito de Amparo e de seu advogado, não
havendo, depois de esgotado o prazo regimental, qualquer manifestação dos
notificados.

O processo não retornou ao douto Ministério Público junto a esta


Corte, sendo agendado para a presente sessão e realizadas as notificações de
praxe.

É o Relatório.

Processo Te
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2437/07 - PCA PM Amparo, exercício 2006.


[VOTO DO RELATOR]

Em relação às irregularidades remanescentes nos presentes autos,


antes de proferir o meu voto, entendo que devem ser considerados os seguintes
aspectos:

• Quanto à falta de comprovação da publicação dos REO e dos RGF,


verifica-se, segundo informações do Gestor e declaração do Secretário de
Administração do Município, que os instrumentos em questão foram
publicados no átrio da Prefeitura Municipal, no mural da Câmara Municipal
e no Mural da Secretaria de Agricultura, atendendo, portanto, ao princípio
da publicidade. Além disso, é possível verificar, no site da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN), por meio do Sistema de Coleta de Dados
Contábeis dos Estados e Municípios (SISTN), que todos os REO, RGF e o
próprio Balanço Anual de 2006, referentes ao Município de Amparo, já
foram homologados pela STN, não apresentando falhas ou
incompatibilidades.

• Em relação à abertura de créditos adicionais especiais sem autorização


legislativa, no valor de R$ 350.435,93, a defesa acostou aos autos, às f/s.
1.600, a Lei Municipal n" 28, de 16 de junho de 2006, que autorizou o
Poder Executivo Municipal a abrir créditos especiais no montante de R$
430.000,00, com o objetivo de viabilizar o atendimento às despesas com a
construção de um Hospital. Com o acatamento da referida Lei, restaram
créditos especiais abertos sem autorização legislativa na importância
desprezível de R$ 435,93, podendo a falha, assim, ser relevada. Ademais,
verifica-se, em termos gerais, que o Orçamento do Município contemplou
autorizações para créditos ordinários e adicionais no montante de 6,6
milhões, enquanto a despesa empenhada no exercício situou-se em R$ 4,3
milhões .

• Quanto às despesas realizadas com veículo locado pela edilidade, tocante


a troca de óleo e filtros e com revisões preventivas, no valor de R$
3.106,00, e que foram consideradas indevidas no entender do Órgão de
Instrução desta Corte, verifica-se, nos documentos acostados aos autos
(fls. 1624/1626), que o contrato realizado entre as partes continha tal
previsão, portanto, a falha apontada cinge-se à mera formalidade
identificada entre o ato contratual e o respectivo processo licitatório.

• Em relação aos gastos excessivos com diárias e ao superfaturamento na


aquisição de veículo não restou evidenciada uma comprovação cabal dos
fatos identificados, aliás, como registra a Auditoria, existem indícios do
cometimento de tais falhas. De forma similar o Órgão Técnico, em seus
relatórios, não caracterizou apropriadamente as despesas consideradas
como não comprovadas com os recursos do FUNDEF, restando, pois ao
Relator, decidir pela relevação de tais falhas.
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Processo TC 2437/07 - PCA PM Amparo, exercício 2006


• Quanto à não apresentação dos comprovantes de recolhimento de
despesa extra-orçamentária junto ao INSS, no valor de R$ 101.784,86,
verifica-se, nos autos, que a Defesa apresentou extratos bancários onde se
constata que o valor apontado foi recolhido compulsoriamente das contas
bancárias da Prefeitura, não ficando, portanto, caracterizada a falha
apontada.

• Por fim, no tocante aos gastos supostamente excessivos na aquisição de


combustíveis, mas especificamente na aquisição de gasolina, no montante
de R$ 34.178,94, a defesa admitiu que informações equivocadas foram
colocadas nos SAGRES, motivando, assim, o suposto excesso.
Considerando que esta seria a única irregularidade que poderia macular as
contas sob exame, e, ainda, que os demais aspectos da Prestação de
Contas estão dentro de uma razoável regularidade, o Relator, entende, em
caráter excepcional, pela relevação da falha apontada, sem qualquer
imputação da responsabilidade ao Gestor por estes gastos, sem prejuízo,
entretanto, de se recomendar ao Administrador Municipal que atente para o
Princípio da Economicidade, quando da realização de despesas da
espécie.

Feitas estas observações, e,

Considerando a situação de equilíbrio financeiro demonstrada ao


final do exercício, o encaminhamento dos REO e RGF a este Tribunal dentro dos
prazos regulamentares, bem como a obediência aos artigos 19 e 20 da Lei de
Responsabilidade Fiscal.

Considerando, também, que as aplicações em Magistério, em


Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e em Ações e Serviços de Saúde,
alcançaram, respectivamente, os percentuais de 80,43%, 32,10% e 15,34 % das
respectivas receitas-bases, em todos os casos atendendo de forma satisfatória os
índices exigidos pela legislação aplicável.

Considerando, por fim, que a edilidade realizou todos os


procedimentos licitatórios aplicáveis às despesas realizadas, bem como não
houve falta de retenção ou recolhimento das verbas previdenciárias no decorrer
do exercício em análise.

o Relator, discordando, data verua, do entendimento do Órgão


Ministerial, vota no sentido de que este Tribunal:

1) Emita Parecer Favorável à aprovação das Contas apresentadas pelo Sr.


João Luis de Lacerda Júnior, Prefeito reeleito do Município de Amparo,
relativas ao exercício financeiro de 2006.

2) Emita Acórdão, em separado, declarando o atendimento integral às


exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal, relativamente ao exercício de
2006.

IPág. 05/06")

Processo TC 2437/07 - PCA PM Amparo, exercício 2006.


3) E, finalmente, recomende à Administração Municipal no sentido de prevenir a
repetição das falhas apontadas no exercício sob exame, sob pena da
desaprovação de contas futuras, além da aplicação de outras cominações
legais pertinentes, inclusive multa.

É o Voto.
Em 04 de março de 200~.
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se ..arques Mariz
Cons. Relator

GAB. JMM/FCP.

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Processo TC 2437/07 - PCA PM Amparo, exercício 2006

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