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TRIBUNAL DE CONTAS DO EST.~DO

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PROCESSO TC N° 02018/07 I '\ 1"1. 1/2

Administração Indireta Estadual. Instituto de

Assistência à Saúde do Servidor - IPEP. Prestação de
Contas Anuais do Ex-superintendente José Romero de
Almeida Ferreira, exercício de 2006. Julga-se regular.

ACÓRDÃO APL TC,{ 69 12009

1. RELATÓRIO
o presente processo trata da prestação de contas anuais do Instituto de Assistência à Saúde do
Servidor - IPEP, relativa ao exercício financeiro de 2006, de responsabilidade do Ex-superintendente José
Romero de Almeida Ferreira.
A Equipe de Instrução desta Corte, após a análise da documentação encaminhada, emitiu o relatório
inicial de fls. 413/429, com as principais observações a seguir resumidas:
1. a prestação de contas foi encaminhada ao Tribunal dentro do prazo legal e devidamente instruída;
2. o Instituto de Assistência à Saúde do Servidor - IPEP é uma Autarquia Estadual, dotada de
personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira, possuindo sede na capital do Estado
e atuação em todo o território estadual;
3. a previsão orçamentária da receita foi de R$ 200.000,00, tendo sido arrecada a importância de R$
48.073,65, referente a Receita Tributária (Taxa por Prestação de Serviços - R$ 34.610,23), Receita
Patrimonial (Receita de Dividendos - R$1.667,94 e Remuneração de Depósitos Bancários - R$
9.221,27) e Outras Receitas Correntes (R$ 2.574,21);
4. a fixação orçamentária da despesa foi de R$ 15.763.098,00 (Lei nO7944/06), tendo sido realizada a
importância de R$ 24.073.891,16, distribuída entre Despesas Correntes e de Capital nas
respectivas proporções de 99,64% e 0,36%;
5. a execução orçamentária resultou em um deficit de R$ 24.025.817,33, decorrente, em sua maior
parte, do registro extraorçamentário das transferências recebidas do Governo do Estado, que
somaram R$ 23.691.055,11, conforme disciplinado no art. 7° da Portaria Interministerial n°
163/2001;
6. no decorrer do exercício, foram abertos créditos adicionais, no valor de R$ 12.294.068,00, bem
como foram anuladas dotações na importância de R$ 3.628.842,00;
7. o Balanço Financeiro, fls. 52/53, apresenta saldo do exercício anterior, no valor de R$ 336.416,52,
e para o subsequente, na importância de R$ 368.822,30;
8. no tocante aos aspectos operacionais, o Instituto realizou atendimentos em sua sede e nas demais
agências do interior do Estado, observando-se um acréscimo, em João Pessoa, de 9,3% em
relação ao exercício anterior, e, no interior do Estado, um decréscimo de 1,26%, também em
relação ao mesmo período, sem o funcionamento das Agências de Sousa e Sapé;
9. quanto aos serviços prestados pela rede credenciada, verifica-se um decréscimo de 19,94% em
todo o Estado, comparados ao exercício anterior;
10. não há restrições quanto aos gastos com pessoal;
11. não há registro de denúncia abrangendo o exercício em exame;
12. por fim, destacou as seguintes irregularidades:
...•
12.1. o saldo financeiro para o exercício seguinte, no valor de R$ 368.822,30, é insuficiente para
coberturados restosa pa9~aram R$ 2.730.184,49,descumprindoo disposto no f
JGC
 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO Te N° 02018/07 FI. 2/2

art. 1°, § 1°1,da Lei de Responsabilidade Fiscal, no que diz respeito à prevenção de riscos e
ao equilíbrio das contas públicas;
12.2. cancelamento de restos a pagar processados, mascarando a real situação financeira da
entidade e burlando dispositivos da LRF; e
12.3. inconsistência no Balanço Patrimonial, configurada pelo registro de valores na conta "Bens
para Revenda", tendo em vista a inexistência de bens na autarquia com essa finalidade;
12.4. ausência de contratos celebrados com a rede credenciada.
Diante das irregularidades anotadas no item "12", o gestor, regularmente notificado, apresentou
justificativas e documentos que, segundo a Auditoria, fls. 564/566, 609/610,1906/1907, lograram sanar as falhas
indicadas, exceto quanto ao cancelamento de restos a pagar processados, cujo teor da defesa aponta para ato
emanado do Chefe do Poder Executivo Estadual, através do Decreto nO25.666, de 30 de dezembro de 2004.
Instado a se manifestar, o Ministério Público junto ao TCE·PB emitiu o Parecer n° 339/2009, da lavra
do d. Procurador André Carlo Torres Pontes, pugnando pela regularidade da prestação de contas em exame,
visto que "o cancelamento de restos a pagar independe da ação do gestor titular das presentes contas, mas de
decreto editado pelo Governador do Estado, cujas contas de 2006 já foram apreciadas".
2. PROPOSTA DE DECISÃO DO RELATOR
O Relator acompanha o Parecer ministerial, propondo aos Conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado que julguem regular a prestação de contas em exame.
3. DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO
Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC nO02018/07, ACORDAM os membros do
Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, nesta sessão de julgamento, por unanimidade, em JULGAR
REGULAR a prestação de contas do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor - IPEP, relativa do exercício
financeiro de 2006, de responsabilidade do Ex-superintendente José Romero de Almeida Ferreira.
Publique-se.
Sala das Sessões do TCE-PB - ária Ministro João Agripino.
João Pessoa, 18 m rço de 2009.

)ÇIttâID~~~ndo Diniz Filho

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Procuradora Geral do
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Ministério Público junto ao TCE/PB

1 Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo
no Capitulo 11do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras,
dividas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos
a Pagar.

JGC