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TRIBUNAL DE CONTAS DO ES

Ar êre'~r'I do Tribunal pleno

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PROCESSO TC 2.013/07

Prestação de Contas do Prefeito Municipal de


Desterro, Senhor Dílson de Almeida, relativa ao
exercício financeiro de 2006 - Parecer Favorável -
Atendimento parcial aos dispositivos da LRF -
Aplicação de multa - Assinação de prazo

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o Processo TC 2.013/07 trata da Prestação de Contas apresentada


pelo atual Prefeito do Município de Desterro, Sr. Dílson de Almeida, relativa
ao exercício financeiro de 2006.

CONSIDERANDO que a Auditoria desta Corte, após analisar os


documentos que instruem o presente processo, inclusive a defesa apresentada
por aquele gestor, concluiu subsistirem as seguintes irregularidades:

1) Não comprovação da publicação dos REO e RGF do exercício em órgão


de imprensa oficial;
2) Irregularidades em processos licitatórios realizados pelo Município;
3) Despesas sem licitação no montante de R$ 838.245,37;
4) Diferença no valor de R$ 4.738,69 entre o saldo contábil apurado e o
saldo bancário conciliado da conta do FUNDEF no final do exercício;
5) Não empenhamento e não repasse ao INSS das obrigações
previdenciárias patronais, no valor de R$ 295.132,30;
6) Quadro de funcionários contratados, contrariando o princípio do
concurso público.

CONSIDERANDO que, segundo o Ministério Público Especial, as


irregularidades relativas à ausência de divulgação de relatórios da gestão fiscal
e de execução orçamentária, a irregularidades encontradas em alguns
processos licitatórios e à realização de algumas despesas sem o devido
procedimento licitatório ensejam recomendações em busca da correta
aplicação das leis vigentes;

CONSIDERANDO que, de acordo com o órgão ministerial, deve ser


devolvido à conta do FUNDEF, com recursos municipais de outras fontes, o
montante aplicado com desvio de finaIi1\e;
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.013/07

CONSIDERANDO que, quanto ao não empenhamento e não repasse


de obrigações patronais ao INSS, aduz o Parquet constar na página eletrônica
do Ministério da Previdência e Assistência Social certidões atestando a
regularidade do Município de Desterro perante o órgão previdenciário ao final
do exercício financeiro de 2006;

CONSIDERANDO que, em relação à irregularidade na gestão de


pessoal, o Ministério Público junto a esta Corte entende ser necessária a
assinação de prazo para o restabelecimento da legalidade;

CONSIDERANDO que, em razão desses entendimentos, o orgao


ministerial pugnou pela: (a) emissão de parecer favorável à aprovação das
contas; (b) declaração de atendimento parcial às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal; (c) regularidade com ressalvas das despesas à
margem da lei de licitações, sem imputação de débito em razão da falta de
indicação de danos materiais ao erário; (d) regularidade das demais despesas
ordenadas; (e) aplicação de multa ao Prefeito por infrações à Lei de Licitações,
com base na Constituição Federal e na Lei Orgânica do Tribunal; (f) assinação
de prazo para restituição à conta do FUNDEB, com recursos do próprio
Município, do valor referente à diferença apontada no saldo da conta do então
FUNDEF; (9) assinação de prazo para o restabelecimento da legalidade do
quadro de pessoal; (h) comunicação à Receita Federal dos fatos relacionados
às contribuições previdenciárias; e, finalmente (i) recomendação à
Administração Municipal no sentido de prevenir a repetição das falhas
apontadas no exercício de 2006.

CONSIDERANDO que, segundo o Relator, as irregularidades


significativas que remanesceram no presente processo referem-se à não
realização de procedimentos licitatórios para despesas, no montante de R$
838.245,37, e ao não empenhamento e não repasse ao INSS das obrigações
previdenciárias patronais, no valor de R$ 295.132,30.

CONSIDERANDO que, em relação às despesas não licitadas, o


Relator acompanha o entendimento exarado pelo douto Ministério Público
junto a este Tribunal, porquanto a Auditoria não apontou qualquer excesso de
preço ou falta de fornecimento dos bens e serviços correspondentes.

CONSIDERANDO que as falhas apontadas nos processos licitatórios,


conquanto não maculem as contas apresentadas, justificam, na opinião do
Relator, aplicação de multa pessoal ao Gestor Municipal por infringência a
dispositivos da Lei nO8.666/93.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.013/07

CONSIDERANDO que, no atinente à irregularidade relacionada ao não


empenhamento e não repasse de contribuições previdenciárias patronais ao
INSS, o Relator acompanha integralmente o posicionamento do Órgão
Ministerial, no sentido de que o fato apurado pela Auditoria não repercute
negativamente na apreciação das contas, cabendo, todavia, as devidas
recomendações à Edilidade e comunicação à receita Federal do Brasil dos
fatos apontados.

CONSIDERANDO que, no entender do Relator, as demais falhas


remanescentes não justificam a reprovação das contas.

CONSIDERANDO o Relatório e o Voto do Relator, o pronunciamento


do Órgão de Instrução, o Parecer escrito e oral do Ministério Público junto a
esta Corte e o mais que dos autos consta;

DECIDEM os Conselheiros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


DA PARAIBA, na sessão realizada nesta data, por unanimidade de votos, com
o impedimento declarado do Conselheiro Antônio Nominando Diniz Filho, em:

1. Emitir Parecer Favorável à aprovação das Contas apresentadas pelo


Sr. Dílson de Almeida, Prefeito do Município de Desterro, relativas ao
exercício financeiro de 2006;

2. Emitir, em separado Acórdão:

a. Declarando o atendimento parcial pelo referido Gestor às


exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal naquele
exercício;
b. Aplicando ao referido Gestor Municipal multa pessoal no valor
de R$ 2.805,10, pelas infrações à Lei das Licitações, com
base no art. 56, inciso", da Lei Orgânica deste Tribunal;
c. Assinando ao senhor acima identificado o prazo de 60
(sessenta) dias para o recolhimento da multa aplicada ao
tesouro Estadual à conta do Fundo de Fiscalização
Orçamentária e Financeira Municipal, devendo de tudo fazer
prova a esta Corte de Contas, informando-lhe ainda que, caso
não efetue o recolhimento voluntário, cabe ação a ser
impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, devendo-se dar
a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão
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da PGE, nos termos, do § 4° do art. 71 da Con~tituição;

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.013/07

d. Assinando o prazo de 60 (sessenta) dias para que


Administração Municipal restitua à conta específica do
FUNDEB, com recursos próprios da Edilidade, a importância
de R$ 4.738,69, referente à diferença apontada entre o saldo
contábil apurado e o saldo bancário conciliado da conta do
então FUNDEF;
e. Assinando o prazo de 90 (noventa) dias para que a Prefeitura
Municipal de Desterro restabeleça a legalidade quanto ao
quadro de funcionários contratados;
f. Comunicando à Receita Federal do Brasil os fatos
relacionados às contribuições previdenciárias;
g. Determinado que se recomende à Administração Municipal no
sentido de prevenir a repetição das falhas apontadas no
exercício de 2006, sob pena da desaprovação de contas
futuras, além da aplicação de outras cominações legais
pertinentes.

Presente ao julgamento a Exma. Senhora Procuradora Geral


em exercício.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

TC - PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRIPINO

de 2008.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.013/07

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Procuradora-Geral em exercício

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