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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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PROCESSO TC N° 2231/06
Poder Legislativo. Prestação de Contas Anuais. Município de Algodão
de Jandaíra, exercício de 2005. RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO
contra decisão consubstanciada no Acórdão APL-TC-668/2007.
Conhecimento do recurso. Não provimento.

RELATÓRIO:

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em 12/09/2007, analisou a Prestação de Contas Anuais do


Chefe do Poder Legislativo do Município de Algodão de Jandaíra, relativa ao exercício de 2005, de
responsabilidade do Senhor Vereador Aluíso Rafael dos Santos, emitindo o Acórdão APL-TC-668/2007,
publicado em 24/10/2007, com o seguinte teor:
I. julgar irregular a Prestação de Contas Anual, relativa ao exercício de 2005, da Câmara
Municipal de Algodão de Jandaíra, dado o não cumprimento do que dispõe o Parecer
Normativo PN-TC-52/2004;
11. considerar o atendimento parcial às exigências da LRF;
111. aplicar multa ao Sr. Aluísio Rafael dos Santos, no valor de R$ 1.402,55 (um mil, quatrocentos e
dois reais, cinqüenta e cinco centavos), com supedâneo no art. 56, inciso 111, da LOTCEIPB, por
infração grave à norma legal, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento
voluntário ao Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal;
IV. recomendar ao atual Presidente da Câmara Municipal de Algodão de Jandaíra, no sentido de
evitar qualquer ação administrativa que, venham macular as contas do Poder Legislativo
Municipal;
V. representar o INSS acerca do não recolhimento das contribuições previdenciárias devidas aos
agentes políticos.

Em 25/05/07, representando o Sr. Aluíso Rafael dos Santos, o Advogado Rodrigo dos Santos Lima
interpôs RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO contra a decisão consubstanciada no Acórdão supracitado,
meritoriamente argüindo apenas a constitucionalidade da contribuição previdenciária referente à
remuneração dos agentes políticos, alegando a inconstitucionalidade declarada pelo Supremo Tribunal
Federal.

O Relator recebeu nos autos a peça recursal e por se tratar de matéria eminentemente jurídica dispensou
a oitiva da Auditoria, encaminhado o álbum processual ao crivo do Órgão Ministerial, que, em sede de
parecer às fls. 166-169, da lavra da ilustre Procuradora Sheyla Barreto Braga de Queiroz, discorreu
juridicamente sobre os argumentos do recorrente opinando, preliminarmente, pelo conhecimento do
presente recurso de reconsideração, dadas a tempestividade, legitimidade e instrumentalidade e, no
mérito, pelo não provimento do pedido, a fim de se declarar indene a decisão consubstanciada no
Acórdão APL-TC-668/2007.
O processo foi agendado para esta sessão, com as notificações necessárias.

VOTO DO RELATOR:
Pelo que se pode abstrair da leitura do Parecer Ministerial e da análise da jurisprudência acerca da
matéria é de que a Lei n.? 9.506/97 confrontava o artigo art. 195, 11, da CF, na medida em que tornou,
segurado obrigatório do regime geral de previdência social, o exercente de mandato eletivo. Cabe
também destacar que o art. 13 da citada lei criou fonte nova de custeio da seguridade social, ferindo a
norma constitucional disposta nos art. 195, 11, e no art. 154, I, que determinava a instituição de novas
espécies contributivas apenas através de lei comPlementar.~
PROCESSO TC N° 2231/06 f1s.2

Com advento da E.C 20/98, foi modificado o art. 195, 11, da CF, permitido a instituição de contribuição
previdenciária para beneficiários da Previdência Social que não se enquadra na categoria
"trabalhadores". Sucedâneamente a edição da EC 20/98 foi publicada a Lei 10.887/04, possibilitando
juridicamente a obrigatoriedade de se instituir contribuição previdenciárias incidente sobre os subsídios
dos ocupantes de mandatos eletivos nas três esferas governamentais, desde que não vinculados a
regime próprio de previdência social. Assim, no exercício financeiro de 2005, os Vereadores do
município de Algodão de Jandaíra deveriam, nos termos constitucionais e legais, efetuar o recolhimento
das contribuições incidentes sobre a folha de pagamento dos edis daquela comuna.
Desta forma, acosto-me ao entendimento do Ministério Público Especial junto a este Tribunal de Contas,
votando pelo conhecimento do presente recurso, por estarem configurados os pressupostos da
tempestividade, da instrumentalidade e da legitimidade, e, no mérito, pelo seu não provimento, tendo em
vista que o recorrente não apresentou documentos ou argumentos juridicamente válidos que pudessem
modificar a decisão inicialmente prolatada.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO


Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC-2231/06, ACORDAM, à unanimidade, os
Membros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAíBA (TCE/Pb), em tomar conhecimento
do RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO acima caracterizado, por atendidos os pressupostos da
tempestividade, instrumentalidade e legitimidade e, no mérito, pelo seu não provimento, mantendo-se,
na íntegra, a decisão recorrida.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TCE-Plenário Ministro João Agripino

30 de 2008

Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira


Relator

Fui presente, !) ~ Ç) - .:.:


I "P..na Teresa
Nóbrega
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Procuradora Geral do Ministério Público junto ao TCE-Pb

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