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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


-- Pág. 01/06 --

P R O C E 550 TC-02.517/06
Administração indireta municipal. INSTITUTO DE
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DE
POÇO DE JOSÉ DE MOURA. Prestação de Contas
Anual, exercício de 2005. Irregularidade. Aplicação
de multa. Assinação de prazo a atual Prefeita e ao
gestor do instituto para que comprovem o
cumprimento dos requisitos constitucionais e
legais de funcionamento do referido sistema
previdenciário ou procedam à sua extinção, sob
pena de multa e glosa das despesas
administrativas, após esgotado o prazo.

1. RELATÓRIO
1.01. O Processo TC 02.517/06/ referente à PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL
(PCA), exercício de 2005/ do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS
SERIVORES PÚBLICOS DE POÇO DE JOSÉ DE MOURA, tendo como gestor o
Sr. LUCIANO OLIVEIRA DE FREITAS, foi examinado pela Auditoria deste
Tribunal, cujo relatório (fls. 87 a 94) observa, em resumo:
1.1.01. Apresentação no prazo em conformidade com a RN - TC -07/97.
1.1.01. O Instituto foi criado com natureza jurídica de Autarquia, pela Lei
Municipal nO. 88/2001/ tendo como objetivo prestar os seguintes
benefícios e serviços: a) quanto ao segurado: aposentadoria,
auxílio doença, salário família e maternidade; b) quanto aos
dependentes: pensão e auxílio reclusão, estando a referida lei
compatível com o que dispõe o art. 16 da Portaria nO. 4.992/99 e
do art. 5°. da Lei nO. 9.717/98/ no tocante aos benefícios
concedidos.
1.1.02. A referida lei também estabelece que os recursos financeiros do
instituto sejam provenientes de contribuições dos servidores
ativos, aposentados e pensionistas, na base de 10% e do
empregador, no percentual de 15%/ estando a alíquota dos
servidores em desacordo ao disposto no Art. 3°. da Lei Federal
9.717/98/ que determina alíquotas não inferiores as dos titulares
de cargos efetivos da União (atualment 11%)/ todavia o
relatório de atividades informa alíquot de contribuição dos
servidores e patronal de 1%.
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1.1.03. O total da receita arrecadada foi de R$146.570,56, representado


32,08% de contribuições, 22,33% referentes à receita
patrimonial e 45,59% de transferências, observando-se que
houve divergência de R$18.809,20, entre o montante da receita
registrado na PCAe o valor contabilizado nos balancetes mensais
(R$127.761,36).
1.1.04. Houve divergência nos registros das transferências
previdenciárias, referente à parte patronal e servidores.
1.1.05. As despesas realizadassomaram R$23.752,14, representadas por
despesa com pessoal e encargos sociais (49,76%) e outras
despesas correntes (50,24%), observando-se que, segundo o
demonstrativo de resultados da avaliação atuarial extraído do site
do Ministério da Previdência Social, a despesa projetada para
2005 foi de R$11,94, estando portanto a despesa empenhada
muito superior à projetada.
1.1.06. Houve empenho de despesa (R$5.748,35) sem especificação, a
título de outros benefícios previdenciários, o que contraria as
determinações da Portaria MPSnO.4.992/99.
1.1.07. Ocorreu superávit de R$122.818,42 decorrente da supremacia
das receitas sobre as despesas.
1.1.08. O balanço financeiro registra saldo para o exercício seguinte de
R$299.284,93.
1.1.09. O balanço patrimonial registra saldo de R$299.284,93. No ativo
permanente não foi registrada a dívida da Prefeitura para com o
instituto, tendo em vista que, calculando-se o valor das
contribuições devidas, segundo as alíquotas estabelecidas na Lei
88/2001, este soma R$236.190,05, enquanto o contabilizado foi
de R$113.844,00. Tal irregularidade também foi verificada nos
exercícios de 2003 e 2004.
1.1.10. Os extratos bancários (conta nO. 1.046-4) enviados na Prestação
de Contas e balancetes mensais, . icam como titular a
Prefeitura Municipal, o que contrari isposto no Art. 6°, inciso
11da Lei nO.9.717/9

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1.1.11.
Não foi encaminhada a este Tribunal a documentação solicitada
através do oficio Circular - TCE-DIAFI nO.01/06, impossibilitando
a análise da situação operacional do instituto, inclusive quanto ao
limite das despesasadministrativas.
1.1.12. Houve empenhamento de despesa fora do período de
competência, contrariando o disposto no Art. 35, inciso 111da Lei
nO.4.320/64.
1.1.13. Não foram encaminhados junto aos balancetes mensais, os
extratos bancários da conta aplicação referentes aos meses de
janeiro e novembro, bem como os documentos fiscais da despesa
com serviços de terceiros - pessoa jurídica impossibilitando a
verificação da efetiva retenção do ISS.
1.1.14. Não foi informado, nos autos, sobre a realização de
adiantamentos, licitações, contratos e convênios no exercício de
2005.
1.1.15. Não foi apresentado o Plano Atuarial referente ao exercício em
análise, descumprindo assim o Art. 10., inciso I da Lei nO.
9.717/98 e Art. 2°, inciso I da Portaria nO.4.992/99.
1.1.16. O Instituto está em situação irregular junto ao Ministério da
Previdência Social (MPS) com relação aos critérios: atendimento
no prazo de solicitação daquele ministério e demonstrativo
financeiro, verifica-se também que o último Certificado de
Regularidade Previdenciária do Instituto foi emitido em
15.03.2003 com validade até 11.02.2004.
1.1.17. Há divergência entre o total das receitas e despesas informado
na Prestação de Contas e o encaminhado ao MPS., bem como
das alíquotas estabelecidasna lei municipal.
1.02. Notificada, a autoridade responsável não veio aos autos para apresentar
defesa.

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I Pertencem ao exercício financeiro:


1- as receitas nele arrecadadas;
II- as despesas nele legalmente empenhadas.
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1.03. O Ministério Público junto ao Tribunal, por meio do Parecer na. 1.528/2007,
da lavra do Procurador ANDRÉ CARLO TORRES PONTES, opinou pela
irregularidade da Prestação de Contas; aplicação de multa; assinação de
prazo ao Poder Executivo e à gestão do IPMC para que comprovem o
cumprimento dos requisitos constitucionais e legais de funcionamento do
referido sistema previdenciário ou procedam à sua extinção, sob pena de
multa e glosa das despesas administrativas, após esgotado o prazo.
1.04. O processo foi incluído na pauta desta sessão, com notificação dos
interessados.

2. VOTO DO RELATOR
Devidamente notificado, o interessado não apresentou justificativas e
defesa, remanescendo assim todas as irregularidades apontadas pelo órgão
técnico deste Tribunal, a saber:
De responsabilidade da Prefeita AURILEIDE EGÍDIO DE MOURA
• Não encaminhamento de Projeto de Lei à Câmara Municipal, para
fins de adequar a alíquota de contribuição dos segurados com a
legislação previdenciária federal;
• Ausência de repasses regulares das contribuições previdenciárias;
• Divergência entre o montante das contribuições dos servidores e
patronal informado no SAGRESe o valor contabilizado pelo instituto.
De responsabilidade do Presidente do Instituto Sr. LUCIANO
OLIVEIRA DE FREITAS
• Omissão às imposições da legislação previdenciária federal
concernente à alíquota de contribuição dos segurados;
• Realização de despesas com outros benefícios previdenciários, em
desconformidade com a Portaria MPS na. 4.992/99;
• O titular da conta corrente do instituto é a Prefeitura Municipal de
Poço de José de Moura, descumprindo o que determina a Lei na.
9.717/98, art. 60, 11.
• Ausência do registro no balanço patrimonial dos créditos a receber.
• Falta de resposta ao ofício Circular na. 06 - TCE - DIAFI,
descumprindo o art. 42 da LOTCE, i s bilitando a análise da
situação operacional do inst uto, be co o o cálculo do percentual
das despesas administrati s.
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• Empenho de despesas fora do período de competência,


descumprindo a Lei nO. 4.320/64 , art. 35, 11.
• Não encaminhamento dos documentos fiscais que comprovem as
despesas com serviços de terceiros - pessoa jurídica,
impossibilitando, assim, a verificação da retenção do ISS.
• Não encaminhamento dos extratos bancários da conta de aplicação,
referentes aos meses de janeiro e novembro, descumprindo o art.
2°. da Resolução TC nO. 07/97;
• Ausência da Avaliação Atuarial referente ao exercício de 2005,
descumprindo o art. 1°., inciso I da Lei 9.717/98 e art. 2°., I, da
portaria nO. 4.992/99;
• Instituto sem Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP).
Pelo exposto, o Relator vota de acordo com o parecer do Ministério Público
junto ao Tribunal pela: a) irregularidade da Prestação de Contas, relativa ao
exercício de 2005; b) aplicação de multa ao Gestor, Senhor LUCIANO
ARAÚJO DE FREITAS, de R$2.80S,10 (dois mil, oitocentos e cinco reais e dez
centavos), com fundamento no artigo 56, inciso 11, da Lei Complementar nO 18,
de 13 de julho de 1993, ou Lei Orgânica do Tribunal, assinando-lhe o prazo de
60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário, sob pena de cobrança
executiva, desde logo recomendada; c) assinação do prazo de 60 (sessenta)
dias à atual Prefeita Municipal de Poço de José de Moura, Sra.
AURILEIDE EGIDIO DE MOURA, bem como ao gestor do Instituto para
que comprovem o cumprimento dos requisitos constitucionais e legais de
funcionamento do referido sistema previdenciário ou procedam à sua extinção,
sob pena de multa e glosa das despesas administrativas, após esgotado o prazo.

3. DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO
TC-D2.517jD6, os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DA PARAÍBA (TCE-Pb à unanim· fde, na sessão
realizada nesta data, ACÓRDÃO

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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I. Julgar irregular a PRESTAÇÃO DE CONTAS,relativa


ao exercício de 2005, do INSTITUTO DE
PREVIDÊNCIAE , ASSISTÊNCIADOS
, SERVIDORES
DO MUNICIPIO DE POÇOJOSE DE MOURA,sob a
Presidência do Senhor LUCIANO OLIVEIRA DE
FREITAS.
II. Aplicar ao referido Senhor, com base no art. 56,
inciso II, da Lei Complementar Estadual nO. 18, de
13 de julho de 1993, ou Lei Orgânica do Tribunal
(LOTCE) - a multa de R$2.805,10 (dois mil,
oitocentos e cinco reais e dez centavos), assinando
o prazo de sessenta dias para recolhimento
voluntário da multa imputada, sob pena de
cobrança executiva, desde logo recomendada,
inclusive com a interferência do Ministério Público.
III. Assinar o prazo de 60 (sessenta) à atual Prefeita
Municipal de Poço de José de Moura, Sra.
AURILEIDE EGIDIO DE MOURA, bem como ao
gestor do Instituto para que comprovem o
cumprimento dos requisitos constitucionais e legais
de funcionamento do referido sistema
previdenciário ou procedam à sua extinção, sob
pena de multa e glosa das despesas
administrativas, após esgotado o prazo.
Publiqu -5 intime-se, registre-se e cumpra-se.
Sala das SeS5 es o n -Pb - Plenário Ministro João Agripino.
li ão ~ a, 7 de fevereiro de 2008.

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