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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

I PROCESSO TC 01334/07

ADMINISTRAÇÃO DIRETA MUNICIPAL


PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS DO EXERCíCIO DE 2006,
DA MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO DE SANTANA,
DA RESPONSABILIDADE DO SENHOR ORISVALDO
BARBOSA DE MIRANDA - EXISTÊNCIA DE FALHAS QUE NÃO
TROUXERAM PREjuízos AO ERÁRIO - REGULARIDADE com
as ressalvas do parágrafo único do artigo 124 do Regimento
Interno do Tribunal- RECOMENDAÇÕES.
ATENDIMENTO INTEGRAL ÀS EXIGÊNCIAS DA LEI
DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

ACÓRDÃO APL Te ,'~::r/\ 12.008

Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC - 01334/07 e,

CONSIDERANDO os fatos narrados no Relatório;

CONSIDERANDO o mais que dos autos consta;


ACORDAM os Membros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAíBA
(TCE-Pb), à maioria, sendo vencido o Voto do Conselheiro Substituto Renato Sérgio
Santiago Melo, reconhecendo caber ressalvas em face das falhas persistentes após a
análise de defesa que o Tribunal desconsiderou, na Sessão realizada nesta data, de
acordo com a Proposta de Decisão do Auditor Relator, em:
1. JULGAR REGULARES as contas da Mesa da Câmara de Vereadores de CAMPO
DE SANTANA, relativas ao exercícío de 2006, de responsabilidade do Senhor
ORISVALDO BARBOSA DE MIRANDA, com as ressalvas do parágrafo único do
artigo 124 do Regimento Interno do Tribunal, considerando nestas que o Chefe
do Poder Legislativo A TENDEU INTEGRALMENTE as exigências da Lei de
Responsabilidade Fiscal;
2. DETERMINAR à Unidade Técnica de Instrução examinar nas contas de 2007 do
respectivo gestor da Câmara o fato relacionado ao atraso na entrega do RGF,
relativo ao segundo semestre;
3. ORDENAR a remessa das conclusões da Unidade Técnica de Instrução, acerca
da matéria previdenciária (não recolhimento das contribuições de prestadores
de serviços à Câmara), à Receita Federal do Brasil, com vistas a que tome as
providências que julgar cabiveis;
4. RECOMENDAR à Administração da Câmara Municipal de CAMPO DE
SANTANA, no sentido de que não mais se repitam as falhas observadas nestes
autos, com vistas a evitar conseqüências adversas em futuras prestações de
contas.
Publique-se, intime-se, registre-se e cumpra-se.
Sala das Sessões do TCE-Pb - Plenário Ministro João Agripino
João Pessoa, 01 de outubro de 2.00a.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
I PROCESSO TC 01334/07 [ill]]
ADMINISTRAÇÃO DIRETA MUNICIPAL
PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS DO EXERCíCIO DE 2006,
DA MESA DA CÃMARA MUNICIPAL DE CAMPO DE SANTANA,
DA RESPONSABILIDADE DO SENHOR ORISVALDO
BARBOSA DE MIRANDA - EXISTÊNCIA DE FALHAS QUE NÃO
TROUXERAM PREjuízos AO ERÁRIO - REGULARIDADE com
as ressalvas do parágrafo único do artigo 124 do Regimento
Interno do Tribunal- RECOMENDAÇÕES.
ATENDIMENTO INTEGRAL ÀS EXIGÊNCIAS DA LEI
DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

RELATÓRIO E PROPOSTA DE DECISÃO

RELATÓRIO

o Senhor ORISVALDO BARBOSA DE MIRANDA apresentou, dentro do prazo


legalmente estabelecido, a Prestação de Contas Anual da Mesa da Câmara Municipal de
CAMPO DE SANTANA, relativa ao exercício de 2006, sob a sua responsabilidade, cuja
documentação foi encaminhada e analisada pela DIAFI/DIAGM li, que emitiu Relatório, com
as seguintes observações, que a seguir se fez resumir:
1. No orçamento estimou-se a receita e previu-se a despesa em igual valor de
R$ 305.000,00, sendo efetivamente transferidos 100% da receita prevista e da
despesa realizada em relação à fixada;
2. A remuneração de cada Vereador durante o exercício foi de R$ 12.267,72 e a do
Presidente da Câmara importou em R$ 18.401,52, estando dentro dos limites
estabelecidos na legislação específica, seja local seja constitucional;
3. A despesa com pessoal correspondeu a 2,73% da Receita Corrente Líquida do
exercício de 2005, cumprindo do que dispõe o art. 20 da LRF;
4. A folha de pagamento do Legislativo atingiu 54,40% das transferências recebidas,
cumprindo o artigo 29-A, parágrafo primeiro da Constituição Federal;
5. Quanto à gestão fiscal, consignou-se o ATENDIMENTO PARCIAL às disposições
da LRF, pelo NÃO ATENDIMENTO quanto:
5.1. Ao envio do RGF 20 semestre para este Tribunal, assim como a comprovação
da publicação;
5.2. Compatibilidade de informações entre o RGF e a PCA.
6. Quanto às disposições constitucionais e legais e demais aspectos examinados,
inclusive os itens do Parecer PN TC 52/04, constatou-se:
6.1. Utilização de créditos adicionais sem autorização legislativa e sem os
decretos de abertura;
6.2. Despesas não licitadas no valor de R$ 16.995,00;
6.3. Ausência de retenção de IR e ISS relativos a serviços prestados à Câmara
Municipal;
6.4. Ausência de retenção e recolhimento de contribuições previdenciárias
incidentes sobre serviços prestados à Câmara Municipal.
7. No tocante aos gastos do Poder Legislativo em relação ao que dispõe o art. 29-A
da Constituição Federal, propõe a remessa da matéria ao pronunciamento do
Ministério Público junto a esta Corte.
Regularmente intimado para o contraditório, o Chefe do Poder Legislativo apresentou
a defesa de fls. 195/857, que a Auditoria examinou e concluiu:
1. RETIFICANDO a falha referente à ausência de retenção de IR e ISS relativos a
serviços prestados à Câmara Municipal, limitando-se ao fornecimento de dados
incorretos no SAGRES;
2. ELlDINDO as irregularidades pertinentes ao NÃO ATENDI
ponderando que a responsabilidade pelas falh s dos tópi
PROCESSO TC 01334/07
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recaia sob o Chefe do Poder Legislativo do exercício de 2007 e do Chefe do Poder


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Executivo de 2005, respectivamente;
3. NÃO ELlDIDAS as demais irregularidades.
Instado a se pronunciar, o Parquet, através do Ilustre Procurador André Carlo Torres
Pontes, teceu comentários e pugnou para que esta Egrégia Corte:
1. DECLARE o atendimento dos requisitos de gestão fiscal responsável, previstos na
LC 101/2000.
2. JULGUE REGULARES as contas em exame.
3. COMUNIQUE à Receita Federal os fatos relacionados às contribuições
previdenciárias.
4. DETERMINE à d. Auditoria incluir nas contas de 2007 do gestor da Câmara o fato
relacionado ao retardo na entrega do RGF.
5. RECOMENDE à atual gestão diligências no sentido de prevenir a repetição das
falhas acusadas no exercício de 2006.
Não foram feitas as comunicações de estilo.
É o Relatório.

PROPOSTA De DeCISÃO

o
Relator ousa divergir da Unidade Técnica de Instrução, data vênia, acompanhando
o entendimento ministerial nos aspectos a seguir delineados:
1. É de responsabilidade do Chefe do Poder Executivo do exercício de 2006, a edição
de decretos autorizando a abertura de créditos adicionais da Câmara Municipal,
eximindo o gestor do legislativo mirim do cometimento da falha neste sentido;
2. De fato, restou comprovado que para parte dos pagamentos para reforma do prédio
da Câmara Municipal, no valor de R$ 16.995,00, não foi realizado procedimento
licitatório. No entanto, merece tal aspecto ser ponderado uma vez que não se
constatou valor significativo nem tampouco foi destacada prática de valores acima
dos de mercado, nem ocasionaram prejuízos aos cofres públicos, merecendo tão
somente recomendação no sentido de melhor observar, nas próximas
contratações, os ditames da Lei de Licitações e Contratos (Lei 8.666/93);
3. Referentemente ao fornecimento de dados incorretos no SAGRES, cabe
igualmente recomendação com vistas a que o gestor os apresente com mais
cautela a este Tribunal, evitando o cometimento de falhas neste sentido;
4. No que tange a não retenção e/ou não recolhimento das contribuições
previdenciárias sobre serviços de terceiros, o Relator entende que tal falha não
figura no rol do PARECER NORMATIVO 52/2004, cabendo, tão somente,
recomendações com vistas a que a situação na se repita;
5. Restou devidamente comprovado que o não envio do RGF 2° semestre coube ao
Chefe do Poder Legislativo do exercício de 2.007, devendo a matéria ser
examinada nas contas do referido período;
6. Quanto à incompatibilidade de informações entre o RGF e a PCA, tem-se que
decorreu de omissão de receita pública 1, no valor de R$ 79.256,03, por parte do
Prefeito Municipal, em 2005, sendo inclusive objeto de decisão judicial que motivou
o aumento do repasse duodecimal, durante o exercício em análise. Tal fato também
está atrelado ao índice da despesa total do Poder Legislativo, que indicou 8,17%,
superior ao permitido pelo art. 29-A, inciso I da Constituição Federal (8,00%).
Entretanto, a ultrapassagem do índice não foi significativa, somando-se o f o de
que tal irregularidade foi motivada por decisão judicial que levou em conta nas a
previsão orçamentária (LOA) para determinar o repasse.

1 Valores arrecadados com a cobrança da contribuição de iluminação pública (CIP).


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PROCESSO TC 01334/07 @@lI


Com efeito, o Relator propõe aos integrantes deste egrégio Tribunal Pleno que:
1. JULGUEM REGULARES as contas da Mesa da Câmara de Vereadores de CAMPO
DE SANTANA, relativas ao exercício de 2006, de responsabilidade do Senhor
ORISVALDO BARBOSA DE MIRANDA, com as ressalvas do parágrafo único do
artigo 124 do Regimento Interno do Tribunal, considerando nestas que o Chefe do
Poder Legislativo atendeu integralmente as exigências da Lei de Responsabilidade
Fiscal:
2. DETERMINEM à Unidade Técnica de Instrução examinar nas contas de 2007 do
gestor da Câmara respectivo, o fato relacionado ao atraso na entrega do RGF
relativo ao segundo semestre;
3. RECOMENDEM à Administração da Câmara Municipal de CAMPO DE SANTANA,
no sentido de que não mais se repitam as falhas observadas nestes autos, com
vistas a evitar conseqüências adversas em futuras prestações de contas;
4. ORDENEM a remessa das conclusões da Unidade Técnica de Instrução, acerca da
matéria previdenciária (não recolhimento das contribuições de prestadores de
serviços à Câmara), à Receita Federal do Brasil, com vistas a que tome as
providências que julgar cabíveis.
É a Proposta.

João Pessoa, 01 de outubro de 2.008.

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