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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02163/06

Município de ftapororoca. Poder Executivo. Prestação de


Contas Anuais. Exercício de 2005. Recurso de
Reconsideração contra decisões consubstanciadas no
Parecer PPL TC 186/2007 e no Acórdão APL TC-
77312007. Lei Complementar n° 18/93 (Lei Orgânica do
TCElPB), Art. 33 c/c o Art. 30. Conhecimento. Sanadas
as irregularidades que deram azo a emissão de parecer
contrário à aprovação das contas. Desconstituição do
débito imputado ao Prefeito e Vice-Prefeito por excesso
de subsídio e, bem assim, da multa aplicada ao Prefeito
(Acórdão APL TC 773/2007). Provimento total.

Este Egrégio Tribunal Pleno, na Sessão realizada em 10/10/2007, apreciou as contas


do Prefeito Municipal de Itapororoca, Sr. José Adamastor Madruga, referente ao exercício de 2005
e decidiu:

I. Através do Parecer PPL TC 186/2007, à unanimidade, emitir parecer prévio


contrário à aprovação das contas do Prefeito Municipal em razão do não
atendimento ao limite constitucional (SAÚDE1), legal (FUNDEF2) c cxcesso de
subsídios do Prefeito e Vice-Prefeito".

2. Através do Acórdão APL TC 773/2007:

2.1. Aplicar multa pessoal ao Sr. José Adamastor Madruga, no valor de R$ 2.805,10
(dois mil oitocentos e cinco reais e dez centavos), com fundamento no art. 56 da
LCE 18/93, por infração às normas constitucionais e legais (Saúde, remuneração e
FUNDEF).

2.2 Imputar ao Prefeito, Sr. José Adamastor Madruga e ao Vice-Prefeito, Sr. Umbcrto
Fernandes de Souza o débito no valor de R$ 8.000,00 e R$ 4.000,00,
respectivamente, decorrente da percepção em excesso de subsídio, assinando-lhes
o prazo de sessenta (60) dias, para fins de recolhimento aos cofres do Município do

1 Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde atingiram o percentual de 14,25% da receita de impostos e

transferências. (Art. 77, inciso Ill, § ]0 do ADCT. Limite mínimo: 15%). Para efeito de cálculo foi considerado
também gastos com PASEP, FGTS e INSS.

- Lei 9.424/96. art. 7" - aplicação de no mínimo de 60% dos recursos do FUNDEI" na remuneração dos profissionais do magistério. O
gasto atingiu o percentual de 58,75%. Para efeito de cálculo considerou-se também, gastos com 14° salário e despesas com FGTS.
PASEP e INSS.
J Foi relevada a falha formal da edição do Decreto Legislativo ( norma infralegal) como instrumento de fixação dos subsídios para os
agentes políticos. tendo em vista ser matéria reservada à lei formal e admitido o Decreto 03/2004, donde se extrai o excesso de R$
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02163/06

valor objeto da imputação de débito e, apenas ao Prefeito, para fins de


recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária
e Financeira Municipal da importância relativa à multa, atuando, na hipótese de
omissão, o Ministério Público, tal como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição
Estadual.

2.3 Recomendar à Secretaria do Tribunal Pleno adoção de providências no sentido de


dar conhecimento à autarquia previdenciária Federal acerca do possível
recolhimento das obrigações patronais abaixo do percentual mínimo obrigatório,
não recolhimento integral dos valores retidos dos servidores municipais referentes
às contribuições previdenciárias e, bem assim, ausência de retenção e de
recolhimento de contribuições previdenciárias sobre serviços de terceiros.

2.4 Recomendar ao gestor medidas no sentido de guardar estrita observância aos


termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, da Lei 4.320164, da Lei 8.666/93, aos
termos da Constituição Federal, sobremodo, no que tange às regras pertinentes à
aplicação de percentuais mínimos em Saúde, e bem assim, à lei do FUNDEF.

lnconformado, o Prefeito interpôs o presente Recurso de Reconsideração,


contestando as decisões supracitadas.

A Auditoria, ao analisar a peça recursal concluiu:

1. Sanadas as irregularidades pertinentes a:


1.1 Aplicação dos recursos do FUNDE F na remuneração e valorização dos
profissionais do magistério abaixo do limite legal, porquanto, os documentos" e os
argumentos do recorrente restaram suficientes para elidir a irregularidade,
passando o percentual aplicado de 58,75% para 62,47%.

1.2 Excesso de subsídios do Prefeito e Vice-Prefeitos

2. Ratificou seu entendimento esposado em sede de análise de defesa no tocante a:

2.1 aplicação em Saúde abaixo do mínimo constitucional, porquanto embora tenha


sido, à vista de reiteradas decisões desta Corte, deduzido da base de cálculo
(Receita de impostos e transferências) o valor correspondente a sentenças judiciais,

4 Foi considerado o empenho 284-00 (fls. 1234(5) no valor R$ 86.282.01 referente a pagamento de professores. eis que restou constatado
erro de digitação na alimentação do SAGRES. A fonte dos recursos foi incorretamente informada pelo município. ao invés do FUNDEF
60"0. código 5. foi usada a fonte FUNDEF 40%. código 6.
, Foi relevada a falha formal da edição do Decreto Legislativo ( norma infralegal) como instrumento de fixação dos subsídios para os
agentes políticos. tendo em vista ser matéria reservada à lei formal e admitido o Decreto 0312004. donde se extrai o excesso de R$
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Restou constatado que os valores integrantes da listagem de salários constantes no SAGRES foi incorretamente preenchida por seus
sistemas de informação, já que os valores relativos ao pagamento do 13° salário não foram pagos aos agentes políticos. Vide fls. 12 I 7
requerimento no sentido de retirar ditos valores do SAORES ~ (

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02163/06

o percentual gasto passou de 14,25% para 14,66%, portanto, ainda abaixo do


patamar constitucional.

o Ministério Público Especial junto ao Tribunal opinou pelo conhecimento do


recurso e, no mérito pelo seu provimento parcial, de modo a:

a) Considerar elidida a falha quanto ao gasto na remuneração e, bem assim, na


Valorização do Magistério e excesso de subsídio, tão-somente do Prefeito, porquanto, entende que
o recurso interposto pelo Prefeito não aproveita ao Vice-Prefeito, devendo, assim, ser reconhecido,
nos limites do recurso apresentado.

b) Ratificar o Parecer PPL TC n". 186/2007 e o Acórdão APL TC 77312007,


tangente à multa aplicada ao Prefeito uma vez que persiste irregularidade" que macula a prestação
de contas em apreço e a imputação de débito ao vice-Perfeito, este último, pela razão acima
exposta.

É o relatório, informando que foram expedidas as notificações de estilo.

VOTO DO CONSELHEIRO RELATOR

Afastadas as irregularidades concernentes ao pagamento dos profissionais do


magistério com recursos do FUNDEF abaixo do limite legal, e, bem assim, excesso de subsídios
do Prefeito e Vice-Prefeito" remanesceu, para a Auditoria, como impropriedade o não
cumprimento do limite constitucional em Saúde", porquanto, como dito linhas atrás, o percentual
chegou a 14,66%, falha que considero relevável, ante o ínfimo valor do percentual não atingido
(034%).

Sobreleva destacar, porém, que dentre as solicitações de re-análise de seu cálculo


pelo recorrente, não foi aceita pelo órgão Auditor, para efeito de cálculo dos gastos com Saúde, a
utilização da proporcionalidade da despesa com pessoal da Saúde frente aquela classificada como
principal da Dívida Contratual Resgatada (INSS).

Ocorre que esta Corte de Contas, na sessão plenária realizada no dia vinte e um
(21), próximo passado, decidiu nos autos da prestação de contas anuais do Prefeito Municipal de
Cuité de Mamanguape", exercício de 2006, aceitar as despesas classificadas como principal da
Dívida Contratual Resgatada (INSS).

6 Aplicação em saúde abaixo do limite constitucional


, Foi relevada a falha formal da edição do Decreto Legislativo ( norma infralegal) como instrumento de fixação dos subsídios para os
agentes políticos, tendo em vista ser matéria reservada à lei formal e admitido o Decreto 0312004, donde se extrai o excesso de R$
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Restou constatado que os valores integrantes da listagem de salários constantes no SAGRES foi incorretamente preenchida por seus
sistemas de informação, já que os valores relativos ao pagamento do 13" salário não foram pagos aos agentes políticos. Vide fls. 1217
requerimento no sentido de retirar ditos valores do SAGRES.
S Art. 77, inciso m. § lOdo ADCT
9 Processo TC 02249/07 Parecer PPL TC 57/08

C: \A! eus documentos \AssessorialPLE]vO\ACORDAOIREC URSO\reconsideração \1TR -02/ 63-06-rr. doe


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02163/06

Assim, em harmonia com a sobredita decisão e, considerando ser de ] 1.03% o


percentual da despesa com pessoal da saúde frente à despesa de pessoa] total e, utilizando-se da
mesma sistemática, i.e, dito rateio frente o principal da dívida contratual resgatada, tem-se que o
valor da despesa a ser incorporada a Saúde é da ordem de R$ 29.548,02 que acrescido ao montante
aplicado já encontrado 10, eleva o índice para 15,19%, atingindo, portanto, o limite constitucional.

Quanto ao excesso de remuneração imputado ao vice-Prefeito, em que pese não ter,


dito agente político, ingressado com recurso de reconsideração e, à vista da informação do órgão de
instrução, em sede de recurso de reconsideração interposto pelo Prefeito, de não mais existir
excesso para os citados agentes políticos e, ainda, invocando o princípio da economia processual,
sou porque esta Corte dê como afastada a imputação de débito ao vice-Prefeito.

Dito isto, entendo que as decisões recorridas merecem reforma, inclusive a referente à
aplicação de multa, porquanto foram afastados os motivos que deram azo a sua aplicação, de
maneira que voto no sentido de que esta Corte dê pelo conhecimento do Recurso, e no mérito,
conceda provimento total no sentido de:
1) Tomar insubsistente o Parecer PPL TC 186/2007 e emitir novo parecer, desta
feita, favorável à aprovação das contas prestadas pelo Prefeito Municipal de
Itapororoca, Sr. José Adamastor Madruga, relativas ao exercício de 2005.
2) Tomar insubsistente o Acórdão APL TC 773/2007, eis que foram afastados os
motivos da imputação de débito aos agentes políticos" e da aplicação de multa'<.

DECISÃO DO TRIBUNAL

VISTOS. RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos do Processo TC n"


02163/06 referente ao Recurso de Reconsideração interposto nos autos da Prestação de Contas
Anuais do Prefeito Municipal de Itapororoca, Sr. José Adamastor Madruga, relativa ao
exercício de 2005, e

CONSIDERANDO o Relatório da Auditoria, o pronunciamento do órgão


Ministerial, o Voto do Relator e o mais que dos autos consta;

ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA


PARAÍBA, à unanimidade, em sessão plenária realizada nesta data, em conhecer do Recurso de
Reconsideração interposto e, no mérito, pelo provimento total no sentido de:

1) Tomar insubsistente o Parecer PPL TC 186/2007 e emitir novo parecer, desta


feita, favorável à aprovação das contas prestadas pelo Prefeito Municipal dc
Itapororoca, Sr. José Adamastor Madruga, relativas ao exercício de 2005.
2) Tomar insubsistente o Acórdão APL TC 773/2007, eis que foram afastados os
motivos da imputação de débito aos agentes políticos 13 e da aplicação de multa 14.

10 R$ 822.981.42 ~
11 Excesso de remuneração . F

l2 Infração à lei do FUNDEF e à Constituição Federal (limite de gastos com Saúde e remuneração dos agentes políticos) ,
13 Excesso de remuneração

14 Infração à lei do FUNDEF e à Constituição Federal (limite de gastos com Saúde e remuneração dos agentes políticos)

c: IMeus documentos IAssessona'Pl.l-Nt) IA CORDA O\RECl1RSOlreconslderaçlio IJTR-02' 63-06-rr. doe


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Processo Te nO 02163/06

Publique-se, registre-se e cu .I

TC- PLENÁRIO MINISTRO JOÃ

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