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1) Evandro Guedes é graduado em Administração de Empresas e Direito por duas universidades. Ele atua como professor preparatório para concursos públicos.
2) O documento introduz os conceitos de Direito Público e Privado, explicando que o Direito Público regula os interesses da coletividade e estabelece uma relação desigual entre o Estado e o indivíduo, enquanto o Direito Privado rege as relações entre indivíduos de forma igualitária.
3) As principais fontes do Direito Administrativo são a le
1) Evandro Guedes é graduado em Administração de Empresas e Direito por duas universidades. Ele atua como professor preparatório para concursos públicos.
2) O documento introduz os conceitos de Direito Público e Privado, explicando que o Direito Público regula os interesses da coletividade e estabelece uma relação desigual entre o Estado e o indivíduo, enquanto o Direito Privado rege as relações entre indivíduos de forma igualitária.
3) As principais fontes do Direito Administrativo são a le
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1) Evandro Guedes é graduado em Administração de Empresas e Direito por duas universidades. Ele atua como professor preparatório para concursos públicos.
2) O documento introduz os conceitos de Direito Público e Privado, explicando que o Direito Público regula os interesses da coletividade e estabelece uma relação desigual entre o Estado e o indivíduo, enquanto o Direito Privado rege as relações entre indivíduos de forma igualitária.
3) As principais fontes do Direito Administrativo são a le
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pelo Centro Universitrio Barra Mansa (UBM). Graduado em Direito pelo Centro Universitrio Geraldo di Biasi (UGB) e pela Faculdade Assis Gurgacz (FAG-PR). Professor de cursos prepa- ratrios em Cascavel, Curitiba, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Possui vasta experincia nas bancas da Cespe/UnB, Esaf, FCC, FGV entre outras. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 9 Noes de Direito Administrativo Introduo ao Direito Administrativo O Direito ptrio dividido em dois grandes ramos que podem ser classi- fcados como Direito Pblico e Direito Privado. Diante disso, podemos afrmar que conceitos e princpios sero aplicados de forma distinta, sempre tendo como parmetro o ramo do Direito que estamos estudando. O Direito Pblico em primeiro plano regula os interesses da coletividade como regra geral e podemos entend-lo como sendo desenvolvido sempre para a fnalidade pblica. Os polos so o Estado de um lado e o indivduo do outro. O Estado representado pelas pessoas jurdicas da Administrao P- blica Direta (Unio, Estado, Distrito Federal e Municpios) e pela Administra- o Pblica Indireta (Autarquia, Fundao Pblica, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pblica). E o Direito Pblico tem como caracterstica marcante a desigualdade entre as partes no que tange a relao jurdica. Essa desigualdade se baseia no in- teresse da coletividade sobre os interesses individuais do cidado. Podemos afrmar que essa prerrogativa do Estado provm dos princpios constitucio- nais implcitos da supremacia do interesse pblico sobre o privado e da indis- ponibilidade do interesse pblico. Devemos nos atentar para a perspectiva de que essa supremacia no uma prerrogativa pessoal do agente, e sim uma prerrogativa dada pela Constituio Federal aos agentes que desempenham a funo administrativa e somente quando estiverem com os interesses p- blicos em jogo. Preste ateno porque, para fns de concurso pblico, esses princpios so classifcados de duas formas: so considerados princpios constitucionais implcitos e fundamentais (CF, artigo 37); so considerados os princpios norteadores do Direito Administrativo. Podemos ter como exemplo da desigualdade entre as partes a seguinte situao hipottica: Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 10 Noes de Direito Administrativo Imagine que um indivduo adquiriu uma casa beira-mar e que esta tenha sido comprada respeitando todos os ditames legais. Essa situao se confgura em um ato jurdico perfeito e direito adquirido do cidado ga- rantido pelo artigo 5. da CF. Contudo, imagine agora que uma chuva torren- cial tenha rachado por completo o imvel e que o indivduo se recuse a sair dali, alegando que tem direito constitucional propriedade privada. Temos aqui uma disputa com dois polos. De um lado o indivduo querendo garantir sua propriedade e, de outro, o Estado querendo garantir o direito constitu- cional vida do indivduo. O direito vida um bem que o indivduo no pode abrir mo, assim o Estado tem a obrigao de impedir que ele perca esse direito. Caso o indivduo no saia, o Estado usar de todo o seu aparato para garantir que o direto vida prevalea. Dessa forma, usando das prerrogativas de Direito Pblico, e baseado na supremacia do interesse pblico, o Estado retira o indivduo usando a fora, se necessrio, sempre com a fnalidade voltada coletividade (fnalidade pblica). Em resumo, o Direito Pblico tutela os interesses da coletividade sempre com a fnalidade pblica, e usa de sua supremacia para conseguir seus fns, transformando a relao entre os polos em uma relao desigual. Nesse sen- tido, o Estado se mostra mais forte, pois tem sua disposio todo um apa- rato estatal que possibilita que as necessidades administrativas pblicas sejam respeitadas e cumpridas. E o Direito Privado integra a regulamentao da vida do cidado em so- ciedade. A regra aqui a relao de igualdade (isonomia) entre as partes, pois os polos aqui so os indivduos e seus interesses individuais. O art. 5., inciso XXXV, da CF prev o seguinte: XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito. Dessa forma, todos que tiverem seus direitos ameaados ou lesionados, podero se socorrer do Poder Judicirio. E a relao, no caso do Direito Priva- do, deve ser uma relao de horizontalidade nas relaes jurdicas, ou seja, a relao de igualdade de condies para ambos os polos individuais. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Noes de Direito Administrativo 11 Diante disso, a diferena bsica que a relao do Direito Pblico est intimamente ligada aos ditames dos artigos 37 a 41 da Constituio Federal. Em contrapartida, os princpios individuais do cidado esto elencados prin- cipalmente no artigo 5. da CF, conforme citado anteriormente. Podemos ter como exemplo a relao de interesses entre dois indivduos. Imagine uma pessoa que, dirigindo seu prprio carro, colida com outro veculo e que as duas partes aleguem estarem certas e queiram receber o prejuzo sofrido uma da outra. Podemos dizer que acabamos de ver um con- fito entre dois indivduos. Aqui a regra a igualdade entre as partes, pois todos os direitos inerentes a um sero aplicados ao outro. Em resumo, o Direito Privado rege as relaes individuais em p de igualdade e os interesses tutelados aqui so os individuais, e no os da coletividade. A Administrao Pblica est regida por um conjunto de princpios que ora esto explcitos ora esto implcitos na prpria Constituio Federal. Con- tudo, os princpios mais importantes para o Direito Pblico so os princpios da supremacia do interesse pblico sobre o privado e, tambm, da indispo- nibilidade do interesse pblico. Esses princpios possibilitam a relao e desigualdade entre as partes no Direito Pblico, ou seja, de um lado o indivduo e de outro o prprio Estado. O fundamento constitucional da desigualdade nas relaes jurdicas ocorre, pois os interesses da coletividade devem se sobrepor aos direitos dos particulares. Dessa forma, quando o Estado est em confito com interesses individuais, h uma sobreposio, lembrando que o nosso Estado um Estado democrtico de direito, e nem mesmo o Poder Pblico pode desprezar os ditames legais e as garantias constitucionais dos indivduos, gerando, dessa forma, uma verda- deira relao jurdica de verticalidade ou relao jurdica desigual. Assim, podemos afrmar que o ramo do Direito Administrativo o Direito Pblico, pois ele que rege a organizao e o funcionamento das atividades do Estado voltadas para a satisfao dos interesses da coletividade, ou seja, interesse pblico. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 12 Noes de Direito Administrativo Direito Pblico e Privado (Regime jurdico administrativo) Diviso do Direito Privado Igualdade Indivduo Indivduo Indivduo Horizontalidade nas relaes Verticalidade nas relaes jurdicas Indisponibilidade do interesse pblico Deveres Supremacia do interesse pblico Prerrogativas de Direito Estado Pblico Desigualdade Codifcao e as fontes do Direito Administrativo A difculdade de se estudar o Direito Administrativo reside na problemti- ca de uma falta de codifcao prpria. O Direito Administrativo, assim como os demais ramos do Direito, est tipifcado, ou seja, est escrito. Contudo, o Direito Administrativo brasileiro ainda rescinde de uma codifcao legal. Outros ramos do Direito esto codifcados, como o caso da prpria Consti- tuio Federal, do Cdigo Penal, Cdigo Tributrio Nacional e tantos outros. As normas administrativas esto em textos esparsos e na prpria Cons- tituio Federal e, mais especifcamente, nos artigos 37 a 41 da CF. Temos como exemplo de leis administrativas a Lei 8.112/90 estatuto dos servido- res pblicos civis da Unio , a Lei 8.666/93 normas gerais sobre licitao e contratos da Administrao Pblica e a Lei 8.429/92 trata dos casos de improbidade administrativa e diversas outras. Contudo, o importante para concursos pblicos saber delimitar bem o assunto e estudar somente as leis que realmente caem no concurso e esto previstas no edital. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Noes de Direito Administrativo 13 O Direito Administrativo tem como fontes norteadoras quatro principais objetos, quais sejam: a lei; 1. a jurisprudncia; 2. a doutrina; 3. os costumes. 4. A lei a fonte principal e a nica que recebe a classifcao de fonte escri- ta. Veja bem, todas as outras fontes so na realidade escritas, mas para fns de classifcao administrativa, somente a lei deve ser considerada escrita. As jurisprudncias nada mais so que decises reiteradas de tribunais no mesmo sentido, as quais devem ser tratadas aqui como normas genricas e comportam trs espcies distintas: jurisprudncias (especfcas), smulas e smulas vinculantes. As jurisprudncias (especfcas) so as decises de tribunais sem ca- rter vinculante e so consideradas fontes no escritas (apesar de se apresentarem na forma escrita) e tambm fonte secundria. As smulas so decises de tribunais de maneira reiterada, resumi- da e numerada, que tambm no possuem fora vinculante, ou seja, no obrigam os outros tribunais a seguirem suas orientaes, sendo meras fontes de pesquisa. So consideradas fontes no escritas e se- cundrias. As smulas vinculantes so decises do Supremo Tribunal Federal (STF), as quais possuem fora vinculante e so consideradas fontes principais. As doutrinas so teses defendidas por estudiosos do direito sobre inter- pretaes diversas dos institutos legais, constituem fontes secundrias ou derivadas. So consideradas fontes no escritas. Os costumes so considerados como um conjunto de regras no escritas, as quais so retiradas do seio interno da Administrao Pblica. Contudo, somente tero importncia se infuenciarem de alguma forma a produo legislativa ou a prpria jurisprudncia. So consideradas fontes secundrias ou derivadas e no escritas. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 14 Noes de Direito Administrativo Fontes Lei Fonte escrita e principal Jurisprudncia Fonte no escrita Jurisprudncia Fonte no escrita, sem fora vinculante Smula Fonte no escrita, sem fora vinculante Smula vinculante Fonte escrita, com fora vinculante Somente o STF edita Doutrina Fonte no escrita Costumes Fonte no escrita Sistemas administrativos Um sistema administrativo aquele que adotado por um determinado Estado para a fscalizao e o controle dos atos administrativos ilegais que so praticados pela Administrao Pblica nas diversas esferas e, em geral, em todos os Poderes do Estado. Temos, nesse sentido, dois grandes sistemas: o sistema francs e o sistema ingls. O sistema ingls, que tambm chamado de sistema de unicidade de jurisdio, aquele que determina que somente o Poder Judicirio pode de- cidir com carter de defnitividade, ou seja, o nico que faz coisa julgada. O sistema ingls chamado de sistema do no contencioso administrativo. No contencioso signifca no ter capacidade de fazer coisa julgada, ou seja, as decises da esfera administrativa podem ser revistas a qualquer tempo pelo Poder Judicirio. Vejamos um exemplo. Imagine a seguinte situao hipottica: um servidor pblico federal est envolvido em processo administrativo disciplinar em que est sendo acusa- do de improbidade administrativa. A improbidade administrativa est pre- vista na Lei 8.112/90, artigo 132 como sendo passvel de demisso. Sabe-se que a comisso do processo administrativo obrigatoriamente tem que ser Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Noes de Direito Administrativo 15 composta por trs servidores estveis. Nesse contexto, aps apurao, o ser- vidor demitido, contudo o prprio servidor identifca que um dos membros da comisso no era estvel e entra com recurso administrativo. Esse recurso no aceito pela administrao e o servidor demitido no fnal. Nessa situ- ao, houve uma deciso administrativa e, como tal, ela pode ser desfeita a qualquer tempo se o Poder Judicirio notar e provar que ocorreu ilegalidade no processo, ou seja, a deciso administrativa no fez coisa julgada, pois no tem fora de defnitividade, uma vez que pode ser revista a qualquer tempo pelo Poder Judicirio Dessa forma, o sistema ptrio adota a jurisdio nica ou o sistema do no contencioso administrativo. Assim, o regime jurdico-constitucional d efetiva proteo e garantia aos direitos individuais contra o abuso do prprio Estado. O sistema francs, tambm chamado de sistema de dualidade de jurisdi- o, ou sistema do contencioso administrativo, aquele que impede que o Poder Judicirio interfra nas decises da esfera administrativa, ou seja, a de- ciso administrativa aqui faz coisa julgada e tem fora de defnitividade. Na prtica, temos dois tipos de tribunais: tribunais administrativos de um lado e tribunais judiciais de outro. Assim, a principal caracterstica do sistema denominado contencioso administrativo ou sistema francs, a de que os ordenamentos jurdicos que o adotam conferem a determinadas decises administrativas a nature- za de coisa julgada (com defnitividade) no controlvel pelo prprio Poder Judicirio. Sistemas administrativos Sistema Ingls no contencioso administrativo no faz coisa julgada adotado pela CF/88 Sistema Francs no contencioso administrativo faz coisa julgada Unicidade da jurisdio Dualidade de jurisdio Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 16 Noes de Direito Administrativo Resoluo de questes 1. (Cientec) No tocante aos temas conceito, objeto e fontes do Direito Administrativo, podemos afrmar: a) sendo a lei considerada como fonte primria do Direito Adminis- trativo, importa em que toda e qualquer lei dever ser considera- da na formao do Direito Administrativo, independentemente da matria tratada. b) o Direito Administrativo rege as atividades em que a Administra- o Pblica atua excepcionalmente em condies de igualdade com o particular, afastando as normas do Direito Privado. c) ao disciplinar as atividades, o Direito Administrativo busca o ef- ciente funcionamento da Administrao Pblica. d) so trs as fontes do Direito Administrativo, a saber: a lei, os costu- mes e a jurisprudncia. e) todas as alternativas acima esto incorretas. Assertivas: a) Errada. O Direito Administrativo um dos ramos do Direito P- blico, sendo assim no trata de normas do Direito Privado. O erro da questo situa-se no trecho que afrma que toda e qualquer lei dever ser considerada na formao do Direito Administrativo, in- dependentemente da matria tratada. Podemos afrmar que so- mente as leis que regem o Direito Pblico so consideradas pelo Direito Administrativo. Dessa forma, leis como a CLT, por exemplo, no esto includas nas elencadas sob a tutela do Direito Adminis- trativo. b) Errada. A relao do Direito Pblico uma relao desigual, pois o Estado superior ao indivduo nas lides em que essas partes esto envolvidas. Podemos afrmar que o princpio da supremacia do in- teresse pblico sobre o privado norteador do Direito Administra- tivo e autoriza a relao de verticalidade desigualdade entre as partes. O erro est na afrmao que o Direito Administrativo atua em relao de igualdade com o particular. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Noes de Direito Administrativo 17 c) Certa. A disciplina interna da administrao engloba uma srie de fatores e mecanismos que controlam a mquina estatal. O princ- pio da efcincia esculpido no artigo 37, caput, da CF a base do funcionamento efetivo de todo aparato estatal. Questo aberta e de fcil assimilao d) Errada. So quatro as fontes: leis, jurisprudncia, doutrina e costu- mes. A questo est incompleta, pois falta a doutrina, fonte secund- ria ou derivada e sem carter vinculante do Direito Administrativo. e) Errada. Soluo: C 2. (Cespe) Com referncia a conceitos, fontes e princpios do Direito Ad- ministrativo, assinale a opo correta. a) Os costumes so fontes do Direito Administrativo, e so considera- dos fontes escritas. b) As expresses servio pblico centralizado e servio pblico des- centralizado equivalem Administrao Pblica direta e Admi- nistrao Pblica indireta, respectivamente. c) Em uma sociedade democrtica, a correta aplicao do princpio da supremacia do interesse pblico pressupe a prevalncia do interesse da maioria da populao. d) A aplicao do princpio da segurana jurdica pode afastar da mera legalidade. Assertivas: a) Errada. Os costumes so considerados fontes secundrias, ou deri- vadas, e no escritas. b) Errada. O erro est em que servio pblico descentralizado no se resume administrao pblica indireta, pois temos a descentrali- zao por colaborao, em que dado para os particulares, atravs de licitao, o servio pblico. Aqui passado somente a execuo do servio, fcando a fscalizao por conta do ente que delegou o servio. Dessa forma, nascem os concessionrios e permissionrios de servio pblico. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 18 Noes de Direito Administrativo c) Errada. A supremacia do interesse pblico pressupe o interesse pblico sobre o privado nas relaes jurdicas, e no o conceito que foi usado na questo. d) Certa. Os princpios constitucionais nunca podem ser anulados em vantagem de outros princpios. O que ocorre a preponderncia dos princpios, ou seja, no caso concreto usa-se o mais especfco, ou seja, o princpio mais especfco. Por esse motivo a questo en- contra-se correta e a aplicao do princpio da segurana jurdica pode, de acordo com o caso concreto, realmente afastar o princ- pio da mera legalidade. Soluo: D 3. (Cespe) No tocante ao conceito e ao objeto do Direito Administrativo, julgue o item a seguir. A CF, as leis complementares e ordinrias, os tratados internacionais e os regulamentos so exemplos de fontes do Direito Administrativo. Soluo: Certo Atividades 1. (Vunesp) Compromissos republicanos, liberalismo poltico e econmi- co, proteo dos direitos individuais e, especialmente, independncia da Administrao Pblica foram valores postos pela Revoluo Fran- cesa que, sob os infuxos da teoria de Montesquieu, deram origem ao contencioso administrativo. vista desses parmetros, pode-se afr- mar que a) no Brasil, adota-se o sistema da jurisdio nica visando dar efetivo cumprimento ao regime jurdico-constitucional de proteo e ga- rantia dos direitos individuais contra abuso ou arbtrio do Estado. b) a instalao do Conselho Nacional de Justia signifca a introduo do contencioso administrativo no sistema jurdico-administrativo brasileiro com o efeito de impedir o abuso ou arbtrio dos juzes. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Noes de Direito Administrativo 19 c) os Tribunais de Contas produzem decises com a qualidade de de- fnitivas, prpria do sistema do contencioso administrativo. d) o sistema do contencioso administrativo o que melhor atende ao atual conceito de Estado Democrtico de Direito porque coloca o Estado, no plano jurisdicional judicial, em p de igualdade com o particular. 2. (Cespe) Acerca da organizao administrativa do Estado e dos princ- pios que orientam a Administrao Pblica, assinale a opo correta. a) rgo pblico pode ser corretamente defnido como crculo de com- petncias ou atribuies criado por lei para desempenhar as funes estatais e caracterizado por possuir personalidade jurdica prpria. b) A Caixa, na qualidade de empresa pblica com capital exclusiva- mente pblico, possui personalidade jurdica de direito pblico. c) De acordo com a Constituio Federal de 1988, somente lei espe- cfca pode autorizar a instituio de empresa pblica, obrigato- riedade essa que no se estende para a criao de subsidirias de empresa pblica, em razo de sua autonomia administrativa. d) No Brasil, o sistema de controle dos atos administrativos vigente o do no contencioso administrativo ou sistema ingls da unicidade de jurisdio. e) O princpio da presuno de legitimidade que incide entre os atos administrativos caracteriza-se por presumir que toda atividade administrativa est em conformidade com a lei; no entanto, trata- -se de presuno absoluta, uma vez que o administrado no pode contest-la e provar o contrrio. 3. (Cespe) Com relao organizao administrativa em sentido amplo, julgue o item subsequente. Como exemplo da incidncia do princpio da inafastabilidade do con- trole jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento ju- rdico brasileiro, correto citar a vigncia do sistema do contencioso administrativo ou sistema francs. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br 20 Noes de Direito Administrativo Dicas de estudo O primeiro passo para chegar a to sonhada aprovao ter organi- zao na hora de estudar. Diante disso, o mais importante deixar um horrio determinado para assistir s aulas na web e sempre ter em mente que o fato de estudar em casa s vezes se torna um desafo, mas com perseverana a vitria chegar. O material dialgico, ou seja, assista s aulas e acompanhe todo o ma- terial escrito. Assim, o que se fala nas aulas consta tambm no material escrito. Contudo, fazer anotaes de suma importncia. Objetividade a palavra de ordem. Diante disso, no adianta fcar se debruando em livros gigantescos, pois as bancas examinadoras co- bram questes objetivas e de grau mediano. Os contedos program- ticos so gigantescos e, caso o concursando perca tempo tentando se aprofundar demais, perder o foco no estudo. Para fns de concursos pblicos temos que achar livros que retratem os vrios posicionamentos das bancas examinadoras e tratem dos assun- tos de forma simples. Diante disso, e focando sempre na necessidade do concursando, eu indico as obras dos professores Marcelo Alexan- drino e Vicente Paulo (Direito Administrativo e Direito Constitucional Descomplicado, da editora Mtodo). Tenacidade deve ser um predicativo fundamental para o concursan- do chegar aprovao. Lembrem-se, os concursos pblicos no Brasil esto profssionalizados, dessa forma, o importante ter em mente que a preparao mnima dura em torno de oito meses a dois anos de muito estudo. Boa sorte concursando e at a aprovao! Referncias MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37. ed. Malheiros, 2011. MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 28. ed. Malhei- ros, 2011. PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 24. ed. Atlas, 2011. Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Noes de Direito Administrativo 21 Gabarito 1. A 2. D 3. Errado Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br