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NÚCLEOS INTEGRALISTAS DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO


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INTEGRALISMO NO BRASIL
Prof. César Augusto Machado da Silva

Antes de entrar no tema da questão, analisaremos etimológica e etnologicamente a palavra


Ideologia, e, mais precisamente a palavra Democracia.

Quanto à primeira, significa um pensamento de convicção, seja, político, social ou religioso.

Quanto à segunda, significa uma ideologia de participação e representação popular, oriunda da


velha Grécia.

Com o passar do tempo este conceito de Democracia foi se tornando muito elástico, porquanto,
na antiga Grécia, esta representação e esta participação eram mais ou menos selecionadas
(intelectuais, comerciantes e militares), assim com, na antiga Roma, eram diferenciados
patrícios e plebeus. (Senado e Assembléia Curiata)

Já no século XVII, John Look e Adam Smith, na Inglaterra, preconizam os primeiros acordes do
pensamento liberal, que acabou culminando na “Revolução Gloriosa” de 1689
(parlamentarismo), porém, ficou um século restrito às ilhas Britânicas.

Cem anos mais tarde, na França, surgem dois pensamentos, um no âmbito econômico, e, o outro
no âmbito social e político, são:

A Fisiocracia, preconizada por Francois Quesnay, Turgot, Dupont, De Nemours e Gournary,


estabelecia que toda a riqueza produtiva deriva da terra, sendo o comércio e a indústria, os
complementos, mas para tal, se precisava de liberdade, o “laissez-faire”, liberdade de ação.

O Iluminismo, preconizado por Jean Jaques Rosseau, Voltaire, Montesquieu, estabelecia o


Estado em função do Indivíduo, e, não ao contrário, estando por ele emanado e representado,
estes pensamentos são vitoriosos, na revolução francesa de 1789, concretizando o liberalismo.

Esta revolução, todavia, não realizou os anseios do proletariado, uma vez que, a burguesia
assumiu todo o controle (primeiro os jacobinos, e depois os girondinos), que deixando os “sans
coulotes”(proletários urbanos e rurais), à sua própria marginalização.

Fermentam, pois, no início do século XIX, os primeiros pensamentos do socialismo,


primeiramente utópico com Pierre Proudon, Edgard Faure, Saint Simon, e, posteriormente com
Karl Marx e Frederico Engels na metade do século XIX, culminando com a Revolução Russa
em 1917, durante a I Guerra Mundial, liderara por Wladimir Lenine e Leon Trotsky.

Ao chegar o término da I Guerra Mundial, se tem duas ideologias antagônicas:


a) Liberalismo - Livre Iniciativa (laissez faire), não-intervenção do Estado e livre
concorrência, assim como o voto universal, de onde sai a representação pluri-partidária.
Direito de Propriedade.

b) Socialismo Marxista, imposto na União Soviética em 1917 – Economia e política estatal,


definida e dirigida pelo Partido Único (Comunista), representação pelos Sovietes, do povo e
das nacionalidades. Negação da Propriedade.

No início do século XX, em 1909, surge na Itália o movimento futurista, pregando o futuro
modernista, liderado por Mariatti e Papini. Este movimento, mais tarde após a I Guerra
Mundial, vai aderir ao vitorioso Fascismo, fundado por Benito Mussolini, ex-marxista,
estabelecendo o Estado Social Corporativo (associação de classes), delas saindo as suas
representações e os seus dirigentes (1922).

Nesta mesma década, o Nacional-Socialismo, na Alemanha, liderado por Adolf Hitler, com a
ideologia análoga ao Fascismo, caminha e chega ao poder em 1933.

Ambos eram anti-marxistas e anti-liberais, mas o que é importante observar-se é que o conceito
de Povo, Estado e Representação (democracia), está embutido no pensamento de cada uma
destas ideologias:

Liberalismo, voto universal e pluri-partidarismo, direito de propriedade, mas pode o homem


sem o dinheiro justo remunerado, se eleger por um partido ou adquirir uma propriedade?

Socialismo-Marxista, voto do Soviete (agremiações proletárias), voto, e propriedade coletiva,


afim de ser distribuída ao bem comum, mas onde está o direito de pensamento e fixação do
homem?

A tese Fascista, estabelece que o espírito individual está dentro de sua classe obreira, e, o
conjunto das classes obreiras formam a sociedade pluralista, que dentro de um Estado
harmônico social, equilibra a sua estrutura e atende aos anseios de todos, dentro da união
nacional. É o Corporativismo, cujas origens remontam às Corporações de Ofício medievais.

Isto será adiante tratado no tema “Integralismo no Brasil”.

BRASIL – NO INÍCIO DO SÉCULO XX

Começara uma república, que iria durar até 1930, sem base nacional, sem respaldo
popular, sem ideais sociais, tendo por princípio, os interesses regionalistas concentrados
no eixo Minas Gerais - São Paulo.

O elitismo europeu, com toda sua plenitude era cultuado na vida brasileira, principalmente o
francês.

Quando, então, a intelectualidade nova, começa pelos idos de 1907, a defender um novo
pensamento, acerca dos valores nacionais, na recém fundada revista “A Meridional”, por estes
mesmos defensores do nacionalismo cultural.
Por esta época, sob a égide de Cruz e Souza, Eliseo de Carvalho, e, por apoio de Décio Villares
e Rocha Pombo é que a expressão “integral” é usada no sentido de “resgatar a força ancestral do
homem brasileiro, mediante a investigação estética dos motivos étnicos e a glorificação dos
heróis espontâneos e naturais, com a expressão total da existência da raça.” (Antonio Arnoni
Prado), baseado na lição filosófica dos naturistas Albert Feury e Le Blond.

Iniciava-se, assim, o Movimento Naturista, conforme o panfletário neste sentido, seguido do


livros “As Modernas Correntes Estéticas da Literatura Brasileira”, acabando por se concretizar
no Movimento Modernista.

Apesar de, nele constar muito dos adeptos ao anarquismo, como José Oiticica, Fábio Luz, José
Veríssimo, Silva Marques e outros, há um grupo que diverge desta corrente, uma vez que cultua
o valor da etnia brasileira, indo aos poucos tomando vulto como Graça Aranha, João Ribeiro,
Ronald de Carvalho, João do Rio, já entre 1907 a 1912.

Assim se expressam em suas obras:

“Esplendor e Decadência de uma Sociedade” – Eliseo de Carvalho

“Canaã” – Graça Aranha

“A Mulher e o Espelho” – João do Rio

Em todas estas obras, os autores procuram enaltecer o espírito e o personagem nacional,


enquanto criticam a imitação estrangeira, como Alberto Torres em “As Fontes de Vida no
Brasil”, em 1915.

Enquanto isso, na Itália, desde 1909 crescia o Movimento Futurista, com pensamento análogo,
ou seja emancipação das tradições passadas, com novos valores literários e novas formas
artísticas, e, consequentemente um Estado forte que sustentasse esse Movimento (sic). Marinetti
liderava o Futurismo.

Após 1914-1918, período da I Guerra Mundial, o panorama mundial deu uma guinada de 360º,
estando extintos o Império Alemão, o Austro-Húngaro, e o Russo, em seus lugares surgia a
República de Weimar, as pequenas Áustria, Checoslováquia, Hungria e a colossal União
Soviética.

Em 1922, o fascismo triunfa na Itália sob a liderança de Benito Mussolini, recebendo a adesão
do Movimento Futurista.

No Brasil, nesta época, a república de 1889, dava sinais de agonia, eventos como o
Movimento dos “Tenentes”, com a revolta do Forte de Copacabana, as greves operárias,
a fundação do Partido Comunista e a Coluna Prestes.

Destarte, foi natural que as correntes literárias e artísticas tomassem posições políticas, e, assim
se forma em 1922, o grupo verde-amarelo, constituído dos modernistas Amoroso Lima,
Alcantara Machado, Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Guilherme de Almeida, Tasso da
Silveira e outros, entre os quais um advogado moço, redator de vários jornais, como: “O Jornal
Albor”, “Correio de São Bento”, e, “O Correio Paulistano”, foi um ardoroso defensor do
nacionalismo, baseado na raça tupi principalmente. O europeu e o africano foram o
amálgama, em decorrência do primeiro.
Neste mesmo ano, há a inauguração da Semana de Arte Moderna, por Oswald de Andrade, e a
publicação do livro “Juca Mulato” de Menotti del Picchia.

A grande importância deste ano de 1922, é a formação do grupo Anta, mamífero totem da raça
tupi, com a maioria dos integrantes do grupo verde-amarelo, ao mesmo tempo em que surgem a
“Ação Patrinovista do Brasil” de Olbiano de Melo e a “Ação Social Brasileira”, de J. Fabrino,
mas, é sobre o grande dinamismo de Plínio Salgado, que vai despertando um novo pensamento,
escrevendo várias obras:

‘Diretivas da Nova Geração’ (1927), ‘O Estrangeiro’, ‘Literatura e Política’, ‘República de


1889, Favorável e Desfavoráve’l, ‘A Cidade e a Província’, a ‘4ª Humanidade’, foram seus
escritos nos anos que se seguiram entre 1927 e 1931.

Entre Abril a Outubro de 1930, faz uma viagem a Europa e ao Oriente Médio, onde tem uma
entrevista com Kemal Atarturk da Turquia, bem como, Benito Mussolini, da Itália,onde estudou
atentamente o Fascismo.

Em 07/10/1932 é oficialmente fundada a “Ação Integralista Brasileira”, presidida por Plínio


Salgado, assessorados por Alfredo Buzaid, San Tiago Dantas, Rui Arruda, Almeida Sales,
Angêlo Simões Arruda. Já havia sido fundado o jornal “A Razão” em 1931, e, logo a seguir no
ano de 1932, após a fundação da A.I.B., foi criado o SEP (Sociedade de Estudos Políticos),
antecâmara do Integralismo.

Após sua fundação oficial, em 07/10/32 a Ação Integralista Brasileira, se organizou no seguinte
esquema:

Chefe Nacional
Executivo Nacional Conselho Nacional
Secretarias e Departamentos

Chefes Arqui-provinciais – abrangendo mais de um estado


Executivos Regionais
Chefes Provinciais – abrangendo um estado

A.I.B.

Câmara dos 40 – Representação de âmbito nacional


Câmara dos 400 – Representação de âmbito regional
Órgãos Consultivos

Organizações de âmbito municipal, integrados pelo Chefe do


Núcleo, assistido pelos Conselhos do Núcleo.
Núcleos
Assessorando o Chefe Nacional, havia o SEP – Sociedade de Estudos Políticos. Foi criada
também, a Milícia Integralista.

Muito contribuíram para esta elaboração, Alfredo Buzaid, Rui Arruda, Roland Corbisier,
Almeida Sales, Angelo Simões Arruda e San Tiago Dantas. Miguel Reale, mais tarde, o teórico.

Iniciou-se assim, a Ação Integralista Brasileira, dando a priori, apoio ao governo Vargas, visto
que a recente e derrotada Revolução Constitucionalista de São Paulo pretendia reverter política
regionalista do poder Minas-São Paulo (o famoso Café com Leite).

A partir de 1933, o governo Vargas inicia o programa social, cuja base é a Carta d’il Lavoro de
Mussolini, ou seja, o socialismo corporativo, daí surgindo a legislação do trabalho e os
Institutos de Previdência por Classes, tal foi amplamente apoiado pela A.I.B.

A partir de 1934, o Brasil continua através do governo de Getúlio Vargas, a sua política
corporativa, são criados o Ministério do Trabalho e a Justiça do Trabalho, o primeiro para
coordenar os Institutos de Previdência e fiscalizar as empresas no tocante à legislação do
Trabalho, e, a segunda para julgar os litigios entre empregados e empresários e fixar os dissídios
salariais. Em 16/07/34 é promulgada a 3ª Constituição do Brasil em bases corporativas, havendo
a representação classista, sendo Getúlio Vargas eleito para o período de 1934 a 1938. A AIB
apoiou tais eventos.

O ano de 1935 entra sombrio, os comunistas, elaborando a “Aliança Nacional Libertadora”,


denunciam o sistema como fascista, e, pregam a revolução armada em “nome do povo”, já em
1934 Plínio Salgado declarara em um Congresso da AIB:

“A liberdade é condicionada à uma finalidade social que garanta a plena expansão das
aspirações humanas”, querendo dizer com isto, que tanto o exerço do liberalismo, permitindo
as grandes riquezas, em detrimento da sociedade, como o socialismo marxista colocando o
indivíduo em função do Estado, e lhe negando o direito de propriedade e logicamente sua
fixação, não atendem as aspirações do homem.

Ambos, o exerço de liberalismo e comunismo tiram ao homem o direito da verdadeira liberdade,


que consiste no seu direito individual de trabalho e propriedade, condicionando no dever de
respeito à propriedade e trabalho de seu semelhante, dentro do espírito de classe e sociedade.

Liderada por Luis Carlos Prestes, explode em 27/11/35 a intentona comunista, no Rio de
Janeiro, Natal, Recife e Olinda, sendo prontamente abafada pelo governo, assim como presos os
chefes do movimento. A AIB ajudou amplamente o governo Vargas, neste propósito.

Em 1936, o ano abre tenso, a intentona comunista deixara muitos mortos entre os militares e
civis leais ao governo Vargas, os espíritos estavam exaltados e os familiares revoltados, as
prisões cheias de comunistas e suspeitos. Apesar de Luiz Carlos Prestes estar foragido, e, o
governo Vargas ter o controle da situação, o perigo de conspiração comunista não cessara. A
AIB se mantém vigilante ao perigo, informando às autoridades, todos os movimentos pró-
comunistas que consegue detectar, Prestes foi preso e condenado.

Em 1937, a política brasileira, sob o governo Vargas, atinge a temperatura máxima, não só a
ameaça comunista perdurava, como as eleições presidenciais se aproximavam, cujos candidatos
principais eram José Américo, da Paraíba com um programa liberal nacional e Armando Sales,
de São Paulo, que, na verdade, representava a antiga política regionalista de Minas-São Paulo.
No Rio Grande do Sul, não se soube a que pretexto, Flores da Cunha, governador, conspirava
contra o governo Vargas.
Surgiu então o famoso plano Cohen, até hoje incerto nas pesquisas de todos os historiadores, de
onde a sua origem? A sua característica era similar a do comunista húngaro Khun, daí a
corruptela para Cohen, que consistia na tomada de assalto das principais repartições públicas,
sobretudo a de comunicações e transportes, principais unidades militares e assassinato das
principais autoridades, conspiração essa que fracassou na Hungria.

Existem várias hipóteses, nenhuma provada:

1) O Plano fora forjado pelo governo, como pretexto para o golpe de 10/11/37, com a
cumplicidade dos integralistas.

2) Havia realmente algo comunista no ar.

3) Conspiração internacional pró, ou anticomunista, até mesmo de capitais internacionais, que


viam seus interesses ameaçados.

Personagens Contemporâneos da Época:

Alzira Vargas do Amaral Peixoto => Filha de Getúlio Vargas e sua assessora direta, cita
em seu livro ”Vargas, meu Pai, que desconhecia totalmente a origem deste plano,dizendo
apenas que fora preso no Ministério da Guerra, um oficial integralista datilografando uma
minuta sobre o plano, embora não decline o nome do oficial, se sabe que foi o Capitão
Olímpio Mourão Filho ,o qual mais tarde como General em 1964, seria o principal
mentor militar que precipitaria a queda do governo do Presidente João Goulart.

Olímpio Mourão Filho => No seu livro de memórias, o General Mourão não faz uma única
referência ao plano; não obstante se declarar abertamente integralista, chegando a dizer que
“Quem veste a camisa-verde, jamais a tira”, além de tecer vários elogios à Plínio
Salgado.

No entanto, há uma entrevista sua publicada no “Jornal do Brasil” no início dos anos 70,
onde diz que estava informado sobre graves conspirações, às quais poderiam levar o Brasil
ao caos, e por isto juntara documentos comprobatórios, levando-os ao General Mariante,
então Ministro do Tribunal Superior Militar. O General Mariante, de posse dos documentos,
os levou ao então Chefe do Estado-Maior do Exército, General Goés Monteiro.

Quando mais tarde, Mourão soube, procurou Góes Monteiro(desmentindo aí a sua prisão),
sendo por ele recebido, a quem externou a sua preocupação, e, estando apreensivo pelo fato
das eleições estarem próximas, assim como, quais seriam as ressonâncias de tais notícias no
Congresso.

Góes Monteiro, não lhe tinha nenhuma simpatia, diz Mourão, que ele assim o respondeu:

-“Não seja arara (bôbo), não vai haver coisa alguma!”


Tais acontecimentos se passaram no início do mês de Novembro de 1937. E, em 10/11/37,
era Fechado o Congresso, desmarcadas as eleições e proclamado o Estado Novo, com
Getúlio Vargas na Chefia da Nação.

No dia 15/11/1937, houve uma solenidade junto ao monumento do Marechal Deodoro da


Fonseca, presidida por Getúlio, onde são queimadas as bandeiras estaduais, logo a seguir,
foi hasteada a Bandeira Nacional, ao som do Hino Nacional, rodeados de milhares de
Camisas-Verdes de braços direitos levantados. No dia 01/11/37, duas semanas antes de tais
eventos, diz

Alzira Vargas em seu livro, que a grande manifestação integralista, como o grande ‘desfile
dos 50 mil’ em homenagem e apoio ao seu pai, muito a impressionou, pois nele estavam
altas patentes do Exército e da Marinha, bem como altos industriais e comerciantes,
bancários, comerciários e senhoras da alta sociedade. E que “terminado o desfile, o meu pai
subiu ao gabinete, tocou a campainha e convocou o Ministro da Justiça, Francisco
Campos”.

No dia 21/11/1937, o governo do Estado Novo, fechou todos os partidos e agremiações


políticas, incluindo a Ação Integralista Brasileira.

Foi um grande impacto, pois AIB já estava organizada não só como um partido político,
como uma Associação Social e Beneficente, razão à qual, motivou uma série de protestos,
entre os quais e principalmente, as carta do General Newton Cavalcanti e de Plínio Salgado;
a primeira falava da demissão do General Newton do comando da Vila Militar, endereçada
ao Ministro da Guerra, general Eurico Dutra, e a Segunda, endereçada ao Chefe do Estado
Novo, Sr. Getúlio Vargas, protestando contra o fechamento da AIB.

Hoje em dia, antigos integralistas, magoados, negam que a AIB houvesse apoiado o
governo Vargas em toda a sua trajetória, mas essas cartas, cujo teor está no livro do
historiador Hélio Silva, sobre o Movimento Integralista, são contundentes provas a
contradizê-los...

Começou, entretanto, entre fins de 1937 a princípios de 1938, a conspiração integralista,


pecando desde o início, por não ser uniforme, e, quando por fim se arquiteta o ataque ao
Palácio Guanabara, que seria apoiado por forças do Exército e da Marinha, com a posse de
um triunvirato, composto de Belmiro Valverde, um General e um Almirante, essa
planificação não era compacta.

Tanto assim, que em seu livro, o Historiador Hélio Silva cita na véspera da data marcada,
dia 10 de Maio de 1938, “Barbosa Lima tentara convencer Severo Fournier, tenente do
Exército que ira comandar o ataque, da inutilidade de tal sacrifício, uma vez que todas as
informações levavam a crer que dentro do Exército e da Marinha, ainda não havia a
aderência suficiente para se desfechar o golpe.”

Tal, porém não demoveu o Tenente Fournier, pois no dia 11/05/1938, à 01 hora da
madrugada, algumas viaturas trouxeram homens uniformizados de fuzileiros navais que
chegaram em frente ao Palácio Guanabara, cuja guarda de fuzileiros estava comandada pelo
tenente Nascimento, que era Integralista; a resistência é pouca. Morrem três fuzileiros que
tentam resistir, o Palácio é tomado, e Getúlio e a família ficam prisioneiros por várias horas.
Não chegavam nem forças rebeldes, nem do Governo; há menção de que os fuzileiros
navais são retidos no Arsenal de marinha, por forças governistas; Os telefones do Palácio
foram cortados, exceto um, que permitiu a comunicação com a Polícia Especial; O General
Dutra no Leme soube do ocorrido, e parte com uma pequena força de 12 homens para o
Palácio; Há combate. Dutra é ligeiramente ferido na orelha. O que realmente se passou...?
O fato é que com a chegada da Polícia Especial (Uma unidade de elite do Estado Novo), o
combate se tornou desigual, e já de manhã estava tudo terminado: Os Integralistas vencidos,
alguns mortos, outros refugiados e outros aprisionados e fuzilados, por ordem de Benjamin
Vargas, irmão de Getúlio.

Seguiram-se inúmeras prisões de chefes e militantes integralistas. Houve comentários de


que o levante estava ligado à Alemanha Nazista, porém no livro “O III Reich no Brasil”,
que tem na íntegra documentos alemães decodificados e apreendidos pelos Aliados no final
da II Guerra, o embaixador alemão Von Ritter, emitiu um telegrama-relatório normal, sem
aventar qualquer ligação de seu governo com o Levante. Nele faz uma menção da eclosão
do movimento devido ao fato do Governo Vargas não ter cumprido a palavra empenhada
com os Integralistas

Em sua carta de demissão, o General Newton Cavalcanti chama a atenção para as


conseqüências imprevisíveis para o Governo Vargas, uma vez que, se cuidasse do
perigo das influências do comunismo e do banqueirismo internacional, vide Plano
Cohen...

No período em que se seguiu a 2° Guerra Mundial, os Integralistas foram acusados de


espionagem Pró-Alemanha (Acusação falsa e sem provas!).

Após o final da Segunda Guerra e a queda do Estado Novo, e obviamente de Getúlio, em


29/10/1945, o Integralismo ressurge, com a ajuda de seu teórico Miguel Reale com a sigla
de PRP (Partido da Representação Popular), porém já não possuía a ênfase e a força
anteriores.

Já em pleno Governo Dutra (1946/1951), nasceram os seguintes Partidos Políticos:

• UDN (União Democrática Nacional )=> Cunho Ultra-Conservador;

• PSD (Partido Social-Democrata) => Cunho Conservador, abrigava empresários e donos de


terras

• PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) => Trabalhadores em geral;

• PSP (Partido Social Progressista) => Trabalhadores da Grande SP; Era conduzido por
Ademar de Barros, ex-governador de SP;

• PCB (Partido Comunista Brasileiro) =>Liderado por Prestes, com grande força entre o
operariado, acabou sendo fechado em 1947, por Decreto Presidencial;

Neste panorama político, foi difícil a atuação do PRP. Não obstante fazer deputados
federais e até lançar a candidatura de Plínio Salgado em 1955, à Presidência da
República; Foi derrotado; e em 1965 seria extinto com os demais partidos por decreto
do Presidente Castelo Branco (1964/1967).

Σ)
FATORES QUE LEVARAM À DOUTRINA INTEGRALISTA (Σ
Ao se iniciar o séc.XX, vários antagonismos se destacaram: o Socialismo não só se
opunha ao Capital-Liberalismo, como também ao Absolutismo-Monárquico, que ainda
perdurava na Europa, nos Impérios Russo, Alemão e Austro-húngaro, oriundos do
Congresso de Viena.

Por outro lado, um forte Nacionalismo Patriótico despertava em várias regiões da mesma
Europa (Polônia, Tchecoslováquia, Bóznia-Hezergovina, Bascos na Espanha, etc...).

Segundo o Historiador inglês Edward Carr afirmava, “Em História, tôdo o acontecimento
tem consequências futuras onde o passado e o presente se inserem no tempo.”

Após a Primeira Guerra Mundial, o advento do Fascismo Italiano, de cunho Nacionalista,


muito aguçou os sentimentos patrióticos não só na Europa, como aqui na América,
particularmente no Brasil. Não apenas cultuavam os sentimentos nacionais, como
combatiam a rescém-Revolução Russa, que pregava o Internacionalismo comunista.

No Brasil do início do século XX, os movimentos literários de Cruz e Souza e Elísios de


Carvalho, até 1918, pregavam os valores morais do homem brasileiro, valores êstes
‘Integrais’, dentro do espírito indígena, caldeado com o europeu e o negro africano, assim
foram os movimentos naturista e modernista.

No entanto, à partir da criação do Partido Comunista Brasileiro, em março de 1922,


esses mesmos movimentos literários despertaram para mais uma luta: o Anti-
Comunismo.

Esta foi a motivação do nascimento verde-amarelo,grupo que depois se constituiu no


famoso “Grupo da Anta”, animal sagrado do folclore tupi.

Daí, até 07/10/1931, são fundados outros movimentos, como “Ação Patrinovista do Brasil”
e a “Ação Social Brasileira,mas ambas acabaram por se absorver à “Ação Integralista
Brasileira”,em 07 de Outubro de 1932.

Assim, dentro da Historiografia Positivista, observamos os fenômenos de Causas e Efeitos.

ASCENÇÃO E QUEDA DO INTEGRALISMO

DE 1922 A 1927 => Formação do grupo ‘Verde-Amarelo’, e formação do ‘Grupo da


Anta’, daí até 1927, se amplia o sentimento Nacional, com os valores nacionais, onde o
“totem” é o sentimento indígena à tupi, onde se distinguem a “Ação Patrianovista do
Brasil”, de Olbiano de Melo, e a “Ação Social Brasileira”, de J. Fabrino;

DE 1928 A 1932 => Já são nítidos os pensamentos integralistas, com os Manifestos e as


obras de Plínio Salgado: “O Estrangeiro”; “Literatura e Política”; “República de 1889,
Favorável e Desfavorável”; “A Cidade e a Província” e “A Quarta Humanidade”;
DE 1932 A 1934 =>Proclamação Oficial da AIB (Ação Integralista Brasileira),em
07/10/1932 com Plínio Salgado, Alfredo Buzaid, Santiago Dantas, Rui Arruda,Almeida
Sales e Angelo Simões Arruda, quando paralelamente são criados o jornal “A Razão” e o
SEP (Sociedade de Estudos Políticos), a AIB dá ao governo Vargas, uma vez que este
adotou o sistema corporativo baseado na Carta del Lavoro,de Mussolini, fato que
culminou com a Constituição de 16/07/1934;

DE 1934 A 1938 => Apogeu do Integralismo, com a nítida característica de Estado,


quando se organiza em executivos nacional, regional órgãos consultivos (Câmara dos 40
e Câmara dos 400) e Núcleos Municipais.Os aspectos jurídicos eram julgados pelo SEP.
Em 10 de Novembro de 1937, Vargas fecha o Congresso, impõe a Carta de 1937, fecha
todos os partidos políticos, inclusive a AIB. Esta se rebela e conspira; em 11 de Maio de
1938, ataca o Palácio Guanabara, com a intenção de depor Vargas e proclamar o Estado
Integralista. Mas, a intenção não vinga, os rebeldes são dominados, os chefes são presos e
fuzilados; Mas alguns conseguem escapar, se refugiando em Embaixadas estrangeira;
Plínio Salgado seria preso em 26 de Janeiro de 1939, e exilado inicial mente na Fortaleza
de Santa Cruz (Niterói), e depois em Portugal, até o fim do governo Vargas, em 1945;

DE 1938 A 1945 => Hiato de tempo, em que o Brasil esteve sob a ditadura do Estado
Novo;

DE 1945 A 1965 => Com o fim da ditadura Vargas(29/10/1945), a AIB ante os traumas
e rancores do Anti-Fascismo, procurou se organizar com a sigla PRP (Partido da
Representação Popular), mas por circunstâncias lógicas, não mais com aquela ênfase e
força, porém, ainda conseguiu dentro deste período,eleger para a Câmara Federal alguns
deputados; Com o Golpe Militar de 31 de março de 1964, todos os partidos foram
perdendo forças, até ao seu fecha mento definitivo, em 27/10/1965, incluindo o PRP....

ATUAÇÃO DO INTEGRALISMO DEPOIS DE 1945

Com a criação do PRP (Partido de Representação Popular), o Integralismo fez um


gigantesco esforço para ressuscitar a sua ideologia, porém encontrou sérios obstáculos,
como:

a) A legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB),em 1945, com forte


conotação política;

b) O Anti-Fascismo do Pós-Segunda Guerra;

c) Forte oposição liberal;


Mesmo assim, consegue uma fraca representação nas câmaras municipais, estaduais e
federal, e seu lema principal, era o Anti-Comunismo e no campo social, o aprimoramento das
classes.

Decorridos três anos, em 1948, a sua atuação ficou mais fácil, pois o PCB, fora fechado
um ano antes, os rancores da guerra estavam amainados e o Governo Dutra necessitava de
aliados contra os comunistas rancorosos, e assim, neste ano todos os oficiais das Forças
Armadas, que foram excluídos por ocasião do levante de 11/05/38, foram anistiados e
reintegrados.

O PRP procurou então, fazer o seu programa mais corporativo possível, fazendo
alianças com um partido conservador (UDN), com essa finalidade.

Manteve-se nesse programa os governos que se seguiram: Getúlio Vargas (1951/54),


Café Filho(1954/55), sendo que neste período foi lançada a Candidatura de Plínio Salgado à
Presidência da República; foi derrotado por Juscelino Kubistchek (1956/61), mas obteve cerca
8% de votos válidos.

Em 1957, quando houve o Congresso Integralista, no qual foram homenageados os


“Águias Brancas”(postos honoríficos da extinta AIB), decidiu-se pela candidatura de Plínio
Salgado à Câmara Federal, sendo concretizado em 1958, e se reelegendo sucessivamente em
1962, 1966 e 1970.

Com o advento do Regime Militar (1964/85), os Integralistas apoiaram o Golpe, nos seus
primórdios, todavia passaram a criticá-lo já em 1965, inclusive o mesmo ano em que o Ato
Institucional N° 2, de 27/10/1965 extinguia todos os partidos, criando o Bipartidarismo, sendo
um de apoio ao Governo (Arena - Aliança Renovadora Nacional) e um da oposição (MDB –
Movimento Democrático Brasileiro); Plínio Salgado se inscreveu na Arena e lá permaneceu até
se afastar da vida pública em 1974.

Ainda em pleno regime militar, no Governo do General Garrastazu Médici (1969/74), há


uma última tentativa de ressurgimento do Integralismo, com o Ministro da Justiça Alfredo
Buzaid tenta enxertar complementos corporativos na Constituição de 1969, sem êxito.

Com o falecimento de Plínio Salgado aos 80 anos em SP, em 07 de Dezembro de


1975, os ideais integralistas sofreram um rude golpe, mas não morreram de todo, pois de minha
passagem pela Universidade Santa Úrsula, de 1987 a 1990, conheci quatro colegas
integralistas, que tinham a coragem não só de assumirem, como se defrontarem com uma
grande massa de marxistas.

Foi realizado nos dias 04/12 e 05/12 de 2004 na cidade de São Paulo o Congresso
Integralista para o Século XXI. Na ocasião foi criado o novo movimento Integralista hoje
denominado FIB (Frente Integralista Brasileira).
Atualmente, os integralistas reorganizam-se em todo país, com a criação de centenas de
núcleos nas mais diversas regiões. A Frente Integralista Brasileira conta com alguns braços
regionais.
REFLEXOS do INTEGRALISMO NA SOCIEDADE e NA FAMÍLIA BRASILEIRA

O Integralismo em toda a sua trajetória, principalmente na década de 1930, penetrou


com muita receptividade tanto na Sociedade, como na família brasileira, dado ao seu próprio
lema “DEUS, PÁTRIA e FAMÍLIA”.Assim,como o imenso apoio da Igreja Católica, a quem o
Povo Brasileiro maciçamente pertencia e ainda pertence!

Já no ‘Manifesto da Anta’,em 1922,essa característica, e o Anticomunismo foram as


bases com as quais o grupo verde-amarelo lançou as premissas do que seria mais tarde, o
Integralismo. Essas premissas foram paulatinamente ganhando eco em toda a camada da classe
média brasileira, como também, em grande parte da classe humilde, durante a década de 20.

Outro fator preponderante foi a essência da doutrina corporativa, uma vez que, as
classes sempre tiveram uma coesão de reivindicações. Isto teve uma grande influência na
década de 30.

E, justamente a partir desta década, foi que o Integralismo penetrou a fundo na


sociedade brasileira, dando o seu espírito de patriotismo radicalmente dentro dos parâmetros
nacionalistas, recebendo as adesões de todos os setores sociais, incluindo de uma boa parte das
forças armadas, principalmente da Marinha(cerca de 80%!)..

O que é importante, porém, é que havia nessas adesões, um sentimento puro e honesto
de um ideal que via realmente um Brasil acima de quaisquer interesses regionais e
mesquinharias políticas e ambições individuais, objetivando unicamente um País forte e
integrado dentro de suas origens, tradições e princípios nativistas, com os quais se acreditava
no verdadeiro sentido de “Ordem e Progresso”.

Essas foram as razões às quais, o Integralismo se refletiu na sociedade e na família


brasileira.

Se você deseja maiores informações sobre o Integralismo, contate:


NÚCLEOS INTEGRALISTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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