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MAY 2008
May 2008
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Preparado para a:
Nathan Associates Incorporated
Por:
www.johnrobinson.co.uk
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CONTENTS
Pagina Pagina
Introdução 2
Apêndices 29
A: Directivas Gerais de um Pré-estudo de Viabilidade 30
B: Directivas Gerais de um Estudo de Viabilidade Completo 31
1
A Agência Americana de Desenvolvimento Internacional (USAID)
encontra-se a prestar assistência técnica e a financiar o Cabo Delgado
Niassa
desenvolvimento do potencial do turismo nas três Províncias do
Norte de Moçambique, nomeadamente Cabo Delgado, Nampula
e Niassa. O objectivo é desenvolver e posicionar as três províncias
como importantes destinos turísticos internacionais e sustentáveis, Nampula
com base nos recursos históricos, culturais e naturais singulares da
Foram identificadas três Potenciais Áreas de Investimento (PAIs) Províncias do Norte de Moçambique
Turístico com o objectivo de atrair o investimento para estâncias,
acomodação e instalações turísticas. Trata-se das seguintes áreas:
Reflectindo o resultado de oito semanas de intensa preparação, O relatório encontra-se dividido em duas partes:
o presente relatório apresenta um quadro geral para o futuro
desenvolvimento destas áreas, identificando projectos chave para Parte 1: Oportunidades de Desenvolvimento do Turismo
implementação. O documento apresenta as bases para a melhoria
e expansão ordenada do turismo, de modo a aumentar as O relatório principal apresenta uma abordagem planificada,
oportunidades de emprego e os benefícios económicos que identifica o potencial de desenvolvimento de cada PAI e apresenta
resultarão do sector. O objectivo do relatório é, deste modo, conceitos iniciais. A materialização do potencial de cada área
identificar as oportunidades de desenvolvimento do turismo, exigirá recursos, uma gestão capaz e visão. O Ministério do Turismo
definindo o foco e a direcção através da identificação de possíveis será o principal catalisador deste processo, mas necessitará de
projectos para implementação. assistência em termos de capacitação institucional e
estabelecimento de parcerias entre os sectores público e privado
As actividades globais do programa de desenvolvimento do para orientar a implementação dos planos. Estes aspectos são
turismo financiadas pela USAID irão complementar o trabalho de abordados de uma forma resumida, sendo igualmente feitas
planificação conceptual e divulgar a informação sobre o produto considerações sobre o possível risco de não se avançar
e o mercado existentes no Norte de Moçambique. Os projectos rapidamente para a implementação do plano.
indicativos aqui apresentados serão, portanto, testados,
aperfeiçoados e modificados ao longo dos próximos meses, em Parte 2: Directivas de Desenvolvimento do Turismo
resposta a uma pesquisa adicional e informação de retorno que
venha a ser recebida da equipa do programa e dos intervenientes O relatório coloca ênfase numa abordagem total de planificação e
dos sectores público e privado. design. O tratamento de cada uma das facetas e detalhes de uma
estância e de instalações turísticas deve ser consideradas com
Neste documento, não foram apresentados agradecimentos precaução, desde a elaboração do plano director de uma área ao
PAI das Cabaceiras formais. Porém, muitas pessoas contribuíram para o nosso trabalho tratamento de elementos tais como a sinalização e as vias para
com os seus pontos de vista e informação. De forma particular, pedestres. Deste modo, esta segunda parte do relatório apresenta
temos estado a trabalhar em estreita colaboração com os níveis recomendações sobre: avaliação e aprovação dos planos
de Administração Provincial e Local na identificação de sítios e no propostos; directivas de desenvolvimento; design e gestão
desenvolvimento de directivas, para apoiar na promoção do ambientais e design urbano.
desenvolvimento sustentável e de um bom design.
É igualmente abordado o conceito de Plano de Acção Comunitário
(PAC). As suas componentes chave incluem o seguinte: a criação de
condições, as etapas do Plano de Acção Comunitário e a
comunicação. O PAC constitui um acréscimo valioso ao processo de
desenvolvimento.
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1
O Norte de Moçambique é destacável pelos seus recursos terrestres Grande parte dos problemas devem-se às insuficiências
e marinhos e, juntamente com o seu rico património cultural, tem o registadas na implementação do sistema de planificação e controlo
potencial para se tornar um destino turístico internacional de do desenvolvimento e, por outro lado, verifica-se um elevado grau
qualidade reconhecida. Porém, existe uma série de desafios. de incumprimento e de acções de desenvolvimento não
Embora tenham sido efectuados investimentos significativos em planificado. Esta situação está na origem da deterioração
termos de alojamento destinado a turistas nos últimos cinco anos, progressiva do ambiente em que o sector do turismo opera,
estes incidiram sobre pequenas pousadas (lodges) de luxo com 10 representando um factor que, se não for corrigido, contribuirá
UMA ABORDAGEM
a 20 quartos em ilhas e à beira do lago, destinados ao segmento para a incapacidade de tornar sustentável o desenvolvimento do
alto do mercado de ‘getaway’. Actualmente, a Região possui turismo, sem mencionar a promoção de um produto turístico de
PLANIFICADA
apenas cerca de 300 quartos de padrão internacional, espalhados qualidade para a Região. Consequentemente, coloca-se a
por doze propriedades. A maior destas (100 quartos) é o Pemba necessidade urgente de se estabelecer e fazer cumprir
Beach Resort and Spa, situado na capital provincial de Cabo procedimentos de planificação e mecanismos de controlo
Delgado. ambiental.
Muitas das outras instalações turísticas existentes possuem um Todavia, regista-se actualmente uma grave insuficiência na
design ou localização inadequados, ou então requerem melhorias estrutura organizacional pretendida para planificar e desenvolver o
de grande envergadura, que as possam posicionar ao nível dos turismo sustentável dentro de Moçambique, o que reflecte a forma
padrões internacionais. Será, portanto, necessário melhorar e como o turismo se tem desenvolvido até à data. Sem uma estrutura
diversificar a gama de produtos actualmente disponíveis. Estão totalmente abrangente, a planificação e o desenvolvimento do
em curso acções de protecção ambiental do património natural, turismo ocorrem de uma forma ad hoc, com pouca atenção à forma
histórico e cultural, mas uma série de regulamentos e planos de como um desenvolvimento pode interferir com os objectivos
gestão não são implementados devido à falta de recursos humanos nacionais ou mesmo com o desempenho de outro
e financeiros. As questões ambientais são cruciais para a desenvolvimento. A falta de empenho tanto do sector público
aceitabilidade do turismo. Qualquer aumento planeado do número como do privado dentro de um fórum unificado cria as condições
de quartos de hotel resultará em maior pressão sobre a costa, as para o fracasso dos objectivos básicos definidos para a indústria do
lagoas e infraestruturas em geral. A zona possui muitos tipos raros turismo.
de habitat e espécies cujo número tem vindo a reduzir devido à
crescente pressão sobre a natureza. A descarga de esgotos e águas
residuais nas águas costeiras constitui um problema grave.
Outras questões tais como a disposição de resíduos sólidos e várias
práticas ilegais foram devidamente documentadas em relatórios
anteriores.
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PROVÍNCIA CABO DELGADO
Considerando a fraca base de desenvolvimento turísticos e de
de NIASSA Ilha do Ibo
infraestruturas actualmente existente, o Plano Estratégico para o Metangula
Desenvolvimento do Turismo em Moçambique definiu uma Visão
do Turismo: Lichinga Pemba e Costa
Leste
“Até ao ano 2025, Moçambique será o destino turístico mais vibrante,
dinâmico e exótico de África, famoso pelas suas praias e atracções
PROVÍNCIA de
DESENVOLVIMENTO
foram desenhadas de modo a contribuírem para o avanço rumo ao
alcance desta visão. Contudo, muitos dos projectos poderão levar
anos a concluir, sujeitando-se a vários ciclos de mercado, e ainda a
mudanças nos gostos e expectativas. Alguns ficarão pelo caminho.
Os conceitos procuram, portanto, unificar e fortalecer o produto
turístico através da criação de um quadro que permita integrar
o desenvolvimento num plano coeso, ao invés de deixar que o
desenvolvimento ocorra em pequenas partes, realçando assim o
valor das oportunidades futuras.
Centro Turistico do
• As PAIs contribuem para a criação da massa crítica – Wimbe
tornando mais económica a disponibilização de uma série
de condições e serviços na área. Costa Leste de Pemba LICHINGA
• Agregam valor por criarem um todo maior do que a soma
Lodge da floresta Quinta Capricórnio
das partes.
• Diversificam a oferta do produto de uma forma que
pode ser promovida a diferentes nichos do mercado, As Cabaceiras (Nampula) As AATs foram identificadas através de uma avaliação rápida do
facilitando assim o estabelecimento da marca do produto. ATT da Estância Integrada do Lumbo contexto de PAI, bem como da análise dos sítios e discussões
• Permitem a coexistência de diferentes formas de ATT da Estância Integrada de Sangule individuais com intervenientes dos sectores público e privado.
desenvolvimento do turismo – designando áreas ATT do Quadro de Desenvolvimento da Ilha de Moçambique
específicas apenas para o turismo da natureza, bem como Embora se reconheça que as propostas de AATs irão contribuir para
outras áreas para um uso mais intensivo. aumentar o número de visitantes no Norte de Moçambique, os
MOSSURIL projectos possuem igualmente um papel a desempenhar na
• Providenciam a oportunidade de design de um ambiente
que assegure usos da terra compatíveis e complementares. melhoria do produto e na criação de um ambiente recreativo, social
LUMBO Estância Integrada do Lumbo
e de vida que não só encoraje o desenvolvimento novo e
Ilha de Moçambique melhorado, mas também beneficie as comunidades locais.
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A PAI inclui o litoral ao norte e a leste da península de Pemba, Oportunidades de Novo
desde o Porto de Pemba até à aldeia de Murrebue. A Baía de Desenvolvimento Centro Cultural
Pemba, ao norte, com a sua vida marítima diversificada, já está a
Paquitequete
ganhar reputação como destino internacional de mergulho. Pemba Beach Hotel
A Ilha do Ibo faz parte do Parque Nacional das Quirimbas. A vila WIMBE
possui uma zona histórica importante, de que faz parte a Fortaleza
PEMBA/COSTA
São João Baptista. As duas áreas alvo do estudo são complexas sob PEMBA
o ponto de vista económico, social e físico e estão sob uma pressão
LESTE E ILLA
cada vez maior de desenvolvimento turístico e ocupação ilegal de
terras. Proposta de
DO IBO
Novas Estradas
Aeroporto
Aldeia de
Chuiba
Clube Marítimo
Rio Mechareme
Uso Industrial
Existente
Quinta de Criação
de Gado Existente
Situação Existente
Para Mecufi
A proximidade do aeroporto regional e das instalações turísticas A ilha estará posicionada como um santuário do património
existentes na área providenciam a oportunidade de criação de um cultural integrado numa reserva marinha protegida. A variedade de
destino turístico de qualidade numa zona relativamente confinada. atracções e actividades turísticas criarão as bases para o
desenvolvimento de produtos turísticos baseados em cultura e
Por essa razão, a península é considerada uma área de natureza, incluindo mergulho e regatas de iate.
desenvolvimento turístico de qualidade no Norte de Moçambique,
A ilha oferece igualmente excelentes oportunidades para o ILHA MATEMO
com potencial para o desenvolvimento de uma futura marina,
hotéis de qualidade à beira-mar, apartamentos com uma variedade desenvolvimento de um produto de turismo residencial. Os turistas
de centros comerciais, desportos aquáticos e actividades residentes permanecem por mais tempo e regressam com
recreativas. A construção do Pemba Beach Hotel impulsionou o frequência, com a família e amigos. As suas despesas têm um
desenvolvimento da zona, criando interesse e confiança no impacto mais directo na economia local, uma vez que estes fazem
investimento. compras, passam refeições localmente e empregam construtores,
jardineiros, trabalhadores para cuidarem das piscinas e da Acesso para os ILHA DO IBO
barcos Centro Histórico
A actividade turística também estimulou a abertura de cafés e manutenção em geral, etc.
restaurantes ao longo da Praia do Wimbe, proporcionando uma Acesso por
concentração de instalações de interesse geral. É de se prever uma estrada, carece
maior actividade com o desenvolvimento de um número adicional de melhoramentos
de pequenos hotéis e apartamentos, criando assim variedade, Fortaleza de São João ILHA QUIRIMBA
profundidade, atraindo residentes e visitantes. Baptista
Aeroporto
Tem-se evidenciado um interesse considerável no Zona Histórica
desenvolvimento da Costa Leste, onde existem praias arenosas
extensas. Planos para acomodar o desenvolvimento futuro do
MAHATE ILHA MEFUNVO
turismo foram preparados pelo município.
lho
particular o acesso por estrada e a construção de infraestruturas
rgu
para a costa leste. Será igualmente necessário controlar o
Me
desenvolvimento de má qualidade e por vezes ilegal, para permitir
se
ata
que a PAI materialize o seu verdadeiro potencial.
Reg,
ros
zei
Cru
Baía de
Pemba
Porto de Pemba
Conceito
Costa Leste de
Pemba
Cidade Velha
Porto
Expansão
Clube Naval
Vivendas /
apartamentos (cerca Melhoria do espaço público
de 150 unidades)
Escritórios das
alfândegas Aldeia turística comercial
Marina do
ancoradouro do Ibo
ARCO IRIS
FAIXA DE RODAGEM
REFORÇADA E/OU FAIXA
MEDIANA
Conceito Ilustrativo
ÁRVORES DA RUA
AFASTADAS PARA FRENTE,
DISTINTAS DAS OUTRAS
ÁRVORES
Área to
Area deve kept
beestar
free at all time
permanentemente s
desimpedida
Night time
Zonaing
dinn area
para se passar r
COMPLEXO DA
Refeições no período
ESTÂNCIA BALNEAR
nocturno
ZONA DE ALOJAMENTO
Not to scale
PATIO 1
Lojas, cafes, area de alimentação,
centro de informação aos visitantes
Salão de Entrada
do Hotel
PÁTIO 2 Jardins/piscina do hotel
Hotel, lojas de especialidade,
escritorios, arte/cultura e
teatro
Possivel casino
PÁTIO 3
Lojas/supermercado Supermercado e complexo
Proposto sistema
de lojas
de drenagem de
agua superficial
Via de entrada para
PÁTIO 1 Pemba
Area de serviço
Parque de estacionamento
PÁTIO 2
DESENVOLVIMENTO
FUTURO
PÁTIO 3
Conceito Ilustrativo
Delimitação 0 50 100km
Parque de estacionamento
Os Lagos
A área a sul da estrada que segue a linha de costa é susceptível
a inundações e, consequentemente, pouco desenvolvimento se
tem verificado ao longo da mesma. Contudo, a área apresenta
uma boa oportunidade de desenvolvimento, através da provisão
de um sistema de drenagem bem planeado, para criar um corpo
de água permanente, incrementando assim o valor dos terrenos e
permitindo o desenvolvimento de uma área marginal (waterfront)
de qualidade.
OS LAGOS
Via para a Baixa
de Pemba
Clube de saúde
a
rai
COMPLEXO TURISTICO
dap
DE USO MULTIPLO go
lon
ao
rada
Via para o Aeroporto Est
Conceito Canais de
drenagem
existentes
Apartamentos
Sistema de drenagem
Cabanas de
de água superficial – via
uso diurno
Centro do Wimbe, Parque
de Terras Húmidas e para
o mar Área de captação de água e lago
permanente, providenciando
Área de piqueniques
oportunidades de
desenvolvimento de uma área
Conceito Ilustrativo Conceito marginal (waterfront)
Casas do Tipo Villas 0 100 200m
Clube
Marítimo
Clube
Naval
Centro
Comercial Clube
Naval
Desenvolvimento
Hoteleiro
Mapa
da Aldeia
de Chuiba
Clube Naval
Centro Comercial
Zona Tampão de
Protecção da
Paisagem
Desenvolvimento
Hoteleiro
Estação de
Tratamento
dos Esgotos
* Clube Marítimo
Parque de
Estacionamento
e Clube Naval
Conceito
Conceito Ilustrativo
0 500 1km
Praia de Chuiba
Vivendas Vivendas
Villas /
Apartamentos
Hotel Spa
Conceito Ilustrativo
Conceito
0 500 1km
Estância de Muitua
Parques e campos de
jogos
Área de serviços Parque de
estacionamento Centro de lazer comercial
Eventos
Zona tampão de
protecção da paisagem Zona tampão de
protecção da paisagem
Parque Estância
Turística de 0 500 1km
Muitua
Centro comercial / de
comodidades
Conceito
A zona histórica da ilha será desenvolvida para se tornar um ZONA TAMPÃO VERDE
destino turístico residencial. As casas históricas individuais serão Para manter a consolidação
da Fortaleza
restauradas para serem utilizadas pelos proprietários, ou para
aluguer de curta ou longa duração. A Fortaleza de São João
Baptista será a zona central de serviços. Alguns edifícios ao longo Consolidação da vila existente
da estrada principal servirão como postos de venda de artigos de
artesanato, serviços de provisão de refeições e pequenas
instalações turísticas. Visitas guiadas providenciarão explicações REABILITAÇÃO DA
FORTALEZA
sobre o património arquitectónico e o estilo de vida da vila. A Museu
audiência alvo serão os adultos com interesses culturais, Centro de informação
acompanhados ou não das suas famílias, assim como os Café
mercados de mergulho e de regatas de iate. Como forma de
contribuir para o arranque do processo de regeneração, propõe-se
que um número de 4-5 construções em ruínas existentes na área
marginal (waterfront) sejam restaurados, formando um pequeno MELHORIAS NO
AEROPORTO
agregado e operados como um “Hotel de Património” (Boutique CENTRO HISTÓRICO Alpendre e assentos
Heritage Inn), possivelmente sob um nome de marca Edifícios individuais reabili- adicionais
internacionalmente reconhecível. Novo embarcadouro que tados para turismo residen-
dá acesso aos barcos de cial
mergulho
Uso da Terra no Ibo
Dada a natureza sensível da ilha, os factores ambientais devem
ser colocados no topo da agenda em todas as propostas de
desenvolvimento, como forma de garantir que os projectos sejam
aceitáveis, incluir a protecção e melhorar a qualidade de vida dos
Lodge da Ilha do Ibo
residentes actuais e futuros da Ilha do Ibo. É necessária uma
revisão ambiental e da infraestrutura, que irá incluir um exercício
de definição do âmbito visando identificar factores chave, tais
como qualidade da água, gestão dos resíduos, abastecimento
de água e fornecimento de energia, uma análise dos dados para
definir as condições de referência para testar as propostas futuras e
para definir medidas de mitigação, assim como um plano
provisório para a provisão de infraestruturas.
Casa de Hóspedes
da TDM
Sítio do Boutique
Hotel
Transferência da escola
Parque balnear
Spa
Quartos
Pátio coberto
Recepção
Integração
dos edifícios
históricos
Quartos
Conceito Ilustrativo
4
Esta PAI inclui uma extensão litoral de 5 km do Lumbo até Sangule. Um dos objectivos chave do desenvolvimento desta área é
O Lumbo, em particular, possui muitos edifícios abandonados revitalizar a Ilha de Moçambique. Os esforços realizados
pertencentes aos CFM. Existe um pequeno aeroporto que anteriormente centraram-se quase totalmente nesta Ilha, tendo
recentemente beneficiou de obras de melhoria, localizado ao sul sido produzidos vários estudos e relatórios com o objectivo de
do Lumbo, com aldeias agrupadas à sua volta e ao longo da restaurar e melhorar o património de edifícios que a ilha possui.
principal estrada de acesso que vai até à Ilha de Moçambique. A Infelizmente, o progresso registado foi limitado. As razões incluem
área possui uma qualidade paisagística diversificada e importante, direitos de propriedade, falta de fundos para a manutenção e
AS CABACEIRAS com vastas praias, terras húmidas e mangais. restauração, bem como a falta de interesse em melhorar as
condições na ilha pela maior parte da população. Deve-se notar,
contudo, que reabilitar os edifícios por si só é inútil se estes não
forem integrados como elementos de um programa geral de
regeneração urbana que estabeleça fortes ligações com o
continente, produzindo um destino turístico vibrante e unificado. É
necessário um programa de desenvolvimento comunitário
extensivo, que irá implicar alguma relocalização, resultando em
benefícios sociais, económicos e ambientais para todos.
Mangal
LUMBO
Concentração de
edifícios do património
ILHA DE MOÇAMBIQUE
Zonas húmidas / mangais Concentração de
edifícios do
património
Aeroporto
Lodge (em
construção)
Situação Existente
Desenvolvimento
de Nova Vila
Zona tampão de
protecção da paisagem
Estância Integrada
de Sangule
Para impulsionar o arranque de todo o projecto, a reabilitação e o Centro da vila do Estância hoteleira da ilha
novo desenvolvimento do património do Lumbo constituirão o Lumbo
foco da estância integrada e da primeira fase do projecto. A área
central reabilitada atrairá os visitantes do mercado de classe alta e
Aldeia Waters
proporcionará ligações sólidas com a Ilha de Moçambique.
Eco lodge
Boutique Hotel
Conservação do
mangal / zonas
Complexo de
húmidas
restaurantes e de
Aldeia para férias entretenimento
Vila do
Património do Vivendas à beira
Lumbo da praia
Consolidação do
desenvolvimento da
aldeia
Aeroporto
Centro de lazer e
aqua parque Aldeia da
marginal
Consolidação do
desenvolvimento da
aldeia
Centro de lazer / aqua Conceito ilustrativo
Concept 0 500 1km
parque
O sítio é vasto e plano, mas com praias extensas e pântanos Vivendas à beira da praia
interessantes em direcção a oeste. Embora o desenvolvimento seja
Estância hoteleira
em larga escala, serão desenvolvidos sítios individuais para
proporcionar um efeito de boutique. Será imposto um controlo
rigoroso no design, estrutura geral, alturas, etc.
Spa hotel
A meta final é, deste modo, criar um ambiente fantástico para os
visitantes e residentes locais, que reflicta a conjuntura histórica,
cultural e da paisagem costeira de Moçambique.
• 300 – 500 casas do tipo villas com vista para os campos de Casas independentes
golfe.
Conceito
• 250 – 400 casas do tipo villas com vista para o mar.
Vivendas no campo
• 80 – 100 chalés (bungalows) construídos sobre a água.
de golfe
• 700 – 1.000 vivendas urbanas/apartamentos.
• Hotel 5 estrelas/sala de conferências com 250 – 300 quartos
com 100 casas do tipo villas associadas e uma academia de
ténis.
• Hotel-boutique/spa com 150 quartos
• Academia de golfe
• Campo de golfe de 18 buracos
• Centro comercial/de lazer.
• Trilhas naturais.
Casas independentes
do hotel
piscina
Salão de Entrada do
Hotel
Centro de Quartos
conferências
Clube de
desportos/ Casas de Campo
academia de ténis (Cottages) do hotel
Estância hoteleira
Fonte de água
Passagem
para
carrinhos
de golfe /
pedestres
Floresta
Conceito ilustrativo
0 500 1km
AAT do Quadro de Desenvolvimento da Ilha de Moçambique Será igualmente importante atrair visitantes para a área, para que Por último, o turismo baseado no património cultural constituirá
estes permaneçam por mais tempo e gastem mais. Devem ser uma fonte importante de emprego para a população local e irá
O objectivo é conservar o património cultural, assim como desenvolvidas actividades tais como programas de interpretação, melhorar o perfil da PAI. Esta, por sua vez, irá contribuir para
sustentar e fortalecer a comunidade e a economia da ilha. cafés, áreas para espectáculos, festivais, animação nocturna, sensibilizar a população local em relação à sua ilha, criando um
mercados de artesanato, eventos sociais e culturais, etc. sentido de orgulho em relação a este recurso.
O conceito é desenvolver o produto de modo a integrar vários
edifícios históricos, com foco na conservação e celebração do A existência de lojas constitui um aspecto chave. A gama de lojas Fortaleza
Centro Histórico da Ilha de Moçambique. O projecto irá aumentar existentes na área, em particular as que vendem produtos de
o potencial para diferenciar Moçambique e contribuirá igualmente especialidade e artesanato local, constituem a principal atracção
para o desenvolvimento económico através da: para os visitantes. A ilha deve tornar-se numa experiência especial
deste destino em termos de diversidade de artigos que podem ser
• Identificação e promoção dos diferentes ‘distritos distintos’ comprados.
da ilha. PATRIMÓNIO
• Desenvolvimento de um hotel-boutique como projecto
âncora, utilizando uma série de casas integradas, com
intervenção mínima em termos de construções.
• Desenvolvimento de uma praça principal como coração do
distrito comercial. CENTRO HISTÓRICO
• Restauração das ruas, alamedas e espaços públicos
existentes.
• Animação dos grandes edifícios/casas recuperadas e
sua utilização de forma criativa para eventos, para que CENTRO DA CIDADE
exista uma actividade constante.
• Identificação de pelo menos um outro projecto âncora,
possivelmente o museu (com uma melhor interpretação e
tema) e a praça.
• Iluminação da fortaleza e sua transformação possivelmente
num hotel mais a longo prazo.
Este é o principal projecto âncora. Baseia-se num modelo (Kura Kura Hulanda, Caribbean
Hulanda, nas Caraíbas, e Kans A Mann, na Jordânia) onde as
casas da aldeia/vernáculas são incorporadas de modo criativo, num
hotel boutique de 60 quartos, ao mesmo tempo que se preserva
substancialmente a arquitectura e a atmosfera originais. O desafio
é identificar casas apropriadas que possam ser adquiridas e que,
em conjunto, constituirão a imagem de marca. O actual nível de
reparação é de importância relativamente reduzida, uma vez que o
processo de regeneração é muito cuidadoso.
Futura Terminal de
O interior irá preservar, tanto quanto possível, as formas e as Cruzeiros
características originais das casas. O desafio da decoração de
interiores será criar um ambiente luxuoso e um forte sentido de
espaço em termos de tapetes, tecidos e cores. O arranjo interior Hotel Boutique
cria uma variedade de espaços, desde quartos simples a suites de
vários quartos. O design moderno possibilita a criação de casas de
banho espectaculares em qualquer lugar.
5
O foco desta PAI é no Lago Niassa. Embora existam muitas A extensa área de terras não desenvolvidas e a marginal do Lago
oportunidades turísticas em toda a extensão das margens do lago, Niassa constituem uma oportunidade para a criação de um
o desenvolvimento inicial está concentrado na vila de Metangula – empreendimento de qualidade e favorável sob o ponto de vista
onde existe o maior assentamento populacional junto às margens ambiental, utilizando actividades desportivas tanto em terra como
do lago. No futuro, haverá oportunidades para se realizarem na água como principal tema da estância. Uma pequena zona
actividades de desenvolvimento ao longo da margem norte, cri- do lago será delimitada para a realização de desportos aquáticos
ando ligações entre a praia/floresta e a Reserva do Niassa e Selous, motorizados e não motorizados. A área pode também providenciar
METANGULA na Tanzania. um grande local de lazer em terra que incluirá trilhas para
caminhadas, ciclismo de montanha, alpinismo e desportos radicais.
LICHINGA
projecto âncora, com um tema da natureza no meio da floresta de
pinheiros.
5.3 Áreas de Acção do Turismo
São propostas duas AATs:
Estância Integrada de Chiuanga
AAT da Estância Integrada de Chiuanga
Potenciais pequenos lodges
A ser desenvolvida como uma atracção turística chave e como
principal atractivo para o Lago Niassa, virada para o sector mais
Ligação praia jovem/mais activo do mercado turístico.
- floresta
O conceito inclui:
Reserva do
Niassa • Complexo com desportos aquáticos oferecendo uma
grande variedade de actividades aquáticas e subaquáticas.
*
METANGULA
• Centro de aventuras.
• Clube desportivo.
• Cube de saúde.
LICHINGA • 80 casas de campo (cottages) à beira-mar e à beira do lago.
MALANGA • 40 apartamentos.
*
Lodge da floresta Embora localizada a cerca de 10 minutos da vila de Metangula,
Quinta Capricórnio ênfase é colocada na integração total com a comunidade local. Um
parque de campismo gerido pela comunidade estará localizado
próximo da estância e, a longo prazo, serão criados
empreendimentos de pequena escala, como é o caso de uma casa
Situação Existente de hóspedes e apartamentos para mergulhadores no alojamento
‘comunitário’. Uma característica especial do complexo será a
existência de um sistema de esqui por cabo de 6 pontos que irá
possibilitar que a estância se torne no primeiro centro de
desportos aquáticos ‘de classe mundial’ em África, atraindo
entusiastas de desportos aquáticos provenientes de todo o mundo.
CHIUANGA
Estância turística
Pátio de recreio para as crianças
Complexo para
desportos aquáticos Jogos de bola
Centro de desportos aquáticos Casas (cottages) à beira da praia
Campos de ténis
Casas (cottages) à beira do rio
Contexto do Sítio
Para Metangula
Health club levantado sobre
o rio com pavilhões de spa
Clube
naval e Salão de entrada e
cabanas apartamentos à volta da
da praia piscina
Rampa de
lançamento para
o cabo de esqui e
zip line
Conceito ilustrativo
Para o aeroporto
LICHINGA
Piscina infindável
e bar/café
Estância Florestal
6
Embora sejam idealistas, as ideias e aspirações do O desenvolvimento de estâncias envolve questões ligadas à
desenvolvimento do turismo contidas nos planos das AATs só serão aquisição e preparação de terras, financiamento destinado à
válidas se existirem meios para a sua implementação. Deste modo, infraestruturas de apoio e às superestruturas dentro da própria
é importante que seja prestado apoio ao Ministério do Turismo, estância e dos distritos à sua volta. Requer uma actividade de
governos provinciais, agências, sector privado e comunidades. O marketing que visa atrair investidores e turistas e garantir que lhes
Ministério do Turismo deve gerir a implementação das AATs, seja providenciado o apoio necessário. A habitação e os serviços
facilitando em particular a simplificação do processo de comunitários para os trabalhadores e suas famílias, bem como a
IMPLEMENTAÇÃO desenvolvimento e protegendo os interesses dos investidores. Vide formação dos recursos humanos que irão prestar uma variedade
os Apêndices: Directivas Gerais. de serviços profissionais inerentes a esta indústria, são questões
que devem ser igualmente tratadas. Há ainda a necessidade de um
O governo local também terá um papel importante a desempenhar equilíbrio efectivo entre os objectivos económicos, ambientais e
no desenvolvimento do turismo, devendo controlar as suas sociais e de integrar o desenvolvimento da estância na planificação
próprias indústrias. Contudo, as autoridades Nacionais devem do desenvolvimento regional e nacional. Consequentemente, o
reconhecer a necessidade da transferência de conhecimento – desenvolvimento de estâncias turísticas constitui uma actividade
planeamento físico, controlo do desenvolvimento, avaliação complexa que carece de estruturas organizacionais especiais,
ambiental, avaliação financeira, assim como o desenvolvimento de uma liderança focalizada e efectiva, bem como técnicos
produtos, marketing e pesquisa de mercados. É necessário competentes empreendedores para a implementação e gestão.
simplificar a gestão do turismo ao nível nacional e garantir que os Trata-se de uma actividade de longo prazo e contínua. Esta
governos locais tenham a capacidade de realizar as suas funções. implica igualmente um elevado grau de coordenação entre
várias instituições públicas, entre os sectores público e privado, e
Recomenda-se, assim, um programa com foco no fortalecimento ainda com as comunidades locais.
do apoio institucional para o sector do turismo. O programa irá
promover o desenvolvimento sustentável através da capacitação a
dois níveis: nacional e local. 6.3 Empresa de Desenvolvimento de Estâncias do
Arco Norte (EDEAN)
6.2 Desenvolvimento Integrado de Estâncias Esta constitui uma nova parceria público-privada (PPP), “com fins
Turísticas lucrativos”; trata-se de uma empresa comercial de direito limitado,
que deve ser especificamente criada tendo em vista o sucesso da
Subjacente a uma estratégia de promoção do desenvolvimento implementação da estratégia de desenvolvimento e investimento
e investimento turístico e de posicionamento no mercado para turístico para o Norte. A EDEAN actuará como autoridade de
o Norte de Moçambique está o conceito de desenvolvimento desenvolvimento para as estâncias propostas para as Províncias de
de estâncias turísticas vastas e exclusivas nas Províncias de Cabo Cabo Delgado, Nampula e Niassa. Na qualidade de parceria
Delgado, Nampula e Niassa. Este conceito implica uma mudança público/privada, é proposto que a EDEAN seja primariamente
da actual abordagem de atracção de investimentos para hotéis e capitalizada com terrenos do Governo e das Comunidades
pequenas pousadas individuais, para a criação de destinos identificadas para o desenvolvimento de estâncias, bem como com
caracterizados por estâncias turísticas com alojamento, uma contribuições de equidade dos Investidores. O grupo de accionistas
grande variedade de comodidades, serviços e preços que será composto pelo Governo, Comunidades Locais e Investidores
possam atrair um grande volume de turistas para estadias de longa Privados. Comunidades Locais cujas terras se encontrem dentro da
duração, puro prazer e lazer! Ao contrário dos hotéis área de desenvolvimento das estâncias serão apoiadas na criação
individuais, o desenvolvimento de grandes estâncias turísticas de um veículo ou instrumento de investimento que irá assumir os
implica a criação de uma comunidade, um sentido de espaço interesses legais das comunidades para o propósito de acções na
e uma paisagem exterior com uma atmosfera muito distinta da Empresa de Desenvolvimento de Estâncias.
qual se possa desfrutar. As estâncias oferecem uma variedade de
tipos de alojamento, níveis de qualidade, alimentação, compras,
entretenimento, lazer e recreação, transporte, condições para a
prestação de serviços comerciais, de saúde e bancários. Isto implica
a planificação e preparação para receber um grande número de
visitantes que procuram viver uma nova experiência, e a satisfação
das suas necessidades.
A Empresa providencia um mecanismo mais efectivo de Especificamente, a EDEAN será directamente responsável pela As Funções de gestão da EDEAN incluirão, por outro lado,
valorização dos bens das Comunidades, tais como terras, bem implementação da actividade de desenvolvimento da estância. actividades tais como as seguintes:
como a sua transformação em instrumentos de equidade financeira Com a assistência técnica do Projecto Arco Norte (Vide 2.4 abaixo),
e investimento, conforme necessário. Isto garante a posse das suas a Empresa de Desenvolvimento de Estâncias preparará e • Esgotos, recolha de lixo e seu tratamento nas áreas das
terras pelas Comunidades locais assegurando, ao mesmo tempo, as implementará planos de acção e o orçamento para a sua estâncias;
sua participação directa nos benefícios e a perpetuação destes no e implementação. As suas funções de desenvolvimento incluirão as • Manutenção de paisagismo, estradas e caminhos internos
do crescimento e desenvolvimento do turismo. Para além de servir seguintes: comuns;
como um instrumento fundamental da estratégia do Governo • Operação de transporte interno;
de alívio à pobreza rural, a EDEAN providencia a flexibilidade e o • Aquisição e detenção dos direitos de uso e aproveitamento • Manutenção da praia, iluminação das estradas e segurança;
quadro legal para outras entidades públicas tais como FUTUR, CFM, da terra, a constituir a principal fonte de capitalização da • Protecção contra incêndios, bem como a segurança geral
Banco de Moçambique, etc. adquirirem posições de equidade (sem Empresa; na zona da estância; e
qualquer prejuízo aos seus mandatos e estrutura actuais) e joint • Desenvolvimento de infraestruturas principais tais como • Serviços médicos de Emergência.
venture com o sector privado para o crescimento e estradas internas, sistemas de drenagem, abastecimento
desenvolvimento do turismo. Por outro lado, considerando o de água, sistemas de esgotos, paisagismo comum da área
potencial expansivo do turismo e as oportunidades de e instalações de uso comum na zona da estância, incluindo
investimento em cada Província, a EDEAN providencia a melhor campos de golfe, marinas, etc.;
opção para uma coordenação focada e efectiva, bem como o • Promoção e atracção de investimentos para o
desenvolvimento a longo praz e a realização de tais potenciais. A desenvolvimento de hotéis, negócios de transacção de
experiência adquirida e as lições aprendidas pela EDE na propriedade e comércio, bem como outros negócios e
coordenação e gestão da actividade inicial de desenvolvimento de serviços turísticos, e ainda a negociação com
estâncias incrementarão e assegurarão a capacidade institucional empreendedores e grupos de gestão interessados;
de Moçambique para a atracção de grandes Investidores para • Leasing de áreas e espaços comerciais.
outros locais em várias outras Províncias.
(Assitencia Técnica)
Degradação Ambiental
AS CABACEIRAS
Estância do Lumbo
- Eco Lodge 7.0 80 - -
- Hotel Boutique 5.0 100 - -
- Vila Património 15.0 - - 50
- Aqua Parque 50 - - -
- Aldeia de Férias * 50 50 200 200
- Villas/Hotel na Marginal* 60 150 200 300
Estância de Sangule 900 350 800 1,000
Ilha de Moçambique - 100 50 150
1
1.1 Necessidade de Directivas
1
Estas notas apresentam os princípios orientadores para os novos O Investimento e a viabilidade económica do turismo dependem,
projectos de desenvolvimento e para os projectos que envolvam em grande medida, da qualidade dos seus recursos naturais –
a extensão, reabilitação ou restauração das instalações turísticas praias, água potável, litoral relativamente pouco desenvolvido e
existentes. acesso a oportunidades e instalações recreativas. Um
desenvolvimento inadequado fracamente planificado e gerido irá
Pretende-se com estas directivas: minar as vantagens reais das Áreas de Acção do Turismo (AATs)
como foco de turismo e recreação.
INTRODUÇÃO
• Providenciar ao Governo uma percepção das
características do desenvolvimento sustentável do turismo. Haverá igualmente oportunidades, num futuro breve, para um
• Providenciar orientação sobre a preparação de propostas desenvolvimento renovado ou reposicionamento das instalações
de desenvolvimento comercialmente viáveis e turísticas existentes, em particular ao longo da costa de Pemba. Os
responsáveis nos planos social e ambiental. empreendedores e investidores devem avaliar a viabilidade dos
• Ilustrar como os investidores e operadores podem seus projectos. O desafio é posicionar-se adiante da concorrência
melhorar o seu produto de modo a alcançarem um nível de e infundir diversos aspectos do desenho e funcionamento com o
planificação e gestão ambiental baseado em boas práticas. carácter ambiental. Tal implica desenvolver e incorporar um tema
• Criar uma base para uma melhor comunicação entre ou uma história no ambiente físico e utilizar todos os elementos do
o Governo e os investidores, sobre formas de melhoria do desenho, incluindo a arquitectura, os painéis publicitários, a
produto turístico. paisagem e a criação de espaços verdes pelas operações hoteleiras.
O Governo, as agências, os investidores e os operadores turísticos Estas directivas pretendem estimular abordagens correctas de
podem encorajar a adopção e utilização destas directivas design considerando, ao mesmo tempo, questões ambientais, e
integrando-as nas estruturas ou procedimentos de gestão servir de lista de verificação para os empreendedores e operadores
existentes. O Ministério do Turismo pode desempenhar um papel na promoção de um produto sustentável e de qualidade.
importante anexando as directivas aos códigos de conduta
existentes e encorajando os membros a adoptarem e seguirem
estes princípios.
Processo de Planificação
2
O desenvolvimento de estâncias no futuro irá, provavelmente,
incluir os seguintes elementos:
As estâncias junto à praia continuam a ser os locais mais
apetecidos no Norte de Moçambique. O potencial é enorme. • Hotéis, apartamentos e vivendas to tipo villas com um
Contudo, estes locais necessitam de acessibilidade para outras ‘sentimento’ mais residencial, ao invés de uma atmosfera
atracções, ou devem ser planificados como parte do comercial – o sentimento de ‘lar fora de casa’.
desenvolvimento global de estâncias turísticas, para poderem • Campos de golfe de alta qualidade numa paisagem tropical
oferecer uma variedade de condições de lazer para a prática de
DIRECTIVAS DE
soberba.
desportos (terrestres e marítimos), animação e compras. • Desenvolvimento da marginal.
DESENVOLVIMENTO
• Compras temáticas/de festival e desenvolvimentos
Nos mercados internacionais altamente competitivos da turísticos/residenciais temáticos.
actualidade, o investidor, que também oferece um pacote fantás- • Qualidade do design dos quartos, espaço e mobiliário com
tico de lazer, possui um limite decidido. flexibilidade na configuração das unidades.
• Diferentes tipos de temas nos quartos – desenhos
As tendências no desenvolvimento das estâncias turísticas incluem tradicionais/revestimento de madeira sobre um desenho
os seguintes aspectos: moderno.
• Centros comerciais que ofereçam possibilidades de
• Famílias continuando à procura de uma maior flexibilidade compras dentro e ao ar livre, com instalações no local
na localização e altura para o gozo das suas férias – viagens servindo comida e bebida.
de curta duração ou estadias mais prolongadas em • Espaços ao redor de piscinas para actividades sociais
estâncias turísticas. diúrnas e nocturnas.
• Procura de conveniência e fiabilidade nas condições de • Espaços para convenções e conferências destinados a
lazer oferecidas. reuniões/retiros corporativos.
• Procura de segurança física e privacidade. • Programas de aprendizagem orientados a crianças e
• Procura de qualidade ambiental no design e adultos, respondendo ao desejo crescente que as pessoas
funcionamento. em gozo de férias possam ter de enriquecerem as suas
• Maior ênfase nas oportunidades de aprendizagem e vidas com experiências de aprendizagem.
enriquecimento próprio em recreação e estilo de vida • Academias desportivas, programas de saúde e bem-estar
activos. físico, aulas de ténis, visitas à natureza e outras actividades
• Aumento da importância da componente entretenimento, de aprendizagem.
pressionando as estâncias turísticas a irem de encontro • Paisagismo de boa qualidade e espaços de lazer com
às expectativas cada vez maiores em relação ao design e elementos temáticos incorporados no desenho dos edifí-
funcionamento das estâncias. cios e dos espaços.
• Mais uma vez, o conceito de time share/posse de férias está • Formas alternativas de transporte – ‘carros de golfe’ e
a tornar-se mais popular. espaços para ciclismo, para além dos espaços para
pedestres.
Os grandes operadores de hotéis e estâncias de todo o mundo • A segurança tornar-se-á um factor do desenho.
contribuíram para enaltecer a imagem de posse de férias e fazer
avançar a tecnologia de operação. O objectivo será providenciar ambiente e experiência singulares e
diferentes em estâncias para toda a família.
Estas Directivas têm como objectivo orientar os planificadores e Altura dos Edifícios: Medida em número de andares e altura em
empreendedores na definição do tipo e intensidade do uso da terra metros. São impostas restrições adicionais à proporção do volume
para projectos de desenvolvimento turístico. do edifício, que poderá atingir a altura máxima expressa como
uma percentagem da área total do edifício. Esta directiva pretende
As directivas pretendem constituir o requisito mínimo para promover a variedade no volume e forma dos edifícios. A altura
qualquer tipo de desenvolvimento, de modo a que seja alcançado máxima estará também relacionada com a localização, as
o padrão previsto para os esquemas turísticos daí resultantes. Em características de construção existentes e as características
cada caso particular, os investidores terão de definir os seus naturais.
objectivos específicos ou características de desenvolvimento, de
acordo com as suas expectativas e estratégias de marketing. Cobertura dos Terrenos: A percentagem da área que pode ser
Contudo, as especificações resultantes nunca deverão desrespeitar coberta por edifícios ao nível do terreno.
os padrões mínimos estabelecidos nestas directivas.
Dimensão Mínima dos Quartos: A área líquida de um quarto duplo
Não obstante, e para não restringir, ou mesmo impedir os possíveis típico, excluindo a casa de banho, a varanda, o salão de entrada,
contributos criativos ou inovadores dos desenhadores, as etc. Sublinha-se que este número é uma norma mínima absoluta,
directivas para o desenvolvimento não devem ser consideradas devendo ser consideradas áreas de maior dimensão até 30 m².
regras rígidas, mas sim como tendo um grau de latitude consid-
erável, permitindo a interpretação e o ajustamento a situações Hotel/Estância Tipo A Tipo B Tipo C
específicas e às condições do local. Caberá à entidade responsável Altura máxima do edifício G+1+50% (G) G+2+50% (G) G+1+50% (G)
pela planificação julgar se as diferentes propostas são adequadas,
Altura máxima do edifício em metros 13m 18m 13m
aceitáveis ou mesmo se possuem qualidade, partindo dos critérios
de base. Cobertura máxima do terreno 20% 40% 25%
Tamanho mínimo dos quartos (quarto 18 sq.m 14 sq.m 14 sq.m
Tipo de Desenvolvimento duplo, área líquida do quarto)
PROMOVER A VARIEDADE
NOS VOLUMES E FORMA
DE CONSTRUÇÃO
O PROCESSO DE
implementação e gestão para se se conseguir um projecto
sustentável de desenvolvimento turístico de qualidade.
• Análise Física.
• Análise do Mercado.
• Desenvolvimento do Conceito.
• Elaboração do Plano Director.
• Desenho Detalhado.
O LOCAL O MERCADO
ANÁLISE
Inventário
Factores Socio-económicos
Potencial da Terra
Equiparação do Mercado
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO
Alternativas / Opções
Programa de Desenvolvimento 3.1 Análise Física
É crucial que haja consultas com o Governo e outras instituições
relevantes no processo de planificação. Taos consultas permitirão
aos investidores avaliarem se uma proposta é compatível com as
PLANO DIRECTOR
Programa de Desenvolvimento Detalhado
intenções de planificação da zona, padrões de desenvolvimento
Estratégia de Implementação circundantes, acesso e prestação de serviços. A consulta às
Plano de Gestão comunidades é também essencial para que uma proposta de
desenvolvimento possa merecer o apoio local.
Pequena península
Vivendas /
apartamentos
Subdivisões do
terreno
Piscina
Apartamentos
Terrenos
para villas Lago
Restaurante com doca
Campo de Sistema de dunas para barcos
golfe
Vivendas Instalações para
conferências
Piscina
Arquitectura
Imagem
Esta deve ser estabelecida na fase de planificação, em resultado
Sala de reuniões /conferências da análise física e do mercado. Cada sítio possui características
singulares e, por essa razão, deve influenciar a sua própria imagem
Salão de entrada característica.
(lobby)
JARDIM
Manutenção A sensibilidade para as questões ambientais é cada vez maior em
todo o mundo e um número crescente de turistas é atraído para
ÁREA DA PISCINA E
RECEPÇÃO DO HOTEL Um programa de manutenção realista é crucial na promoção e destinos que protegem o meio ambiente. A promoção do
sucesso contínuos da imagem de um projecto. É preciso ter em desenvolvimento sustentável em Moçambique só pode trazer
mente que até mesmo os edifícios de melhor design podem ser consigo resultados positivos. Pode criar as bases para o alcance da
PARQUE DE seriamente comprometidos por uma iluminação de má qualidade. sustentabilidade na planificação e concepção das unidades
ESTACIONAMENTO, TÉNIS
turísticas, encorajar a tomada de decisões responsáveis
SERVIÇOS, JARDIM
EXTERIOR
O reconhecimento da estreita ligação existente entre o meio relacionadas com conservação de energia e água, gestão dos
ambiente e a viabilidade económica a longo prazo irá promover o resíduos, bem como enfatizar a importância da biodiversidade.
Plantio de Xeriscape empenho visando uma melhor gestão ambiental do
desenvolvimento turístico. Gestão Ambiental
Uma abordagem proactiva de gestão ambiental pode incluir o
As plantas podem ainda ser subdivididas de acordo com: As práticas efectivas de gestão ambiental poderão implicar compromisso de melhoria contínua nas áreas de gestão do
programas de reciclagem e gestão de resíduos, conservação de turismo. Devem ser celebrados acordos de cooperação possíveis
• Altura (árvore/palmeira, arbustos, pequenos arbustos/ energia e água, formação de quadros, bem como educação e entre o governo, os operadores turísticos e a comunidade, em
cobertura rasteira do solo, trepadeiras e plantas de realce). envolvimento dos visitantes. matérias tais como patrocínio da gestão ambiental e/ou
• Características botânicas, aplicações em design e tolerância actividades de educação em conservação e monitoria de áreas
à seca, vento e sal. A monitoria das fases de construção e operação do projecto ecologicamente sensíveis.
podem melhorar a eficácia das práticas de gestão ambiental e
Paisagismo com Materiais Rígidos minimizar os impactos ambientais ou sociais adversos. Formação de Quadros
A selecção dos materiais destinados a este tipo de paisagismo A produção de um manual ou plano de gestão ambiental
depende do objectivo. A selecção dos materiais ajuda a definir constitui um factor essencial no desenvolvimento de uma
mudanças de uso (viaturas/pedestres), nível, propriedade e abordagem proactiva. Uma política ambiental ou um código de
abordagens para os pontos focais. Deve-se prestar atenção à cor, ética claro que seja adoptado e endossado pela gestão garante o
padrão, ruídos, luz do sol, calor e manutenção. cumprimento das normas de gestão ambiental. Esta política
assegura que o pessoal chave assuma as suas responsabilidades
Estruturas Removíveis da Via Pública (Street Furniture) em relação ao ambiente, associada à formação e procedimentos de
comunicação empregues para informar e sensibilizar os
A qualidade geral de qualquer desenvolvimento depende de um trabalhadores a respeito da mesma.
desenho harmonioso de todos os aspectos, segundo uma
abordagem global. Por exemplo, detalhes não devidamente A definição de uma política pode incluir objectivos e metas
considerados podem ter um impacto desfavorável na impressão realistas de gestão ambiental. Podem ser especificados
geral de um projecto. Os elementos que carecem de atenção procedimentos e metas para as questões ambientais, tais como
particular nos projectos de estâncias turísticas incluem: protecção do ambiente, gestão e reciclagem de resíduos,
conservação da energia e água, educação e pesquisa, políticas de
Painéis Publicitários e de Informação aquisição ou limpeza, paisagismo e educação dos visitantes.
Os painéis publicitários não devem dominar nem bloquear a
paisagem. São mais eficazes se for usado um desenho simples, de
fácil leitura, e se os materiais e cores escolhidos se misturarem na
conjuntura natural. Os letreiros exteriores são uma boa forma de
apresentar a flora e a fauna locais ao visitante.
DIRECTIVAS DE
Moçambique).
URBANO É necessário um esforço contínuo e concentrado para melhorar e Marcos de Referência – ao contrário dos nós, em que se pode entrar,
manter um lugar físico que seja interessante à vista, distinto, os marcos de referência são pontos que a maior parte das pessoas
confortável e convidativo para os turistas e para os residentes pode viver/experimentar a partir de fora.
locais. Este aspecto é particularmente importante para as áreas de
valor patrimonial, como é o caso da Ilha de Moçambique. Orlas – as orlas são elementos lineares que são utilizados para
definir os caminhos e margem das águas.
O domínio público é a parte mais importante de um lugar. É onde
os visitantes e a população local se encontram. É definido como Distritos – caminhos, nós, marcos de referência e orlas, todos estes
sendo as áreas que normalmente se situam entre as fachadas de constituem o local – a Área de Acção do Turismo.
edifícios reconhecidos. É neste onde ocorre grande parte do
contacto e interacção entre pessoas, pelo que o domínio público As secções que se seguem baseiam-se nestes elementos.
vai desde as ruas, parques, zonas da cidade destinadas a pedestres,
até aos edifícios que os circundam. MARCO DE REFERÊNCIA
O local deve:
O tamanho e a escala são aspectos que nem sempre são Suportes e Floreiras O objectivo deve ser melhorar e complementar as estruturas
devidamente considerados na selecção das estruturas removíveis existentes, ao invés de exibir um virtuosismo visual excessivo, que
da via pública. Tal como acontece com os outros elementos, a coordenação e pode, algumas vezes, depreciar o panorama existente.
simplicidade são as disciplinas mais eficazes, em particular no que
Os materiais e o seu impacto psicológico são importantes. Um diz respeito ao desenho dos suportes, plantas e floreiras. Ruas Memoráveis
banco de cimento parecerá, certamente, mais pesado que outro de
madeira, mesmo que os dois sejam do mesmo tamanho. Nos sítios em que sejam necessárias barreiras modernas para Uma série coordenada de melhorias pode atribuir a uma zona
proteger os pedestres deve-se optar por algo simples, arrojado turística um carácter especial e acolhedor, sendo que a utilização
A manutenção é claramente um factor importante. e robusto. Alumínio com um acabamento adequado, ferro, aço e de desenhadores e artistas locais pode produzir muito a partir de
madeira são as várias possibilidades que podem ser usadas. Um recursos financeiros limitados. A arte pública incluindo a utilização
O equipamento e acessórios merecem consideração, na medida em simples tubo de aço dobrado para formar o poste e o corrimão de esculturas, fontes e trabalho gráfico nos edifícios pode
que a multiplicidade de usos e a flexibilidade podem podem constituir uma barreira suficiente em alguns locais. tornar-se um dos temas de identificação de uma zona turística. Até
melhorar a versatilidade e reduzir o número e diversidade de as componentes utilitárias do ambiente urbano – caixas de
suportes necessários. Publicidade e Painéis inspecção, bocas-de-incêndio, vedação e sinalização/painéis
publicitários – podem tornar-se arte quando cuidadosamente
Lugar para Sentar Os painéis publicitários são muitas vezes colocados em locais onde concebidos.
causam obstrução da visão panorâmica, ou então não respeitam
Embora um amplo espaço adequadamente concebido para as os edifícios adjacentes. É importante equilibrar as receitas proven- Para além de apoiar a identidade da parte baixa da cidade, a
pessoas se sentarem seja importante para aumentar o nível de ientes da publicidade com considerações sobre a paisagem da ci- arte pública pode contribuir para humanizar o ambiente. Pode
conforto de uma zona turística, a rua nem sempre é o melhor dade, pelo que os painéis só devem ser colocados onde não criem introduzir um sentido de humor e adicionar significado à zona.
local para tal. As oportunidades para sentar podem ser criadas no qualquer obstrução visual. Os locais considerados apropriados para Bandeiras, cartazes, novos painéis e toldos ou coberturas de cores
desenho dos edifícios, parques e praças utilizando-se saliências, grandes painéis e espaços publicitários visam o seguinte: garridas podem contribuir para tornar o local mais memorável,
degraus e muros, ou mesas e cadeiras móveis e bancos mais amigo do utilizador e agradável de se visitar. As luzes das estradas e
convencionais. • Proteger edifícios esteticamente pobres os efeitos especiais de iluminação a um custo relativamente baixo
• Proteger infraestruturas de grande dimensão e pouco podem fazer edifícios comuns parecerem mágicos e contribuir para
atractivas. fazer com que a zona pareça mais alegre e segura à noite.
• Quebrar a monotonia de grandes fachadas vazias quando o
espaço é desenhado como parte do edifício.
O principal desafio ao desenhar grandes projectos de Em conjunto, a água e a luz criam uma imagem memorável à noite.
desenvolvimento é a integração, com sucesso, de estruturas de Os novos desenvolvimentos na marginal, em particular os
grande dimensão no contexto existente. É fortemente destinados ao uso público, deverão explorar este potencial.
recomendada a utilização de relatórios do desenvolvimento com
propostas revistas pelo Painel de Revisão do Desenho para os sítios Iluminação para Segurança
chave dentro de zonas turísticas, como é o caso da Ilha de
Moçambique. À noite, as zonas turísticas devem ser entendidos como locais que
atraem pessoas. As principais rotas utilizadas por pedestres devem
Definição de Limites de Altura Apropriados estar bem iluminadas. Os espaços devem apresentar esta vitalidade
nocturna para que possam ser bem utilizados. Estas zonas turísticas
Vários aspectos determinam a altura máxima adequada de um devem constituir um espectáculo nocturno. Devem ser julgadas a
novo desenvolvimento. Uma questão importante será determinar a noite e durante o dia, sendo vital que os novos desenvolvimentos
capacidade de acomodar um maior volume de tráfego e a procura contribuam para a sua imagem nocturna.
de estacionamento sem afectar negativamente a qualidade do
ambiente ao nível da rua, a identidade global e a escala humana da
zona turística. Contudo, a análise não deve ignorar o facto de que
o tratamento que se dá ao desenho ao nível da rua ser tão impor-
tante quanto a altura do edifício.
5
O Plano de Acção Comunitário (PAC) desempenhará um papel pre- Caso a comunidade não esteja interessada ou empenhada, é
ponderante em todo o Programa de Desenvolvimento do Turismo melhor utilizar os recursos em projectos de desenvolvimento
no Norte de Moçambique. O Plano de Acção Comunitário (PAC) comunitário em outros lugares. Embora no geral, as comunidades
providenciará às comunidades locais a oportunidade de darem a locais nas PAIs sejam receptivas aos benefícios do turismo, é
conhecer aos planificadores, investidores e políticos os seus provável que os residentes das comunidades não entendam todos
sentimentos e receios, esperanças e aspirações, sugestões e os aspectos envolvidos e qual poderá ser o potencial. A tabela 1
preferências. O PAC é essencialmente dinâmico, proactivo, implica ilustra exemplos de actividades, produtos e serviços, etc. que a
PLANO DE colaboração e baseia-se nas comunidades. Todavia, não comunidade pode considerar desenvolver como forma de
constitui alternativa à planificação convencional. Pelo contrário, é complementar o seu projecto central e de obter benefícios.
ACÇÃO
um acréscimo valioso ao processo de desenvolvimento.
Tabela 1: Oportunidades de Experiências das Comunidades
COMUNITÁRIO
Neste documento, são sugeridas as componentes do processo PAC,
que podem ser aplicadas a cada uma das Potenciais Áreas de Canoagem, passeios de barco, caminhadas, pesca.
Histórias, lendas, mitos das aldeias.
Investimento do Turismo (PAIs), às Áreas de Acção do Turismo
Observação da fauna bravia, observação de pássaros.
(AATs) e aos projectos turísticos comunitários noutros locais do Construção de barcos.
Norte de Moçambique. Actividades Gastronomia.
Artesanato (potes, escultura em madeira, fabrico de esteiras /
cestaria).
5.1 Preparação do Cenário Confecção de roupa tradicional.
Apresentações Arte.
Será importante encorajar a participação alargada das Estáticas / Edifícios Centros de recursos / interpretação, centros de informação (por
comunidades no desenvolvimento do turismo nas PAIs. Por vezes, exemplo, nas lojas, nos quiosques).
as pessoas que se encontram fora das comunidades assumem que Edifícios históricos.
os residentes locais estão satisfeitos com a ideia de se envolverem Atracções vivas (tours, etc.).
no turismo ou em outras actividades novas. Na realidade, é melhor
discutir com a comunidade as ideias que foram concebidas para Espectáculos Danças de diferentes tipos.
a zona, de forma preliminar, com o objectivo de permitir que os Canções, música.
residentes comecem a assimilar a informação, ter discussões no seu
seio e procurar saber quais são as etapas seguintes. Prataria (joalharia).
Olaria (carece de revitalização).
Produtos e Confecção de roupa.
Neste ponto, seria útil Preparar o Cenário (Tabela 1) e realizar Artesanato Mobília antiga.
discussões sobre os seguintes aspectos: Escultura em madeira.
Cestaria (cestos, carteiras, chapéus etc.).
• O que consta no quadro de Planificação e Desenho
Conceptual do Uso da Terra em relação à sua área. Peixe fresco (pesca, captura, limpeza, venda, corte).
• Explicação sobre a vinda de turistas e o que eles procuram. Chás de ervas, medicamentos à base de ervas - explicação, ensino.
Decisão, em princípio, sobre o seu interesse em envolver Alimentos Baseados Legumes (mercados das aldeias).
em-se no no turismo. na Natureza Fruta – todas as variedades tropicais, de plantações ou de cultivo
• Que tipo de projectos foram implementados em outros doméstico.
locais.
Feiras (semanais).
• Quais os possíveis benefícios em termos de conservação.
Eventos Outros (espectáculos, relacionados com as escolas, feiras,
• Que outras opções existem para o desenvolvimento mercados, mostras de artesanato, eventos desportivos).
sustentável na área ou região. Históricos (festivais).
Festivais (dança).
Operadores turísticos (para este destino, de recepção, específicos
ao sítio), turismo temático.
Serviços Actividades físicas, trilhos naturais, passeios históricos e culturais,
passeios ambientais, dança.
Alojamento, pensões, pequenos lodges, campismo.
Lojas e mercados (comes e bebes, artigos de conveniência – água,
bebidas não adocicadas).
Transporte.
Sempre que possível, deve ser dada aos visitantes a oportunidade Joint venture entre a Compromissos contratuais ou Partilha de receitas do edifício histórico, lodge e /ou
de contribuírem para os custos dos recursos/programas que são comunidade e o operador partilha da posse. operador turístico com as comunidades locais em
disponibilizados para seu uso e prazer. Em muitos projectos, é privado Partilha das receitas. condições acordadas.
comum não serem cobradas taxas directamente aos visitantes Lease / investimento dos recursos. Leases comunitários, terra / recursos / concessão para
(embora sejam efectuadas cobranças se for utilizado um pacote de Participação na tomada de o edifício histórico / lodge/operador turístico.
uma agência de viagens). Também é raro que as empresas/ decisões. Comunidade detém capital no edifício histórico / lodge/
pessoas singulares que beneficiem da presença de visitantes (lojas, operador turístico.
restaurantes, alojamento, bombas de gasolina, etc.) contribuam
directamente para os potenciais custos sociais e ambientais das Órgão / agência de Consulta. Consulta local em planificação do turismo regional.
actividades dos visitantes. Contudo, os projectos comunitários planificação do turismo Representação. Representantes das comunidades no conselho do
constituem uma boa oportunidade para o envolvimento dos Participação. turismo e na planificação.
visitantes.
3. Clarificar os Objectivos do Projecto São seguidamente apresentadas perguntas que podem ser úteis • Acordos com operadores turísticos sobre o número e
para a descrição do uso e para efeitos de interpretação: composição dos grupos que a comunidade pretende.
É importante que desde o início do • Códigos de conduta.
projecto todos estejam esclarecidos sobre os seguintes aspectos: • Que instituição/agência ou entidades singulares • Qualidade dos produtos oferecidos ou vendidos aos
administram o sítio/área proposta? visitantes.
• O que deve ser o projecto. • Que tipo de protecção ou designação foi dada ou • Delimitação formal ou informal das áreas onde os visitantes
• A melhor forma de envolver a comunidade e trabalhar em poderia ser dada ao sítio? estarão autorizados a entrar.
conjunto. • Que desenvolvimentos, caso existam, nas áreas de
• O que deve ser evitado. transportes, comércio ou entretenimento estão Algumas perguntas para a análise das questões incluem:
• Princípios. planificados para o sítio?
• Quais são as prioridades. • Que restrições se aplicam ao sítio, por exemplo, • O quê? O quê ou quem está a ser afectado e até que
posturas relativas ao uso da terra ou planos municipais? ponto? Que informação está disponível? A informação é
• Existe acesso público ao sítio? conflituosa? Existe uma base jurídica? Qual é o significado
A definição de objectivos é útil na implementação de projectos. • Que processos naturais se registam no sítio (cheias, do projecto?
É igualmente importante saber com clareza o que as pessoas não ciclos de doenças, sucessão de plantas)? • Quem? Quem está envolvido na questão? Quem tem
querem. O tempo que se leva a acordar sobre os objectivos pode • Que zonas são críticas para os pássaros que usam o responsabilidades? Os valores são conflituosos? Como é
variar com a dimensão do projecto, o número de pessoas ou sítio (por exemplo habitat de nidificação, áreas de que cada parte se relaciona com a outra? Como é que esta
grupos envolvidos e o número de questões a serem tratadas. permanência temporária)? questão pode ser abordada?
• Que áreas são críticas para que outra fauna bravia use o • Onde? Onde é que isto ocorre? Os seus efeitos são
4. Inventariação de Recursos, Gestão e Usos sítio? generalizados?
• Que plantas ou animais usam o sítio (espécies, • Quando? Quando é que a questão ocorre ou ocorreu?
É importante entender as características chave da zona, os seus mudanças sazonais, raros e em perigo de extinção)? Trata-se de uma ocorrência lenta e constante, ou de uma
recursos, problemas, quem são os gestores dos recursos bem como ocorrência imediata e muito dramática?
o actual uso e usuários da terra. Normalmente, as pessoas bem 5. Identificar Questões ou Preocupações • Porquê? Porquê tal acontece? Existe uma causa que possa
informadas residentes no local são suficientes para efectuarem um ser facilmente identificada?
inventário, ao qual se adicionam a informação e os relatórios do Esta etapa pretende apoiar numa avaliação realista do potencial • E depois? Analise como o conhecimento destas questões
governo/agência. Qualquer informação sobre o valor científico ou para a realização com sucesso de actividades turísticas, com o pode ser utilizado de maneira positiva para sensibilizar
outro dos recursos deve ser mencionada, uma vez que é de objectivo de evitar possíveis problemas. Os directores/ o turista sobre as interligações ecológicas, culturais ou
interesse para os turistas. A informação sobre o uso dos recursos coordenadores locais dos projectos devem entender o impacto outras.
pode, em circunstâncias normais, ser recolhida ao mesmo tempo que os visitantes poderão ter sobre o sítio, o que provoca o
que as actividades de inventariação dos recursos. Descrever os desgaste, que recursos são frágeis e que zonas devem ser 6. Analisar o Potencial e a Viabilidade
recursos naturais e os sistemas Ecológicos, apresentando uma visão protegidas. Devem também estar cientes de questões culturais
geral das características relevantes para o turismo e a interpretação e de outra natureza que digam respeito à comunidade local e ao Para que os projectos sejam viáveis e realistas, devem basear-se
cultural da paisagem/história. Registar as características de inter- proprietário/gestor dos recursos turísticos. num entendimento dos mercados e em como colocar
esse para os visitantes e relevantes para o turismo. efectivamente o produto oferecido no mercado. Um projecto pode
Em várias comunidades e sítios de outros países existem ser desenvolvido de diferentes maneiras. Por exemplo, pode ser
É igualmente útil obter mapas. Toda a informação deve ser actividades ou usos da terra incompatíveis. Por exemplo, o desenvolvido em conjunto com os operadores ou guias turísticos
resumida e, onde apropriado, mapeada. Muitas vezes, os relatórios sector formal e informal de alojamento, o surgimento de pequenas comerciais; ou com indivíduos ou agências não comerciais que
já apresentam o material num formato útil. Os mapas devem lojas ou barracas próximo de uma atracção turística, guias pretendam atrair visitantes que tenham vindo efectuar uma visita
indicar os proprietários, os locais de acesso e quaisquer planos licenciados e vendedores ambulantes. É provável que surjam de um dia, ou que estejam só em trânsito; ou pode ser mais
conhecidos (por exemplo, destinados ao desenvolvimento ou questões e conflitos em relação a determinada porção de terreno. orientado para a conservação dos recursos. Pode ser independente
adjacente aos recursos). Estes mapas constituem a base de Estes conflitos podem ser de difícil solução. Contudo, sempre que ou muito integrado num sistema regional ou de maior dimensão.
planificação do projecto, informação ao público e delimitação um indivíduo ou grupo faz parte de um problema, esse indivíduo
geográfica do projecto. ou grupo deve fazer parte da solução. Por isso, é importante que Alguns exemplos de perguntas que contribuem para aperfeiçoar o
estes estejam envolvidos no processo. Normalmente, não são as conceito de um projecto para um estudo de viabilidade:
Deve-se preparar um levantamento de todas as organizações “pessoas de fora” que têm as repostas para os problemas, mas sim
intervenientes e de quaisquer actividades turísticas/oportunidades os que os enfrentarão no futuro que têm as ideias e soluções. Todas • Quais são as principais opções para o projecto turístico?
baseadas na comunidade, para se entender as características das as partes devem ser envolvidos na análise dos problemas. • Quais são as vantagens e desvantagens de cada opção?
comunidades e dos intervenientes da zona. • As actividades poderão atrair visitantes?
Poderá ainda haver questões relacionadas com a atracção de • Que atracção intrínseca a zona tem para os mercados? E
visitantes com sucesso, salvo se houver um acordo sobre como que mercados?
geri-las, nomeadamente:
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APÊNDICE A 6. Projecções Preliminares do Lucro e Prejuízo
Directivas Gerais de um Pré-estudo de
• Estes devem ser estruturados em diferentes
Viabilidade para a Opção de Lease componentes dos projectos e cobrir um período de 10
anos.
Os aspectos a seguir indicados devem ser incorporados no • Explicação geral e pressupostos aplicados.
Pré-estudo de viabilidade. É recomendável que o investidor/
desenhador discuta o conceito proposto com o Ministério do 7. Descrição da estrutura de propriedade e dos
Turismo e com os departamentos do governo relevantes. aspectos de organização e de gestão do projecto.
1. Informação Geral Uma descrição por alto da estrutura de propriedade e
de gestão. Nome(s), endereço de contacto e
• Descrição geral do projecto e suas diferentes experiência de trabalho do proprietário, do investidor
componentes. proposto e do gestor.
• Localização do sítio e o motivo da escolha.
• Esboço geral das fases relativas às diferentes 8. Número de cópias a ser apresentado
componentes do projecto caso o mesmo seja
executado por fases. Depende da natureza do projecto. Este aspecto deve
ser discutido com os departamentos do governo.
2. Planeamento e Desenho
4. Estimativa do Investimento