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La FCCE es la más antigua Asociación de Clase de- En un pasado reciente, la FEDERACIÓN DE LAS CÁ-
dicada exclusivamente a las actividades de Comercio MARAS DE COMERCIO EXTERIOR – FCCE firmó Con-
Exterior. venio con el CONSEJO DE CÁMARAS DE COMERCIO
Fundada en el ano 1950, por el empresario João DE LAS AMÉRICAS, organismo que representa a las Cá-
Daudt de Oliveira (se debe a él la fundación de la Con- maras Bilaterales de Comercio de los siguientes países:
federación Nacional de Comercio – CNC, 5 años an- ARGENTINA, BOLIVIA, CANADÁ, CHILE, CUBA,
tes), la FCCE opera, ininterrumpidamente, desde hace ECUADOR, MÉXICO, PARAGUAY, SURINAME, URU-
más de 50 años, incentivando y apoyando el trabajo de GUAY, TRINIDAD Y TOBAGO y VENEZUELA.
las Cámaras Bilaterales de Comercio, Consulados Ex- Además de varias decenas de Cámaras Bilaterales de
tranjeros, Consejos Empresariales y Comisiones Mixtas Comercio afiliadas a la FCCE en todo Brasil, forman
a nivel federal. parte de la Directoria actual, los Presidentes de las Cá-
La FCCE, por fuerza de su Estatuto, tiene ámbito na- maras de Comercio: Brasil-Grecia, Brasil-Paraguay, Brasil-
cional y posee Vicepresidentes Regionales en diversos Rusia, Brasil-Eslovaquia, Brasil-República Checa, Bra-
Estados de la Federación, operando también en el plano sil-México, Brasil-Belarus, Brasil-Portugal, Brasil-Líba-
internacional, a través de “Convenios de Cooperación” no, Brasil-India, Brasil-China, Brasil-Tailandia, Brasil-Ita-
firmados con diversos organismos de la más alta credibi- lia y Brasil-Indonesia, además del Presidente del Comi-
lidad y tradición, a ejemplo de la International Chamber té Brasileño de la Cámara de Comercio Internacional,
of Commerce (Cámara de Comercio Internacional – el Presidente de la Asociación Brasileña de las Empresas
CCI), fundada en 1919, con sede en París, y que posee Comerciales Exportadoras – ABECE, el Presidente de
más de 80 Comités Nacionales, en los 5 continentes, ade- Ia Asociación Brasileña de la Industria Ferroviaria –
más de operar la más importante “Corte Internacional de ABIFER, el Presidente de la Asociación Brasileña de los
Arbitraje” del mundo, fundada en el año 1923. Terminales de Contenedores, el Presidente del Sindi-
La FEDERACIÓN DE LAS CÁMARAS DE COMER- cato de las Industrias Mecánicas y Material Eléctrico,
CIO EXTERIOR tiene su sede en la Avenida General Jus- entre otros. Súmese aun, la presencia de diversos Cón-
to nº 307, Río de Janeiro, (Edifício de la Confederación sules y diplomáticos extranjeros, entre los cuales, el
Nacional de Comercio - CNC) y mantiene con esta enti- Cónsul General de la República de Gabón, el Cónsul de
dad, hace casi dos décadas, “Convenio de Respaldo Admi- Sri Lanka (antiguo “Ceilán”), y el Ministro Consejero
nistrativo y Protocolo de Cooperación Mutua”. Comercial de la Embajada de Portugal.
La Directoria
DIRECTORIA PARA EL TRIENIO 2003/2006
Presidente
1o Vicepresidente
Vicepresidentes
Directores
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Interesses convergentes
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○
○
○
○
No princípio, era a escuridão. Tordesilhas já nos separava: as terras portuguesas e espa-
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nholas foram divididas para servir aos interesses metropolitanos europeus. Não existía-
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mos como nações. A geografia, por sua vez, nos isolava: não foi à toa que, por muito tempo,
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estivemos ilhados, uns dos outros, em nosso próprio continente. Depois, as sociedades
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passaram a buscar suas independências e, nesse processo, olhavam para dentro, enfatizando
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○
a solução de seus próprios problemas na construção de seus Estados. Quase 150 anos
○
depois, fez-se a luz. A consciência do subdesenvolvimento regional, e não apenas local, a
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○
partir de conclusões da CEPAL, incentivou os povos americanos a buscarem a superação
○
○
conjunta de problemas comuns, por meio do crescimento e da integração econômica. Os
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ideais integracionistas de Simón Bolívar – o maior idealizador de um projeto político
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unificador para a região – estão mais vivos do que nunca. O Congresso do Panamá, convo-
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○
cado por ele em 1824, a partir da Circular de Lima, não produziu resultados à época. Seus
○
ideais, porém, tornaram-se referencial para projetos integracionistas futuros.
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○
Hoje, Brasil e Venezuela, dois dos mais importantes países em desenvolvimento da
○
América Latina, estão cientes de que o crescimento econômico não garante melhorias
○
○
automáticas nos indicadores de bem-estar social. Eis por que, Brasil e Venezuela, nações
○
○
independentes e soberanas, desejam discutir com os países desenvolvidos temas sociais
○
de seu interesse, como desenvolvimento e crescimento sustentado. APOIO
○
○
A convergência de interesses entre os dois países não é recente. A cooperação regional,
○
envolvendo também Brasil e Venezuela, entre outros, foi institucionalizada em 1978, com o
○
○
Tratado de Cooperação Amazônica – TCA. A cooperação bilateral entre os dois países foi
○
○
fomentada, em 1994, com o Protocolo de La Guzmania. Indo muito além das iniciativas
○
anteriores e, mesmo, incrementando-as, o Presidente Lula propôs, em momento delicado, ○
○
protagonismo regional é característica da atual política externa brasileira. Com isso, a coope-
○
ração entre os dois países passou agora a estar definitivamente na ordem do dia. Abandonamos
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a teoria e rumamos para a ação. Aprendemos que um sentimento fraterno nos une e nos
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encaminha para uma identidade comum. Brasil e Venezuela compartilham objetivos comuns.
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o leitor muito mais do que números e tabelas. A iniciativa de João Augusto de Souza Lima,
○
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com o governo daquele país. Destacamos as razões para o atual cenário comercial bilateral,
○
Boa leitura.
○
○
O EDITOR
○
Expediente
Produção Textos e Repor tagens Revisão
Agência Brasileira de Imprensa Elias Fajardo Rozane de Souza / Álvaro da Costa e Silva
Diretores: Eduardo Teixeira e José Antonio Nonato
Maurice Stéphane Habib Marlene Custódio Fotografia
Tel.: 55 21 3251 0950 Christina Bocayuva
Projeto Gráfico, Editoração e Ar te
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Estopim Comunicação As opiniões emitidas nesta revista são de responsabilidade
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O coordenador da FCCE e-mail: estopim@estopim.com que citada a fonte.
SUMÁRIO
6 E N T R E V I S TA 36 C U LT U R A
“A economia deve Jesús Soto, um artista
estar a serviço do sul-americano entre
ser humano” os maiores do mundo
14 A B E RT U R A 38 N E G Ó C I O S
Governos buscam equilíbrio na balança Raízes semelhantes entre
comercial os países da América Latina
As propostas do novo
Ministro das Cidades
para o Brasil
41 E N E R G I A
Petróleo une
O Ministério das Brasil e Venezuela
cidades e a
exportação
19 P A I N E L I 44 T E C N O L O G I A
O estado atual das Odebrecht: um
relações entre gigante da
Brasil e Venezuela engenharia
internacional
No caminho da desburocratização
47 T E N D Ê N C I A
25 P A I N E L I I Informação é a maior ferramenta
O Brasil na República Bolivariana de exportação
28 P A I N E L I I I 50 H I S T Ó R I A
Novos horizontes Abreu e Lima: um
para exportar grande herói
brasileiro na história
venezuelana
34 E N C E R R A M E N T O 52 C O M É R C I O
As oportunidades de integração “Contra a hegemonia e pela
multipolaridade”
Maior atenção para a América Latina
35 E M PAU TA
FCCE: Um perfil
58 B A L A N Ç O
Sucesso absoluto!
66 C U R TA S
ENTREVISTA
“A economia deve
estar a serviço do
ser humano”
Embaixador venezuelano defende modelo de
comércio solidário e a integração continental
O Embaixador Plenipotenciário da República Bolivariana da Vene-
zuela, Julio José García Montoya, marcou presença no Seminário
Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-Venezuela.
Em sua palestra, nas conversas com empresários e em entrevistas a
jornalistas, ele defendeu um modelo de relações comerciais em
que a competitividade deve ser substituída pela complementaridade
e pela solidariedade. Ele reconhece que, apesar do recente cresci-
mento do fluxo comercial entre os dois países, a balança comercial
ainda é bastante desequilibrada. Para transformar este cenário, o
embaixador dá apenas uma receita: a criatividade.
e solidário num mundo tão compe- No meu país, a inflação está controla- se faz necessário para incrementar ainda
titivo? da, o Produto Interno Bruto tem crescido mais a já tradicional relação comercial en-
JM – Tradicionalmente, as economias dos e existe uma lei de promoção e amparo tre Brasil e Venezuela, passa por uma mu-
países em desenvolvimento orientam suas aos investimentos com a intenção de fa- dança de visão e de mentalidade para fa-
exportações para matérias-primas e pro- vorecer tanto os investidores nacionais vorecer essa nova perspectiva de cultura
dutos não acabados. Queremos, por meio como os estrangeiros. O governo também compartilhada.
da solidariedade, estabelecer parcerias estabeleceu incentivos fiscais aos investi-
“
com o Brasil para que alguns produtos mentos. Tudo isso favorece o desenvolvi-
que já são feitos neste país possam come- mento sustentável e integrado de qual- Garantir a participação
çar a ser fabricados em território venezue- quer projeto econômico. do povo na produção
lano usando matéria-prima venezuelana e, e também desenvolver
”
depois, levados para o Brasil em forma de Como funciona este modelo inter-
produtos semi-acabados. Nisto residiria a namente em relação à população
cooperativas locais
relação de solidariedade em termos práti- venezuelana?
cos. Seria possível, sobretudo, aproveitar JM – Este modelo está apoiado em três O nosso fluxo comercial aumentou de
a quantidade de oportunidades que estão aspectos básicos.Buscamos garantir a par- 0,73%, em 2003, para 1,12%, em 2005.
se apresentando hoje na Venezuela, que ticipação da população na produção de Isto não foi suficiente para nos colocar no
graças a iniciativas do governo está se con- bens e serviços, para poder superar a ex- ponto de equilíbrio, desejado tanto pelos
vertendo numa plataforma comercial e de clusão e a pobreza geradas nas últimas dé- representantes dos governos quanto das
inversões. Atualmente, há muitas facilida- cadas. A idéia é formar novos produtores empresas dos dois países. Neste momen-
des para os investimentos estrangeiros na organizados em cooperativas. Já foram cri- to, impõe-se o compromisso de equilibrar
Venezuela. Há um marco jurídico estável adas cerca de quatro mil cooperativas reu- a nossa balança comercial. Com este obje-
que garante segurança e isenção de im- nindo médios e pequenos produtores, tivo foram assinados vários acordos pelos
postos, entre eles o de importação, esta- além de grupos familiares, muitas delas presidentes dos dois países, enfocando prin-
belecendo que o investimento estrangei- situadas em áreas não favorecidas pela in- cipalmente as áreas de comércio e de ener-
ro está sujeito às mesmas condições que o dustrialização. gia. Iniciativas como estas são muito im-
nacional. Além disso, pretendemos promover a portantes porque, a longo prazo, vão con-
criação de mecanismos permanentes de tribuir para promover a transferência
PROGRAMA
Marcio Fortes de Almeida, Julio José Montoya, Theóphilo de Azeredo Santos e Edson Lupatini: opiniões diversificadas sobre o fluxo comercial.
“Se a isto somarmos a existência de a competitividade das exportações não tra- mula do modelo neoliberal, aplicada nas
uma Lei de Promoção e Amparo de In- dicionais, incorporando mais empresas à negociações de intercâmbio, propomos
vestimentos, que tem por objeto prover exportação e elevando a participação dos a reciprocidade. Esse modelo alternati-
os investimentos tanto nacionais quanto exportadores. vo sustenta-se por um critério funda-
estrangeiros de um marco jurídico está- “AVenezuela propõe um modelo al- mental para nós: a economia é inse-
vel e previsível, bem como da garantia por ternativo ao tradicional sistema de com- parável das condições sociais e políticas
mandato constitucional de que o investi- petitividade industrial para o investimen- do desenvolvimento, que se desdobram
mento estrangeiro esteja sujeito às mes- to: o da complementaridade e o do coo- sempre na integralidade de um sistema
mas condições que o nacional, temos na perativismo. Em vez da tradicional fór- sócio-cultural.”
Venezuela uma plataforma sólida para o
desenvolvimento sustentável e integral de
qualquer projeto econômico”.
Revitalização do
Porto do Rio de
Janeiro
O Ministro das Cidades, Marcio
Fortes de Almeida, pretende ser o
catalisador da revitalização da Zona
Portuária do Rio de Janeiro, projeto
que se encontra em compasso de es-
pera por falta de integração entre os
governos federal e municipal. Após
reunião com o Secretário de Urba-
nismo da Prefeitura do Rio, Alfredo 1. Pier da Pça. Mauá: turismo,
Sirkis, na primeira quinzena de agos- cultura e entretenimento
to, Marcio Fortes anunciou que está 2. Entorno da Av. Barão de Tefé:
tecnologia e comunicações
analisando a minuta de um convênio
3. Morro e cais da Saúde:
a ser firmado entre a Prefeitura e o turismo, meio ambiente e cultura
Governo Federal para articular as en- mos, inclusive, envolver o Banco Central 4. Enseada da Gamboa:
tidades envolvidas e dar continuidade na questão. Queremos aproveitar o pré- habitação, esporte e serviços
ao processo. dio de um banco em liquidação na Praça 5. Eixo da Igreja do Santo Cristo:
Ele lembrou que integrou o Con- Mauá. Vamos ver se o BNDES tem inte- usos mistos
6. Pólo/Rodoviária Novo Rio:
selho Administrativo da Companhia resse em transformar o edifício em um integração intermodal de transportes
Docas do Rio de Janeiro, quando de- centro cultural, o que daria mais charme à
bateu várias vezes a revitalização. “Va- área”, informou Marcio Fortes. Fonte: IPP
“ Os Seminários da FCCE
ajudam na consolidação
de uma mentalidade
ção de uma mentalidade exportadora.”
Ele acrescentou que participar do semi-
nário, da busca de intercâmbio com ou-
“ Este Seminário está
comprometido com a melhoria
tros países e do desenvolvimento e das relações comerciais com
exportadora
JORGE LUÍS VASQUES. ” dinamização do comércio exterior brasi-
leiro fazia lembrá-lo das medidas com-
plementares que vêm sendo desenvolvi-
nossos parceiros
”
E D S O N L U PAT I N I .
No caminho da desburocratização
O DECEX-MDIC simplifica a exportação para novos empreendedores
O Diretor do Departamento de Co- bro de 2003. Começamos por eliminar nifestações, o que tornou mais simples e
mércio Exterior – DECEX-MDIC, Ed- cerca de 240 atos normativos, entre comu- ágil a exportação brasileira.
son Lupatini, falou à Revista da FCCE so- nicados e portarias da Secretaria de Comér- “Tínhamos mais ou menos 3.000 ma-
bre a atuação de seu departamento na cio Exterior e portarias do MDIC. Hoje nifestações prévias. Passamos a ter algo em
desburocratização das relações comerci- temos dois únicos atos normativos e duas torno de 900 manifestações vindas de ins-
ais como ferramenta para facilitar os ne- portarias SECEX – uma de exportação e tituições como o Comando do Exército, a
gócios, agilizar o comércio e diminuir o outra, de importação”. Anvisa, o Ministério da Agricultura e a Po-
processo burocrático. Ele foi o exposi- Além de ter ajudado a eliminar 240 atos, lícia Federal, entre diversos órgãos que atu-
tor do Painel I do Seminário Brasil-Vene- a equipe de do Diretor Edson Lupatini am na exportação”, informou Lupatini.
zuela. também tem coordenado reuniões quin- Ainda com a finalidade de simplificar o
Segundo Lupatini, “é importante expor zenais para buscar, juntamente com ou- processo na área da exportação, o DECEX
o trabalho que o DECEX tem feito para tros órgãos que atuam na área de comér- está trabalhando para abreviar diversas eta-
desburocratizar o comércio exterior. Por cio exterior, processos de eliminação de pas do processo de novas exportações,
determinação do Ministro Luiz Fernando manifestações prévias que estes órgãos com a utilização de uma tela simples com,
Furlan, do MDIC, iniciamos uma profun- exercem quando da exportação brasilei- no máximo, 16 campos a serem preen-
da reformulação nas normas, em setem- ra. Foram eliminados dois terços das ma- chidos.
”
tações que são tão importantes para o cio exterior é do interesse de todos. É ne-
país”. cessário despertar o interesse das pesso-
do que o mercado interno
Edson Lupatini analisou também a as, sensibilizar os cidadãos, os estudantes E D S O N L U PAT I N I .
contribuição que os Seminários Bilaterais e as empresas a que trabalhem nessa área.
de Comércio Exterior e Investimentos, É preciso desmistificar o comércio exte- são até mais factíveis do que algumas do
organizados pela FCCE, têm dado para o rior, tirando dele essa áurea de setor com- mercado interno. Os seminários da FCCE
processo de desenvolvimento e promo- plexo, pois não é mais difícil que o merca- têm importância fundamental na popula-
ção do comércio exterior de nosso país, do doméstico. Existem algumas particu- rização desse setor e têm promovido a
setor que poucos conhecem e que tem laridades no comércio extrerior, mas elas entrada de novos profissionais na área.”
O
painel foi presidido por André
Amaro da Silveira, Diretor da
Odebrecht, e teve como exposi-
“ Depois de um histórico
de afastamento,
as duas economias
Segundo Angela Pereira de Carvalho,
“o governo brasileiro nos últimos anos
tem enfatizado de modo bastante explíci-
to a prioridade que atribui à integração re-
tores Angela Regina Pereira de Carvalho,
Chefe do Departamento de Integração da
América do Sul do BNDES, e Rafael
Mauro Comino, Gerente de Inteligência
se reaproximam
” gional da América do Sul nos aspectos po-
lítico, econômico, social e, particularmen-
te, no que se refere à infra-estrutura física.
de Mercado da Petrobras. tunidade única de integração que estamos Os interesses da região poderão ser aten-
O presidente do painel, André Amaro vivendo”, disse Amaro da Silveira. didos de forma mais rápida e segura quan-
da Silveira, afirmou que o BNDES e os ex- O diretor da Odebrecht afirmou, ain- to mais esta integração progredir, aliando
portadores brasileiros têm feito um esfor- da, que existe um histórico de afastamen- sempre crescimento e justiça social”.
ço enorme para intensificar o comércio e a to entre os dois países e as duas economi- A Chefe do Departamento de Integra-
viabilizar as exportações brasileiras para a as, pois cada uma delas é voltada para um ção da América do Sul do BNDES consi-
Venezuela. “Há uma concentração grande mercado diferente. “Nos últimos cinco dera também que é particularmente im-
de esforços nesse sentido, por parte de toda anos, o Brasil vem aproveitando a oportu- portante para o desenvolvimento inte-
a sociedade, e o governo brasileiro tem res- nidade de ter no BNDES um parceiro for- gral dos dois países a promoção do ser
pondido de forma satisfatória a esta opor- te neste sentido”. humano, traduzida na qualidade de traba-
“ A Petrobrás e a PDVESA
assinaram 13 convênios
! colaboração científica, técnica e de capacitação de pessoal.
Fonte: Petrobras
de cooperação
”
R A FA E L C O M I N O . CCR facilita o comércio exterior
íses. Em 14 de fevereiro de 2005, as duas Uma rede de bancos centrais garante
empresas assinaram 13 documentos que
envolveram os ministérios de Minas e as transações na América Latina
Energia do Brasil e da Energia e Petróleo
da Venezuela, na presença dos presidentes A especialista do BNDES, Angela no de o Banco Central da Venezuela
Lula e Hugo Chavez.” Carvalho, acredita que o Convênio não honrar suas obrigações com o
Os documentos citados por Comino – de Pagamentos e Créditos Recípro- Banco Central do Brasil, uma hipó-
muitos são cartas de intenção e memoran- cos – CCR é uma espécie de rede de tese muito improvável.
dos de entendimento – já deram início a uma bancos centrais que oferece garantias Por isto, os técnicos costumam
atividade de intercâmbio entre as duas esta- aos instrumentos bancários emitidos dizer que o CCR funciona como uma
tais de petróleo. Para cada um deles foi cria- por instituições financeiras nas tran- câmara de compensação de bancos
do um Grupo de Trabalho com participação sações de comércio exterior. centrais dos países que aderiram a ele,
das partes envolvidas, que tem sido acom- Citou como exemplo o caso de sendo uma espécie de mitigador de
panhado pelas diretorias das empresas. um investidor venezuelano interes- transferências de divisas, o que só
Os temas dos documentos são os mais sado em comprar de um exporta- ocorre pela diferença entre os saldos
variados e vão desde o programa do dor brasileiro. Ele deve, inicialmen- devedores e credores.
biodiesel brasileiro e sua possível implan- te, obter uma carta de crédito de um Segundo André Amaro da Silveira,
tação na Venezuela até acordos sobre fer- banco internacional de primeira li- diretor da Odebrecht, nos últimos
tilizantes à base de uréia e amônia, e ex- nha. Na hipótese de não haver a par- três anos o CCR tem sido um instru-
portação de álcool etanol. Um dos mais ticipação de um banco internacio- mento fundamental para viabilização
importantes, trata da implantação de uma nal, o exportador pode solicitar pa- de operações de integração da empre-
refinaria de petróleo no Brasil. gamento à vista contra documento sa com o Peru, o Equador, a Venezue-
“Existe uma expectativa grande sobre esta de embarque. É nestes casos que o la e a Argentina. “Algumas operações
decisão”, informa Rafael Comino: “mas é um CCR pode ajudar, pois se o impor- seriam inviáveis do ponto de vista de
investimento de cerca de US$ 2 bilhões e os tador venezuelano obtiver uma ga- custos e de alocação de risco sem este
estudos sobre localização e viabilidade fica- rantia ou carta de crédito de um ban- mecanismo. É uma evolução, um
rão prontos em torno de setembro de 2005. co venezuelano e cursar o pagamen- amadurecimento do bloco da Améri-
Ninguém investe tanto sem estudos mais to no âmbito do CCR, o exportador ca do Sul conseguir implementar me-
aprofundados e sem detalhamento do pro- brasileiro terá seu pagamento garan- canismos regionais que nos permitem
jeto. Já estamos discutindo, por exemplo, tido pelo Banco Central da Venezue- avançar no esforço integrador”, afir-
que tipo de petróleo será usado nesta refina- la. Débitos e créditos são automáti- mou André.
ria e que percentual dele será brasileiro ou cos dentro da rede do CCR, de
venezuelano. Estas são questões básicas para modo que o exportador brasileiro Maiores informações sobre o CCR
o nível de investimento e para a viabilidade pode se ver livre do risco comerci- no site http://www.bcb.gov.br/
técnica do projeto”. al, correndo apenas o risco sobera- Rex/CCR/ccr.asp?idpai=INFOCCR
Arthur Pimentel, Maria da Glória Rodrigues, Jorge F. da Cunha Filho, Lucia Maldonado e Carlos Alberto Teixeira na abertura do Painel III.
Garantias na exportação
Até dois anos atrás, as discussões sobre
exportação eram feitas pelo Comitê de Cré-
dito à Exportação, um órgão com 14 outros
representados. Segundo Maria da Glória, “em
cada reunião comparecia uma pessoa de uma
área diferente e o exportador levava o pedi-
do de uma operação que ele já tinha buscado
lá fora. O pedido era levado ao comitê sim-
plesmente para saber se tinha ou não finan-
ciamento e qual a garantia pretendida. A res-
posta – se o pedido tinha sido aprovado, ou
não, e em que condições – era devolvida ao
exportador que, sozinho, voltava ao merca-
ferentemente do que se fazia anos atrás,
não se realiza mais uma reunião só para “
A integração física
é muito maior do que uma
do para buscar sua operação.
O que mudou nesse processo? Todos
”
temas específicos. Quando uma missão os produtos que dependem de financia-
comercial visita a Venezuela, por exem- simples junção de caminhos mento deixaram de ser um problema ape-
plo, vai com uma equipe de oito ou dez MARIA DA GLÓRIA RODRIGUES. nas do exportador e passaram a ser uma
ministros, com representantes da Petro- questão do Governo Brasileiro. Essa dis-
bras, do Banco do Brasil, do BNDES, da cussão, hoje, é feita em um novo formato: a
Cia.Vale do Rio Doce e de muitas outras colegiada, o que é uma outra grande no- empresa encontra uma oportunidade lá
empresas brasileiras e também com equi- vidade.” fora, traz a operação para o Governo, para o
pes do setor público e do setor privado, A representante do COFIG acha que Banco do Brasil e para o BNDES. A partir
para identificar o que há de oportunida- discutindo em conjunto surge a oportu- do momento em que os órgãos públicos
des nessa relação. Em determinada mesa nidade de ouvir a argumentação de cada tomam conhecimento da operação, ela en-
de negociação, estão assuntos de interes- uma das partes. tra na agenda e passa a ser uma prioridade
se maior dos venezuelanos; em outra, o “Na última reunião, em fevereiro, fize- do Governo Brasileiro que começa a tra-
interesse maior é dos brasileiros. Essa mos uma mesa-redonda com 20 minis- balhar para viabilizar o negócio.
troca é uma coisa nova, que permite um tros brasileiros e venezuelanos. Isso é um “Isso tem sido feito de forma sistemá-
intercâmbio de interesses que favorecem fato inédito em negociações na América tica e muito coordenada. Entra na agenda
os dois lados. É uma discussão de forma do Sul. Nessa ocasião, foram discutidos do Presidente da República, do Ministro
de Relações Exteriores, do Ministro de
Principais projetos aprovados para a Venezuela Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, do Presidente do Banco Central
Projeto Exportações Financiamento e de todos que têm algum tipo de diálogo
(US$ milhões) com o país que está importando o produ-
Sistema de irrigação El Dilúvio 113,8 PROEX-Financiamento to. O assunto passa a ser tratado direta-
mente pelo Governo. A busca da garantia,
Terceira Ponte do Rio Orinoco 48,0 PROEX-Equalização
que é fundamental para nós, deixou de
Hidrelétrica La Vueltosa 121,0 BNDES ser uma responsabilidade só do exporta-
dor”, acrescentou a represente do COFIG.
Linha III do metrô de Caracas 78,0 BNDES
“Deixamos de ter uma posição passiva e
Máquinas e equipamentos agrícolas 35,3 BNDES passamos a monitorar e acompanhar o que
Fontes: BNDES e Banco do Brasil está acontecendo, trabalhando junto com
”
serviços. Hoje sobra dinheiro no Proex, e com o Conselho de Ministros da
sobra dinheiro no BNDES e não pode- CAMEX. O Conselho acaba de aprovar a os pleitos do setor
mos usar os recursos, porque não temos composição do Conselho Empresarial – JORGE FERNANDES DA CUNHA.
garantia para isso. CONEX, que terá um papel importante
Carlos Alberto Teixeira apresentou as contribuições do INT na áreas de ciência e tecnologia, certificação de produtos e capacitação.
de levar aos ministros, diretamente, os rios derem a ele. Segundo ela, quanto mais ência, que, neste seminário, foi represen-
pleitos do setor empresarial. o governo souber das dificuldades e de tada por Carlos Alberto Marques Teixeira,
O CONEX terá vinte representantes como contorná-las, mais fácil poderá dis- Coordenador-Geral do Programa Nacio-
do setor privado em reuniões diretas com cutir e colocar o problema no COFIG e nal de Apoio Tecnológico à Exportação,
o Ministro do Desenvolvimento, Luiz Fer- no Conselho de Ministros da CAMEX para do Instituto Nacional de Tecnologia – INT
nando Furlan, para expor todos os garga- buscar alternativas e soluções. saudou o empresariado brasileiro que,
los do comércio exterior em cada um das acredita, tem conduzido bem o setor do
áreas tratadas pela CAMEX. Apoio tecnológico às exportações comércio exterior.
Para Maria da Glória, a importância do Do esforço para aumentar o fluxo co- “Dentro do enfoque empresariado-em-
novo conselho será tão grande quanto mercial com o exterior participam os mais presa nacional, quero apresentar a questão
maior for a importância que os empresá- variados setores. Um deles é setor da ci- da tecnologia associada às micros, peque-
nas e médias empresas”, disse ele. “O Pro-
grama de Apoio Tecnológico à Exportação
– PROJEX, trata desse tema. Traz como
A atuação do INT pano de fundo as questões relacionadas às
barreiras técnicas e à possibilidade de au-
O Instituto Nacional de Tecnolo- sil na região de Lobato, a regulamen- mentarmos a plataforma de exportação do
gia – INT é um órgão público federal tação meteorológica nacional e a cria- país pela agregação de empresas que são as
vinculado ao Ministério da Ciência e ção da Associação Brasileira de Nor- maiores geradoras de emprego, que movi-
Tecnologia. Funciona no Rio de Ja- mas Técnicas – ABNT. mentam grandes volumes de recursos”.
neiro desde 1921 e foi incorporado A questão da energia absorve a Arthur Pimentel, Coordenador Geral
ao Ministério da Ciência e Tecnologia maioria dos projetos em andamento de Promoção das Exportações do MDIC,
em 1986. Tem como finalidade três no Instituto, principalmente os pro- fechou o painel e ressaltou a importância
eixos verticais: pesquisas e desenvol- jetos que se referem a combustíveis do equilíbrio na balança comercial entre
vimento tecnológico para a inovação; alternativos, entre eles os biocom- Brasil e Venezuela.
certificação de produtos; prestação de bustíveis. “A troca de informações em um evento
serviços técnicos especializados com Em 2004, o Instituto atendeu 503 como esse é muito importante. Hoje, tive-
capacitação e treinamento. pequenas, médias e grandes empre- mos um contato mais direto com o traba-
Todos os trabalhos desenvolvidos sas, organizações públicas e privadas. lho que está sendo desenvolvido pelos téc-
no Instituto pretendem gerar e agre- O PROJEX, lançado em 1999, que nicos do Instituto Nacional de Tecnologia,
gar conhecimentos com o foco na trata de tecnologia para a pequena e no sentido de adequar qualidade à produ-
inovação. Assim como outros que média empresa, é um programa do ção. Esse processo é fundamental para ace-
existem no Brasil, é um órgão politéc- Ministério da Ciência e Tecnologia lerar o projeto de chegada do produto ao
nico clássico, com corpo técnico for- com a participação do MDIC e conta mercado. Por meio do programa Exporta
mado basicamente por engenheiros, com o apoio da Financiadora de Estu- Cidade, o MDIC pretende chegar à célula
e abriga todas as suas competências dos e Projetos – Finep. Tem também produtiva do país, já que é preciso criar con-
de forma multidisciplinar. recursos do Fundo Verde e Amarelo, dições para que o empresário brasileiro al-
Possui muitos laboratórios, alguns gerido pelo Ministério da Ciência e cance o mercado externo”.
credenciados pelo Inmetro, que são Tecnologia e operacionalizado pela O moderador Jorge Fernandes da Cu-
importantes para fazer toda a qualifi- Finep. Tem como finalidade prestar nha Filho, Subsecretário de Estado do De-
cação e certificação de produtos que apoio tecnológico, com o objetivo de senvolvimento Econômico, lembrou que
possam ser aceitos nos mercados ex- inserir produtos no mercado exter- o Rio de Janeiro tem muito a crescer na
ternos. O INT tem hoje 497 colabo- no ou dar competitividade para que área externa, principalmente no que se re-
radores: 291 servidores públicos fe- possam substituir produtos importa- fere a comércio, serviços e turismo, mas
derais, dos quais 179 técnicos de ní- dos. Tem como meta credenciar trin- lamentou que este setor ainda não esteja
vel superior, sendo 51 doutores, 41 ta instituições no País. Hoje, contam- quantificado na balança comercial:
mestres, 77 especialistas e dez gradu- se 11 instituições regionais que já tra- “O Rio de Janeiro tem 60% de seu PIB
ados. Entre os trabalhos desenvolvi- balharam, desde o início do progra- na área de serviços.Temos recebido mui-
dos pelo Instituto destacam-se a uti- ma, na adequação de 6.000 produtos. ta reclamação dos potenciais exportado-
lização do álcool como combustível O PROJEX do Rio de Janeiro atua, res, preocupação que trago para os senho-
para veículos automotivos; a pesquisa neste momento, na adequação de 80 res. Para finalizar, cumprimento os
sobre a existência de petróleo no Bra- novos produtos. organizadores do evento, os expositores
do painel e todos os presentes”.
As oportunidades de integração
Secretário de Energia do Rio fala da cooperação continental
integração entre os países da Amé- da construção de um novo gasoduto sem
”
medidas acertadas através de um projeto com
Tecnológico à Exportação do INT, Carlos substituída pela colaboração a PDVESA, pois é fundamental a tentativa de
Alberto Marques Teixeira; o Embaixador WAGNER VICTER. transformar esta empresa, a estatal vene-
Plenipotenciário da Venezuela, Julio José zuelana do petróleo, em parceira estratégica
Garcia Montoya; o Embaixador Mario tem trabalhos realizados na infra-estrutura nesta área. Nós, que sempre tivemos a
Guglielmelli Vera, Cônsul-Geral da Vene- e tem atuado como um condutor deste Petrobrás muito forte, sempre estivemos
zuela no Rio de Janeiro; Jorge Luis Duran processo, por ser o maior país do ponto de muito distantes da PDVESA. O Brasil, po-
Centeno, Cônsul-Geral da Venezuela em vista econômico e físico. Acredito que na rém, desenvolveu, em alguns segmentos,
São Paulo; e o Secretário de Estado de Ener- área de energia teremos uma oportunidade uma colaboração bastante relevante no ce-
gia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner G. ímpar, mas temos que tomar muito cuida- nário internacional. O secretário ressaltou
Victer, que presidiu a cerimônia. do com as dificuldades da Bolívia, para não ainda que, quando se fala na possibilidade de
Wagner Victer começou seu pronun- transformar os irmãos bolivianos em ini- construção de novos navios através de con-
ciamento destacando a importância dos migos, pois, na realidade, este problema, tratos com a Bolívia, “ficamos muito felizes,
temas tratados no encontro, em especial a como o vemos hoje, mais do que uma crise pois o Rio de Janeiro abriga a maior indústria
integração que, segundo ele, deve ser vis- é uma questão de oportunidades.” naval do país e certamente este contrato vai
ta como uma atividade fundamental para a O secretário estava se referindo à pro- favorecer o nosso estado.”
sobrevivência dos povos americanos. blemática da nação vizinha, envolvida em gre- Para terminar, o Secretário de Energia,
“Nós temos que transformar este pro- ves e protestos em torno da nacionalização Indústria Naval e Petróleo do Rio de Ja-
cesso de integração em atitude e não ape- dos recursos minerais bolivianos; um pro- neiro confessou-se muito otimista com o
nas em palavras. Eu acredito que grande blema sério com implicações, inclusive, para momento de integração que estamos vi-
parte da expectativa que se tinha no passa- o Brasil, já que a Petrobrás, por exemplo, vendo, principalmente com a Venezuela e
do de implantar o sonho de Simon Bolívar, atua intensamente em território boliviano na aproveitou para cumprimentar os organi-
sempre ladeado por um grande brasileiro, exploração de petróleo e gás natural. zadores do seminário. “Eu, e também to-
o general Abreu Lima, se converta em rea- “O que me preocupa”, continuou o dos os empresários aqui presentes, acre-
lidade, principalmente do ponto de vista Secretário, “é como certas questões estão ditamos que integração é uma questão de
energético, num futuro próximo. O Brasil sendo encaminhadas hoje, como é o caso atitude e de oportunidade.”
FCCE:
Um perfil
João Augusto de Souza
Lima, Presidente da
Federação das Câmaras
de Comércio Exterior,
explicita a estrutura e
organização da FCCE.
“A Federação das Câmaras de Comér-
cio Exterior – FCCE, também chamada
de Federação Nacional de Câmaras de
Comércio Exterior – FENACEX, é uma
sociedade civil sem fins lucrativos, de
âmbito nacional, regida pelas leis em vi-
gor e pelo seu estatuto, autorizado pela
Assembléia Geral Extraordinária reali-
zada em 30 de maio de 2005 e presidida
pelo Diretor Conselheiro, Senador
Bernardo Cabral.
São consideradas “câmaras fundadoras”
da FCCE as que participaram da Assem-
bléia Geral de 30 de setembro de 1983, Segundo Souza Lima, câmaras de vários e importantes países mantêm ligações com a FCCE.
que aprovou a atualização dos estatutos, e
que representam, por ordem de assinatu- nais da Diretoria Administrativa; as Câ- anualmente pela Diretoria Administrati-
ra, os países: Estados Unidos da América, maras Bilaterais fundadoras. va, emitindo parecer para apresentação ao
França, Itália, Israel, Grã-Bretanha, Por- Conselho Deliberativo, e se manifestar
tugal, Suíça, Alemanha, Japão, Espanha, A Diretoria Administrativa sobre assunto de natureza financeira, des-
Bélgica, Luxemburgo e Argentina. É o órgão executivo da Federação, com- de que solicitado pela Diretoria Adminis-
São órgãos da FCCE: posta de seu presidente, um primeiro trativa ou pelo Conselho Deliberativo.
vice-presidente, até 5 (cinco) vice-pre-
O Conselho Deliberativo sidentes, e até 30 (trinta) diretores, elei- O Conselho Superior
É o órgão permanente e soberano, ca- tos por períodos de 3 (três) anos, pelo É composto por 15 (quinze) membros
bendo-lhe traçar a orientação política, Conselho Deliberativo. vitalícios, pessoas físicas que efetivamen-
administrativa e técnica da entidade. te desenvolveram esforços para o engran-
Compõem-no, o presidente da FCCE; o O Conselho Fiscal decimento e deram apoio aos trabalhos
presidente, o vice-presidente e os demais É composto por 3 (três) membros efeti- realizados pela Federação. Seus integran-
membros do Conselho Superior; os vice- vos e 3 (três) suplentes, eleitos pelo Con- tes serão indicados pelo presidente da
presidentes e diretores que integram a selho Deliberativo, em conjunto com a FCCE, e seus nomes aprovados por uma
Diretoria Administrativa; os membros ti- Diretoria Administrativa e com mandato Assembléia Geral Extraordinária do Con-
tulares do Conselho Fiscal; os represen- igual. Ao Conselho Fiscal compete exa- selho Deliberativo, especialmente convo-
tantes regionais, estaduais e internacio- minar o relatório e as contas apresentados cada para tal fim.”
Mario Guglielmelli, Julio José Garcia Montoya e Marcio Fortes de Almeida, no Seminário Bilateral Brasil-Venezuela.
tação chegará a 600 ou 700 mil. Como tra não, etc) e teríamos dificuldades em potencial. No Brasil, caminhamos nessa
nossa produção está aumentando, passamos conciliar esses interesses. direção, mas ainda temos um desperdício
a competir pelo mesmo tipo de mercado. Não precisamos, necessariamente, intrínseco: nossos carros, por exemplo,
O petróleo brasileiro é um pouco di- pensar numa fusão de empresas gigantes. tendem a ser como as pick ups americanas
ferente daquele que é produzido pela Ve- Poderíamos dar início a projetos conjun- que consomem muito combustível. Não
nezuela e em alguns mercados podere- tos de menor porte, como trabalhar em adotamos o modelo econômico europeu.
mos atuar de forma conjunta. Seria bas- parceria em um campo de petróleo, numa Além disso, é preciso pensar na melhoria
tante interessante passar a vender um blend, refinaria ou numa unidade de lubrifican- do transporte público e na racionalização
uma mistura de petróleo brasileiro e ve- tes. É preciso pensar no futuro distante, do uso do carro. Tudo isto tem um poten-
nezuelano. É possível encontrar sinergias mas para chegar lá temos um longo cami- cial elevado de economia.
mesmo nas exportações. No futuro, Mé- nho pela frente e não podemos perder
xico,Venezuela e Brasil serão grandes com- oportunidades. Que tipo de impacto a lei de hidro-
petidores. Quando Nigéria e Angola pas- Com a Venezuela tivemos um avanço carbonetos, aprovada pelo gover-
sarem a competir na área de petróleo pe- grande com a assinatura de vários acordos no venezuelano em 2001, tem para
sado, a competição será ainda maior. conjuntos mas, para isso, foi necessário o petróleo brasileiro?
que os presidentes dos dois países des- RC – Toda lei tem uma parte boa e outra
O senhor disse que a Venezuela não sem aval a essas iniciativas. questionável. Esta legislação mudou o
tem o petróleo que o Brasil precisa, contrato para uma forma mais próxima
daí não importamos mais o produ- O petróleo não é infinito. A Petro- ao que a Petrobras gosta de fazer, porque
to daquele país. Que petróleo é este bras tem uma política para quando prevê o compartilhamento da produção.
que o Brasil necessita? ele acabar? O senhor acha que as Isto é uma tendência mas, por outro lado,
RC – O petróleo que o Brasil importa é energias chamadas alternativas são a lei exige que a PDVESA seja sócia nos
específico para produzir lubrificantes, que insignificantes ou já estão ocupan- empreendimentos e fixou o limite dos
exige um tipo de parafínico classificado do um lugar no mercado? royalties, de modo que hoje todo campo
como árabe e árabe leve. Não temos ne- RC – A Petrobras atua de forma diver- de petróleo descoberto na Venezuela tem
nhum petróleo nacional que substitua este sificada. Ela transformou-se numa empre- obrigatoriamente a par ticipação da
tipo de óleo. Pode ser que a longo prazo sa de energia e trabalha em diversos países PDVESA em 51%.
possamos mudar nosso sistema de refino latino-americanos. Fizemos recentemen- Cada país é dono de suas reservas mine-
e acabar com a necessidade de importa- te um projeto de transporte de gás na Ar- rais e determina as regras para quem quiser
ção. A realidade, hoje, é que vamos ter que gentina e somos sócios de uma empresa explorá-las. Os contratos que a Venezuela
importar o petróleo árabe leve por um de energia elétrica que abastece um terço oferece são aceitáveis pela Petrobras, tanto
longo período, mesmo que aumentemos de Buenos Aires. que atuamos naquele país. O resto é uma
a produção nacional e adaptemos nossas Para o futuro, levamos em conta diver- questão econômica, algo bastante parecido
refinarias para consumir 100% de petró- sos tipos de energia, como a eólica, a solar, com os impostos do Brasil. Se os impostos
leo nacional. à base de hidrogênio, e até algumas mais brasileiros fossem menores talvez houves-
sofisticadas que estão surgindo, a exemplo se mais investimentos no Brasil, mas nin-
Como o senhor vê as discussões so- da exploração de hidrato de metano. guém vai esperar mudar a legislação tribu-
bre a criação da Petrosul, uma A racionalização é bastante importante tária para investir. Vamos vivendo de acor-
grande companhia para reunir as também. Durante muitos anos trabalhei do com as regras de cada país, pois enten-
empresas produtoras de petróleo na área de conservação de energia da demos que todos eles têm o direito de cri-
da América Latina? Petrobras e acho que temos um imenso ar seus próprios mecanismos regulatórios.
RC – Seria uma iniciativa excepcional,
mas politicamente é muito difícil de ser
efetivada. As três maiores empresas são a
Pemex mexicana, a PDVESA venezuelana
e a Petrobras. Mesmo se conseguísse-
mos juntar estas três gigantes, elas man-
teriam seus interesses específicos (por
exemplo, uma tem ações em bolsas, ou-
Odebrecht: um gigante da
engenharia internacional
Maior empresa da América Latina oferece competência global em sua área
Ações sociais
Na região metropolitana de Caracas, a
Odebrecht está trabalhando em três em-
preendimentos voltados para a qualidade
de vida da população: as linhas III e IV do
metrô da capital e a linha de metrô do mu-
nicípio-satélite de Los Teques. “O nosso
grande desafio na Venezuela é de caráter
técnico”, afirma André Amaro. “São obras
complexas em que a geologia tem papel
importante. Tivemos desafios na escavação
dos túneis do metrô, já superados, mas que
demandaram uma mobilização muito gran-
de. A equipe do metrô é composta de pro-
fissionais que trabalharam no metrôs de
Portugal e de São Paulo e de técnicos ex-
perimentados nas diversas obras marítimas
e portuárias que realizamos.” A ponte sobre o Rio Orinoco emprega cerca de 2.300 trabalhadores e terá papel integrador.
A Linha IV do Metrô de Caracas tem
5,5 km de extensão e capacidade para 550
Obras em andamento na Venezuela
mil passageiros por dia, devendo ficar
pronta em meados de 2006. A obra tem a
Ponte sobre o Rio Orinoco Região de Guayana CVG
participação do BNDES e da Corporação
Andina de Fomento – CAF como agentes Linha de Metrô de Los Teques Grande Caracas C.A. Metro Los Teques
financiadores e vai desafogar a Linha I, no
Linhas III e IV do Metrô de Caracas Caracas C.A. Metro Caracas
centro da cidade. A Linha de Metrô de
Los Teques vai ter 9,5 km de extensão e Projeto El Dilúvio Maracaibo Instituto Nacional de
ligar esta cidade ao sistema metroviário de Desarrollo Rural (Inder)
Caracas. As obras civis estão sendo reali- Fonte: Odebrcht Informa, nov/dez 2004
zadas pelo Consórcio Metrô Los Teques,
liderado pela Odebrecht e do qual fazem implantou rede elétrica, fez obras de sa- Amaro diz que a Odebrecht procura sem-
parte a empresa italiana Astaldi e a neamento, ergueu postos de saúde, asfal- pre respeitar as condições locais. “Nos se-
venezuelana Vinccler. Mais de 70% da tou ruas e construiu escadas para os mo- tores em que há limitações por causa do
obra já está pronta e ela deverá ser con- radores dos morros, além de ter partici- estágio de desenvolvimento do país, nós
cluída em 2005. pado de campanhas contra a dengue e a entramos com a competência global e
As ações sociais do empreendimento febre amarela. Embora tenha intensa par- brasileira. Nas áreas que eles têm compe-
merecem ser mencionadas. O consórcio ticipação na vida da Venezuela, André tência, só cabe a nós estimulá-las”.
Informação é a maior
ferramenta de exportação
Política do governo brasileiro é a de manter produtor e técnicos bem informados
“Os números atuais do comércio ex-
terior brasileiro demonstram que a atu-
ação do Ministério do Desenvolvimen-
to da Indústria e do Comércio Exterior
– MDIC, principalmente no atual go-
verno, está calcada em alicerces sólidos,
como a geração de informação para o
exportador.” A afirmação do palestrante,
instrutor e professor Arthur Jorge de
Jesus Pimentel, Coordenador Geral de
Promoção das Exportações do MDIC,
reflete bem o contexto de confiança na
política econômica.
Este resultado é produto, entre ou-
tros fatores, de programas e ferramen-
tas com este objetivo e do esforço de
interiorizar a informação. “A Secretaria
de Comércio Exterior e o Departamen-
to de Planejamento e Desenvolvimen-
to do Comércio Exterior têm desen-
volvido uma série de ações, programas
e ferramentas voltadas para facilitar o
acesso à infor mação por par te do
empresariado, espalhando pelo Brasil
inteiro a idéia de levar a informação tam-
bém para o pequeno produtor que tem
um foco no mercado internacional e
para alguns agentes do agronegócio, das
indústrias e do comércio.”
Com este objetivo, o MDIC desen-
volveu um portal que agrega e centraliza
várias informações, disponibilizando na Coordenador de Promoção das Exportações do MDIC luta para interiorizar os programas do setor.
Internet ações, legislação e programas
de exportação e de importação e crian-
do mais de 500 links com entidades e
organismos internacionais, empresas es-
“ Mais de 500 links facilitam
a atuação do
çaram a mostrar aspectos positivos. Fi-
zemos um diagnóstico e verificamos
que, em 2003, alguns estados – como
trangeiras e representantes de outros go-
vernos. Tudo isso é realizado com o in-
tuito de ampliar a mentalidade expor-
pequeno empresário
ARTHUR PIMENTEL. ” Acre, Roraima, Rondônia, Piauí, To-
cantins e Sergipe – não estavam alcan-
çando a média brasileira de exportações.
tadora brasileira. É claro que uma cons- direção, mais aparecem os resultados. Criamos então um programa especial
ciência coletiva voltada para a exporta- “Desde o início de 2005”, continua voltado para estes estados e fizemos um
ção não se constrói da noite para o dia, Arthur Pimentel, “nossos programas, trabalho conjunto com algumas entida-
mas quanto mais passos são dados nesta entre eles o Estado Exportador, come- des. A iniciativa se mostrou bem-suce-
E
opressão.
canos das Américas espanhola e blicou um ataque anônimo contra o ofici-
portuguesa davam-se as mãos para Unidos da América do Norte. Em 1818, al brasileiro e recebeu uma dura resposta.
vencer a opressão do colonizador euro- escreve a Simon Bolívar oferecendo-se para O jornalista acionou a Justiça e conseguiu
peu. Abreu e Lima encarnou com perfei- integrar, no posto de capitão, o exército que que Abreu e Lima fosse condenado a seis
ção o papel histórico do líder romântico e lutava pela independência do Vice-Reino meses de prisão, no Castelo de São Carlos
libertário. da Grã Colômbia, atuais Colômbia e Vene- de Zulia, em outubro daquele ano.
zuela. É aceito pelo Libertador, em
O filho do padre Angostura, no ano seguinte. Soldado e intelectual
José Inácio nasceu no Recife, em 6 de Desiludido e ansioso por voltar ao Bra-
abril de 1796. Era filho de José Inácio Ri- A campanha pela independência sil, que já era independente desde 1822,
beiro de Abreu, um sacerdote que, por ha- Ainda em 1819, esteve com Bolívar na Abreu e Lima decidiu, entretanto, engajar-
ver sido ordenado na capital italiana, era Campanha do Apure e na marcha pelo De- se na luta em defesa da Grã Colômbia,
chamado de Padre Roma. Envolvido na re- serto de Pisba, tendo participado das ba- que estava ameaçada de desintegrar-se. Ele
volução republicana, ocorrida em Pernam- talhas de Gameza, em 11 de julho, do Pân- serviu de intermediário entre Francisco
buco em 1817, o Padre Roma foi morto tano deVargas, em 25 de julho, e de Boyacá, de Paula Santander e José Antonio Paez
por fuzilamento no Largo da Pólvora, em a 7 de agosto. Sempre ao lado do Liberta- na intenção de reconciliá-los; quando viu
Salvador, diante dos olhos do filho, que fora dor, tomou parte na Batalha de Carabobo, que essa reconciliação era impossível, in-
obrigado a assistir à execução. travada em 24 de junho de 1821, tendo clinou-se pela fidelidade a Bolívar e se-
Tendo perdido tudo, pelo confisco dos sido ferido no peito. Recuperado, partici- guiu para o Equador, onde combateu na
bens da família, que era abastada, José Inácio pou em 1823 das operações navais que Batalha de Portete de Tarqui, em 27 de
conseguiu escapar à prisão já decretada e, envolveram a tomada de Maracaibo e, sob fevereiro de 1829, ao lado de Antonio José
auxiliado pela maçonaria, fugiu, juntamen- as ordens do general José Antonio Paez, Sucre. A essa altura, apesar de coronel, já
te com o irmão Luís Inácio, para os Estados da tomada de Porto Cabello. era conhecido como “O General das Mas-
“Contra a hegemonia e
pela multipolaridade”
O comércio de produtos não tradicionais é o que mais tem aumentado
entre os dois países, segundo a Câmara de Comércio das Américas
José Francisco Marcondes Neto: “queremos uma balança mais equilibrada que, com certeza, vai alavancar o crescimento do comércio como um todo.”
“As exportações brasileiras para a Venezuela cresceram e vêm cres- Descoberta surpreendente
cendo significativamente: em torno de 143% de 2003 para 2004; no O Conselho das Câmaras de Comér-
primeiro semestre deste ano, comparativamente ao mesmo período cio das Américas fez uma análise mais
aprofundada das relações comerciais en-
do ano passado, continuam aumentando ainda com um índice bas- tre os dois países e chegou a uma
tante significativo, de 71%. As compras de produtos venezuelanos, constatação surpreendente: a venda de
produtos não tradicionais, que não inte-
por sua vez, têm caído, ou na pior das hipóteses, têm se mantido gram o capítulo 27 – referente a petró-
estáveis.” Com estas palavras, José Francisco Marcondes Neto, Presi- leo e energia – da nomenclatura comum
ao Mercosul, vem crescendo entre 30 a
dente do Conselho de Câmaras de Comércio das Américas e da Câ- 35% ao ano; enquanto isso, as do seg-
mara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria, analisa os prós mento tradicional caíram fortemente.
Para se ter uma idéia dessa retração, en-
e os contras no comércio entre os dois países. tre os anos 2000 e 2004 a queda das ven-
Desvio de comércio
José Marcondes Neto tem uma expli-
cação para o fenômeno.
“A queda tem sido atribuída a causas
diversas: a mais comum parte do reco-
nhecimento de que a maioria dessas com-
pras era de petróleo, para responsabilizar
a crescente produção petrolífera brasilei-
ra (que, atualmente, quase leva o país à
auto-suficiência) e a adoção de matrizes
energéticas e de refino, que empregam
petróleo mais leve do que o produzido na
Venezuela, como os vilões do retrocesso
nas importações brasileiras.”
O representante da Câmara Venezue-
lana-Brasileira de Comércio e Indústria
acredita que uma análise mais apurada de- Edson Lupatini, do DECEX, e Marcondes Neto, do Conselho de Câmaras de Comércio das Américas.
res políticos do mundo inteiro possam rios que promove. Isto, certamente, fará
exercer seus respectivos papéis. Os úni- com que surjam novas bases para o diálo-
cos a se sentirem incomodados com essa go tão necessário entre governo, associa-
perspectiva ampla e abrangente são os que ções de classe e empresários. De minha
pretendem a unipolaridade, e essa não tem parte, espero que, no mínimo, possamos
sido a visão do Itamaraty, do governo bra- sair daqui com o convencimento de que
sileiro ou da Venezuela.” se pode e se deve ampliar as relações en-
Em todas as atividades mantidas com tre os dois países, enquanto opção geopo-
empresários venezuelanos e com a Vene- lítica. Só isso já terá sido um grande êxito.”
zuela em geral, depois da posse do Presi-
dente Chavez, não foi percebida qualquer
restrição à liberdade, ao livre trânsito de
financiamentos, à liberdade comercial. Por Um bom momento
isto, segundo Marcondes Neto, “a posi-
ção adotada pelos conservadores, de que da economia da
o Presidente Chavez representa uma vi-
são totalitária ou autoritária, não tem ade- Venezuela
quação com a realidade.” Analistas internacionais, usan-
“Em verdade, talvez nenhum líder sul- do dados liberados pelo Banco
“
Espero que possamos
nos convencer da possibilidade
de ampliar as relações
americano, ou mesmo mundial, passou
por tantos processos eleitorais livres e di-
retos como ele tem passado, nos últimos
Central da Venezuela, informam
que a economia local acelerou no
segundo trimestre de 2005. O
anos. Nenhum outro país tem uma liber- Produto Interno Bruto do país
entre os dois países, dade de imprensa tão grande, que permita cresceu 11,1% de abril a junho
enquanto opção geopolítica
JOSÉ FRANCISCO MARCONDES NETO. ” a comentaristas de oposição ao presiden-
te desacatá-lo e à sua família, ao vivo, na
televisão, em rede nacional, como acon-
tece por lá. Liberdade e democracia como
deste ano, comparado com igual
período de 2004.
Um dos principais fatores para
esta performance foi a alta do pre-
técnica, mas política. A geração de expor- as que são praticadas contempora- ço do petróleo (principal produ-
tações brasileiras de equipamentos, como neamente na Venezuela existem em muito to produzido na Venezuela) no
se sabe, é uma prioridade nacional e o poucas partes do mundo. Quem não sabe mercado internacional. Além dis-
BNDES tem os recursos alocados para isso disso é vítima de uma política de desinfor- to, este resultado também pode
dentro do seu orçamento. Não se pode mação que se acha em curso e de uma ser creditado ao aumento da
dizer que o BNDES deveria utilizar esses tentativa de estereotipar o presidente e o construção no país e à intensifi-
recursos para financiar metrô interno, que governo venezuelanos, de inviabilizá-los cação da indústria de transforma-
é financiado com recursos de outras ori- como atores na política mundial, princi- ção. Segundo o Banco Central da
gens, de outra partida orçamentária.” palmente por causa da opção pela multi- Venezuela, no primeiro trimes-
polaridade e a firme atitude contra a tre o crescimento foi de 7,5%.
Não à hegemonia unipolaridade continental, que é defendi- As características geológicas do
Segundo José Francisco Marcondes da principalmente pelos Estados Unidos país são uma espécie de bênção: lá,
Neto, as condições internas de comércio da América do Norte.” o petróleo encontra-se em áreas
nos dois os países são amplamente favo- Finalmente, ao terminar sua palestra, o mais próximas da superfície do solo
ráveis e inscrevem-se entre as prioridades representante da Câmara Venezuelana- e existe até uma piada dizendo que
de ambos os governos que têm uma pers- Brasileira de Comércio e Indústria regis- basta bater com o salto do sapato
pectiva política comum: a de que o mun- trou seu entusiasmo pela realização de um no chão para achar petróleo em ter-
do caminha, cada vez mais, para a encontro em que se pôde analisar e dis- ritório venezuelano. Analistas eco-
multipolaridade. “Nós não podemos, en- cutir, com franqueza e transparência, o es- nômicos ressaltam que este é um
quanto Brasil e Venezuela, enquanto Amé- tado das relações comerciais entre os dois momento chave para o Brasil se
rica Latina, nos submetermos a uma polí- países. Ele falou também da “grande im- aproximar ainda mais da República
tica unipolar de hegemonia. Nesse senti- portância da Federação das Câmaras de Bolivariana, já que recursos é o que
do, o governo e o presidente da Venezuela Comércio Exterior, que arrebanha pre- não faltam ao país governado por
têm demonstrado exercer sua soberania sença maciça de autoridades governamen- Hugo Chavez.
e manifestado interesse em que outros ato- tais e de líderes de comércio nos seminá-
tância, que encarece o transporte. Essas Na última missão, no mês de abril, foi pre- cido mais de 50% (hoje nós temos ali mais
negociações já foram iniciadas; posso mes- ciso fretar um avião para levar os empre- de 400 empresas industriais, que geram
mo dizer que já estão bem adiantadas. Nes- sários de Manaus até Caracas e foi a CVG diretamente quase 100 mil empregos e
se sentido, respondendo mais detalha- quem arcou com essa despesa. cerca de 400 mil de geração direta e indi-
damente à sua pergunta inicial, a proximi- Um vôo de carreira teria, certamente, ba- reta), nossa exportação caiu em 2004.
dade é um fator auxiliar do crescimento rateado os custos da viagem. Já estamos Como se explica isso? É que o mercado
do comércio entre os dois países. Em ou- providenciando um esquema mais práti- interno consumiu tudo. Nosso principal
tubro, participaremos de outra missão à co para o transporte dos empresários que item de produção, o celular, tem sido,
Venezuela, coordenada pela APEX, com vão compor a missão marcada para outu- como se sabe, o mais desejado objeto de
o apoio do Ministério do Desenvolvimen- bro. Temos que reconhecer que essa difi- consumo interno. Apesar de tudo, pode-
to, Indústria e Comércio, a cuja estrutura culdade de comunicação é mesmo um mos dizer que, até o mês de junho de
a Suframa pertence. Nossa intenção é a de impedimento logístico ao crescimento do 2005, já atingimos a impressionante cifra
levar cerca de 100 potenciais exportado- comércio entre os dois países. de US$ 1 bilhão em nossas exportações.
res de todo o Brasil. Ocorre um proble- Ocorre, portanto, uma retomada: as fá-
ma de logística, porque é grande distância Qual o papel da exportação no co- bricas tiveram um aumento da sua capaci-
por terra (de carro são, pelo menos, dois mércio exercido pelo Pólo Indus- dade de produção e já estão direcionando
dias e meio de viagem, uma distância real- trial de Manaus? os produtos, novamente, para o mercado
mente amazônica) e não existe uma linha JLV – Ao nos referirmos aos índices de externo. Isso faz crer que a Zona Franca e
aérea ligando Manaus a Caracas, o que é exportação, não podemos deixar de con- o Pólo Industrial cumprirão, até o fim de
lamentável, principalmente porque já siderar que os produtos provenientes do 2005, a meta de exportar US$ 1,8 bilhão,
houve duas — da Varig e do Lloyd Aéreo Pólo Industrial de Manaus têm um gran- o que nos dá muita satisfação.
Boliviano, hoje extintas. Restabelecer essa de comprador, que é o mercado interno
ligação aérea deve ser uma medida indis- brasileiro. Para se ter uma idéia da avidez Em sua opinião, de que modo a par-
pensável a qualquer política que pretenda desse mercado, basta verificar que, apesar ticipação no Seminário Brasil-Vene-
promover o desenvolvimento da região. de o volume de produção do pólo ter cres- zuela pode ajudar no desenvolvi-
mento do comércio exterior?
JLV – A meu ver, o maior benefício é
fazer com que nossos exportadores to-
mem ciência – e consciência – do quan-
to é importante o mercado latino-ame-
ricano, ao qual muitas vezes voltamos as
A Amazônia já costas. A dinamização do comércio com
conta com algumas
a Venezuela, por exemplo, traria maior
estradas
estratégicas, mas número de benefícios ao Norte do país e
faltam ainda linhas ao Brasil como um todo. Tenho a espe-
aéreas que podem rança de que, após um encontro de dis-
trazer técnicos e cussões francas e diretas, possam ser apa-
empresários,
radas as eventuais arestas, e o comércio
afirma Jorge
Vasques.
flua para o bem de todos.
Sucesso absoluto!
Uma avaliação dos seminários da FCCE
Com a edição desta revista, correspon-
dente ao Seminário Brasil-Venezuela, en-
cerramos os trabalhos relativos ao sexto
evento, de um total de 12 programados
para o ano de 2005. Cumprimos metade
da meta estabelecida. Registre-se que ain-
da faltam os Seminários Bilaterais com o
México, Chile, Holanda, Itália, Polônia e
Canadá.
Estamos certos de que os próximos
eventos repetirão o sucesso dos seminá-
rios anteriores, e que teremos casa cheia e
plenário lotado, com o comparecimento
maciço de empresários, autoridades, estu-
dantes e das mais diversas áreas, para que
continuemos a proporcionar palestras e
debates do mais alto nível. Em resumo: su-
cesso absoluto!
Todo esse trabalho, realizado pela nossa Federação das Câma-
ras de Comércio Exterior, só foi coroado do êxito que verifica-
mos, pelo apoio efetivo que recebeu das principais associações
nacionais de classe, ligadas ao comércio exterior, como a Associ-
ação de Comércio Exterior do Brasil – AEB, a Câmara de Co-
mércio Internacional - ICC e, sobretudo, a Confederação Nacio-
nal do Comércio – CNC, que além de apoiadora, é nossa anfitriã.
É o momento de mencionar também, como impulsionadoras
desse sucesso, as autoridades governamentais, tanto a nível fede-
ral quanto estadual; autoridades essas, na realidade, as grandes
responsáveis por esse êxito incontestável, que credita grandes
benefícios ao comércio exterior do Brasil, em todos os seus as-
pectos: expansão, diversificação, incremento e, sobretudo, apoio
ao empresariado nacional.
do, como fizeram até agora, para que, daqui para frente, o sucesso
seja cada vez maior, para o bem de nosso comércio exterior, e em
benefício de nosso Brasil.
É importante registrar também, nessa “prestação de contas”
antecipada, o trabalho e a cooperação do Ministério das Relações
Exteriores, comandado pelo Chanceler Celso Amorim e por seu
Secretário-geral, o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Sem-
pre que solicitados, todos os departamentos, sem exceção, e,
também, os atuais embaixadores credenciados nos países corres-
pondentes, nunca deixaram de apoiar e comparecer, colaboran-
do de todas as formas possíveis e necessárias.
Some-se a esse apoio institucional do Governo Federal, o apoio
recebido do governo de nosso Estado do Rio de Janeiro, por
meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, conforme
ofício aqui reproduzido.
Realmente, com a vontade de acertar e os apoios recebidos,
tanto das autoridades quanto das associações e empresas (de to-
dos os portes e nacionalidades), os Seminários Bilaterais de Comér-
cio Exterior e Investimentos, realizados por esta FCCE, estão desti-
nados a apresentar um sucesso cada vez mais marcante e um
resultado prático da maior importância e benefício para o nosso
comércio exterior.
É com muito orgulho que a equipe de profissionais responsá-
veis pelas edições e divulgações desses eventos faz esse registro,
como um agradecimento sincero.
A EQUIPE DA FCCE
51 84082030 MOTORES DIESEL/SEMIDIESEL. P/ VEIC. CAP. 87. 2500 < CM3 <= 3500
52 40022090 BORRACHA DE BUTADIENO (BR). EM CHAPAS, FOLHAS, TIRAS, ETC.
53 84295900 OUTRAS PÁS MECÂNICAS, ESCAVADORES. CARREGADORAS, ETC.
54 87081000 PÁRA-CHOQUES E SUAS PARTES P/ VEÍCULOS AUTOMÓVEIS
55 84248119 OUTS. APARELHOS P/ PULVERIZAR FUNGICIDAS/INSETICIDAS. ETC.
56 84678100 SERRAS DE CORRENTE, DE USO MANUAL
57 30049099 OUTROS MEDICAM. CONT. PRODS. P/ FINS TERAPÊUTICOS, ETC. DOSES
58 24031000 FUMO MANUFATURADO, P/ FUMAR, MESMO CONT. SUCEDÂNEOS DO FUMO
59 84329000 PARTES DE MÁQS. E APARS. AGRÍCOLAS, ETC. P/ PREPAR. DO SOLO
60 84159000 PARTES DE MAQUINAS E APARELHOS DE AR CONDICIONADO
61 44121400 MADEIRA COMPENSADA C/FLS <= 6MM, FACE DE MADEIRA N/ CONIFER
62 84181000 REFRIGERADORES COMBIN. C/CONGELADORES, PORTA EXT. SEPARADA
63 64029900 OUTROS CALÇADOS DE BORRACHA OU PLÁSTICO
64 26020090 OUTROS MINÉRIOS DE MANGANÊS
65 84323090 OUTROS SEMEADORES, PLANTADORES E TRANSPLANTA DORES
66 87089300 EMBREAGENS E SUAS PARTES P/ TRATORES/VEÍCULOS AUTOMÓVEIS
67 84224090 OUTS. MÁQUINAS E APARS. P/ EMPACOTAR/EMBALAR MERCADORIAS
68 48193000 SACOS DE PAPEL OU CARTÃO, CUJA LARGURA DA BASE >= 40CM
69 87042310 CHASSIS C/MOTOR DIESEL E CABINA, CARGA>20T
70 85122011 FARÓIS P/ AUTOMÓVEIS E OUTROS CICLOS
71 84834010 CAIXAS DE TRANSMISSÃO, REDUTORES. ETC. DE VELOCIDADE
72 15079011 ÓLEO DE SOJA, REFINADO, EM RECIPIENTES COM CAPACIDADE <= 5L
73 96091000 LÁPIS
74 84743200 MAQUINAS P/ MISTURAR MATÉRIAS MINERAIS C/BETUME
75 72254090 OUTROS LÂMIN. DE OUTS. LIGAS ACOS, QUENTE, L >= 600MM, N/ENROL
76 04029900 OUTROS LEITES, CREMES DE LEITE, CONCENTRADOS. ADOCICADOS
77 85446000 OUTROS CONDUTORES ELETR. P/ TENSAO>1000V
78 56031290 FALSOS TECIDOS DE OUTROS FILAM. SINT/ARTIF. 25 < P <= 70G/M2
79 87082994 PAINÉIS DE INSTRUMENTOS P/ VEÍCULOS AUTOMÓVEIS
80 30022029 OUTRAS VACINAS PARA MEDICINA HUMANA, EM DOSES
81 90283019 OUTROS CONTADORES MONOFÁSICOS, P/ CORR. ELETR. ALTERNADA
82 74081100 FIOS DE COBRE REFINADO, MAIOR DIMENSÃO DA SEC. TRANSV>6MM
83 72021100 FERROMANGANES CONTENDO. EM PESO>2% DE CARBONO
84 38112150 OUTS. PREPARS. CONT. 1 OU MAIS ADITIVO C/ ÓLEO PETRÓLEO. ETC
85 84553010 CILINDROS DE LAMINADORES, FUNDIDOS, DE AÇO/FERRO NODULAR
86 84139100 PARTES DE BOMBAS P/ LÍQUIDOS
87 84148031 OUTROS COMPRESSORES DE GASES. DE PISTÃO
88 85015210 MOTOR ELETR. CORR. ALTERN. TRIF. 750W < P <= 75KW, ROTOR GAIOLA
89 87060010 CHASSIS C/MOTOR P/ VEÍCS. AUTOMÓVEIS TRANSP. PESSOAS >= 10
90 30061019 OUTROS MATERIAIS PARA SUTURAS CIRÚRGICAS, SINTÉTICOS
91 85438919 OUTROS AMPLIFICADORES DE RADIOFREQÜÊNCIA
92 73052000 TUBOS FERRO/AÇO, SOLD. ETC. SEC. CIRC. D>406MM, P/ REV. POÇOS
93 87082993 PORTAS P/ VEÍCULOS AUTOMÓVEIS
94 30049039 OUTROS MEDICAM. C/ COMPOSTOS DE FUNÇÃO AMINA. ETC. EM DOSES
95 38013010 PASTA CARBONADA PARA ELETRODOS
96 48025793 PAPEL KRAFT. FIBRA MEC <= 10%, 40G/M2 <= P <= 150G/M2
97 52114210 TECIDO ALGODAO < 85%, ÍNDIGO BLUE/FIBRA SINT/ART. P>200G/M2
98 12092900 OUTRAS SEMENTES FORRAGEIRAS. PARA SEMEADURA
99 37032000 OUTROS PAPEIS P/ FOTO A CORES, SENSIBIL. N/IMPRESSIONADOS
100 73041090 OUTS. TUBOS DE FERRO/AÇO, S/COSTURA, P/ OLEODUTOS/GASODUTOS
DEMAIS PRODUTOS
DEMAIS PRODUTOS
Açúcar e álcool Segundo Rafael Comino, outras coisas, tem interesse por US$ 2 bilhões para
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A Venezuela está construindo Gerente de Inteligência de em fixar o homem no renovar sua frota.
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novas centrais açucareiras e Mercado da Petrobras, o campo.
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reformando as antigas. O acordo de cooperação sobre A longo prazo, vai se Indicadores brasileiros
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Brasil, que tem muito know o etanol combustível estabelecer maior cooperação A sessão Economia do Jornal
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how nesta área, participa do envolve a determinação da entre os dois países, com do Commercio publicou a
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processo. Algumas empresas Venezuela de diminuir o troca de equipamentos e seguinte nota, em 9 de
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brasileiras estão envolvidas no chumbo da sua gasolina com tecnologia no segmento do agosto deste ano: “O
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projeto da central açucareira a adição de álcool. A açúcar e do álcool. Ministro Luiz Fernando
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Ezequiel Zamora e outras ○
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fornecem peças para a usina. discutindo um programa de O valor das exportações corrente de comércio do
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Além disto, a Venezuela está aumento de área plantada de Miriam Leitão escreveu em Brasil deve atingir o
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comprando etanol brasileiro cana-de-açúcar em território sua coluna Panorama equivalente a 30% do PIB
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para ser adicionado à sua venezuelano, já que o Econômico, no jornal O Globo, até o final do governo Lula.
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gasolina. governo Hugo Chávez, entre em 6 de agosto de 2005 que Este ano, deve fechar em
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“as exportações em maior 28% e, em 2004,
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volume e mais valorizadas correspondeu a 26,4% do
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estão trazendo dólares em PIB. O indicador é
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abundância, os quais, em importante para as
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parte, são responsáveis pela avaliações externas sobre o
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queda da inflação nos Brasil, como a classificação
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últimos meses. A boa de risco-país por agências de
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situação das contas externas ratings. O comércio exterior
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é a parte mais robusta da nas duas mãos é um
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melhora dos fundamentos indicador importante da
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brasileiros, o que nos ajuda a capacidade de um país
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atravessar a forte honrar seus compromissos
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turbulência política”. externos.”
A Revista dos Seminários
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Visita ilustre e negócios Homenagem a Souza
Bilaterais de Comércio Exterior e
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Lima
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FCCE, é distribuída entre as mais parte das reservas da Federação das Câmaras de
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destacadas personalidades, do
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no comércio internacional.
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Anunciar aqui é fazer chegar o pouco tempo, os Pedro Ernesto, Souza Lima
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Procure-nos.
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EM BREVE
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FCCE aproveitou a ocasião
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para jurar amor à Escola de
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Samba da Portela.
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Superávit histórico
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O Brasil conseguiu, em
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julho de 2005, um superávit
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de US$ 2,59 bilhões na conta ○
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de suas transações correntes
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com o exterior, que registra o
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resultado das exportações e
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importações, bem como
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receitas e despesas com
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serviços (viagens
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internacionais, fretes e
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seguros) pagamentos de juros
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e remessas de lucro e
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dividendos.
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Este foi o maior saldo
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positivo alcançado pelo país
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em um único mês desde
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1947, ano em que o Banco Manuais de Procedimentos e Informações
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Central começou a apurar Brasil-Portugal, Brasil-Marrocos, Brasil-Bélgica/Luxemburgo,
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esse indicador econômico, Brasil-Suíça, Brasil-Argentina e Brasil-Venezuela
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um dos mais importantes
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para analisar a economia.
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O superávit foi 43,44% Nigerian National recorde de R$ 9,9 bilhões, que teve rendimentos de
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maior do que o registrado em Petroleum Corporation – cerca de 40% maior do que R$ 716 milhões líquidos de
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desempenho das contas estabelece também o apoio período de 2004. semestre. “Isto se deve à
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que compensaram os gastos desenvolvimento da Em 2005, o Banco Nacional empresas como Petrobras e
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maiores com juros e remessas produção de álcool de Desenvolvimento Vale do Rio Doce, que o
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de lucro ao exterior. combustível para ser Econômico e Social – BNDES ajudou a consolidar”.
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Em agosto de 2005, seguiu para o cultivo da cana-de- valor de R$ 1,4 bilhão, visto como fundamental para
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partida de álcool etanol informações técnicas sobre a período de 2004. Trata-se de aumentar os volumes de
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brasileiro exportado para produção de biodiesel. A um recorde, divulgado e empréstimo por empresa,
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aquele país, informou Rafael política da estatal brasileira é comemorado pelo limitados a 25% do seu
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Comino, da Petrobras. vender etanol a curto prazo, presidente da instituição. patrimônio de referência. O
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Já no continente africano, e a longo termo tornar-se Guido Mantega afirmou que, efeito é considerado positivo
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a estatal brasileira está uma parceira na área de apesar de manter os juros e sobre os empréstimos do
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negociando com a Nigéria tecnologia no setor. spreads mais baixos do banco no exterior, que se
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combustível para aquele empresa do Brasil e divulgou obtendo estes bons BNDES é um dos pilares da
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país, por meio de um recentemente que no resultados por conta do bom política de incentivos à
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conjunto com a estatal teve um lucro líquido renda variável do BNDESPar, brasileiro.
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