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Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos
BRASIL POLÔNIA
28 de novembro de 2005
Federação das Câmaras de Comércio Exterior
Roreign Trade Chambers Federation
A FCCE é a mais antiga Associação de Classe dedicada Em passado recente a FEDERAÇÃO DAS CÂMA-
exclusivamente às atividades de Comércio Exterior. RAS DE COMÉRCIO EXTERIOR – FCCE assinou Con-
Fundada no ano de 1950, pelo empresário João Daudt vênio com o CONSELHO DE CÂMARAS DE COMÉR-
de Oliveira (a ele se deve, 5 anos antes, a fundação da CIO DAS AMÉRICAS, organismo que representa as
Confederação Nacional do Comércio – CNC ), a FCCE Câmaras de Comércio Bilaterais dos seguintes países:
opera ininterruptamente, há mais de 50 anos, incenti- ARGENTINA, BOLÍVIA, CANADÁ, CHILE, CUBA,
vando e apoiando o trabalho das Câmaras de Comércio EQUADOR, MÉXICO, PARAGUAI, SURINAME, URU-
Bilaterais, Consulados Estrangeiros, Conselhos Empre- GUAI,TRINIDAD E TOBAGO e VENEZUELA.
sariais e Comissões Mistas a nível federal. Além de várias dezenas de Câmaras de Comércio Bi-
A FCCE, por força do seu Estatuto, tem âmbito Na- laterais filiadas à FCCE em todo o Brasil, fazem parte da
cional, possuindo Vice-Presidentes Regionais em di- Diretoria atual, os Presidentes das Câmaras de Comér-
versos Estados da Federação, operando também no cio: Brasil-Grécia, Brasil-Paraguai, Brasil-Rússia, Brasil-
plano internacional, através “Convênios de Coopera- Eslováquia, Brasil-República Tcheca, Brasil-México,
ção” firmados com diversos organismos da mais alta Brasil-Belarus, Brasil-Portugal, Brasil-Líbano, Brasil-Ín-
credibilidade e tradição, a exemplo da International dia, Brasil-China, Brasil-Tailândia, Brasil-ltália e Brasil e
Chamber of Commerce (Câmara de Comércio Inter- Indonésia, além do Presidente do Comitê Brasileiro da
nacional – CCI), fundada em 1919, com sede em Paris Câmara de Comércio Internacional, o Presidente da
e que possui mais de 80 Comitês Nacionais, nos 5 con- Associação Brasileira da Empresas Comerciais Exporta-
tinentes, além de operar a mais importante “Corte In- doras – ABECE, o Presidente da Associação Brasileira
ternacional de Arbitragem” do mundo, fundada no ano da Indústria Ferroviária – ABIFER, o Presidente da As-
de 1923. sociação Brasileira dos Terminais de Conteiners, o Pre-
A FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO sidente do Sindicato das Indústrias Mecânicas e Materi-
EXTERIOR tem sua sede na Avenida General Justo no al Elétrico, entre outros. Some-se, ainda, a presença de
307, Rio de Janeiro, (Edifício da Confederação Nacio- diversos Cônsules e diplomatas estrangeiros, dentre os
nal do Comércio – CNC) e mantém com essa entidade, quais o Cônsul-Geral da República do Gabão, oCôn-
há quase duas décadas “Convênio de Suporte Adminis- suldoSriLanka (antigo "Ceilão"), e o Ministro Conse-
trativo e Protocolo de Cooperação Mútua”. lheiro-Comercial da Embaixada de Portugal.
A Diretoria
Diretoria 2003/2006
Presidente
1o Vice-Presidente
Vice-Presidentes
Diretores
○
A grande oportunidade
○
APOIO
○
○
○
○
○
A Polônia não é apenas mais um parceiro com bom potencial. A Polônia é,
○
○
definitivamente, a grande oportunidade! O alargamento da União Européia, previsto
○
pelo Tratado de Nice, incluiu, em 2004, 10 novos países no bloco. A Polônia tem a
○
○
economia mais pujante de todos eles, com indicadores satisfatórios e atraentes para os
○
investidores estrangeiros, sem ter aderido, inicialmente, à Zona do Euro. Custos
○
○
competitivos, mão-de-obra qualificada, acesso ao mercado da União Européia, além de
○
○
ser ela própria o 6o maior mercado do bloco, são fatores que colocam a Polônia no
○
centro das atenções.
○
○
À reciprocidade dos interesses econômicos e comerciais, alia-se o vínculo afetivo
○
gerado pela chegada ao Brasil de cerca de 100 mil imigrantes poloneses, a partir de
○
○
1869. Ao lado de outros povos, os poloneses ajudaram a construir o Brasil, conferindo-
○
○
lhe um caráter de pluralidade. Hoje, estes imigrantes e seus descendentes – quase 1
○
milhão de pessoas - estão plenamente integrados ao processo de desenvolvimento,
○
○
no Brasil.
○
○
O Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-Polônia, realizado
○
pela FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIOR – FCCE, em 21
○
○
de novembro de 2005, no Rio de Janeiro, ocorreu num contexto de aproximação
○
crescente entre os dois países, que se intensificou após as visitas ao Brasil, do Presidente
○
○
da Polônia e, posteriormente, do Ministro das Relações Exteriores daquele país. Além
○
○
disso, duas missões polonesas vieram ao Brasil, em maio e outubro de 2005, e uma
○
missão brasileira foi à Polônia, em setembro do mesmo ano.
○
○
A complementariedade entre as duas economias e as oportunidades latentes foram
○
temas amplamente discutidos no seminário. A iniciativa de João Augusto de Souza ○
○
Minas e Energia - MME e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Diretores: Eduardo Teixeira e
○
MAPA, confirmou o grande desejo de fortalecer os laços econômicos com aquele Maurice Stéphane Habib
○
e-mail: eduardo.teixeira@abrapress.com.br
investimentos.
○
○
Editor
O seminário tornou-se o foro ideal para discutir os novos papéis do Brasil e da
○
O coordenador da FCCE
○
Polônia no contexto globalizado do Século XXI. Os dois países, simultâneamente, estão Textos e Repor tagens
○
Elias Fajardo
○
aproveitamento dos mercados nos blocos econômicos de que fazem parte. Além disso, José Antonio Nonato
○
Marlene Custódio
hoje, há interesses comuns no plano internacional, que se superpõem à agenda bilateral.
○
Gabriel Fonseca
○
Esta edição traz para o leitor o resultado dos trabalhos do Seminário Bilateral de
○
Comércio Exterior e Investimentos Brasil-Polônia. Apresentamos o perfil das relações Estopim Comunicação
○
bilaterais entre a principal economia do MERCOSUL e a principal economia a aderir, Tel.: 55 21 2518 7715
○
○
e-mail: estopim@estopim.com
recentemente, à União Européia. Destacamos, comparativamente, o perfil macro-
○
Revisão
○
econômico dos dois países, bem como as oportunidades para os setores agrícola, de
○
Rozane de Souza
mineração, e construção naval, entre outros. Os compromissos regionais de integração
○
○
de ambos os países não impedem a cooperação mútua; ao contrário, tornam essa Fotografia
○
Christina Bocayuva
cooperação ainda mais essencial para o aproveitamento das oportunidades comerciais e
○
○
de investimentos. Secretaria
○
○
6 E N T R E V I S TA 42 A G R O N E G Ó C I O
“Sou a favor de Brasil: um celeiro para o mundo
buscarmos
investimentos na Alimentação sadia dá bons lucros
área de
cooperação”
46 E M P AU TA
16 A B E RT U R A Presidente da
FCCE é promovido
A proximidade histórica e cultural de a Oficial da Ordem
Polônia e Brasil da Coroa da
Bélgica
21 P A I N E L I
Sucesso das
47 G A S T R O N O M I A
missões polonesas A Polonesa: tradição e qualidade
confirmam na gastronomia carioca
potencial do
comércio
50 N E G Ó C I O S
A pesca e a construção naval
Um setor
despertam interesse do público
importante para
as exportações
27 P A I N E L I I brasileiras
“Sou a favor de
buscarmos
investimentos na
área de cooperação”
O Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Polônia no
Brasil, Pawel Kulka Kulpiowski, é um homem com profunda
vivência de América Latina, pois já atuou em diferentes países do
continente. Esta entrevista foi concedida meses depois de ele ter
se credenciado em seu posto no Brasil. Nela, demonstra forte
entusiasmo pelas possibilidades existentes no comércio bilateral
entre os dois países e se propõe a mostrar ao empresariado
brasileiro uma Polônia economicamente forte e politicamente
democrática.
O senhor disse que a falta de conhe- sucesso: a União Européia. Por isto, todo
cimento mútuo é bastante prejudi- o nosso esforço se concentrou neste mer-
cial às relações comerciais entre cado.
Brasil e Polônia. Por que isto acon- O começo destas relações foi bastante
tece? O que os empresários e o go- duro para nós, mas contamos também
verno polonês estão fazendo para com fatores positivos: as transformações
tentar aumentar este conhecimen- realizadas na Polônia foram muito bem
to e, conseqüentemente, incre- aceitas pela comunidade internacional,
mentar o comércio bilateral? que nos ajudou na transição que estáva-
PK – Na minha opinião, isto acontece por mos realizando. Isto significou que a eco-
diferentes fatores. Depois das mudanças nomia dos países da União Européia rece-
políticas ocorridas na Polônia em 1989, beu bem a exportação de produtos polo-
nosso país passou a ter um regime demo- neses. Os europeus entenderam rapida-
crático e, do ponto de vista econômico, mente que o mercado polonês é impor-
baseado nos princípios do mercado livre. tante; o país tem 40 milhões de habitantes
A Polônia, por uma tendência natural, e nele se pode colocar muitos produtos
começou a se concentrar no intercâmbio diferentes.
comercial com a União Européia. Naque- Assim, durante os primeiros dez anos
la época, tínhamos urgência em mudar do regime democrático polonês, nosso
nossas relações exteriores em matéria de intercâmbio foi muito favorável para os
cooperação econômica. Esta mudança sig- países da União Européia. Isto obrigou o
nificava concentrar-se na direção do blo- exportador polonês a mudar o seu
co no qual tanto as autoridades como os enfoque e a sua própria organização do
empresários achavam que teríamos maior trabalho. Isto aconteceu em função de uma
grande necessidade e foi o reflexo da situ- constatar que ela é maior do que a dos
ação que nós vivemos. Hoje, a situação do nove paises que entraram, no ano passa-
comércio exterior polonês evoluiu mui- do, na União Européia. Cabe à embaixada
to. Felizmente, já não existe mais, como e também às organizações empresariais
há alguns anos, um intercâmbio tão desfa- mostrar isto com clareza.
vorável entre a Polônia e os 24 países da Este seminário organizado pela FCCE
União Européia. Este fato nos tem obri- cumpre um papel bastante importante,
gado, pois, a buscar outros mercados.Ten- porque aqui o empresário pode obter in-
do conseguido assegurar sua posição jun- formações sobre a atual realidade polo-
to à União Européia, os empresários po- nesa e, também, sobre as possibilidades e
loneses iniciaram, então, uma busca de os desafios de realizar transações comer-
novos mercados e novas formas de coo- ciais com ela. Do nosso lado, procuramos,
peração na área comercial. em Varsóvia, informar o empresariado
Hoje, o empresariado polonês já pode polonês sobre o Brasil.
respirar aliviado, pois sabe que a tendên-
cia é termos uma situação ainda mais favo-
rável no futuro. Então, ele está voltando,
de novo, seus olhos para o Brasil e tam-
“ Os europeus entenderam
que o mercado polonês tem
40 milhões de habitantes e nele
bém para o México. Antigamente, o co- Kulpiowski: a Polônia é um parceiro seguro.
mércio bilateral entre a Polônia e o Brasil
era cerca de três vezes maior do que atu-
almente. Os empresários poloneses es-
veis parceiros comerciais. Temos procu-
rado, por outro lado, mostrar aos polo-
se pode colocar muitos produtos
A Polônia participa intensamente
”
tão percebendo que, no Brasil, temos con- neses que a economia brasileira é gran- da economia da União Européia e o
dições de recuperar o mercado perdido. de, o mercado local é aberto e que te- Brasil tem relações econômicas com
Abrindo frentes de comércio com o Mé- mos possibilidade de participar da mo- os países do Mercosul. Esses dois fa-
xico, temos mais acesso ao resto da Amé- dernização da infra-estrutura. Precisamos, tos ajudam ou prejudicam o comér-
rica Latina, além de estarmos também mais ainda, procurar aproveitar a porta brasi- cio bilateral Brasil-Polônia?
perto do Nafta. leira para termos acesso aos países do PK – Ajudam bastante, na minha opinião.
Uma outra tendência é procuramos Mercosul. O mesmo acontece com o Vejamos: a Polônia é membro da União
dar maior atenção aos países árabes, que já México. Européia e o Brasil tem interesse em se
foram grandes parceiros da Polônia e hoje O papel de informar sobre as novas aproximar do mercado europeu. Em pri-
não são mais, por motivos bem parecidos regras, as novas realidades comerciais e meiro lugar, isto tem a ver com segurança
com os que fizeram nosso comércio com as possibilidades presentes e futuras é no comércio bilateral. O empresário e o
o Brasil diminuir. do embaixador da Polônia, do cônsul- exportador brasileiro sabem que a Polônia
geral e dos conselheiros econômicos. é membro de uma comunidade sólida, vi-
Nós esperamos, também, que, já que a tores, então poderia ser feita uma coope- PK – Eu acho que entre Polônia e Brasil
Polônia é um grande comprador da ração de co-produção. não faltam acordos. Temos tudo de que
Embraer, possamos dizer que os polone- No passado, o Brasil também esteve necessitamos. A base jurídica entre nós é
ses estão abrindo para a Embraer uma par- mais presente nos países árabes. Por que muito boa. Na realidade, são os fatores ad-
te do mercado europeu. Pensamos até que não retomar esta relação com o mundo ministrativos que prejudicam. O proble-
a Embraer possa entrar nesse mercado em árabe em cooperação conjunta Brasil- ma é que, como eu já disse, nos últimos
cooperação com empresas de aviação na Polônia? Um exemplo é o Iraque que, 10 a 15 anos, a Polônia se concentrou na
Polônia e possa até montar, em território nesse momento, necessita reconstruir a União Européia e o Brasil no Mercosul.
polonês, uma base de serviços para toda a economia do país. Hoje, chegou o momento de retomarmos
frota Embraer na Europa. mais fortemente nossas relações bilate-
Um outro exemplo poderia ser a in-
dústria mineral. A Polônia tem alta tecno-
logia e máquinas desenvolvidas na área de
“ A empresa privada ocupa
cada vez mais espaço e o
nosso sistema bancário
rais. Este momento está muito centrado
no empresário que pode expandir seus
negócios. Precisamos dar passos adiante
mineração. O Brasil precisa desenvolver para chegar ao momento em que os em-
sua indústria de mineração e isto abre pos-
sibilidades de parcerias.
Há também, possibilidade de coope-
”
é privatizado
Eu sou basicamente a favor de buscar
presários privados ou públicos possam
concluir: ‘para que comercializar apenas
motores? Vamos construir uma fábrica
rar no campo da agricultura. Compramos investimentos na área de cooperação. conjunta de tratores. Vamos atuar conjun-
do Brasil tabaco e soja, e estamos venden- tamente no mercado da União Soviética,
do fertilizantes para os brasileiros. Por que O senhor disse que precisamos coo- do Leste Europeu e no mercado latino-
não pensar em fazer joint ventures de má- perar. Por que a Polônia não pro- americano.’
quinas agrícolas? Por que não pensar na põe ao Brasil fazer acordos de coo-
produção de tratores em território brasi- peração econômica semelhantes aos A Polônia passou décadas com a
leiro com tecnologia polonesa? A Polônia que o Brasil mantém, por exemplo, presença forte do Estado na econo-
está vendendo ao Brasil motores para tra- com o México? mia e no comércio exterior. O Bra-
Pawel Kulka Kulpiowski cumprimenta o Professor Teóphilo de Azeredo Santos, Presidente da Câmara de Comércio Internacional – ICC.
sa privada também ocupa quase 80% e já z Espanha – como Primeiro Secretário (1985 a 1989) e representante
aproveitou o fato de que a Polônia é livre permanente da Polônia na Organização Mundial de Turismo (1985 a 1989).
e democrática. As regras são claras, aceitas z Argentina – como Conselheiro e Encarregado de Negócios (1992 a 1995).
pelo empresariado que, aproveitando esta z Colômbia – como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário (1997
da tem ocupado cada vez mais este espaço É casado com Lídia Kulka Kulpiowska, pedagoga e coreógrafa de balé clás-
e, inclusive, o nosso sistema bancário está sico e pai de dois filhos: Madalena e Pedro.
totalmente desestatizado.
Mais de 25.000
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Teóphilo de Azeredo Santos, Bernardo Cabral, João Augusto de Souza Lima, Pawel Kulka Kulpiowski, Piotr Maj e Dariusz Dudziak.
A proximidade histórica e
cultural de Polônia e Brasil
As boas relações políticas entre Barbosa fez uma brilhante defesa dos à nossa cultura, trabalhando
Polônia e Brasil datam do tempo desse direito. Em dezembro de e produzindo riquezas. Aspectos
do Império, pois Dom Pedro II 1917, durante a Primeira Guerra históricos, políticos e culturais fo-
tornou-se membro da “Societé Mundial, o Comitê Central Po- ram a tônica da cerimônia de aber-
Nationale Polonaise et des Amis lonês recrutou em Curitiba cerca tura do Seminário Bilateral de
de la Pologne”, em 1877. O Bra- de 600 voluntários, dentre os po- Comércio exterior e Desenvolvi-
sil apoiou ativamente a indepen- loneses que viviam no Brasil, para mento Brasil-Polônia, no qual fi-
dência e os esforços dos polone- lutarem num exército polonês cou evidente que a intensidade das
ses na busca de sua independên- criado na França. Hoje vivem no relações políticas e culturais ain-
cia, como aconteceu em 1907, na Brasil cerca de um milhão de des- da não se reflete no comércio en-
Conferência de Haia, na qual Ruy cendentes de poloneses integra- tre os dois países.
“Em 2004, esse déficit atingiu mais de nês e brasileiro só pode realizar essas ta-
US$ 400 milhões. Existem experiências refas apoiado por ações concretas das au-
positivas, cifras, interesses e experiências toridades.
que confirmam a dimensão econômica das “A Polônia tem 16 regiões que que-
relações. Eu e o Cônsul-Geral da Polônia rem conhecer melhor o Brasil. Observa-
no Rio de Janeiro estamos começando mos, também, o interesse dos governos
nossas missões neste bonito país, e nosso estaduais e de empresários brasileiros nes-
objetivo é promover a Polônia como um te contato. É crescente o número de visi-
parceiro econômico sólido e atrativo, pro- tas mútuas e recentemente estive em uma
mover nossas empresas, nossas mercado- missão em Santa Catarina e São Paulo. Al-
rias e marcas.” gumas missões, uma delas especial, esti-
Pawel Kulka Kulpiowski considera veram com representantes de todas as re-
satisfatória a base jurídica de nossas rela- giões do país.”
ções. Segundo ele, como membro da O embaixador concluiu que o futuro
União Européia, a Polônia pode colabo- das relações entre os dois países depen-
rar com o Brasil, que, no momento, está de das organizações empresariais, dos
ampliando suas relações com países eu- contatos entre câmaras de comércio, câ-
ropeus. Isto é um desafio para as empre- maras de indústrias e do interesse dos
sas brasileiras e polonesas, mas também empresários. Neste cenário, o papel da
pode se constituir numa oportunidade
que não deve ser desperdiçada.
O embaixador falou, ainda, da impor-
administração é construir um ambiente
que facilite a presença dos investidores
interessados.
“ As boas relações políticas
entre Brasil e Polônia ainda
não se refletem na
tância da diplomacia no fortalecimento
dos contatos e de missões econômicas
que aumentem o conhecimento mútuo.
“Estou convencido de que a diploma-
cia e as organizações empresariais vão con-
vencer os empresários poloneses e brasi-
cooperação econômica
”
P AW E L K U L P I O W S K I N
Segundo ele, o corpo diplomático polo- leiros de que as relações bilaterais são de
grande interesse para ambos os países.” sil. Na sua opinião, só conseguiremos isso
fazendo parcerias com agentes externos.
Agronegócio A Polônia, por já ter a vivência do dia-a-
O Presidente da FCCE agradeceu o dia da economia brasileira, poderá ajudar a
pronunciamento do embaixador e passou consolidar estas metas. E finalizou: “em
a palavra ao Delegado Federal do Ministé- economia costuma-se dizer que não po-
rio da Agricultura no Rio de Janeiro, Pedro demos pensar sempre em exportar, pre-
Cabral, que ressaltou a importância de cisamos também importar, porque, à me-
eventos como o seminário bilateral. dida que fortalecermos essa moeda de tro-
“O agronegócio brasileiro tem se for- ca, os nossos países se tornarão muito mais
talecido de uma maneira exemplar, ex- fortes.”
portando para todos os países do mundo. Antes de passar a palavra ao próximo
O senhor embaixador falou sobre o défi- orador, o Presidente da FCCE deu uma
cit comercial entre Polônia e Brasil, o que, boa notícia aos presentes, em especial aos
de um lado, é bom, pois facilita nossas representantes do governo polonês.
relações nesse momento, porque o Brasil “Depois de ouvir atentamente as pala-
vive uma fase de modernização de toda a vras do Embaixador da Polônia, gostaria
sua infra-estrutura rodoviária e marítima. de informar que a APEX abrirá centros
A Polônia poderá ser um parceiro muito de distribuição em 2006, instalando um
forte nesta área. Poderemos trabalhar em centro de promoção para os pequenos
“ Na medida em que
fortalecermos o comércio
bilateral, nossos
parceria para melhorar a infra-estrutura
portuária, de transporte ferroviário e uma
série de outros equipamentos.”
exportadores, que não têm infra-estrutu-
ra para a venda de seus produtos no mer-
cado internacional. O alvo é o mercado
países também serão Pedro Cabral disse, ainda, que o po- varejista e, por esse mecanismo, poder-
tencial da Polônia nessa área será muito se-ão inserir milhares de empresas brasi-
bem mais fortes
PEDRO CABRALN ” bem-vindo e que precisamos fortalecer a
cooperação para a redução do Custo Bra-
leiras no exterior. A APEX pretende inau-
gurar, no primeiro semestre de 2006, um
Encanador polonês
O Presidente da FCCE passou a pala-
vra ao Professor Octavio de Barros, Dire-
tor de Pesquisas e Estudos Macroeconô-
micos do Bradesco, que destacou o papel
das instituições financeiras em macroeco-
nomias emergentes e relatou um pouco
do que acontece na economia polonesa.
“Meu desafio é transmitir um pouco a
visão do sucesso da economia da Polônia,
que tem muitos ensinamentos a passar ao
Brasil. O encanador polonês, por exem-
plo, é uma figura veiculada recorrentemente
na mídia com uma visão caricata, do traba- Octavio de Barros: “Temos experiências de sucesso nas economias brasileira e polonesa”.
lhador que deixa seu país em busca de
emprego no exterior. o encanador polo- apenas 1% da economia da União Euro- crescimento notável. Entre os países da
nês é, no entanto, aquele que mais trabalha péia em 91, agora já representa mais que o Europa, a Polônia é um dos que mais tra-
na Europa, hoje. Há experiências de suces- dobro disso, 2,15%, e a tendência é o PIB balha, por isso que eu disse que o enca-
so nas economias brasileira e polonesa e polonês continuar crescendo”. nador polonês não brinca em serviço.
cada uma exibe potencialidades e escolhas Enquanto o PIB da Polônia cresceu nos Depois do sul-coreano, o polonês é
para enfrentar o desafio da inserção inter- últimos anos 4.23% (o país cresce de for- quem mais trabalha. São 2.000 horas por
nacional. No caso da Polônia, o desafio é ma mais substantiva do que todos os da trabalhador por ano, segundo dados ofi-
uma integração mais agressiva à União Eu- zona do euro), o Brasil teve um cresci- ciais, o que mostra um país com dina-
ropéia, particularmente visando à Zona do mento de apenas 2,78% . mismo e onde o custo da mão-de-obra é
Euro; no Brasil, a questão é buscar uma o mais baixo da Europa, menor até do
integração mais ativa no cenário global”.
Segundo Octavio de Barros, os dois
países têm agendas que define como de
“ A Polônia é o quinto maior
crescimento das exportações
do mundo e aparece como um
que o brasileiro.”
Segundo o conferencista, quando com-
paramos a taxa de inflação polonesa com
aumento da previsibilidade. Em sua opi- a brasileira, vemos que ainda temos muito
nião, esse processo na Polônia está um dos país mais atraentes a caminhar nessa direção.
pouco mais avançado.
“O maior desafio do Brasil é aumentar
a previsibilidade das famílias e das empre-
para investimentos
O C T AV I O DE ”
BARROSN
“A história de independência do Banco
Central Polonês também tem a ver com
isso. A autonomia formal do Banco Cen-
sas. A Polônia tem um grande incentivo “O diferencial da Polônia em relação tral permitiu um alongamento da dívida
para avançar institucionalmente; o Brasil aos demais países da “Eurolândia” tem sido pública polonesa, coisa da qual o Brasil
não tem nenhum incentivo desse quilate. significativo, sobretudo, nesses três últi- ainda está muito distante. Lá, o custo de
O Brasil ainda está em busca de um gran- mos anos. A velocidade de crescimento vida também é menor do que a média dos
de objetivo, mas avanços importantes da infra-estrutura na Polônia fica um pou- países da União Européia, e só perde pos-
acontecem. Há alguns anos a Polônia vem co aquém da média dos países europeus, sivelmente para a Romênia. O sucesso de
exibindo um crescimento bem acima da mas a melhora é visível. O PIB per capita, redução dos juros reais na Polônia, nos
média européia e, também, acima da mé- que já chegou a ser do mesmo patamar últimos anos, trouxe a expectativa de in-
dia brasileira. A Polônia, que representava do brasileiro, assumiu uma velocidade de flação para algo em torno de 1,5% nos
Taxa média do crescimento do PIB de 2003 a 2005 ponto de vista atuarial, sem nenhum ris-
co de insolvência a longo prazo. Supe-
9,00
rou, assim, um problema que o Brasil
Fonte: IIF
ainda está longe de resolver: a solvência
8,26
Elaboração: BRADESCO de longo prazo. Talvez seja esse o maior
8,00 ensinamento da Polônia para o Brasil: ela
7,26 conseguiu redizir sua relação dívida/PIB
6,73
de 90%, no início dos anos de 1990, para
7,00 6,59 40% em 2001. Depois, essa taxa teve um
pequeno aumento por conta da reforma
6,00
5,60
da previdência, mas isso é irrelevante
5,35 porque o país está num patamar de dívi-
5,12
da/PIB muito abaixo do requerido por
5,00 4,77
4,61 Maastricht, que é de 60%. Isso o coloca
4,13 4,18
4,23 numa situação confortável para continuar
3,93
4,00 3,68
reduzindo o índice nos próximos anos.”
3,54
A tributação na Polônia é muito mais
2,92
baixa do que a do Brasil, e muito mais
2,78
3,00 escalonada para pessoas físicas, com
alíquotas diferenciadas. Em janeiro de
2004 houve uma mudança tributária para
2,00
pessoas físicas na Polônia, com a tarifa mi-
ia
la
Turquia
Rússia
Nigéria
na
os
Peru
s
México
Egito
o Sul
Brasil
r
Equado
Filipina
Panam
Bulgári
Polôni
Colômb
e
Marroc
Argenti
grando de 27% para 19%. O conferencis-
Venezu
África d
F
abio Martins Faria, presidente e mo- como é natural em seus trabalhos. Me diu: ‘mandem toda a produção, porque
derador do painel, abriu os traba- lembrou uma situação interessante: uma aqui ainda não usam sapatos’. Este exem-
lhos e considerou brilhante a apre- empresa exportadora de calçados man- plo mostra que tudo é uma questão de
sentação do professor Octavio de Barros, dou dois vendedores para um determina- visão, de percepção de mercado.”
diretor do Bradesco, na abertura do se- do país. Um deles, depois de analisar o
minário. mercado, telefonou recomendando: ‘não Novos horizontes
“O professor Octavio de Barros fez mandem nada para cá, porque aqui não Fabio Martins Faria acredita que o in-
uma abordagem minuciosa e detalhada, usam sapatos’. O outro, ao contrário, pe- tercâmbio Brasil-Polônia tem tudo para
participação em mais de 40% das impor- os mercados, tem sido feita uma seleção nicos são apenas alguns exemplos. Essa
tações brasileiras. Para dar continuidade e de alguns tradicionais e também dos no- ampliação é possível porque a demanda
impulsionar esse processo, o Governador vos que apresentam potencialidade. A na Polônia está se sofisticando progressi-
Geraldo Alckmin resolveu integrar as ati- Polônia é provavelmente o mercado vamente, de forma muito rápida. Segundo
vidades de todos os órgãos estaduais, em- mais importante para o Brasil na Europa vários estudos, a sofisticação da demanda é
presariais, e das universidades.” Central. Da mesma forma, os poloneses fundamental para o crescimento do comér-
têm nos considerado um centro de cio e para a própria sofisticação da demanda
Comércio Brasil-Polônia
para que possam atuar
missão precursora confirmou essa gran-
de potencialidade bilateral. Programa-
mos a partir daí uma missão empresarial
“ Vislumbramos muitas
possibilidades de
intercâmbio na área
para setembro, com 22 empresas. Foi
como um time
PIOTR MAJN ” uma missão multisetorial, com destaque
para as áreas aeroespacial, de alimentos e
bebidas, automotiva, construção civil,
aeroespacial
”
A DA L N I O S E N N A G A N E M N
G
eorge Pikielny, ao assumir a meio do qual são desenvolvidas ações e
presidênia do painel, confes- temas a serem debatidos, passaria, imedia- atividades de promoção e de inserção das
sou-se honrado com a distinção tamente, a palavra ao primeiro expositor, pequenas e micro-empresas no comér-
e declarou que, na qualidade de filho de Claudinei Martins, do Banco do Brasil. cio exterior. O Balcão também tem algo
poloneses, nascido no Brasil, achava-se à Claudinei Martins iniciou sua exposi- de um grande site de negócios que visa a
vontade para participar dos debates sobre ção com o relato de algumas soluções que promover comercialmente os produtos
as relações comerciais entre os dois paí- o Banco do Brasil vem pondo em prática, brasileiros no mundo. Apesar de, em sua
O
Painel III foi presidido por Joa-
quim Ferreira Mângia, Vice-Pre-
sidente da Federação das Câmaras
de Comércio Exterior, Presidente da Câ-
mara Brasil-República Tcheca e Vice-Pre-
sidente da Câmara Brasil-Eslováquia.
Os expositores foram Piotr Maj, Conse-
lheiro da Embaixada da República da Polônia
e Chefe do Departamento Econômico e
Comercial – que tratou do tema “Oportu-
nidades de negócios para os empresários
brasileiros após a entrada da Polônia na União
Européia e a atual situação das relações co-
merciais – e Matias Oefelein, representante
de Fraga, Bekierman e Pacheco Neto Advo-
gados, cuja teve por tema “Polônia-União
Européia-Brasil – Possibilidades de forma-
ção de joint ventures e atrativos de atuar no
mercado polonês”.
O evento contou também com um pro-
nunciamento especial do Secretário adjun-
to de Geologia, Mineração e Transforma-
ção Mineral do Ministério de Minas e Ener-
gia, Carlos Nogueira da Costa Junior.
Joaquim Ferreira Mângia ressaltou, a
relevância da presença do representante
do Ministério de Minas e Energia, que, Joaquim Ferreira Mângia: a logística polonesa desperta o interesse dos exportadores brasileiros.
Carlos Nogueira da Costa Junior: Brasil tem a maior indústria mineral da América Latina e precisa gerar conhecimento geológico.
pação direta de investimentos brasileiros diversificar a produção dos pequenos pro- gerar mais conhecimento geológico bási-
na ampliação e modernização dos portos dutores, que inclui rochas ornamentais, co que norteie os investimentos.
porque, tanto para o Brasil quanto para a gemas e pedras preciosas, além de outros “Estamos tentando fazer isso com um
Polônia, os resultados seriam muito bons.” artesanatos mineiros que possam vir a abrir plano de mapeamento mineral para o perí-
fronteiras para a exportação, tendo em vista odo que vai até 2007. Nesse cenário, desta-
Pronunciamento especial a grande diversidade de bens minerais que ca-se também a Polônia, que é um grande
Em seguida, Carlos Nogueira da Cos- o Brasil possui.” produtor de equipamento, infra-estrutura
ta Junior fez seu pronunciamento. Apre- e mão-de-obra especializada para minera-
sentou o que a Secretaria de Geologia,
Mineração e Transformação Mineral e o
Ministério de Minas e Energia têm feito
“ Se o Estado fizer a sua parte
e disponibilizar informações
o empresário fica estimulado
ção. Os poloneses são grandes exportado-
res de carvão e o Brasil é um grande pro-
dutor de aço; por isto crescem as oportu-
para modernizar o setor mineral. nidades de comércio bilateral.”
“Num mundo globalizado, o setor mi-
neral deve ser entendido no aspecto de
toda a cadeia produtiva. Não existe pro-
a investir
CARLOS NOGUEIRA DA ”
C O S TA J U N I O R N
Em seguida, o Secretário adjunto de
Geologia, Mineração e Transformação
Mineral passou a analisar a atuação gover-
dução de bens minerais sem levarmos em namental no setor.
conta o desenvolvimento da informação Em seguida, o palestrante colocou a “As grandes jazidas descobertas no
geológica básica que o Estado tem que seguinte indagação: ‘Por que investir no Brasil foram marcadas pelos resultados
prestar, para que os aportadores de inves- setor mineral do Brasil?’ Segundo ele, por- do mapeamento geológico feito na dé-
timentos possam desenvolver novos re- que somos a maior indústria mineral da cada de 1970. Isto significa que, há mais
cursos minerais no país. Hoje, fazemos par- América Latina; temos grandes reservas de 25 anos o governo brasileiro não olha-
te, junto com o Ministério de Desenvol- minerais; possuímos territórios pré- va para este importante desenvolvimen-
vimento, Indústia e Comércio Exterior – cambrianos, equivalentes aos da Austrália, to global e regional. As jazidas minerais
MDIC, de um projeto de arranjos produ- Canadá e África do Sul. Para que tudo isto não estão onde a gente quer que elas es-
tivos locais de base mineral. Objetivamos possa ser mais bem explorado, é preciso tejam. Então, é preciso desenvolver de-
1 2
Reservas
Reser vas (TON.) Reser vas de metal
Reservas Reser vas de metal
Reservas
21 bilhões contido (TON.) contido (TON.) 3
151 milhões 7 milhões
6 2 1
7
5
3 1 4
4 3 5
2 4 5
1 - Vale do Jacurici - BA
1 - Urucum - MS 2 - Pindobaçu - BA
1 - Serra dos Carajás - PA 2 - Buritirama, Igarapé Azul - PA 3 - Campo Formoso - BA
2 - Quadrilátero Ferrífero- MG 3 - Quadrilátero Ferrífero - MG 4 - Dom Joaquim - MG
3 - Urucum - MS 4 - Conselheiro Lafaiete - MG 5 - Piuí-Nova Rezende - MG
4 - Rio Peixe Bravo - MG 5 - Guaçuí - ES 6 - Mazagão - AP
5 - Guanhães, Morro do Pilar - MG 6 - Maraú - BA 7 - Fazenda Lageado - GO
Minério de Níquel
O Brasil tem uma enorme riqueza mineral. Segundo Carlos Nogueira, ex-
portamos nióbio, ferro, bauxita, manganês, grafite, tântalo, níquel e
magnésio. O país é, também, auto-suficiente em calcário para a indústria do Reser vas de metal
Reservas
1 2
contido (TON.) 3
cimento e destaca-se especialmente por sua produção de diamante industrial,
8,3 milhões
titânio, ouro, talco e cobre. 4
Quando uma mina gerida por uma empresa canadense na região de Carajás, 5
8
no Pará, entrar em produção, os técnicos dizem que também seremos auto- 6 7
suficientes em níquel. 9
Por outro lado, somos importantes importadores de fosfato, zirconito, zin-
1 - Puma - Onça - PA
co e potássio. Aliás, o potássio pesa bastante na nossa balança comercial, pois 2 - Vermelho - PA
3 - S.João do Piauí - PI
importamos grandes quantidades para ser usado como adubo na agricultura. O 4 - Niquelândia - GO
Brasil importa ainda enxofre e carvão metalúrgico. 5 - Barro Alto – GO
6 - Americano do Brasil - GO
Em 2004, o setor de minerais – incluindo o petróleo e o gás – foi responsá- 7 - Fortaleza de Minas - MG
vel por 6,9% do PIB brasileiro. Neste período, o valor da produção mineral 8 - Morro do Níquel - MG
9 - Jacupiranga - SP
passou dos US$ 12 bilhões. O setor mineral foi responsável por cerca de 1/3
do saldo da balança comercial brasileira e isto se deve, principalmente, ao Minério de Alumínio
minério de ferro, do qual um dos maiores compradores é a China. 3
As principais reservas de minério de ferro estão na região de Carajás (PA), na
província mineral da área de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e no quadrilá-
Reser vas (TON.)
Reservas 1 2
tero ferrífero de Minas Gerais. Com reservas calculadas em 21 bilhões de 4,3 bilhões
toneladas, o Brasil exporta hoje em torno de 250 milhões de toneladas por ano.
Isto leva Carlos Nogueira a afirmar que temos ferro suficiente para muitos e
muitos anos. As províncias de produção de manganês são mais ou menos as
mesmas do minério de ferro. Já as jazidas de cromo estão espalhadas em áreas 5 4
do Centro Oeste, Norte e Nordeste, com destaque para a Bahia e também 6
Piotr Maj e Dariusz Dudziak realçaram as qualidades de seu país no Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimento Brasil-Polônia.
terminados investimentos, principal- são os mais apropriados para a descoberta “Para modernizar o setor, no final de
mente na região amazônica, respeitando de jazidas polimetálicas. As bacias do 2004 fizemos um plano de cargos e sa-
também, numa nova concepção, a ques- Maranhão, do Paraná e do Rio Parnaíba lários para os funcionários do DPM e
tão ambiental. O Brasil só realizou 10% têm mais potencialidade para minerais, e, estamos trabalhando na mudança do có-
do mapeamento geológico básico e isto talvez, até para petróleo e gás, mas a prio- digo pra outorga on line, por meio do
afasta os possíveis investidores.” ridade é o cristalino, e estamos investindo qual o interessado, sem sair de casa, se
A atividade mineral é considerada de em pesquisas nestas áreas. Em 2005, os cadastra eletronicamente e faz a outor-
alto risco. Para cada cem tentativas, em pedidos de investimentos deram um sal- ga sem precisar de intermediários. Foi
apenas três são descobertas jazidas de va- to, porque as empresas viram que havia realizado um investimento de US$ 128
lor rentável. Daí, segundo o conferencis- informações novas, mostrando que, se o milhões. A vantagem é ter mais simpli-
ta, a necessidade de um esforço para loca- Estado fizer a sua parte e disponibilizar cidade e transparência no processo, ba-
lizar novas áreas potenciais para a explo- informações, o empresário investe”. seado na identificação do requerimento
ração, tentando reduzir os riscos dos in- em um sistema nacional de coordena-
vestimentos. Dois braços das. A outorga em tempo real permite
“Quando assumiu o governo, o Presi- O conferencista informou também eliminar ou reduzir conflitos adminis-
dente Luiz Inácio Lula da Silva elencou que, para tratar da questão mineral, o Mi- trativos e judiciais.”
três grandes áreas como prioridade: o tu- nistério de Minas e Energia tem dois bra- Como conclusão, Carlos Nogueira
rismo, o agronegócio e a mineração. Na ços. O primeiro é o Serviço Geológico mencionou o fato de que o Brasil tem hoje
nossa área, foi estabelecida a meta de do Brasil, a Companhia de Pesquisas de uma estabilidade macroeconômica e se
mapear 30% do território brasileiro entre Recursos Minerais – CPRM, responsá- prepara para resolver suas condições
2004 e 2007. É uma tarefa bastante arro- vel pelo mapeamento geológico, hidro- infra-estruturais.
jada, já que temos até agora só 10% de geológico e geofísico. O segundo é o “Estamos também assistindo a ações
todo o território mapeado e pretendemos Departamento de Produção Mineral – governamentais para expandir e melho-
atingir 30% em quatro anos. Nós estamos DPM, a parte cartorial, que trata da con- rar a infra-estrutura, que incluem o le-
priorizando os terrenos cristalinos, que cessão da lavra. vantamento geológico e geofísico sistemá-
A Polônia pode
oferecer melhores
preços do que o
resto da Europa
Já foram iniciadas negociações no se- de minério de magnesita de Minas Gerais
tor do agronegócio, onde há oportunida- para território polonês. Existe sempre, aí,
des de exportar produtos de soja (princi- uma possibilidade de ampliarmos um
palmente farelo e óleo) para a Polônia pouco mais, pois, como eu disse, a Polônia
e,também, para outros países da União Eu-
ropéia. Neste caso, os potenciais consu-
midores são os 38 milhões de poloneses
pode distribuir o produto brasileiro para
outros mercados.”
No sentido contrário, ou seja, da Polônia
“ O trigo polonês tem alta
qualidade e é muito apreciado
e também gente de toda a comunidade
européia, além dos países ligados à ex-
União Soviética.
para o Brasil, Voitek Kordecki mencionou
a presença forte dos estaleiros. Seu país
tem uma tradição grande nesta área, prin-
pelos consumidores
VOITEK KORDECKIN ”
Estas informações foram reveladas por cipalmente produzindo motores para na- estaleiros especializados em ambos os ti-
Voitek Kordecki, Secretário-Geral da Câ- vios, um mercado considerado muito di- pos e podemos vender aqui, especialmen-
mara Nacional de Comércio e Indústria fícil, no qual o Brasil tem muitas necessi- te se pensarmos nas necessidades da
Brasil-Polônia, em entrevista durante o dades a serem preenchidas. Petrobras.”
seminário dedicado aos dois países. Ele “Trabalhamos com motores para em- Em 2006, Voitek Kordecki considera
defendeu a idéia de que os preços polo- barcações pequenas, como iates e barcos a possibilidade de vender, também, trigo
neses são melhores do que os europeus e de lazer, e também fornecemos para gran- polonês em território brasileiro.
isto pode ser uma atração para o comér- des navios e plataformas. A Polônia tem “Temos fornecido preferencialmente
cio exterior. para a União Européia, mas, agora, está ha-
O Secretário-Geral mencionou o vendo um problema na safra de trigo no
intercâmbio equilibrado já existen- Brasil. O trigo polonês é de alta qualidade
te no setor de auto-peças, onde o e muito apreciados pelos seus consumi-
movimento tem crescido em dores”.
torno de peças produzidas nos
dois países. Ele apontou, ain-
da, a potencialidade da área de
minerais.
“O Brasil também expor-
ta uma quantidade expres-
siva de minério de ferro e
à mão-de-obra qualificada. A última Olim- Juntando todos estes dados, o Secretá- máticas e a câmara de comércio não co-
píada da Informática, realizada em 2005, rio-Geral considera que a Polônia tem, bram nada para ajudá-lo.”
apontou a Universidade de Varsóvia como a hoje, qualidade européia com preços atra- Finalmente, o representante polonês
melhor instituição de ensino universitário entes. Isto explicaria, inclusive, porque o disse algumas palavras sobre as oportuni-
de informática do mundo, à frente das mais seu intercâmbio com o Brasil está cres- dades de negócios dentro do atual siste-
conhecidas e consideradas universidades cendo. Atualmente, há um desequilíbrio ma comercial e tributário brasileiro.
dos Estados Unidos e da Inglaterra. Temos na balança comercial: o Brasil compra mais “Os empresários poloneses sentem
bons especialistas, só que eles ganham de na Polônia do que vice-versa, mas a Polônia que o sistema brasileiro é complexo. Nós
cinco a dez vezes menos do que os seus já pode oferecer, inclusive aos brasileiros, sempre indicamos a eles uma empresa
colegas da União Européia. Isto é para nós qualidade com preços muito mais em especializada ou escritórios de advocacia
uma grande vantagem criadora de um ni- conta do que os dos países da Europa. Ele para orientar as negociações. O Brasil
cho no mercado.” destacou também a importância dos agen- oferece grandes possibilidades de negó-
É bom considerar que a China, citada tes diplomáticos e administrativos polo- cios. Comparado com o europeu, no
como exemplo em quase todas as discus- neses no exterior. mercado brasileiro a competição não é
sões que se travam, hoje, em torno do co- “Há cerca de um ano a Polônia entrou ainda tão forte. Para fazer sucesso na Eu-
mércio exterior, tem produtos muito ba- para a União Européia, portanto, em ter- ropa tem de se construir uma empresa
ratos porque tem custos salariais reduzi- mos europeus, é um país estreante. Algo extraordinária. No Brasil, basta ser bom
dos. para a Polônia, pode haver uma con- parecido a um novo jogador de futebol e trabalhar que se consegue um lugar no
tradição: se os salários são baixos, é bem em campo. Tem muita vontade de jogar mercado. Aqui, a competição também é
mais difícil para os trabalhadores se quali- bem. Temos feito todo o esforço para aju-
ficarem, pois não lhe sobram recursos para dar a melhorar o comércio. Temos um sis- O operário polonês ajuda a
fazer cursos e aperfeiçoamentos. Como tema no exterior composto de embaixa-
construir uma economia em
resolver isto? A resposta de Voitek das, câmaras de comércio, representantes
que o movimento dos portos,
Kordecki indica caminhos. diplomáticos e procuramos nos integrar
a fabricação de barcos e a
“Neste sentido a Polônia já se posi- com os empresários locais e as pessoas de
cionou. Com relação à mão-de-obra mais descendência polonesa.” pesquisa tecnológica nos
simples, menos qualificada, nenhum ou- No Brasil, vive cerca de um milhão de mais diversos setores andam
tro país tem condições de competir com pessoas de descendência polonesa, prin- lado a lado.
a China. A solução, para nós, é competir cipalmente no Paraná, Santa Catarina e Rio
na área mais qualificada. É preciso, tam- Grande do Sul. De uma forma ou de ou-
bém, lembrar que mão-de-obra é um cus- tra, eles mantêm contato com a sua velha forte, mas não tão exigente quanto na
to muito significativo, mas não é o único. pátria, embora muitos já sejam brasileiros Europa. Isto oferece mais chances, mas
Na Polônia de hoje as exigências tributári- de segunda ou terceira geração. tem também um lado negativo. O cres-
as são bem resolvidas e temos 19%, em “Isto é a nossa base: Estamos aprovei- cimento do nosso intercâmbio bilateral
média, de impostos para pessoas jurídi- tando para formar um sistema que possa tem mostrado que, mesmo com um sis-
cas. Comparando com o resto da Europa, apoiar o comércio exterior. Fazendo negó- tema tributário complicado, vale a pena
este nível é muito baixo: duas vezes menor cios com a Polônia, o empresário brasileiro fazer negócio com o Brasil. Os empresá-
do que o da Alemanha ou o da França.” não fica sozinho. As representações diplo- rios poloneses já sabem disto.”
O soufflé de chocolate flambado é uma delícia na qual o aspecto visual é tão importante quanto o seu sabor especialíssimo.
D
iscreto, mas querido das ge- lhos do restaurante são o filho Paulo e a pode-se apreciar uma galeria de quadros
rações de comensais que o sobrinha Jacqueline, que mantêm intactos e gravuras. Alguns são diplomas brasilei-
prestigiam desde a sua fun- todos os ícones da casa, desde o soufflé de ros fornecidos por entidades gastronô-
dação, em 1948, o restauran- chocolate, até as toalhas vermelhas e bran- micas, departamentos turísticos e revistas
te A Polonesa, localizado na cas (as cores oficiais da Polônia), passando especializadas, em homenagem à qualida-
rua Hilário de Gouveia, número 116, em pelas ripas que, no teto, lembram a co- de dos pratos e à excelência do serviço.
Copacabana, tem ménu e décor que lem- bertura das izbás, as cabanas rústicas do Os outros são uma miscelânea que evoca
bram a pátria distante de seus fundadores, interior do país. a Polônia por meio de mapas, fotos e gra-
o casal Piotr e Josefa Pastusiak, já faleci- As paredes do único e pequeno salão vuras, como a da águia de duas cabeças
dos. Hoje, quem está à frente dos traba- são chapiscadas de branco e, sobre elas, que relembra a passagem dos Habsburgos
pelo trono do país. Capítulo à parte é o Mundial e ele percebeu que não poderia
dos retratos dos ídolos da casa, pola- regressar à pátria, a primeira a ser invadida e
cos que se destacaram no cenário mun- violentada pelos nazistas que ali permane-
dial: o astrônomo Copérnico, o políti- ceram até 1945, cometendo horrores,
co Lech Walesa, o compositor Chopin como os do Gueto de Varsóvia e os das câ-
e o Papa João Paulo II, que, de den- maras de gás instaladas no território polo-
tro de suas molduras, ficam apreci- nês. Além do sucesso profissional e da im-
ando os cariocas e os visitantes in- possível volta ao lar, Piotr, a partir de 1940,
ternacionais que lá vão petiscar. tinha um forte motivo para ficar por aqui:
conheceu a polonesa Josefa, que aqui che-
Gastronomia, guerra e amor gou refugiada da guerra, com quem se ca-
A idéia de fundar um exótico restau- sou.
rante de comida polonesa no Rio de Janei- A primeira incursão do casal no ramo
ro, de sobrevivência quase inviável, não fora dos restaurantes aconteceu no ano de
a qualidade da comida, ocorreu a Piotr
Pastusiak quando chegou ao Bra-
sil, em 1938, na qualidade de co-
zinheiro da embaixada de seu
país. Apreciador do paladar e
A Sopa Borsch, à base de da comida brasileiros, além
beterraba, cenoura e caldo de prestar seus serviços ao
de carne, e o pão integral corpo diplomático, Piotr
estão no cardápio do tornou-se logo um quitu-
restaurante que tem
teiro muito requisitado pelos
toalhas vermelhas e
brancas e o ar rústico e gourmets cariocas, que o con-
acolhedor das casas dos vocavam para organizar festas e
camponeses da Polônia. banquetes. Veio a Segunda Guerra
Polonês à brasileira
Se o estrogonofe é o prato mais pedi-
do, quando a temperatura baixa um pou-
co surgem os fãs da Sopa Borsch, delícia
feita com beterrabas, cenouras, caldo de
carne e outros ingredientes que Paulo
Pastusiak disfarça, mas não conta, cioso
do segredo que arrasta tantos clientes a
sua casa. Há quem também encare um
outro prato típico e muito forte, a carne
crua, uma espécie de quibe, bastante tem-
perado, servido com um ovo cru; mistura
que a alguns clientes faz delirar e que ou- A casa funciona das seis da tarde à meia- Políticos, artistas e personalidades, são
tros sentem ânsias só de olhar. Unanimi- noite, de terça a sexta-feira, sendo que, aos tantos os clientes de A Polonesa, que
dade mesmo quem consegue é o soufflé sábados, domingos e feriados, abre ao meio- Paulo Pastusiak prefere nem apontar
de chocolate que, de tão requintado, pre- dia. O dono está sempre por lá, mas há tam- para não cometer injustiças. Ele tem es-
cisa ser pedido logo no início da refeição, bém uma outra simpática figura nos traba- pecial carinho por Regina Casé, freqüen-
sob pena de não ficar pronto à hora da lhos gastronômicos, a do maître Deneval de tadora assídua. Honra mesmo, ele consi-
sobremesa. As porções são sempre para Oliveira Mousinho, apelidado Russo, que dera a de ter servido ao Papa João Paulo
duas ou quatro pessoas e bastante gene- ganhou este nome quando começou a tra- II, que, em suas visitas ao Brasil, degus-
rosas, capazes de empapuçar os comen- balhar por lá e era novinho e alourado. Fa- tou os acepipes da casa a bordo do avião
sais que já estão de barriga cheia com a lante e bem humorado, ele conta que a casa papal, de volta a Roma. Em 1996, depois
comilança dos pratos salgados. Outra pe- tem uma freqüência de gente boa, que que acabou o comunismo e entrar na
dida obrigatória, para quem é bom de come bem e nunca criou problemas. O Polônia ficou fácil, Paulo foi até lá para
copo, é a Vodka Zubruka, tão forte que, único incidente de que ele se lembra ocor- conhecer os parentes e a pátria dos pais.
depois de alguns goles, leva o bebedor a reu há alguns anos, quando um cliente afo- Gostou, mas voltou logo, morto de sau-
uma viagem pelas estepes polonesas sem bado quase pega fogo, ao encostar a barba dades de sua pequena e adorável Polônia
que ele precise sair de Copacabana. no soufflé que ainda estava flambando. dos trópicos.
Carlos Nogueira da Costa Junior diz que o setor mineral se tornou grande exportador, mas ainda dependemos de alguns bens minerais importantes.
Na produção do aço, haveria possi- Algumas empresas já estão partindo para precisamos readequar os solos brasileiros
bilidade de substituir o carvão mi- iniciativas do tipo que você menciona. Só a uma produtividade de massa. Para isto,
neral por carvão vegetal certifica- que a produção de carvão vegetal implica temos necessidade de insumos de melhor
do? Já têm sido feitas algumas ten- em atender a muitas exigências ambientais qualidade, sejam eles calcário, fosfato, po-
tativas nesta direção? e requer, por exemplo, grandes áreas para tássio ou fósforo. Também temos de consi-
CNC – O Brasil produz hoje em torno de se criar um parque produtivo à altura da derar que grande parte dos solos brasilei-
34 milhões de toneladas de aço. Temos de demanda hoje existente. É preciso levar em ros são ácidos; é preciso, então, fazer cor-
aumentar este total para chegarmos a 45 conta que são necessários no mínimo cin- reção de solos.
ou 50 milhões de toneladas de aço para co a seis anos para a planta crescer e ficar A mineração e o agronegócio parecem ser
sermos competitivos no cenário interna- pronta para corte. Temos também um pro- o grande trunfo do Brasil na sua política
cional, onde no momento ocorrem gran- blema de fosfato e potássio no Brasil. A agri- de exportação, mas sem os insumos que
des fusões dos grupos siderúrgicos que cultura brasileira cresce acima do cresci- vêm da base mineral, o agronegócio não
têm hegemonia no mercado. Em busca da mento do país e, no andar desta carruagem, pode se desenvolver convenientemente.
eficiência energética, muitas empresas es- para manter a mesma área plantada sem
tão diversificando sua matriz energética e desmatar, precisamos conseguir maior pro- Quais as precauções que a minera-
existem muitas possibilidades. O carvão dutividade nestas áreas. É necessário pro- ção deve tomar com relação ao
vegetal é uma delas. duzir mais na mesma área plantada e então meio ambiente?
“São Paulo tem se transformado numa adequada e a redução dos custos, são as- dade, estamos subindo na escala e já pro-
plataforma de comércio internacional. Nos pectos cujas negociações estão avançadas. duzimos com qualidade intermediária. Por
últimos 32 meses o comércio exterior no Há, também, a necessidade de ampliar o isto, estamos mantendo muitos mercados,
estado cresceu cerca de 80%. Passamos Porto de São Sebastião, que poderá ser mesmo na área dos calçados mas ainda fa-
de US$ 20 bilhões para cerca de US$ 30 usado como uma alternativa.” zemos muitos produtos de menor valor
bilhões, em 2005. O estado tem feito um O Porto de São Sebastião, no litoral agregado. Mesmo assim, há nichos de
grande investimento na área de comércio norte de São Paulo, é, hoje, um grande mercado específicos onde temos produ-
internacional, por meio de joint ventures, exportador de automóveis e outros pro- tos com valor agregado, a exemplo da
de atração de investidores e busca de mer- dutos de valor agregado. Um dos projetos moda praia que o Rio de Janeiro produz e
cados no exterior.Temos estado muito ati- das Parcerias Público Privadas – PPPs, é que é referência internacional.”
vos nesta área.” justamente ampliar o corredor de expor- O Brasil enfrenta outros problemas
Segundo ele, as dificuldades do maior tação do Porto de São Sebastião. Isso por- como baixa demanda interna. Isso, segun-
mercado exportador do Brasil são, basi- que, com o rápido crescimento das ex- do o ministro, é outra desvantagem: ape-
camente, as mesmas dos exportadores de portações, esse gargalo portuário logo vai nas um pequeno número de consumido-
todo o país. Apesar da infra-estrutura ser se fazer muito presente, disse ele. res tem um elevado nível de exigência em
um pouco mais favorável na região, ainda “Há, realmente, algumas dificuldades todos os setores e citou como exemplo o
há muito que melhorar. que São Paulo está conseguindo superar. setor de serviços.
O Brasil ainda é um país muito pouco ex- “Se formos a hotéis ou restaurantes,
posto internacionalmente. Apesar de ter- podemos verificar bem isso. É claro que
“ As dificuldades do maior
mercado exportador do Brasil
são as mesmas dos
mos ampliado nossa participação no mer-
cado internacional, ela ainda é muito pe-
quena se compararmos com outros paí-
existem alguns nichos, em São Paulo e
Rio de Janeiro, que atendem a um grupo
muito seleto. Esse é um processo de lon-
ses, como o México e algumas nações go prazo, mas temos que realmente avan-
exportadores de todo o país.
A DA L N I O S E N N A G A N E M N ” européias.”
Qualidade do produto
çar. Nesse sentido, enquanto não houver
uma exigência maior da população, e uma
demanda mais significativa, vamos ter pro-
“Felizmente, São Paulo dispõe de uma Muitos especialistas em mercado ex- dutos de menor qualidade.”
infra-estrutura razoável, com condições, terior têm afirmado que uma das dificul- Sobre o crescimento do mercado ex-
de maneira geral, adequadas. Há, entre- dades do produto brasileiro (especial- portador brasileiro, Adalnio Senna Ganem
tanto, elementos centrais, como é o caso mente calçados) em conquistar novos tem uma opinião bem definida: “sem dú-
do câmbio, que, neste momento, tem sido consumidores (como os europeus mais vida, é um fenômeno que veio para ficar e
alvo de muita reclamação por parte dos exigentes) é a qualidade. Nossas merca- uma questão de sobrevivência para o Bra-
exportadores. Não gostaria de opinar a dorias têm disputado alguns segmentos sil. Haverá uma interpenetração cada vez
respeito, mas acho que há alguns benefí- com a China, imbatível em termos de maior dos mercados, e isto é muito salu-
cios no fato termos, hoje, uma moeda va- preço. tar, mesmo que possa trazer, em alguns
lorizada. Alguns setores, no entanto, como O ministro analisa esta questão. casos, prejuízos. Não acho que um país
o dos importadores de calçados, estão vi- “Concordo plenamente com a obser- tenha que se especializar em tudo. Deve-
vendo momentos difíceis. Recentemente vação. É preciso buscar uma escala de pro- mos buscar aqueles segmentos em que
ouvi de um empresário que, para manter dutos de maior valor agregado. Jamais con- temos melhores condições de competir,
seu mercado no exterior, ele importava seguiremos competir com a China, que com produtos de maior valor agregado,
produtos da China e depois exportava para tem um preço baixíssimo, uma moeda qualidade e preço. O Brasil já provou que
outros países. Isso dá uma idéia de como super depreciada e mão-de-obra muito tem condições de participar no processo
está a situação. Produtos mais tradicionais barata. Ao mesmo tempo, não temos o de globalização, que é permanente. Para
estão tendo mais dificuldades.” nível de qualidade dos países desenvolvi- finalizar, quero lembrar que
O ministro acha que, no Brasil, há uma dos, como a Itália, no setor têxtil e de cal- São Paulo é hoje o maior expor-
burocracia em termos de exportação e çados. Se pegarmos cada país em sua mai- tador de suco de laranja do mundo. Mais
importação a ser eliminada. Ele acredita or especialização, veremos que os ameri- de 60% da produção mundial é fabricada
que uma outra dificuldade é o gargalo na canos têm um nível máximo em quase em São Paulo. Nesta área, o Brasil está
área dos portos. todos os setores de sua economia e difi- mostrando a sua competência.”
“Estamos trabalhando com o Gover- cilmente podemos competir neste nível
no Federal para diminuir os problemas de qualidade. Também existe muito pre-
do Porto de Santos. A desburocratização conceito, especialmente dos europeus,
de toda a operação, a criação uma logística em relação ao produto brasileiro. Na ver-
P
ara muitos historiadores da
cultura brasileira, nosso te-
atro tem dois momentos:
antes e depois de Zigbniew
Marian Ziembinski , artista
polonês nascido emWieliczna,
em 1908, e que chegou ao
Brasil em 1941, fugido dos horrores da Se-
gunda Guerra Mundial. Explica-se: é que
coube a ele assumir, em 1943, a direção, ou,
como se dizia à época, a encenação da peça
“Vestido de noiva”, de Nelson Rodrigues,
que revolucionou o teatro brasileiro. Os ini-
migos – e sempre há muitos no meio teatral
– dizem que o sucesso da peça deve-se, prin-
cipalmente, ao texto rodrigueano, mas essa
injustiça é bem fácil de desmontar, pois sabe-
se que, até então, as peças encenadas no Bra-
sil não recebiam os cuidados de uma direção
e eram apenas um pretexto para assegurar o
prestígio dos donos das companhias, como
Raul Roulien e Procópio Ferreira. Ziembinski trabalhou em
Para se ter uma idéia do personalismo teatro (inclusive com
Cacilda Becker), foi diretor e
vigente, basta dizer que o dono – que era
ator e também fez cinema e
sempre o ator principal, quiçá o galã – televisão.
sequer ensaiava com o resto da compa-
nhia e só aparecia para o ensaio geral, cui-
dando para que a luz, o figurino e as mar-
cações de palco sempre o privilegiassem
em relação ao resto do elenco. Outro pro-
cedimento era o de entregar aos atores,
durante os ensaios, apenas as suas falas,
precedidas da “deixa”, ou seja, da última
palavra dita pelo ator com quem contra-
cenavam, o que fazia do elenco um bando
de zumbis que recitava um texto do qual
nem tinha conhecimento completo.
Importância do diretor
Foi nesse marasmo que o bom Zimba, Com amigos da TV Globo: o
dramaturgo Bráulio
como acabou sendo chamado por todos,
Pedroso, o ator Jardel Filho
aterrissou, vindo de 15 anos de carreira e Edu Lobo, em 1974.
A primeira encenação de “Vestido de noiva” (1943) usou o espaço cênico para realçar uma ação dramática que se passa em três níveis.
numa Europa sempre ciosa de suas ence- e, realmente, depois dela, o teatro brasilei- encenações, a da peça “Longa jornada noite
nações teatrais. Lá, o diretor era fundamen- ro nunca mais foi o mesmo. a dentro”, também de Eugene O’Neil.
tal para a explicitação e a “decupagem” do Ao tempo de “Vestido de noiva”, Ziem- Nos anos 60, seus trabalhos mais apreci-
texto, para o bom rendimento da atuação binski integrava o grupo Os Comediantes, ados são os das montagens de “Toda nudez
do elenco como um todo e, principalmen- com quem montou ainda dois grandes clás- será castigada”, de Nelson Rodrigues, e de
te, para trabalhar na concepção, supervisi- sicos do teatro mundial: “Desejo’, de Eugene “Volta ao lar”, de Harold Pinter, que era en-
onando luz, figurinos, cenários, adereços e O’Neil, em 1946, e “Nossa cidade”, de tão quase um iniciante no teatro inglês. De
tudo o mais que compusesse um espetá- Thorton Wilder, em 1949. Em 1950, volta ao Rio nos anos 70, Ziembinski ainda
culo teatral de categoria. Assim sucedeu Ziembinski passou a fazer parte do Teatro teve a glória de participar da novela “O bofe”,
com “Vestido de noiva”, peça difícil de Brasileiro de Comédia, criado, basicamente, que, segundo os críticos, ao trazer para a tela
montar porque o texto se passa em três por diretores italianos radicados no Brasil, e um enredo com pitadas de policial, repre-
níveis, sendo narrado em visões diferentes. cuja excelência honra os anais do teatro bra- sentou uma guinada na concepção do gêne-
A esta narrativa, Zimba forneceu uma so- sileiro. Nessa fase, atuava, iluminava ou diri- ro, até então dedicado apenas aos originais
lução de grande beleza plástica, com a ins- gia. Seus melhores trabalhos desta época fo- ‘água com açúcar’. Sua última participação
talação de praticáveis onde decorria cada ram as peças “Volpone” e “Maria Stuart”, no teatro nacional foi na direção de “O quar-
um dos três planos, iluminados por uma ambas encenadas em 1955. Em 1957, pas- teto”, em 1974 e, em 1976, já doente, ainda
luz impecável e, até então, nunca vista por sou a fazer parte da Companhia de Cacilda concebeu a bela iluminação do espetáculo
aqui. A violenta reação da platéia, não ape- Becker e começou a lecionar na Escola de musical “Hoje não é dia de rock”, prota-
nas ao texto mas à própria montagem, fez Arte Dramática de São Paulo, onde se radi- gonizado pelo jovem conjunto Coisas Nos-
do episódio um acontecimento exemplar cara. Data de 1958 outra de suas famosas sas. Grande Zimba!
N
a ocasião da realização desta entre-
vista, o Cônsul-Geral da Polônia
no Rio de Janeiro, Dariusz Dudziak,
estava apenas há um mês na cidade. Em-
bora seja esta sua primeira missão no Bra-
sil, o cônsul, que fala português com flu-
ência, está confiante em sua nova função
diplomática e garante que as dificuldades
que tem encontrado são normais, ineren-
tes ao cargo que ocupa. O que mais o
mobiliza é a tentativa de superar, por meio
de ações culturais e de encontros na área
da economia e do comércio, a falta de co-
nhecimento que brasileiros e poloneses
têm uns dos outros, amenizando a distân-
cia geográfica que separa os dois países.
“O Brasil é o nosso maior parceiro na
América do Sul. A Polônia é o maior par-
ceiro do Brasil no Leste Europeu. O que
esperamos é que ambos os países venham
a colaborar com mais eficiência, para faci-
litar o comércio bilateral, e que os inves-
timentos do Brasil na Polônia sejam am-
pliados nos próximos anos. Fazemos mui-
tos esforços nesse sentido. Apesar de ser-
mos nações geograficamente muito dis-
tantes uma da outra, as relações políticas
facilitam o nosso intercâmbio comercial
e econômico. Por isso, penso que as ex-
pectativas só podem ser positivas.”
Dificuldades
O Cônsul-Geral, que tem participado Dariusz Dudziak afirma que o Brasil é a pátria de milhões de poloneses e seus descendentes.
de inúmeros encontros de comércio ex-
terior desde que chegou ao Brasil, afirma
que isto vem demonstrar o quanto os bra- no Rio de Janeiro e em cidades como São Segundo Dariusz Dudziak, é importante
sileiros estão ávidos por conhecer mais Paulo e Belo Horizonte, para aproximar informar sobre os mais variados aspectos,
sobre o seu país e a importância que a di- nossos países. Sabemos o quanto são im- desde as ações na macroeconomia, até deta-
plomacia polonesa dá a esta abertura co- portantes esses encontros e não deixamos lhes sobre as condições jurídicas, como cri-
mercial. passar a oportunidade de informar aos in- ar uma nova empresa e como iniciar os in-
“Queremos aproveitar ocasiões como teressados, empresários e homens de go- vestimentos na Polônia.Tudo isso é necessá-
este seminário e outros dos quais tive a verno, sobre o que se faz e o que se pro- rio para que o empresário brasileiro tenha
oportunidade de participar, aqui mesmo duz na Polônia.” mais confiança para iniciar seus negócios.
A Polônia é
referência mundial
em artes gráficas e
seus cartazes são
obras de arte.
Os cartazes que
ilustram este texto
participaram da
exposição
realizada em 2005
no Centro Cultural
de Justiça,
no Rio de Janeiro.
cio exterior se dá com os países da União nosso país. Temos cidades maravilhosas
Européia, o que mostra que o nossa eco- que nem sempre são visitadas pelos turis-
nomia está mais voltada para o bloco eu- tas. Muitos ficam restritos a visitas à Praga,
ropeu. Além disso, a Polônia sempre co- deixando de conhecer Cracóvia, Varsóvia
nheceu muito bem os países do Leste e outras cidades que também têm o reco-
Europeu. Do ponto de vista da distância, nhecimento da Unesco como patrimônio
isso pode ser muito interessante e servir histórico e cultural. Espero que, por oca-
como trampolim para a entrada dos in- sião da Copa Mundial de Futebol na Ale-
vestidores estrangeiros nos países do manha, os brasileiros aproveitem a viagem
Leste.” para visitar a Polônia.”
Para Dariusz Dudziak, somos povos com
Cultura e turismo muitas proximidades. A Polônia sempre
Cada vez mais brasileiros têm visitado teve grande interesse no Brasil pois, além
a Polônia e muitos se surpreendem com de parceiro econômico, o país é a pátria de
as riquezas naturais e culturais do país. O um grande número de poloneses ou cida-
cônsul-geral garante que esta é uma das dãos de origem polonesa que vivem aqui.
mais importantes políticas de sua equipe: “Por isso, sempre tentamos marcar
fazer com que a Polônia seja considerada nossa presença na área cultural. Cito como
um destino atraente para os brasileiros que exemplo a primeira edição do Festival
visitam a Europa. Polônia Carioca, em outubro de 2005,
“A Polônia é mais uma porta de en- “Tenho conversado muito com parti- quando tivemos, no Rio de Janeiro, uma
trada para a União Européia e o Leste Eu- cipantes de feiras de negócios que ficam jornada de cultura polonesa, um evento
ropeu. Cerca de 60% de nosso comér- encantados com a diversidade cultural de de muito sucesso. Na ocasião, tivemos o
cam encantados com este misto de arte, “Rio de Janeiro e Varsóvia são cida-
dança e esporte.” des gêmeas, conforme acordo assinado
Na área do turismo, o Brasil está cada em 1996. O convênio prevê também
vez mais popular na Polônia, atraindo um várias ações para incrementar o fluxo
grande número de viajantes que procu- turístico, comercial e cultural entre as
ram informações sobre o país. O Côn- duas cidades. Recentemente vi na
sul-Geral da Polônia no Rio de Janeiro, Polônia três filmes brasileiros: “Cidade
Daruisz Dudziak, acha que as autorida- de Deus”, de Fernando Meireles, “Cen-
des e os empresários brasileiros não po- tral do Brasil”, de Walter Salles e
dem perder a oportunidade de investir “Carandiru”, de Hector Babenco. Em
forte no setor. Ele acha que as ações nes- Varsóvia, temos a Rádio PIN, uma esta-
ta área ainda são tímidas. O Rio de Janei- ção de rádio dedicada a assuntos eco-
ro tem sido o destino mais vendido, mas nômicos, mas que executa muito a mú-
outros também estão sendo procurados. sica brasileira.”
DEMAIS PRODUTOS
DEMAIS PRODUTOS
Investimentos carteiras do Driehaus Emerging depois da Coréia do Sul, do os dois países, o volume de
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As economias que mais Markets Grouth Fund. Um dos Japão, da China, da Alemanha intercâmbio direcionado à
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crescem dos países em mais importantes grupos e da Itália. Nos últimos anos, Baixada Santista chegou a
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desenvolvimento – ou seja poloneses de rádio e jornal, o os poloneses conseguiram US$ 100 milhões. A maior
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Brasil, Índia e China – têm Agora, é uma das poucas ultrapassar a Croácia, Taiwan parte destes recursos girava
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atraído a atenção da maior empresas cujas ações são e a Dinamarca neste setor. em torno do carvão mineral
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parte dos investidores negociadas no mercado de O preço de navios para polonês destinado à COSIPA
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internacionais. Os técnicos balcão dos Estados Unidos. transporte de veículos (usina siderúrgica localizada
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consideram também que há contratados subiu cerca de em Cubatão).
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boas oportunidades em ○
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Mercado de autopeças
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outros países emergentes, Em setembro de 2004, armadores continuam,
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como Egito, México, estaleiros poloneses tiveram também, fazendo Desde a década de 90, o
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Polônia, África do Sul e encomendas para a compra encomendas expressivas de mercado automotivo
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Turquia. de 93 navios com capacidade navios para transportar polonês tem tido um
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Entre as atrações para o de carga total de 2,78 mil contêineres, que continuam crescimento constante. O
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capital internacional estão as toneladas. Isto representa sendo um dos tipos mais setor ocupa o segundo lugar
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empresas de mídia polonesas, cerca de 2,4% das solicitados de embarcações nas estatísticas das
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que têm se beneficiado da encomendas de navios de no mercado. exportações polonesas, logo
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forte expansão da publicidade carga realizadas no mundo, depois do ramo de
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no país. Estas empresas têm naquele ano. A partir deste Porto de Santos produção de móveis. Além
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grande potencial de negócio, a Polônia passou a O Brasil sempre foi de terem fábricas de
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crescimento, segundo Emery ser considerada o sexto país considerado pelos poloneses veículos em território
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Brewer, administrador de na produção de navios, vindo um grande parceiro polonês, muitos grupos
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comercial na América Latina. internacionais investiram na
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Historicamente, o Porto de produção de autopeças e
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Santos tem sido o portão de subconjuntos para os
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entrada para os imigrantes automóveis que produzem.
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poloneses e para os produtos Na cidade de Wresnia há
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daquele país, bem como a uma fábrica do consórcio
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porta de saída de espanhol Gestamp, onde se
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organizados pela FCCE, é distribuída entre em Santos. 1995, ela abriu uma fábrica
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comércio internacional.
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quem decide.
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Procure-nos.
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eduardo.teixeira@abrapress.com.br
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EM BREVE
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investimentos
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Um relatório divulgado
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pela União Européia, em
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setembro de 2005, informou
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que a Polônia foi o primeiro
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beneficiado com o
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recebimento de fundos entre
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os novos membros e o ○
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décimo, entre todos os
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membros da União Européia.
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Em torno de € 2,7 bilhões
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foram repassados ao país. Em
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relação a investimentos
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estrangeiros diretos, o
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cálculo ainda não foi fechado,
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mas a expectativa é de que
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tenham sido da ordem de
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US$ 10 bilhões, o que
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representaria um
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crescimento de 27% em
Manuais de Procedimentos e Informações
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relação a 2004.
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Brasil-Portugal, Brasil-Marrocos, Brasil-Bélgica/Luxemburgo, Brasil-Suíça,
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Brasil-Argentina, Brasil-Venezuela,Brasil-México, Brasil-Chile, Brasil-Holanda,
Homenagem solidária
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Brasil-Itália e Brasil-Polônia.
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O Consulado Polonês do
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Rio de Janeiro homenageou
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Rubem César Fernandes, 20 filmes e seriados, autor de da Criança, no dia 11 de Cineasta polonês no Rio
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Diretor- Executivo do roteiros e romances para dezembro, a TVE exibiu “O O Consulado Geral da
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Movimento Viva Rio e crianças, esteve no Brasil, em trenó”, o primeiro episodio, Polônia no Rio de Janeiro e a
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Alfredo Sirkis, Secretário 2005, para participar da da série “A árvore mágica”, Sociedade Polônia realizaram,
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Municipal de Urbanismo no primeira mostra de seus do diretor polonês. em 2005, um encontro com
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Rio de Janeiro, em dezembro trabalhos na TVE Brasil. Com um dos mais importantes
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de 2005, com a medalha inúmeros prêmios Dia Nacional da Polônia cineastas poloneses, Jerzy
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comemorativa dos 25 anos internacionais Andrzej O Cônsul-Geral do Rio de Hoffman. Na ocasião foram
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da assinatura dos famosos Maleszka é considerado um Janeiro, Dariusz Dudziak, exibidos trechos do filme A
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Acordos de Agosto de 1980, fenômeno de originalidade encontrou-se com os ferro e fogo baseado no livro
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que levaram à formação do no cinema. Combinando estudantes do Instituto Nossa de Henryk Sienkiewicz,
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Movimento Solidariedade na elementos de magia e de Senhora de Lourdes, no Rio prêmio Nobel de literatura
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Polônia. O Solidariedade, um realismo, suas obras de Janeiro, no dia 8 de de 1905. Jerzy Hoffman é
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movimento social de massa mostram o mundo a partir dezembro de 2005, o Dia diretor de cinema e
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que uniu diferentes setores do ponto de vista das crianças Nacional da Polônia, para falar produtor. Estreou em 1954,
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na luta pela democracia, foi e emanam emoção e energia sobre a história e a cultura de realizando, junto com
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um fator decisivo para que a positiva. Uma característica seu país. Os jovens, em trajes Edward Skórzewski, o
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liberdade renascesse na dos filmes de Maleszka é a folclóricos poloneses, documentário Czy jestes wsród
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Polônia e em vários países da participação de atores infantis apresentaram duas danças da nich? (Você esta entre eles?),
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Europa Central e do Leste na preparação do roteiro. região de Lubin. O encontro que iniciou um período de
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Europeu. Durante uma oficina que deu com a direção do Instituto foi dez anos de cooperação
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na TVE, no Rio de Janeiro, o dedicado à troca de opiniões entre os dois. Até 1965,
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A convite da TVE Brasil e profissionais brasileiros integração dos métodos de três longas, que receberam
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com o apoio do Consulado- interessados na produção trabalho com as crianças prêmios em Oberhausen,
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Geral da Polônia, Andrzej para o publico infantil,. Por surdas-mudas, na Polônia e Cracóvia, Veneza, Moscou e
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04 de abril PORTUGAL
12 de maio MARROCOS
30 de maio BÉLGICA/LUXEMBURGO
27 de junho SUÍÇA
11 de julho ARGENTINA
01 de agosto VENEZUELA
29 de agosto MÉXICO
03 de outubro CHILE
10 de novembro HOLANDA
21 de novembro ITÁLIA
28 de novembro POLÔNIA
14 de dezembro CANADÁ