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MORAES, Eliane Robert. O corpo impossível, São Paulo: Editora Iluminuras, 2002.
(Cap II – A mesa de dissecação – p. 39 a 54)
A mesa de dissecação
Eliane Robert Moraes é graduada em Ciências Sociais pela Universidade de
São Paulo (1984) com mestrado (1990) e doutorado (1996) em Filosofia pela Universidade de
São Paulo.É professora do Mestrado em "Moda Cultura e Arte" do Centro Universitário Senac
e professora titular da Faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo.
1
DUCASSE, Isidore, ou DUCASSE, Isidoro (Montevidéu, Uruguai, 4 de Abril de 1846 – Paris, França, 24 de
Novembro de 1870) é mais conhecido pelo pseudônimo literário de Conde de Lautréamont. O seu poema em
sessenta estrofes, Les Chants de Maldoror – (“Os Cantos de Maldoror”, em português) é considerado uma obra
seminal no campo da literatura fantástica, ainda que hoje escape a qualquer classificação. Crê-se que o seu
pseudônimo tenha sido inspirado no nome de um romance de Eugène Sue, “Latréaumont”. (Extraído, em
24/03/2008, do site: http://www.arikah.net/enciclopedia-portuguese/Isidore_Ducasse).
2
LAUTRÉAMONT. Les chants de Maldoror. Paris: Robert Laffont, 1980, p. 743; apud Moraes, 40).
2
3
“Movimento literário e artístico, lançado em 1924 pelo escritor francês André Breton (1896-1966), que se
caracterizava pela expressão espontânea e automática do pensamento (ditada apenas pelo inconsciente) e,
deliberadamente incoerente, proclamava a prevalência absoluta do sonho, do inconsciente, do instinto e do
desejo e pregava a renovação de todos os valores, inclusive os morais, políticos, científicos e filosóficos.”
(HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001).
4
REVERDY, Pierre, Nord-Sud, Mar. 1918, citado por CHÊNIEUX-GESDROS, Jacqueline. O surrealismo,
Mario Laranjeira (trad.). São Paulo: Martins Fontes, 1992, p. 72; apud Moraes, 41).
5
ERNST, Max. Escrituras. Pere Gimferrer e Alfred Sargatal (trads.). Barcelona: Poligrafia, 1982, p. 26; apud
Moraes, 45).
6
“A palavra ‘frotagem’ (de frotter, que significa “esfregar”) é de origem francesa e por ser um recurso gráfico
bem espontâneo, nos proporciona criar belos e inusitados efeitos plásticos. A técnica foi usada pela a primeira
vez pelo pintor, desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest (1891 – 1976), um dos fundadores do
movimento “Dada” e posteriormente um dos grandes nomes do Surrealismo. Consiste em colocar uma folha de
papel sobre uma superfície áspera e esfregá-la, pressionando-a com um bastão de cera até a textura aparecer”.
(Extraído, em 25/03/2008, do site: http://www.ayruman.com.br/v1/oficinas/mostra.php?id=6).
3
Ducasse fez da paródia7 a máquina motriz de sua criação. Sua obra é resultado
da colagem de outros autores, até mesmo fazendo o uso da transcrição literal. Amparados
nessa idéia de criação coletiva, os surrealistas partiram para a execução de diversas técnicas
de criação. “De Lautréamont aos autores surrealistas, a paródia tornou-se um exercício de
desconfiança diante das imagens imediatas que o mundo oferecia.” (MORAES, 47)
7
“Obra literária, teatral, musical etc. que imita outra obra, ou os procedimentos de uma corrente artística, escola
etc. com objetivo jocoso ou satírico; arremedo.” (HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico Houaiss da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001).