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Próptia

O DUELO
Retalhos do Evangelho

António Martinho Fernandes


04/08/2009
O DUELO 1
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo, XII: 11-16. (Editora, FEB)
Mateus, V: 20 e 43 a 47

AMAI OS VOSSOS INIMIGOS


1. Aprendestes que foi dito: “Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos
inimigos.” Eu, porém, vos digo: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos
odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso
Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que
chova sobre os justos e os injustos. - Porque, se só amardes os que vos amam, qual
será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os
vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não
fazem outro tanto os
pagãos?” (S. MATEUS, cap. V, vv. 43 a 47.)
- “Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e
dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.”(S. MATEUS, cap. V, v. 20.)

O duelo
11. Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida uma viagem que o há de conduzir a
determinado ponto, pouco caso faz das asperezas da jornada e não deixa que seus passos se desviem do caminho
reto. Com o olhar constantemente dirigido para o termo a alcançar, nada lhe importa que as urzes e os espinhos
ameacem produzir-lhe arranhaduras; umas e outros lhe roçam a epiderme, sem o ferirem, nem impedirem de
prosseguir na caminhada. Expor seus dias para se vingar de uma injúria é recuar diante das provações da vida, é
sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não fôsseis, como sois, iludidos pelos vossos prejuízos, tal coisa seria
ridícula e uma suprema loucura aos olhos dos homens.

Há crime no homicídio em duelo; a vossa própria legislação o reconhece. Ninguém tem o direito, em caso
algum, de atentar contra a vida de seu semelhante: é um crime aos olhos de Deus, que vos traçou a linha de conduta
que tendes de seguir. Nisso, mais do que em qualquer outra circunstância, sois juizes em causa própria. Lembrai-vos
de que somente vos será perdoado, conforme perdoardes; pelo perdão vos acercais da Divindade, pois a clemência
e irmã do poder. Enquanto na Terra correr uma gota de sangue humano, vertida pela mão dos homens, o verdadeiro
reino de Deus ainda se não terá implantado aí, reino de paz e de amor, que há de banir para sempre do vosso
planeta a animosidade, a discórdia, a guerra. Então, a palavra duelo somente existirá na vossa linguagem como
longínqua e vaga recordação de um passado que se foi. Nenhum outro antagonismo existirá entre os homens, afora
a nobre rivalidade do bem. - Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1861.)

12. Em certos casos, sem dúvida, pode o duelo constituir uma prova de coragem física, de desprezo pela vida,
mas também é, incontestavelmente, uma prova de covardia moral, como o suicídio. O suicida não tem coragem de
enfrentar as vicissitudes da vida; o duelista não tem a de suportar as ofensas, Não vos disse o Cristo que há mais
honra e valor em apresentar a face esquerda àquele que bateu na direita, do que em vingar uma injúria? Não disse
ele a Pedro, no jardim das Oliveiras: "Mete a tua espada na bainha, porquanto aquele que matar com a espada
perecerá pela espada?" Assim falando, não condenou, para sempre, o duelo? Efetivamente, meus filhos, que é essa
coragem oriunda de um gênio violento, de um temperamento sangüíneo e colérico, que ruge à primeira ofensa?
Onde a grandeza dalma daquele que, à menor injúria, entende que só com sangue a poderá lavar? Ah! que ele
trema!

No fundo da sua consciência, uma voz lhe bradará sempre: Caim! Caim! que fizeste de teu irmão? Foi-me
necessário derramar sangue para salvar a minha honra, responderá ele a essa voz, Ela, porem, retrucará:
Procuraste salvá-la perante os homens, por alguns instantes que te restavam de vida na Terra, e não pensaste em
salvá-la perante Deus! Pobre louco! Quanto sangue exigiria de vós o Cristo, por todos os ultrajes que recebeu! Não

1
Estudo feito no Centro Espírita Joana d’Arc a 04/ 08/ 2009.

2
só o feristes com os espinhos e a lança, não só o pregastes num madeiro infamante, como também o fizestes ouvir,
em meio de sua agonia atroz, as zombarias que lhe prodigalizastes, Que reparação a tantos insultos vos pediu ele?
O último brado do cordeiro foi unia súplica em favor dos seus algozes! Oh! como ele, perdoai e oral pelos que vos
ofendem.
Amigos lembrai-vos deste preceito: "Amai-vos uns aos outros" e, então, a um golpe desferido pelo ódio
respondereis com um Sorriso, e ao ultraje com o perdão. O mundo, sem dúvida, se levantará furioso e vos tratará de
covardes; erguei bem alto a fronte e mostrai que também ela se não temeria de cingir-se de espinhos, a exemplo do
Cristo, mas, que a vossa mão não quer ser cúmplice de um assassínio autorizado por falsos ares de honra, que,
entretanto, não passa de orgulho e amor-próprio. Dar-se-á que, ao criar-vos, Deus vos outorgou o direito de vida e de
morte, uns sobre os outros? Não, só à Natureza conferiu ele esse direito, para se reformar e reconstruir; quanto a
vós, não permite, sequer, que disponhais de vós mesmos. Como o suicida, o duelista se achará marcado com
sangue, quando comparecer perante Deus, e a um e outro o Soberano Juiz reserva rudes e longos castigos. Se ele
ameaçou com a sua justiça aquele que disser raca a seu irmão, quão mais severa não será a pena que comine ao
que chegar à sua presença com as mãos tintas do sangue de seu irmão! -
Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

13. O duelo, como o que outrora se denominava o juízo de Deus, é uma das instituições bárbaras que ainda
regem a sociedade. Que diríeis, no entanto, se vísseis dois adversários mergulhados em água fervente ou
submetidos ao contacto de um ferro em brasa, para ser dirimida a contenda entre eles, reconhecendo-se estar a
razão com aquele que melhor sofresse a prova? Qualificaríeis de insensatos esses costumes, não é exato? Pois o
duelo é coisa pior do que tudo isso. Para o duelista destro, é um assassínio praticado a sangue frio, com toda a
premeditação que possa haver, uma vez que ele está certo da eficácia do golpe que desfechará. Para o adversário,
quase certo de sucumbir em virtude de sua fraqueza e inabilidade, é um suicídio cometido com a mais fria reflexão,
Sei que muitas vezes se procura evitar essa alternativa igualmente criminosa, confiando ao acaso a questão: - mas,
não é isso voltar, sob outra forma, ao juízo de Deus, da Idade Média? E nessa época infinitamente menor era a
culpa.

A própria denominação de juízo de Deus indica a fé, ingênua, é verdade, porém, afinal, fé na justiça de Deus,
que não podia consentir sucumbisse um inocente, ao passo que, no duelo, tudo se confia à força bruta, de tal sorte
que não raro é o ofendido que sucumbe.

Ó estúpido amor-próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela caridade cristã, pelo
amor do próximo e pela humildade que o Cristo exemplificou e preceituou? Só quando isso se der desaparecerão
esses preceitos monstruosos que ainda governam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir, porque
não basta interditar o mal e prescrever o bem; é preciso que o princípio do bem e o horror ao mal morem no coração
do homem. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1861.)

14. Que juízo fará de mim se costumais dizer, se eu recusar a reparação que se me exige, ou se não a
reclamar de quem me ofendeu? Os loucos, como vós, os homens atrasados vos censurarão; mas, os que se acham
esclarecidos pelo facho do progresso intelectual e moral dirão que procedeis de acordo com a verdadeira sabedoria.
Refleti um pouco. Por motivo de uma palavra dita às vezes impensadamente, ou inofensiva, vinda de um dos vossos
irmãos, o vosso orgulho se sente ferido, respondeis de modo acre e daí uma provocação.

Antes que chegue o momento decisivo, inquiris de vós mesmos se procedeis como cristãos?

Que contas ficarão devendo à sociedade, por a privardes de um de seus membros? Pensastes no remorso que
vos assaltará, por haverdes roubado a uma mulher o marido, a uma mãe o filho, ao filho o pai que lhes servia de
amparo? Certamente, o autor da ofensa deve uma reparação; porém, não lhe será mais honroso dá-la
espontaneamente, reconhecendo suas faltas, do que expor a vida daquele que tem o direito de se queixar? Quanto
ao ofendido, convenho em que, algumas vezes, por ele achar-se gravemente ferido, ou em sua' pessoa, ou nas dos
que lhe são mais caros, não está em jogo somente o amor-próprio: o coração se acha magoado, sofre.

Mas, além de ser estúpido arriscar a vida, lançando-se contra um miserável capaz de praticar infâmias, dar-se-
á que, morto este, a afronta, qualquer que seja, deixa de existir? Não é exato que o sangue derramado imprime
retumbância maior a um fato que, se falso, cairia por si mesmo, e que, se verdadeiro, deve ficar sepultado no

3
silêncio? Nada mais restará, pois, senão a satisfação da sede de vingança. Ah! Triste satisfação que quase sempre
dá lugar, já nesta vida, a causticantes remorsos. Se é o ofendido que sucumbe, onde a reparação?

Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima:
“Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam." Em se verificando isso, desaparecerão todas as causas
de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo. - Francisco Xavier,
(Bordéus, 1861.)

15. O homem do mundo, o homem venturoso, que por uma palavra chocante, uma coisa ligeira, joga a vida
que lhe veio de Deus, joga a vida do seu semelhante, que só a Deus pertence, esse é cem vezes mais culpado do
que o miserável que, impelido pela cupidez, algumas vezes pela necessidade, se introduz numa habitação para
roubar e matar os que se lhe opõem aos desígnios. Trata-se quase sempre de uma criatura sem educação, com
imperfeitas noções do bem e do mal, ao passo que o duelista pertence, em regra, à classe mais culta. Um mata
brutalmente, enquanto que o outro o faz com método e polidez, pelo que a sociedade o desculpa. Acrescentarei
mesmo que o duelista é infinitamente mais culpado do que o desgraçado que, cedendo a um sentimento de
vingança, mata num momento de exasperação. O duelista não tem por escusa o arrebatamento da paixão, pois que,
entre o insulto e a reparação, dispõe ele sempre de tempo para refletir. Age, portanto, friamente e com premeditado
desígnio; estuda e calcula tu do, para com mais segurança matar o seu adversário. E certo que também expõe a vida
e é isso o que reabilita o duelo aos olhos do mundo, que nele então só vê um ato de coragem e pouco caso da vida.
Mas, haverá coragem da parte daquele que está seguro de si? O duelo, remanescente dos tempos de barbárie, em
os quais o direito do mais forte constituía a lei, desaparecerá por efeito de uma melhor apreciação do verdadeiro
ponto de honra e à medida que o homem for depositando fé mais viva na vida futura. -Agostinho. (Bordéus, 1861.)

16. NOTA. Os duelos se vão tornando cada vez mais raros e, se de tempos a tempos alguns de tão dolorosos
exemplos se dão, o número deles não se pode comparar com o dos que ocorriam outrora. Antigamente, um homem
não saía de casa sem prever um encontro, pelo que tomava sempre as necessárias precauções. Um sinal
característico dos costumes do tempo e dos povos se nos depara no porte habitual, ostensivo ou oculto, de armas
ofensivas ou defensivas. A abolição de semelhante uso demonstra o abrandamento dos costumes e é curioso
acompanhar-lhes a gradação, desde a época em que os cavaleiros só cavalgavam barbados de ferro e armados de
lança, até a em que uma simples espada à cinta constituía mais um adorno e um acessório do brasão, do que uma
arma de agressão. Outro indício da modificação dos costumes está em que, outrora, os combates singulares se
empenhavam em plena rua, diante da turba, que se afastava para deixar livre o campo aos combatentes, ao passo
que estes hoje se ocultam. Presentemente, a morte de um homem é acontecimento que causa emoção, enquanto
que, noutros tempos, ninguém dava atenção a isso.

O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de caridade e
fraternidade.

PONTOS RELEVANTES DOS ITENS:

Item, 11 - Expor seus dias para se vingar de uma injúria é recuar diante das provações da vida, é sempre um
crime aos olhos de Deus.

Há crime no homicídio em duelo.

Ninguém tem o direito em caso algum de atentar contra a vida de seu semelhante.

Lembrai-vos de que somente vos será perdoado, conforme perdoardes.

Item, 12 - O duelo é uma prova de covardia moral, como o suicídio.


Não vos disse o Cristo que há mais honra e valor em apresentar a face esquerda àquele que bateu na direita.

4
Jesus disse a S. Pedro: “Mete a tua espada na bainha porquanto aquele que matar pela espada perecerá pela
espada”.

Lembrai-vos deste preceito “Amai-vos uns aos outros”, e, então a um golpe desferido pelo ódio respondereis
com um sorriso, e ao ultraje com o perdão.

Como o suicida, o duelista se achará marcado com sangue, quando comparecer perante Deus.

Item, 13 - Para o duelista destro, é um asssassínio praticado a sangue frio, com toda a premeditação que
possa haver, uma vez que ele está certo da eficácia do golpe que desfechará.

Para o adversário, quase certo de sucumbir em virtude de sua fraqueza e inabilidade, é um suicídio cometido
com a mais fria reflexão.

No duelo tudo se confia à força bruta, de tal sorte que não raro é o ofendido que sucumbe.

Item, 14 -
Que juízo farão de mim costumais dizer, se eu recusar a reparação que se me exige, ou se não a reclamar de
quem me ofendeu?

Antes que chegue o momento decisivo, inquiris de vós mesmos se procedeis como cristãos?

Que contas ficareis devendo à sociedade, por a privardes de um de seus membros? Pensastes no remorso
que vos assaltará, por haverdes roubado a uma mulher o marido, a uma mãe o filho, ao filho o pai que lhes servia de
amparo?

. Ah! Triste satisfação que quase sempre dá lugar, já nesta vida, a causticantes remorsos. Se for o ofendido
que sucumbe, onde a reparação?

Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima:
“Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam." Em se verificando isso, desaparecerão todas as causas
de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo.

Item, 15 - O homem do mundo, o homem venturoso, que por uma palavra chocante, uma coisa ligeira, joga a
vida que lhe veio de Deus, joga a vida do seu semelhante, que só a Deus pertence, esse é cem vezes mais culpado
do que o miserável que, impelido pela cupidez, algumas vezes pela necessidade, se introduz numa habitação para
roubar e matar os que se lhe opõem aos desígnios. Trata-se quase sempre de uma criatura sem educação, com
imperfeitas noções do bem e do mal, ao passo que o duelista pertence, em regra, à classe mais culta. Um mata
brutalmente, enquanto que o outro o faz com método e polidez, pelo que a sociedade o desculpa.

O duelo, remanescente dos tempos de barbárie, em os quais o direito do mais forte constituía a lei,
desaparecerá por efeito de uma melhor apreciação do verdadeiro ponto de honra e à medida que o homem for
depositando fé mais viva na vida futura.

Item, 16 - Os duelos se vão tornando cada vez mais raros e, se de tempos a tempos alguns de tão dolorosos
exemplos se dão, o número deles não se pode comparar com o dos que ocorriam outrora. Antigamente, um homem
não saía de casa sem prever um encontro, pelo que tomava sempre as necessárias precauções. Um sinal
característico dos costumes do tempo e dos povos se nos depara no porte habitual, ostensivo ou oculto, de armas
ofensivas ou defensivas.

Presentemente, a morte de um homem é acontecimento que causa emoção, enquanto que, noutros tempos,
ninguém dava atenção a isso.

O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de caridade e
fraternidade.

5
***

PONDERAÇÕES:

O duelo foi coisa dos costumes da Sociedade no passado, a Sociedade de então, suponho que era
moralmente corrupta ou hipócrita com ovelhas desgarradas do rebanho cristão e viviam de uma forma que
mostravam ser o que realmente não eram e inconscientes disso mostravam aparências sociais que lhes parecessem
dignas de sua Sociedade de cultura atualizada nas recentes convulsões das transformações sociais, e tinham bem
desenvolvidas regras de Código de Honra, que lhes dava o direito de se defender se ofendidos.

Dessa ofensa levantavam testemunhas e automaticamente os juízes da comunidade eram chamados e,


exposto o caso, marcavam o encontro da desforra em que o ofendido teria o direito da escolha da arma, porém os
cavalheiros em geral eram conhecedores da arma de cavalheiro de honra, que era uma pistola de uma só bala.

Os juízes os colocavam de costas e eles davam vinte passos em lados opostos, e davam a ordem de parar e
se enfrentarem e ao seu comando diziam: apontar... fogo, e era raro alguém atirar antes do tempo, porque não se
consideravam covardes, daí a destreza do atirante, se ninguém fosse ferido era decidido se a honra foi satisfeita
senão era disputado de novo se fosse decidido que seria até a morte.

As regras eram obedecidas com o maior rigor, pois que também se julgavam perante Deus na vida ou na
morte, e estranhamente se depositavam nas mãos de Deus e diziam:

‘Seja feita Sua vontade’, era tamanha cegueira que só aqueles que tivessem bom senso procuravam padrinhos
de defesa, e especialistas de pazes, o que custava certamente muito dinheiro, e muitos andavam com muito cuidado,
pois havia muitos meninos de papai rodando segundo o habito dos tempos em tipos de boate e se envolviam em
brigas se não casuais, às vezes de honra e achavam tudo isso natural.

A maioria era cristã, mas aparente e de pouco amor, em virtude do turbilhão e perturbação dos tempos de
sociedades em desencontro em ideais convencionais na procura de justiças sociais amenas de equilíbrio aceitável
por todos, nas transformações ascensionais do povo, que das opressões se levantava e se libertava, e em si
germinava revoltos e ódio, e o ódio gera a ira, a insatisfação, o rancor, a instabilidade espiritual, o descontrole
emocional e a vingança na flor da pele.

Enquanto se diz que o amor constrói, que o amor é tolerante, que o amor sabe perdoar, que o amor não
guarda rancor, que o amor procura a paz etc.

Em oposto podemos dizer que o ódio destrói que o ódio é intolerante, que o ódio não perdoa, que o ódio
guarda rancor, e que o ódio não tem em si paz.

E, dessa vida de estado instável social emocional nas viradas de ajustes sociais nasceu e morreu o habito do
duelo, que a compreensão no amor mutuo fez extinguir da Sociedade, para bem da Sociedade ou do povo.

É, certamente um testemunho de que o homem evoluiu bastante moralmente, 2 embora haja paralelamente
injustiças até piores que o duelo, no entanto não por leis ou regras mas por pessoas possuidoras de Espíritos
inferiores, imorais, irreverentes, vingativos e seguidores de seus instintos perversos; esses são os verdadeiros
diabos 3 que nos afligem e atormentam, estejam eles encarnados ou desencarnados.

2
Progredir sem cessar ‘inscrição no tumulo de Kardec em Paris.(Obras Póstumas)
3
O Céu e o Inferno, IX: 22.

6
Sim, duelos hoje em dia, os temos, porém são duelos no bem, são duelos de esforços no bem entender
Espírita ‘esforçai-vos’; 4senão vejamos:

duelos na defesa de tudo o que é bom,


duelos contra a ignorância, superstição e maldade,
de lutas contra nossas inferioridades,
contra as dificuldades da vida, contra as insatisfações morais,
contra as insatisfações e desigualdades sociais,
contra as dificuldades e desigualdades na saúde,
contra as dificuldades e desigualdades na educação,

Lutas por um mundo melhor com mais justiça, luta por uma melhora pessoal ou para a família, daí Deus nos
ajude porquanto Ele nos ama e nos acompanha e conhece nossos esforços, uma vez que assim é da Sua Vontade já
que Ele nos criou ‘simples e ignorantes’, 5 de modo a crescermos a nosso próprio passo ou ritmo e com esse nosso
conhecimento podemos dizer de boa fé: ‘Seja Feita Sua Vontade’.6

Lutas ou duelos que sejam, faz parte do nosso mundo de Provas e Expiações, 7 de nosso desenvolvimento
evolutivo, de nosso progresso moral, espiritual ou intelectual, atraídos para Deus nosso Criador e Pai.8
***
Vejamos como apoio a este estudo um pouco de o que nos diz Allan Kardec nas ‘Obras Póstumas’ (Editora, FEB)
sobre Igualdade, Fraternidade e Liberdade, pois ainda estava fresco em sua mente o nascimento de novas eras na
Sociedade Humana:

Liberdade, Igualdade, Fraternidade

“Liberdade, igualdade, fraternidade, estas três palavras são, por si sós, o programa de toda uma ordem
social, que realizaria o progresso mais absoluto da Humanidade, se os princípios que representam pudessem
receber sua inteira aplicação. Vejamos os obstáculos que, no estado atual da sociedade, podem a isso se opor e,
ao lado do mal, procuremos o remédio.

A fraternidade, na rigorosa acepção da palavra, resume todos os deveres dos homens relativamente uns aos
outros; ela significa: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; é a caridade evangélica por
excelência e a aplicação da máxima: "Agir para com os outros como gostaríamos que os outros agissem conosco." A
contrapartida é o Egoísmo. A fraternidade diz: "Cada um por todos e todos por um." O egoísmo diz: "Cada um por si."
Sendo essas duas qualidades a negação uma da outra, é tão impossível a um egoísta agir fraternalmente, para com
os seus semelhantes, quanto o é para um avarento ser generoso, a um homem pequeno alcançar a altura de um
homem grande. Ora, sendo o egoísmo a praga dominante da sociedade, enquanto ele reinar dominador, o reino da
verdadeira fraternidade será impossível; cada um quererá da fraternidade em seu proveito, mas não a quererá para
fazê-la em proveito dos outros; ou, se isso faz, será depois de estar seguro de que não perderá nada.

Considerada do ponto de vista de sua importância para a realização da felicidade social, a fraternidade está
em primeira linha: é a base; sem ela não poderia existir nem igualdade e nem liberdade sérias; a igualdade decorre
da fraternidade, e a liberdade é a conseqüência das duas outras.

Com efeito, suponhamos uma sociedade de homens bastante desinteressados, bons e benevolentes para
viverem, entre si, fraternalmente, não haveria entre eles nem privilégios nem direitos excepcionais, sem o que não
haveria ali fraternidade.

Tratar alguém como irmão, é tratá-lo de igual para igual; é querer-lhe o que desejaria para si mesmo; num povo
de irmãos, a igualdade será a conseqüência de seus sentimentos, de sua maneira de agir, e se estabelecerá pela
4
Evangelho Segundo o Espiritismo, VII: 4
5
Livro dos Espíritos, Q. 115 - 121. somos Sua Obra, Q. 77.
6
Mateus, VI: 9 - Lucas, XI: 2-4.
7
Evangelho Segundo o Espiritismo, III: 13-15.
8
João, XVI: 28 e XX:? 17 - Livro dos Espíritos, Q. 129.

7
força das coisas. Mas qual é o inimigo da igualdade? É o orgulho. O orgulho que, por toda a parte, quer primar e
dominar, que vive de privilégios e de exceções, pode suportar a igualdade social, mas não a fundará jamais e a
destruirá na primeira ocasião. Ora, sendo o orgulho, ele também, uma das pragas da sociedade, enquanto não for
destruído, oporá uma barreira à verdadeira igualdade.

A liberdade, dissemos, é filha da fraternidade e da igualdade; falamos da liberdade legal e não da liberdade
natural que é, por direito, imprescritível para toda criatura humana, desde o selvagem ao homem civilizado. Vivendo
os homens como irmãos, com os direitos iguais, animados de um sentimento de benevolência recíproco, praticarão
entre si a justiça, não procurarão nunca se fazerem mal, e não terão, conseqüentemente, nada a temer uns dos
outros. A liberdade será sem perigo, porque ninguém pensará em dela abusar em prejuízo de seus semelhantes.
Mas como o egoísmo que quer tudo para si, o orgulho que quer sempre dominar, dariam a mão à liberdade que os
destronaria? Os inimigos da liberdade são, pois, ao mesmo tempo, o egoísmo e o orgulho, como o são da igualdade
e da fraternidade.

A liberdade supõe a confiança mútua; ora, não poderia haver confiança entre pessoas movidas pelo
sentimento exclusivo da personalidade; não podendo se satisfazer senão às expensas de outrem, sem cessar, estão
em guarda uns contra os outros. Sempre com medo de perder o que chamam seus direitos, a dominação é a
condição mesma de sua existência, por isso armarão sempre ciladas à liberdade, e a abafarão tanto tempo quanto o
puderem.

Esses três princípios são, pois, como o dissemos, solidários uns com os outros e se servem mutuamente de
apoio; sem sua reunião, o edifício social não poderia estar completo. A fraternidade praticada em sua pureza não
poderia estar só, porque sem a igualdade e a liberdade não há verdadeira fraternidade. A liberdade sem a
fraternidade dá liberdade de ação a todas as más paixões, que não têm mais freio; com a fraternidade, o homem não
faz nenhum mau uso de sua liberdade: é a ordem; sem a fraternidade, ele a usa para dar curso a todas as suas
torpezas: é a anarquia, a licença. É por isso que as nações mais livres são forçadas a fazerem restrições à liberdade.
A igualdade sem a fraternidade conduz aos mesmos resultados, porque a igualdade quer a liberdade; sob pretexto
de igualdade, o pequeno abate o grande, para se substituir a ele, e se torna tirano a seu turno; isso não é senão um
deslocamento do despotismo. Segue-se que, até que os homens estejam imbuídos do sentimento da verdadeira
fraternidade, falta tê-los na servidão? Que sejam impróprios às instituições fundadas sobre os princípios de
igualdade e de liberdade? Semelhante opinião seria mais do que um erro; seria absurda. Não se espera que uma
criança haja feito todo o seu crescimento para fazê-la caminhar. Quem, aliás, a tem mais freqüentemente em tutela?
São homens de idéias grandes e generosas, guiados pelo amor ao progresso? Aproveitando da submissão de seus
inferiores, para desenvolver neles o senso moral, e elevá-los, pouco a pouco, à condição de homens livres? Não;
são, na maioria, homens ciosos de seu poder, à ambição e à cupidez dos quais outros homens servem de
instrumento, mais inteligentes do que animais, e que, para esse efeito, em lugar de emancipá-los os têm, o maior
tempo possível, sob o jugo e na ignorância. Mas essa ordem de coisas muda por si mesma pela força irresistível do
progresso.

A reação é, às vezes, violenta e tanto mais terrível quanto o sentimento de fraternidade, imprudentemente
abafado, não vem interpor um poder moderador; a luta se estabelece, entre aqueles que querem agarrar e aqueles
que querem reter; daí um conflito que se prolonga, freqüentemente, durante séculos. Um equilíbrio factício se
estabelece enfim; há melhoria; mas sente-se que as bases sociais não estão sólidas; o solo treme a cada instante
sob os passos, porque não é, ainda, o reino da liberdade e da igualdade sob a égide da fraternidade, porque o
orgulho e o egoísmo estão sempre ali, levando ao fracasso os esforços dos homens de bem.

Todos vós que sonhais com essa idade de ouro para a Humanidade, trabalhai, antes de tudo, na base do
edifício, antes de querer coroar-lhe a cumeeira; dai-lhe por base a fraternidade em sua mais pura acepção; mas, para
isso, não basta decretá-la e inscrevê-la sobre uma bandeira; é preciso que ela esteja no coração e não se muda o
coração dos homens com decretos. Do mesmo modo que, para fazer um campo frutificar, é preciso arrancar-lhe as
pedras e os espinheiros, trabalhai sem descanso para extirpar o vírus do orgulho e do egoísmo, porque aí está a
fonte de todo mal, o obstáculo real ao reino do bem; destruí nas leis, nas instituições, nas religiões, na educação, até
os últimos vestígios, os tempos de barbárie e de privilégios, e todas as causas que mantêm e desenvolvem esses
eternos obstáculos ao verdadeiro progresso, que se recebe, por assim dizer, desde a meninice e que se aspira por
todos os poros na atmosfera social; só então os homens compreenderão os deveres e os benefícios da fraternidade;

8
então, também, se estabelecerão por si mesmos, sem abalos e sem perigo, os princípios complementares da
igualdade e da liberdade.

A destruição do egoísmo e do orgulho é possível? Dizemos alta e ousadamente SIM, de outro modo seria
preciso colocar uma suspensão ao progresso da Humanidade. O homem cresce em inteligência, é um fato
incontestável; chegou ao ponto culminante que não poderia ultrapassar? Quem ousaria sustentar essa tese absurda?
Progride ele em moralidade?

Para responder a esta pergunta, basta comparar as épocas de um mesmo país. Por que, pois, teria antes
alcançado o limite do progresso moral do que do progresso intelectual? Sua aspiração, para uma ordem de coisas
melhor, é um indício da possibilidade de a isso chegar. “Aos homens progressistas cabe ativar o movimento pelo
estudo e pela prática dos meios mais eficazes.”

*****

Bem que Deus seja conosco assim como outrora, hoje e sempre!

Enquanto se diz que o amor constrói, que o amor é tolerante, que o amor sabe
perdoar,9
que o amor não guarda rancor, que o amor procura a paz etc.
Em oposto podemos dizer que o ódio destrói, que o ódio é intolerante, que o ódio
não perdoa,
que o ódio guarda rancor, e que o ódio não tem em si paz.
E, dessa vida de estado instável social emocional nas viradas de ajustes sociais,
nasceu e morreu o habito do duelo que a compreensão no amor mutuo fez
extinguir da Sociedade,
para bem da Sociedade ou do povo.
É, certamente um testemunho de que o homem evoluiu bastante moralmente, 10
embora haja paralelamente injustiças até piores que o duelo, no entanto não por
leis ou regras,
mas por pessoas possuidoras de Espíritos inferiores, imorais, irreverentes,
vingativos e seguidores de seus instintos perversos; esses são os verdadeiros
diabos,
que nos afligem e atormentam, estejam eles encarnados ou desencarnados.
Sim, duelos hoje em dia os temos, porém são duelos no bem, são duelos de
esforços,
9
Extrato do estudo (O Duelo) dado no Centro Espírita Joana d’Arc, a 04/ 08/ 2009.
10
Progredir sem cessar ‘inscrição no tumulo de Kardec em Paris.(Obras Póstumas)

9
no bem entender Espírita ‘esforçai-vos’ 11
duelos na defesa de tudo o que é bom,
duelos contra a ignorância,
superstição e maldade,
de lutas contra nossas inferioridades,
contra as dificuldades da vida,
contra as insatisfações morais,
contra as insatisfações e desigualdades sociais,
contra as dificuldades e desigualdades na saúde,
contra as dificuldades e desigualdades na educação,
Lutas por um mundo melhor com mais justiça, luta por uma melhora pessoal ou
para a família,
daí Deus nos ajude porquanto Ele nos ama e nos acompanha e conhece nossos
esforços,
uma vez que assim é da Sua Vontade já que Ele nos criou ‘simples e ignorantes’,
12

de modo a crescermos a nosso próprio passo ou ritmo


e com esse nosso conhecimento, podemos dizer de boa fé:
‘Seja Feita Sua Vontade’.13
Lutas ou duelos que sejam, faz parte do nosso mundo de Provas e Expiações,14
de nosso desenvolvimento evolutivo, de nosso progresso moral, espiritual ou
intelectual,
atraídos para Deus nosso Criador e Pai.15

11
Evangelho Segundo o Espiritismo, VII: 4
12
Livro dos Espíritos, Q. 115 - 121. somos Sua Obra, Q. 77.
13
Mateus, VI: 9 - Lucas, XI: 2-4.
14
Evangelho segundo o Espiritismo, III: 13-15.
15
João, XVI: 28 e XX:? 17 - Livro dos Espíritos, Q. 129.

10

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