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O leite nosso 25 anos de

FOTO SANDRA AMBROSIO

Meateada
de cada dia Erval Seco comemora um
Conheça os desafios diários do dos maiores eventos
produtor leiteiro do Noroeste. 11 culturais do Estado. 7

Jornal­laboratório do Curso de Jornalismo do CESNORS/Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. Frederico Westphalen, julho de 2009. Ano 1, nº 5.

FOTO ARQUIVO/PREFEITURA DE CONSTANTINA

O Jubileu da jovem senhora .3

Veja o mapa Escola pública


do paraíso Depressão
para filhos
Encontre o caminho da fé
em Frederico Westphalen: de políticos
veja a localização das igrejas. 4 Polêmico projeto quer melhorar
O mal pode ser
confundido com a qualidade do ensino obrigando
comportamento políticos a matricularem seus filhos
normal dos jovens. 10 na escola pública. 8
2 Julho de 2009
Ambiente
Editor Ramon Pendeza Frederico Westphalen

FOTO PRICILA PICCINI


Moreno Fortes, reserva especial
Crianças brincam em cachoeira no interior da Reserva Biológica Moreno Fortes

Começa zoneamento e preservação da primeira reserva biológica do Médio Alto Uruguai

A
Jogelci do Carmo biental, e foi aprovado pe­ Na Reserva Municipal e da UHE Foz do Chapecó.
los órgãos competentes. Moreno Fortes encontra­se “Os proprietários foram
FOTO PRICILA PICCINI

Reserva Biológica “Com este documento, se­ uma fauna e flora riquíssi­ procurados, se mostraram
Municipal Moreno rão estabelecidas normas mas. A vegetação da área é favoráveis, desde que inde­
Fortes é uma área que irão vigorar dentro da caracterizada pela forma­ nizados. Eles não poderão
da Mata Atlântica que pro­ área. A partir dele, podere­ ção de florestas de araucá­ mais ter rendimentos des­
tege uma importante amos­ mos traçar projetos de apro­ rias, pinheiro brasileiro ta área, pois já está proibi­
tra de florestas com arau­ veitamento e aprimoramen­ com florestas sub­tropical da a retirada de madeira,
cárias e florestas estacio­ to da unidade de conser­ e por seu denso sub­bos­ desmatamento, caça e pes­
nárias semideciduais, que vação. Ele deve aproximar que, constituído por gran­ ca.
ocorrem em locais com es­ a reserva da população. Foi de variedade, principalmen­ Para esses proprietários
pécies endêmicas ainda des­ algo conquistado”, conta o te pelas lauráceas, ervas, foi positiva a Rebio”, rela­
conhecidas para a ciência, geólogo Carlos Alberto Ca­ arbustos, chás, entre milha­ ta Barzotto. Conforme Vil­
e protege uma fauna com nova, da Andrighetto Ca­ res de outras espécies. Com son Meireles da Silva, 51,
espécies ameaçadas de ex­ nova Geologia, Engenharia relação a fauna foi detecta­ morador que sempre resi­
tinção. e Assessoria, empresa res­ do a presença de inúmeros diu em torno da área, o
Criada em 2004, a Rebio ponsável pelo plano de ma­ animais raros e em extin­ processo de criação está
Municipal tem área de nejo. O plano de manejo é ção, como os guarás e uma tranquilo, os moradores
459,78 hectares e está lo­ o documento técnico que infinidade de pássaros. estão esperando a indeni­
calizada na Linha Progres­ estabelece o zoneamento e Vilson: amante da Quanto a questão hidrográ­ zação. “Estou emocionado,
so, no interior do municí­ as normas que devem dire­ reserva natural fica, a área apresenta um porque o pessoal está me
pio de Dois Irmãos das cionar o uso da área e o ma­ valor importante para a flo­ procurando como uma es­
Missões, no Médio Alto nejo dos recursos naturais, realizar pesquisas e escolas ra e a fauna devido a quan­ pécie de guia da reserva.
Uruguai. A área protegida inclusive a implantação das possam trabalhar a educa­ tidade de nascentes, banha­ Nasci e me criei aqui, sei
está cadastrada no Sistema estruturas físicas necessá­ ção ambiental.” Até mesmo dos, sangas e cachoeiras toda a história e as lendas
Estadual de Unidades de rias à gestão da unidade de um museu deve ser cons­ existentes, ocasionando va­ deste lugar. Quantos anos
Conservação (Seuc), e é co­ conservação. truído na reserva. Ele dará riações relativas entre a flo­ tem cada árvore e os bi­
ordenada pela Secretaria início a um projeto de edu­ ra e a fauna. chos que existem aqui”,
Estadual do Meio Ambien­ Infra­estrutura cação, conscientização am­ comenta o morador.
te (Sema). Conforme o prefeito Edi­ biental e à visitação da Indenização “A Reserva Biológica Mo­
O plano de manejo da Re­ son de Alencar Hermel, a área. “Vamos ter um cen­ Atualmente, a área está reno Fortes vem engrande­
serva Biológica Municipal partir do plano de manejo, tro de pesquisa na região em processo de desapropri­ cer o município de Dois Ir­
Moreno Fortes foi lançado será iniciado nos próximos norte do Estado”, diz Ézio ação amigável, junto aos mãos das Missões. Acre­
em abril deste ano, por oca­ anos um trabalho para do­ Barzotto, Secretário Muni­ seus proprietários, que ditamos que levará apro­
sião da Semana do Municí­ tar a reserva de infra­estru­ cipal da Administração. aguardam o repasse dos re­ ximadamente dois anos
pio. Ele foi concluído de­ tura. “Pretende­se constru­ “As universidades regionais cursos. Os recursos são pro­ até que a Rebio possa estar
pois de cinco meses de ir uma sede administrativa, já demonstraram interes­ venientes da medida com­ pronta para pesquisa e vi­
trabalho de técnicos de um laboratório, alojamen­ se, o que eleva o município pensatória da Usina Hidre­ sitação, porque não há in­
uma empresa especializa­ tos, uma sala de aula para no cenário regional e naci­ létrica São José, no Rio fra­estrutura no momen­
da em desenvolvimento am­ que universidades possam onal”, salienta o secretário. Ijuí, com a Ijuí Energia S/A to”, adianta Barzotto.
Geral 3

“Nós não tinha nada, nada, nada”...


Frederico Westphalen Editoras Nandressa Cattani e Laisa Fantinel Julho de 2009

A cidade de Constantina vive momento de comemorações pelos seus 50 anos de trabalho e desenvolvimento.

S
Fernanda Marcondes

FOTO ARQUIVO/PREFEITURA DE CONSTANTINA


em papel para escre­
ver, sem lápis, sem
lugar para tomar pos­
se. Foi assim que assumiu
o primeiro prefeito de Cons­
tantina, Celsio Antônio de
Araújo e Silva, em 14 de
abril de 1959. Hermeto
Araújo, primeiro vice­pre­
feito na época, lembra que
a cerimônia da emancipa­
ção foi realizada em um pe­
queno hotel alugado para
os atos porque “nós não ti­
nha nada, nada, nada”.
Além disso, ele ressalta que
cerca de 80% da população
vivia no meio rural, e a ci­
dade possuia pouca infra­
estrutura. Mas, com o pas­
sar dos anos a cidade foi
evoluindo, vieram a água
canalizada, a luz e o telefo­
ne, a agricultura começou
melhorar e iniciava a gran­
de produção de soja.
Atualmente, a situação é
diferente: a maior parte da
população vive na cidade,
e construção civil é muito A cidade de Constantina festeja seus 50 anos de história
incentivada. Hoje, o muni­
cípio possui 19 agroindús­ ti, por isso de tantas come­
trias, 4 cursos superiores, morações, pelas grandes

FOTO FERNANDA MARCONDES


agricultura familiar forte, conquistas que ocorreram
com diversidade na produ­ até agora.
ção, organizações sociais e Para a comemoração
é referência na região. Ain­ das bodas de ouro da cida­
da, de acordo com secretá­ de, foram realizados janta­
rio da educação, Gerri Sa­ res vinculados às entidades
varis, 35, “o último censo como o CTG Taquaruçu, o
mostrou que o número de campeonato municipal de
pessoas aumentou em nos­ futebol de campo, show
so município e o IDEB, que com a banda Tchê Garotos
avalia a educação em todo vinculado com o aniversá­
o país, avaliou em 5.9 a edu­ rio da Rádio Atlântica. No
cação em Constantina, dia 14 de abril, data do ani­
uma das melhores da re­ versário, foi realizada uma
gião”. grande festa com o musical
Entretanto,o atual pre­ San Francisco. Na ocasião,
feito Bráulio Zatti acrescen­ o vice­prefeito ressaltou:
ta: “ Constantina avançou “Constantina é uma cidade
bastante, mas tem muito que está em plena ascen­
mais para avançar”, pois a A igreja da matriz é um dos principais pontos turísticos da cidade são e junto com os poderes
cidade vive o êxodo rural constituídos, com entida­
onde muitos jovens estão nando a agricultura. ce­prefeito, Aluísio Vale. tia do nosso povo, não só des, com cooperativas e
buscando o aperfeiçoamen­ Mas, Constantina é uma Além de ter grande produ­ pelo que a gente tem, mas com a população, já proje­
to profissional, o ensino su­ cidade hospitaleira, solidá­ ção, ter ensino de qualida­ pelo que a gente faz”, acres­ ta seu desenvolvimento
perior e acabam abando­ ria e pujante”, ressalta vi­ de, se destaca pela “simpa­ centa o prefeito Bráulio Zat­ para mais 50 anos”.

Saiba mais e deu­se a substituição devido ao fato brasileiras. Londrina (Londres). Dia­ ● Seu Índice de Desenvolvimento Hu­

sobre a cidade
de que toda a correspondência dirigi­ mantina (Diamante), Xavantina (Xa­ mano (IDH) é de 0.796 segundo o
da ao município se confundia com o vante). Atlas de Desenvolvimento Huma­

de Constantina
outro distrito. ● A População Total do Município é de no/PNUD (2000)
● No ano dia 14 de abril de 1959, Cons­ 9.842 habitantes, segundo o último ● Altitude da Sede: 501 metros acima
tantina foi emancipada política e ad­ censo realizado pelo IBGE no ano de do nível do mar.
ministrativamente. 2007, sendo esta população dividida ● Distância à Capital: 307,55Km
● A sede do município de Constantina ● O atual nome Constantina, foi forma­ da seguinte maneira: ● Área Territorial: 203,00 km²
foi povoada em 1919, nessa época do da última palavra de Benjamin Área rural: 3.518 habitantes
com o nome de Taquaruçu. O municí­ Constant, e daí se fez o derivativo, co­ Área urbana: 6.324 habitantes Fonte: Prefeitura Municipal
pio chamava­se Benjamin Constant, mo ocorreu em outras localidades ● Sua Área é de 203,00 km²
4 Cotidiano

As formas da fé nas casas de Deus


Julho de 2009 Editora Laísa Bisol Frederico Westphalen

Independentemente da religião, a maioria das pessoas busca apoio espiritual nos templos religiosos

O
Daniela Balkau

FOTO MARIANA CORRÊA


grande número de
denominações reli­
giosas chama aten­
ção em Frederico Westpha­
len, porque é um fenômeno
mais comum em cidades
maiores. São cerca de 32 di­
ferentes tipos de institui­
ções que de modo distinto
levam a Palavra de Deus
aos seus seguidores. Des­
tas, somente dez possuem
templo construído especi­
ficamente para ser igreja.
O restante são grupos que
se reúnem em pequenas ca­
sas ou locais adaptados alu­
gados ou próprios. A hege­
monia do catolicismo ainda
prevalece no município,
mas, para o cidadão, a di­
versidade religiosa de
Frederico Westphalen é
uma grande conquista, pois
a Constituição assegura a
ampla liberdade de culto.
Dessa forma, a Bíblia está
cada vez mais entrando nos
lares e se tornando um dos
livros mais lidos.
Marizete Vargas, funcio­
nária pública de 46 anos, é Herança do império romano: catolicismo é maioria entre os cristãos
evangélica e vê positiva­
mente essa diversidade de Brizola da Silva, fundador igrejas. duamente, participa com cando neste lugar um en­
religiões. Para ela, isso é ne­ da Igreja Assembléia de Fischer, com base nos en­ entusiasmo. Conforme os contro com Deus. A Irmã
cessário, pois cada pessoa Deus em Frederico West­ sinamentos da Igreja Batis­ preceitos do catolicismo, o M. Rosangela, assessora
pode se vincular a uma Igre­ phalen, está na cidade há ta Pioneira, é incentivador Padre Claudir Zuchi afirma diocesana, ressalta que to­
ja que preencha suas expec­ 46 anos. Conta que, quan­ para que as pessoas da ci­ que além da fé, é preciso dos são bem­vindos no
tativas. Por outro lado, por do chegou, em 1963, só dade e região busquem a que haja um prática do Santuário, tanto cristãos
ter uma formação baseada existia a Igreja Católica e Deus. “Entreguem sua vi­ evangelho. “O ideal seria se como não­cristãos. “O
na Bíblia Cristã, analisa duas igrejas evangélicas, a da a Jesus Cristo, se liber­ todo o cristão tivesse a prá­ Santuário está sempre de
com reservas este cresci­ Batista Independente e a tem de uma religiosidade tica da caridade, um envol­ portas abertas”.
mento que tem acontecido Adventista. O pastor acres­ escravizadora. Busquem vimento no sentido de au­
no meio evangélico: “mui­ centa que, no início, não foi uma comunidade de fé on­ xiliar o outro. O Evangelho Gospel
tos estão baseando suas fácil conseguir fiéis para a de a Bíblia é pregada e pra­ nos orienta e nos conduz Hoje, o município de
crenças e práticas em uma igreja, mas hoje, devido a ticada. Não permitam que para trabalhar pela vida”. Frederico Westphalen con­
lógica humana de troca on­ muita oração, as portas es­ mercenários explorem a É de comum conheci­ ta também com duas rádi­
de, para receber algo de tão se abrindo para o Evan­ vossa boa fé”, instiga o pas­ mento que, diferentemente os Gospel. Estas tem por
Deus, devem entregar al­ gelho. “Eu fico maravilha­ tor. de outras religiões, o cato­ objetivo dar expressão e
go”, afirma. do com o crescimento. Só licismo romano prevê celi­ notabilidade aos evangéli­
tenho a agradecer a Deus Crescimento bato aos padres. O sacer­ cos. Segundo Antônio Dar­
Portas abertas por isso”, comenta o fun­ Segundo o sacerdote da dote Zuchi ressalta, com ci Aroldi, da Rádio Comu­
A estudante Luara Kras­ dador. Igreja Católica, Padre Clau­ grande alegria, que a moti­ nitária Monte Sinai, (fre­
nievicz, de 20 anos, foi cri­ Outra casa de Deus pre­ dir Miguel Zuchi, este cres­ vação no seu trabalho é a quência FM 106,5), as pes­
ada sob as bases e ensina­ sente no município é a Igre­ cimento das igrejas vem confiança e a fé em Jesus, soas sentem falta de Deus.
mentos da Igreja Católica. ja Batista Pioneira, guiada acontecendo no Brasil des­ porque sabe que Deus nun­ Elas precisam chegar a
O que é pregado é muito pelo Pastor Matias Ricardo de meados dos anos 70. Pa­ ca se engana. Deus para se libertar dos
importante para a estudan­ Fischer, que está há poucos ra ele, esta proliferação de seus problemas. Diz ainda,
te. “Vou a movimentos des­ meses na cidade. O Pastor tantas religiões em nosso Santuário que, as mensagens e músi­
de pequena. Por este fato ressalta que os batistas cre­ meio é “um tanto compli­ Vinculado à Igreja Cató­ cas transmitidas pela rádio
criei um vínculo afetivo em num Deus Todo Pode­ cada”, pois nem todas têm lica está o Santuário de auxiliam muitas pessoas
com o que se prega no ca­ roso, criador dos céus, da o interesse de cuidar da vi­ Schoenstatt. Não é uma no dia a dia.
tolicismo: amor e fé em terra, do homem. “Esse ho­ da religiosa dos fiéias. Por igreja, é um Santuário. Independentemente de
Deus, crença nos santos e mem é pecador por nature­ outro lado, esta liberdade Para os católicos, “santuá­ religião, o povo frederi­
na virgem Maria”. Diz ain­ za e a única maneira de ser religiosa está na lei. “Sou rio” se difere da igreja por quense, como qualquer
da, que muitas das suas de­ salvo é reconhecendo o sa­ contrário àquelas religiões ser mais especialmente vol­ outro, busca formas de
cisões diárias são tomadas crifício substitutivo de Je­ que acabam explorando e tado para as graças que os apoio. Existem pessoas
de acordo com os ensina­ sus na cruz. Isso se dá pela manipulando o ser huma­ fiéis podem receber. A pa­ ainda que procuram ajuda
mentos da Igreja. fé”. Para ele, é a busca de no”, censura o Padre Zuchi. lavra Schoenstatt significa em lugares como centros
A Igreja é o povo de uma satisfação interior que O sacerdote diz ainda Belo Lugar. A cada fim de de umbanda e seitas. Estes
Deus com missão levar a move pessoas a buscar al­ que há uma grande partici­ semana, cerca de 300 pes­ também tem tido um cres­
palavra do Evangelho a ou­ guma espiritualidade. Sen­ pação das pessoas nas igre­ soas se dirigem ao Santuá­ cimento acentuado na ci­
tras pessoas. O Pastor Peri do assim, muitos vão às jas, e quem participa assi­ rio para fazer orações, bus­ dade.
Frederico Westphalen
Cotidiano
Editora Laísa Bisol Julho de 2009 5

Ache o caminho para a salvação

IMAGEM GOOGLE MAPS/IMAGELINK


Veja a localização de alguns templos religiosos em Frederico Westphalen, assinalados no mapa

FOTO MARIANA CORREA


FOTO MARIANA CORREA

Igreja Batista, perto da rodoviária

Catedral católica marca


o centro do município
FOTO MARIANA CORREA

FOTO MARIANA CORREA

Show da Fé, entre um supermercado


e uma academia de ginástica

Templo na entrada da cidade


FOTO MARIANA CORREA

FOTO MARIANA CORREA

Assembléia de Deus conta com grande templo

Luteranos têm prédio novo


6 Cotidiano

Com licença, queremos passar!


Julho de 2009 Editora Laísa Bisol Frederico Westphalen

Direitos básicos do pedestre são desrespeitados por muitos motoristas

O
Ana Maria Uez talizou 27.308 habitantes.
Além do aumento do nú­

FOTO MARIANE DAKAN


cruzamento entre mero pessoas e de veículos
as ruas Maurício circulando nas (mesmas)
Cardoso, Arthur Mi­ ruas, muitas delas não têm
lani e Monsenhor Vitor Ba­ calçadas ou mesmo são in­
tistela, em Frederico West­ transitáveis. “Muitas ve­
phalen, é um dos mais zes, o pedestre sofre restri­
movimentados da cidade. ções ao seu direito de ir e
Lá existem quatro faixas de vir. A calçada, na verdade,
pedestres, mas pouca segu­ é uma parte da via que é
rança. Entre três e quatro destinada primordialmen­
horas da tarde do dia 24 de te à circulação de pedes­
abril, nossa reportagem ob­ tres, o que não ocorre”,
servou o comportamento afirma Jair dos Santos.
de motoristas e pedestres
que iniciavam a travessia Pedestres
nas aludidas faixas. Em ape­ Por outro lado, muitos
nas uma hora foram con­ pedestres têm um compor­
tabilizadas 47 situações dis­ tamento inadequado nas
tintas de evidente des­ vias públicas. “A legislação
respeito ao pedestre. Entre de trânsito brasileira diz
as pessoas que já tinham que é proibido ao pedestre
pisado na faixa e tiveram permanecer ou andar nas
que dar preferência aos veí­ pistas de rolamento, a não
culos, estavam uma mulher Fluxo contínuo de veículos e desrespeito às faixas de pedestres ser para cruzá­las onde é
carregando um bebê, um permitido. Infelizmente,
casal de idosos e uma grá­ ponsabilidades e das con­ Grande do Sul em 2007, leira de Pedestres (APRAS­ não é isso que a gente pre­
vida. seqüências dessa atitude. conforme dados do De­ PE), caminhar é um direito sencia. Existem pedestres
Na opinião de Jair dos Segundo o artigo 214 do tran/RS. “Sempre que o po­ natural assegurado a todos. que atravessam dentro da
Santos, policial militar e Código de Trânsito Brasi­ licial ou agente da autori­ Contudo, usufruir com se­ área de cruzamentos, fora
instrutor de trânsito do leiro (CTB), deixar de dar dade de trânsito presencia gurança do direito de an­ das faixas apropriadas e
Centro Formação de Con­ preferência de passagem a tal fato, com certeza adota dar nas ruas está se tornan­ permanecem mais tempo
dutores de Frederico pedestre que se encontre as medidas cabíveis, mas do mais difícil. Segundo do que o necessário na fai­
(CFC), o desrespeito ao di­ na faixa constitui infração também sabemos que nem estatística do Detran/RS, a xa de pedestres. Diante
reito de passagem do pe­ gravíssima, sujeita a mul­ sempre o agente de trânsi­ frota de veículos em circu­ dessas atitudes muitas ve­
destre é uma questão cul­ ta. Embora pareça tão co­ to encontra­se presencia lação em Frederico aumen­ zes provocam certas rea­
tural, que revela desconhe­ mum, a infração ao art. 214 tal infração”, argumenta tou de 9.826 veículos em ções de alguns condutores
cimento das normas de do CTB não consta entre as Jair dos Santos. 2005 para 11.529 veículos e a sua segurança fica com­
trânsito. Segundo o polici­ 40 infrações de trânsito De acordo com o Presi­ em 2007 e também neste prometida”, argumenta
al, falta consciência das res­ mais cometidas no Rio dente da Associação Brasi­ ano a pesquisa do IBGE to­ ainda o policial militar.

“A pancada foi bastante forte” Atenção, pedestre


● Onde não houver faixa ou passa­
gem, o cruzamento da via deverá
Pedestre conta a sua dolorosa experiência de As conseqüências ser feito em sentido perpendicular
vítima de um atropelamento e opina sobre a si­ “Eu tenho problema num ouvido. Ele não me ao de seu eixo (linha reta);
tuação do trânsito em Frederico esmagou a cabeça por uma fração de segundos. ● Para atravessar uma passagem si­
A vítima prefere manter sua identidade em si­ Tive um estiramento da face no ligamento do nalizada para pedestres ou delimi­
gilo, pois foi ameaçada logo após o atropela­ pescoço, um comprometimento do movimento tada por marcas sobre a pista:
mento que sofreu há um ano. do olho direito e dificuldade para engolir. Fi­ ● Existindo sinalização semafórica,
quei toda roxa, e com desvio na coluna. Tenho
O fato
obedecer às indicações das luzes;
muita dor na coluna, cervical, na lombar.” ● Onde não houver sinalização sema­
“Eu estava andando numa rua que não tinha
O medo
fórica, aguardar que o agente de
calçada. Quando alguma coisa me bateu pelas trânsito interrompa o fluxo de veí­
costas, me jogou pra frente e veio por cima. Um “Eu caminhava muito a pé e não tinha preo­ culos;
carro, de luzes apagadas, estava dando ré mais cupação com ruas, agora eu tenho. Eu não con­ ● Não deverão adentrar na pista sem
ou menos uns 300 metros. A pancada foi bas­ sigo passar no local, quando eu passo me sinto antes se certificar de que podem fa­
tante forte. Ele não me esmagou os tornozelos muito mal. E nós temos muitas ruas que além zê­lo sem obstruir o trânsito de veí­
porque eu tinha um sapato de solado grosso e a de não ter calçada é muito escuro. Eu tenho culos;
forma como eu caí me favoreceu." medo, quando vem um carro por trás eu estou ● Uma vez iniciada a travessia de
sempre apreensiva.”
O motorista
uma pista, os pedestres não deverão

O que pensa hoje sobre o trânsito


aumentar o seu percurso, demorar­
“Saí debaixo do carro e logo sentei na beirada se ou parar sobre ela sem necessi­
da rua porque eu não conseguia respirar. Ele “Eu penso que falta muito aqui em Frederico dade.
desceu do carro e me ameaçou se colocando no educar o povo para o trânsito, de forma geral. ● Fonte: Jair Jose dos Santos, policial
estado de vítima. A preocupação deles era com Uns até que cuidam mas em outros não. Acho militar e instrutor de trânsito
o que eu iria fazer com eles. O motorista estava que existe um descaso das autoridades em se­ ● Saiba mais sobre os direitos e deve­
na condicional, não tinha carteira de habilita­ lecionar os motoristas. A meu ver o teste psico­ res do pedestre: www.pedestre­
ção, o carro irregular, tinha um revólver dentro lógico não é suficiente. É um instrumento mui­ .org.br.
do carro e estava bêbado.” to frágil.”
Cultura 7

Palmitinho investe em turismo


Frederico Westphalen Editora Juliana Bastos Julho de 2009

Atrativos turísticos do município são remodelados em investimento que chega a 700 mil reais

O
Dejair de Castro conforme destaca o Prefei­
to Municipal Jair Alberto

FOTO DEJAIR DE CASTRO


município de Pal­ Albarello. A obra contou
mitinho está remo­ com um investimento de
delando seus pon­ mais de 160 mil reais mu­
tos mais atrativos. Situada dando totalmente o local,
na região Norte do Rio com a construção de novas
Grande do Sul, com cerca estruturas como corredo­
de 7 mil habitantes, a cida­ res e arquibancadas. A re­
de tem o objetivo de atrair construção da Praça Tira­
um maior número de visi­ dentes que segundo ele,
tantes e divulgar as poten­ chegará a 250 mil reais
cialidades turísticas da ci­ com a finalização da obra
dade. que deverá ocorrer até o fi­
Entre os pontos turísti­ nal do ano.
cos da cidade, está a Igreja Albarello, destaca ainda
Matriz Santa Terezinha, que o município pretende
com sua torre que alcança investir ainda mais nesse
os 30 metros de altura; a setor, pois isso pode gerar
Praça Tiradentes, que pas­ ganhos futuros. “As pesso­
sa por uma profunda refor­ as percebem o potencial do
ma de suas estruturas; e a município e poderão fazer
Praça do Lago, que foi com­ investimentos nele”, afir­
pletamente remodelada no ma. Ele nomeia ainda pro­
decorrer do último ano. jetos futuros que passam
A Praça da Matriz é um dos pontos turísticos remodelados pela ligação asfáltica entre
Santa Terezinha Palmitinho e Pinheirinho
A Igreja Matriz destaca­ levou 933 dias, culminan­ ça Tiradentes, Lauro Alves e localiza­se em frente a do Vale e a futura constru­
se como uma das mais be­ do com a finalização da Macedo, lembra que a pra­ Prefeitura Municipal. Se­ ção da barragem no Rio
las da região. Além da tor­ obra em outubro de 2003. ça foi criada onde era ape­ gundo o professor Bales­ Uruguai, que acarretará no
re com a imagem da padro­ Por sua vez, a Praça Ti­ nas um campo vazio, e foi trin, ela tornou­se praça aumento do trafego de tu­
eira Santa Terezinha, pos­ radentes com cerca de 2,7 nomeada Praça da Matriz. após a emancipação. Antes, ristas, gerando uma maior
sui uma excelente arqui­ mil m² de área, é uma das Ângelo destaca que a pri­ era apenas mais um açude procura pelas riquezas da
tetura interna que chama a primeiras áreas reservadas meira remodelação ocor­ comum. Foi remodelado e cidade.
atenção dos turistas que vi­ ao lazer e a realização de reu na metade da década virou um dos pontos mais O município oferece
sitam a igreja. De acordo atos públicos. De acordo de 1970 e contribuiu para visitados do município, ainda locais estratégicos
com o Padre Amadeo Ba­ com o professor e historia­ que a cidade ganhasse uma além de ser o palco de ati­ que poderão ser explora­
lestrin, “o local serve acima dor Jurandir João Bales­ nova cara. vidades e encenações de da­ dos mais tarde e que não
de tudo para louvar a Deus trin, a área foi reservada Já a Praça do Lago rece­ tas comemorativas. vem recebendo os investi­
e enaltecer a glória Divina”. em 1966, tornando­se pra­ beu esse nome devido ao mentos necessários, como
Foram investidos cerca ça mais tarde. Ângelo Alves grande lago situado em seu Remodelamento o Rio Guarita, que banha o
de 450 mil reais para a Macedo, filho de um dos centro. Ocupa uma área A praça foi amplamente município, e as antigas

Mateada de Erval Seco comemora Jubileu de Prata


construção do templo, que mentores da criação da Pra­ aproximada de 3,1 mil m² remodelada no último ano, barragens.

Um dos maiores encontros tradicionalistas do Rio Grande do Sul chega a um marco importante em sua história

O que é a
as pessoas continuem vivenciando e
FOTO DE ARQUIVO

Mateada
cultuando o gauchismo. Nela se refor­
çam os costumes, como o mate, o chur­
rasco e apresentações artísticas. Acima
de tudo, é um marco cultural para o
O professor Solano Lima, participan­ município. No evento são mostradas al­
te da Mateada, conta um pouco da histó­ gumas coisas que são feitas aqui para a
ria do evento. sociedade regional.
Curos da Notícia: Como foi a pri­ CN: Completando vinte e cinco
meira Mateada? aos, a Mateada chega a um marco
Solano Lima: Em 1985, os alunos do importante em sua história. Qual é a
Grêmio Estudantil Érico Veríssimo, jun­ expectativa para o evento em 2009?

A
to com a escola Olívia de Paula Falcão, SL: Pelo que a gente sabe, os organi­
Apresentação na 23ª Mateada
organizaram o evento com objetivo de zadores já estão envolvidos com o pla­
Dione Junges tradicionalista da região. arrecadar fundos para que os alunos da nejamento para este ano. E com o su­
O evento, que começa na 4ª série, que estudam a história do Rio cesso que é cada vez maior, a responsa­
Mateada de Erval Seco quinta­feira à noite e vai até o Grande do Sul, tivessem a oportunidade bilidade aumenta. Mesmo com a ex­
completa vinte e cinco domingo dia 23 de agosto. de visitar as ruínas de São Miguel e, as­ pectativa dos 25 anos do evento, todos
anos de história no mês Além dos shows o público é sim, conhecer um ponto visto por eles temos a consciência da situação que
de agosto de 2009. Segundo o atraído pelas artes e tradiciona­ em sala de aula. vem passando não só o município mas
Patrão do CTG Mate Amargo, lismo. Destaque já tradicional CN: Qual é a importância da Ma­ também a região em função da estia­
Nestor Schoenell, o evento é de é a cavalgada que acontece de teada para a cultura do município? gem. Porém, torcemos para que isto não
importância cultural para o no­ Iraí à Erval Seco, o Bate­Casco, SL: Bom, em relação a cultura munici­ afete a Mateada.
roeste do Rio Grande do Sul, que preserva a cultura farrou­ pal, a Mateada é um incentivo para que
pois ajuda manter viva a chama pilha.
8 Política

Lugar de filho de político


Julho de 2009 Editor Arnaldo Recchia Frederico Westphalen

A prioridade
é a Saúde?
é na escola pública?
O
Arnaldo Recchia*

prefeito Panosso foi eleito


com uma avassaladora
Senado quer obrigar políticos a matricularem seus filhos no ensino público

F
quantidade de votos. Boa parte
deles conquistados pelo discur­ Tatiana Krüger
so revolucionário de mudança,

FOTO CLARISSA HERMES


sobretudo na saúde. O empre­ ilhos de políticos terão que
sário e ex “picolezeiro” dizia du­ estudar em escolas públi­
rante a campanha que Frederi­ cas do ensino básico. Pelo
co Westphalen não merecia ter menos, é isso que pretende um
um sistema público municipal projeto de lei que tramita no Se­
de saúde tão ineficaz. nado Federal. Em Frederico West­
Esse posicionamento do pee­ phalen, o projeto tem o apoio de
medebista ganhava força a me­ legisladores e agentes do Execu­
dida que o então prefeito Stefa­ tivo, mas com a ressalva de que
nello não conseguia resolver as a medida não será suficiente pa­
divergências com os médicos na ra melhorar ensino público.
questão do plantão do HDP. As O Projeto de Lei do Senado
dificuldades eram tantas que nº480, de 2007, do senador Cris­
culminaram na paralisação do tovam Buarque (PDT­DF), tem
atendimento de urgências e causado polêmica e discussões
emergências. no meio político. Conforme o
Tão logo eleito Panosso con­ projeto, vereadores, prefeitos, de­
firmava em entrevistas que a putados estaduais, governado­
pasta administrativa que daria res, deputados federais, senado­
mais atenção seria a Saúde. Dos res, vice­presidente e o presiden­
rumores de bastidor até a defi­ te da República terão que ma­
nição oficial de que o médico tricular seus filhos em escolas
Ruvie Bossoni seria o secretário públicas durante o ensino bási­
da área existiu um grande furor co, de primeira à quarta séries.
de alívio, e era possível perce­ O projeto estabelece ainda que a
ber nas ruas a expressão; “Ago­ medida deva ser implementada
ra vai melhorar!”. até 1º de janeiro de 2014.
O fato é que antes de comple­ Em Frederico Westphalen as
tar cem dias no governo, o mé­ opiniões dos políticos diante do
dico Ruvie pediu afastamento projeto que determina tal obri­
do cargo. Alegou dificuldades gatoriedade são na maioria favo­
de administrar as carreiras de ráveis. O prefeito municipal Jo­
profissional da saúde e secretá­ sé Alberto Panosso, se diz de
rio político. As justificativas fo­ acordo com ela: “Acho uma boa
ram plausíveis, mas o que nin­ medida. Educação é coisa séria e
guém entendeu foi Panosso ao o ensino público teria de ser um
responder em entrevista que já exemplo disso. É bom mesmo
sabia que o escolhido a dedo que todos os políticos, detento­
por ele não ficaria muito tempo res de cargos públicos fossem
na pasta. Então, porque o esco­ obrigados a ter seus filhos fre­ Escola pública pode ser obrigatória para filhos de políticos
lheu? Até agora não se sabe a quentando uma escola pública”.
resposta. cause impacto nas políticas pú­ alguns centros de excelência em
Se não fosse o bastante a se­ Polêmica blicas da educação. “Será muito educação, públicos, como já exis­
cretaria mais importante do go­ Já o vereador Roberto Felin do polêmica. Não acredito que será tem alguns. Por outro lado, não
verno Panosso segue sem res­ PP, discorda da proposta: “Todo aprovada. Toda escola, seja pú­ sei qual foi o parecer da Comis­
ponsável oficial. projeto de Lei deve ser muito blica ou privada, deve ter educa­ são de Constituição e Justiça
Para complementar, no final bem embasado, boas justificati­ ção de qualidade. A família deve­ (CCJ), uma vez que, fazendo
de maio os médicos optaram vas permitem aos então agentes rá decidir em que escola o fi­ uma leitura rápida do texto da
por cessar os atendimentos de­ políticos formarem opiniões so­ lho(a) deverá estudar. Sempre proposta, constato traços de in­
vido aos mesmos problemas bre o referido tema, o Senador estudei em escola pública, inclu­ constitucionalidade. Assim, o
que Stefanello teve: A falta de [Cristovam Buarque] afirma que sive a graduação e mestrado. projeto de lei acaba por ser uma
dinheiro para pagar os plantões todos os filhos de agentes políti­ Meus filhos sempre foram matri­ maneira de, mais uma vez, dar­
de sobre aviso. Por sorte do cos estudam em escolas priva­ culados em escolas públicas até se atenção ao estado de abando­
destino o fechamento do plan­ das, mas está no mínimo equivo­ concluírem o ensino médio”. no e de sucateamento, de um
tão não se concretizou. cado. Se pegarmos os números modo geral, do ensino público”.
Dentre todas as coisas positi­ em nosso município, e esses da­ Inconstitucionalidade O Senador Cristovam Buarque
vas que acontecem na saúde as dos vão demonstrar que boa par­ Na opinião de Luciano Miran­ justifica seu projeto de lei argu­
que mais marcam, evidente­ te dos filhos dos agentes políti­ da, doutor em Ciência Política da mentando que essa imposição
mente, são os problemas. Resta cos de nosso município não só Universidade Federal de Santa abriria espaço para a melhoria
agora torcer muito, ou rezar pa­ estudam como tiveram seus pais Maria, o projeto de lei visa essen­ da qualidade do ensino público,
ra os mártires Adílio e Manoel passando pelo ensino básico na cialmente criar um fato político pois certamente provocará um
para que a saúde realmente rede publica. Diante destas infor­ ao agendamento do debate pú­ maior interesse das autoridades
funcione em Frederico West­ mações, sou contra o projeto, co­ blico. “Em termos práticos, pou­ para com a educação pública e a
phalen. mo ele está apresentado”. co resulta na qualificação do en­ melhoria da qualidade das esco­
*Editor de política do "Jornal O presidente da Câmara de Ve­ sino público. Isso mesmo por­ las. Os governantes sentirão di­
Curso da Notícia" readores, Lauro Chielle (PT), não que, caso tal projeto fosse apro­ retamente a urgência de, em se­
vê a possibilidade da lei ser apro­ vado, nada impediria os políticos te anos, desenvolver a qualidade
vada e colocada em vigor ou que de matricularem seus filhos em da educação pública no Brasil.
Geral 9

Mudanças na carteira de motorista


Frederico Westphalen Editoras Nandressa Cattani e Laisa Fantinel Julho de 2009

é marcada por aumentos de preço


As mudanças para a obtenção da CNH, geram dúvidas e dividem opiniões entre pedestres e condutores

P
Pricila Aita ta que conversou 18 anos, que ainda não tem
com outras pes­ carteira de motorista. Ca­

FOTO DE MARIANA CORRÊA


agar mais, fazer soas, e o valor é roll ainda afirma que, em
mais aulas teóricas fora da realidade seu caso, essas aulas serão
e práticas e ficar brasileira “São de grande importância,
com a permissão para diri­ quase mil reais, pois nunca dirigiu um veí­
gir por dois anos. Essas são fora as taxas ex­ culo.
as novas condições para tras para aqueles Entretanto, a polêmica
quem pretende obter a car­ que reprovam. É maior está voltada para
teira nacional de habilita­ um absurdo”. boatos relacionados à per­
ção a partir de agora. A in­ Segundo a a­ missão e o processo da Ca­
tenção do Conselho Na­ tendente do CFC tegoria A. No caso da per­
cional de Trânsito (Con­ Frederico West­ missão, o tempo passaria
tran) é reduzir acidentes e phalen, Vaniz Al­ de um para dois anos e o
melhorar o comportamen­ barello, o custo motorista não poderia di­
to dos condutores nas cida­ para a Categoria rigir nas rodovias. Já as
des e rodovias. As mudan­ B (somente auto­ aulas para a categoria A
ças estão valendo desde o móvel) é de R$ não seriam apenas em cir­
início do ano. Fazer a habilitação agora ficou mais caro e demorado 1.016, e para a cuito fechado, ou seja, o
A Resolução 285 do Con­ Categoria AB aprendiz iria para a rua.
tran, prevê para a emissão taram a oportunidade de além de trabalhar fora, cui­ (Motocicleta e Automóvel), Para estas mudanças, exis­
da primeira CNH um au­ ingressar ainda no modelo do da casa e estudo, sem fa­ R$1.626. Vaniz acredita te um projeto de lei em
mento na carga horária. As antigo no fim do ano pas­ lar que o valor é exorbitan­ que esse valor pode expli­ trâmite de aprovação na
aulas teóricas passam de sado, não apenas pelo fato te” , diz Micheli. car o fato da procura por Assembleia Legislativa,
30 para 45 horas/aula, e as do atual processo ser mais Mas, enquanto muitos habilitações ter caído apro­ porém nada foi aprovado
aulas práticas, de 15 para demorado, mas principal­ correram contra o tempo e ximadamente 20% compa­ ainda. “As pessoas preci­
20 horas/aula, além de um mente pelo aumento do va­ conseguiram ingressar ain­ rado com o processo anti­ sam se informar melhor
reajuste de preço de 20% lor. Este, é o caso da secre­ da no processo antigo, go. sobre quais as mudanças
(variável de uma região pa­ tária Micheli Picetti dos outros tiveram que aderir Porém, muitas pessoas que estão em vigor, por is­
ra outra) no valor total da Santos Alves, 24 anos, que às mudanças. A estudante pensam que o aumento na so devem procurar o CFC”,
carteira. A permissão para ao saber das mudanças que Camilla Milder, 21 anos, carga horária das aulas prá­ diz Vaniz Albarello.
dirigir aumentou de um pa­ aconteceriam a partir de não havia sentido a neces­ ticas venha a melhorar o Polêmicas à parte, o fato
ra dois anos. Já para a re­ 2009, imediatamente pro­ sidade de obter a CNH, em­ trânsito. “Esse aumento faz é que existem algumas
novação da carteira, os con­ curou o Centro de Forma­ bora soubesse das mudan­ com que as pessoas pos­ mudanças e os interessa­
dutores devem frequentar ção de Condutores (CFC) ças. Ela deixou para pro­ sam sair, além de habilita­ dos em serem condutores
o Curso de Reciclagem, que da cidade para ingressar no curar um CFC apenas em das, bem preparadas para precisam se adaptar a elas,
consiste em assistir a aulas antigo processo, “Estas mu­ fevereiro. Para Camilla, o enfrentar o trânsito em nos­ e terem consciência de que
presenciais. danças não comportariam conteúdo das aulas não mu­ so país”, diz a estudante Ca­ agora o processo é ainda

Cada um com a sua sacola


Muitas pessoas aprovei­ minha carga horária, pois dou em nada, tendo em vis­ roll Schneider Cezarotto, mais caro e demorado.

As sacolas biodegradáveis e retornáveis são novidades a favor do meio ambiente

A
Talita Rubert que voltou a usar as saco­ levando no máximo 18 me­ dores, que normalmente ente, também vale usar a
las plásticas normais, pois ses para se decompor. esquecem de levá­las quan­ criatividade, como a dona
s sacolas de pano e não lhe deram a garantia Mas,a bióloga fiscal e am­ do vão fazer compras. Co­ Isabel Lisot, que mesmo
as biodegradáveis de que é uma sacola biode­ biental da Prefeitura Mu­ mo o subgerente do merca­ sem ter nenhuma sacola de
foram criadas para gradável e ainda o custo é nicipal Simone Hoffmeis­ do Sorriso, Élio Zanchet, pano, sempre que vai fazer
diminuir a utilização das 30% maior. Já o supermer­ ter ressalta que “as sacolas afirmou que chegaram a compras leva algumas sa­
sacolas de plástico conven­ cado Sorriso continua usan­ se decompõem, mas, não distribuir para seus clien­ colas plásticas que tem em
cionais, que demoram cen­ do o produto. são totalmente biodegradá­ tes sacolas retornáveis, casa para colocar suas
tenas de anos para se de­ Nesse sentido, o enge­ veis porque, a sacola se tor­ mas não obtiveram retor­ mercadorias.
compor e representam uma nheiro agrônomo licencia­ na um pó e os microorga­ no, pois seus clientes esque­ Enfim, as novas sacolas
das maiores ameaças para do ambiental da prefeitura nismos têm certa dificul­ ciam de trazer as sacolas de são boas escolhas para
o futuro do nosso planeta. municipal de Frederico dade para degradar esse pano e pediam por sacolas quem deseja contribuir pa­
Pensando nisto, alguns Westphalen, Alcides Felipe pó”. plásticas. ra a saúde do planeta. Nes­
estabelecimentos de Frede­ Canola explica que a saco­ Por isso, Johann desta­ se sentido, é importante
rico Westphalen buscaram la biodegradável, contém Retornáveis ca: “é preciso fazer uma que as pessoas se infor­
utilizar essas alternativas, um aditivo biodegrádavel Outra ideia são as saco­ campanha municipal, com mem sobre as alternativas
mas, eles têm enfrentado que fragiliza as ligações de las retornáveis, que além todo o comércio de Frede­ para a redução da polui­
alguns problemas. Segun­ moléculas de carbono que serem mais resistentes, pos­ rico Westphalen, para a ção. Pois, a escolha por op­
do o responsável pelo setor formam o plástico, fazendo sibilitam ao consumidor le­ conscientização da popula­ ções menos impactantes
administrativo do mercado com que o material come­ var de casa a sacola para ção a favor do uso de saco­ ao meio ambiente é uma
Bertoletti Jovani Johann, o ce a se degradar nas condi­ carregar suas compras. Po­ las retornáveis”. responsabilidade que per­
mercado já comprou saco­ ções comuns do meio am­ rém, este ainda é um hábi­ Além disso, na luta pela tence a cada cidadão e que
las biodegradáveis, mas biente ao ser descartada, to novo para os consumi­ preservação do meio ambi­ trará beneficios à todos.
10 Julho de 2009 Saúde

Depressão: mal que não tem idade


Editora Franciele Maciel Fonseca Frederico Westphalen

A depressão infanto­juvenil pode causar problemas, mas existem tratamentos

D
Daiane Freire

FOTO HENRIQUE DALLANORA


entre as doenças
que atingim o psi­
cológico e emocio­
nal das pessoas, está a de­
pressão, que vem causando
sérios problemas em crian­
ças e jovens. A psicóloga Ju­
liana Ottonelli, que traba­
lha no Centro de Atendi­
mento Psicossocial (CAPS),
explica que a depressão in­
fanto­juvenil é um tipo in­
comum de depressão, e po­
de ser facilmente confun­
dida com turbulências emo­
cionais próprias da ado­
lescência, hiperatividade e
a falta de interesse pelas
atividades pertinentes a in­
fância. Mas, diferentemen­
te disso, é uma doença or­
gânica marcada principal­
mente pelo sistema emo­
cional fragilizado por diver­
sos fatores que podem de­
sencadear a enfermidade.
A doença precisa de trata­
mento. Seus sintomas mais
visíveis são marcados pela
falta de auto­estima, triste­
za constante, mudança re­
pentina de humor, irritabi­
lidade, impâciencia, alte­
rações de sono e de alimen­
tação.
A depressão, por ser
uma enfermidade que afe­
ta qualquer idade, pode
acontecer inclusive com cri­
anças de pré­escola. Nesta
fase, a doença não é muito O afastamento do convívio social é uma das consequências trazidas pela doença
comum, pois vem acompa­
nhada do transtorno hipe­ tratamento adequado para to com paciente por apro­
rativo e sua característica
falta de atenção. Na puberdade as o paciente que está com
problemas depressivos de­
ximadamente um mês,
observando a manifesta­
Outras causas apontadas
pelos médicos para a de­
pessoass acham que ve ser feito não apenas por
psicólogos, mas também
ção de alguns sintomas".
Ela cita alguns como
pressão nas crianças, são a estamos de frescura e que não com auxílio de um assisten­ pensamentos negativos,

estamos doentes, pois aos olhos deles


estrutura familiar, a dimi­ te social e, em casos extre­ falta de apetite, insônia,
nuição da infância e a in­ mos, com o uso de medica­ vontade de tentar suicídio,
não temos motivos. Então, pensam
fluência genética, pois mui­ ção. Diz Zuleica que, neste inércia pela vida, impulsi­
tos pais têm histórico de caso, os pacientes devem vidade, imprevisibilidade,
depressão.
Dora (pseudônimo), ho­ que é pura rebeldia referente à ser encaminhados a um mé­
dico psiquiatra, que pres­
auto­estima baixa, dores
no corpo, de cabeça, ta­
je com 25 anos, sofreu com
estes problemas de depres­
idade. creverá a medicação corre­
tamente.
quicardia e choros com­
pulsivos.
são quando bem jovem e Dora Estes profissionais pro­ Ela conta que, nas crian­
ainda sente os reflexos. “­ curam manter uma relação ças, as causas são perceptí­
Durante toda a adolescên­ de confiança com o pacien­ veis geralmente através de
cia tive depressão. Nin­ não resolvem o problema”, mento com drogas, trau­ te, falando a verdade sobre relatos de abusos, traumas,
guém entende o sen­ explica Juliana. “O ideal é mas, histórico familiar e de a doença para que parte da perda do vínculo maternal.
timento que existe de tris­ indicar a busca por profis­ vida. A pessoa com depres­ cura venha por auto­deter­ “Outros desencadeadores
teza profunda. Na puber­ sionais das áreas da saúde, são tenta ocultar a doença, minação. Mas, Zuleica, es­ em crianças e adolescentes
dade, as pessoas, acham capacitados para tratar a se isolando de todos e não clarece que, em alguns mo­ são, em geral, a perda de
que estamos de frescura e doença, como assistentes busca ajuda, mas ela preci­ mentos na terapia, deve­se entes queridos e a separa­
que não estamos doentes, sociais, psicólogos e médi­ sa do contato e vinculo fa­ atender isoladamente cada ção dos pais”, complemen­
pois aos olhos deles não te­ cos”, completa a especi­ miliar, pois precisa contar membro familiar e, em ou­ ta a psicóloga. As ativida­
mos motivos. Então, pen­ alista, enfatizando que a de­ com apoio da família. tras vezes, unir todos eles, des, acontecimentos inde­
sam que é pura rebeldia re­ pressão é uma doença que Especialistas como a psi­ para que se obtenha melho­ sejáveis, enfim, a pressão
ferente à idade”, lembra a não tem idade certa para cóloga Juliana Ottonelli e res resultados. do mundo atual podem
jovem. acontecer, nem uma causa a assistente social e tera­ A psicóloga argumenta: exercer uma notável in­
“Ouvir as reclamações e específica. Ela depende al­ peuta de família Zuleica “para ser identificado o pro­ fluência para desencande­
dar conselhos positivos gumas vezes de envolvi­ Bambini explicam que o blema, é preciso ter conta­ ar o problema.
Rural 11

O ouro branco do campo


Frederico Westphalen Editores Douglas Horbach e Sandra Ambrosio Julho de 2009

O Rio Grande do Sul é o segundo maior estado produtor de leite no país

A
Sandra Ambrosio

FOTO SANDRA AMBROSIO


produção de leite
nas pequenas pro­
priedades é uma re­
alidade presente há muitos
anos na agricultura famili­
ar. Como forma de aumen­
tar a renda e equilibrar o
orçamento, os pequenos
produtores aderem a cria­
ção do gado leiteiro.
Paulo Pedro Trevisan,
produtor do município de
Caiçara, é um dos integran­
tes deste grande grupo de
produtores que aderiram a
esta alternativa. Em sua
propriedade de 18 hecta­
res, na Linha Bonatti, em
Caiçara, ele cria 23 animais
em idade produtiva, além
de bezerros e novilhas, que
serão usadas posteriormen­
te para a produção de leite.
O produtor, que mergu­
lhou no ramo em 1983, sa­
lienta a importância da
produção leiteira para que
os pequenos agricultores
possam pagar as suas con­
tas mensais como água, Os animais são alimentados para falicitar o apojo
luz, telefone, e assim pos­
suírem uma maior rentabi­ tável a criação dos animais.

FOTO SANDRA AMBROSIO


lidade anual e um equilí­ Pedro Paulo ressalta
brio nos gastos da safra, que, em virtude da estia­
além de terem a oportuni­ gem que assolou o estado,
dade de investir mais em as pastagens ficaram “po­
infraestrutura e maquiná­ bres” de nutrientes e os ani­
rios melhorando assim o mais acabaram perdendo
trabalho no campo. peso nessa época e, conse­
quentemente, diminuindo
Alimentos a produção leiteira. Na sua
As pastagens são a prin­ propriedade, ele estima
cipal fonte de alimentos pa­ que a perda seja de 60 li­
ra os animais, nesta época tros de leite diários, que
do ano. As mais usadas são não parece muito, mas cau­
aveia de verão e o milheto. sa uma grande perda finan­
Também como complemen­ ceira no final do mês. A per­
to, os animais recebem ra­ da no estado apenas em
ção com suplementos além abril, foi estimada em
de silagem, milho tritura­ R$53 milhões. São 100 mi­
do e conservado em ater­ lhões de litros de leite a me­
ros, mandioca, dentre ou­ nos no estado, segundo a
tros. Emater/RS­Ascar.
Além disso, como forma
de prevenção, semanalmen­ Controle de qualidade
te é dado aos animais sal Toda a produção de Pe­
enriquecidos de vitaminas dro Paulo é vendida para a
e substâncias que aumen­ empresa Perdigão, que re­
tam a imunidade e previ­ colhe o leite na proprieda­
nem doenças. Pedro Paulo de e submete a teste de aci­
ainda ressalta que, com a dez, que mede as células Ordenhadeira: alternativa mais viavel para encurtar o tempo de serviço
criação de novas tecnologi­ somáticas e bacterianas, a
as de manejo, ficou bem fim de identificar proble­ a granel de expansão, que bém conforme as condi­ propriedade tem de criar
mais fácil controlar a pas­ mas na qualidade do leite. conserva o leite até a trans­ ções das pastagens. O gado leiteiro, pois a sua
tagem, pois antigamente Um dos testes é realizado ferência para o caminhão, agricultor tem um retorno produção é garantida. Pos­
não se fazia o manejo rota­ na propriedade no momen­ que geralmente recolhe pe­ que gira em torno de suir animais com boa raça,
tivo das pastagens e estas to do recolhimento e outro la manhã. R$3.600, e um gasto que investir em novas tecno­
acabavam por se deteriorar depois na empresa. Segun­ Pedro Paulo produz cer­ varia entre R$1.800. O li­ logias para melhorar a
mais cedo e produzir me­ do Paulo o controle é eficaz ca de 5.700 litros de leite tro do leite atualmente gi­ carga genética destes,ter
nos. Com os cursos e os in­ e garante a qualidade da mensalmente, volume que ra em cerca R$0.60 centa­ animais criados na própria
vestimentos feitos atual­ produção. varia conforme a quantida­ vos e, para Paulo, todo o propiedade barateia a pro­
mente, os melhoramentos Para a conservação do de e a qualidade dos ani­ agricultor que deseja ter dução e dimimui os gastos
genéticos, ficou mais ren­ leite, é usado um resfriador mais em lactação e tam­ uma boa rentabilidade na extras.
Na imagem aérea do
programa Google Earth,
aparece, majestosa, a
Reserva Biológica Municipal
Moreno Fortes, da cidade
de Dois Irmãos das
Missões, no Noroeste do
Rio Grande do Sul, Brasil.
Saiba mais na página 2.

Redação: Álvaro Silva, Ana Maria Uez, Antonio Casarin, Lígia Lavratti, Luana Loose Pereira, Diagramação: Camila Costa, Jaqueline Andréia
Marcos Demeneghi da Silva, Arnaldo Recchia Neto, Luara Krasnievicz, Lucas Folle, Pricila Aita, Ramon Zarth, Pricila Maíra Piccini, Ramon Pendeza,
Camilla Milder, Carina Venzo Cavalheiro, Catiana Pendeza, Sandra Ambrosio, Talita Rubert, Tatiana Sandra Ambrosio.
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo de Medeiros, Daiane Binello, Daiane Freire, Daniela Kruger Foresti, Tiago Marcelo Albarello. Impressão: Imprensa Universitária.
do Cesnors/UFSM ­ campus em Frederico Balkau, Dejair de Castro, Dione Rafael Junges, Edição: Aline Chaiane Vogt, Arnaldo Recchia, Tiragem: 300 exemplares.
Westphalen, RS, Brasil. Douglas Horbach, Eduarda Molossi, Fernanda Douglas Horbach, Franciele Maciel Fonseca, Versão On Line em
Ano 1 – Número 5 ­ Julho de 2009 Marcondes dos Santos, Fernando Antonio Egert, Juliana Bastos, Laísa Bisol, Laisa Fantinel, http://www.cesnors.ufsm.br/dahora .
Publicação produzida pelos alunos do 5º semestre Franciele, Maciel Fonseca, Gabriel Lautenschleger, Nandressa Cattani, Ramon Pendeza, Sandra Ministério da Educação do Brasil
na disciplina de Laboratório de Jornalismo Heloise Santi, Henrique Dalla Nora, Jaqueline Ambrosio. Universidade Federal de Santa Maria
Impresso I – 1º semestre de 2009. Domanski, Jaqueline Joana Fernanda Scherer, Fotografia: Clarissa Hermes, Henrique Dalla Centro de Educação Superior Norte­RS
Professor responsável, edição: Jogelci do Carmo Machado de Oliveira, Juliana Nora, Letícia Sangaletti, Lucas Wirti Rattova, Departamento de Ciências da Comunicação
prof. MS. José Antonio Meira da Rocha. Bastos, Larissa Bortoluzzi Rigo, Liara Scolari Mariana Correa, Mariane Dakan. Curso de Jornalismo

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