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Filipenses 2:3-11.
Esta frase se dirige muito bem aos músicos, porque a maioria deles tocam suas músicas por
vanglória. No mundo se diz que a maior recompensa para o artista são os aplausos.
Vanglória - exaltação ao homem.
Por isso, se ao tocar, cantar e ministrar, sua motivação for receber aplausos, receber
"glória" e reconhecimento, não faça, pois você deverá dar contas diante de Deus. Antes de
fazer qualquer coisa, devemos examinar nossas motivações.
O que observamos hoje entre os músicos é a dificuldade de cederem seu lugar em favor de
outros, diferentemente de Romanos 12:10: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com
amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros". O amor se expressa através do
serviço: "Nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a
nossa vida pelos irmãos" (I Jo 3:16).
Considere isto: Quando alguma pessoa está fazendo algo em seu lugar você se alegra ou
fica analisando cada detalhe do que ela está executando? Você participa do culto tranqüilo,
sem se importar se ela está executando o serviço bem ou mal? Se ela falhar no serviço
você levará palavras de ânimo e consolo à esta pessoa, ou irá se alegrar no erro cometido?
Se você é do tipo de pessoa que não cede o seu lugar para ninguém ou fica incomodado
quando alguém está em seu lugar ministrando, ou ainda se alegra com o erro dos outros, é
porque você ainda não entendeu o que significa considerar os outros superiores a você.
3- "Não atente cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o
que é dos outros".
A tarefa de um servo é justamente atentar para que o que é dos outros. Se desejarmos ser
servos verdadeiros, precisamos pensar menos em nós, e mais nos outros. "Ninguém
busque o seu próprio interesse; e, sim, o de outrem" (I Co 10:24). Quando pensamos nos
outros mais do que em nós mesmos, Deus cuida de nós melhor do que se estivéssemos
cuidando de nós mesmos.
Que possamos ter atos generosos entre nós, preocupando-nos sempre com as necessidades
dos irmãos em todas as áreas: material, espiritual e emocional.
4- "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus".
Qual foi o sentir de Cristo? Sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, se
esvaziou, assumiu forma de servo, se humilhou e foi obediente (Fl 2:6-8).
Jesus vivia numa atitude constante de humildade: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei
de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas
almas" (Mt 11:29). Assim deve ser o nosso modo de viver e pensar, algo que o Senhor
estabeleça em nossas vidas.
Precisamos ter intimidade com o Senhor para conhecermos qual é a maneira de pensar,
sentir e agir do nosso mestre. "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz,
façais vós também" (Mt 13:15). Sejamos imitadores de Jesus!
Ronaldo Bezerra